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CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU

CURSO DE PUBLICIDADE E PROPAGANDA

HENRIQUE DE QUEIROZ AGUIAR

PROJETO EXPERIMENTAL
A ESTÉTICA COMO FORMA DE PERSUASÃO:
O CRESCIMENTO DA OBVIOUS AGENCY ATRAVÉS DO MEIO VISUAL

RECIFE

2021

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HENRIQUE DE QUEIROZ AGUIAR

A ESTÉTICA COMO FORMA DE PERSUASÃO:


O CRESCIMENTO DA OBVIOUS AGENCY ATRAVÉS DO MEIO VISUAL

Pré-Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado como requisito parcial para conclusão
do curso de Publicidade e Propaganda da
UNINASSAU

RECIFE

2021

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HENRIQUE DE QUEIROZ AGUIAR

A ESTÉTICA COMO FORMA DE PERSUASÃO:


O CRESCIMENTO DA OBVIOUS AGENCY ATRAVÉS DO MEIO VISUAL

FOLHA DE QUALIFICAÇÃO

A BANCA DE QUALIFICAÇÃO DE HENRIQUE QUEIROZ AGUIAR


DE OCORREU NO DIA 7 DE JUNHO DE 2021,
TENDO SIDO AVALIADO PELA SEGUINTE BANCA EXAMINADORA:

_____________________________________________________________
MARIA TERESA DE CARVALHO POÇAS
PROFESSOR(A) DO CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL.
(AVALIADOR(A) INTERNO)

_______________________________________________________________
CARLOS EDUARDO DIAS DE ARAÚJO
PROFESSOR DO CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL.
(ORIENTADOR DA DISCIPLINA PROJETO EXPERIMENTAL)

RECIFE
2021

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SUMÁRIO

Introdução 4
1. Delineamento Metodológico 5
1.1 Tema 5
1.2 Problema 5
1.3 Objetivos 5
1.3.1 Geral 5
1.3.2 Específicos 5
1.4 Hipóteses 5
1.4.1 Básica 5
1.4.2 Secundárias 6
1.5 Justificativa 6
1.6. Procedimentos Metodológicos 7

2. Fundamentação Teórica 7

2.1 O papel da estética na persuasão de clientes 7

2.2 A identificação como forma de aproximação do público 9

3. Cronograma 11

Referências 12

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_________________________________________________________________________________
INTRODUÇÃO

A percepção visual de uma marca é o fator determinante no momento de conquistar o


consumidor, pois, aquilo que será visto definirá a forma como ele imagina o produto oferecido.
Ao passar dos anos, a publicidade se reinventou de diversas formas, deixando claro o quanto
o surgimento de novas estéticas é fundamental para que o mercado publicitário se renove
buscando sair do comum e captar a devida atenção do público.

Sabe-se que cores, tipografia e a forma como os elementos estão dispostos na


composição da arte promovem diferentes sensações em quem a vê, podendo ser usada de
forma intencional para atrair o público-alvo através da identificação com o que está sendo
transmitido, e estabelecendo uma relação de proximidade com a marca. Esse fator é
essencial em um planejamento que possui como objetivo o crescimento de forma orgânica.

A pesquisa analisará como o padrão estético criado pela Obvious Agency influenciou
no seu próprio crescimento ao organizar uma comunicação em que os elementos visuais
expressam de forma clara mensagens motivacionais, bandeiras de causas sociais e fatos do
dia a dia por meio das suas diferentes formas e tons. A partir disso busca-se compreender de
que forma a percepção visual possibilita a atração do público e clientes que buscam
mensagens necessárias e profundas com uma tonalidade mais leve, repleta de cores e
ilustrações que não permitem o distanciamento entre os significados da comunicação textual e
visual.

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1. DELINEAMENTO METODOLÓGICO

1.1 Tema

A influência estética no crescimento da Obvious Agency.

1.2 Problema

Pode-se observar que os posts da Obvious Agency possuem um padrão estético que
criam uma identidade visual própria fácil de ser identificada por quem a procura. A
partir de um crescimento considerado rápido, e ocorrido de forma orgânica, a agência
vem sendo procurada por empresas que pedem para que a mesma coloque seu
“toque” estético nas publicidades. É possível dizer que a estética em questão influencia
diretamente no crescimento da marca?

1.3 Objetivos

1.3.1 Geral

Investigar como o padrão estético da marca influencia o público a acompanhá-la.

1.3.2 Específicos

● Desenvolver estudo teórico sobre novas estéticas utilizadas na direção de


arte;
● Analisar os elementos que compõem as artes das postagens;
● Verificar e comparar o crescimento após o início da utilização desse
padrão estético;
● Compreender a identificação do público com a estética.

1.4 Hipóteses

1.4.1 Básica

Os elementos visuais utilizados na construção da identidade da marca podem


ser considerados essenciais para a conquista do público-alvo.

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1.4.2 Secundárias

● A identificação do público com a estética da marca é um fator


determinante no seu crescimento;
● Se a agência não trouxesse fatos do dia a dia somados a uma estética
divertida, então não haveria um crescimento notável;
● As cores e formas são usadas de forma intencional para que o público
seja atraído;
● O texto não é um fator determinante para que a comunicação do post seja
feita de forma clara e conquiste o público.

1.5 Justificativa

Pode-se afirmar que cores, formas e tipografias despertam diferentes


sentimentos e sensações no consumidor que a observa criando um desejo de consumo
que até então não existia. As diferentes formas de utilização destes elementos visuais
abriram portas para o surgimento de diferentes estéticas que renovam as múltiplas
formas de fazer publicidade.

O presente projeto experimental analisará como a estética influenciou o


crescimento da Obvious Agency. A partir da percepção visual pode-se perceber a
importância da aparência para que o público ideal seja alcançado e engaje o conteúdo
de forma espontânea auxiliando assim, o crescimento de forma orgânica e sem grande
necessidade de divulgação por parte dos criadores.

Desta maneira, o trabalho tem como objetivo compreender a importância dos


elementos visuais para o crescimento das mídias sociais de uma empresa e como o
surgimento de novas estéticas podem promover a renovação das estratégias
publicitárias, fomentando o mercado que busca alternativas diferentes para que o
consumidor lembre da marca.

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1.6 Procedimentos Metodológicos

O trabalho será realizado a partir da análise dos elementos contidos nas artes
das postagens da Obvious Agency e como eles podem persuadir o público por meio de
identificação ou até mesmo de forma inconsciente por sensações transmitidas. Para
isso, serão feitas pesquisas bibliográficas, a fim de entender quais conceitos são
usados para compor as artes e persuadir o público; Pesquisa experimental, buscando
compreender qual a relação que a estética tem com o crescimento da marca e como
esse fenômeno se deu; Observação, analisando os posts, feedbacks dos seguidores,
comentários e tudo que envolve e se relaciona com a identidade de visual da marca.

2. Fundamentação Teórica

2.1 O papel da estética na persuasão de clientes

Uma peça gráfica surge a partir da necessidade de transmitir uma mensagem de forma mais
memorável a um certo público. Frascara (2000 apud ROCHA, 2021, p. 160) apresenta o
design “[...] como uma disciplina dedicada à produção de comunicações visuais com o
objetivo de afetar o conhecimento, as atitudes e o comportamento das pessoas”. A
partir dessa afirmação pode ser entendido que, a criação de peças gráficas e a forma como os
elementos estão dispostos na mesma, podem atingir as pessoas de diferentes maneiras
mudando assim, sua forma de pensar e agir acerca de um certo assunto. A construção dessa
comunicação se dá a partir da utilização de elementos como formas, fontes e cores
organizadas de forma harmônica criando um valor visual e sendo assim reconhecida como
estética.
A partir do conceito da primeiridade da semiótica pode-se entender que alguns desses
elementos não precisam estar necessariamente relacionados para despertar sensações no
consumidor. Dentre esses, as cores podem ser consideradas cruciais na forma como uma

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peça gráfica irá comunicar e atrair corretamente quem a vê, de acordo com Heller (2012, p.18)
“cada cor pode produzir muitos efeitos, frequentemente contraditórios. Cada cor atua de modo
diferente, dependendo da ocasião.” Diante disso, pode-se dizer que as cores ao produzir
diferentes sensações tornam-se um ponto chave no momento de cativar pessoas. Cada
elemento que compõe a arte deve ser pensado primeiramente em sua particularidade e só
depois em harmonia com os outros elementos para que a composição desperte os
sentimentos corretos no público-alvo.
Na publicidade a estética é considerada importante por ser um dos principais elementos
usados para despertar o desejo daquilo que é belo. Sabendo disso, pode-se entender que os
conceitos falados anteriormente são cruciais para criar uma ideia de necessidade a partir da
estética, persuadindo e atraindo clientes. Para Fogg (2016, apud SILVA, p.22) “Caracteriza o
design, a pesquisa e a análise de tecnologias interativas, tais como: os computadores,
telefones, websites, aplicações móveis, jogos de vídeo, entre outros, criadas com a finalidade
de mudar as atitudes ou comportamento das pessoas.” O que nos leva a acreditar que nos
dias atuais as formas de persuasão tem se tornado cada vez mais potentes por conta das
novas tecnologias e mídias.
Segundo Lopes (2017, p.21) a persuasão e a mudança de comportamento estão
relacionadas visto que o propósito de persuadir alguém é o de alterar o seu comportamento
acerca de algum assunto, onde essa relação pode ser entendida como o principal objetivo das
mídias persuasivas. A partir das novas tecnologias as formas de consumo mudaram, foram
criadas novas formas de vender produtos e ideias criando uma sensação de que existe uma
necessidade para saciar aquele desejo momentâneo do consumidor, alterando a forma como
a população age e causando consequentemente uma mudança cultural que fez com que a
sociedade normalizasse cada vez mais o imediatismo da realização desse desejo causado
pela ideia de necessidade.
Diante disso, pode-se entender que as novas tecnologias, assim como a estética,
influenciam a forma como as pessoas se comportam, podendo assim persuadir o público
apenas despertando sentimentos e sensações a partir da comunicação visual.

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2.2 A identificação como forma de aproximação do público

Nos dias atuais, o consumidor vem cada vez mais procurando consumir marcas que
se posicionam de forma parecida com a sua forma de pensar, ao observar essa mudança no
mercado, as empresas estão buscando cada dia mais formas de parecerem “humanizadas” se
mantendo mais próximas dos seus clientes. Essa forma de consumir vem expandindo cada
vez mais os segmentos de lojas e produtos e mudou completamente a forma como as lojas se
posicionam.
Segundo Rocha e Alves (2010, p. 227) “Outras formas de comunicação estão
convivendo na rede e as empresas devem compreender que o caminho é para os lados, ou
seja, pessoas falando com pessoas. Elas querem escutar vozes, interagir um com o outro, e
responder da mesma forma.”
Para facilitar a relação com o cliente, as marcas buscam criar persona que atrai com
mais facilidade o público-alvo por meio de identificação. De acordo com Ravanello et al (2015,
p. 04, apud Leão, p. 23). “O sistema afetivo faz julgamentos e rapidamente ajuda a determinar
quais coisas no ambiente são perigosas ou seguras, boas ou ruins. O sistema cognitivo
interpreta e faz todo o sentido do mundo. O afeto é o termo geral para o sistema de
julgamento, seja consciente ou inconsciente.” Quando se estabelece uma relação de
identificação com a loja há maiores chances da compra ser efetuada não mais apenas pela
funcionalidade do produto, e sim pelo apelo emocional.
A identificação pode ocorrer também por meio das peças gráficas postadas nas
redes da marca onde o cliente pode se sentir acolhido por alguma estética, ou algum texto
específico. Segundo Souza (2008, apud Freitas et al, 2010, p.13) “O Design Emocional pode
ser utilizado pela publicidade (guiado por designers) na criação de campanhas e embalagens
que complementem o valor agregado ao produto (diferenciação) e a forma de identificação do
consumidor com ele, seja pela estética, funcionalidade ou o valor simbólico inerente a imagem
pessoal do consumidor.” Ou seja, os elementos visuais agregam valor emocional à peça
gráfica sendo associados, mesmo que de forma indireta, à cultura do cliente.

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O storytelling pode ser considerado um ponto essencial para que a relação de
identificação com o consumidor seja firmada. A partir da criação de uma história com apelo
emocional, a marca traz essa questão simbólica de representação onde o cliente se vê
naquilo que foi apresentado, trazendo o conceito de que a marca está ali pra apoiar histórias
como aquela e que se você se sente representado pela mesma então deveria consumir
produtos de empresas que levantam aquela voz.
Em suma, o apelo afetivo da identificação traz um ar de proximidade que auxilia
a estabelecer uma relação da marca com o cliente e criando uma certa relevância no dia-a-dia
fazendo com que o mesmo se reconheça nas peças publicitárias e sinta-se confortável em
consumir um produto de uma empresa que acredita nas mesmas bandeiras tornando assim
mais fácil um processo de fidelização.

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3. CRONOGRAMA

Mar/2 Jun/2 Ago/2 Set/2 Dez/2


Atividades Fev/21 Abr/21 Maio/21 Out/21 Nov/21
1 1 1 1 1
Elaboração do Pré-projeto
Dossiê X X
Elaboração do
X X X
Pré-Projeto

Entrega Pré-projeto X

Qualificação Projeto
X
Experimental
Elaboração do Projeto
Levantamento
bibliográfico e X
documental
Coleta de Dados X X

Análise e discussão dos


X
dados

Elaboração do produto X X X

Entrega do TCC X

Defesa de TCC X

Entrega de Versão Final


X
do TCC

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Referências

HELLER, Eva. A psicologia das cores: como as cores afetam a emoção e a razão.
São Paulo: Gustavo Gili, 2013.

KOTLER, Philip; KARTAJAYA, Hermawan; SETIAWAN, Iwan. Marketing 4.0. Rio de


Janeiro: Sextante, 2017.

FERNANDES, Amaury; MACIEL, Katia Augusta. Direção de arte e transmidialidade.


Rio de Janeiro: Editora URFJ, 2018.

MAZZAROTO, Marco. Design gráfico aplicado à publicidade. Curitiba: Intersaberes,


2018.

ROCHA, Eudson; MOREIRA, Lara Alves. Fragmentos de cultura. Goiânia, v.. 20, n.
3/4, p. 221-230, mar./abr. 2010.

TAVARES, Monica. Arte-Design: A produção de sentido. Curitiba: Compós, 2007.

ROCHA, Cláudio Aleixo. Ilustração crítica e narrativas subversivas no design gráfico


social. Ensinarmode, v. 4, n. 3, jan. 2021.

Ming, André. Objeto ou referente dos signos estéticos: reflexões e discussões a partir
da lógica de C. S. Peirce. Estudos Semióticos. [on-line] Disponível em:
www.revistas.usp.br/esse . Editores Responsáveis: Ivã Carlos Lopes e José Américo
Bezerra Saraiva. Volume 13, Número 1, São Paulo, julho de 2017, p. 89–99.

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