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O QUE É
EMPREENDEDORISMO
?
Autoria: Me. Marcelo Telles de Menezes
Revisão técnica: Dr. Leandro Trigueiro Fernandes
Introdução
VOCÊ O CONHECE?
Marco Polo (1254-1341) pode ser considerado um dos
primeiros exemplos de empreendedor. Ele vislumbrou uma
oportunidade de comercializar as mercadorias orientais, em
especial da China, em Veneza, sendo um dos primeiros a
percorrer a Rota da Seda. Ele correu grandes riscos, mas virou
uma referência para os grandes comerciantes da época
(MANDUCA; CANDIDO; PATRÍCIO, 2016).
#PraCegoVer
Na figura, temos a fotografia de um homem
com capa vermelha e carregando um
notebook com uma das mãos, enquanto a
outra mão está para cima, como em sinal
de ter vencido algo. Ele está "correndo".
Abaixo, encontramos algumas ilustrações
em tom de preto, como gráficos,
ferramentas e outros utensílios.
Figura 2 - Empreendedores cujas empresas existem até hoje e suas principais inovações: Henry
Ford e o modelo Ford T, Thomas Edison e a lâmpada elétrica
Fonte: Jovanovic Dejan / aradaphotography / Marzolino / Everett Historical, Shutterstock, 2021.
#PraCegoVer
Na figura, temos uma montagem com
quatro imagens. Na parte superior,
encontramos a fotografia do modelo Ford T
ao lado da foto de Henry Ford, inventor do
ao lado da foto de Henry Ford, inventor do
item. Já na parte inferior temos uma
ilustração de quatro modelos de lâmpadas
elétricas ao lado da foto de Thomas Edison,
inventor do item.
1
Kirzner (Escola Austríaca)
O empreendedor reativo é um agente de
ajuste na economia de mercado.
2
Schumpeter (Escola Alemã)
O empreendedor inovador é uma agente
das mudanças econômicas.
3
Leibenstein (Escola de Chicago)
O empreendedor causa mudança
incremental e gradual por meio da gestão
da empresa.
Schumpeter é um dos principais autores da deMnição moderna do
empreendedorismo, descrevendo o empreendedor como um inovador e
não alguém que busca somente o lucro, que está engajado na destruição
criativa rompendo o Juxo circular da economia de mercado baseada na
produção e consumo, que tende a um equilíbrio de preços, por meio da
introdução de novos produtos e processos que substituem os produtos e
empresas existentes que se tornam marginais ou não competitivas.
Figura 3 - Empreendedores de sucesso como Larry Page, Sergey Brin, Mark Zuckerberg, Steve
Jobs e Bill Gates tiveram suas trajetórias contadas em livros e filmes
Fonte: JStone / aradaphotography / Paolo Bona / Annette Shaff, Shutterstock, 2021.
#PraCegoVer
Na figura, temos cinco fotografias, estando
três dispostas uma do lado da outra na
parte superior, e duas dispostas uma do
lado da outra na parte inferior. Da
esquerda para a direita e de cima para
baixo, encontramos as fotos de Larry Page,
Sergey Brin, Mark Zuckerberg, Steve Jobs e
Bill Gates.
#PraCegoVer
No quadro, temos nove linhas e três
colunas retratando as contribuições de
autores para o entendimento e a definição
do empreendedorismo. Na primeira
coluna, encontramos os anos (1961, 1966,
1970, 1973, 1982, 1985, 1986 e 2002). Já na
segunda coluna, temos os autores
(McClelland, Rotter, Drucker, Kirsner,
Casson, Sexton e Bowman, Bandura e
William Baumol). Por fim, na última coluna,
William Baumol). Por fim, na última coluna,
temos as contribuições dos autores
apresentados.
o Empreendedor é uma
pessoa criativa marcada
pela capacidade de
estabelecer e atingir
objetivos que mantém alto
objetivos que mantém alto
nível de consciência do
ambiente em que vive,
usando-se para detectar
oportunidades de negócios.
Um empreendedor continua
a aprender a respeito de
possíveis oportunidades de
negócios e a tomar
decisões moderadamente
arriscadas que objetivam a
inovação, continuará a
desempenhar um papel
empreendedor (FILION, 1999,
p. 19).
#PraCegoVer
Na figura, temos um esquema com a
Na figura, temos um esquema com a
relação entre empreendedorismo e
desempenho econômico a partir da
concorrência e/ou inovação. De cima para
baixo, encontramos novos negócios
(empreendedores), os quais se dividem em
concorrência (saídas, fusões e inovações
nas firmas existentes) e inovação. A
concorrência passa por nova estrutura do
mercado, mais eficiência. A inovação passa
por desempenho da firma. Ambas chegam
ao desempenho econômico (crescimento
do PIB e emprego).
Acesse (https://www.gemconsortium.org/report/gem-2016-
2017-global-report)
Na pesquisa realizada em 2016, participaram 65 países, dos cinco
continentes, o que representa 70% da população mundial e 83% do PIB.
O Brasil participa do desde o ano 2000, sendo a pesquisa realizada pelo
Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBPQ) em parceria com
o SEBRAE.
Conduzida por meio de uma amostragem estatística da população, a
pesquisa tem como objetivo: “identiMcar as atitudes da população em
relação à atividade empreendedora, as taxas de empreendedorismo, as
motivações e as características dos empreendedores e de seus
empreendimentos, além das condições para empreender” (GEM, 2017, p.
17).
Nesse ponto, é importante conhecer a deMnição de empreendedorismo
adotado pelo GEM, como sendo:
qualquer tentativa de
criação e desenvolvimento
de novos negócios ou
criação de novas empresas,
como o trabalho por conta
própria, uma nova
organização empresarial, ou
a expansão de uma
empresa já existente, por
um indivíduo, uma equipe
de pessoas, ou um negócio
estabelecido” (GEM, 2017, p.
estabelecido” (GEM, 2017, p.
17).
Empreendedorismo de oportunidade
Empreendedorismo de necessidade
ESTUDO DE CASO
Com o objetivo de se veriMcar se o empreendedorismo
realmente afeta positivamente o desenvolvimento econômico
de uma região, foi desenvolvida uma pesquisa em Minas
Gerais, que procurava investigar a relação entre a taxa de
desemprego e o empreendedorismo em cada região do
estado. Para cada um dos 853 municípios do estado foram
avaliados:
VOCÊ SABIA?
A taxa de empreendedores nascentes ou novos tem crescido
desde 2012, mesmo num cenário econômico adverso,
marcado pela queda do PIB e recessão. Este crescimento pode
ser explicado por fatores sociais, como o aumento do nível de
escolaridade da população, pela política governamental, com a
criação do MEI (Micro Empreendedor Individual), e por
mudança na cultura, com o brasileiro a cada dia mais propenso
a empreender (GEM, 2017).
1
Requisitos básicos
Instituições, infraestrutura, estabilidade
macroeconômica, saúde e educação
fundamental.
2
Catalisadores de eficiência
Educação Superior e capacitação,
mercado de bens de serviço, mercado de
trabalho, mercado Mnanceiro, prontidão
tecnológica e tamanho do mercado.
tecnológica e tamanho do mercado.
3
Inovação e empreendedorismo
Apoio Mnanceiro, políticas
governamentais, programas
governamentais, educação e capacitação,
infraestrutura comercial e proMssional,
acesso ao mercado, acesso à
infraestrutura física e normas culturais e
sociais.
a natureza do empreendimento e do
empreendedorismo deve ser considerada, como o
modelo americano de “livre” economia de mercado;
subsídios agrícolas; economia comunitária;
negócios familiares etc.;
Medo de fracassar
#PraCegoVer
Na figura, temos um esquema retratando
os cinco principais fatores favoráveis e
limitantes ao empreendedorismo no Brasil.
Entre os favoráveis, menciona-se a
abertura do mercado (52%), a capacidade
empreendedora (42%), os programas
governamentais (25%), as normas culturais
e sociais (20%) e a pesquisa e o
desenvolvimento (18%). Já entre os fatores
limitantes, temos as políticas
governamentais (77%), o apoio financeiro
(31%), a educação e capacitação (31%), as
características da força de trabalho (17%) e
as normas culturais e sociais (16%).
Outro aspecto curioso, é que a corrupção é considerada um fator
limitante para apenas 2% dos entrevistados mesmo no atual cenário
brasileiro, em que os escândalos de corrupção fazem parte do noticiário
diário.
A importância das políticas públicas de apoio ao empreendedorismo e
às micro e pequenas empresas são reforçadas pelas pesquisas sobre o
empreendedorismo no Brasil. Mostram também que é necessário reduzir
a carga tributária e a taxa de juros, e também melhorar o ambiente de
negócios e reduzir da burocracia. Tais ações podem ter impactos
sociais signiMcantes ainda mais numa economia de elevada taxa de
desemprego. Iniciativas como a criação de incubadoras de empresas e o
estimulo às cooperativas são favoráveis à criação de oportunidades de
trabalho (BARROS; PEREIRA, 2008).
Na opinião de Dornelas (2017), ainda faltam políticas públicas
duradouras para consolidação do empreendedorismo no país, mesmo
com os avanços recentes nas políticas do Governo Federal de apoio ao
empreendedorismo.
Espera-se que o governo atue de forma efetiva para melhorar o ambiente
para o empreendedorismo no país e que cada vez mais pessoas estejam
dispostas a empreender com foco em oportunidades (e não por
necessidade) para que o Brasil tenha um maior desenvolvimento
econômico e social.
CONCLUSÃO
Referências
BARON, R. A.; SHANE, S. A. Empreendedorismo: uma visão do
processo. São Paulo: Cengage Learning, 2007.