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Faculdade UnYLeYa

Curso de Pós-graduação em Neuropsicologia


Liercio Pinheiro de Araújo

ELABORAÇÃO DE MAPAS COGNITIVOS COMO INSTRUMENTO DE


AVALIAÇÃO EM NEUROPSICOLOGIA COGNITIVA

Brasília
2018
Faculdade UnYLeYa
Curso de Pós-graduação em Neuropsicologia
Liercio Pinheiro de Araújo

ELABORAÇÃO DE MAPAS COGNITIVOS COMO INSTRUMENTO DE


AVALIAÇÃO EM NEUROPSICOLOGIA COGNITIVA

Projeto de pesquisa apresentado à


Faculdade UnYLeYa como parte integrante
do conjunto de tarefas avaliativas da disciplina
Metodologia da Pesquisa e da Produção Científica.
Nome do Tutor: Prof. Fábio Ferreira da Silva

Brasília
2018
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SUMÁRIO

Introdução ................................................................................................ 4

Revisão de literatura ................................................................................ 6

Metodologia.............................................................................................. 8

Referências bibliográficas...................................................................... 11

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INTRODUÇÃO

Tema:
Elaboração de mapas cognitivos como instrumento de avaliação em neuropsicologia
cognitiva

Problema de pesquisa:
As representações gráficas imaginárias que temos do mundo, conhecidas como
Mapas Cognitivos, podem ser utilizadas como instrumento de avaliação
neuropsicológica?

Objetivo Geral:
Compreender como a utilização de mapas cognitivos podem ser utilizados como
fundamento para a avaliação neuropsicológica cognitiva.

Objetivos Específicos:

- Compreender a relação dos processos cognitivos no desenvolvimento do indivíduo;

- Desenvolver um suporte teórico para a utilização dos mapas cognitivos como modelos
de avaliação neuropsicológica;

- Analisar como os mapas cognitivos definem as representações imaginárias que temos


do mundo.

Justificativa:

A proposta deste trabalho de pesquisa vem da necessidade de propor um


modelo de avaliação da realidade psicológica para ajudar no desenvolvimento de um
instrumento de avaliação neuropsicológica cognitiva. Levando em consideração que os
modelos propostos até agora, que visam articular o desenvolvimento cognitivo e o
processo de avaliação, apresentam limitações resultantes da complexidade que
englobam os processos psicológicos básicos, principalmente no que se refere a
atenção, percepção, memória e pensamento, faz-se necessário instrumentos que
possam ser utilizados por neuropsicólogos no auxilio do processo de avaliação
cognitiva. Possivelmente a principal dificuldade na estruturação desses processos
psicológicos advém da multiplicidade de informações e estruturas de conhecimento que
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são ativadas em tais processos. Os mapas cognitivos poderão facilitar a expressão
gráfica da realidade vivida pelo indivíduo facilitando a avaliação das estruturas
cognitivas.

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REVISÃO DE LITERATURA

A concepção de cognição apresentada nos últimos anos vem sendo difundida


objetivando agregar as emoções como um processo significativo ao conhecimento
humano. Ultimamente diversos estudos têm sido desenvolvidos abordando as ideias
concernentes às emoções e a sua relevância para o constructo inteligência.

A cognição é um conceito geral que alcança todas as formas de conhecimento,


inclusos a percepção, o raciocínio e o julgamento. Esta pesquisa apresenta os mapas
cognitivos, que podem ser percebidos como representações gráficas de conjuntos de
representações discursivas feitas por um sujeito (o ator) com vistas a um objeto (o

Conforme (KELLY, 1955 apud PIDD 2010), o sistema de constructos de cada


pessoa se relaciona diretamente com as escolhas que faz de como agir frente aos
acontecimentos. Portanto, entender o sistema de constructos de uma pessoa é uma
forma de entender como ela experiência o mundo e se comporta frente aos
acontecimentos.

O mapeamento cognitivo de (EDEN, 1988), que se fundamenta na teoria de


constructos pessoais de (KELLY, 1995), apresenta como pressuposto três afirmações
chaves (EDEN, 1988) conforme descrito pelo autor: primeiro, o homem está sempre
buscando explicar seu mundo, isto é, porque ele está como está, o que o tornou assim,
etc.; segundo, o homem faz sentido de seu mundo através de contrastes e
similaridades, isto é, para o homem, o significado de algo se deriva do relativismo e
terceiro, ao buscar compreender o significado de seu mundo, o homem organiza seu
sistema de construtos. Nesta mesma concepção, (COLEN ,1995 apud CROPPER e
FORTE, 1997) propõe que o mapeamento cognitivo pode ser visto como uma tentativa
de isolar e representar os constructos de uma pessoa e dispô-los de uma maneira
hierarquizada.

Gardner (1995) em sua teoria sobre as múltiplas inteligências ampara a ideia de


que a inteligência tem muitas facetas. As mais relevantes, para o presente trabalho, são

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a interpessoal e a intrapessoal. A inteligência interpessoal está relacionada com as
habilidades de demonstrar empatia ou compreensão com as outras pessoas. A
inteligência intrapessoal está relacionada com as habilidades de autoconhecimento,
compreensão dos seus próprios sentimentos e emoções e do reconhecimento de seu
valor social. Para o autor supracitado, o desenvolvimento destes dois tipos de
inteligência é tão importante como o desenvolvimento daquelas mais privilegiadas pelo
ensino tradicional, a lingüística e a lógico-matemática. Poderiam ser considerada como
duas facetas da inteligência emocional proposta por Goleman (1995).

Além disto, nos últimos anos, observamos empenhos para incorporar emoções
nos modelos artificiais de inteligência. Muitos trabalhos vêm empregando teorias e
modelos psicológicos das emoções como pedra angular para criação de robôs ou
agentes virtuais com emoções. Apesar disto, um modelo preciso dos processos
emocionais ainda não foi proposto. As limitações dos modelos psicológicos são
repetidas nos modelos artificiais. Possivelmente a principal dificuldade na modelagem
das emoções advém da multiplicidade de informações e estruturas de conhecimento
que são ativadas em tais processos. Emoções não são elementos isolados, mas elas
tomam parte do processamento cognitivo como um todo. Outras pesquisas em
Inteligência Artificial e em Psicologia da Cognição devem ser realizadas com o intuito de
se descobrir um modelo mais apropriado para o processamento cognitivo.

A cognição é um conceito geral que alcança todas as formas de conhecimento,


incluídos a percepção, o raciocínio e o julgamento. Os mapas cognitivos podem ser
percebidos como representações gráficas de conjuntos de representações discursivas
feitas por um sujeito (o ator) com vistas a um objeto (o problema), em contextos de
interações particular, conforme aponta Sternberg (2009).

Ao estudarmos os processos cognitivos subjacentes aos mapas cognitivos,


alguns autores consideram estruturas de conhecimento, como objetivos, modelos do
eu, modelos do mundo, modelos dos outros, crenças etc., partes importantes do
processamento cognitivo, motivacional e emocional.

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METODOLOGIA

O presente trabalho fará uso de material bibliográfico e documental. O mesmo


será de cunho qualitativo numa perspectiva de uma ciência teórica. A pesquisa
documental assemelha-se muito à pesquisa bibliográfica. A pesquisa bibliográfica
utiliza-se fundamentalmente das contribuições dos diversos autores sobre determinado
assunto, enquanto a pesquisa documental utiliza-se de materiais que não receberam
tratamento analítico. As fontes de pesquisa documental são mais diversificadas e
dispersas do que as da pesquisa bibliográfica.

Conforme Gil (2001), na pesquisa documental existe documentos de primeira


mão, ou seja, aqueles que não receberam nenhum tratamento analítico tais como os
documentos conservados em órgãos públicos e instituições privadas, e os documentos
de segunda mão que de alguma forma já foram analisados tais como: relatórios de
pesquisa; relatórios de empresas; tabelas estatísticas e outros.

Segundo o mesmo autor, há vantagens e limitações neste tipo de pesquisa: Os


documentos constituem-se fonte rica e estável de dados; baixo custo, pois exige
praticamente apenas disponibilidade de tempo do pesquisador, não exige contato com
os sujeitos da pesquisa.

Como limitação, as críticas mais freqüentes referem-se à não representatividade


e à subjetividade dos dados.

Para Lüdke (1986, p.38),

"a análise documental pode se constituir numa técnica valiosa de


abordagem de dados qualitativos, seja complementando as
informações obtidas por outras técnicas, seja desvelando
aspectos novos de um tema ou problema."

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Alguns autores divulgam que pesquisa documental e pesquisa bibliográfica são
sinônimas. Por exemplo, Appolinário (2009) no Dicionário de Metodologia Científica
descreve o seguinte: pesquisa documental: (bibliographical research,; documental
research); pesquisa bibliográfica: (bibliographical research,; documental research).
Pesquisa que se restringe à análise de documentos. Além disso, ele faz a indicação
para ver também as estratégias de coleta de dados.

Tanto a pesquisa documental quanto a pesquisa bibliográfica têm o documento


como objeto de investigação. No entanto, o conceito de documento ultrapassa a idéia
de textos escritos e/ou impressos. O documento como fonte de pesquisa pode ser
escrito e não escrito, tais como filmes, vídeos, slides, fotografias ou pôsteres. Esses
documentos são utilizados como fontes de informações, indicações e esclarecimentos
que trazem seu conteúdo para elucidar determinadas questões e servir de prova para
outras, de acordo com o interesse do pesquisador (FIGUEIREDO, 2007). Concebendo
essa dimensão fica claro existir diferenças entre pesquisa documental e pesquisa
bibliográfica.

A organização do material será primordial para o processo de análise, tornar-se-


á indispensável olhar para o conjunto de documentos de forma analítica, buscando
averiguar como poderia proceder para torná-lo inteligível. Todos os documentos textos
fichados serão arquivados em pastas ao mesmo tempo em que daremos
prosseguimento a análise do material. O critério estabelecido para tal organização será
a fonte documental. As leituras e fichamentos terão papel central nessa fase. Para cada
documento será criada uma ficha de leitura contendo resumo dos relatórios e fichas de
ocorrência, além de algumas transcrições de trechos que poderiam ser utilizados
posteriormente.

Organizar o material significa processar a leitura segundo critérios da análise de


conteúdo, comportando algumas técnicas, tais como fichamento, levantamento
quantitativo e qualitativo de termos e assuntos recorrentes, criação de códigos para
facilitar o controle e manuseio. Dessas ações, no estudo que será realizado,
estabeleceremos dois quadros. O primeiro deles sintetizará a classificação realizada
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sobre todo o material obtido e o segundo o desenvolvimento de propostas teórico-
metodológicas conforme o objetivo proposto.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDERSON, J. R. Psicologia Cognitiva e suas implicações experimentais. Rio de


Janeiro: LTC, 2010.

APPOLINÁRIO, F. Dicionário de metodologia científica: um guia para a produção do


conhecimento científico. São Paulo, Atlas, 2009.

AUSUBEL, D. P. Aquisição e Retenção de Conhecimentos: Uma Perspectiva Cognitiva.


Lisboa: Plátano Edições Técnicas, 2006.

FIGUEIREDO, N. M. A. Método e metodologia na pesquisa científica. 2a ed. São


Caetano do Sul, São Paulo, Yendis Editora, 2007.

GARDNER, H. Inteligências Múltiplas: a teoria na prática. Porto Alegre: Artes Médicas,


1995.

GADOTTI, M. Perspectivas atuais da educação. Porto Alegre, Ed. Artes Médicas,2000.

GIL. S. Pesquisa Documental em Ciências Humanas. São Paulo: Atlas, 2002.

GOLEMAN, D. O Espírito criativo. São Paulo: Cultrix, 1995.

KELLY, A. Processos cognitivos. São Paulo Vozes, 1995.

LÜDKE, K. J. Metodologia da Pesquisa Documental. São Paulo: Artmed, 1986.

MATURANA, H. Cognição, Ciência e Vida Cotidiana. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2006.

MONTIBELLER, G., N. Mapas Cognitivos: Uma Ferramenta de Apoio à Estruturação de


Problemas, Dissertação (mestrado), Universidade Federal de Santa Catarina, 1996.

NOVAK, J.D. Conocimiento e Aprendizaje: Los mapas conceptuales como herramientas


facilitadoras para escuelas y empresas. Madrid: Editorial Alianza, 2010.

PIDD, A. Mapas cognitivos. São Paulo: Artmed, 2010.

STERNBERG, R. Psicologia Cognitiva. São Paulo: Artmed, 2009.

TULVING, E. Memória e Consciência. São Paulo: ArtMed,, 2002.

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