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CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU

CURSO DE PUBLICIDADE E PROPAGANDA

RAYANE DOS ANJOS SAMICO

O CONSUMO DE COSMÉTICOS DE EMPRESAS


INDEPENDENTES VEGANAS EM RECIFE

RECIFE

2020
RAYANE DOS ANJOS SAMICO

O CONSUMO DE COSMÉTICOS DE EMPRESAS


INDEPENDENTES VEGANAS EM RECIFE

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado como requisito para
conclusão do curso de Publicidade e
Propaganda da Uninassau.
Orientador: Vitor Lopes Resende

RECIFE

2020
FOLHA DE APROVAÇÃO

A banca de defesa de Rayane dos Anjos Samico ocorrida no dia 21 de


dezembro de 2020, sendo defendida para a seguinte banca examinadora:

___________________________________________________________
Carlos Eduardo Dias de Araújo
Professor do Curso de Comunicação Social
(Avaliador)

___________________________________________________________
Vitor Lopes Resende
Professor do Curso de Comunicação Social
(Orientador)

RECIFE
2020
AGRADECIMENTOS

Agradeço aos meus pais, Janicleide C. dos Anjos e Hermínio Samico,


que me incentivaram todos esses anos e sempre acreditaram nos meus
sonhos junto comigo. À minha tia, Janeide, que é a minha fonte de felicidade e
suporte em todos os momentos.

Aos meus amigos, Rebeca, Débora, Lara, Yara, Dhéssika, Wivian, que me
deram todo o apoio nesse último ano e acreditaram nesse projeto até quando
eu deixei de acreditar. Principalmente, Maryanne Machado, que sempre esteve
disposta a me ajudar e confortar nos momentos mais difíceis.

Aos professores que estiveram com minha turma nessa jornada de quatro anos
na faculdade, em especial, ao meu orientador, Vitor Lopes Resende, que
aceitou participar deste trabalho, por todo cuidado, incentivo e disposição
durante esses meses.

Por fim, sou grata a todas as pessoas que, de alguma forma, estiveram
envolvidas na realização deste trabalho.
DEDICATÓRIA

Pelo carinho, afeto, dedicação e cuidado


que meus pais me proporcionaram em toda
minha vida, dedico esta pesquisa a eles.
EPÍGRAFE

“A vida é valor absoluto. Não existe


vida menor ou maior, inferior ou superior –
engana-se quem mata ou subjuga um animal
por julgá-lo um ser inferior. Diante da
consciência que abriga a essência da vida, o
crime é o mesmo.”

 Olympia Salete
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Gráfico: Idade...................................................................................17

Figura 2 – Gráfico: Onde reside?.......................................................................18

Figura 3 – Gráfico: Como você se identifica?....................................................18

Figura 4 – Gráfico: Você costuma comprar cosméticos?..................................19

Figura 5 – Gráfico: Com que frequência?..........................................................19

Figura 6 – Gráfico: Atualmente onde você costuma comprar seus


cosméticos?.......................................................................................................20

Figura 7 – Gráfico: Você tem conhecimento sobre cosméticos veganos?.......20

Figura 8 – Gráfico: Você costuma consumir cosméticos da mesma marca?...21

Figura 9 – Gráfico: Você costuma consumir cosméticos veganos?..................21

Figura 10 – Gráfico: Quais cosméticos veganos você mais consome?............22

Figura 11 – Gráfico: Você sente dificuldade em encontrar produtos de marcas


veganas?...........................................................................................................22

Figura 12 – Gráfico: Você consome cosméticos de marcas veganas


independentes de Recife?.................................................................................23

Figura 13 – Gráfico: Com que frequência?........................................................23

Figura 14 – Gráfico: Como foi seu primeiro contato com uma empresa
independente vegana........................................................................................24

Figura 15 – Gráfico: Por qual motivo você consome produtos veganos de


empresas independentes?.................................................................................25

Figura 16 – Gráfico: De quais empresas independentes veganas de Recife


você já consumiu?.............................................................................................26
Figura 17 – Gráfico: Em uma escala de 0 a 10, qual a probabilidade de você
indicar uma dessas empresas para um amigo ou conhecido?..........................27

Figura 18 – Gráfico: Você prefere comprar em loja física ou virtual?................27

Figura 19 – Gráfico: Na sua opinião, quais são os principais atributos que uma
marca precisa ter para se destacar no mercado?.............................................28

Figura 20 – Por qual motivo você não consome produtos veganos?................29

Figura 21 – Gráfico: Apesar do motivo, você consumiria cosméticos


veganos?...........................................................................................................29

Figura 22 – Gráfico: O que te faria consumir cosméticos veganos?.................30

Figura 23 – Gráfico: Por qual motivo você não consome cosméticos de


empresas independentes de Recife?................................................................30

Figura 24 – Gráfico: O que te faria consumir de empresas independentes


veganas de Recife?...........................................................................................31
RESUMO

O estudo teve como principal objetivo investigar o consumo de


empresas locais no mercado recifense. O desenvolvimento desta tese foi feito
a partir de um questionário e a análise baseada nas respostas da pesquisa.
Para estruturar o trabalho, primeiro foi introduzido o que o veganismo defende
e dados em relação o mercado vegano no Brasil foram expostos, em seguida
foi feito o estudo do formulário, para que, afinal, entenda-se o que pode ser
feito para impulsionar o crescimento de marcas veganas de Recife.

Palavras-chave: Veganismo; Consumo consciente; Recife; Empresas.


SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO........................................................................................11
2. VEGANISMO…………………………………………….………………......12
2.1 O consumo e a relação com as políticas................................................14
2.2 Estratégias de pequenas empresas frente a mercados regionais.........16
3. PESQUISA..............................................................................................18
4. RECOMENDAÇÕES DE MARKETING..................................................33
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................35
6. REFERÊNCIAS................................................................................ .......37
7. APÊNDICE..............................................................................................40
1. INTRODUÇÃO

O veganismo é um movimento sociopolítico que consiste em ser contra


toda forma de exploração animal, não apenas em relação à alimentação, mas
também em cosméticos, roupas e testes em geral. O número de pessoas que
se identificam como veganas vêm crescendo muito nos últimos anos e,
consequentemente, o seu mercado também tem se desenvolvido. No Brasil
14% da população se declara vegetariana, segundo pesquisa do IBOPE
(2018). Em São Paulo, Curitiba, Recife e Rio de Janeiro o percentual de
vegetarianos e veganos sobe para 16%. Essa estatística representa um
crescimento de 75% em comparação a 2012.
Com isso, marcas que não são veganas ao perceberem o aumento da
busca de produtos veganos e visando não perder esses consumidores,
começaram a criar linhas focadas neste segmento, como por exemplo, as
marcas L’Oréal, Pantene e Unilever. Esse fator ocorre também na gastronomia,
empresas multinacionais de fast-food, como Burger King e Mc Donald’s,
também incluíram em seus cardápios opções adeptas a esse público. Sendo
que essas empresas, deixam claro que elas não necessariamente se encaixam
em todos os pontos, realizam ou terceirizam testes em animais, patrocinam
eventos com exploração animal ou utilizam ingredientes de origem animal em
seus outros produtos. Além de colocar em contato com os produtos não
veganos, como exemplo a Burger King, que frita os hambúrgueres sem
segmentação animal na mesma chapa dos feitos com carne, ou seja, pode-se
encontrar vestígios destas carnes no hambúrguer vegetariano e até mesmo na
opção vegana.
Em contrapartida, houve um crescimento de pequenas empresas, que
enxergaram também a necessidade de produtos veganos. Empresas que em
grande maioria são veganas e, por conta disso, dependem totalmente desses
consumidores. Esse trabalho visa entender e estudar, a partir de uma pesquisa
mercadológica, as motivações e dificuldades em relação ao consumo dessas
empresas. Assim como realçar que eles criam produtos de qualidade e são
poucas vezes valorizados no mercado em que estão inseridos.
2. Veganismo

Atualmente na sociedade um movimento vem se popularizando e


ganhando cada vez mais espaço, o veganismo. Ao qual Abonizio (2013),
contextualiza como aportuguesamento do termo vegan, neologismo derivado
de vegetarian visando diferenciar as posturas desse novo grupo dos
vegetarianos comuns. Uma vez que, segundo Pedro (2010):
Vegetarianismo é o consumo de uma dieta composta
predominantemente por alimentos de origem vegetal. Grande parte
dos estudos epidemiológicos e clínicos sobre vegetarianos, classifica-
os em “vegans” ou “vegetarianos puros”, lactovegetarianos ou
ovolactovegetarianos. Os “vegetarianos puros” não ingerem alimentos
de origem animal (exceto talvez mel), os lactovegetarianos ingerem
produtos lácteos, os ovolactovegetarianos acrescentam o ovo, ao leite
e derivados, eliminando qualquer outro produto de origem animal.

Enquanto, por outro lado, “o veganismo é um modo de vida que procura


excluir, na medida do possível e praticável, todas as formas de exploração e
crueldade com os animais para a alimentação, vestuário ou qualquer outro tipo
de produto/consumo oriundo de animais” The Vegan Society (2017).

Sendo assim, é válido dizer que aqueles que praticam o veganismo


possuem como uma de suas metas a proteção dos animais, evitando o
sofrimento destes. Para os veganos esses seres são capazes de vivenciar
emoções, como a angústia e aflição, por exemplo. Desta forma, os não-
humanos sentem toda operação dolorosa, não só a feita pela indústria
alimentícia, realizada pela produção de roupas de origem animal ou testes em
animais.

Vale citar, segundo Nascimento e Silva (2012) que:

Não somos o topo de nada, somos uma parte do conjunto, não temos
o direito de subjugar ninguém, de tratar alguém como ser inferior. Não
são patamares de inteligências diferentes, melhor dizendo, não
existem patamares entre a nossa inteligência e a inteligência de um
animal. São inteligências diferentes, não podemos comunicar com
uma formiga porque não somos da mesma espécie. Elas conseguem
se comunicar entre si e nós também, porque somos da mesma
espécie. (entrevista realizada em outubro de 2020, por Nascimento e
Silva)

Quando se trata de suas produções as indústrias e grande parte dos


consumidores não se preocupam com a origem das fabricações dos produtos.
É indiferente se um ser precisa ou não morrer para a realização desta. Dessa
forma, a sociedade ainda tem muito a evoluir, e os animais mais direitos a
receber. Peter Singer, escritor, cita em seu livro Ética Prática (1998) o filosofo
Jeremy Bentham, ao dizer que:

Talvez chegue o dia em que o restante da criação animal venha a


adquirir os direitos dos quais jamais poderiam ter sido privados, a não
ser pela mão da tirania. Os franceses já descobriram que o escuro da
pele não é motivo para que um ser humano seja abandonado,
irreparavelmente, aos caprichos de um torturador. É possível que
algum dia se reconheça que o número de pernas, a vilosidade da pele
ou a terminação dos sacrum são motivos igualmente insuficientes
para se abandonar um ser sensível ao mesmo destino. O que mais
deveria determinar a linha insuperável? A faculdade da razão, ou,
talvez, a capacidade de falar? Mas para lá de toda comparação
possível, um cavalo ou um cão adultos são muito mais racionais,
além de bem mais sociáveis, do que um bebê de um dia, uma
semana, ou até mesmo de um mês. Imaginemos, porém, que as
coisas não fossem assim; que importância teria tal fato? A questão
não é saber se são capazes de raciocinar, ou se conseguem falar,
mas, sim, se são passíveis de sofrimento. (SINGER, 1993, pp. 66-67)

Para Brugger (2019), o veganismo é uma proposta de conduta ética que


prega a libertação dos animais não-humanos por meio da abolição de todas as
formas de exploração que lhe são impostas por nós. Excluindo todos os
ingredientes de origem animal, como ovos, laticínios e mel, além de itens que
contenham ingredientes de origem animal. Quanto ao vestuário, não se utilizar
couro, lã ou seda e no geral, quaisquer produtos ou itens que tenham sido
testados em animais, ou contenham ingredientes de origem animal.

Em relação a escolha de vida dos veganos, Abonizio (2013) considera


que o:

O que vemos é uma vontade, e também um compromisso, de assumir


um estilo de vida, já que os princípios veganos e freeganos versam
sobre coisas cotidianas, como comer, morar, vestir. Nesse sentido, a
vida estilizada une-se à contracultura, que tem por característica
opor-se à ordem vigente, e esses contravalores atuam, na vida de
todo dia, fazendo desta uma vida diferente da prescrita, desafiando a
reprodução social e tecendo rupturas.

Por fim, em base às análises feitas com os diferentes autores podemos


concluir que a escolha do veganismo, por mais difícil que seja a adaptação, é
de grande mudança para a vida humana. Além de proteger a vida dos animais,
também contribui de forma significativa para a saúde do ser humano. Em
virtude disso, como incentivo para mais pessoas praticarem essas ações, “os
consumidores veganos podem compartilhar suas experiências por meio do
convívio com pessoas, disseminando o conhecimento informal em grupos
ligados ao veganismo, tanto presencial quanto virtual. Pois, eles acreditam no
direito dos animais e estão cientes da escolha que fazem ao aderir o
veganismo” (Schinaider e Silva, 2018).

2.1 O consumo e a relação com as políticas

Ao longo dos anos, a postura referente às formas de consumo vêm se


modificando ativamente, essa consideração pode ser entendida como uma
grande adequação, frente a todas as mudanças políticas e sociais inerentes a
todos os indivíduos (TEIXEIRA, 2011).

As considerações relacionadas ao campo de consumo do consumidor,


podem ser entendidas sobre a ótica de Solomon (2008), onde a conceituação é
definida como, um grande estudo que envolve a decisão de indivíduos ou
grupos de comprarem determinado produto, visando satisfazer suas
necessidades e desejos.

Já para Teixeira (2015), o processo é um pouco mais abrangente,


englobando as características relacionados ao modus operandi de obtenção,
neste sentido, há um entendimento que antecede todo o fluxo que leva ao
consumo, e o pós compra, onde de fato o sanar da necessidade.

Neste sentido, se faz necessário um entendimento da pauta que


influencia o consumo. Desta forma, cita-se Kotler e Keller (2006), que o
consumidor é influenciado por fatores culturais, fatores sociais, pessoais e
psicológicos.

Preconizando por um contexto histórico, Teixeira (2011), traz que a


sociedade moderna, a partir do século XX, associa diretamente a cultura e o
consumo, em linhas mais claras, para que seja alçado à venda, deve entender
primeiramente e estudar a sua cultura ativamente. Após entender o contexto
social, e suas interações sociais que caracterizam o comportamento do
consumidor, como por exemplo, a sua família, seu papel na sociedade, status.
No tocante das caraterísticas pessoais, onde tem-se o fator idade, ciclo
de vida, poder econômico, personalidade. Os fatores psicológicos, estão
intimamente ligados aos estímulos ambientais e marketing, onde há as
questões de motivação, percepção, aprendizagem e memória (KOTLER,
KELLER, 2006).

Todas essas argumentações convergem para o termo Consumo Político,


pauta de estudo deste projeto, como definido por Portilho (2011) o fenômeno
de compra e aquisição de bens e serviços vem se modificando rapidamente,
principalmente relacionado a conceitos como solidariedade, responsabilidade e
cidadania.

As características relacionadas à produção, vem se modificando


ativamente por uma grande pressão popular, onde o consumo político vem
engendrando-se ao longo dos anos, pautados em um grande ato político para
modificar o simples consumo que visa “o ter” (BOSSY, 2011).

Neste sentido, o consumo de produtos veganos, vem como uma forma


de acompanhar as mudanças sociais pautadas na consideração da
conservação da vida animal, do meio ambiente e até de um consumo mais
sustentável, e neste sentido, vem ganhando um espaço considerável em todos
os nichos de mercado.

O advento da informação, com as questões relacionadas à internet,


conforme as argumentações de Teixeira (2011), vem aumentando as forças do
consumo político, resultando nessa onda de produtos veganos visualizada nos
dias atuais.

Entretanto, há um contraponto de realidade sócio-política que impede


uma massificação do movimento vegano dentre todas as classes sociais. De
acordo com o ativista e designer, Julio Cesar Prava, em artigo publicado na
plataforma Vegpedia (2018), existem muitos produtores veganos, mas com
uma baixa taxa de pessoas adeptas ao veganismo, para ele, o eixo deste
problema está ligado ao capitalismo.

Enquanto sistema, o capitalismo têm um modus operandi que busca


sempre o aumento de lucro, é provável que isso se torne este
movimento apenas mais um nicho de mercado e esvazie seu
propósito de transformação social, ou seja, apostar no capitalismo é
reforçar um sistema que depende de exploração, desigualdade,
mercantilização e consumismo, e que sempre teve papel crucial na
manutenção da dominação apesar de mudanças superficiais
contrárias, desta forma é impossível chegarmos a Libertação Animal
sem que o sistema econômico seja radicalmente mudado. (PRAVA,
2018).

2.2 Estratégias de pequenas empresas frente a mercados regionais

O desenvolvimento em caráter regional tem sido pauta de estudos ao


longo dos anos, sendo alvo de cientistas sociais e do governo, denota uma
clara intersecção entre a indústria. Neste sentido, há uma grande gama de
autores que trazem a necessidade da inserção de indústrias para a
composição do desenvolvimento como um todo (BARBOSA, MARQUES,
RESENDE, 2012).

Barbosa, Marques e Resende (2012), argumentam que contudo, para


prover o referido desenvolvimento regional, é sumariamente importante prover
a criação frente às pequenas e médias empresas da regionalidade, visando
prover a sobrevivência a longo prazo, o que denota uma grande habilidade de
inovação em áreas significativas referentes à administração.
Para Neto, Lourenço e Olivera (2006), as micro e pequenas empresas
representam um grande destaque dentro do cenário econômico mundial, sendo
caracterizadas pela criação de novos postos de trabalho, contribuindo assim
ativamente para o desenvolvimento regional.
A caracterização de micro e pequenas empresas, infelizmente é tida
frente a altos índices de mortalidades, pautados em um leque de problemas
relacionados a uma forma errônea e sem planejamento de trabalho (BARROS,
PEREIRA, 2008).
Linhares (2016), traz a configuração dos movimentos sociais, frente a
criação de novas micro e pequenas empresas, enquanto forma de prover
produtos a sociedade de consumo, onde, o veganismo é conceituado como um
estilo de vida que defende um “boicote”, a uma série de produtos e empresas
que utilizam animais visando a obtenção de lucro.
O contexto histórico, remete à década de 40 na Inglaterra, e suas
caracterizações pautam se frente à proposição exploratória sob a forma de
intervenção humana referente à vida animal. Com essa caracterização, no
veganismo, o consumo de carnes é visto altamente como imoral, mas também
como a compra de qualquer produto que contenha derivados de animais
(LINHARES, 2016).
Essa proposição ao longo dos anos desponta ao nascer do freeganismo,
que desponta como uma grande oposição ao veganismo, despontando em
nascimento na década de 90, denotando uma consideração onde todo e
qualquer tido de consumo é altamente prejudicial (LINHARES, 2016).
As considerações eloquenciadas frente ao veganismo, apontam o
mesmo como um hall de micro e pequenas empresas, que denotam uma
grande consideração de desenvolvimento regional, conforme disposto por
TEIXEIRA (2015) e LINHARES (2016), a fomentação de empregos frente a
pequenas e médias empresas.
O crescente mercado vegano, sendo caracterizado por uma grande
influência do consumo político, vem denotando possíveis considerações do
marketing, pautadas pela influência social e de fatores psicológicos,
culminando para uma nova forma de compra atual.
Essa mudança surge como uma oposição ao capitalismo visando
somente o consumo, o veganismo é tido com um respeito aos animais, não os
tratando mais como simplesmente coisas, seja em qual nicho de mercado for, e
tem-se cada vez mais adeptos destas considerações, culminando para uma
nova forma de consumo político (LINHARES, 2016).
3. PESQUISA

O desenvolvimento desta tese é voltado em entender o consumo de


empresas independentes veganas em Recife, para isso, um questionário no
Google Forms de 25 perguntas foi desenvolvido. Divulgado no dia 19 de
novembro de 2020 até 01 de dezembro de 2020 (período de uma semana e
cinco dias), nas redes sociais Whatsapp, Instagram e Twitter, o formulário
resultou em 153 respostas. Uma das marcas citadas na pesquisa, Inversa
Cosméticos, divulgou em seu story do Instagram o formulário, o que
possibilitou o alcance em pessoas que realmente consomem produtos
veganos. Iniciativas individuais que atuam com cosméticos veganos na Região
Metropolitana do Recife foram estudadas, são elas: Inversa cosméticos; Céu
Biocosméticos; Lantana Natural; Dona morena; Saboaria Heide; Saboaria Mel
matte; Puro Verde; Saboaria natural; Benzinhos Store e Canabidelas.

De acordo com o gráfico 1, a grande maioria dos participantes da


pesquisa estão na faixa etária de 18 até 25 anos. Mesmo que os 22,2% dos
que estão presentes na faixa etária entre 26 a 35 anos seja significativo, o
grupo de 18 até 25 mostra jovens adultos que procuram entender a importância
de apoiar empresas locais e que estão optando por um consumo mais
consciente.
Como o desenvolvimento desta pesquisa foi baseado em moradores da
cidade do Recife e regiões próximas, a pergunta 2 apontou 94,1% do público
entrevistado como residentes da Região Metropolitana do Recife, o que permite
uma maior delimitação regional.

Conforme os resultados mostrados no gráfico 3, 93,1% das pessoas


entrevistadas são mulheres. Esse dado foi importante para pontuar que o vasto
público que consome produtos veganos em Recife é feminino.
Como a pesquisa pretende ressaltar o consumo de cosméticos veganos
na região metropolitana do Recife, é de suma importância que grande parte
dos participantes da pesquisa seja consumidor de cosméticos, mesmo que não
veganos. O gráfico aponta que 95,8% têm o hábito de comprar esse tipo de
produto.

Com base no gráfico acima, um número relevante dos participantes


classificam a compra de cosméticos como fator essencial. 65,3% dos
entrevistados apontam que costumam comprar seus cosméticos todo mês,
11,8% deles responderam comprar sempre que precisam e 11,1% a cada três
meses. Segundo a revista Forbes (2020) apud. Euromonitor International
(2019), baseado em dados de pesquisa realizada em 2018, o Brasil é o quarto
maior mercado de beleza e cuidados pessoais do mundo, este dado está
ponderado nos resultados da pergunta, onde a maior parte dos entrevistados
demonstrou ter uma regularidade com as compras de cosméticos.

Conforme apontado no gráfico 6, a maior parte dos entrevistados


compram seus cosméticos em lojas onlines nacionais. A internet descentraliza
a compra em lugares comuns, como farmácias e supermercados, permitindo
uma busca mais ampla dos produtos. Vale ressaltar que a pandemia de Covid-
19 teve influência na forma em que os consumidores adquirem seus produtos,
por grande parte da população brasileira ter aderido ao isolamento social,
houve uma preferência em receber os produtos comprados diretamente em
suas casas.

A maioria dos entrevistados pontuou ter conhecimento, mesmo que


prévio, em relação a cosméticos veganos. É importante lembrar que há alguns
anos o veganismo era algo pouco conhecido, mas com a ascensão das redes
sociais, atualmente, mais pessoas têm acesso à informação e podem conhecer
o movimento, chegando até mesmo a aderir o consumo vegano. Esse fator
reflete o dado apontado acima, onde 97,1% afirmam conhecer esses
cosméticos.

Comprar o que já conhece, mas experimentar novas marcas foi a opção


mais marcada, com 65% das respostas. A preferência por algum cosmético é
bastante atrelada a marcas que os produz, geralmente empresas famosas,
como Natura & Co, grupo Boticário, grupo Unilever, grupo L’Oréal e Colgate-
Palmolive Co que de acordo com a revista Forbes (2020) apud. Euromonitor
International (2019), esses cinco grupos empresariais concentram 47,8% do
mercado brasileiro. Contudo, até chegar a decisão sobre sua marca de
preferência, o consumidor costuma passar por um processo de experimentação
de novas marcas.

Como o mercado vegano ainda está se consolidando no Brasil, entende-


se o motivo de que a porcentagem de pessoas que marcaram a opção
“sempre” não seja superior em relação às outras. É possível ver que neste
quesito, o gráfico ficou bastante dividido entre os consumidores de cosméticos
veganos frequentes e não frequentes.

Quando questionados sobre quais cosméticos veganos os entrevistados


mais consomem os produtos de higienização facial, cabelo, maquiagens e
higiene pessoal se sobressaíram em relação aos outros. Com isso pode-se
pontuar que são os produtos mais procurados no mercado vegano.

Conforme aponta o gráfico 11, a maior parte dos participantes da


pesquisa, ressaltam ter uma certa dificuldade em encontrar esses produtos. O
grupo de 50,7% marcou que “às vezes” sente dificuldade em encontrar os itens
de marcas veganas, porém, mesmo que às vezes, não deveria sequer existir
tal dificuldade.

A pesquisa para esta tese, que pode ser consultada na íntegra no tópico
"APÊNDICE", também perguntou aos entrevistados quais seriam essas
dificuldades. Dentre as x respostas, muitos questionaram a falta de facilidade
em encontrar os produtos, principalmente em pontos físicos; preços acessíveis
e uma linha de produtos completa, com cosméticos veganos variados.

O gráfico acima foi de grande importância para o desenvolvimento da


pesquisa. Visto que a tese é focada em analisar o consumo local de
cosméticos veganos, é válido ressaltar as marcas que atuam na região
metropolitana do Recife. O resultado desta questão teve um bom número, já
que 89% dos entrevistados afirmaram que consomem de empresas locais
veganas.

Com base nos dados acima, a frequência do consumo de marcas


veganas locais, apesar de existir, não é unânime, pelo fato de existirem alguns
pontos que impedem um consumo mais vasto. Como por exemplo, citados em
resposta para esta pesquisa, algumas pessoas questionaram a falta de marcas
locais que produzem cosméticos 100% naturais e por trabalharem com um
número menor de produção, o custo aquisitivo destes cosméticos se tornam
mais caros. Outro ponto citado, foi a falta de um local físico, já que grande
parte dos consumidores gostam de conhecer o produto que pretende comprar
de forma presencial.

Como abordado no gráfico anterior, grande parte dessas empresas


locais não possuem um ponto físico, suas vendas são realizadas de forma
online, por isso, a maior parte dos entrevistados afirmaram ter conhecido as
marcas a partir das mídias sociais. Um ponto que destaca a internet, em
especial as redes sociais, como aliado na divulgação de micro e macro
empreendimentos, o que gera uma rede de ligação que permite uma maior
disseminação da causa vegana, tanto que em segundo lugar deste gráfico,
afirma que 15% dos entrevistados tiveram esse primeiro contato a partir de
indicações.
Ao serem questionados sobre o que os motivaram a consumir produtos
veganos de marcas independentes, grande parte apontou que seria sobre a
causa animal e por conta do meio ambiente; Participantes também destacaram
uma preferência no consumo de produtos naturais e por incentivar, a partir de
compras, as empresas veganas de sua região. Entretanto, a maioria afirmou
que esta motivação de consumo se deu por todas as opções citadas acima, o
que mostra que o ponto de vista vegano segue uma linha onde os princípios
vão em conjunto.

Nesse gráfico os entrevistados tiveram a opção de escolher mais de


uma alternativa, mas mesmo assim, a marca Inversa Cosméticos se destacou
por ter a maioria dos votos. A Inversa é uma empresa que tem apenas 3 anos,
mas que tem um público consolidado, e cresce cada dia mais. É uma marca
que possui uma diversidade de produtos de higiene corporal, facial,
maquiagens e para cabelo. Em um vídeo publicado no instagram da Feira na
Laje (2019), feira e loja colaborativa que apoia empreendedores locais de
Recife, a dona conta que o grande impulsor para o crescimento da marca
sempre foram os próprios clientes, que desde o começo divulgavam a marca,
compartilhando suas experiências positivas e dessa maneira a marca foi se
fortalecendo no mercado. Nessa mesma entrevista, foi dito por Gabriela
(criadora e responsável pela Inversa Cosméticos), "O foco da inversa é criar
produtos sustentáveis, veganos e naturais que não vão agredir o meio
ambiente, nem ao seu corpo e nem aos animais. Para fazer com que essa
beleza que você vá consumir seja o mais sustentável possível."

Outras duas marcas mais votadas foram Céu Biocosméticos e Dona


Morena Saboaria, que são ambas de produtos capilares e corporais, focadas
em produtos de saboaria.

A indicação de um produto, ressalta a sua credibilidade entre os


consumidores, além de permitir um maior alcance de novos clientes. Na
pesquisa, a partir de uma escala de 0 a 10, 83,5%, afirmaram que indicariam,
sem nenhum questionamento as empresas locais que conhecem, outros,
delimitaram um pouco essa escala, mas todos os que responderam,
responderam que indicariam.

Apesar das lojas virtuais terem crescido de forma considerável nos


últimos anos, principalmente por conta do crescimento dos E-commerces,
muitos consumidores ainda veem necessidade de efetuar compras de forma
presencial. No mercado vegano local, não é diferente. Na pesquisa, a maior
parte dos entrevistados ressaltaram que costumam comprar, produtos veganos
ou não, tanto em lojas virtuais, quanto físicas. Por isso, é necessário que haja
um investimento nestes dois eixos.

Para um consumidor em potencial seu critério pessoal é o que o guia


para comprar determinado produto. Um ponto necessário para o
desenvolvimento da tese foi saber o que os entrevistados utilizam como
prioridade para a compra de seus produtos. Verifica-se que o que faz diferença
para uma determinada marca se evidenciar é a qualidade nos produtos, com
90,9% de respostas.

A questão de um preço acessível, que também foi citado em grande


escala, é um fator que gera diversos conflitos dentre a sociedade vegana. De
acordo com o VEGANAGENTE (2016), essa delimitação elitista, afeta o
crescimento e pluralismo do veganismo “É óbvio pensar que, para a libertação
animal acontecer, o veganismo deve primeiro se massificar e a população
adepta dele precisa se tornar majoritária”.

A pesquisa também abordou as pessoas que não consomem, mesmo


que tenha sido focada no público das empresas independentes veganas, é
válido entender o que leva aos não consumidores, que responderam a
pesquisa, a não consumir cosméticos de produção vegana.

Ao questionar, dentro da pesquisa, o motivo pelo qual não consomem


cosméticos veganos, as quatro respostas recebidas abordaram o fato da
preferência em consumir produtos mais populares, ou tradicionais; a falta de
acessibilidade nos preços; e a falta de incentivo e conhecimento sobre os
produtos.
Com intuito de saber se os entrevistados que alegaram não consumirem
cosméticos veganos, poderiam reavaliar seu modo de consumo, a pesquisa
perguntou se os mesmos consumiriam esses cosméticos. 50% afirmaram que
sim, consumiriam, já os outros 50% ressaltaram uma incerteza ao responderem
que talvez poderiam consumir.

Outro fator questionado à este grupo, foi o que os fariam consumir


cosméticos veganos. Nota-se que a maioria respondeu que por apoio aos
animais, mas também foi citada a causa de preservação ao meio ambiente. O
que leva a considerar que há uma possibilidade notável que os fariam consumir
estes cosméticos.
Grande parte dos entrevistados alegaram que não conhecem ou nunca
viram/encontraram marcas independentes veganas recifenses. A falta de
acesso em locais comuns, como farmácias, e a necessidade de que o
consumidor deva levar mais tempo para encontrar os produtos que deseja,
geralmente, cria um desinteresse na compra de tais produtos.

Ao perguntar às pessoas que não consomem de empresas


independentes veganas locais, o que as fariam passar a consumir, a questão
da indicação se mostra um fator de maior relevância, visto que uma boa
indicação gera uma confiança na tomada de decisão de uma compra. A causa
dos animais e do meio ambiente, também estavam dentre os fatores de
impacto para o consumo dessas empresas veganas localizadas na capital
pernambucana. Ainda foram citados que o apoio ao mercado local e conhecer
o empreendimento os levariam a consumir produtores e empresas veganas da
região.
4. RECOMENDAÇÕES DE MARKETING

Baseado nos resultados da pesquisa, ficou bem claro, que existem


dificuldades bastante pontuais em relação ao consumo de empresas locais. Em
vista disso, existem algumas possibilidades, fundamentadas pela pesquisa,
para o crescimento das marcas.

No geral, a justificativa mais mencionada na pesquisa foi o obstáculo de


encontrar esses produtos em espaços físicos. Como foi observado, no gráfico
14, a maior parte dos entrevistados afirmaram ter conhecido as marcas a partir
das mídias sociais, provavelmente, porque a maioria das empresas executam
suas vendas de forma online. Apesar dos consumidores apreciarem o ato de
realizar compras pela internet, ainda existe uma grande necessidade de fazer
presencialmente. Com isso, é fundamental encontrar alternativas viáveis, tanto
para as marcas quanto para os consumidores, para se ter maior facilidade na
obtenção dos produtos.
Um caminho que pode ser seguido pelas marcas seria expor seus
produtos em espaços colaborativos diversificados pela região metropolitana de
Recife, abrangendo e viabilizando o consumo para a maior parte dos seus ou
possíveis clientes. Dessa forma, os consumidores vão poder escolher o meio
mais acessível para eles.

Assim como também foi afirmado uma falta de linhas completas de


produtos (para cabelo, corpo e rosto), fazendo com que as pessoas tenham
que comprar cada produto em marcas diferentes e, com isso, muitas vezes
gastando com frete ou ocupando muito tempo. Com essa observação, pode-se
criar uma oportunidade para as marcas planejarem a criação de uma variedade
maior de produtos, tornando seu catálogo mais amplo.

Por fim, o valor foi similarmente comentado na pesquisa como um dos


maiores impedimentos para o consumo de produtos veganos. É importante
pontuar que muitas vezes os consumidores consideram apenas o preço do
produto, não todo o sistema por trás do processo. Existem custos de
desenvolvimento que são essenciais e quanto menor a empresa, mais caro ela
pagará. Ao comprar cosméticos veganos de uma empresa local, o consumidor
estará criando formas de melhorar o segmento de mercado, democratizando
seu consumo.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir dos resultados analisados durante a pesquisa, pode-se dizer


que, por mais que exista há algum tempo, o mercado de empresas locais
veganas em Recife está se difundindo agora, a sua popularização caminha de
forma mais lenta do que deveria.

A tese evidencia que a maior dificuldade dentre os consumidores está


em conseguir encontrar os produtos em locais físicos, este fato impossibilita
que as pessoas consumam de empresas locais. Como observado no gráfico
23, a falta de acesso de compra dos produtos em locais comuns foi o motivo
mais apontado nas respostas.

Espaços e feiras colaborativas como a Feira na Laje e o restaurante


Vegostices, localizado no bairro do Pina, em Recife, servem de incentivo para
impulsionar empreendedores e facilitar a compra de produtos diversos. O
restaurante, além de proporcionar uma comida de qualidade, conta com uma
pequena loja, onde uma variedade de produtos veganos está à disposição para
compra.

É necessário que mais espaços como esse sejam criados e consigam se


estabilizar dentro do mercado, a partir de uma rede de apoio entre o movimento
vegano. Dessa forma, possíveis consumidores de empresas independentes
veganas terão uma maior possibilidade de compra em locais que julguem ser o
ideal, seja em relação à qualidade dos produtos, preço ou seu
comprometimento com a causa animal e responsabilidade ambiental.

A questão do preço, também recebeu diversas críticas entre os


entrevistados na pesquisa. Portanto, é importante ressaltar a importância de
um olhar sócio-político e democrático dentro do veganismo como apontado por
(PRAVA, 2018), durante a fundamentação teórica desta tese.

É preciso evidenciar o veganismo como um movimento social que luta


por causas justas, apoiar os pequenos empreendimentos locais que vivenciam
do mesmo, é uma forma de promover esta causa. O modo de vida vegano
também precisa deixar de estar ligado apenas a uma dieta alimentar, é
necessário refletir em tudo que a sociedade consome que está ligada ao
especismo e exterminação dos animais.
REFERÊNCIAS

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WEBER, Mariana. Brasil é o quarto maior mercado de beleza e cuidados


pessoais do mundo. 2020. Disponível em:
https://forbes.com.br/principal/2020/07/brasil-e-o-quarto-maior-mercado-de-
beleza-e-cuidados-pessoais-do-mundo/ Acesso em: 03. Dez. 2020.
APÊNDICE

1. Idade
( ) Menor de 18 anos
( ) De 18 a 25 anos
( ) De 26 a 35 anos
( ) De 36 a 45 anos
( ) De 46 a 55 anos
( ) De 56 a 65 anos
( ) Acima de 65 anos
2. Onde reside?
( ) Região metropolitana de Recife
( ) Outro
3. Como você se identifica?
( ) Homem 
( ) Mulher 
( ) Não-binário 
( ) Outro: 
4. Você costuma comprar cosméticos? 
( ) Sim 
( ) Não 
5. Com que frequência?
( ) Semanal 
( ) Quinzenal 
( ) Mensal 
( ) Não consumo cosméticos 
( ) Outro: 
6.  Atualmente onde você costuma comprar seus cosméticos?
( ) Em farmácias ou supermercados 
( ) Em lojas físicas de marca de cosméticos 
( ) Em lojas internacionais 
( ) Em lojas onlines nacionais 
( ) Em feirinhas 
( ) Em espaços colaborativos 
( ) Outro: 
7. Você tem conhecimento sobre cosméticos veganos? Já ouviu falar
sobre?
( ) Sim 
( ) Não 
8. Você costuma consumir cosméticos da mesma marca?
( ) Sim, prefiro consumir das marcas que já conheço 
( ) Não, gosto de conhecer outras marcas 
( ) Depende do que estou procurando 
( ) Ambos, compro do que já conheço, mas experimento novas marcas 
( ) Outro: 
9. Você costuma consumir cosméticos veganos?
( ) Sempre
( ) Quase sempre
( ) Às vezes
( ) Raramente
( ) Nunca
10. Por qual motivo você não consome cosméticos veganos?

11. Apesar do motivo, você consumiria cosméticos veganos?


( ) Sim 
( ) Não 
( ) Talvez 
12. O que te faria consumir cosméticos veganos?
( ) Por indicação 
( ) Pelos animais 
( ) Pelo meio ambiente 
( ) Facilidade de compra 
( ) Outro: 
13. Quais cosméticos veganos você mais consome?
( ) Maquiagens 
( ) Higiene pessoal 
( ) Produtos para cabelo 
( ) Produtos de higienização facial 
( ) Produtos depilatórios 
( ) Produtos corporais 
( ) Outro: 
14. Você sente dificuldade em encontrar produtos de marcas
veganas?
( ) Sempre 
( ) Às vezes 
( ) Raramente 
( ) Não 
15. Se sim, quais são as suas maiores dificuldades para encontrar
produtos de marcas veganas? 

16. Você consome cosméticos de marcas veganas independentes de


Recife?
( ) Sim
( ) Não
17. Por qual motivo você não consome cosméticos de empresas
independentes de Recife?

18. O que te faria consumir de empresas independentes veganas de


Recife?
( ) Por indicação 
( ) Por causa dos animais 
( ) Por conta do meio ambiente 
( ) Para apoiar o mercado local 
( ) Outro: 
19. Com que frequência?
( ) Sempre 
( ) Quase sempre 
( ) Às vezes 
( ) Raramente 
20. Como foi seu primeiro contato com uma empresa independente
vegana?
( ) Por indicação 
( ) Redes sociais 
( ) Em feirinhas 
( ) Loja física 
( ) Outro: 
21. Por qual motivo você consome produtos veganos de empresas
independentes?
( ) Por causa dos animais 
( ) Pelo meio ambiente 
( ) Prefiro produtos naturais 
( ) Prefiro consumir de empresas locais 
( ) Todas as opções 
( ) Outro: 
22. De quais empresas independentes veganas de Recife você já
consumiu?
( ) Inversa Cosméticos
( ) Céu Biocosméticos
( ) Lantana Natural
( ) Lavandalma Cosméticos Naturais
( ) Dona Morena Saboaria
( ) Heide Saboaria
( ) Puro Verde Saboaria Natural
( ) Mel Matte
( ) Benzinhos Store
( ) Canabidelas
( ) Outro:
23. Em uma escala de 0 a 10, qual a probabilidade de você indicar uma
dessas empresas para um amigo ou conhecido?
0 – 1 – 2 – 3 – 4 – 5 – 6 – 7 – 8 – 9 – 10
24. Você prefere comprar em loja física ou virtual?
( ) Loja física 
( ) Loja virtual 
( ) Ambos 
( ) Outro: 
25. Na sua opinião, quais são os principais atributos que uma marca
precisa ter para se destacar no mercado?
( ) Variedade de produtos 
( ) Qualidade nos produtos 
( ) Preço acessível 
( ) Bom relacionamento com cliente 
( ) Defender causas sociais 
( ) Se preocupar com o meio ambiente

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