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INTRODUÇÃO
A avaliação psicológica tem uma relevância histórica no desenvolvimento da Psicologia como
ciência e como profissão. No Brasil, essa área foi incluída na própria Lei Federal n° 4.119
(1962), que regulamentou a profissão de psicólogo no país. Assim, o Conselho Federal de
Psicologia (CFP) considera que os testes psicológicos se constituem em métodos ou técnicas
de uso privativo dos psicólogos (Resolução N° 009, de 25 de abril de 2018).
Os testes psicológicos são de grande importância para a atuação do psicólogo. Os testes têm
objetivo de identificar, descrever, qualificar e mensurar características psicológicas, por meio
de procedimentos sistemáticos de observação e descrição do comportamento humano, nas
suas diversas formas de expressão (Conselho Federal de Psicologia, 2018). Considerados
como fontes fundamentais de informação do processo de avaliação psicológica (AP)
(Conselho Federal de Psicologia, 2018), os testes psicológicos também permitem a
operacionalização de diferentes hipóteses teóricas (Borsa & Damásio, 2017; Primi, 2010),
favorecendo a consolidação das teorias psicológicas. Importante destacar ainda que a
mensuração, por si só, permite a ampliação das redes nomológicas dos construtos de interesse.
Isso é particularmente importante no momento histórico atual, no qual, a prática profissional
baseada em evidências empíricas deve ser fortemente incentivada.
Na sociedade atual, a avaliação da qualidade de produtos e serviços tem aumentado de forma
intensa. Considerando as consequências que os testes podem causar na vida dos indivíduos e
grupos avaliados, bem como a ênfase na qualidade dos serviços na sociedade atual, a atenção
crescente pela qualidade dos testes é uma exigência lógica e diz respeito ao empenho da
psicologia pela profissionalização (Evers, 2012).
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DESENVOLVIMENTO

História da avaliação psicológica


O surgimento e desenvolvimento dos testes psicológicos tiveram lugar no século XIX, sendo
Francis Galton, James Cattel e Alfred Binet seus principais fundadores.
A década de Galton: 1880. Os trabalhos do inglês Francis Galton visavam à avaliação das
aptidões humanas por meio da medida sensorial. Que houve enorme impacto tanto
na orientação mais prática da Psicometria, quanto na teórica, acreditava que as operações
intelectuais eram sensoriais medidas pelos sentidos.

A década de Cattell:1890. James McKeen Cattell era eugenista influenciado pelas teorias de
Darwin, sob a influência de Galton, Cattell desenvolveu suas medidas das
diferenças individuais e apresentou sua experiência no Mental Tests and Measurements,
de 1890, inaugurando a terminologia de mental test (teste mental).

A década de Binet: 1900. Nessa década predominaram os interesses da avaliação das aptidões
humanas visando à predição na área acadêmica e na área da saúde. Alfred Binet e Victor Henri
(1896) começaram com uma séria crítica a todos os testes até então utilizados, afirmando que
eles eram puramente medidas sensoriais. Binet e Simon (1905: revisto em 1908 e 1911)
desenvolveram seu famoso teste de 30 itens para cobrir uma gama variada de funções (como
julgamento, compreensão e raciocínio) com o objetivo de avaliar o nível de inteligência de
crianças e adultos, por meio do qual estavam especialmente interessados em detectar o
retardo mental, ou melhor, identificar estudantes que necessitavam de ajuda especial para lidar
com o currículo escolar. Essa orientação de Binet e Simon em elaborar testes de conteúdo mais
cognitivo e não sensorial.

Satepsi – Sistema de Avaliação de Testes


Nos anos 1980, a sociedade brasileira iniciou uma grande crítica ao uso de testes psicológicos.
No jornal Folha de São Paulo (1980) apareceu uma reportagem de página inteira com o título
“as empresas aposentam os testes”, provocando pânico na classe dos psicólogos.
Em 1998, o então presidente Fernando Henrique Cardoso vetou a necessidade do psicotécnico
incluída no novo Código de Trânsito Brasileiro (CTB), veto que foi em seguida suspenso dada
a reação de lobby dos psicólogos. Diante de tais reações da sociedade, o Conselho Federal de
Psicologia (CFP) iniciou movimentos para enfrentar tal situação dos testes psicológicos.
Já em 1981, o CFP constituiu uma comissão de seis peritos na área para estudar e recomendar
medidas com respeito aos testes psicológicos. O relatório da comissão não produziu efeitos e
ela foi renovada em 1986, cujo relatório também não produziu efeitos eficazes. Após várias
outras tentativas, finalmente o CFP, em 1997, divulgou o documento Notas para orientar a
intervenção do CFP na questão dos instrumentos de avaliação psicológica, propondo a criação
de uma câmara nacional (Câmara Setorial Interinstitucional dos Instrumentos de
Avaliação Psicológica) para construir uma política nacional para os instrumentos, em
2003 criação da satepsi.
Satepsi é a plataforma informatizada de avaliação de instrumentos desenvolvido pelo Conselho
Federal de Psicologia (CFP) para avaliar a qualidade técnico-científico de testes psicológicos.
Outra função é divulgar informações sobre as condições do uso profissional de instrumentos
psicológicos à comunidade e aos profissionais da área.
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Fontes de investigação psicológica: Fundamentais e complementares


Fontes fundamentais para investigação e informação são: Testes psicológicos aprovados pelo
CFP – Conselho Federal de Psicologia, para uso profissional da psicologia e do psicólogo;
Entrevistas psicológicas, anamnese; Protocolos ou registros de observação de
comportamentos obtidos individualmente ou por meio de processo grupal; Técnicas de
grupo.
Consideram-se fontes complementares de informação: Técnicas e instrumentos não
psicológicos que possuam respaldo da literatura cientificam da área e que respeitem o Código
de Ética e as garantias da legislação da profissão; Documentos técnicos, tais como protocolos
ou relatórios de equipes multiprofissionais.

Antes de elaborar um processo de avaliação psicológica:


Qual o objetivo da avaliação?
Quem será avaliado?
Quais construtos vou avaliar?
Qual a importância de avaliar esses construtos na demanda apresentada?
Qual o nível de desejabilidade social implicado nessa avaliação?
Meu preparo para usar os recursos necessários é adequado?

Caracterização de tipos de observação e de testes psicológicos


Os testes psicológicos podem ser classificados em três categorias principais com base na
forma como coletam informações e nas respostas esperadas dos participantes: testes objetivos,
testes projetivos e testes expressivos.
Os testes objetivos são estruturados de forma clara e direta, com perguntas ou declarações
específicas para as quais os participantes fornecem respostas definidas. Essas respostas são
quantificáveis e podem ser facilmente comparadas e analisadas estatisticamente.
O teste projetivo é livre, terá um estímulo seja uma imagem, uma frase, algo que faça com
que o testando crie uma resposta para o estímulo dado.
Os testes expressivos são uma categoria menos comum, mas também importante, de testes
psicológicos. Eles se concentram na expressão criativa e artística dos sentimentos e
pensamentos dos participantes.
É importante observar que os testes projetivos e expressivos tendem a ser mais subjetivos em
termos de interpretação e podem depender em grande parte da habilidade e experiência do
psicólogo para analisar as respostas. Por outro lado, os testes objetivos são mais padronizados
e objetivos em sua análise. A escolha do tipo de teste depende dos objetivos da avaliação e da
necessidade de insights específicos sobre a pessoa sendo testada.

Alguns testes e onde são utilizados:

• Personalidade (Paleográfico/ Zulliger)


• Aptidão/Habilidades Especificas (AC/ BFM1)
• Inteligência/ cognição (R-1/ Wisc IV)
• Avaliação clínica/família/estresse (EBADEP-A/ HTP/ETDAH-AD)
• Neuropsicológicos (NEOPSILIN/VINELAND)
• Organizacionais (DTO-2/CLIMOR)
• Profissionais/ Orientação Vocacional (EMEP/QUATI)
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• Psicopedagógicos (PROTEAR-R/ ENELE)


Utilizados em diversos processos como vestibular, orientação
vocacional, psicopedagógico, seleção, diagnóstico psicológico, perícia,
autoconhecimento, psicotécnico, DETRAN, polícia federal.

A observação direta é uma técnica de coleta de dados amplamente utilizada em diversas áreas,
como pesquisa científica, psicologia, educação, sociologia e etnografia. Existem diferentes
abordagens para a observação direta, incluindo a observação naturalista e a observação com
intervenção participante, que pode ser explicita ou implícita.
A observação naturalista envolve a observação de eventos ou comportamentos em seu ambiente
natural, sem a interferência do pesquisador. É uma técnica não intrusiva que visa capturar o
comportamento autêntico das pessoas ou fenômenos em seu contexto real.
A observação com intervenção participante envolve a presença do pesquisador no ambiente de
observação, mas com diferentes níveis de interação com os participantes. Existem duas formas
principais de intervenção participante:

Intervenção Participante Explícita: Onde o pesquisador interage ativamente com os


participantes, muitas vezes participando das atividades ou conversas observadas. Isso pode
incluir fazer perguntas, participar de discussões ou até mesmo se envolver diretamente nas
atividades.
Intervenção Participante Implícita: Aqui, o pesquisador está presente no ambiente, mas sua
interação com os participantes é limitada ou não interfere diretamente nas atividades
observadas. O pesquisador age mais como um observador passivo.

A observação naturalista é mais observacional e não intrusiva, enquanto a intervenção


participante, seja explícita ou implícita, envolve a presença ativa do pesquisador no ambiente.
A observação com intervenção estruturada é realizada no campo, combina elementos de
observação naturalista com intervenção participante, mas com um foco na aplicação de uma
estrutura predefinida ou protocolo durante a observação em um ambiente natural.
Características da Observação com Intervenção Estruturada no Campo: Estrutura previa,
ambiente natural, intervenção controlada, coleta de dados sistemática e análise posterior.
A observação indireta por traços físicos e registros arquivísticos refere-se a uma técnica de
coleta de dados na qual o pesquisador coleta informações sobre eventos, fenômenos ou
comportamentos observando traços físicos ou registros previamente documentados, em vez de
observar diretamente as ocorrências em tempo real. Essa abordagem é valiosa quando a
observação direta não é possível devido as limitações de tempo, acesso, custo ou ética. Ela
permite que os pesquisadores obtenham informações significativas sobre eventos ou
comportamentos passados, desde que os traços físicos ou os registros arquivísticos
estejam disponíveis e bem preservados.
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A observação sistemática e assistemática são duas abordagens diferentes para coletar


informações ou dados por meio da observação. Cada uma tem suas próprias características e
aplicabilidades.
A observação sistemática refere-se a uma abordagem organizada e planejada para coletar
dados por meio da observação. Envolve a criação de um protocolo ou plano de observação
antes do início da coleta de dados.
A observação assistemática, por outro lado, é uma abordagem não planejada ou não
estruturada para coletar dados por meio da observação. Ela ocorre de forma mais casual, sem
um protocolo rigoroso.
Comparação:
- Sistemática: É altamente estruturada, objetiva e planejada, com critérios de observação
claros. É útil quando se deseja coletar dados de maneira precisa e padronizada.

- Assistemática: É menos estruturada e mais flexível, permitindo uma abordagem mais


subjetiva. É útil quando se busca uma compreensão mais aberta e exploratória de um
fenômeno, mas pode ser menos precisa.

As implicações, éticas, legais e sociais dos instrumentos de investigação psicológica


Relatório Belmont: O Belmont Report, é um documento central no campo da ética de pesquisa
e pesquisa envolvendo seres humanos, que estabelece princípios éticos para a pesquisa
envolvendo seres humanos, enfatiza a importância de respeitar os direitos e o bem-estar das
pessoas que participam da pesquisa e ajuda a garantir que a pesquisa seja conduzida de maneira
ética e responsável.
Foi publicado pela Comissão Nacional para a Proteção dos Sujeitos Humanos na Pesquisa
Biomédica e Comportamental em 1979. Este relatório é nomeado após o Centro de
Conferências Belmont, onde a comissão se reuniu.
É considerado um documento fundamental em bioética e teve um impacto significativo no
desenvolvimento de padrões éticos e regulamentações para a pesquisa em seres humanos em
todo o mundo.
O Relatório Belmont se baseia em três princípios éticos fundamentais: Respeito pelas pessoas,
beneficência e justiça.
A Avaliação Psicológica é um processo técnico e cientifico realizado com pessoas ou grupos
de pessoas que, de acordo com cada área do conhecimento e com as demandas exigidas, requer
metodologias especificas.
A Avaliação Psicológica, destaca a normativa, é um processo estruturado de investigação de
fenômenos psicológicos para prover informações à tomada de decisão (no âmbito individual,
grupal ou institucional) com base em demandas, condições e finalidades específicas. A
avaliação psicológica é dinámica e constitui-se em fonte de informações de caráter explicativo
sobre as fenomenos psicológicos, com a finalidade de subsidiar os trabalhos nos diferentes
campos de atuação do psicólogo- dentre eles, clinico, saúde, educação, trabalho, contextos de
avaliações compulsorias e outros setores em que ela se fizer necessária.
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A avaliação psicológica, na sua vertente prática, tem três grandes fases: os procedimentos, os
processos, e o uso dos resultados.
No procedimento e processo deve-se garantir que as técnicas de avaliação e/ou os
instrumentos utilizados são os mais válidos para responder à questão para que a avaliação foi
concebida;
A aplicação das técnicas deve respeitar critérios éticos que estão universalmente definidos
para a avaliação psicológica.
Os resultados que incluem: as consequências da avaliação, que devem responder
apropriadamente à questão que deu origem à avaliação psicológica, e o respeito ético no uso
desses resultados.

A caracterização geral de Ética baseia-se nos seguintes pressupostos: Liberdade,


conhecimento, consciência, ato humano, a responsabilidade.

Ética no processo de avaliação psicológica

1 - Selecionar os melhores instrumentos disponíveis, de acordo com os objetivos da


avaliação;
2 - Avaliar as características psicométricas dos testes: - Fidedignidade (o teste é estável
no tempo ou se todos os itens de fato avaliam a mesma coisa?); - Validade (o teste mede
o que se propõe a medir?); - Padronização (Há uniformidade dos procedimentos tanto
de aplicação quanto de pontuação do teste?); - Normatização (O teste corresponde
à realidade em que é utilizado?);
3 - Considerar as características específicas do sujeito
4 - Verificar se os manuais possuem todas as informações.

Ética no processo de Administração dos Testes

1- Esclarecer ao examinando os objetivos da avaliação;


2- – Termo de consentimento do examinando ou responsáveis;
3 – Verificar se o ambiente físico possui as condições necessárias;
4- Preparar o material com antecedência;
5 - Desenvolver um relacionamento de confiança com o examinando;
6 – Atentar-se ao comportamento do examinando durante a avaliação, não se ausenta e
nem desviar a atenção;
7- Seguir rigorosamente as orientações do manual;
8 – Responsabilizar-se pela aplicação correta dos testes.
9 – O sigilo das informações obtidas deve ser observado quando não implicar o risco de
vida da pessoa. No entanto, a quebra de sigilo pode se justificar, por exemplo, quando uma
criança é vítima de abuso ou uma pessoa idosa sofre maus tratos.
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É vetado ao Psicólogo:

• Xerocar ou reproduzir material


• Avaliar a distância (exceto para pesquisas)
• Gravar sessões sem o consentimento prévio do examinando
• Substituir o psicólogo por material informatizado
• Utilizar testes sem parecer favorável do SATEPSI

O Artigo 18 do Código de Ética da Psicologia adverte que não se deve divulgar, ensinar, ceder,
emprestar ou vender os instrumentos e as técnicas psicológicas que permitam ou facilitem o
exercício ilegal da profissão. Tampouco ensinar uma pessoa (nem mesmo um membro da
família) a burlar o processo de avaliação psicológica ou ensiná-la a fazer um teste psicológico
em nenhuma circunstância.

O que é Axioma? Axioma é uma ideia, uma premissa ou uma proposição aceita como
verdade. É a base de um sistema dedutivo formal como a matemática. É evidentemente
verdadeiro e tão óbvio que não precisa ser provado. Axioma também pode ser um consenso
inicial de determinado campo de conhecimento. Trata-se da base para a construção de outras
“verdades”, ou melhor, de outros “paradigmas”.

TEORIA CLÁSSICA DOS TESTES - TCT


A teoria clássica dos testes (TCT) foca nos comportamentos observados com base em escores
produzidos pelo instrumento e no erro da medida que apresenta. Aqui, partimos do pressuposto
de que toda medida observada representa o valor real que desejamos medir mais o valor do erro
cometido na medição.
Assim, o modelo proposto é: T = V + E, em que:
“T” é o escore total (chamado também de escore bruto);
“V” é o escore verdadeiro (que desconhecemos, pois seria o próprio “T” se não houvesse o erro
da medida);
“E” é o erro da medida.
Toda medida tem erro. O erro da medida se deve a vieses da pessoa avaliada, eventos
ambientais aleatórios, defeitos do próprio teste, alguns erros desconhecidos ou aleatórios e uma
série de outros fatores.
A preocupação da TCT reside no resultado final dos escores, ou seja, na soma das respostas
dadas aos itens do teste que é expressa no escore total (T). Em um teste de inteligência de 24
itens, por exemplo, cada item acertado pontua com 1 e o item errado não pontua. Oito acertos
significaria um T = 8.
No caso do T = 8, o que isso significaria?
Nesse caso, teríamos que descobrir o escore empírico que se traduz por V = 8 - E. Podemos
representar também por E = 8 - V, ou seja, a diferença é a própria definição do erro da medida
na TCT.
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TEORIA DE RESPOSTA AO ITEM - TRI

A teoria de resposta ao item (TRI) expressa vários modelos psicométricos que estimam a
probabilidade de a pessoa avaliada responder a um item, considerando as características do
item versus os traços latentes da pessoa.
A TRI, com seu modelo de traço latente, busca analisar individualmente as propriedades dos
itens.
Outra vantagem da TRI sobre a TCT é a forma como a última calcula os índices de dificuldade
(taxas de acerto e de erro) e a discriminação (capacidade dos itens discriminarem a habilidade
do sujeito) que dependem, em essência, da amostra normativa com a qual os indicadores foram
calculados.
Na atualidade, a TRI é a principal fonte de evidências da validade dos itens de um teste e da
confiabilidade da medida.

O teste de inteligência que avalia o fator g geralmente é constituído de figuras e ao final é


obtido por meio dos acertos erros e omissão a pontuação do candidato.

Os principais tipos de testes de inteligência disponíveis no mercado são:

• Teste de Inteligência BFM-3 (TRAP),


• Teste de Inteligência Cubos,
• Teste de Inteligência G-36,
• Teste de Inteligência G-38,
• Teste de Inteligência HTM,
• Teste de Inteligência R-1,
• Teste de Inteligência relógios,
• Teste de Inteligência WISC, WAIS, WASI,
• Teste de Inteligência V-47, TI, BETA III.

Todos os tipos de teste de inteligência citados foram aprovados pelo Conselho Federal de
Psicologia.
O teste cognitivo verifica se há problemas de cognição. Cognição é uma combinação de
processos em seu cérebro que está envolvida em quase todos os aspectos de sua vida. Inclui
pensamento, memória, linguagem, julgamento e a capacidade de aprender coisas novas. Um
problema com a cognição é chamado de prejuízo cognitivo. A condição varia de leve a grave.
O teste cognitivo não pode mostrar a causa específica da deficiência. Mas o teste pode ajudar
seu provedor a descobrir se você precisa de mais testes e/ou tomar medidas para resolver o
problema.
Os principais tipos de testes cognitivos disponíveis no mercado são:
- TDRI, HTM
Os testes de habilidades especificas são ferramenta utilizada para avaliar questões
pontuais dos seus clientes como habilidades cognitivas, emocionais e comportamentais dentre
outras. Esses testes são elaborados com base em teorias da psicométricas e medem uma
ampla variedade de traços de personalidade e habilidades cognitivas, incluindo habilidades
verbais e numéricas, atenção, memória, entre outros.
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Os testes mais usados são:

• AC – Atenção concentrada
• Sinos percepção visual
• FDT cinco dígitos – velocidade de processamento
• TAS Atenção seletiva
• BGFM-1 – Atenção difusa
• TEM-R2 – Memória
• Vineland – escala de comportamento
• ISSL - Stress

A Bateria de Provas de Raciocínio (BPR-5), oferece estimativas do funcionamento cognitivo


geral e das habilidades do indivíduo em cinco áreas específicas: raciocínio abstrato, verbal,
espacial, numérico e mecânico. Ela auxilia os psicólogos a tomarem decisões sustentadas na
avaliação das aptidões e raciocínio geral, tais como: orientação profissional, avaliação das
dificuldades de aprendizagem e seleção de pessoal.

Um questionário de autorrelato é um tipo de teste psicológico no qual o paciente preenche


uma pesquisa ou questionário com ou sem o auxílio de um profissional de saúde mental.
Questionários ou inventários geralmente apresentam
questões sobre sintomas, comportamentos e traços de personalidade associados a um ou
vários transtornos mentais ou tipos de personalidade, de forma a facilmente obter
conhecimento sobre quadro mental ou personalidade de um dado indivíduo.

Quais normativas que orientam sobre a elaboração de documentos?


Todo documento escrito decorrente do exercício profissional da(o) Psicóloga(o), nos
mais variados campos de atuação, deve estar pautado nas diretrizes descritas na Resolução CFP
nº 31/2022, que institui regras para a elaboração de documentos escritos produzidos pela(o)
Psicóloga(o) no exercício profissional e revoga as Resoluções CFP nº 15/1996, nº 7/2003 nº
04/2019.
De acordo com a Resolução CFP nº 1/2009 n a guarda de documentos deve ser de 5 anos.

Conforme a Resolução CFP nº 31/2022, o “Prazo de Validade do Conteúdo dos Documentos”


deve ser considerado para os seguintes documentos: Atestado Psicológico, Laudo Psicológico
e Relatório Psicológico.
As modalidades de documento previstas na Resolução CFP nº 31/2022 são: Declaração,
Atestado, Relatório Psicológico, Relatório Multiprofissional, Laudo Psicológico e Parecer
Psicológico. Cada modalidade possui objetivos específicos, conforme descrito na Resolução,
e estes devem ser de conhecimento da(o) profissional.
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Fundamentos das medidas psicológicas


Medir em psicologia envolve a quantificação de características, traços ou construtos
psicológicos, como personalidade, inteligência, emoções, comportamentos, atitudes e
habilidades. A medição é uma parte essencial da pesquisa e da prática em psicologia, pois
permite que os psicólogos obtenham dados objetivos para avaliar e compreender essas
características.
No entanto, medir em psicologia pode ser desafiador por várias razões: Natureza abstrata,
subjetividade, variação individual, respostas sociais e de autopresentação.
Para superar esses desafios, os psicólogos utilizam instrumentos de medida, que são
ferramentas projetadas para coletar dados sobre características psicológicas de maneira
padronizada e consistente. Características de um instrumento de medida incluem:
Confiabilidade, validade, padronização, normas, objetividade.
Os testes são projetados para quantificar aspectos como personalidade, inteligência, habilidades
cognitivas, aptidões, emoções, comportamentos e outros aspectos psicológicos. Aqui estão
algumas características e componentes importantes dos testes psicológicos: Padronização,
unidades de medida, ordem de grandeza.
Exemplos de instrumentos de medida em psicologia incluem testes de personalidade (como o
Teste de Personalidade Palográfico), escalas de avaliação de depressão (como o Inventário de
Depressão de Beck) e testes de inteligência (como o
WAIS Wechsler Adult Intelligence Scale). Esses instrumentos são projetados para medir
características psicológicas de maneira padronizada e são cuidadosamente desenvolvidos e
validados para garantir a confiabilidade e validade de suas medidas.
Os aspectos biopsicossociais e o comportamento desempenham um papel fundamental na
medição e na utilização de escalas de medidas em psicologia. Vamos explorar como esses
elementos estão interligados e como as escalas de medida são aplicadas na prática psicológica.
Ao usar escalas de medidas, os psicólogos levam em consideração os aspectos biopsicossociais
que podem influenciar as respostas dos indivíduos.
Escalas Multidimensionais: Muitas escalas de medida em psicologia são multidimensionais, o
que significa que avaliam diferentes aspectos do construto em questão.
Adaptação Cultural: Escalas de medidas frequentemente são adaptadas para diferentes grupos
culturais, levando em consideração as influências culturais nas respostas dos indivíduos.

Análise Estatística: A análise estatística é usada para avaliar a confiabilidade e validade das
escalas de medidas, garantindo que elas meçam com precisão os construtos pretendidos.
A medição de construtos psicológicos, como inteligência e personalidade, envolve um
processo rigoroso que requer atenção cuidadosa aos detalhes e o uso de instrumentos
adequados.
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Fundamentos de psicometria e propriedades psicométricas: validade, fidedignidade,


padronização e normalização
Os manuais técnicos de testes psicológicos precisam ter o parecer favorável no satepsi, as
evidências de validade e confiabilidade, a padronização do instrumento e as normas.
Os fundamentos da psicometria são essenciais para entender como os testes psicológicos são
desenvolvidos, administrados e avaliados. Três propriedades psicométricas principais que são
fundamentais para a qualidade de um teste psicológico são a validade, a fidedignidade e a
padronização/normatização.

Validade: Refere-se à capacidade de um teste medir aquilo que se propõe a medir de maneira
precisa e confiável. Em outras palavras, um teste é válido quando realmente avalia o construto
ou traço psicológico que se destina a avaliar. A validade é uma propriedade crucial, pois
determina se o teste está medindo de fato o que se pretende avaliar.

Fidedignidade: Refere à consistência e confiabilidade dos resultados de um teste ao longo do


tempo e em diferentes situações. Um teste é considerado fidedigno quando produz resultados
consistentes e estáveis, mesmo quando administrado em momentos diferentes ou por diferentes
examinadores.

Padronização e normatização: São processos essenciais para garantir que os resultados de um


teste sejam interpretados de maneira significativa e comparável. Isso envolve a criação de
normas ou padrões com base na pontuação média e na variabilidade obtidas por uma amostra
representativa da população. Os procedimentos de padronização e normatização permitem que
os resultados individuais de um teste sejam comparados com os resultados típicos da população
de referência. Isso ajuda na interpretação e classificação dos resultados do teste, como percentis
ou escores-z.
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ESTUDO DE CASO 1

1- Identificação

Avaliado: Yasmim Marvila Miguel Data de Aplicação: 28/09 e 05/10 de 2023


Sexo: Feminino Escolaridade: Ensino Medio
Idade: 25 anos Local de Nascimento: Cabo Frio/RJ

2- Resumo do Teste

O BPR-5 originou-se da Bateria de Provas de Raciocínio Diferencial (BPRD) construída por


Almeida (1986, 1988), que, por sua vez, se originou dos Testes de Raciocínio Diferencial de
Meuris (1969). O BPR-5 fundamenta-se em concepções fatoriais recentes sobre a inteligência
(Carrol, 1997), possibilitando a avaliação simultânea do fator g (Spearman, 1927) e de fatores
mais específicos (Thurstone, 1938).
Bateria de Provas de Raciocínio (BPR-5) é de investigação da relação entre variáveis
demográficas e ocupacionais e os desempenhos na referida bateria. O teste é constituído de duas
maneiras: Para estudantes do ensino fundamental, forma A e para estudantes do ensino médio,
forma B. Cada possui 5 subtestes, que possuem 115 itens que procuram medir as capacidades
de Raciocínio Verbal (RV), abstrato (RA), espacial (RE), numérico (RN) e mecânico (RM).
Em algumas avaliações não se utiliza o RM, sendo aplicado somente de acordo com a demanda
e finalidade da aplicação do teste.
Com base nas Tabelas disponível no manual, o resultado bruto na bateria poderá ser convertido
em EPN e Percentil para cada tipo de raciocínio, nisso a classificação do escore geral é realizada
de acordo com as faixas de QI, levando em conta a correlação existente entre os subtestes da
BPR-5 e o fator g – inteligência geral. As faixas variam desde a classificação muito inferior (QI
< 69) até muito superior (QI > 130), criando o gráfico do raciocínio.

3- Descrição da Demanda

Relatório foi produzido como parte prática da disciplina, com objetivo de aprendizagem e
capacitação do aluno.

4- Procedimento

Para avaliação foi utilizado o teste BPR-5 da forma B que contêm 5 subtestes, a avaliada foi
submetida a bateria dos subtestes de raciocínio (RV), (RA), (RM), (RE) e (RN). Aplicação foi
de forma coletiva, dentro da sala de aula nos Campus da Estácio de Sá em Cabo Frio.
Tempo de duração de cada subtestes:
RV (Raciocínio Verbal) composto por 25 itens, com tempo limite de aplicação de 10 minutos.
RA (Raciocínio Abstrato) composto por 25 itens, com tempo limite de 12 minutos.
RM (Raciocínio Mecânico) composto por 25 itens, com tempo limite de 15 minutos.
RE (Raciocínio Espacial) composto por 20 itens, com tempo limite de 18 minutos.
RN (Raciocínio Numérico) composto por 20 itens e tempo limite de 18 minutos.
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5- Análise de correção do teste

A análise de cada subteste mostra que a avaliada obteve 22 acertos no subteste de Raciocínio
Verbal, 16 acertos no subteste de Raciocínio Abstrato, 8 acertos no subteste Raciocínio
Mecânico, 11 acertos no subteste de Raciocínio Espacial e 12 acertos no subteste Raciocínio
Numérico. Nos cinco, o EPN foi de 489, correspondendo ao percentil de 210 e classificação
média.
No subteste de Raciocínio Mecânico, a avaliada obteve 8 acertos correspondendo ao EPN 88,
percentil 21 e classificação média baixa. Nos subteste de Raciocínio Abstrato obteve 16 acertos
correspondendo ao EPN 92, percentil 30 e classificação média. No subteste de Raciocínio
Espacial obteve 11 acertos correspondendo ao EPN 91, percentil 27 e classificação média. No
subteste de Raciocínio Numérico obteve 12 acertos correspondendo ao EPN 96, percentil 39 e
classificação média. A maior incidência de acertos nos subtestes foi o que avalia Raciocínio
Verbal obtendo 22 acertos correspondendo ao EPN 122, percentil 93 e classificação média
superior.

6- Conclusão

Conclui-se com os resultados que a avaliada no subteste de Raciocínio Verbal ficou classificada
na media superior de extensão do vocabulário e tem capacidade de estabelecer relações
abstratas entre conceito verbais.
No subteste de Raciocínio Abstrato ficou classificada na media de capacidade de estabelecer
relações abstratas em situações novas para as quais se possui pouco conhecimento previamente
aprendido.
No subteste de Raciocínio Mecânico ficou classificada media baixa de conhecimento pratico
de mecânica e física (adquirido principalmente em experiências cotianas e práticas) e
capacidade de integrar as informações em textos com a figura descritiva da situação problema.
No subteste de Raciocínio Espacial ficou classificada na media de capacidade de visualização,
isto é, de formar representações mentais visuais e manipulá-las transformando-as em novas
representações.
No subteste de Raciocínio Numérico ficou classificada na media de capacidade de raciocinar
indutiva e dedutivamente com símbolos numéricos em problemas quantitativos e conhecimento
de operações aritméticas básicas.
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ESTUDO DE CASO 2

1- Identificação

Avaliado: Yasmim Marvila Miguel Data de Aplicação: 19/10/2023


Sexo: Feminino Escolaridade: Ensino Medio
Idade: 25 anos Local de Nascimento: Cabo Frio/RJ

2- Resumo do Teste

Em 1948, a partir do método de Herman Rorschach, Hans Zulliger, um psicólogo suíço,


desenvolveu o teste de Zulliger para avaliação da personalidade. Em seu trabalho como
psicólogo das forças armadas na Suíça, constatou a necessidade de dispor de técnicas de
avaliação psicológica que pudessem ser aplicadas com maior celeridade, para a realização de
seleção de oficiais. Então, em 1942, Zulliger realizou experiências com novas manchas de tinta
em diversos grupos e concluiu o trabalho com três cartões, aplicados a 800 pessoas. Foi então,
estruturada a técnica de aplicação coletiva, denominada de Zulliger Diapositive – Test, em
1948, e para o emprego individual definida de Der Zulliger Talfen test, em 1954 (Vaz, 2002;
Zulliger & Salomon, 1970).
Desse período em diante, o instrumento construído por Zulliger, composto por três pranchas
com manchas de tinta, é utilizado em avaliações da personalidade de forma coletiva ou
individual. A primeira prancha combina tonalidades pretas e brancas e oferece dados sobre a
capacidade de adaptação inicial da pessoa diante de uma situação nova. A segunda contém
estímulos coloridos, verdes, marrons, e tonalidades claras e fortes de vermelho, e auxilia na
compreensão dos aspectos afetivos do indivíduo. A última prancha assemelha-se à prancha III
do Rorschach, sua configuração geral facilita a percepção de figuras humanas, e revela aspectos
do relacionamento interpessoal, do potencial criativo e empático do indivíduo (Vaz, 2002;
Villemor-Amaral & Primi, 2012).

3- Descrição da Demanda

Relatório foi produzido como parte prática da disciplina, com objetivo de aprendizagem e
capacitação do aluno.

4- Procedimento
Para avaliação foi utilizado o teste Zulliger, foi mostrado a avaliada as três imagens e pedido
para descrever o que a imagem projetada lhe sugere e lembre. Em uma folha dada a ela para
que fosse escrito o nome do que estava sendo sugerido e em seguida comentar e explicar, para
que fique claro o que queria dizer. Na folha de localização circulou as imagens vistas e as
numerou.
A aplicação foi de forma coletiva, dentro da sala de aula nos Campus da Estácio de Sá em Cabo
Frio.
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5- Análise de correção do teste


A avaliada associou 02 imagens na prancha I, 4 imagens na prancha II, 2 imagens na prancha
III, totalizando 8 respostas. Os resultados obtidos por categorias foram de 8 Forma, indicando
capacidade média de desempenho e de adaptação geral; 5 Forma Precisa, indicando capacidade
superior de controle geral (dimensão racional), expressão lógica do processo perceptivo; 3
Movimento Humano, indicando capacidade média para estabelecer diferenciação perceptiva,
raciocínio lógico; 2 Movimento Animal, indicando média superior de espontaneidade,
criatividade e empatia; 3 Forma e Cor, indicando impulsividade e dinamismo acima da média;
3 Cor e Forma, indicando uma baixa tendência á excitabilidade emocional; 0 Sombreado
Perspectiva, indicando uma baixa ansiedade e adaptação afetiva; 0 Sombreado Perspectiva
Disfórico, indicando uma baixa ansiedade situacional e precário controle; 3 Cor Acromática,
indicando altos traços depressivos de personalidade; 4 Textura, indicando alta interação social;
4 Cor Pura, indicando alta tendência á reação emocional intensa; 2 Conteúdo Humano,
indicando média percepção do examinado as pessoas; 1 Conteúdo Animal, indicando baixas
percepções infantis, sadias no adulto; 1 Conteúdo Global, indicando média percepção de
conjunto e capacidade de síntese; 6 Detalhe Comum, indicando objetividade dentro do padrão
médio; 1 Detalhes Incomum, indicando baixa percepção de detalhes.

6- Conclusão
Conclui-se com os resultados, que a avaliada apresenta média padrão para capacidade de
desempenho e adaptação geral, capacidade para estabelecer diferenciação perceptiva e
raciocínio lógico, é espontanea, criativa, empatica, tem percepções de conjunto e é objetiva.
Apresentou traços baixos de percepção de detalhe e percepção sadia infantis e no adulto e nível
inferior mostrando não ser ansiosa . Foram também percebidos padrões acima da média,
indicando ser uma pessoa com controle geral, impulsividade e dinamismo, mantem bom
relacionamento interpessoal com interação social, tem tendência a reação emocional intensa,
tem também traços depressivos de personalidade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A utilização dos testes psicológicos demorou para chegar ao Brasil, mas não tem como negar
que a utilização dele é de grande ganho para história da psicologia e vem a cada dia trazendo
evoluções e resultados.
Durante o período foi ensinado e explicado sobre essa história, fundamentação sobres os testes,
seus detalhes, características, as normas e etíca para aplicação. Mas nada se compara a sensação
de conhecer na prática um teste e seu manual, descobrir com ele sua história, a aplicação e sua
função de desvendar o que se procura através da investigação que ele lhe permite.
Semestre sendo encerrado com muito conhecimento passado por você, professora.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

https://www.scielo.br/j/pcp/a/wPMfKZRCf5fRtjhgXK5XyKq/

https://www.scielo.br/j/pcp/a/KpjTyTLtxKG6s4wjDBvdHfr/

https://site.cfp.org.br/satepsi-completa-15-
anos/#:~:text=O%20Sistema%20de%20Avalia%C3%A7%C3%A3o%20de%20Testes%20Psi
col%C3%B3gicos%20%28Satepsi%29%2C,para%20avaliar%20a%20qualidade%20t%C3%
A9cnico-cient%C3%ADfico%20de%20testes%20psicol%C3%B3gicos.

https://www.scielo.br/j/pusf/a/fdW36Nczb43MVXTbBSQpVrL/?format=pdf

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