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Empreendedorismo no século XXI: Pandemia de 2020 pelo Covid-19

Resumo: Empreender é colocar em prática uma atividade seja ela desperta por um
sonho ou por uma necessidade, visto isso inúmeras pessoas buscam no
empreendedorismo a sua realização pessoal, a perspectiva de obter ganhos
financeiros maiores ou até mesmo uma saída para gerar receita e com isso ter o
seu sustento próprio. A ação empreendedora pode surgir em vários períodos na
vida de um indivíduo, particularmente em momentos de crise algumas boas ideias
nascem e se tornam um negócio de sucesso. Para abordar o tema
empreendedorismo no século XXI, a pandemia pelo Covid-19 serve como
referência, demonstrando como profissionais criaram novos negócios ou
aprimoraram suas empresas para superarem o período de tensão sanitária e
econômica. Através de uma pesquisa bibliográfica, com levantamento de dados
secundários e com o suporte de uma pesquisa exploratória o tema é discutido
cientificamente para assegurar a explanação sobre o assunto.

Palavras-chave: Empreendedorismo; Pandemia; Covid19.

Entrepreneurship in the 21st century: Pandemic 2020 by Covid-19

Abstract: To undertake is to put in practice an activity that can start through a dream
or a necessity, seen this way lots of people search in the entrepreneurship the self
realization, the perspective to achieve better financial levels or even thought a way to
get more revenue and with this have their own sustenance. The action of undertake
can appear in many periods of a person’s life, particularly in crises moments some
good ideas born and become a success business. To approach the theme
entrepreneurship in the 21st century, the pandemic of Covid-19 serves as reference,
showing how professionals create new business or improve their companies to pass
through the period of sanitary and economic tension. Through a bibliographic
research, with secondary data collection and with the support of an exploratory
research the theme is scientifically discussed to secure the explanation about the
subject.

Keywords: Entrepreneurship; Pandemic; Covid19.

Introdução

A economia mundial é volátil e diversos fatores interferem nela positiva ou


negativamente, por isso todos os negócios estão sujeitos a sofrerem impactos
durante o seu ciclo de vida. Visto isso, existem períodos em que o desemprego
cresce e também momentos que algumas empresas diminuem seu faturamento em
decorrência de implicações internas ou externas.
Como meio para gerar receita, pagar as contas, comprar itens de
necessidade básica e até ter um certo lazer, algumas pessoas optam por começar a
empreender. Certos indivíduos encontram oportunidades no mercado e passam a
investir no seu negócio próprio, já os demais empreendedores adotam essa
atividade como único meio para sobrevivência.
Segundo Dornelas (2003), o ato de empreender está ligado a fazer algo novo
e diferente, a mudar uma situação presente e procurar novas oportunidades de
negócio, levando em consideração a inovação e a criatividade. Portanto, a
abordagem do tema empreendedorismo deve investigar os aspectos inovadores e
criativos desenvolvidos pelos empreendedores na sua jornada.
Colaborando para composição do tema empreendedorismo no século XXI, a
pandemia pelo novo coronavírus (Covid-19) é apresentada tanto por ela interferir
diretamente no dia a dia da sociedade e como reflexo nos negócios, ademais faz-se
necessário investigar se soluções podem surgir durante uma crise seja ela global,
econômica, pessoal, sanitária, dentre outras.
Através de uma coleta de dados secundários com o suporte de uma pesquisa
bibliográfica e uma pesquisa exploratória o tema é discutido com o intuito de
entender o que é empreendedorismo, as formas como ele pode se apresentar na
vida dos cidadãos e, como uma crise pode prejudicar ou até mesmo ser o ponto de
partida para se começar um novo negócio.

O empreendedorismo como sonho

O empreendedorismo está atrelado ao ato de começar algum negócio,


edificar algum novo projeto, dar início a uma prospecção de mercado para poder
atendê-lo com eficiência. Para empreender é preciso visualizar uma oportunidade
de venda seja de um produto ou serviço para uma parcela da sociedade, atendendo
a um nicho de mercado com excelência. Para Schneider e Branco (2012, p. 19)

nota-se que o empreendedorismo está relacionado à ação. Portanto,


empreendedores são aqueles que realizam algo, que mobilizam recursos e
correm riscos para iniciar negócios, para iniciar organizações. Aquele que
se propõe a empreender é alguém que não fica na esfera dos sonhos e
intenções; é alguém que sonha e parte para a concretização.
Muitos profissionais têm dentro de si a vocação de empreendedores, tais
pessoas têm a habilidade de começar uma empresa desde os seus princípios
básicos como organizar setores, estimar demanda, contratar colaboradores, obter
verba, divulgar o empreendimento, dentre outras ações pertinentes que qualquer
organização precisa gerenciar e aplicar para iniciar suas atividades no mercado e
conquistar clientes. Em essência, o empreendedor, é a pessoa que tem a
capacidade para projetar coisas novas e realizá-las, portanto quando vemos uma
pessoa vendendo produtos no porta-malas do seu carro, podemos nos lembrar da
Nike que também começou assim, quando o seu criador tinha a ideia de vender
calçados esportivos para atletas e combinou a criatividade e a implementação para
começar a sua atuação profissional (MAXIMIANO, 2010).
Lezni (2009, p. 8) explica que "empreendedorismo é o fenômeno de
desenvolvimento econômico, social e comportamental que move os
empreendedores no sentido de mudar situações comuns atuais com a visão voltada
para o futuro”. Um empreendedor estima que a sua ideia de negócio tem o potencial
para atender uma demanda crescente e, que mesmo que a sua empresa seja
pequena há a possibilidade dela crescer visto o desenvolvimento gradual da área
econômica que está sendo abastecida pela organização.
A missão de vida das pessoas é a felicidade, o ser humano empreende pela
felicidade, se perguntarmos para as pessoas apontarem a causa real para estarem
empreendendo, possivelmente a resposta será: o desejo de ser feliz (SCHNEIDER;
BRANCO, 2012). Muitos indivíduos procuram no ato de empreender não só a
sobrevivência por meio da aquisição de recursos financeiros que possibilitem o
pagamento de contas e o consumo de bens materiais, mas também a realização
pessoal e profissional de estar trabalhando com o que gostam, da maneira que
querem e para o público que apreciam atender.
O empreendedorismo como sonho está ligado ao fato do ser humano querer
ter o seu próprio negócio, colocar a sua ideia em prática, ver os consumidores bem
assistidos, levar benefícios e praticidade para o mercado, encontrar uma vantagem
competitiva e suprir essa lacuna com novos projetos. Como consequência ao
empreendedorismo há o desenvolvimento econômico da região, pois mais negócios
começam a nascer e mais pessoas passam a consumir tendo assim um fluxo de
compra e venda de produtos e serviços, gerando receita para os municípios,
estados e para o país.
A cada novo ano, desde 2010, mais de 400 mil novas empresas surgiram nos
EUA, nas últimas décadas o número de novos empreendimentos do tipo "empresa
emergente" (startup) tem sido relativamente alto, além do advento de ideias para
novos negócios em potencial, tendo ainda nos Estados Unidos anualmente o pedido
de registro de 500 mil patentes (KURATKO, 2016). Uma pequena concepção de
negócio pode se tornar o sustento de um empreendedor e como efeito da sua
família que é subsidiada por ele, a contratação de profissionais em busca do seu
primeiro emprego ou recolocação no mundo do trabalho, o ingresso de uma
empresa em um mercado saturado e cedente por novidades, dentre outros aspectos
que envolvem as prerrogativas que uma nova organização pode trazer para a
cidade onde atuará.
Segundo estudo realizado em 2016 pela Global Entrepreneurship Monitor
(GEM), 61,8% dos pesquisados informaram que abriram o próprio negócio após
terem identificado uma oportunidade de negócio no Brasil (VARELLA, 2019). Tal
perspectiva demonstra não só o crescimento de transações mercantis em território
brasileiro como também o aumento das oportunidades para abertura de negócios
em países emergentes da América Latina.
Já na Europa, instituições de ensino com base em pilares como educação
integral, autoconhecimento, cultura empreendedora e aprendizagem experiencial,
ofertam cursos na área do empreendedorismo para capacitarem os profissionais a
atuarem junto aos desafios do século 21 que envolve educação e sociedade,
algumas dessas escolas européias são: The KaosPilots (Aarhus, Dinamarca)
fundada em 1991 e está entre uma das 10 melhores escolhas de design e startups
do mundo; Team Academy (Mondragón, Espanha) fundada em 1993, a instituição
tem como principais diferenciais as turmas divididas em grupos e o aprendizado é
contínuo; Schumacher College (Totnes, UK) tem como método de ensino o
encorajamento dos estudantes a agir a partir dos seus cursos e programas sobre
vida sustentável (SEBRAE, 2020).
O empreendedorismo como opção para sobrevivência

A globalização trouxe diversos benefícios para a sociedade como a facilidade


ao acesso de produtos e serviços provenientes de todas as partes do mundo,
entretanto com a inserção no mercado global de mercadorias oriundas de países
como a China, aspectos como a mão de obra local e as fábricas nacionais sofreram
impactos negativos. O desemprego e a falência de empresas também é agravado
pela crescente automação industrial influenciada pelo constante progresso
tecnológico.
Ogasavara, Masiero e Nabuco (2015, p. 61) afirmam que “para muitos
estudiosos do mercado de trabalho, o fato de a China possuir grande oferta de mão
de obra a baixos custos continuará sendo um fator determinante de maior
competitividade e crescimento das empresas chinesas vis-à-vis suas similares
internacionais”. E, Zilli (2019) corrobora dizendo que com os avanços da China
muitos países passaram a ter uma dependência significativa à nação asiática.
Outro detalhe importante quanto a desaceleração na geração de empregos é
a automação industrial. Bertagnolli, Rizzoto e Tonial (2010, p. 132) relatam que

A automação é o processo pelo qual o trabalho do homem é substituído por


máquinas, que produzem de forma mais precisa, célere e econômica. Esse
processo pode ser vislumbrado tanto por aspectos positivos quanto
negativos: de um lado, tem-se a rapidez da produção dos bens; de outro,
verificam-se o desemprego e a disparidade social crescentes.

Sendo assim, seja pela acirrada disputa de mercado com produtos chineses
ou em decorrência da automação industrial, muitos indivíduos acabam ficando
desempregados e recorrerem ao empreendedorismo como forma de gerarem
receita e terem o seu sustento próprio. Para Lenzi (2009, p. 6) “o fato é que o
empreendedorismo configura-se como o principal fator de desenvolvimento
econômico e social de um país”.
Muitas vezes empreender é a única solução de trabalho para muitos
profissionais independente do seu grau de instrução, sejam eles portadores de um
diploma acadêmico, analfabetos ou apenas com formação no ensino fundamental
ou médio. Para Vale, Corrêa e Reis (2014), observa-se no mundo um tipo de
desemprego estrutural de maneira crescente bem como a presença de um tipo de
empreendedor que é movido pela necessidade de sobrevivência, estes indivíduos
muitas vezes sem condições de se inserir adequadamente no mercado formal de
trabalho acabam por desempenharem alguma atividade empreendedora.
É o caso do empreendedor Geraldo Rufino que começou ainda quando
criança catando latinhas em um aterro sanitário do bairro onde ele morava na
cidade de São Paulo, com o tempo ele foi percebendo as oportunidades de mercado
e em dado momento da sua vida constituiu a sua própria empresa especializada em
desmontagem veicular (RUFINO, 2015).
A economia globalizada e a alta competitividade no mundo do trabalho
atualmente faz com que o empreendedorismo seja uma atividade cada vez mais
presente impulsionando e estimulando mudanças econômicas (GEM, 2007).
Portanto, há a descentralização das atividades econômicas que não ficam apenas
restritas às grandes empresas e o seu grupo de funcionários, existe também os
micros e pequenos empresários que mantém a economia local ativa com as suas
atividades empreendedoras, produzindo produtos e serviços dentro do países e
também comercializando-os em território nacional.
“Nos últimos anos, apesar do fraco desempenho do PIB, entre 2014 e 2017,
a criação anual de novos MEI manteve-se robusta, próximo à casa de 1 milhão de
novos MEI/ano” (SEBRAE, 2018, p. 8). O MEI (Microempreendedor Individual)
caracteriza-se por ser um registro de uma pessoa jurídica, porém de maneira
descomplicada proporcionando benefícios diversos para que o cidadão
empreendedor tenha a sua atividade profissional formalizada (PORTAL DO
EMPREENDEDOR, 2020).
Os autores Longenecker, Moore e Petty (2007) destacam que um
empreendedor precisa investir na criação de um negócio que ele acredita ser
inovador e criativo, sendo assim os resultados serão mais positivos. Ou seja,
mesmo que o setor de alimentação, por exemplo, seja ocupado por diversas
pequenas, médias e grandes empresas, sempre haverá espaço para uma nova
opção de produção, venda e consumo de comida desde que esta traga um
diferencial competitivo na sua concepção.
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA,
2019) o setor alimentício no ano de 2018 no Brasil criou 13 mil novos postos de
trabalho e manteve-se como o maior gerador de empregos diretos no país
contabilizando 1,6 milhão. Para Klafke (2017) o setor de alimentos tem como
característica uma grande concentração de empresas, contabilizando 69% dos
empreendimentos iniciais relacionados a serviços orientados para o consumidor
com venda direta ao cliente final no Brasil.
Klafke (2017) ainda corrobora dizendo que os empreendedores iniciais optam
por negócios ligados a gastronomia, seja abrindo restaurantes, lancherias, bares,
padarias ou atuando como ambulantes, representando assim 25% das escolhas
mercadológicas. Por a comida ser um produto de consumo essencial para os seres
humanos, quando um indivíduo escolhe empreender como meio de sobrevivência
muitos optam por atuar no ramo da alimentação visto o retorno mais rápido dos
seus investimentos e também certa garantia no volume de vendas dado a
necessidade da população se alimentar.
Para Calicchio et al (2019, p. 65) "os brasileiros tendem a ser
empreendedores: Mais de 39% da população economicamente ativa trabalham em
iniciativas empreendedoras". Os autores ainda afirmam que a maior parte das
startups criadas no país têm como foco os serviços profissionais, a tecnologia, a
mídia, as telecomunicações e a tecnologia financeira.
Os serviços de tecnologia no Brasil representam outro importante segmento
empresarial, aquém do ramo da alimentação, cujo os empreendedores percebem
boas oportunidades de trabalho visto os avanços tecnológicos e a necessidade de
atender às urgências e carências da população, as quais podem ser em parte
sanadas por meio das tecnologias que fornecem benefícios como praticidade no dia
a dia dos indivíduos, sobrepõe barreiras de tempo e espaço com o uso de um
aparelho de celular inteligente conectado a internet, dentre outros aspectos.
Cavararo (2009) destaca que o setor de Tecnologia da Informação e
Comunicação (TIC) brasileiro no ano de 2006 era composto por 65.754 empresas
as quais eram integradas por 673.024 pessoas, além disso entre os anos 2003 e
2006 foi registrado um aumento de 18,3% no número de empresas e de 40,7% no
número de pessoas ocupadas. Tais dados demonstram a representatividade da TIC
como opção para se empreender no país.

O novo coronavírus: Covid-19

Em 30 de janeiro de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou


que o surto da doença causada pelo novo coronavírus (COVID-19) constituía uma
Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional, sendo este o mais alto
nível de alerta da Organização, de acordo com o Regulamento Sanitário
Internacional (OPAS/OMS Brasil, 2020). Até então a doença que em meados de
novembro de 2019 se situava apenas na China, propriamente na região de Wuhan,
havia se espalhado pelo mundo acometendo diversas pessoas de todos os
continentes.
Conforme o Ministério da Saúde (BRASIL, 2020)

A COVID-19 é uma doença causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, que


apresenta um quadro clínico que varia de infecções assintomáticas a
quadros respiratórios graves. De acordo com a Organização Mundial de
Saúde (OMS), a maioria dos pacientes com COVID-19 (cerca de 80%)
podem ser assintomáticos e cerca de 20% dos casos podem requerer
atendimento hospitalar por apresentarem dificuldade respiratória e desses
casos aproximadamente 5% podem necessitar de suporte para o
tratamento de insuficiência respiratória (suporte ventilatório).

Além disso, o Ministério da Saúde ainda destaca que os sintomas da doença


incluem tosse, febre, coriza, dor de garganta e dificuldade respiratória, sendo o vírus
da Covid-19 transmitido de uma pessoa doente para outra ou por contato próximo
que pode ocorrer através do toque do aperto de mão, gotículas de saliva, espirro,
tosse, catarro e objetos contaminados (celulares, mesas, brinquedos, maçanetas,
etc).
No primeiro trimestre de 2020 as informações eram que uma vacina para
derrotar a pandemia poderia levar até 18 meses para ficar pronta (ONU Brasil,
2020). Ademais, remédios pré-existentes eram testados em vários países com o
objetivo de servirem como tratamento para as vítimas da doença.
De acordo com informações da Organização Pan-Americana da Saúde e da
Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS Brasil, 2020), no dia 31 de dezembro
de 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recebeu um alerta de que na
província de Hubei, cidade de Wuhan, localizada na República Popular da China,
vários casos de pneumonia estavam ocorrendo, tratando-se de uma nova cepa
(tipo) de coronavírus ainda não identificada antes em seres humanos. A OPAS/OMS
Brasil ainda corroboram afirmando que em 7 de janeiro de 2020, uma semana após
o primeiro alerta, foi confirmado por autoridades chinesas que havia um novo tipo de
coronavírus circulando.
Coronavírus são vírus que causam infecções respiratórias em animais, sendo
sete tipos deles reconhecidos como patógenos em humanos associados a
síndromes gripais, entretanto a SARS-CoV-2 ainda não detinha um protocolo de
vigilância de SRAG no Brasil, não incluindo assim os coronavírus como parte do
painel de exame laboratorial na rotina da vigilância, para tanto em 31 de janeiro de
2020, o Ministério da Saúde do Brasil instaurou o Grupo de Trabalho Interministerial
de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional e Internacional para
acompanhamento da situação e definição de protocolos de ação (LANA et al, 2020).
O novo coronavírus demandou esforços da comunidade científica para
identificar a cepa e como consequência estudar os seus efeitos e medidas
preventivas para conter a sua propagação na população mundial bem como os
danos que a Covid-19 poderia causar nas vítimas. Até então o assunto era novo e
desconhecido para os integrantes da saúde, por isso levantamento de dados e
análises precisaram ser feitas com rapidez em busca dos melhores resultados.
Fioravanti (2020) relata que em decorrência do novo coronavírus houve uma
aceleração de produção e difusão científica de artigos acerca do tema, dado a
importância do assunto, revistas científicas encurtaram o prazo de análise dos
artigos sobre o novo vírus, avaliando pesquisas elaboradas a respeito da pandemia
com mais rapidez e publicando-as em alguns dias em vez de levar meses. Visto
isso, informações em relação ao vírus, suas consequências e perspectivas
chegavam com brevidade aos profissionais interessados nos estudos.

Empreender em meio a crise


Stevenson (2020) relata que a pandemia causada pelo novo coronavírus
mostrou o quanto o mundo é dependente da China, informando que fabricantes de
veículos como a Ford e a Toyota tiveram que parar a sua produção nas suas
fábricas chinesas durante um determinado período de tempo que o surto pela
Covid-19 afetava a saúde da população, além disso a Apple também precisou
redirecionar sua cadeia logística. E, como consequência a distribuição desses
produtos para os demais países do globo ficaram abaladas.
Já os Estados Unidos, uma das maiores potências econômicas mundiais
também transpareceram a sua dependência ao país asiático, quando em meados
de abril de 2020 para combater o Covid-19 precisaram comprar grandes
quantidades de produtos como máscaras cirúrgicas, luvas e equipamentos
hospitalares fabricados e distribuídos pela China. A maior fornecedora mundial de
equipamentos de proteção é a China (AFP, 2020). No dia 04 de abril de 2020, os
Estados Unidos enviaram 23 aviões cargueiros à China para voltarem ao território
norte-americano carregados com praticamente todo o estoque chinês com
mercadorias de demandas hospitalares (RODRIGUES, 2020).
Em meio a crise sanitária que causava prejuízos em praticamente todos os
países do mundo, uma crise econômica também começou a tomar maiores
projeções visto que com iniciativas de governos cidades, estados e países
implementaram a quarentena - período de isolamento social - para que a curva de
propagação do vírus Covid-19 fosse achatada, implicando em prejuízos menores
para a saúde da população mundial.
Na Espanha, desde o dia 14 de março de 2020, um confinamento quase total
foi imposto por determinação do governo à 46 milhões de cidadãos para conter a
propagação do novo coronavírus, os indivíduos só poderiam sair de casa por motivo
de trabalho ou necessidade máxima, como comprar comida (PAZ, 2020). Na Itália, o
isolamento social em vigor desde 09 de março de 2020, foi prorrogado algumas
vezes e o chefe da Defesa Civil da Itália, Angelo Borrelli, em meados de abril de
2020 informou que o confinamento seria prorrogado, pelo menos, até 2 de maio de
2020 (VEJA, 2020).
Em território brasileiro o isolamento social foi controverso em todo país, pois
alguns estados e cidades alegavam ser desnecessária tal medida visto o baixo ou
até ausente número de casos pelo novo coronavírus, todavia a maior parte do Brasil
sofreu medidas restritivas como o estado de São Paulo que em 24 de março de
2020 decretou o início da quarentena e o fechamento do comércio (CARDIM, 2020).
A secretaria da saúde do Rio Grande do Sul (RS, 2020) no dia 12 de março de 2020
estabeleceu o decreto nº 55.115 que apresentava medidas temporárias de
prevenção ao contágio pelo COVID-19 (novo Coronavírus) no âmbito do Estado, no
documento atividades e eventos foram suspensos.
O receio da população quanto a doença foi agregado ao temor de perderem
seus empregos, reduzirem drasticamente os lucros das empresas e a total
desaceleração da economia mundial. Kristalina Georgieva diretora-geral do Fundo
Monetário Internacional (FMI) afirmou que por conta dos impactos da pandemia do
Covid-19 o mundo entrava em uma recessão igual ou até mesmo pior que a
recessão de 2009 (EURONEWS, 2020).
Portanto, em meio às dúvidas, incertezas e falta de perspectiva de quando
tudo iria começar a melhorar, tanto a questão da saúde quanto da economia, o
recurso encontrado por muitos indivíduos para obter dinheiro para pagar as contas e
comprar comida foi empreender, aliar a criatividade e a inovação para apresentar ao
mercado maneiras de consumo que superassem a crise sanitária e econômica.
A fundadora da plataforma Me Poupe!1, Nathalia Arcuri, como iniciativa para
ajudar os pequenos negócios e profissionais autônomos a divulgarem seus produtos
e serviços durante a pandemia, criou dentro do seu canal no YouTube um adendo
chamado S.O.S Me Poupe! para que este servisse como vitrine, onde os
empreendedores apresentavam ao público suas ofertas (JULIO, 2020). Com isso,
pequenas ideias que surgiram dentro de um apartamento poderiam tomar maiores
proporções e ter a visibilidade necessária para que os consumidores pudessem ter
conhecimento de novas mercadorias oferecidas, novas soluções e maneiras
modernas de terem as suas necessidades e os desejos atendidos, e como

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Hoje a missão do Me Poupe!, primeira plataforma de entretenimento financeiro do Brasil e também
o maior canal de finanças pessoais do mundo, é oferecer de graça educação financeira ao maior
número possível de pessoas e tirar milhões de brasileiros da inércia financeira (ARCURI, 2020).
consequência estariam consumindo de um pequeno empreendedor e ajudando ele
a manter o fluxo de caixa no período de crise.
“Em momentos de crise é natural que haja insegurança, medo e até
desânimo, especialmente em relação aos negócios. No entanto, esses momentos
são propícios para que ocorram mudanças, a partir de ações criativas e
inovadoras,que direcionam as pessoas ao empreendedorismo" (FIALHO et al, 2018,
p. 149). Em dado momento uma crise pode se apresentar como oportunidade de
negócio para muitos cidadãos que estão desempregados e necessitando de uma
renda extra, afinal mesmo em períodos adversos boas ideias podem ser
implementadas, crescerem e perdurarem mesmo após a crise passar como um
negócio de sucesso.
Na cidade de Manaus, capital do estado do Amazonas, empresários do
município repensaram as estratégias de trabalho para sofrerem menos impacto
diante da crise que se agravava por conta da pandemia e até começaram a gerar
oportunidades de empregos, um empresário local reinventou a sua empresa que até
então trabalhava com a confecção de peças de kimono e passou a produzir
máscaras para a proteção contra o vírus (ARAUJO, 2020). Tal atitude demonstra a
percepção de necessidade do mercado e oportunidade de ajustar o seu negócio
para continuar funcionando durante o período de recesso, atendendo ao
consumidor, mantendo os colaboradores empregados e gerando renda.
Diversas instituições tiveram que remodelar de maneira viável e inteligente a
forma como atuam no mercado e diante da comunidade para que as suas atividades
pudessem continuar ocorrendo sem interferir nos decretos governamentais acerca
do distanciamento social, e outro exemplo de reposicionamento diz respeito às
congregações religiosas. Na cidade de Farroupilha, município do estado do Rio
Grande do Sul, o Santuário Diocesano Nossa Senhora de Caravággio teve de
fechar as suas portas para evitar aglomerações, porém as missas ocorreram
diariamente com transmissão aberta pela internet para todo o público, assim os fiéis
podiam acompanhar de suas casas através das redes sociais a celebração religiosa
conduzida pelos padres (MULLER, 2020).
As instituições de ensino também ajustaram a sua oferta educacional,
disponibilizando para os estudantes o ensino a distância que ocorre por meio da
internet e das tecnologias (TV, rádio, computador, celular, tablet) ao invés das aulas
tradicionalmente presenciais que por ora haviam sido canceladas. Em relação a
educação básica

A pandemia da Covid-19 vem trazendo imensos desafios para todos os


setores, no Brasil e no mundo. [...] Na Educação, tais medidas significam,
em linha geral, o fechamento de escolas públicas e particulares, com
interrupção de aulas presenciais. Já são 91% do total de alunos do mundo
e mais de 95% da América Latina que estão temporariamente fora da
escola devido à Covid-19. [...] o Brasil tem seguido a tendência mundial. Em
todo o território nacional, redes públicas e privadas interromperam o
funcionamento das escolas e, entre outras ações, têm cogitado – ou já
estão em processo de – transferir aulas e outras atividades pedagógicas
para formatos a distância. (CRUZ; BORGES; FILHO, 2020, p. 3).

Já no ensino superior os alunos que estudavam na modalidade presencial


tiveram suas atividades alocadas para o sistema de Ensino a Distância (EaD), com
aulas online bem como o envio de material para leitura e resolução de atividades.
Frente a necessidade de atender rapidamente às instituições de ensino superior do
sistema federal, o Ministério da Educação (MEC), liberou por meio de uma portaria a
substituição das aulas presenciais pela modalidade a distância (ANDES, 2020).
Entretanto nem todas as instituições de ensino adotaram o sistema EaD,
como o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul,
que em meados de abril de 2020 informou à comunidade acadêmica que as suas
atividades retornariam apenas dia 03 de junho de 2020, caso houvesse melhora nas
condições de saúde, porém durante o período de cancelamento das aulas a
instituição tomou como posicionamento o não uso da educação a distância em
substituição às atividades letivas presenciais, contudo adotaram uma série de
atividades complementares que poderiam ser desenvolvidas pelos estudantes
(IFRS, 2020).
Já em relação ao atendimento médico, outro setor também afetado pela
pandemia, foi necessário remanejar a oferta de consultas médicas tendo em vista
que a ordem era para evitar aglomerações e a sala de espera de um consultório
médico poderia ser um ambiente adverso para a população em geral frequentar,
principalmente as pessoas que faziam parte do grupo de risco (indivíduos com
comorbidades e acima dos 60 anos de idade). Sendo assim, o Senado Federal
Brasileiro sancionou a lei 13.989 que estabeleceu a utilização da telemedicina
durante a pandemia de coronavírus, tal aprovação contribuiu principalmente para os
casos que exigiam acompanhamento contínuo de médicos, por permitir a
continuidade de tratamentos e evitar a ida do paciente a um pronto-socorro ou uma
clínica onde haja risco de contaminação pelo novo coronavírus (AGÊNCIA
SENADO, 2020).
Para sobrepor barreiras a criatividade pode ser uma grande aliada em
determinadas circunstâncias, pois através dela soluções eficazes podem surgir e a
sociedade como um todo pode se beneficiar. Segundo Brito, Vanzin e Ulbricht
(2009, p. 206) “o ambiente tem papel fundamental tanto para a emergência quando
para a repressão da criatividade”. Para tanto, se formos considerar períodos de
crise sejam elas econômicas, sanitárias, pessoais ou políticas, o ser humano poderá
ser aguçado a traçar novas estratégias de trabalho, porém também pode ser
reprimido por falta de oportunidade, mercado e demanda.
A inovação também tem um papel importante quando o assunto
empreendedorismo está em pauta. Para Chibás, Pantaleón e Rocha (2013, p. 15) “a
inovação hoje é reconhecida como fator primordial para o desenvolvimento das
empresas e, principalmente, para o país. Isto se concretiza numa cobrança cada
vez maior por projetos mais inovadores”. E Moriconi (1997) corrobora dizendo que a
inovação tem como objetivo a implantação de um produto ou serviço com melhorias
identificáveis, bem como aprimoramento de processos, métodos de marketing e
organizacionais nas práticas de negócios, e ajustes no local de trabalho ou nas
relações externas.
Por fim, o diferencial competitivo precisa ser pesquisado pelos
empreendedores, afinal a oferta mais atraente irá ganhar maior atenção do mercado
consumidor. E o diferencial competitivo engloba tudo aquilo que torna o seu negócio
único diante dos clientes e isto deve estar claro na mente dos seus consumidores
(JACOB, 2011).
“Pensar fora da caixa”, segundo Rosa, Couto e Lage (2015) se tornou
sinônimo de “precisamos de algo diferente do que temos”. Por isso, faz-se
necessário que os empreendedores aproveitem todas as situações - boas e ruins -
para encontrarem novas e melhores oportunidades de negócios para oferecer aos
clientes mercadorias modernas e maneiras práticas, simples e convenientes de
adquiri-las.

Considerações finais

Empreender não é uma tarefa fácil, mesmo que o ato comece por um sonho
a ser posto em prática ou por uma necessidade de sobrevivência, afinal diversos
são os contratempos que o empreendedor terá de enfrentar no mercado para que o
seu negócio seja um sucesso e se perpetue. Para tanto, utilizar da criatividade,
buscar sempre inovar e ter um diferencial competitivo são pressupostos que podem
trazer benefícios para que um novo empreendimento se destaque diante do
público-alvo.
De acordo com Baggio e Baggio (2014, p. 26) “os brasileiros são vistos por
muitos autores como potenciais empreendedores. A cultura do Brasil é a do
empreendedor espontâneo. Este está onipresente. Ele só precisa de estímulo, como
uma flor precisa do sol e um pouco de água para brotar na primavera”. E foi esta a
conclusão que a pesquisa nos trouxe, que muitas vezes os indivíduos decidem
empreender quando algo inesperado acontece nas suas vidas pressionando-os a
tomar uma decisão: ter uma boa ideia de negócio e investir nela ou amargar perdas
financeiras.
Identificou-se ao longo da narrativa que alguns setores como o da
alimentação e da tecnologia são os mais procurados pelos empreendedores com o
objetivo de iniciarem um novo negócio, obter retorno dos seus investimentos e
atender a demanda crescente. Além disso, o comércio local e nacional representa
uma parte significante da economia de um país, ademais é preciso ter empresas
espalhadas pelo mundo todo que sejam independentes de uma nação específica,
como por exemplo, a extrema dependência mundial por mercadorias oriundas da
China que em épocas de escassez acabam por faltarem em demais continentes.
Para compor o tema empreendedorismo no século XXI, a pandemia pelo
Covid-19 esclareceu que diversas empresas foram negativamente impactadas pela
quarentena, pela crise na saúde e como consequência pela crise na economia.
Entretanto, alguns profissionais usufruíram de oportunidades durante esse período e
tiveram a chance de começarem o seu próprio negócio ou direcionarem as ações da
sua empresa para um novo foco, que foi o exemplo das instituições de ensino que
migraram para a modalidade EaD em época de isolamento social.
Por fim, espera-se que os estudos acerca do empreendedorismo continuem
para que novas perspectivas sejam analisadas, bem como a avaliação de como
uma crise pode prejudicar algumas empresas e proporcionar oportunidades de
negócios para outras. Questiona-se para futuras pesquisas se: a oportunidade
existe para todas as pessoas e instituições, basta ter criatividade e usar do fator
inovação, ou em determinadas circunstâncias algumas empresas e indivíduos serão
de fato prejudicados?

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