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EMPREENDEDORISMO FEMININO
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INTRODUÇÃO
O Brasil tem hoje mais de 8 milhões de mulheres empreendedoras e
51% dos novos negócios são geridos por mulheres ou já empreendemos mais
que os homens conquistando a média mundial. O preconceito é um tema
dominante na vida das mulheres porque a sociedade acredita que as mulheres
e os homens não são iguais, inferiorizando o sexo feminino.
Durante muito tempo as mulheres estão lutando pelo seu espaço em
lugares predominantemente masculinos e no mundo do empreendedorismo
não é diferente.
Com o passar do tempo as mulheres além de conquistar seu espaço
no mercado de trabalho, também conquistou sua liberdade, autonomia,
influências e poder tomar decisões que afetam sua vida, o seu corpo, a sua
casa, o seu trabalho, a sua cidade, o seu estado, o seu país e o mundo.
Mas como conseguir todo esse empoderamento?
As mulheres se tornam empoderadas quando investem em sua
educação, e na sua capacitação, quando conhece os seus direitos e reconhece
suas responsabilidades, quando tem voz ativa para expor o que pensam e o
que querem quando tomam decisões sobre o seu próprio corpo, decidem se
querem ser mãe ou não, quando ocupam espaço de poder e decisão, quando
decidem qual carreira seguir, e recebem um salário justo pelo que fazem.
Empoderar as mulheres e permitir que elas sejam o que quiserem, é
assegurar que as mulheres e os homens se beneficiem dos mesmos direitos e
oportunidades em uma sociedade sem preconceitos e com equidades entre os
homens e mulheres.
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1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Objetivo Geral

1.1.2 Objetivo Específico

1.2 JUSTIFICATIVA

2. EMPREENDEDORISMO

O Empreendedorismo surgiu no século XVIII na França com início da


industrialização e Revolução industrial, e com as mudanças do sistema
econômico os empreendedores passaram a se diferenciar dos capitalistas.
Na época os pioneiros firmaram contrato com órgãos governamentais,
para inserir novos produtos nos mercados com seus novos planos de negócios,
e investimentos sem as ações dos capitalistas, daí o empreendedorismo
evoluiu muito.
Nunca o empreendedorismo esteve tão presente e em ascensão, tanta
gente querendo empreender, e empreendedorismo não é uma profissão, um
Hobby, e empreendedorismo não é você ter um negócio, ou uma empresa.
Pode-se dizer que o empreendedorismo é o esforço de criar, inovar,
idealizar, coordenar e realizar projetos. Seja uma ideia, tecnologia, produto ou
serviço.
É a habilidade em implementar, criar inovações e melhorias em um
mercado ou um negócio, porém é algo que traz incertezas e riscos, sem
garantias que tal projeto dará certo.
Os empreendedores são vistos como inovadores, pioneiros e eles
transformam o ambiente social, econômico e onde vivem, aceitam assumir os
riscos e a possibilidade de fracassar.
Desde os últimos séculos o empreendedorismo se destaca como uma
porta de saída para pessoas que precisam de alternativas de renda, de
ocupação e encontram na atividade empreendedora um respaldo ainda que
relativo e temporário, mas que encontram uma fonte de renda, e um exemplo
foi a pandemia que fez com que os donos de negócios se reinventassem e
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criassem maneiras de atender os seus clientes que ficaram isolados em suas


casas.
Ao mesmo tempo estamos falando de uma atividade responsável pelas
últimas décadas por um conjunto amplo de inovações. As inovações de uma
certa maneira são elementos que repercutem a construção de ações
empreendedoras ao longo do tempo, contribuindo para criação de novas
empresas, novos mercados, produtos, serviços que modificam a nossa vida em
sociedade.
O empreendedorismo atua e viabiliza valor, agregando valor em
produtos, em serviços, otimizando valor aos processos produtivos, criando
novas máquinas, novas ferramentas que melhoram o padrão de vida das
pessoas, contribuindo para a economia e para a sociedade, gerando renda,
ocupação, emprego, impostos para os entes governamentais, então de certa
maneira, tem uma contribuição interessante destacada do ponto de vista
econômico e social, e o empreendedorismo tem sido considerado o motor do
capitalismo.
Tem-se pelo fato histórico que o empreendedorismo já estava presente
no mercado das Índia, que foi grande produtor de especiarias, e que perdurou
durante o mercantilismo que fez que novas descobertas por rotas marítimas
seguras para a chegar até então metrópole das especiarias.
Hoje o empreendedorismo é um termo bastante usado no mundo dos
negócios, e nem os livros, pesquisas, estudos, poderiam imaginar que esse
projeto Empreendedorismo já existe há centenas de anos.
Neste caso existe o empreendedorismo por oportunidade e o por
necessidade. Cada vez mais as pessoas estão se reinventando, procurando
criar algo, e existem aqueles que não tem dinheiro para investir, ou aquele que
não tem dinheiro, mas parece que tem alguns empreendedores que já nascem
para ser destaque, tem um olhar do empreendedorismo, e que transformam
pequenas ideias em invenções que viram moda, e que ganham muito dinheiro
com uma ideia inovadora.
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Figura 1: Empreendedorismo Feminino no Brasil. Fonte GEM (2018)

Analisando o gráfico da figura 1 em questão, podemos pontuar


algumas observações sobre o impacto do empreendedorismo na vida das
pessoas, principalmente das mulheres, considerando que o empreendedorismo
por necessidade foi se tornando cada vez mais presente na vida dos
brasileiros, pessoas que estão em busca de uma segunda fonte de renda
adicional, um sonho ou de oportunidades melhores em detrimento a um
mercado de trabalho cada vez mais escasso, com poucas vagas de emprego,
falta de oportunidades e desvalorização do funcionário. Seu foco é construir
opções para seu sustento, geralmente partindo para essa área em virtude da
falta de oportunidades para se recolocar no mercado de trabalho, necessidade
de complementar o orçamento com a renda adicional e por falta de
escolaridade.
Muitos avistam um futuro melhor em seus sonhos, a capacidade de ter
a renda própria, a valorização pelo seu serviço reconhecida e a escalada da
empresa particular se firmando no mercado.
O empreendedorismo por necessidade tem sido cada vez maior entre o
grupo de mulheres que lutam para cuidar de suas casas e de suas famílias,
muitas vezes sem o suporte de um marido, tendo que recorrer ao
empreendedorismo para suprir a renda até antes mesmo do que pela própria
independência financeira, pois buscam ali naquela ideia de negócio uma forma
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de ajudar a pagar as contas do mês e sustentar a família, aumentando a


participação feminina no mundo dos negócios.
Conforme cita Lages (2005, p.3):

Apesar de a escolaridade das mulheres ser comparativamente


mais elevada do que a dos homens, as condições de trabalho e
remuneração tendem a ser inferiores e ainda, podem ser
consideradas limitadas as oportunidades de inserção das
mulheres em posições mais qualificadas, estando estas mais
restritas a alguns setores do mercado.

No Brasil, a busca por oportunidades de emprego no mercado de


trabalho é acirrada, tendo vagas cada vez mais competitivas com o passar dos
anos, isso gera uma dificuldade para muitas mulheres se recolocarem neste
mercado que requisita cada vez mais pessoas treinadas, com capacitação e
com perfil de liderança, a consequência dessa concorrência e de exigências
cada vez mais especializadas faz com que muitas mulheres recorram a outros
negócios para possuir ou ampliar sua fonte de renda, iniciando uma trajetória
de empreender muitas vezes sem o planejamento necessário.

Pode-se afirmar que a mulher empreendedora brasileira está


apenas reagindo ao meio em busca do atendimento às suas
necessidades, e não se encontra, ainda, em condição de pró-
agir, característica da ação empreendedora, a qual possui
componentes de consciência, imaginação, criatividade e
inovação, constituindo o empreendedorismo por oportunidade
(BULGACOV, et al, 2010, p. 347).

Mas se pararmos para pensar, é importante ter em mente que não


existe só um tipo de empreendedorismo, e vamos citar alguns tipos de
empreendedorismo que são: empreendedorismo social, de negócios,
corporativo, feminino, individual, verde, informal e empreendedorismo digital.
Hoje, muita gente pensa que o empreendedorismo social está ligado a
ONG, filantropia e que você não vai ganhar dinheiro, mas esse
empreendimento social tem seu fim de gerar lucro, porém seu propósito maior
é de criar um negócio que vai gerar impacto social em prol da sociedade,
devido aos vários problemas sociais que o país tem. Possui muita demanda e
oportunidade, é um modelo de negócio que além de ajudar socialmente traz
sucesso.
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Exemplo: Startups, negócio e tecnologia baseados em


empreendedorismo social, (Marketplace, Benfeitoria que é um modelo de
negócio baseado em economia colaborativa, ajuda a financiar outros projetos
sociais.
Em outras palavras o empreendedorismo social é um tipo de
empreendedorismo, basicamente é o conceito que possibilita a construção de
negócios e visam impacto e melhorias na sociedade seja ela local ou até
global, e dessa maneira os empreendedores criam medidas lucrativas e
medidas sociais. Atendendo necessidades sociais para mudar a realidade dos
seus consumidores.
Ele deve vender serviços ou produtos que mudem a realidade social
das pessoas além de ser lucrativo, apresentar desenvolvimento para
sociedade; tem que ser lucrativo financeiramente e socialmente.
O objetivo é diminuir as desigualdades sociais e promover inclusão
social e gerar rendas. Um exemplo de empreendedorismo social é o GRAAC; é
um instituto, grupo de apoio ao adolescente e a criança com câncer. O seu
propósito é ser um centro médico de estado, pesquisa científica e diagnóstico e
tratamento de câncer infantil.
Em toda sua história, já tratou e curou milhares de crianças
contribuindo para uma qualidade de vida melhor para as crianças e para
sociedade.
Nos dias atuais, as empresas estão demonstrando preocupação com o
meio ambiente e sustentabilidade, e as pessoas buscam por empresas e
marcas que demonstram a preocupação com crimes ambientais e sociais.
É onde entra o empreendedorismo verde, trazendo impactos positivos
na natureza para os mais diversos tipos de negócios e as práticas sustentáveis
são ações que vêm caracterizando cada vez mais os hábitos e a forma de
consumo das pessoas e o empreendedorismo verde busca preservar o meio
ambiente e atuar de modo sustentável.
Ou seja, são muitas as possibilidades, elas vão desde a economia,
reciclagem de papéis, plásticos, vidros, uso de madeira de reflorestamento,
portanto, a busca por formas de economia de recursos, diminuição da poluição,
uso de formas de energias renováveis, precisa ser uma preocupação constante
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se quisermos degradar os impactos negativos que estamos causando ao


planeta.
O Empreendedorismo de Negócios é o mais amplo dentre as
categorias, pois encontra-se aqui a criação de empresas visando a meta de
obter lucro, atendendo o que o mercado consumidor busca.
Um exemplo de Empreendedorismo Corporativo foi a criação do Gmail
por Paul Buchheit dentro de uma empresa que já existia, no caso, o Google.
O Corporativo pode ser definido como desenvolvimento de novas
ideias ou estabelecimento de novas oportunidades de negócios dentro das
corporações. Significa o desenvolvimento de atividades corporativas em que
você está inserido, nada mais é do que uma forma de promover
empreendimento dentro de uma empresa existente.
Empreendedorismo Feminino é onde as mulheres estão se destacando
no mercado, vem crescendo de forma acelerada no Brasil. Esse movimento é
importante para conquistar seus direitos, além de promover quebra de
paradigmas para que novas formações ocorram na sociedade.
Empreendedorismo Individual, MEI. Para ser considerado um
microempreendedor individual, a pessoa tem que ser um empresário individual,
e a sua renda bruta anual não pode ultrapassar 60.000 reais. É aquele que
exerce nome próprio a atividade de empresa. Sendo assim não há uma divisão
entre o patrimônio da pessoa e o patrimônio da empresa.
Se inscrevendo como MEI, traz diversos benefícios como ter direito a
um CNPJ, possibilitando abrir contas bancárias para empresa, conseguir
créditos bancários e a emitir notas fiscais, sendo assim será enquadrado no
simples nacional e isento de pegar tributos federais.
A sua empresa poderá contar com o funcionário somente, que deveria
receber um salário-mínimo ou o piso de sua categoria. O intuito da criação do
MEI foi de tirar da informalidade, trazendo alguns benefícios para o MEI.
Empreendedorismo Informal tem sido bem difundido em todo Brasil,
devido as altas taxas de desemprego e onde os informais não pagam impostos,
como exemplo: as barracas de rua, ambulantes.
Empreendedorismo Digital pode ser um negócio e a capacidade que as
pessoas têm de criar oportunidades, criando algo de novo usando tecnologia
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digital, e impactando no cotidiano das pessoas, empreende online oferecendo


soluções usando as tecnologias digitais.
Alguns exemplos: e-commerce, serviço de assistência, prestação de
serviços, criação e venda de produtos digitais.
Segundo Oliveira et al., (2019) “O empreendedorismo digital é a forma
com que as empresas passaram a buscar novas oportunidades através do
meio virtual para obter lucro e melhoria na qualidade de vida.”

Especificamente sobre o empreendedorismo digital das


mulheres no Brasil, apresenta-se uma pesquisa da Nuvem
Shop que afirma que as mulheres são maioria entre os
empreendedores no mundo digital. Tal pesquisa foi realizada
entre julho de 2017 e julho de 2018 e teve como base de dados
quase 200 mil lojas virtuais cadastrada na plataforma. A
mesma pesquisa concluiu que quase 60% das lojas online são
gerenciadas por mulheres. No levantamento de 2016, o
número de mulheres à frente de negócios online era de 48,2%
contra 51,8% de homens. Já em 2017, as mulheres passaram
à frente, liderando 50,3% dos e-commerces, com um salto de
mais de 7 pontos percentuais neste ano, chegando a 57,6%
(CORACCINO, 2018 apud BOTELHO; SCHERER, 2020, p. 25)

Para Coraccino (2018):

o segmento de moda é o preferido das mulheres que


empreendem na internet, com 64% da preferência, seguido por
saúde e beleza, com 58%. Casa e decoração representam
45% e eletrônicos, 23%. Os números extrapolam os 100%
porque há negócios que vendem mais de um segmento. Já o
crescimento da vertical de moda no ambiente online foi o mais
acentuado nos últimos 12 meses, com 14% de aumento.
Beleza e saúde cresceram 6%. Se as mulheres estão à frente
dos negócios online, elas também se destacam quanto à
predominância das compras online. (CORACCINO, 2018 apud
BOTELHO; SCHERER, 2020, p. 25).

Na atuação das redes nos dias de hoje, o acesso à internet e as


grandes mídias fez com que o empreendedorismo digital despontasse com as
mulheres, demonstrando que este meio empreendedor é uma forma inovadora
que as mulheres encontraram para divulgar, promover e comunicar suas
vendas e seus negócios, seus produtos e serviços, trazendo público e
visibilidade através de visualizações, um recurso mais do que necessário para
quem busca ser reconhecido no ramo digital, pois com essas mídias e redes
sociais se expandindo, tornou-se cada vez mais comum mulheres que
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conseguem ser reconhecidas e valorizadas por meio da venda dos seus


produtos, realizando promoções online, divulgando marcas e fidelizando seus
clientes, adquirindo espaço no meio digital e conquistando sua independência
financeira com a ajuda da internet.

2 EMPREENDEDORISMO E SUA HISTÓRIA NO MUNDO

Segundo os primários estudos sobre empreendedorismo feminino


acerca à década de 1970, até então apenas homens eram tratados como
estudo, pesquisas, monitorados e publicados sobre o tema empreendedorismo,
até então as mulheres eram desconhecidas, invisíveis ao ser comentado sobre
o tema empreendedorismo feminino.
No entanto na década de 1980, se comparado a década anterior, as
pesquisas, estudos, passaram a ter um crescimento quantitativo em relação ao
tema “empreendedorismo feminino”.
O mundo e a globalização têm passado por grandes transformações
caracterizadas pelas relações econômicas, comerciais, políticas, e culturais
entre os países, onde as mudanças e inovações tecnológicas culminam com a
Revolução Industrial durante os séculos XVIII E XIX.
A década de 1970, ficou conhecida como a era da Revolução Técnico-
científica, pois as empresas expandiram seus mercados e necessitaram de
inovações tecnológicas e essas engenharias acabaram por introduzir
descobertas que conduziram ao desenvolvimento de produtos como
microcomputadores, smartphones e tablets, vindos das descobertas como:
robótica, satélites, microeletrônicos, deixando os processos automatizados,
pensando em aumento da capacidade de produção e obtenção do lucro final
para as organizações.
Com a globalização e a Revolução Digital transformou o mundo, e o
encurtamento das distâncias entre os países, e o nosso mundo está sendo
globalizado pelo empreendedorismo em geral.
Com várias transformações, o empreendedor ou a empreendedora se
aproveitam dos talentos, para empreender, administrar, inovar, agregar novos
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valores, assumir riscos, e se aproveitam das oportunidades, gerando trabalho,


economia, transformando o ambiente social, econômico, cultural, gerando
riqueza e sustentabilidade para a sociedade em geral.
Em tempos de mudanças, competitividade entre as empresas e a
constante globalização, na qual a competição entre as organizações vem
sendo cada vez mais competitiva, mostram e enfatizam que o
empreendedorismo se tornou uma ferramenta essencial para o
desenvolvimento econômico, social, e cultural de um país, e mostra que as
mulheres estão quebrando paradigmas e conquistando seu espaço que tanto
elas merecem no cenário nacional e mundial.
A partir daí o papel do empreendedorismo se tornou um pilar da
economia, responsável pelas novidades ofertadas ao consumidor, Bill Gates e
Steve Jobs entre outros foram pequenos empreendedores e que ao longo dos
anos se tornaram os maiores empreendedores do mundo.
O impacto do empreendedorismo no mundo inteiro foi espetacular, no
que se refere as mudanças do mercado no mundo, que se tornou mais
valorizado e competitivo e amplo a partir do dinamismo influenciado pelo
potencial inovador empreendedor.
Nos próximos anos a competitividade dos países e das empresas
decorrentes da atual situação econômica mundial, resultantes do processo de
globalização, e nesses conjuntos de novas situações, as empresas e as
pessoas terão que criar, pensar fora da caixa, inovar, cujo racional passa
sempre pela produção em produzir mais com menos, e sempre reduzir os
custos para que atinja metas, objetivos e lucros para economia da sociedade e
para globalização de produtos e serviços.

2.1 EMPREENDEDORISMO NO BRASIL

O Brasil é um país que tem alma empreendedora através do seu povo,


e hoje os mais simples e humildes pensam em abrir um negócio e ser dono do
seu próprio negócio.
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Mas o empreendedorismo por necessidade acaba crescendo quando o


país para de crescer e aí aumenta o desemprego, e surge a oportunidade de
se empreender por necessidade.
Hoje em dia para se abrir um negócio, ou uma empresa, tem que
estudar muito e se preparar, e para alcançar o sucesso tem que administrar e
planejar corretamente para que não feche a empresa, pois podemos constatar
que por falta de gestão, marketing ineficiente, descontrole financeiro, ausência
de metas, são problemas relacionados à má gestão financeira das empresas,
que é talvez, a principal causa das falências de empresas brasileiras.
Outros fatores importantes para quem deseja empreender no Brasil,
deve estar preparado para enfrentar vários obstáculos e desafios, como o
excesso de burocracia, o difícil acesso ao crédito no país, e saber lidar com a
alta carga tributária de impostos e indesejada que temos de contribuir com os
governos.
Os desafios para empreender em um país que impõe vários
obstáculos, são inúmeros, e o essencial é estar sempre antenado para criar
oportunidades, construindo assim um caminho com acertos e erros para atingir
o seu sonho e sucesso realizado. Por isso, um empreendedor nunca deve
deixar de inovar.
A grande burocracia, a alta taxa de impostos devido a carga tributária,
a ausência de estudo voltada para a área do empreendedorismo, o não
investimento em marketing digital para divulgar sua empresa ou negócio, o
ineficaz desenvolvimento em gestão de pessoas, pois não basta apenas um
bom negócio ou ideia, se não existir política para gerir a equipe de pessoas da
empresa, pois sem a formação de uma liderança, nenhum negócio consegue
manter suas bases sustentadas.
Salienta-se que, ainda no Brasil, um dos principais entraves para o
desenvolvimento pleno do empreendedorismo feminino é o acesso ao crédito e
as linhas de financiamento (SEBRAE, 2019).
Os autores (PORTO, 2002, GOMES; SANTANA; SILVA, 2005;
CASSOL, 2006; BOTELHO et al., 2008; STROBINO, 2009; MCGOWAN et al.,
2012) que pesquisam sobre as dificuldades, entraves ou desvantagens
vivenciadas por mulheres no processo de gestão de seus próprios negócios
apontam uma série de barreiras: a dificuldade de atuar em negócios tidos como
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masculinos; dificuldades de autoconceito e aceitação; falta de suporte afetivo e


social; dificuldade para atuar no mercado internacional; dificuldade de
financiamento; dificuldade de acesso a redes e falta de mentores; tamanho das
empresas; falta de tempo; dificuldade em conciliar trabalho e família; dilema
entre a obrigação e o desejo; ausência de modelos de referência de
empreendedoras.
Todas as dificuldades são apontadas em diferentes negócios e,
atualmente, os empreendimentos são regidos pelo uso da informação,
compartilhamento de dados e disseminação de conhecimento. As lojas físicas
estão cada vez mais virtuais, o que torna a relação custo-benefício cada vez
mais atraente para aquelas mulheres que desejam ou que estão
empreendendo.

2.2 EMPREENDEDORISMO FEMININO

O Brasil possui mais de 7,3 milhões de mulheres empreendedoras


segundo dados do Sebrae, e o que elas têm em comum são: foco, garra, visão,
determinação, intuição e coragem para obter um lugar de destaque e de ser
vista por um país em que a maioria dos empreendedores são homens.
Segundo Dornellas (2001, p. 27), “o empreendedorismo pode ser
definido como aquele que assume riscos e começa algo novo”.
Hoje as mulheres querem independência, conforme figura 2, algumas
empreendem por necessidade e outras procuram empreender em sua área de
conforto e que elas dominam, que são: beleza, alimentação e moda.
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Figura 2: Empreendedorismo Feminino no Brasil. Fonte GEM (2018).


No entanto, nem sempre estar na zona de conforto significa que os
planos vão se concretizar, para debater a independência das mulheres é
preciso compreender que muitas delas precisam lidar com fatores externos
para entrar nesse mundo, o que dificulta a caminhada, tornando a jornada de
empreender muito mais custosa e incerta.
No Brasil, os empreendedores homens estão em maior número por
pouco, segundo dados do GEM, representando cerca de 28 milhões e as
mulheres com 24 milhões, porém, quando convertido esses mesmos valores
para donos de negócios, as mulheres têm uma queda de 40%, uma desistência
visível no grupo das mulheres, que passa a ser de 9,3 milhões.
Os estigmas e as dificuldades demonstram que é muito mais difícil para
o grupo feminino lidar com essas situações e se tornar donas de negócios. As
possibilidades são variadas, mas algumas principais apontadas são as
dificuldades da jornada de trabalho e do lar, tendo que empreender para ter
uma segunda renda, pois a primeira não é o suficiente, cuidar da casa e dos
filhos, responsabilidade muitas vezes deixada no papel da mãe por muitos
maridos, estes mesmos maridos que em muitas situações não enxergam com
bons olhos o estudo, o aprendizado e o trabalho da mulher, até mesmo para
empreender e conceber seu próprio negócio, dificultando, atrasando e não
apoiando sua parceira de vida, as incertezas são muitas quando se trata de
apostar em empreender, mas a certeza sobre o empreendedorismo feminino
no Brasil é clara: ser mulher e ser empreendedora são duas pontes de grande
altura, e que carregam consigo uma carga de obstáculos que nenhum dos
outros quase 30 milhões de homens têm que enfrentar para negociar e obter
sucesso em seus negócios.
Justamente por isso se justifica tanta desistência e é pelo mesmo
motivo, por tantas mulheres que desistiram ou foram forçadas a desistir, de
seus negócios, de ideias inovadoras, de melhorias para a sociedade e a
comunidade, é pelo fato da jornada não ter sido finalizada que se faz valer um
apoio cada vez maior nessas mulheres, para que elas não desistam de sua
independência, do seu negócio, das suas transformações e reinvenções, pois a
cada desistência perdem-se ideias, movimentos, produtos, formas de pensar
mais amplas, representatividade e pluralidade.
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Não é de hoje que as mulheres ocupam lugar de destaque, e a posição


da mulher no campo empresarial está cada vez mais evidente, e que o
rompimento de barreiras e conquistas por parte das mulheres, e que vem
ocupando o seu lugar e espaço de direito dentro de uma sociedade machista e
divergente, em vários aspectos e diferenças que a mulher tem que conviver em
sociedade e representar cargos de liderança para se tornar donas de
empresas.
Sobre o empreendedorismo entende-se que esse conceito é discutido
por autores e entendido de diferentes formas: como aquele processo em que
surgem inovações por meio de destruição criativa (SHUMPETER, 1982), como
aquele processo que alia inovação a oportunidades (DORNELAS, 2008), como
aquele processo de criação de negócios, mas que se diferencia da atividade do
empresário responsável pelo dia a dia da gestão do negócio (DEGEN, 2009;
MARIANO; MAYER, 2011), como aquele responsável por agregar recursos
humanos em favor de desenvolvimento de um negócio ou de uma renovação
(BRANCHER et al., 2012), dentre outros.
No entanto, nesse cenário o que tem mudado muito esse contexto
sobre o empreendedorismo feminino é o empoderamento das mulheres, para
se tornar um tema de destaque no Brasil, e no mundo empresarial.

Um dado interessante sobre essa mudança no cenário do


mundo dos negócios para as mulheres está nos resultados do
relatório de 2016 do Global Entrepreneurial Monitor (GEM).
Neste relatório, a Taxa de Empreendedores Iniciais (TEA) é um
pouco superior para as mulheres no Brasil, ou seja, de 19,9%
para mulheres e 19,2% para os homens. Apesar do quase
equilíbrio, denota-se que o Brasil possui capacidade de
desenvolvimento dos novos negócios para as mulheres.
TEIXEIRA; ANDREASSI; BOMFIM, 2018 apud BOTELHO;
SCHERER, 2020, p. 13).

Sobre a entrada da mulher no mercado de trabalho e no mundo dos


negócios, percebe-se que as mulheres têm abandonado, ou pelo menos
tentado abandonar o lugar de fala da “mística feminina”, a dona de casa feliz,
esposa e mãe cheia de eletrodomésticos que espera marido e filhos no final do
dia com um sorriso acolhedor. Mulheres têm ocupado espaços nos mais
diversos ambientes e profissões.
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Esse movimento tem provocado transformações no mercado de


trabalho, oxigenando ideias e agregando oportunidades.
Além disso tem contribuído para o empoderamento das mulheres
abrindo caminhos para que se tornem líderes não só de equipes como também
de sua trajetória pessoal e profissional.
O empreendedorismo feminino vem ganhando força e respeito, e apoio
de organizações e de pessoas de todo o mundo.
O dia 19 de novembro foi estabelecido pela ONU como o dia do
empreendedorismo feminino, a ideia é atrair atenção mundial para o impacto
econômico e social do movimento fortalecendo o protagonismo feminino.
O dia do empreendedorismo feminino é uma das iniciativas
coordenadas pela ONU mulheres, braço da entidade com objetivo de unir,
fortalecer e ampliar os esforços mundiais, em defesas dos direitos humanos e
das mulheres.

2.3 A IMPORTÂNCIA DO EMPREENDEDORISMO FEMININO

O empreendedorismo feminino colabora para uma construção de uma


sociedade mais justa gerando oportunidades de liderança para as mulheres.
Assumir o próprio negócio é uma forma de empoderamento e ascensão
para cargos de liderança, como potencial de mudar a realidade das
empreendedoras.
Pode-se afirmar que a mulher empreendedora brasileira está apenas
reagindo ao meio em busca do atendimento às suas necessidades, e não se
encontra, ainda, em condição de pró-agir, característica da ação
empreendedora, a qual possui componentes de consciência, imaginação,
criatividade e inovação.
Outro ponto que mostra relevância do empreendedorismo feminino
aparece em um levantamento do SEBRAE que revela que as brasileiras
empreendem, principalmente devido a necessidade de ter outra fonte de renda,
ou para adquirir independência financeira, para dar melhor qualidade de vida
para os filhos.
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O ganho com os próprios negócios ajuda as mulheres a sustentar suas


famílias, acabando ou diminuindo com a independência financeira quanto aso
seus companheiros.
Independente do ponto de vista, se o empreendedorismo feminino é
resultado de um fenômeno positivo, ou de outro resultado nem tão positivo –
como resultado de uma reação a precarização do trabalho da mulher – o
fomento ao empreendedorismo feminino torna-se vital para as mulheres que
desejam se tornarem protagonistas de suas próprias histórias. O
empreendedorismo permite que elas aumentem suas rendas, em contrapartida
gerem empregos, renda e novas oportunidades de trabalho, garantindo
sustentabilidade de mercado e autonomia nos negócios.

2.4 MOTIVOS PARA ESTIMULAR O EMPREENDEDORISMO FEMININO

Porque a presença das mulheres em cargos de liderança resulta em


melhorias na sociedade, na economia, e nas empresas. Para a sociedade o
empreendedorismo feminino desempenha um papel importante para diminuir
as diferenças entre as oportunidades de ascensão nas carreiras, para homens
e mulheres.
Mas não é só isso, o movimento ainda favorece diversidade de
negócios no mundo, destacando perspectivas inovadoras e empreendedoras.
Os estudos sobre empreendedorismo feminino no Brasil conduzidos
pelo Sebrae (2020) apontam algumas características interessantes, como por
exemplo:
As empresas abertas por necessidades de uma nova renda são
maiores entre as mulheres do que entre os homens: 44% contra 32%.
A idade média das mulheres que são donas do próprio negócio é
inferior à idade dos homens: 43,8 anos contra 45,3 anos.
As mulheres empreendedoras possuem escolaridade 16% superior à
escolaridade dos empreendedores homens.
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25% das mulheres empreendedoras exercem suas atividades


econômicas no próprio domicílio e no caso específico das mulheres que são
Microempreendedoras Individuais (MEI), essa proporção sobre para 55%.
Já a taxa de inadimplência entre as mulheres empreendedoras é
inferior à taxa dos homens: 3,7% contra 4,2%.
Quase metade dos Microempreendedores Individuais (MEI) existentes
no país é formando por mulheres (48%).
As mulheres que são MEI costumam se envolver mais em atividades
relacionadas à beleza, moda e alimentação
Apesar dos desafios muitas mulheres estão tomando a dianteira e
fazendo a diferença no mundo, através da criação de negócios de impacto
econômico e social, por isso o movimento empreendedor feminino está
crescendo, e tem que ser apoiado para diminuir a desigualdade de gênero e
aumentar a diversidade.

3 A INSERÇÃO DAS MULHERES NO MERCADO DE TRABALHO

Podemos dizer que o aumento da participação das mulheres no


mercado de trabalho é uma das maiores revoluções que aconteceram na
economia. A inserção das mulheres em áreas de qualificação onde se pagam
maiores salários foram muitos, mas as barreiras e os obstáculos existem para
se inserir no mercado de trabalho.
Dos obstáculos, as mulheres têm que lutarem para ter salários iguais ao
dos homens, e por terem dupla jornada, maternidade e terem que conciliar com
a carreira, tem que saber lidar com assédio no ambiente de trabalho e lutar
diariamente contra o machismo.
Mas de todas essas dificuldades enfrentadas pela mulher para se inserir
no mercado de trabalho estão relacionadas com a discriminação, seja está em
decorrência da raça, origem, idade, estado civil, gênero, assédio sexual e
moral, sofridos pelas mulheres não só nas organizações como na vida pessoal.
Apesar disso, vários avanços para os direitos das mulheres
aconteceram, hoje vemos mulheres em diferentes profissões e postos de
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trabalho, como por exemplo: Policiais, médicas, engenheiras, diretoras de


multinacionais etc.
Porém sabemos que existem problemas como: falta de condições
adequadas de trabalho, baixa remuneração e falta de respeito as mulheres nas
organizações privadas e públicas.
O cenário de hoje se comparado a década passadas, como cargos
exclusivos para homens, hoje são ocupados com maestria pelas mulheres, o
que deve ser comemorado e valorizado.
Olhando para década de 1960, as mulheres eram vistas como
cuidadoras do lar, e apenas os maridos eram os chefes de casa, que
sustentavam a casa, e devido as guerras mundiais, as mulheres começaram a
dar um início na inserção no mercado de trabalho, devido os homens terem ido
para as guerras, elas começaram a conquistar seu espaço na sociedade e nas
indústrias.
Na década de 1970 com a industrialização, as mulheres começaram a
ocupar espaços na sociedade como: costureiras, professoras, ou funcionárias
de comércio.
Mas logo após a guerra, com a volta dos homens, fez com que as
mulheres voltassem para a antiga realidade de serem donas de casa, e
cuidadoras dos filhos.
Ao longo do último século as mulheres conseguiram revolucionar e
conquistar diversos direitos, e por mais que os números de hoje sejam muito
melhores que os de décadas atrás, anos, ainda há muito o que ser alcançado
pelas mulheres no mercado de trabalho e nas organizações.
No dia 08 de março comemora-se o Dia Internacional da Mulher, a data
nasceu após uma série de manifestações feministas por melhores condições
de trabalho.
No século XX, é celebrado até hoje para lembrar das conquistas das
mulheres ao longo da história, rumo a igualdade de gênero, e o quanto temos a
conquistar.
A luta das mulheres pelo respeito e equidade na sociedade vem de
séculos atrás, a luta pelo direito ao voto, e direitos trabalhistas conquistados
recentemente, direito sobretudo no combate a violência , foi criado a lei Maria
da Penha, direito à prática de futebol, e sancionado a Lei de Feminicídio, foram
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conquistas que inserem a mulher mundialmente e para que elas possam ter
uma vida em liberdade e com autonomia de escolher o que quiser fazer para
sua realização profissional e pessoal em suas vidas.

3.1 CARACTERÍSTICAS DAS MULHERES EMPREENDEDORAS

Dentre tantas diversidades e quebra de paradigmas, num contexto de


muitos empreendedores, a mulher conquistou seu espaço ao competir com o
homem em qualquer profissão ganhando seu lugar de destaque no Brasil e no
mundo:

as mulheres brasileiras são dotadas de características


distintas, são mulheres confiantes, destemidas, capazes de
gerir um negócio, às vezes temerosas em aspectos financeiros
e desenvolvimento das empresas, mas são mulheres, acima de
tudo, focadas, determinadas e aptas a fazer o que se propõem.
Mulheres orgulhosas de suas realizações pelo fato de serem
empreendedoras, mães e esposas, tornando-se realizadas, o
que ser reflete na sua autoestima, e são vitoriosas por terem
alcançado seus anseios. As experiências delas como
empreendedoras geram satisfação, liberdade para desenvolver
novas ideias e autonomia (JONATHAN, 2005, p. 373).

Com seu jeito feminino e com amor no que faz, as mulheres têm
estudado mais e se especializado cada vez mais para atingir os bons
resultados.
Apesar de estarem em um processo de evolução as mulheres
conseguiram se adaptar, transformar-se em grandes líderes, em todos os
segmentos e acabou diversificando suas características empreendedoras que
são: visão, coletivismo, inovação, força, garra, otimista, paciente,
comprometida, sabe trabalhar em equipe, são resilientes, buscam organização
e qualidade de vida, gostam de aprender, são criativas e inovadoras, algumas
começam por necessidade, e ficam por paixão.
Ainda assim, as mulheres estão causando grandes impactos na mídia,
negócios, política e muito mais, como exemplos: na política temos Angela
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Merkel, uma política alemã que serviu como chanceler da Alemanha de 2005 a
2021, ela foi descrita como a líder e a mulher mais poderosa do mundo.
Outro exemplo na parte do empreendedorismo feminino, Luíza Trajano,
que é uma das maiores empreendedoras do Brasil, considerado como uma das
três mulheres mais poderosas do Brasil, segundo a revista Forbes. Outra
mulher de destaque é Ana Lúcia Fontes, empreendedora, pesquisadora, e
especialista em empreendedorismo feminino, além de estar à frente a RME.
Temos muitos exemplos que se fossemos estar descrevendo encheria
essa folha de mulheres que transformaram seus sonhos em sucesso e
realização.

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