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Alegria de Felizardo São Omar

Tema: Recolha inicial de informação.

 Clarificaçao do pedido/queixa inicial;


 Formas de recolha da queixa princicipal;
 Formas de tratamento da queixa principal.

Licenciatura em Psicologia Clínica

UNIVERSIDADE ALBERTO CHIPANDE

Pemba, Março de 2022


Alegria de Felizardo São Omar

Tema: Recolha inicial de informação.

 Clarificaçao do pedido/queixa inicial;


 Formas de recolha da queixa princicipal;
 Formas de tratamento da queixa principal.

Licenciatura em Psicologia Clínica

Trabalho a ser apresentado à Universidade


Alberto Chipande, na Faculdade de Ciências
Políticas e Sociais como requisito para
avaliação na Cadeira de Método e Técnicas de
Diagnostico I.

Docente:

Dr. Jorge Daniel Araújo Cofe

UNIVERSIDADE ALBERTO CHIPANDE

Pemba, Março de 2022


Índice
CAPITULO I----------------------------------------------------------------------------------------------------------------1

1.1. Introdução-------------------------------------------------------------------------------------------
--1
1.2. Contextualização-----------------------------------------------------------------------------------2
1.3. Objectivos ------------------------------------------------------------------------------------------------------------3
1.3.1. Objectivo Geral---------------------------------------------------------------------------------------
3
1.3.2. Objectivos específicos----------------------------------------------------------------------------------3
1.4.Metodologia
---------------------------------------------------------------------------------------------------------3
CAPITULO
II-----------------------------------------------------------------------------------------------------4
2.1. Revisão de Literatura--------------------------------------------------------------------------------4
2.2.1. Como deve ser feita a comunicação dos resultados após uma avaliação
psicológica?--------------------------------------------------------------------------------------------------
--4
2.3.
Anamnese------------------------------------------------------------------------------------------------4
2.3.1. O que é anamnese?-------------------------------------------------------------------------------4
2.3.2. Passos para uma boa anamnese----------------------------------------------------------5
2.3.3. Qual a importância da anamnese para a relação médico-paciente?------5
2.4. Anamnese:  Queixa principal  (QP)-----------------------------------------------------------6
2.4.1. O que é queixa principal?-----------------------------------------------------------------------6
2.4.2. Como escrever a queixa principal?--------------------------------------------------------6
2.4.3. O que colocar na queixa principal do paciente?-------------------------------------6
2.5. Laudo psicológic--------------------------------------------------------------------------------------
6
2.5.1.Relatório ou Laudo Psicológico--------------------------------------------------------------6
2.5.2.O que compõe um laudo psicológico?----------------------------------------------------7
2.5.3. Como elaborar um laudo técnico sem erros?-----------------------------------------8
2.5.4. Quantas sessões para fazer um laudo psicológico?------------------------------8
2.5.5. Quem pode dar laudo psicológico?--------------------------------------------------------8
CAPITULO III.
Conclusão---------------------------------------------------------------------------------9
Bibliografia--------------------------------------------------------------------------------------------------
---10
CAPITULO I
1.1. Introdução
Qualquer psicólogo que pretenda trabalhar com avaliações deverá ter em mente as dimensões
técnicas, relacionais, éticas, legais, profissionais e sociais diretamente implicadas em seu
trabalho. Se todas estas percepções caminham juntas e se inter relacionam, é provável que
possamos perceber a infinitude de cuidados e preocupações que devemos ter como profissionais
que buscam, principalmente e acima de tudo, o respeito e a “construção” daquele que nos
procura para se submeter a um processo de Avaliação Psicológica. (Machado, 2007)
(Machado, 2007)Avaliar nunca é simples, nem rápido, nem fácil. A respeito da dimensão
técnica, o psicólogo necessita ter, antes de mais nada, um vasto conhecimento em
relação às técnicas que pretende utilizar, assim como uma possibilidade de crítica
consciente em relação aos instrumentos de avaliação que utiliza (testes, dinâmicas de
grupo, observação, entrevista e outros). Obviamente, a formação dada pelas Faculdades
de Psicologia nesta área é insuficiente para o pleno domínio das técnicas e de si mesmo,
principalmente, porque ainda o nosso ensino é compartimentalizado e a formação
prioriza o aspecto técnico e não o científico em geral. Aprendemos mecanicamente
como aplicar diversas técnicas, mas não experienciamos a integração dos dados obtidos,
a análise acurada dos mesmos, o levantamento de hipóteses a partir dos dados coletados,
a dinâmica, afinal, que sempre estará presente em um processo de avaliação. Sempre,
por melhor que tenha sido a formação do psicólogo, ele deve buscar cursos de pós
formação para aperfeiçoar os seus conhecimentos.

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1.2. Contextualização
A entrevista clínica procura o "encontro" do psicólogo com o indivíduo, proporcionando uma
observação directa dos comportamentos do sujeito e dos seus diferentes modos de reacção.
(Morona., 2007)
Ela é formada por um conjunto de consultas (sessões), ao longo das quais se pretende
realizar a história do sujeito.
(Morona., 2007). A história clínica de um sujeito é composta por imensos elementos, tais
como: a identificação pessoal do sujeito (nome, morada, ocupação, etc.); a queixa
principal (motivo da consulta); a história da doença que o leva à consulta e das doenças
anteriores (mesmo que não sejam do foro psicológico, o psicólogo tem que ter
conhecimento da saúde global do seu paciente); a sua história sexual e conjugal; a
sua situação social e sistema de valores; e, em geral, a sua história familiar (tipo de
relacionamentos, doenças comuns na família, etc.).
Para além da história do sujeito fornecida por ele próprio e pelo testemunho daqueles
que com ele convivem, há também a necessidade de utilizar a introspeção (descrição das
suas próprias experiências, sentimentos e conflitos) para obter as confidências
espontâneas e provocadas que ajudarão na leitura e análise clínica da problemática do
indivíduo.
O psicólogo clínico, ao longo das consultas, terá também de prestar atenção à descrição
geral do sujeito, ou seja, à sua aparência, às suas expressões corporais e faciais, à forma
como se movimenta e comunica, à sua atitude perante o psicólogo, ao seu tipo de humor
e, em geral, a tudo que caracterize o indivíduo, tendo como objetivo um mais fácil e
rápido diagnóstico e tratamento. (Morona., 2007)

1.3. Objectivos

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1.3.1. Objectivo Geral
 Mencionar os passos a serem observados num processo de Avaliação Psicológica.
1.3.2. Objectivos específicos
 Realizar o conceito da Queixa principal.
 Descreever as formas de recolha da queixa principal.

1.4.Metodologia
A pesquisa é um procedimento reflexivo sistemático, controlado e critico, que permite descobrir
novos fato ou dados, relações ou leis, em qualquer campo do conhecimento. Esse procedimento
fornece ao investigador um caminho para o conhecimento da realidade ou de verdades parciais.
(Lakatos, 1991)
A presente pesquisa foi desenvolvida por meio de revisão bibliográfica do tipo
exploratório descritivo transversal, através de levantamento documental cientifico actual
sobre a recolha de informação no processo de avaliação psicológica. Como estratégias
para a busca de referencial bibliográfico foram utilizados artigos e livros disponíveis em
plataformas indexadas digitais da biblioteca virtual em saúde (BVS), Scientific
Eletronic Library Online (SCIELO), Google Académico.
E imprescindível destacar que na busca pelos artigos científicos considerou-se os
seguintes factores de inclusão: ano de publicação no período de 2007 a 2012, literaturas
consideradas clássicas; também não foi feita distinção de género nos sujeitos utilizados
nas pesquisas dos artigos, e como critério de exclusão, artigos que não estivessem
indexados nas plataformas acima supracitadas e que não se atende os critérios de
inclusão.
Sendo assim, neste estudo foram utilizados um total de 5 referências, sendo que todos
foram retirados a partir de artigos científicos.

CAPITULO II

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2.1. Revisão de Literatura
A Avaliação Psicológica é entendida como o processo técnico-científico de colecta de
dados, estudos e interpretação de informações a respeito dos fenómenos psicológicos,
que são resultantes da relação do indivíduo com a sociedade, utilizando-se, para tanto,
de estratégias psicológicas – métodos, técnicas e instrumentos. (Pombal, 2008)

2.2. Passos a serem observados em um processo de Avaliação Psicológica


 Identificar os objectivos da avaliação do modo mais claro e realista possível;
 Proceder a seleção apropriada de instrumentos;
 Aplicar de forma cuidadosa os instrumentos selecionados;
 Fazer a correção dos instrumentos de forma cuidadosa;
 Fazer a cuidadosa interpretação dos resultados;
 Desenvolver o uso criterioso dos dados coletados;
 Produzir o relatório verbal ou escrito.
Muitas vezes a avaliação psicológica é confundida como uma simples aplicação de um
único teste. Porém, para realizá-la existem diversos métodos e técnicas, como por
exemplo: testes psicológicos, dinâmicas de grupo, entrevistas, observação, testes
situacionais, anamneses, entre outros. (Morona., 2007)

2.2.1. Como deve ser feita a comunicação dos resultados após uma avaliação
psicológica?
A comunicação deve ainda apresentar como qualidades: a clareza, a concisão e a
harmonia. A clareza se traduz, na estrutura frasal, pela seqüência ou ordenamento
adequado dos conteúdos, pela explicitação da natureza e função de cada parte na
construção do todo. (Machado, 2007)
2.3. Anamnese
2.3.1. O que é anamnese?
A anamnese é uma entrevista conduzida pelo médico em consultório com o objetivo
de identificar os sintomas do paciente e chegar ao diagnóstico de uma doença.  (Leal,
Dezembro, 2012)

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À medida que contribui para encontrar o método que seja mais eficaz para o seu
paciente, é a base para o diagnóstico, por essa razão ela é tão importante!
O termo “anamnese” se origina de “ana = trazer de volta”, “recordar” e “mnese” =
“memória”. Significa, em suma, trazer de volta à mente os fatos relacionados com a
pessoa e suas manifestações de doença. (Leal, Dezembro, 2012)
De acordo com a pesquisadora Paula Martins Balduino, a anamnese tem como objetivo
alcançar uma boa relação entre médico e paciente,  que objetiva o vínculo, a adesão ao
tratamento, a confiança e maior fidedignidade das informações prestadas pelo paciente. 

2.3.2. Passos para uma boa anamnese.


Nesse sentido, é indispensável que, durante o atendimento, você siga esse a passo:
Primeiro passo: Crie um diálogo aberto e franco com o seu paciente;
Segundo passo: Esteja disposto a ouvi-lo, deixe que o seu paciente conte tudo e não
esconda nada!
Terceiro passo: Interrompa-o o mínimo possível;
Quarto passo: Mostre que está interessado não só na doença em si, isso é fundamental
para um atendimento mais humano;
Quinto passo: Seja profissional, tenha controle emocional, dignidade e a confiabilidade
do sigilo das informações que o seu paciente compartilhou.
A partir dessa conversa inicial, o médico colhe dados e informações relevantes do seu
paciente, para que, no momento certo, esses dados sejam cruciais para encontrar a
melhor conduta terapêutica.
Uma boa anamnese é composta por alguns elementos indispensáveis, portanto, reúna
tudo o que se precisa saber sobre o seu paciente num único lugar, mantendo o foco em:
queixa principal (QP), Histórico familiar e nas patologias Pregressas.
Se você está em busca de dicas práticas de como fazer uma boa anamnese a partir da
perspectiva do paciente, temos de usar palavras como:  você está no lugar certo!

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2.3.3. Qual a importância da anamnese para a relação médico-paciente?
 Traz o benefício do exercício de uma prática médica mais humanizada”.
 Entrevista clínica é o primeiro contacto entre médico e paciente, estabelecendo-
se, então, uma relação de proximidade. Mais do que isso,  a humanização do
atendimento já começa na anamnese do paciente. 

2.4. Anamnese:  Queixa principal  (QP)


2.4.1. O que é queixa principal?
Queixa principal é uma afirmação breve e espontânea, geralmente um sinal ou um
sintoma, nas próprias palavras da pessoa, que é o motivo da consulta. Geralmente, é
uma anotação entre aspas para indicar que se trata das palavras exatas do paciente.
(Morona., 2007)

2.4.2. Como escrever a queixa principal?


A queixa principal deve ser anotada da forma como o paciente falou, ou seja, você não
usa termos técnicos, deve ser ESCRITA COM AS PALAVRAS DELE.
Para a Queixa Principal (QP) use perguntas como: “o que trouxe o senhor/a senhora até
aqui?”; “como posso te ajudar?”, “Conte-me o que está acontecendo?” e coloque o
relato do paciente entre aspas.
Você pode usar a pergunta mais clássica: “como posso te ajudar?” ou “o que você está
sentindo?”, além de poder personalizá-las de acordo com as suas necessidades.
Vale lembrar que, nesse processo, você registra a queixa do paciente com as mesmas
palavras que ele usou, ou seja, nada de termos técnicos, apenas transcreva o que o
paciente disse.

2.4.3. O que colocar na queixa principal do paciente?


A Queixa Principal (QP)  é o momento para perguntar ao paciente o motivo dele ter
procurado ajuda médica, isso significa que o médico precisa extrair do paciente
o motivo principal da sua presença no consultório.  

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Já vamos avisando que criar um roteiro de anamnese não é tarefa simples e requer
dedicação total do profissional de saúde.

2.5. Laudo psicológico.


2.5.1.Relatório ou Laudo Psicológico
O relatório ou laudo psicológico é uma apresentação descritiva de situações e/ou
condições psicológicas e suas determinações históricas, políticas e culturais,
pesquisadas no processo de avaliação psicológica. (Machado, 2007). Ele deve ser
subsidiado em dados colhidos a luz de um instrumental técnico (entrevistas, dinâmicas,
testes, observações, exames psíquicos, intervenção verbal) consubstanciado em
referencial técnico filosófico e científico adotado pelo psicólogo.

2.5.2.O que compõe um laudo psicológico?


Os elementos que compõem o laudo psicológico são: identificação, descrição da
demanda, procedimentos, análise e conclusão.
Vejamos o que cada uma dessas etapas deverá abordar.
Identificação:
 auto/relator - quem elabora;
 Nome e CRP;
 Interessado - quem solicita;
 Empresa, cliente, justiça;
 Assunto / Finalidade - qual a razão;
 Motivo do pedido.
Descrição da Demanda:
 Narração das informações referentes à problemática apresentada e dos motivos,
razões e expectativas que produziram o pedido do documento;
 Apresentar a análise que se faz da demanda de forma a justificar o procedimento
adotado.
Procedimento:

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 Apresentação dos recursos e instrumentos técnicos utilizados para coletar as
informações à luz do referencial técnicofilosófico que os embasa.
Análise:
 Exposição descritiva de forma metódica, objetiva e fiel dos dados colhidos e das
situações vividas relacionadas à demanda em sua complexidade;
 Na análise deve ser apenas relatado o que for necessário para o esclarecimento do
encaminhamento ou da conclusão.
Conclusão:
 Resultado e/ou considerações a respeito de sua investigação a partir das referências
que subsidiaram o trabalho;
 Deve-se acrescentar, ao fim, o local, data de emissão e identificação do psicólogo
(nome, sobrenome e CRP), bem como sua assinatura.

2.5.3. Como elaborar um laudo técnico sem erros?


1. Identifique o problema do cliente.
2. Defina a estrutura do laudo.
3. Dê atenção à formatação.
4. Faça um planejamento.
5. Fique atento à linguagem.
6. Capriche no levantamento de dados.
7. Apresente provas.
8. Um laudo mais curto é um laudo melhor.

2.5.4. Quantas sessões para fazer um laudo psicológico?


Para este tipo de avaliação, é necessário levar em consideração o comprometimento do
paciente com o processo, por isso, a avaliação pode durar em média 05 a 10 sessões,
dependendo do caso do paciente.

2.5.5. Quem pode dar laudo psicológico?


O laudo poderá ser emitido pelo psicólogo que faz acompanhamento e seu psiquiatra.
Ambos são importantes. Pra fins de comprovação junto ao INSS um laudo médico -

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psiquiatra - é primordial, e um laudo psicológico também deve ser apresentado. Mas é
muito importante iniciar um tratamento adequado.

CAPITULO III. Conclusão.


Registe-se que todo o processo da entrevista clínica é levado a cabo na mais completa
privacidade e encarado como um processo confidencial.

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Nesta prática clínica, o tipo de psicoterapia depende da especialização do psicólogo
clínico. Este pode ser um profissional da psicanálise (ciência que assenta na
interpretação do inconsciente) ou, por exemplo, ser um especialista da psicologia
comportamental (que se baseia na aplicação dos princípios e técnicas de aprendizagem).
A anamnese é uma parte fundamental não só no exame clínico, como também na
construção da relação médico-paciente.
Isso porque, além do exame físico, o médico realiza uma série de perguntas pessoais em
busca de construir o histórico do paciente.

Bibliografia
Lakatos, E. M. (1991). Fundamentos de metodologia cientifica. (3 ed.). (Atlas, Ed.) Sao Paulo.

Leal, I. M. (Dezembro, 2012). Análise qualitativa de relatórios de avaliação psicológica.

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Machado, A. P. (2007). Manual de Avaliação Psicológica.

Morona., V. C. (2007). Psicologia aplicada. I. (21 ed.).

Pombal, B. M. (2008). A importância da recolha de dados na avaliaçao de servio de


documentaçao e informaçao. porto.

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