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Papel
Desenvolver a excelência humana e profissional de seus públicos, por
meio da criação de valor em soluções educacionais, contribuindo para a
melhoria do desempenho organizacional e para o fortalecimento da imagem
institucional do Banco do Brasil.
O profissional
O atual contexto empresarial, altamente dinâmico, exige profissionais
igualmente dinâmicos que possam situar-se como protagonistas de
sua trajetória pessoal e profissional. Que sejam capazes de se manter
atualizados com os acontecimentos do mundo e, a partir de seus valores e
relacionamentos, refletir sobre a influência desses fatos na organização do
trabalho e na sociedade. Que elaborem, por fim, respostas novas aos novos
problemas.
Essa atitude exige do profissional o comprometimento ético, assim como
exige do Banco a oferta de condições de desenvolvimento e de trabalho para
que sejam firmados compromissos nas seguintes dimensões:
Compromissos consigo mesmo: autodesenvolvimento, autonomia,
autoconhecimento, qualidade de vida, construção de projeto de vida (pessoal
e profissional) e coerência entre sua prática e seus valores.
Compromissos com os outros sujeitos: apoio mútuo, aprendizagem coletiva,
cooperação, solidariedade, empatia, reciprocidade, transparência, atitude
dialógica, tolerância, aceitação e valorização da diversidade humana.
Compromissos com o trabalho: reflexão sobre a natureza e o sentido do
trabalho, aprimoramento permanente da sua qualificação – por meio do
acompanhamento das ciências e tecnologias – e de sua atuação profissional
– por meio da sua participação na construção e reconstrução da realidade.
Compromissos com a Organização: conhecimento e realização das
estratégias e dos objetivos organizacionais, seja no âmbito mercadológico
ou no tocante às suas funções sociais, gerindo as possíveis tensões entre
esses dois papéis.
Compromissos com a sociedade: atuação crítica, democrática e
transformadora nas redes sociais em que se insere, para fortalecer os
princípios de solidariedade, justiça social, cidadania e sustentabilidade
ambiental.
Extraído da Proposta Político-Pedagógica para
Atuação em Gestão de Pessoas
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1 – Introdução
Somos seres eminentemente sociais. Conhecemos muitas pes-
soas – amigos, vizinhos, colegas de trabalho e de estudo – e com
elas mantemos relacionamentos em diversos graus. A respeito des-
sas pessoas sabemos alguma coisa, principalmente as que podem
interferir na forma como nos relacionamos. Essas informações, mes-
mo que guardadas em nossa memória de forma assistemática, cons-
tituem um “cadastro”, ou seja, “um conjunto de informações sobre
pessoas ou coisas”.
Dessa forma, as listas de contatos nos nossos provedores de e-
mails, com informações sobre nomes completos e apelidos, endere-
ços físicos e eletrônicos, telefones, etc. são o nosso cadastro pes-
soal. Têm o tamanho da nossa capacidade de fazer amigos, reais ou
virtuais, e a quantidade de dados que nosso interesse determina.
Em qualquer cadastro, seja ele formal ou informal, com registros
informatizados ou em uma caderneta comprada na livraria da esqui-
na, é importante que ele contenha informações que sirvam de base
para a tomada de decisão.
2 – O Cadastro no Banco
No Banco do Brasil, cadastro é “um conjunto de informações
a respeito de clientes, correntistas ou não, que mantêm ou
mantiveram algum relacionamento com o Banco”.
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3 – A Importância do Cadastro
Apresentamos a seguir alguns exemplos em que o cadastro apre-
senta-se como de grande importância para o Banco.
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Lembre-se:
Os registros cadastrais reúnem o conhecimento de todos
os colegas a respeito de um cliente. Esse conhecimento
será, pelo menos em tese, maior que o seu individual. Por
isso, não resista. Consulte o cadastro do cliente. Você irá
sentir-se muito mais seguro nas negociações.
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4 – Requisitos do Cadastro
Como vimos, o Banco utiliza uma base única de cadastro, o MCI.
Isso quer dizer que o acesso às informações de um cliente pode ser
feito por qualquer dependência do Banco.
Para cumprir efetivamente seu papel e beneficiar toda a Organiza-
ção, o cadastro deve atender aos requisitos de fidedignidade, corre-
ção, completeza, atualização, unicidade, sigilo e seriedade.
É importante destacarmos que, quando falamos de cadastro de
clientes, não nos referimos apenas àqueles detentores de operações
de crédito mas, sim, de todo e qualquer cliente, independentemente
do tipo de negócio que realize com o Banco.
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Que tal, agora, dar uma pausa na leitura e ir até o sistema verificar
alguns cadastros de clientes? No SisBB, acesse o aplicativo Clientes,
opção Cadastramento – Brasil, e consulte o cadastro de um cliente
pessoa física da agência. Caso não possua acesso à opção, solicite-
o ao administrador.
Informe o CPF e observe se há mais de um MCI. Veja se o cadastro
está atualizado. Com o dossiê do cliente, confira os dados com
os documentos e observe se está faltando algum dado ou se há
registros incorretos. Atente para o fato de que tais consultas são de
uso interno, e não devem ser divulgadas a terceiros.
Se encontrou alguma informação que não esteja em acordo com
os requisitos do cadastro, ou tiver alguma dúvida, converse com o
responsável, para regularização e esclarecimento.
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Vamos ao LIC!
Antes de iniciarmos a revisão e os exercícios, e como parte integrante desta unidade,
acesse na intranet o LIC 470.1.2.1927 e conheça integralmente as Políticas de
Identificação de Clientes.
E lembre-se: a existência das Políticas de Identificação de Clientes e sua observância
por todos os funcionários constituem elementos essenciais para a segurança e a
vitalidade do Banco.
REVISÃO
Concluído o estudo da primeira unidade do curso, e antes de se-
guir em frente, verifique sua compreensão dos conceitos até aqui
estudados.
Por definição, para o Banco cadastro é o conjunto de informações
a respeito de clientes que mantêm ou mantiveram algum tipo de re-
lacionamento, sejam eles correntistas ou não.
Mas afinal, qual a importância do cadastro para o Banco?
Reveja os objetivos e os aspectos específicos em que o cadastro
representa papel fundamental.
Subsidiar Decisões
O cadastro atualizado com informações completas e confiáveis
permite ao Banco tomar decisões de concessão de crédito em todas
as suas etapas:
• quando da elaboração ou revisão de metodologias de análise de
risco, a Diretoria de Crédito tem como insumo, dentre outros,
as informações constantes da base de cadastro.
• no momento do calculo do risco e estabelecimento de cré-
dito, mais uma vez os registros cadastrais entram em cena,
pois compõem os elementos de apuração do chamado risco
subjetivo.
• quando do deferimento das operações, é o cadastro que for-
nece, por exemplo, informações sobre quem deverá assinar os
documentos de crédito.
• no acompanhamento de operações, algum registro cadastral
que possa influenciar no conceito ou no patrimônio do cliente
deverá ser corretamente avaliado para decisão sobre a conve-
niência de se manterem ou não os créditos do cliente.
Apoiar a Comunicação com o Cliente
Sabendo quem é ele e onde localizá-lo, o Banco tem elementos
para manter bom relacionamento com o cliente, seja para envio de
correspondências, extratos, cobranças ou para a oferta de produtos
e serviços.
Apoiar Ações Estratégicas
O cadastro é fonte em que as diversas diretorias do Banco bus-
cam informações para subsidiar suas ações estratégicas, tanto para
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EXERCÍCIOS
Responda as questões a seguir. Se necessário, volte a estudar o
conteúdo e depois confira as respostas.
1. Sobre os requisitos do cadastro, marque a alternativa correta.
a) O requisito completeza aplica-se ao cadastro do tipo completo.
b) O acolhimento e a conferência das cópias com os originais de do-
cumentos atendem ao requisito correção.
c) O requisito atualização é atendido somente com o fornecimento
de comprovante do novo endereço do cliente e respectivo regis-
tro no cadastro.
d) NÃO devemos fornecer informações cadastrais a terceiros, em
atendimento ao requisito sigilo.
e) Registrar dados conforme documentos e informações fornecidas
pelo cliente atende aos requisitos correção e seriedade.
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GABARITO
1 – D
Os requisitos são aplicados a todos os tipos de cadastro. No ca-
so da completeza, significa que o cadastro deve conter informações
mínimas necessárias de acordo com o relacionamento que o cliente
mantenha com o Banco.
Ao acolher e conferir cópias com os originais de documentos, ates-
tamos sua legitimidade e atendemos ao requisito de fidedignidade.
O requisito atualização pode ser cumprido se verificado que os
dados estão atualizados, mesmo que nenhum deles tenha sido alte-
rado. O requisito também é atendido quando atualizado um ou outro
dado, como endereço ou renda. O importante é que o cadastro reflita
o momento atual do cliente.
As informações a respeito dos clientes são protegidas pela Lei do
Sigilo Bancário e, portanto, devem ser utilizadas única e exclusiva-
mente para subsidiar os negócios do Banco.
Além de documentos e informações fornecidas pelo cliente, de-
vidamente comprovadas, o cadastro deve ser atualizado também
com base em pesquisas efetuadas (referências, SPC, Serasa, Cadin,
etc.).
2 – E
Não devemos incluir no cadastro informações inverídicas ou in-
devidas, como mera formalidade. Devemos ficar atentos ao requisito
da seriedade.
3 – A
Realmente, o cadastro não “atribui” conceito ao cliente. As infor-
mações dele extraídas são partes componentes do risco do cliente, o
qual é calculado por meio de metodologia desenvolvida pela Diretoria
de Crédito.
O risco do cliente, conjugado com o risco da operação e o com o
risco conjuntura forma o que chamamos risco de crédito.
4 – E
Aqui todas as afirmativas apresentam incorreções. Vejamos:
I É o relacionamento que o cliente mantém com o Banco que de-
termina o tipo de cadastro a ser elaborado; todavia é necessá-
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5 – B
O Plano de Cadastro estabelecido em 2002 previa um conjunto
de ações bem amplo que incluía a capacitação e conscientização dos
funcionários, o aperfeiçoamento de normas e sistemas, além da de-
finição das políticas de cadastro, as quais definem a adoção da base
única de cadastramento.
As informações cadastrais devem ser completas e espelhar a real
situação do cliente naquele momento, pois servem de base para di-
versas medidas e ações que o Banco precisa tomar na condução dos
negócios com o cliente. Embora não eliminem, possibilitam minimizar
o risco de crédito.
Um cliente detentor de baixo patrimônio e renda não pode, de
repente, apresentar elevado volume de movimentações financeiras.
Alimentar o sistema com informações incompletas ou não verdadei-
ras pode trazer graves conseqüências.
6 – C
O cadastro atualizado é, antes de tudo, segurança em qualquer
tipo de relacionamento que o cliente mantenha com o Banco e aí se
incluem também as operações de crédito.
Por meio do cadastro, o Banco dispõe de uma variada gama de
informações, que tanto podem servir, por exemplo, na prevenção de
ilícitos financeiros, como na oferta de produtos e serviços.
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1 – Introdução
Neste momento do Curso, em que reconhecemos a efetiva neces-
sidade de imprimirmos qualidade aos registros cadastrais e a impor-
tância que eles possuem no Banco, vamos ver os aspectos e proce-
dimentos para composição do cadastro.
O cadastro começa a ser formado na entrevista cadastral. Ne-
la, identificaremos o tipo de relacionamento e os produtos ou ser-
viços que o cliente deseja manter com o Banco. Por isso, devemos
conhecer aspectos que envolvem os tipos
de cadastramento, a documenta-
ção necessária e as fontes de
pesquisa de informações
cadastrais. É o que vere-
mos a seguir.
2 – Entrevista
A qualidade do cadas-
tro começa com a entre-
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Importante:
Não se esqueça de que o
cadastro tem vários usuários.
3 – Tipos de Cadastramento
Na introdução deste curso, citamos algumas situações corriquei-
ras em que fazemos cadastro. Nelas, quanto mais estreito e aprofun-
dado os relacionamentos que mantemos, mais informações acumu-
lamos sobre o cadastrado. Isso é semelhante ao que ocorre com o
cadastro no Banco.
Durante a conversa com o cliente, por ocasião do cadastramento,
podemos obter informações que podem revelar o seu grau de interes-
se em relacionar-se com o Banco, bem como sua disponibilidade em
adquirir os produtos e serviços oferecidos. São essas informações
que definirão o tipo de cadastro que o cliente terá.
Fique atento!
Os tipos de cadastro aqui relacionados destinam-se a cadastramentos
efetuados no Banco. Você encontrará clientes cujo cadastro foi originado em
empresas parceiras do Banco, em que constará, junto ao tipo de cadastro,
o termo “externo”.
Abertura de registros cadastrais por iniciativa do Banco, sem o comparecimento
do cliente, deve ser objeto de comunicação escrita ao interessado, conforme
determina o Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90, art. 43).
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4 – Documentos Necessários
Como dissemos, para cada tipo de cadastro haverá uma docu-
mentação mínima exigida. A relação dos documentos não será for-
necida aqui. Alterações na legislação ou nas normas do Banco Cen-
tral ou mesmo decisões administrativas podem provocar mudanças
a qualquer tempo. Por isso, mais uma vez, você deverá recorrer às
instruções constantes no LIC 405. Mas é muito importante atentar
para as seguintes orientações:
• devem ser apresentados originais e cópias dos documen-
tos, para que se possa certificar a autenticidade das cópias
apresentadas;
• as cópias devem ser autenticadas, registrando-se a expressão
“CONFERE COM O ORIGINAL”, mediante rubrica sobre carimbo
identificador do funcionário da agência;
• mesmo quando se tratar de cópia autenticada em cartório, é
obrigatório conferi-la com o original. O Banco adota essa práti-
ca para evitar, por exemplo, que ocorra fraude em documentos,
pela aposição de carimbos falsos que simulem autenticação em
cartório;
• quando se tratar de documento que confere poderes, o aco-
lhimento e o exame devem ser feitos com base na via original
do documento, tarefa que ficará a cargo de funcionário comis-
sionado do segmento organizacional gerencial, que irá auten-
ticar as cópias extraídas com os dizeres “CONFERE COM O
ORIGINAL”.
São alguns documentos que conferem poderes: procuração,
determinação judicial, mandato de curatela ou de tutela, esta-
tuto ou ata, delegação, contrato social e suas alterações, de-
claração de firma individual ou requerimento de empresário e
suas alterações, etc.
• os documentos comprobatórios de registros existentes no ca-
dastro ou suas respectivas cópias, devidamente autenticadas,
devem ficar arquivados no dossiê do cliente. O prazo para ex-
5 – Pesquisa Cadastral
As pesquisas cadastrais permitem reforçar o conhecimento e fir-
mar conceito a respeito do cliente. Isso porque trazem fatos que con-
firmam informações prestadas na entrevista, ratificam o contido nos
documentos entregues e permitem verificar sua conduta no relacio-
namento com outras pessoas e empresas.
Na pesquisa cadastral, podemos utilizar diversas fontes de infor-
mação, internas ou externas. As fontes internas referem-se à exis-
tência de eventuais anotações cadastrais sobre o cliente, seu rela-
cionamento com o Banco ou impedimentos legais/estatutários/admi-
nistrativos. Podem ser verificadas por meio de consulta à base de
Anotações Cadastrais de Pessoas – ACP, no aplicativo Clientes.
A consulta às referências fornecidas pelo cliente constitui uma
das fontes externas de informação. As referências podem ser pes-
soais, comerciais ou bancárias (pessoas físicas ou jurídicas). É im-
portante que as fontes sejam idôneas, para que possamos acreditar
na informação fornecida.
Não podemos nos esquecer de registrar no cadastro (módulo Re-
ferências) as fontes de referência e as informações obtidas. Além
de evidenciar a conduta do cliente, a consulta a referências e o res-
pectivo registro no cadastro atendem a exigência legal prevista na
Resolução 2.025/93 do Conselho Monetário Nacional.
Os serviços de informações cadastrais, como a Serasa (Centra-
lização de Serviços dos Bancos S/A) e o SCPC (Serviço Central de
Proteção ao Crédito) também são importantes fontes externas. Es-
ses serviços mantêm informações fornecidas por bancos, financei-
ras, empresas comerciais, cartórios de protesto de títulos, etc.
Tais informações referem-se à inadimplência do cliente junto a
instituição que forneceu a informação. Também podem referir-se a
pendências de natureza judicial, como ações, falência e concorda-
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------------------------------------------------------------------------------
Matriz..........: -
Código SWIFT....:
------------------------------------------------------------------------------
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Fique atento:
No momento em que você estiver efetuando o
cadastramento no aplicativo Clientes, critique as
informações colhidas.
Caso surjam dúvidas em relação à documentação
apresentada ou na interpretação dos normativos,
consulte seus colegas.
Se, ainda assim, permanecerem dúvidas, utilize
o aplicativo Resolve, ou contate o Núcleo de
Informações da Diretoria de Crédito ou o Serviço
Jurídico que atende sua dependência.
Abstenha-se de efetuar qualquer registro sem
que haja plena convicção!
E vamos ao LIC!
As normas do LIC 405.1 tratam dos assuntos
dessa unidade. Acesse-as nesse momento e boa
leitura.
REVISÃO
Antes de prosseguir, que tal relembrar alguns pontos desta
unidade?
Vimos que a qualidade do cadastro começa com uma boa entre-
vista inicial. Nela você deverá dispensar especial atenção ao cliente,
criando clima de confiança, para que ele, sentindo-se seguro, possa
fornecer informações confiáveis.
É nessa conversa inicial que você irá perceber quais as reais pre-
tensões do cliente em relação ao Banco e, a partir daí, definir o tipo
de cadastramento necessário àquele cliente. De acordo com o tipo de
cadastro é que você irá solicitar documentos e informações.
Mas tenha sempre em mente que, no futuro, o cliente poderá de-
mandar outros tipos de produtos ou serviços. Portanto, procure ob-
ter o máximo possível de informações, mesmo que naquele momento
elas pareçam dispensáveis.
Lembre-se de que devem ser apresentados documentos originais
e cópias, nas quais você deverá apor a expressão “confere com o ori-
ginal” e rubricar sobre carimbo identificador. No caso de cópias au-
tenticadas em cartório, o Banco exige que os originais também sejam
apresentados, com vista a prevenir possíveis fraudes.
Se forem documentos que confiram poderes (procurações, esta-
tutos, etc.) também devem ser apresentados os originais e as cópias,
e estas devem ser autenticadas por funcionário comissionado do seg-
mento organizacional gerencial.
Relembrando os tipos de cadastro – indicativo, identificação,
simplificado, básico, intermediário e completo – vale parar um tempi-
nho, consultar o LIC 405.1 sobre o assunto e conhecer melhor cada
um deles, bem como sua adequação ao relacionamento que o cliente
mantém.
Durante o estudo, você viu que, além dos documentos e informa-
ções prestadas pelo cliente, é necessário proceder a algumas pesqui-
sas. Elas são de fundamental importância, porque podem confirmar
ou não as informações prestadas pelo cliente e trazer ao seu conhe-
cimento fatos até então ignorados.
As fontes de pesquisa podem ser internas ou externas. Como fon-
tes internas, podemos citar as anotações constantes no aplicativo
Clientes – base de Anotações Cadastrais de Pessoas. Como fontes
externas, podemos consultar as referências fornecidas pelo cliente,
46
Tenha calma!
EXERCÍCIOS
As questões a seguir extrapolam o conteúdo do curso. Por isso, a
leitura do LIC é essencial para a perfeita compreensão e para o assi-
nalamento da resposta correta.
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GABARITO
1 – B
Documentos pessoais e de constituição de empresas não são con-
siderados fontes de pesquisas, eles servem a seus fins específicos.
Para pesquisas cadastrais devem-se utilizar sistemas corporativos e
empresas ou organizações externas.
2 – E
Uma boa entrevista depende, principalmente, das qualidades do
entrevistador. Você deverá conduzi-la de forma amistosa, clara e ob-
jetiva, tentando extrair o máximo possível de informações, lembran-
do que é nesse momento que você irá definir o tipo de cadastramento
a ser efetuado.
Fique atento aos documentos, pois as cópias deverão ser conferidas
com os originais, mesmo que autenticadas em cartório. Nos documen-
tos que conferem poderes, o exame e a autenticação devem ser feitos
por funcionário comissionado do segmento organizacional gerencial.
3 – C
Fontes internas de pesquisas são aquelas em que as informações
são obtidas exclusivamente nos sistemas do Banco.
O cadastro é dividido em campos e módulos, nos quais as infor-
mações que lhes dizem respeito devem ser registradas, tão logo ob-
tidas e confirmadas. Isso permite atribuir um “endereçamento” ao
dado cadastral, facilitando sua localização e consulta.
Pesquisas cadastrais são importantes em qualquer etapa do rela-
cionamento com o cliente, pois podem trazer informações que modi-
fiquem o conceito até então desfrutado.
4 – A
As duas situações referem-se a inadimplência em operações com
recursos públicos, o que enseja inclusão no Cadin e Serasa.
Na primeira situação o banco privado pode efetuar inclusões nes-
sas duas bases externas e, uma vez que a consultarmos, serão regis-
tradas anotações cadastrais originadas de fontes externas na base
do Banco.
A segunda situação gera anotação interna na base do Banco e o
cliente poderá ser incluído no Cadin e Serasa.
5 – C
Em determinadas situações, é necessário estender as pesquisas
para outras pessoas e localidades relacionadas ao cliente, como no
caso de grupos empresariais, sócios, procuradores, dirigentes de
pessoas jurídicas, filiais, etc.
Lembre-se de que, quanto maior a quantidade – e a qualidade
– das informações, melhor será a percepção que você terá sobre o
cliente.
6 – B
A pessoa jurídica e seus sócios e dirigentes devem ser cadastra-
dos com o tipo adequado ao relacionamento mantido ou proposto.
O negócio/produto, participação no capital, ingerência e coobri-
gação em operações são alguns dos itens que influenciam o tipo de
cadastro adequado ao relacionamento.
7 – D
Das pessoas listadas, necessitam de cadastramento completo, de
acordo com as instruções vigentes, conforme LIC 405.1.2.0300: em-
presa proponente de operação de crédito, fiel depositário e empresa
de armazéns gerais responsável pela guarda de produtos vinculados
a operações de crédito.
Quanto aos demais tipos de cadastramento requeridos, temos:
• pessoa em litígio com o Banco, impedido de operar no crédito
rural e proprietário de imóvel cedido a cliente, caso não se en-
quadrem em outra situação: indicativo.
• correntista: básico, caso não possua operações de crédito.
• funcionário do Banco, empresas interessadas em prestar ser-
viços ao Banco eventualmente: aplicam-se as mesmas normas
dos demais clientes.
8 – B
Nesse caso, o cliente deve ser cadastrado com o tipo de cadastro
Intermediário (detentor de produtos de crédito massificado).
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1 – Introdução
Definido o tipo de cadastro, obtidas as informações e a documen-
tação necessária, efetuadas as pesquisas cadastrais, chega-se ao
momento de registrar os dados no cadastro. Para tanto, utilizaremos
os módulos do cadastro existente no aplicativo Clientes.
Nesta unidade, iremos detalhar, em cada módulo, os campos que
merecem maiores esclarecimentos sobre o cadastramento de pes-
soa física. No LIC 405 você encontrará, detalhadamente, as normas
e procedimen-
tos sobre o as-
sunto. Não dei-
xe de acessar o
LIC. O conhe-
cimento de seu
conteúdo cons-
titui comple-
mento neces-
sário ao conti-
do no texto da
unidade.
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62
5 – Módulo Relacionamentos
Neste módulo são registrados os dados das pessoas que têm algum
tipo de vínculo com o cliente, seja como cônjuge, companheiro(a),
filho(a) e outros.
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Vamos ao LIC!
Neste momento, acesse o LIC 405.5 e consulte as normas sobre
cadastramento de pessoa física. Isso é muito importante, pois irá
complementar seus conhecimentos tanto para o desempenho de atividades
ligadas ao cadastro, como para resolução dos exercícios logo mais.
REVISÃO
Navegou pelo LIC, viu as normas sobre cadastramento de pessoa
física? Vamos agora juntar o observado nos normativos com o estu-
dado no curso, para rever alguns pontos.
1. O nome do cliente deve ser registrado por extenso, sem abre-
viaturas. Lembre-se de que não existe o Sr. ou Sra. Espólio. Portan-
to, o cadastro de pessoas falecidas deve ser intitulado por seus no-
mes completos.
2. Inconsistências entre o documento de identificação e o CPF
merecem atenção. Se oferecerem segurança, cadastre o cliente e
oriente-o a regularizar sua situação na Receita Federal.
3. Todo registro cadastral merece atenção. Isso não é diferente com
o do estado civil e, se for o caso, do regime de casamento do clien-
te. Lembre-se de que existem alguns atos que só podem ser pratica-
dos com a anuência do cônjuge, sob pena de serem declarados nulos.
O Banco pode sofrer sérias conseqüências, por exemplo, caso venha a
contratar uma operação de crédito com cliente casado em comunhão
de bens, sem colher anuência ou coobrigação do cônjuge, pelo simples
fato de o cadastro registrar “solteiro” no campo Estado Civil.
4. O Código Civil define quatro regimes de casamento: comunhão
universal, comunhão parcial, separação de bens e participação final
nos aqüestos. Vale a pena voltar um pouco e rever os conceitos de
cada um deles.
5. A lei brasileira reconhece, ainda, a união estável, que é a con-
vivência pública, contínua e duradoura entre homem e mulher, com a
intenção de constituir família.
Outro assunto em que você deverá prestar atenção é o da capa-
cidade civil, que se refere à possibilidade de a pessoa exercer dire-
tamente seus direitos, aceitar obrigações e praticar os atos da vida
civil. Ela pode ser plena ou relativa.
Diz-se que a pessoa é plenamente capaz quando ela está apta a
praticar todos os atos da vida civil, sem restrições.
A capacidade relativa sobrevém quando a pessoa, mesmo pos-
suindo capacidade de direito (adquirida antes mesmo do nascimen-
to), não a detém de fato, em decorrência de fatores como idade, es-
tado psíquico, estado de saúde e outros que de algum modo possam
obstar a capacidade da pessoa de discernir plenamente.
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EXERCÍCIOS
E agora, chegou a hora de mostrar que você aprendeu.
Mais uma vez lembramos a importância da navegação pelo LIC para
complementar o conteúdo do curso.
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GABARITO
1 – D
Sócios/acionistas são informações inerentes a pessoas jurídicas.
2 – C
Pessoas consideradas pela lei como absolutamente incapazes so-
mente podem exercer seus direitos por meio de representantes le-
gais. Menores de dezesseis anos, por intermédio dos pais, ou na falta
destes, de um tutor, nomeado legalmente. Nos demais casos, a re-
presentação se dá por meio de um curador, legalmente constituído.
Os relativamente incapazes podem exercer seus direitos pessoal-
mente ou autorizados por seu assistente legal, conforme o caso.
A incapacidade cessa, entre outras razões, pela maioridade, pelo
casamento ou colação de grau em nível superior.
Os silvícolas, quando integrados à sociedade, podem exercer ple-
namente seus direitos.
3 – D
Os menores púberes (maiores de dezesseis e menores de dezoito)
são considerados relativamente incapazes. Podem, em alguns casos,
praticar os atos da vida civil; em outros só poderão fazê-lo mediante
autorização de um assistente legal.
4 – D
Cuidado: capacidade de direito é aquela que se adquire ao nascer.
Capacidade de fato é a que determina se e quando a pessoa pode
praticar atos da vida civil.
Quanto ao cadastramento, tenha em conta o seguinte:
• você deve registrar como principal fonte de renda aquela em
que o cliente aufira maior rendimento.
• caso não conste o nome do pai no documento de identidade,
o campo filiação pode ficar em branco
• o registro dos relacionamentos é importante, principalmente
nos casos de cliente casado ou que conviva em união estável,
situação em que pode ser necessária a anuência ou coobriga-
ção do cônjuge ou companheiro(a), e de atendimento à legis-
lação sobre pessoas politicamente expostas.
5 – E
Se a divergência referir-se apenas a um dos dados (nome ou data
do nascimento) e não houver dúvidas quanto à correção dos dados,
o cliente poderá ser cadastrado. Todavia deverá ser orientado a pro-
videnciar a regularização da incorreção.
6 – D
Pelo tipo de relacionamento que o cliente pretende manter com o
Banco, deverá ser cadastrado com o tipo Intermediário (possuir produ-
tos de crédito massificado: CDC, cartões, conta especial, etc.).
Todavia, alguns aspectos recomendam cuidados, pois esse cliente
supostamente poderia estar ocultando alguma atividade ilícita, haja vis-
ta o volume de dinheiro apresentado para depósito e a apresentação de
documento que comprova renda superior ao segmento a que pertence.
Em situação semelhante, você deverá efetuar diligências junto ao
empregador e ao banco onde informa ser correntista, bem como solicitar
fontes de referência nas cidades onde o cliente trabalha e reside.
Cuidados especiais devem ser tomados também com relação à
documentação apresentada. Devemos exigir a apresentação das vias
originais e nos certificarmos de que os comprovantes de residência e
de rendimentos são verdadeiros e confiáveis.
7 – E
Menor impúbere deverá ser representado; menor púbere deverá
ser assistido. Em todo o caso, como não se trata de pai, o cliente de-
verá apresentar o mandato de tutela.
8 – B
Como o cliente tem interesse apenas no cartão de crédito, deverá
ser cadastrado com o tipo intermediário. O menor deverá ter cadas-
tramento básico, por se tratar de conta de poupança.
Importante: no cadastro do menor, módulo Dados Pessoais, não
esquecer de vincular o representante legal. Feito isso, o vínculo po-
derá ser consultado no módulo Relacionamentos/Dependentes de
ambos.
9 – D
Atenção para os casos em que cessa a incapacidade do menor,
por exemplo quando ele possua rendimentos próprios que garantam
sua subsistência.
74
1 – Conceito
A pessoa jurídica não é um ente natural, como a pessoa física.
Ela é resultado de um ato de vontade, que se materializa por força
do Direito. Cria-se, juridicamente, um novo ente, dotado de persona-
lidade jurídica própria.
O Código Civil define dois tipos de pessoas jurídicas: as de direito
público – interno e externo – e as de direito privado. Veja como as
entidades se enquadram nessas classificações.
De direito público interno: a União, os estados, o Distrito Federal
e os territórios, os municípios, as autarquias e as demais entidades
de caráter público criadas por lei.
De direito público externo: os Estados estrangeiros e todas as
pessoas que forem regidas pelo direito internacional público.
De direito privado: as sociedades simples e empresárias, as as-
sociações, as fundações, as organizações religiosas e os partidos
políticos.
Além das pessoas jurídicas definidas no Código Civil, devem ser
cadastrados como pessoa jurídica outros entes previstos nas normas
do Banco, como o empresário individual, o cartório de registro e de
notas e o condomínio em edifício comercial ou residencial.
76
CONTRATO SOCIAL
Exemplo IV Ltda
Beltrano Exemplo 7 ,
brasileiro, casado – comunhão parcial de bens,
empresário, residente e domiciliado à Rua Camelo, nr. 533, Bairro do Sino,
Prateleiras – MG, CEP 33123-321, portador da carteira de identidade nº
98.765.432-1, emitida por SSP-MG, CPF nº 123.456.789-00, e Ciclano
Exemplo 7 , brasileiro, solteiro, empresário, residente e domiciliado à
Rua Baleia, nr. 835, Bairro do Açu, Prateleiras – MG, CEP 33143-341,
portador da carteira de identidade nº 1.765.432-1, emitida por SSP-MG,
CPF 123.123.123.13, constituem uma sociedade limitada 1 ,mediante as
seguintes cláusulas:
1ª A sociedade girará sob o nome empresarial Exemplo IV Ltda. 1 com
sede e domicílio na Rua Inácio, nr. 136, Distrito Industrial, Prateleiras
– MG, CEP 33134-441 3 .
2ª A sociedade iniciará suas atividades em 22/08/2003 e seu prazo
de duração é indeterminado.
3ª O objeto da sociedade é a editoração e impressão de livros,
fascículos e revistas e a prestação de serviços gráficos 1,4 .
4ª O capital social será de R$ 100.000,00 2 (cem mil reais), dividido
em 1.000 quotas de valor nominal de R$ 100,00 (cem reais) cada uma,
subscritas e integralizadas 2 neste ato em moeda corrente do País, pelos
sócios Beltrano Exemplo 7 que integraliza 950 quotas 2,7 , no valor de R$
95.000,00, e Ciclano Exemplo 7 , que integraliza 50 quotas 2,7 , no valor
de R$ 5.000,00.
5ª As quotas são indivisíveis e não poderão ser cedidas ou
transferidas a terceiros sem o consentimento dos outros sócios, a
quem fica assegurado, em igualdade de condições e preço direito de
preferência para a sua aquisição se postas à venda, formalizando, se
realizada a cessão delas, a alteração contratual pertinente.
6ª A responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas
quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do
capital social.
7ª A administração da sociedade caberá ao sócio Beltrano Exemplo
com os poderes e atribuições de representação, gestão e administração de
negócios, autorizado o uso do nome empresarial, vedado, no entanto, em
atividades estranhas ao interesse social ou assumir obrigações seja em favor
de qualquer dos quotistas ou de terceiros, bem como onerar ou alienar bens
imóveis da sociedade, sem autorização dos outros sócios 5,6,7 .
8ª Ao término da cada exercício social, em 31 de dezembro,
o administrador prestará contas justificadas de sua administração,
procedendo à elaboração do inventário, do balanço patrimonial e do
balanço de resultado econômico, cabendo aos sócios, na proporção de
suas quotas, os lucros ou perdas apurados.
Testemunhas:
Fontes Temunha Conteste Munha
RG 963.258 – SSP/MG RG 852.369 – SSP/MG
CPF: 963.963.963-96 CPF: 396.396.396-39
78
80
82
84
86
88
10 – Módulo Relacionamentos
Para cadastrarmos uma pessoa jurídica, é fundamental sabermos
quem são seus sócios ou acionistas, e, principalmente, quem tem
poderes para representá-la no Banco. Esses dados, além daqueles
relativos a dirigentes e participações no capital, são registrados no
módulo Relacionamentos.
É nesse módulo que buscamos informações sobre as pessoas com
poderes outorgados pela cliente e sobre eventuais participações que
possua em outras empresas ou grupos empresariais.
90
10.2 – Dirigentes
São dirigentes as pessoas com ingerência na pessoa jurídica, isto
é, aquelas às quais foram atribuídos poderes de administração. As
informações sobre quem são os dirigentes devem ser extraídas do
documento de constituição ou de alteração, da ata de eleição ou de
documento de posse de dirigentes. Os membros do conselho de ad-
ministração das sociedades anônimas e cooperativas também devem
ser registrados neste módulo.
As datas de inicio e de fim do mandato devem corresponder à da-
ta desses documentos, ou às datas ou períodos neles especificadas.
11.2 – Representantes
São nomeados pela autoridade competente e os documentos de
nomeação devem ter sido publicados em diário oficial ou, no caso de
órgão ou entidade municipal, estar de acordo com o previsto na lei
orgânica.
Os representantes não devem ser registrados no módulo Dirigen-
tes, mas, sim, no módulo Poderes/Instrumento de Mandato.
Os poderes outorgados devem constar do documento que regu-
lamentou a criação do órgão ou entidade pública. Se houver dúvidas
quanto aos representantes ou aos poderes outorgados, solicite auxí-
lio ao serviço jurídico da jurisdição.
92
REVISÃO
Na próxima unidade, entraremos em contato com outros módu-
los do cadastro que apresentam uma particularidade: são comuns às
pessoas físicas e às jurídicas.
Antes de prosseguirmos, vamos revisar o conteúdo da unidade
que acabamos de estudar.
No estudo, você percebeu que a correta identificação da pessoa
jurídica é tão importante quanto à das pessoas físicas. Mas há dife-
renças nos procedimentos. A começar pela existência em si da pes-
soa jurídica: ela é criada sob o amparo do Direito, que dota o novo
ente de personalidade jurídica própria. Além disso, existem dois tipos
de pessoa jurídica: de direito público (interno e externo) e de direito
privado.
A razão social é o “nome” da pessoa jurídica. Portanto, deve ser
corretamente preenchido, sob pena de comprometimento da qualida-
de do cadastro, além dos transtornos que pode causar, tanto ao Ban-
co quanto ao cliente.
Os documentos de constituição de uma pessoa jurídica também
são diferentes, conforme seja o tipo de empresa definido pelo Código
Civil. Podem ser leis ou decretos (empresas públicas), estatutos (as-
sociações, fundações), contrato social (sociedades), dentre outros.
Vamos relembrar os tipos de pessoa jurídica, tal qual definidos
no Código Civil:
São pessoas jurídicas de direito público interno a União, os esta-
dos, o Distrito Federal e os territórios; os municípios; as autarquias e
as demais entidades de caráter público criadas por lei.
Os Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas
pelo direito internacional público são definidos como pessoas jurídi-
cas de direito público externo.
As associações, as sociedades, as fundações, as organizações religio-
sas e os partidos políticos são as pessoas jurídicas de direito privado.
A exemplo do que ocorre com o CPF, o sistema verifica automa-
ticamente a regularidade do CNPJ – Cadastro Nacional de Pessoa Ju-
rídica na base de dados da Receita Federal.
Ao examinar o documento de constituição ou de alteração, você
deve dispensar especial atenção à natureza jurídica da empresa, pois
é por meio dessa informação que o Banco classifica os beneficiários
de crédito.
94
EXERCÍCIOS
Chegou o momento de você verificar o quanto assimilou no estudo
da unidade. Vale lembrar novamente que as questões extrapolam o
conteúdo do texto, ao abordarem questões descritas no LIC.
96
98
GABARITO
1 – B
Você deve observar, dentre outros aspectos:
• ramo de atuação, importante para a classificação da natureza
jurídica;
• número de empregados, que permite extrair idéia do tamanho
da empresa, além de servir como base para a oferta de produ-
tos e serviços;
• situação de funcionamento, importante para a análise do limite
de crédito, e
• administradores, por indicar quem responde comercial e juridi-
camente pela empresa.
2 – B
Não confundir empresário individual com empresa simples ou
sócio de sociedade empresária. O empresário individual é sempre
uma pessoa natural, dedicada a uma atividade econômica de produ-
ção e circulação de bens ou serviços, inscrito no órgão de registro
competente.
3 – E
O faturamento deve, sim, ser compatível com o porte da empre-
sa, pois é um dos parâmetros considerados para cálculo de limite de
crédito, além de revelar indícios de ilícitos financeiros.
4 – B
O documento de constituição e o órgão de registro diferem em fun-
ção da forma de constituição da empresa. Veja os exemplos abaixo.
• Uma sociedade empresária será constituída a partir do contrato
social, registrado no Registro Público de Empresas Mercantis
(Junta Comercial).
• Um condomínio comercial ou residencial é constituído por
convenção condominial registrada no Cartório de Registro de
Imóveis.
• Uma fundação, a partir de seu estatuto social, registrado no
Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas.
100
5 – D
Alterações contratuais e estatutárias dizem respeito a aspectos
legais que modifiquem de alguma forma a constituição ou represen-
tação da empresa. A escrituração contábil merece registro em demons-
trativos próprios.
6 – B
A nomeação de representantes deve ser publicada em diário ofi-
cial; no caso de órgão ou entidade municipal, nomeação e publicação
devem estar de acordo com o previsto na lei orgânica.
Essas informações devem ser registradas no módulo Poderes/Ins-
trumento de Mandato, objeto de estudo na próxima Unidade.
7 – D
Não confundir capacidade de direito com a capacidade de fato. A
primeira é adquirida com o nascimento da pessoa e a segunda está di-
retamente ligada à possibilidade de a pessoa exercê-la plenamente.
As cooperativas são sempre classificadas como sociedades
simples.
Por estarem ligadas a órgãos de governo, as autarquias são con-
sideradas pessoas jurídicas de direito público.
8 – D
Todos os tipos de sociedade visam à obtenção de lucro, tanto as
empresárias quanto as simples. As sociedades cooperativas, conquan-
to não tenham a finalidade de lucro, buscam gerar resultado para aten-
der aos interesses de seus cooperados.
9 – A
São pessoas jurídicas de direito público interno.
A empresa pública e a sociedade de economia mista, embora te-
nham participação de pessoa jurídica de direito público, são constitu-
ídas e regidas na forma de pessoa jurídica de direito privado.
1.1 – Procuração
Termos jurídicos que interessam no estudo da procuração:
Mandante, outorgante ou constituinte: a pessoa que confere a outrem poderes
para representá-la em determinados atos.
Mandatário, outorgado, constituído ou procurador: a pessoa que recebe os poderes.
Substabelecimento: a transferência que o mandatário faz, para uma terceira
pessoa, dos poderes que recebeu do mandante.
104
106
108
2 – Módulo Bens/Patrimônio
Neste módulo registramos os bens que compõem o patrimônio do
cliente, os bens objetos de financiamento ou de garantia de opera-
ções, bem como as benfeitorias objeto de financiamento ou de inte-
resse do Banco. São informações de grande importância na condu-
ção de processos de crédito e na prospecção de negócios na área de
seguridade.
Antes de nos aprofundarmos no assunto, veja nos quadros das
paginas seguintes alguns termos e expressões utilizados no texto e
que poderão gerar dúvidas na rotina de trabalho.
110
112
114
nr. 533, Bairro do Sino, zona urbana de Prateleiras (MG) 1b, com os
seguintes limites e confrontações: pela lateral direita de quem da rua olha
medindo 30m em confrontação com Maria Inês, no fundo medindo 20m
com João Artur, pela lateral esquerda medindo 30m com Luiz Arcanjo e
frente medindo 20m confrontando com o logradouro público.
Proprietário: Júlio Santos, brasileiro, casado em comunhão parcial de
bens, residente e domiciliado neste município.
R.2 – Data: 16.01.1998 3a
Certifico e dou fé que por Escritura Pública de Compra e Venda 2a, lavrada
em 21.12.1997 2c, no livro 36, fls. 77/78 2e, do Cartório de Notas deste
município 2b, o proprietário Júlio Santos, casado em comunhão parcial
de bens com Maria Santos, residentes e domiciliados neste município,
transmitiram a João Pedro 2d, brasileiro, casado em comunhão universal de
bens 2d com Maria Aparecida 2d, após a vigência da Lei 111/77, os direitos
e domínios sobre o imóvel constante da matrícula, sem condições.
Av.1 – Data 11.11.2000
Certifico e dou fé que, por carta de habite-se expedida pela Prefeitura
Municipal de Prateleiras (MG), datada de 15.10.2000, foi edificado no lote
constante da matrícula um galpão comercial 1a, em alvenaria e cobertura
metálica, perfazendo um total de 300m 2 1c de área construída.
Apresentada certidão negativa de contribuições à previdência social nr.
57.318/00.
R.3 – Data: 17.05.2001
Certifico e dou fé que os proprietários, João Pedro e Maria Aparecida,
constituíram hipoteca cedular de 1º grau 4a ao Banco do Brasil S.A. sobre o
imóvel constante da matrícula, por intermédio de cédula de crédito comercial
nr. 2001134, emitida em 12.05.2001 4b, no valor de R$ 31.000,00 4c e
vencimento em 12.04.2005.
Certifico que revendo os livros a meu cargo neste cartório, nada mais
consta para a presente matrícula.
Prateleiras (MG), 21.08.2004
O Oficial
116
118
Fique atento.
Para solidificar os conhecimentos adqui-
ridos, consulte agora as normas sobre o
assunto e, no caso de dúvidas, discuta-
o com seus colegas.
4 – Módulo Referências
Neste módulo são registradas as fontes de referência fornecidas
pelo cliente, bem como outras fontes, desde que idôneas e confiá-
veis, identificadas pelo Banco. Tais fontes, pessoas físicas ou jurídi-
cas (empresas, bancos e outros) fornecem valiosas informações so-
bre o cliente.
Mas não basta o registro. É necessário que as fontes sejam efeti-
vamente consultadas, bem como deve ser registrado o resultado des-
120
Lembre-se:
O registro das fontes de referência consultadas
decorre de exigência legal prevista na
Resolução 2.025/93 do Conselho Monetário
Nacional.
Vamos ao LIC!
Agora é hora de consultar o LIC 405.30
e conhecer mais sobre os assuntos desta
unidade.
REVISÃO
122
EXERCÍCIOS
Vamos a mais uma bateria de testes, para checar seus conheci-
mentos. Se o resultado não for bom, não desanime. Leia novamen-
te o texto, consulte o LIC 405, troque idéias com seus colegas e
tente outra vez.
124
operações de crédito.
a) F, V, V, F, F.
b) F, F, V, V, V.
c) F, V, V, F, V.
d) V. F. V. F. V.
e) V, V, V, F, F.
126
7.
Quadro I – Situação
A Empresa Ltda., por meio de seu procurador, Sr. Representan-
te, apresenta ao Banco a seguinte documentação para atualização
cadastral:
• Alteração do contrato social, no qual consta que a gerência será
exercida por seus dois sócios, sem definir a forma de uso (isola-
da ou conjuntamente). O contrato social não veda, porém tam-
bém não autoriza explicitamente a possibilidade de delegação do
uso da firma ou a constituição de procuradores por seus sócios
gerentes.
• Instrumento particular de procuração, no qual a Empresa Ltda.,
por meio de um de seus sócios, delega amplos poderes ao Sr. Re-
presentante. A assinatura constante da procuração foi reconheci-
da em cartório.
• Demonstrativos contábeis da empresa referentes aos três últimos
exercícios e comprovante de registro no CNPJ, extraído do sítio
da Receita Federal na Internet, cuja autenticidade foi confirmada
pelo funcionário em consulta ao referido sítio.
O Sr. Representante informa que a empresa promoveu recente
alteração contratual, com o objetivo de incluir, em suas finalidades,
atividade relacionada à prestação de serviços. Esclarece, porém, que
a composição acionária e o uso da firma permaneceram inalterados.
O portfólio de negócios da empresa com o Banco é constituído
por conta corrente, aplicações financeiras e operações de crédito ga-
rantidas por aval/fiança dos sócios.
Quadro II – Providências
I Apresentação da alteração contratual promovida.
II Alteração do contrato social e respectivo registro na Junta Co-
mercial, para explicitar a forma de uso da gerência e a possibili-
128
GABARITO
1 – E
Os incapazes (absoluta ou relativamente) precisam ser representa-
dos ou assistidos, conforme o caso, sempre em instrumento público.
A procuração também deve ser pública em outras situações, como na
formalização de escritura pública, outorgante analfabeto, etc.
A procuração precisa ter a assinatura do outorgante reconhecida
em cartório e deve ser registrada no módulo Poderes/Instrumento de
Mandato, com os respectivos outorgados e poderes conferidos.
A critério da administração da agência, pode-se dispensar o re-
conhecimento de firma em cartório quando se tratar de instrumen-
to particular e que, tanto o outorgante, quanto o outorgando sejam
clientes tradicionais da dependência.
2 – A
Para efeitos de penhora/garantia, considera-se a medida da área
em módulos rurais.
Quando houver cláusula de impenhorabilidade sobre o imóvel, es-
te não poderá ser objeto de qualquer tipo de garantia.
Com relação ao usufruto, existe a figura do usufrutuário, que é o be-
neficiário do direito e a do nú-proprietário, a quem pertence o bem.
3 – B
Nos instrumentos de procuração existem sempre duas figuras,
a do outorgante, aquele que concede os poderes, que deve ser re-
presentado ou assistido no caso de incapacidade, e a do outorgado,
aquele que recebe os poderes.
Em certos casos, é necessário instrumento público, como, por
exemplo, de incapacidade do mandante ou de formalização de escri-
tura pública.
Os poderes conferidos podem ser gerais ou especiais. Quando in-
vestido de poderes gerais, o outorgado pode administrar os bens do
outorgante; entretanto, para dispor ou gravar esses bens, é neces-
sário que haja poderes especiais expressamente admitidos no instru-
mento de procuração.
4 – D
A comprovação de imóveis rurais ou urbanos pode ser feita me-
diante apresentação de certidão ou título de propriedade devidamen-
130
5 – C
A autorização para consulta à Central de Risco do Bacen deve ser
apresentada em formulário próprio e registrada no módulo Caracte-
rísticas Especiais. Devemos agir no sentido de obter a autorização de
todos os clientes.
Caso não conste prazo de vencimento inferior no instrumento,
por precaução, o Banco adota o prazo de dois anos para revigoramen-
to da procuração, a partir da data de emissão do documento.
Módulo rural e módulo fiscal são parâmetros definidos pelo Incra.
O módulo rural é calculado para cada imóvel rural em separado, e sua
área reflete o tipo de exploração predominante no imóvel, segundo
sua região de localização, enquanto que o módulo fiscal é estabeleci-
do para cada município, e procura refletir a área mediana dos módu-
los rurais dos imóveis rurais do município.
6 – B
A Lei 8.009, de 29/03/90, prevê:
Art. 1º O imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade fa-
miliar, é impenhorável e não responderá por qualquer tipo de dívida
civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza, contraída
pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e
nele residam, salvo nas hipóteses previstas nesta lei.
..........
Art. 3º: A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de
execução civil, fiscal, providenciária, trabalhista ou de outra nature-
za, salvo se movido:
I - ......
............
V – para execução de hipoteca sobre o imóvel oferecido como ga-
rantia real pelo casal ou pela entidade familiar;
................
7 – E
As condições pactuadas no contrato social, assim como as al-
terações promovidas, decorrem da manifestação de vontades dos
respectivos sócios, não assistindo ao Banco o direito de exigir que
se providencie “essa” ou “aquela” alteração nos documentos da
empresa.
Na omissão do contrato social ou estatuto sobre a forma de exer-
cício da gerência (se em conjunto ou isoladamente), os poderes de
administração dos negócios da pessoa jurídica são exercidos indivi-
dualmente. Não havendo vedação à delegação do uso da firma ou à
constituição de procuradores, a procuração pode ser emitida por ape-
nas um dos dirigentes.
8 – D
Dados profissionais dizem respeito à profissão ou emprego que o
cliente possua, inclusive seus rendimentos, o que pode ser indicativo
de oferta para produtos massificados.
Bens e patrimônio podem ser fonte de consulta para oferta de
produtos de seguridade, por exemplo.
132
9 – D
10 – A
1 – Considerações Iniciais
Anotações cadastrais são registros de natureza informativa, res-
tritiva ou impeditiva. Subsidiam decisões no relacionamento com o
cliente ou podem impedi-lo de realizar operações com o Banco.
As anotações poderão ser a respeito de:
• eventuais inadimplências, restrições e impedimentos com o Banco;
• ocorrências que possam influenciar o relacionamento;
• resultado da consulta externa à Serasa e ao SCPC;
• informações existentes no Cadin.
São registradas na base de Anotações Cadastrais de Pessoas –
ACP, classificadas em pesos e podem replicar no cadastro de pesso-
as vinculadas ao cliente responsável pela anotação.
Algumas anotações aceitam alteração do peso, para grau maior
ou menor, permitindo ou restringindo a realização de operações.
Quando regularizada a pendência que deu origem à anotação, es-
ta será baixada e armazenada em histórico.
Fique atento!
Quando o cliente alegar regularização de pendência constante
no Cadin, na Serasa ou no SCPC, verifique a data da última
consulta e, se for o caso, atualize-a. Permanecendo a
pendência, oriente-o a procurar o órgão/instituição responsável
pela inclusão. Não forneça qualquer documento ou impressão
de tela referente às consultas efetuadas.
Esse é o procedimento adequado: o Banco não pode excluir
registros efetuados por terceiros, e qualquer documento pode
envolvê-lo em demandas judiciais entre o cliente e o responsável
pela inclusão em cadastros externos.
2 – Registro
Devem ser registradas na base de anotações todas as ocorrên-
cias, restritivas ou não, que possam influenciar o relacionamento
do cliente com o Banco. Isso pode ser feito por qualquer agência
que tomar conhecimento de ocorrência capaz de implicar alterações
no caráter ou no patrimônio do cliente, comunicando e enviando a
136
Atenção!
Algumas anotações só podem ser efetuadas pela Direção Geral ou
por órgãos regionais. Nesses casos, a dependência responsável
pelo cadastro informa a ocorrência à unidade responsável pela
anotação. Deve, também, encaminhar a documentação que embasou
o registro, quando necessário.
E lembre-se.
Muitas decisões no relacionamento com o cliente têm embasamento
nos registros de restrições ou no histórico restritivo no Banco e
com terceiros, os quais resultam em peso desfavorável quando da
apuração do risco do cliente, por ocasião do calculo de limite de
crédito.
3 – Classificação
As anotações estão classificadas por pesos, conforme segue:
Informativa – não restritiva, traz informações que não impe-
dem a realização de negócios, mas devem ser observadas para sua
condução.
Fraca – não impede a contratação de operações. Porém, deve ser
ponderado o impacto no conceito do cliente.
Restritiva – impede a contratação de operações. Entretanto, al-
gumas admitem alteração de peso, desde que justificado, permitindo
que o cliente venha a obter crédito no Banco.
Absoluta – impede o cliente de realizar operações com o Banco.
As anotações com esse peso são decorrentes de situações que, por
disposições legais, estatutárias, determinações ou regulamentações
do Conselho Monetário Nacional ou do Banco Central do Brasil, ou da
Política de Crédito do Banco, não admitem operar com o cliente.
4 – Replicação
A conduta de uma pessoa jurídica é reflexo da de seus participan-
tes e dirigentes. Assim, não é possível dissociar o comportamento da
empresa do apresentado por essas pessoas. Por esse motivo, as ano-
tações restritivas que afetem a pessoa jurídica podem modificar o pa-
trimônio ou o conceito da pessoa física, e vice-versa. Para registrar
essas influências é que há a replicação de anotações cadastrais.
A replicação é a transcrição de anotação existente no cadastro
do cliente “A” para o cadastro do cliente “B”, em razão de vinculo
entre ambos. O vinculo é caracterizado pela participação no capital,
exercício de cargo de dirigente, participação em grupo empresarial,
ou em casos de sucessão ou incorporação de empresas.
A replicação pode ser registrada de forma automática ou manu-
al. Quando registrada manualmente, deve-se anotar no campo “ob-
servação” que se trata de replicação. Para que ocorra a replicação
138
5 – Alterações
Algumas anotações permitem a alteração do registro efetuado no
campo observações. Essa alteração, quando possível, deve ser efe-
tuada por funcionário comissionado da dependência responsável pelo
registro ou da detentora do cadastro, quando não houver indicação
da responsável.
Fique atento:
• ausência de MCI na anotação: se originada do Cadin, solicite à
Diretora de Crédito (prefixo 9953) a vinculação do MCI à anotação.
Se de origem da Serasa ou SCPC, efetue nova consulta externa;
• anotação já vinculada a uma outra súmula: efetue as alterações
necessárias na outra súmula, ou dela desvincule a anotação.
6 – Baixa
A baixa das anotações cadastrais somente pode ser efetuada
após a regularização da ocorrência que motivou o registro.
As anotações registradas manualmente devem ser baixadas da
mesma forma, por funcionário comissionado da dependência respon-
sável pelo registro ou da detentora do cadastro.
Atenção:
Lembre-se também de baixar eventual negativação
manual incluída pela agência em órgão de proteção
ao crédito, como o SPC, imediatamente após a
regularização da pendência que motivou o registro.
140
Vamos ao LIC!
REVISÃO
Como de praxe, vamos a mais uma revisão.
Vimos que as restrições cadastrais podem ser de natureza infor-
mativa, restritiva ou impeditiva. E que são classificadas em informa-
tivas, fracas, relativas e absolutas, e replicam no cadastro das pes-
soas vinculadas ao cliente.
Na base de anotações cadastrais são registradas informações re-
lativas a eventuais inadimplências, restrições e impedimentos com o
Banco, consultas à Serasa e ao SCPC, informações do Cadin e outras
ocorrências que possam influenciar o relacionamento.
Algumas anotações são registradas automaticamente pelos siste-
mas; outras devem ser feitas manualmente, como é o caso de situ-
ação de espólio e de liquidação de operações de crédito com abati-
mento negocial ou prejuízo ao Banco.
Especial atenção deve ser dada quando da ocorrência de abati-
mento negocial ou prejuízo ao Banco, pois o cliente só poderá voltar
a operar quando ressarcir o Banco.
Algumas anotações permitem alteração de peso, desde que devi-
damente justificado e ponderada a natureza da restrição, seu impacto
no caráter e na situação patrimonial do cliente, observadas as alça-
das que podem ser da agência, da superintendência ou da Diretoria
de Crédito.
A baixa das anotações cadastrais somente pode ser efetuada após
a regularização da pendência ou fato que gerou o registro.
Anotações registradas manualmente são baixadas da mesma for-
ma por funcionário comissionado da dependência que efetuou o re-
gistro, ou da detentora do cadastro.
São baixadas automaticamente as anotações de origem interna
ou externa (Serasa, SCPC e Cadin), registradas pelo sistema.
Decorridos cinco anos de seu registro, as anotações são baixadas
automaticamente por determinação do Código de Defesa do Consu-
midor, exceto aquelas originadas do Cadin e as referentes a decisões
judiciais.
A exclusão de anotações incluídas pelo Banco em bases exter-
nas (Cadin, Serasa e SPC) também pode ocorrer por determinação
judicial.
142
EXERCÍCIOS
Para a realização dos exercícios, lembre-se de que as normas do LIC
devem ter sido estudadas.
1. Sobre alteração de peso de anotações cadastrais, assinale falso
(F) ou verdadeiro (V) e marque a opção correta.
( ) Deve ser considerado o impacto da ocorrência no caráter e no pa-
trimônio do cliente, bem como o valor, a causa e a situação atual
da anotação.
( ) Todas as anotações cadastrais classificadas como restritivas po-
dem ter o peso alterado, desde que preenchida súmula com pare-
cer conclusivo do comitê de crédito da agência.
( ) As anotações cadastrais classificadas como absolutas e de valor
superior a R$ 50.000,00 NÃO são passíveis de alteração de pe-
so.
( ) Na anotação cadastral classificada como absoluta, de valor abaixo
de R$ 100,00, o peso pode ser alterado, desde que com parecer
conclusivo da agência e observada a alçada para deferimento.
( ) Na anotação cadastral restritiva de valor superior a R$ 10.000,00,
o peso pode ser alterado observando-se o preenchimento de sú-
mula com parecer conclusivo da agência, e a alçada competente
para o deferimento.
a) V, F, V, F, V.
b) F, F, V, F, F.
c) V, F, V, V, V.
d) V, V, V, F, V.
e) F, F, V, V, F.
144
a) 4, 3, 2, 1.
b) 3, 4, 1, 2.
c) 2, 3, 4, 1.
d) 1, 4, 2, 3.
e) 1, 4, 3, 2.
146
GABARITO
1 – A
Para procedermos à flexibilização de peso de uma anotação ca-
dastral, devemos considerar o impacto da ocorrência no caráter e no
patrimônio do cliente, bem como o valor, a causa e a situação atual
da anotação. Algumas anotações restritivas podem ser flexibilizadas
mediante confecção de súmula, com parecer fundamentando do co-
mitê da dependência e observadas as alçadas competentes.
As anotações absolutas não são passíveis de alteração de peso.
2 – C
Restrições replicadas pelo sistema não são passíveis de alteração
de peso. Quando cabível, a alteração deve ser efetuada no cadastro
do responsável direto pela anotação que gerou a replicação.
3 – A
Restrição fraca não impede a contratação de operações com o
Banco. Entretanto, deve-se ponderar sua relevância e origem, além
de eventuais impactos no conceito e no patrimônio do cliente.
As replicações ocorrem entre as pessoas relacionadas, sejam fí-
sicas ou jurídicas, por exemplo, procuradores, dirigentes, empresas
participadas, etc.
As alterações das anotações cadastrais devem ser efetuadas por
funcionário comissionado da dependência responsável pelo registro.
Inexistindo indicação da responsável, o registro deve ser feito pela
detentora do cadastro.
4 – D
A flexibilização de peso deve ser efetuada por meio de súmula a
ser deferida pela própria agência, superintendência ou Diretoria de
Crédito.
A baixa do registro no Cadin ocorre na semana seguinte à regu-
larização da pendência.
As anotações baixadas por determinação do Código de Defesa do
Consumidor permanecem em registro próprio na base de anotações,
sendo possível sua consulta por meio da tecla F9.
5 – D
As informações cadastrais são sigilosas. Portanto, seu conteúdo
não pode ser do conhecimento de terceiros. O cliente pode, obedeci-
das algumas formalidades, ter acesso à sua ficha cadastral.
Anotação cadastral de um dirigente replica no cadastro da empre-
sa; todavia, não pode ser replicada para os demais componentes.
6 – C
As restrições informativas devem ser observadas durante a con-
dução dos negócios com o cliente. Não são, portanto, impeditivas
para a realização de negócios.
Embora não sejam impeditivas para a contratação de operações,
as anotações fracas devem ter ponderadas sua origem e valor sobre
o caráter e o patrimônio do cliente.
Quanto às restritivas, observe que algumas delas podem ser fle-
xibilizadas para fraca ou informativa, permitindo que o cliente opere
com o Banco.
As anotações absolutas decorrem de disposições legais, estatu-
tárias ou administrativas, a exemplo de determinação ou regulamen-
tação do CMN/Bacen, Estatuto ou Políticas de Crédito do Banco do
Brasil.
148
1 – Introdução
As informações registradas no cadastro representam um deter-
minado momento do cliente. Mas as pessoas são dinâmicas. Endere-
ço, ocupação, atividade econômica, faturamento, renda, aquisição e
venda de bens, casamento, separação, admissão e saída de sócios,
mudança de dirigentes, entre outros, são itens e fatos que podem ser
alterados no transcorrer do tempo. Ocorrida alguma alteração, os re-
gistros atuais passam a não mais espelhar a situação do cliente.
Essa situação de constante mudança torna necessário o estreito
acompanhamento do cadastrado. Mas como fazer isso? São muitos clien-
tes! Como “vigiar” todos ao mesmo tempo para garantir a atualização do
cadastro? É nesse momento que entra o gerenciamento do cadastro.
O gerenciamento começa no momento em que definimos o tipo
de cadastro que melhor se aplica ao relacionamento com o cliente,
pois este é um dos fatores que definem as condições e os prazos de
revisão e atualização cadastral.
Definido o tipo e confeccionado o cadastro, teremos então que
acompanhar a evolução do cliente e proceder às revisões ou atuali-
zações necessárias.
150
3 – Situação do Cadastro
A situação do cadastro indica a regularidade, completeza e atuali-
zação do cadastro ou a situação dos produtos mantidos com o Banco
e é atribuída pelo sistema a partir da existência ou não de inconsis-
tências cadastrais. As situações são as seguintes:
Normal: o cadastro está atualizado e com todas as informações exigi-
das pelo seu tipo. Não há apontamento de inconsistência cadastral.
Normal com alerta: o cadastro é considerado normal; porém, há mar-
cação de inconsistência cadastral que poderá assumir a situação
“pendente” em futuro próximo.
Pendente: o cadastro apresenta indício de desatualização. Se ne-
nhuma providência for tomada, irá permanecer nessa situação até à
data limite indicada pelo sistema para regularização da inconsistên-
cia. Após essa data, se não regularizada, irá migrar para a situação
“desatualizado”.
Desatualizado: o cadastro está em desacordo com as normas vigen-
tes e a inconsistência indicada pelo sistema não foi regularizada den-
tro da data limite. Permanecerá assim até a regularização.
Bloqueado: cadastro de cliente com a conta corrente ou de poupança
bloqueada por irregularidade no CPF ou no CNPJ.
Inadimplente: cadastro de cliente responsável por operação transferi-
da para perdas ou prejuízo e que não possua qualquer outro produto
ativo.
Inativo: cadastro de cliente com todos os produtos encerrados.
Estoque: cadastro que, em 29.02.2004, possuía uma ou mais incon-
sistências e se enquadrava em alguma das situações anteriores – ex-
ceto as duas primeiras – e que permanece sem regularização.
A situação é revista pelo sistema mensalmente, ou após revisão
ou atualização, momento em que o cadastro pode ter sua situação
alterada. Pode ser consultada acessando o cadastro do cliente, na
opção de gerenciamento de carteira ou na opção de Gerenciamento
do Cadastro relacionando clientes para determinada situação.
Para ilustrar como identificar a situação e as inconsistências do
cadastro, no exemplo a seguir, observe na tela de renovação do ca-
dastro do SisBB, os itens destacados e enumerados:
152
Inconsistencia1 Dta.Lim.Regulz.2
CPF SUSPENSO 1a 09.04.20082
REVISAO CADASTRAL 1b 12.09.20072
CADASTRO NAO CONCLUIDO 1c
--------------------------------------------------------
F3 Sai F7 Pag.Ant. F8 Prox.Pag.
154
156
158
Fique atento:
Em hipótese alguma unifique cadastros de clientes diferentes ou quando você
não tiver absoluta segurança de que se trata da mesma pessoa.
Você estará melhor preparado para efetuar unificação cadastral após a leitura
das normas sobre o assunto. Por isso não pense duas vezes: acesse o LIC a fim
de assegurar o bom desempenho das suas atividades.
6 – Transferência de Cadastro
O cadastro deve estar localizado, preferencialmente, na depen-
dência em cuja jurisdição estiver situada a residência do cliente (se
pessoa física) ou a sede da administração financeira (se pessoa ju-
rídica) ou na agência onde o cliente centralize seus negócios com o
Banco.
160
162
------------------------------------------------------------------------------
164
8 – Fornecimento de Informações
8.1 – Ao Cliente
Desde que não se destine a fins litigiosos, pode ser fornecido atesta-
do de idoneidade moral e financeira ao cliente, nos seguintes termos:
“Declaramos que (nome e CPF ou CNPJ) vem
demonstrando idoneidade moral e financeira
nos seus negócios com este Banco.”
Fique Atento!
• Por medida de segurança e visando preservar o sigilo bancário
do cliente, em hipótese alguma é permitido o trânsito de
documentos ou cópias de documentos internos do Banco – e
tampouco da ficha cadastral – fora do recinto da agência.
Eventuais transcrições devem ser efetuadas em papel sem
timbre e não podem conter assinaturas de prepostos do
Banco.
• É vedado fornecer declarações formais eximindo o cliente
de anotações restritivas no Cadin, Serasa e SCPC, ou de
informações no SCR. Também não pode ser fornecida cópia
da telas do sistema, independentemente do resultado da
pesquisa. Eventuais solicitações nesse sentido devem ser
recusadas e o cliente orientado a dirigir o pleito diretamente
à instituição em que conste o registro.
8.2 – A terceiros
Observe as condições abaixo, para prestar informações a tercei-
ros sobre pessoa cadastrada no Banco:
• Atenda somente solicitações referentes a cliente cadastrado no
Banco e desde que formuladas por pessoas físicas ou jurídicas
idôneas e que não se dediquem ao comércio de informações.
• Forneça as informações verbalmente e em caráter reservado,
esclarecendo que o Banco não se responsabiliza pelo conteú-
do informado.
166
Fique Atento!
Os dados constantes na base de Anotações Cadastrais de
Pessoas são confidenciais e devem ser utilizados apenas
para subsidiar decisões internas. É vedada sua divulgação a
terceiros.
REVISÃO
Mais um pouco e você terá concluído o curso. Agora, como das
outras vezes, é tempo de revisão.
Pode parecer repetitivo, mas você já sabe da importância do ca-
dastro bem feito e atualizado. O termo “atualizado” vai bem no con-
texto, pois não basta cadastrar o cliente, arquivar seus documentos
e esquecer o assunto. Lembre-se de que mudanças ocorrem. O clien-
te pode casar-se, mudar de endereço, mudar de emprego, alterar os
seus sócios, mudar seu ramo de atividade, etc.
Todas as mudanças que ocorrerem e qualquer outro fato que sur-
ja e que possa alterar seu conceito sobre o cliente precisa ser ano-
tado. Por isso, o cadastro precisa ser revisado ou atualizado com
freqüência.
Mas, em suma, no que consiste a revisão e a atualização?
Por revisão entendam-se a checagem geral e periódica em todos
os dados cadastrais por meio de uma opção específica do aplicativo
Clientes, e o registro das alterações que forem necessárias.
O cadastro de tipo completo exige revisão anual; o intermediá-
rio, a cada cinco. Os demais tipos não estão sujeitos a revisões obri-
gatórias. Todavia, independentemente do tipo e do prazo, a revisão
pode ocorrer sempre que surgir alguma necessidade, como é o ca-
so, por exemplo, do estabelecimento de limite de crédito de pessoa
jurídica.
Atualização significa o registro de fato ou circunstância que im-
pliquem alteração de dados cadastrais, ou quando detectada alguma
inconsistência de dados.
Mas quem pode efetuar as alterações?
Normalmente é a agência detentora do cadastro, mas qualquer
outra pode fazê-lo, se alguma ocorrência for de seu conhecimento.
Existem registros que são alterados pelos sistemas do Banco. O pró-
prio cliente também pode alterar alguns dados via Central de Atendi-
mento, Auto-Atendimento ou Gerenciador Financeiro.
168
EXERCÍCIOS
1. Marque a opção correta.
a) A situação “em estoque” indica que o cadastro está atualizado,
apesar de o cliente não demandar crédito no momento.
b) A situação “normal” indica que o cadastro está atualizado e pos-
sui todas as informações necessárias de acordo com seu tipo.
c) A situação “pendente” permanecerá até que aconteça a regulari-
zação de todas as inconsistências cadastrais existentes.
d) A situação “inativo” indica que o cliente não movimentou a conta
corrente nos últimos dois meses.
e) Cliente com CPF suspenso bloqueia a conta corrente, classifican-
do o cadastro na situação “desatualizado”.
170
172
GABARITO
1 – B
Situação de cadastro indica sua atualização ou situação dos pro-
dutos mantidos no Banco. Quando na situação “pendente”, indica a
existência de algum indício de desatualização. Permanece assim até
à data limite indicada no sistema. Se não for atualizado, nessa data
migra para a situação “desatualizado”.
Caso o cliente esteja com seu CPF ou CNPJ irregular, o cadastro
assume a situação “bloqueado”. Caso esteja com todos os produtos
encerrados no Banco, a situação passa para “inativo”.
“Em estoque” é uma situação que engloba todos os cadastros
que, em 29.02.2004, encontrava-se em alguma das situações pen-
dente, desatualizado, bloqueado, inadimplente ou inativo e que per-
manecem sem regularização.
2 – C
Algumas situações requerem a revisão do cadastro, independen-
temente do tipo e dos prazos. É o caso, por exemplo, do estabele-
cimento ou revisão do limite de crédito, ocasião em que a empre-
sa, seus sócios, dirigentes e representantes devem ter seu cadastro
revisado.
A confirmação de dados cadastrais deve ser feita por funcionário
comissionado da agência detentora do cadastro.
3 – C
A unificação cadastral exige cuidados extremos. É preciso ter
certeza absoluta de que se trata da mesma pessoa, pois, uma vez
concretizada, não mais será possível reverter o procedimento.
É vedada a unificação de cadastro com CPF ou CNPJ diferentes,
inclusive zerados e isentos, na hipótese de o MCI a ser excluído pos-
suir operações vinculadas ou poderes outorgados.
4 – D
Neste caso, reforçamos o entendimento de que a revisão cadas-
tral, que consiste em verificar todos os dados cadastrais e efetuar
atualizações necessárias, pode ocorrer independentemente do tipo
de cadastro e prazo, quando a situação assim o exigir.
174
5 – E
Resultados de análise de demonstrações financeiras ou de perí-
cias contábeis não podem ser fornecidos a terceiros.
Ao cliente, por força do Código de Defesa do Consumidor, pode
ser facultado o acesso às informações constantes de seu cadastro,
a serem vistas no recinto da agência, mediante requerimento e agen-
damento de dia e hora, ocasião em que ele poderá solicitar eventual
correção de dados, comprovadamente inexatos.
Reclamações de clientes contra informações da Serasa, Cadin,
SCPC ou Bacen, devem ser por ele dirigidas diretamente ao órgão ou
instituição responsável.
6 –E
Quando não constar o nome do pai nos documentos de identifica-
ção do cliente, tal campo poderá ficar EM BRANCO no cadastro. Não
é, portanto, motivo para marcação de irregularidade no cadastro.
7 – B
8 - A
Por determinação do Bacen (Resolução CMN 1.682/90), no caso
de cheques devolvidos pelos motivos 11 a 14, 21, 22 e 31, o Banco
pode prestar as informações abaixo ao beneficiário do cheque, desde
que formalmente solicitadas.
• Nome completo.
• Endereço residencial e comercial do emitente.
• Motivo alegado para a sustação (motivo 21).
Tais informações (e somente essas e nos motivos citados) devem
ser prestadas ao favorecido do cheque ou mandatário legalmente ha-
bilitado ou ao portador, no caso de cheque de até cem reais, desde
que não nominativo.
Sucesso na empreitada!