CHAVES PARA A LIBERDADE FINAL

Reflexões e palestras sobre transformação pessoal

 ÍNDICE

O OBJETIVO BÁSICO E OS CAMINHOS PARA A REALIZAÇÃO.........................3

PROBLEMAS E COMO ELES RESOLVEM................................................................7
CRESCIMENTO ESPIRITUAL ...................................................................................12
FELICIDADE................................................................................................................1 7
AMOR......................................................................................................................... ...21
REALIZAÇÃO..............................................................................................................24
AMOR, DOAÇÃO E A CONSCIÊNCIA DE CRISTO................................................28
EGO.......................................................................................................................... .....31
DOMINANDO A MENTE E A MATÉRIA.................................................................34
A MENTE......................................................................................................................38
MÉTODOS DE REVELAÇÃO DA MENTE................................................................41
MEDITAÇÃO COM QUESTIONAMENTO............................................................,...42
DESEJO..................................................................................................................... ....45
O QUE SOU EU?..........................................................................................................48
A CHAVE PARA A FELICIDADE CONSTANTE....................................................52
O CORPO......................................................................................................................56
ASSUMA TOTAL RESPONSABILIDADE................................................................60
GURUS E MESTRES ..................................................................................................65
AJUDAR OUTROS......................................................................................................69
MAIS SOBRE AJUDAR OS OUTROS........................................................................71
CURA......................................................................................................................... ...74
ATITUDE E AÇÃO......................................................................................................80
O MUNDO.................................................................................................................... 85
UM CORPO PERFEITO...............................................................................................90
O CRESCIMENTO PODE SER TODOS OS DIAS.....................................................94
RELAÇÕES FAMILIARES ........................................................................................97
MUNDANIDADE E ESPIRITUALIDADE?...............................................................101
TUDO SOBRE O AMOR.............................................................................................104
CARMA........................................................................................................................108
CRESCIMENTO E RECEPTIVIDADE.......................................................................110
MEDITAÇÃO............................................................................................................... 117
O JOGO......................................................................................................................... 123
REALIZAÇÃO PELO ABANDONO DO INCONSCIENTE......................................127
POR QUE NÃO IR ATÉ O FIM?.................................................................................131
O EU, (SEU EU).......................................................................................................... .139
TU ÉS QUE.................................................................................................................. .145
SESSÃO 1 O OBJETIVO BÁSICO E OS CAMINHOS PARA A REALIZAÇÃO
Aquilo que todos nós procuramos neste mundo é
exatamente a mesma coisa. Todos os seres, mesmo
os animais, estão procurando por isso. E o que é
que todos procuramos? Felicidade sem tristeza!
Um estado contínuo de felicidade sem qualquer
mácula de tristeza. Agora, se este é o Gol, por que
é o Gol? A razão pela qual é o Objetivo é porque a
felicidade ilimitada é a nossa natureza básica! Este
é o estado natural real, antes de o
sobrecarregarmos com limitações. Ora, por que a
maioria de nós não tem essa felicidade contínua
sem tristeza? Só há uma razão: sendo esse Ser
infinito com felicidade infinita, fazemos um
caminho com essa alegria, essa felicidade,
dizendo: "Eu sou um indivíduo, separado do
Todo". Para me separar do Todo, preciso criar um
meio para isso. O meio é a minha mente que cria o
meu corpo e o mundo material. Então prossigo,
criando mais e mais pensamentos que criam cada
vez mais matéria até que os pensamentos e a
matéria me tenham tão atolado e cego que perdi
minha verdadeira identidade como o Ser infinito
que sou."
O pensamento original de "estou separado do
Todo" cria necessariamente uma falta. A falta cria
desejo. O desejo, portanto, não pode desfazer a
falta, pois a falta não está lá em primeiro lugar,
não é real, mas assumida. E continuamos tentando
satisfazer o desejo e nunca, nunca conseguimos.
Se pudéssemos ter sucesso, seríamos capazes de
satisfazer o desejo e, portanto, todo o desejo
desapareceria! E aí ficaríamos sem desejo!
O único propósito real de estar aqui nesta terra é
aprender, ou lembrar, nosso estado natural original
de totalidade, de completa liberdade e sem
limitação. Uma vez que somos levados a ver que
este é o nosso estado natural, então passamos a
deixar de lado todas as limitações. A primeira
limitação é: "Eu sou um indivíduo separado do
Todo". Elimine isso e elimine todas as limitações,
todos os problemas, todas as doenças, todas as
pobrezas.
Dizer isso de outra forma é dizer: "Deus é tudo!
Deixe ir e deixe Deus estar. Não sou eu, mas o Pai
que opera através de mim". Devemos deixar de
lado o sentido do ego que é o sentido original de
separação do Todo e permitir que nosso Ser
natural apenas seja e então tudo se encaixaria
perfeitamente.
Isso tudo é muito, muito simples. Se você quer
complexidade, nunca verá simplicidade. Uma vez
que este é aceito como o caminho geral, no
entanto, não achamos fácil de realizar. Não
achamos fácil por causa de hábitos passados que
foram estabelecidos ao longo de milhares e
milhares de anos. E por alguma razão boba nós
inconscientemente gostamos desses hábitos
passados de problemas e assim os continuamos.
Fazemo-lo de uma forma que nos recusamos a
olhar. Chamamos isso de comportamento
subconsciente! E vamos repetindo
automaticamente todo esse comportamento de
limitação, chamando-o de subconsciente. Ora, o
subconsciente é apenas aquela parte da mente que
nos recusamos a olhar! Quando nosso desejo é
forte o suficiente, vamos desenterrar esses hábitos
subconscientes e começar a abandoná-los.
Não há como crescer no Ser natural que somos.
Esse Ser é inteiro e perfeito, aqui e agora. Só há
deixar de lado conceitos contrários, de que temos
problemas, de que temos limitações. Qualquer um
que diga: "Eu tenho problemas", tem isso em
mente. Esse é o único lugar onde está porque você
não pode ver nada em nenhum outro lugar a não
ser em sua mente. O que quer que você olhe, o que
você ouça, o que você sinta, é através de sua
mente. É aí que está tudo. Mude de ideia e tudo lá
fora muda. Mude seu pensamento e você muda o
mundo para você. Faça isso e você tem a prova!
Então o caminho, o passado, é simples. O método
de desfazer as limitações não é fácil por causa do
hábito. Precisamos de um desejo muito forte de
começar a abandonar esses hábitos errados do
passado. Sem esse desejo forte não há
crescimento. Este desejo deve ser mais forte que o
desejo de possuir e controlar este mundo. O
mundo como é visto agora é realmente uma ficção
quando você vê a Verdade. Acontece que é um
sonho. Primeiro você verá isso como um sonho,
depois verá isso como um sonho que nunca
existiu. É exatamente como acontece num sonho
noturno. Enquanto você está no sonho noturno
você tem um corpo, há outros corpos, há ação,
interação, há o bem e há o mal. E enquanto você
permanecer naquele sonho noturno, tudo o que
existe será real para você. Quando você acorda do
sonho noturno você diz: ‘Meu Deus, foi só um
sonho! Isso nunca aconteceu! Esse sonho estava
todo em mim!” E exatamente da mesma maneira
você desperta deste sonho chamado estado de
vigília. Você percebe que era apenas uma ficção
da sua imaginação, era apenas um sonho, e então
você se solta dele e o que sobra é o seu infinito
você! Então você se considera totalmente
realizado, totalmente livre.
Na verdade, estamos plenamente realizados o
tempo todo. Somos Seres plenamente realizados
dizendo que não somos. Então tudo o que fazemos
é abandonar o “não somos” e o que resta é o Ser
plenamente realizado que somos. Há alguma
dúvida sobre o que eu disse até agora? Não? Então
todos entendem isso, pelo menos intelectualmente.
Tudo bem, se você entende isso intelectualmente e
não é capaz de usá-lo, é porque você não está se
olhando de forma honesta, verdadeira, com um
desejo profundo de ver o seu Eu, em cujo processo
você se estabeleceu como a mente subconsciente
de tudo. as coisas que você não vai olhar. Porém,
não é necessário desenterrar essa mente
inconsciente; na verdade, é muito melhor tentar
aquietar a mente. Quando conseguimos acalmar
totalmente a mente, o que sobra é o Eu infinito.
Todo pensamento é algo limitador. Portanto,
quando aquietamos a mente, acalmamos esses
pensamentos limitantes e esse Ser infinito que
somos torna-se óbvio para nós. O Eu não fica
então obstruído pelos pensamentos limitantes! Nós
vemos isso, reconhecemos que nunca fomos essa
mente, esse corpo e, a partir desse momento, a
mente e o corpo não têm mais influência sobre
nós. Determinamos o corpo como faríamos com
uma marionete e ele não tem efeito sobre nós,
assim como uma marionete que estaríamos
controlando não teria efeito sobre nós. Portanto, o
melhor método de todos os métodos é aquietar a
mente para ver o Ser que você é. Faça a pergunta:
“Quem sou eu?” e se surgirem outros
pensamentos, pergunte: “Para quem são esses
pensamentos?” A resposta é “Para mim”. “Bem,
quem sou eu?” e você está de volta aos trilhos,
buscando ver o seu Eu.
''Quem sou eu?" é a pergunta final que todos
respondem, então por que não começar com a
pergunta final? Se puder, tudo bem, tudo
maravilhoso. Mas há muito poucos de nós que são
capazes de usar esse método de apenas se apegar
ao “Quem sou eu?” e rejeitando todos os outros
pensamentos que surgirem. Ficamos tão
envolvidos com os pensamentos que não
conseguimos abandoná-los e, portanto, precisamos
de outros métodos, de outras ajudas. Os outros
métodos principais são chamados no Oriente de
Jnana Yoga, Raja ou Kriya Yoga, Bhakti Yoga,
Karma Yoga.
“Para quem são esses pensamentos?” A resposta é
“Para mim”. “Bem, quem sou eu?” e você está de
volta aos trilhos, buscando ver o seu Eu.
''Quem sou eu?" é a pergunta final que todos
respondem, então por que não começar com a
pergunta final? Se puder, tudo bem, tudo
maravilhoso. Mas há muito poucos de nós que são
capazes de usar esse método de apenas se apegar
ao “Quem sou eu?” e rejeitando todos os outros
pensamentos que surgirem. Ficamos tão
envolvidos com os pensamentos que não
conseguimos abandoná-los e, portanto, precisamos
de outros métodos, de outras ajudas. Os outros
métodos principais são chamados no Oriente de
Jnana Yoga, Raja ou Kriya Yoga, Bhakti Yoga,
Karma Yoga.
(A propósito, a única razão pela qual vou aos
Ensinamentos Orientais é que eles são uma
metodologia total e completa e tal coisa não existe
no mundo Ocidental. A metodologia do mundo
Ocidental é apenas parcial e está incluída no
Oriente.) Acho que todos estamos familiarizados
com esses vários caminhos. Portanto, se não
pudermos usar a autoindagação: “Quem sou eu?”
usamos aquele que melhor nos convém. O
caminho que gostamos agora é o mesmo caminho
que percorremos anteriormente em vidas
anteriores. O caminho que é melhor para você é
aquele que você mais gosta. Agora cada caminho
inclui todos os outros caminhos. A única diferença
é a ênfase. Se somos intelectuais enfatizamos o
Caminho Jnana, o caminho do intelecto e da
sabedoria. Se formos devocionais, enfatizaremos o
caminho Bhakti de amor e devoção a Deus. Se
quisermos servir a humanidade, usamos o caminho
do Karma Yoga. Cada caminho leva ao
aquietamento da mente o suficiente para que
possamos ver o Ser infinito que somos.
Raja ou Kriya Yoga é um caminho completo e
integral que se adapta ao maior número de pessoas
hoje. É um caminho de fazer em oito etapas, com
cada passo levando ao próximo passo depois dele.
Acho que todos vocês estão familiarizados com os
oito passos. Se não estiver, você pode obtê-lo em
um livro. Os dois primeiros passos são os morais e
éticos, o que fazer e o que não fazer. O terceiro é
postura e exercícios corporais. O quarto passo é
aprender a controlar a respiração e a força vital. O
quinto é abandonar o mundo externo,
interiorizando-se desconectando os telefones dos
sentidos e voltando a atenção para dentro. O sexto
é concentrar a mente, acalmá-la, reter um
pensamento com exclusão de outros pensamentos.
O sétimo passo é a meditação, a meditação
unidirecionada, e a meditação unidirecionada leva
ao oitavo passo, ou ao estado superior chamado
samadhi. Portanto, este caminho de Raja ou Kriya
Yoga é um caminho de ação passo a passo que
todos podem usar. Acontece que estamos em uma
era de vibração relativamente baixa. Essa é a razão
pela qual achamos o caminho difícil, e é por isso
que precisamos deste Raja ou Kriya Yoga, um
gradiente e um caminho mais integral.
Existem duas maneiras de crescer: uma é o que
chamo de caminho negativo, eliminando o
negativo, entrando na mente, vendo a causa do
problema que se originou em um pensamento em
algum momento do passado. Quando vemos esse
pensamento, quando o trazemos à consciência,
naturalmente o abandonamos. Vemos como é
tolice apegar-se a isso e, portanto, corrigir esse
pensamento e comportamento. No entanto, a outra
maneira é melhor. É o caminho positivo. Acalme a
mente e veja quem e o que você realmente é, o Eu
infinito. No geral, só existem duas maneiras:
eliminar o negativo e, melhor, colocar o positivo:
“Eu sou o que sou”, “Eu sou Ele”. Este último é de
longe o mais rápido.
Vamos agora dar uma olhada nesta chamada
aparência, o mundo. O mundo é apenas uma ilusão
que criamos mentalmente. Não é externo, mas na
realidade dentro de nós, dentro de nossa mente.
Algum dia você descobrirá que criou todo esse
universo que você vê. O método de criação é
primeiro criar o que chamamos de mente. Criamos
nossa mente, que nada mais é do que uma
composição de todos os nossos pensamentos,
conscientes e subconscientes, e os pensamentos
criam o mundo material. Cada pequena coisa que
acontece com cada um de nós é criada em nosso
pensamento. Configuramos mentalmente uma
coisa chamada tempo que torna ainda mais difícil
ver as coisas porque pensamos agora e as coisas
acontecem anos depois. Mas o único criador que
existe é a mente, a sua mente. Deus é um criador?
Sim, porque você é. Você é Isso! Você configura
uma mente e através da mente cria. É necessário
e é bom descobrir que tudo o que acontece é
causado pelo nosso pensamento. Tudo o que
acontece conosco é criado em nosso pensamento.
É um trampolim para perceber e reconhecer que
somos os criadores. Primeiro você descobre que
criou seu problema, depois descobre que pode
criar tudo o que desejar. Depois de descobrir que
não há nada que você não possa criar, você ainda
fica infeliz. A razão é que você se separou do
Infinito. Somente ao reconhecer o seu Infinito
você estará perfeitamente satisfeito.
Portanto, se ainda restar algum problema, ele só
permanecerá porque você está se segurando nele
em pensamento. No momento em que você os
solta, eles desaparecem! Se você me disser que
não é assim para você, isso não é verdade. A
verdade é que você ainda os segura, me dizendo
que não funciona. Agora, tentar se livrar de um
problema é agarrá-lo. Qualquer coisa de que
tentamos nos livrar estamos mantendo em mente e,
assim, sustentando esse problema. Portanto, a
única maneira de corrigir um problema é
abandoná-lo. Não veja o problema, veja apenas o
que você quer. Se você apenas deste momento em
diante visse o que você quer, isso é tudo o que
você conseguiria, ou seja, o que você quer. Mas
você mantém em mente as coisas que não deseja.
Você luta para eliminar as coisas que não quer,
sustentando-as assim. Então é necessário deixar ir
o negativo e coloque o positivo se quiser uma vida
positiva e feliz.
Este assunto não pode ser aprendido
intelectualmente, não pode ser aprendido através
da mente porque é percebido logo atrás da mente.
Podemos usar a mente para desfazer gradualmente
as limitações o suficiente para que possamos ir
além da mente, tornando-a mais silenciosa. Se
fosse possível fazer com que esse assunto passasse
intelectualmente pela mente, tudo o que
precisaríamos fazer seria ler os livros sobre o
assunto e o teríamos. Mas não funciona assim.
Temos que nos concentrar muito
concentradamente em nosso Eu que está logo atrás
da mente. Volte a mente para a mente para
descobrir o que é a mente, e então vá além da
mente até o Ser. Então, para entender esse assunto,
cada um deve experimentá-lo, percebê-lo, torná-lo
real, indo até o lugar logo atrás da mente e
percebendo-o ali.
Agora, o estado mais elevado é simplesmente o
Ser, e se pudéssemos ser, apenas ser, poderíamos
ver o nosso Infinito. Veríamos que não há
limitações. Veríamos que somos o Todo.
Estaríamos num estado perfeitamente saciado,
permanente e imutável. E não é um nada, não é um
tédio, é um Todo, um Tudo, uma Saciação Total
que é eterna. Você nunca, nunca perderá sua
individualidade. A palavra “eu”, conforme você a
usa, significa que sua individualidade nunca o
abandonará. Ele se expande. O que acontece
quando você se lembra do que você é, é que você
começará a ver que os outros são você, que você
sou eu, que você é agora e sempre foi
gloriosamente infinito.
Olhe para sua mente. Isso por si só é uma boa
prática. Isso o diferencia disso. Você está olhando
para isso. Observe seus pensamentos. É uma
prática maravilhosa. Se você examinar
minuciosamente a mente, descobrirá que não é
isso, é uma ilusão. Deixe seguir seu caminho,
apenas observe a mente. A testemunha final é o
Eu. É uma coisa tremenda observar a mente. Isso
não apenas acalma, mas também faz com que a
mente não seja você. Se você rastrear a fonte da
mente, descobrirá que ela é o nada. Este mundo
inteiro é uma ilusão de sonho, o que significa que
não é.
*** Esta sessão foi gravada na cidade de Nova
York, em 28 de setembro de 1964
SESSÃO 2 PROBLEMAS E COMO ELE RESOLVEM
Você quer que eu fale ou quer fazer perguntas?
Acho que poderia começar contando minhas
impressões sobre você. Parece-me que desde que
estive aqui no ano passado, você parece ter
problemas maiores e mais intensos. Isto é para
todos em geral, não para ninguém em particular.
Esta intensificação dos problemas faz parecer que
estamos a retroceder, mas não é verdade.
Alcançamos o estado em que podemos nos
expressar melhor externamente, e os problemas
agora vêm à tona para o mundo, em vez de
permanecerem retidos na mente subconsciente.
Quando estamos apáticos é difícil nos
expressarmos. É difícil para nós agirmos
externamente e, portanto, nossos problemas
permanecem girando em nossa mente
subconsciente e a maioria deles não aparece e se
materializa no mundo.
Quando alguém começa a dar um passo acima do
estado apático, ainda está no estado apático, mas
está começando a adquirir parte da capacidade de
fazer. Então, os problemas da pessoa se
materializam cada vez mais externamente e parece
que o mundo está caindo sobre ela. Mas na
verdade é um estado de crescimento sair do estado
apático e chegar ao início do estado de fazer, e
esse é o estado de fazer apático. Então, quando
entramos nesse estado de ação apática, começamos
a lidar com tendências apáticas e agitadas e,
portanto, somos um tanto destrutivos, até para nós
mesmos. Tornamo-nos externamente ou
expressivamente destrutivos para o mundo e para
nós mesmos, temos problemas e as coisas parecem
piores. Achamos que estamos retrocedendo, mas
na verdade estamos avançando, porque o fazer
apático é superior ao não fazer apático.
Agora, o passo acima do fazer apático seria o do
fazer, onde seríamos igualmente construtivos e
destrutivos. Suba mais um degrau e você entrará
no estado de ser do fazer, onde você é um grande
realizador e apenas construtivo. Quando você sai
daí, você entra no estado de ser que não precisa
fazer, apenas ser. Portanto, o estado geral do
mundo hoje é que ele evoluiu para este estado de
apatia e de ação e o mundo parece ter problemas
maiores e melhores. Isto é um progresso, um passo
em frente, embora pareça o contrário. Para resumir
o que foi dito acima, os estágios de crescimento
são apresentados na próxima página.
P: Isto é o mundo em geral ou são apenas as
pessoas no caminho que estão envolvidas nisso?
Lester: São os dois. Estamos todos envolvidos
nisso. Você vê isso expresso na questão racial, na
revolta novamente no establishment, na
delinquência juvenil, no Vietnã, na África. É
predominante em todos os lugares hoje. Faz parte
do crescimento mundial (Etapa 2).
P: Isso acontece porque as pessoas estão mais
desenvolvidas para lidar com isso?
,
ESTÁGIOS DE CRESCIMENTO
INAÇÃO - Apatia: Inação por apatia, com
ressentimentos e hostilidades, e medo de expressar
por medo de retaliação. Um estado subjetivamente
destrutivo.
(Entre 1.e 3.) Fazer apático: Início da ação,
vontade suficiente para expressar as coisas
externamente. O início de um estado exteriormente
ativo, mas destrutivo.
AÇÃO: Ação que nos tira do Estágio 1, em
direção ao equilíbrio do Estágio 5.
(Entre 3.e 5.) Aqui a pessoa é igualmente
construtiva e destrutiva para si mesma e para o
mundo.
Fazer-ser: fazer energético com calma: muita ação
externa, toda construtiva para nós mesmos, para o
mundo e para o universo.
INAÇÃO - Serenidade: Inação, a capacidade de
apenas ser, de ser a testemunha, observando e
permitindo que o universo seja perfeito como
realmente é
Lester: Eles estão mais desenvolvidos, não para
lidar com isso, mas mais desenvolvidos. A
maneira como eles estão lidando com isso é
destrutiva. Os problemas não precisam ser
resolvidos matando uns aos outros ou pela
violência. Os problemas poderiam ser resolvidos
por discussões e deveriam ser. No entanto, é um
passo à frente de um estado inferior (Fase 1).
O mundo hoje está em um baixo estado de
existência (Estágio 2). É a chamada era
materialista. Saímos do estado mais baixo, onde
vivíamos apenas para saciar nossos apetites, por
volta de 1700 d.C. Vocês sabem o que foi a idade
das trevas. Estamos agora na segunda fase e temos
as dificuldades crescentes de passar da primeira
para a segunda. Mas o segundo não é um estado
altamente espiritual; é a fase em que tecnicamente
avançamos tremendamente. O terceiro estágio
inicia o estado de saber que este é um mundo
mental e que estamos todos relacionados. Paramos
de brigar e todos nos amamos. E o quarto estado é
o estado em que o homem conhece plenamente a
sua existência em Deus, que ele é um ser
totalmente livre. Estas quatro são as idades do
ferro, do bronze, da prata e do ouro de que falavam
os antigos gregos. (O quinto estágio está realmente
além deste mundo, embora seja realizado neste
mundo.) Contudo, a qualquer momento, sempre
que alguém quiser, ele pode passar para o estado
mais elevado. Não temos que permanecer no nível
em que o mundo está, e aqueles de nós que estão
no caminho estão saindo deste nível geral. Não
temos sorte?
P: Mesmo com nossos problemas?
Lester: Sim. Para o mundo tudo parece sem
esperança. Eles se sentem desamparados. Nós
sabemos a saída. Não importa o quanto o mundo
doa, sabemos que há uma saída. Temos esperança
e uma direção. E qual é a saída? Não olhando para
o mundo em busca de felicidade, mas olhando para
o lugar onde está a felicidade, e esse lugar está
dentro de nós, dentro da nossa consciência. A
alegria ilimitada é o nosso estado natural e inerente
que, por ignorância, desfazemos pela imposição de
conceitos de limitações: preciso disso, preciso
dele, preciso dela, e se não conseguir isso, fico
magoado, tenho problemas. Crescer é apenas
abandonar estes conceitos de falta e limitação ou,
pelo lado positivo, entrar e ver este Ser ilimitado
que somos e escolher permanecer como tal.
Sempre que temos problemas, sempre que temos
um problema, estamos sendo o ego limitado.
Estamos tentando expressar o Ser através do ego
limitado, e ele é muito pequeno, ficamos
pressionados e dói. Então, se houver um problema,
o que você deve fazer é se perguntar: “O que estou
fazendo? Onde estou exigindo, buscando a
motivação do ego?” Se a resposta vier, se você
perceber como, do ponto de vista do ego, você está
causando esse suposto problema, você
automaticamente puxará a causa do subconsciente
para o consciente e, uma vez consciente, você
naturalmente a abandonará. A razão pela qual não
desistimos é porque a causa, o pensamento que
iniciou a dificuldade é subconsciente. Então, ou
tornamos o pensamento consciente e o
abandonamos, ou, e este é o caminho mais elevado
e melhor, sabemos com força suficiente que somos
o Eu, que não somos este corpo, esta mente, este
mundo. E quando você sente o Eu, a sensação do
Eu nada mais é do que alegria ilimitada, e todos os
problemas são resolvidos imediatamente!
Pareço bastante indiciador quando digo que
qualquer problema, qualquer problema, é
motivado pelo ego, mas isso você descobrirá que é
verdade. Quando você for o seu Eu, não há
problema, não há nada que não se alinhe
perfeitamente, harmoniosamente, sem esforço.
Quanto mais motivados pelo ego estivermos, mais
difícil será realizar algo, menos harmonia haverá e
maior será a miséria que sentimos. E é realmente
tão simples quanto estou dizendo. O que não é
fácil é abandonar esses hábitos errados de insistir
em ser um ego. Os hábitos são fortes. Eles estão
bem enraizados ao longo de milhares de anos. Mas
todos nós que estamos no caminho agora estamos
abandonando essas coisas e não as abandonamos
facilmente por causa dos hábitos que existem há
muito, muito tempo. No entanto, no momento em
que escolhemos abandoná-los, nós podemos. Se
dizemos que não podemos desistir é porque
realmente não queremos. O desejo de deixar ir não
é forte o suficiente.
Eu tornei isso muito simples? Você sabe por que
estou me dirigindo a você, Jim, porque sei que
você já passou por muitas situações assim. Você
provavelmente já ouviu isso ser apresentado de
maneiras lindamente complicadas, com muitas
coisas adicionadas que o complicam e tornam mais
difícil de ver. Mas uma vez que o aceitamos e
vemos a sua simplicidade, tudo o que precisamos
fazer é efetuá-lo. E ninguém pode fazer isso por
nós, a não ser nós mesmos.
P: Tenho um amigo que está com problemas. Ela é
católica e muito piedosa. Quando as coisas ficam
mais negras e ela não tem mais esperança e está no
fundo do poço, naquele exato momento algo
acontece para que tudo dê certo.
Lester: Você sabe por que ela deve chegar ao
fundo?
P: Bem, ela tem fé e sabe disso ---
Lester: Não, ela não tem fé e não é piedosa. Esse é
o problema dela. Você vê, a fé faria com que ela se
entregasse e deixasse Deus. Piedoso causaria algo
semelhante: render-se e ser humilde. Por fora ela é
como você diz eu, mas por dentro ela é como estou
dizendo. Veja bem, ela mesma tenta controlar tudo
e isso é não deixar Deus. Ela tenta e tenta e tenta.
P: Ela ora.
Lester: Sim, ela ora, mas ela quer do jeito que ela
quer, não do jeito que Deus gostaria. Ela descobriu
que orar por isso não a ajuda. Você não precisa
orar, se você se render. Você tem que deixar ir e
deixar Deus. Quando ela deixa ir e deixa Deus?
Quando ela mesma não consegue mais fazer nada,
ela se solta. No extremo ela se solta, e no momento
em que se deixa ir, tudo se resolve. Você pode ver
isso? No extremo, ela sente: “Ah, não há nada que
eu possa fazer”, e é aí que ela se entrega e deixa
Deus. Se você puder mostrar a ela esse ponto, ela
provavelmente o verá, e então será mais
conscientemente capaz de usá-lo.
P: Continuo tentando dizer a ela que ela deve estar
confiante.
Lester: Convicção, mais forte que a fé, convicção
absoluta de Deus, isso bastará! Deixe ir e deixe
Deus e então tudo se endireita, mas quando
tentamos fazer isso, temos problemas.
P: Quando você diz: “Deixe ir e deixe Deus”, isso
significa que você deve trabalhar estritamente com
base na inspiração ou apenas sentar e deixar as
coisas acontecerem?
Lester: Tenha a sensação de “deixar as coisas
acontecerem”. Para conseguir isso, temos que
abandonar o sentido do ego. O ego é “Eu sou um
indivíduo, Lester: e tenho um corpo e faço coisas”.
Isto é errado. Se eu sou o Eu, não existe Lester:, -
Tenho que tirar Lester: do caminho e deixar que o
Eu ou Deus operem. Quando alcançado, você
avançará na vida, flutuará nas coisas, mas não
haverá esforço. Se há esforço, há ego. Agora, é
claro, você terá que fazer algum esforço, porque
você não está começando como o Eu Realizado.
Veja bem, quando essa garota vai ao extremo, ela
se deixa levar e as coisas acontecem sem esforço.
Isso é deixar ir e deixar Deus!
Professar fé, professar todas estas coisas não
adianta. Na verdade, tê-los faz isso. O fato de ela
ter problemas é a prova de que ela não tem a
convicção de Deus porque Deus é Tudo, Deus é
Perfeito, e se Deus é Tudo e Deus é Perfeito, tudo
deve ser perfeito, e isso não deixa lugar para
imperfeição ou problemas. Se você tomar essa
atitude, que assim seja! Então, é a sensação de que
eu não sou o fazedor e que eu deixo ir e deixo
acontecer.
P: Não sei dizer quando sou ego.
Lester: Quando não há esforço, não há ego.
Quanto maior o esforço, maior o ego.
P: Quando o esforço é extremo, você tem que ir
mais ou menos para o outro lado de qualquer
maneira.
Lester: Sim. Estou tentando lhe dar um método
para saber se é ego ou não. Quanto maior o
esforço, maior o ego. No entanto, você usará
esforço até estar totalmente realizado. Agora,
haverá momentos em que você não fará nenhum
esforço e tudo ficará perfeitamente alinhado para
você, então às vezes você será você mesmo.
P: Esse tipo de coisa não te deixa indolente, que
você não faz nenhuma ação? Será que você não
deveria tentar fazer nada, é isso que eu não
entendo?
Lester: A indolência é uma ação, uma ação
negativa. É o ato de impedir-se de se mover.
Agora é impossível você ficar inativo. Para
alcançar o estado sem ação, você deveria tentar
abandonar seu ego cada vez mais, porque agora
você não pode fazer isso totalmente. Se você
pudesse, você seria plenamente realizado. Mas se
você continuar abandonando o ego, acabará
abandonando-o e será a testemunha e não o
executor. Isso faz sentido ou tem algum
significado? Não seja o fazedor. Deixa acontecer.
Tenha a sensação de que este é o mundo de Deus,
não importa o que esteja acontecendo, então deixe-
O!
P: Como nos livramos dos problemas?
Lester: No momento em que você diz “Tenho um
problema”, você fica preso, está tornando isso
real! Você não consegue se livrar de um problema,
porque você o está tornando real. Você conseguiu.
P: Então, se, quando tivermos problemas,
dissermos: “Não há problema algum”, então eles
desaparecerão?
Lester: Não. Se você disser: “Não há problema”,
eles não desaparecerão porque você está dizendo:
“Não há problema”. Você está mentalmente
mantendo o problema em mente e, portanto,
sustentando-o. Apague o problema da sua mente.)
Saiba que tudo está perfeito e então o problema é
necessariamente inexistente.
P: Bem, eu penso assim, que tudo está realmente
perfeito.
Lester: Se você realmente quer”, então tudo deve
ser.
P: Quão fácil seria se entendêssemos isso desde o
início.
Lester: Sim. Veja, a vida, naturalmente, é
totalmente fácil.
Não há nenhum esforço na vida se formos apenas
o nosso Eu natural. Mas estamos tentando ser um
ego limitado. Isso exige esforço. É preciso esforço
para ser limitado quando o seu estado natural é
ilimitado, e quanto mais você tenta ser limitado,
mais esforço é necessário. Mas para ser o seu Eu
ilimitado não é necessário nenhum esforço. Assim
como a sua amiga, quando chegava ao extremo ela
se soltava e tudo se endireitava, sem nenhum
esforço. Todo o tempo que ela tentava e tentava, as
coisas ficavam cada vez piores. Mas quando ela
desistiu e se soltou, as coisas se resolveram.
P: Bem, ela teve que sair e procurar emprego, ela
teve que procurar um agente, ela simplesmente não
podia sentar e esperar.
Lester: Eu digo que tudo que ela precisava fazer
era deixar ir e ser ela mesma. Então, mesmo que
ela se trancasse em algum quarto em algum lugar,
as coisas teriam chegado até ela. Você não senta e
espera, você não faz nada. Apenas deixe de lado o
senso de autoria. Você apenas sabe que tudo está
perfeito e então o menor pensamento que você
tiver rapidamente surgirá. Não há limitação para
Deus, o Eu. O que quer que você tenha pensado,
teria que surgir se você se soltasse, porque você
está invocando seu poder infinito, seu Eu. Nada
pode impedir isso!
P: Mas ao mesmo tempo você tem que lutar para
conseguir alguma ação.
Lester: Não, eu disse exatamente o contrário, eu
digo para se trancar em uma câmara e trancar a
parte externa dela com cadeado e se você fizer o
que estou dizendo, descobrirá que isso será
efetuado. Tem que ser. Nada pode impedir isso! A
onipotência é invocada!
P: Para que serve a oração, o que significa orar?
Lester: Orar é para quem precisa de oração.
Quando você sabe o que sabe, para quem você está
orando? Se você é Isso, por que você tem que orar
para Isso? Veja, orar admite dualidade. "Eu rezo
para Deus." Mantenha sua Unidade. Entretanto,
quando alguém ora, é melhor orar por apenas uma
coisa, mais sabedoria, para que você elimine toda
necessidade de qualquer oração, de qualquer
pedido. Tudo depende do estado de compreensão
de cada um. A maioria das pessoas no mundo hoje
precisa orar. Mas a oração admite a dualidade,
Deus está lá fora. E devemos saber que Deus está
dentro. Embora Jesus tenha dito: “O reino de Deus
está dentro”, ainda procuramos por Deus fora e Ele
não está lá fora, Ele está apenas dentro. Ele acaba
sendo o nosso próprio Ser. A palavra “eu” sem
nada acrescentado é o Deus que buscamos.
Quando você diz “Eu sou alguma coisa”, isso não
é, ou “Eu e alguma coisa”, isso também não é
Deus. Mas apenas o puro “eu” e somente “eu”,
isso é Deus. É por isso que se diz que Deus está
mais próximo que a carne, é “eu”, e quão próximo
está “eu”? Está mais próximo do que a carne, e
isso é Deus, o seu próprio Eu!
P: É uma sensação muito boa.
Lester: Sim, porque está lembrando você do que
você sabe subconscientemente, que você é esse
Eu. Apenas segure apenas a palavra “eu”, “eu, eu,
eu, eu”, e você ficará mais entusiasmado.
Experimente quando estiver sozinho. Apenas “eu,
eu, eu”, e não “eu sou um corpo, eu sou uma
mente”, mas “eu” eu, eu, “- esse sentimento de
Ser. Acho que a palavra que descreve Deus mais
do que qualquer outra palavra é “Ser”. Deus é todo
o Ser. Quando olhamos para dentro, somos todo o
Ser, fingindo que somos uma pequena parte Dele,
um corpo-mente limitado. Mas quando você olhar
para dentro, verá que todos vocês são o Ser. A
existência é Deus! Ser também é Consciência,
Consciência. Eles são a mesma coisa. Mais tarde,
você os verá como idênticos: Estado de Ser,
Consciência e Consciência.
Portanto, seja você mesmo e nunca haverá
problema. Ver um problema no mundo é tentar ser
um ego limitado corpo-mente. Se você acha que
tem um problema, você tem. Se você
simplesmente aceitar que Deus é AU, Deus é
Perfeito, isso é tudo que existe e olhar para a
Perfeição, isso é tudo que você encontrará!
P: Então temos que eliminar a palavra “problema”.
Lester: Sim. Você tem que eliminar as palavras
“problema”, “não posso”, “não”, “não vou”, todas
palavras negativas. No futuro, quando o homem
estiver num estado de harmonia, todas estas
palavras desaparecerão.
P: À medida que você avança no caminho, muitas
coisas parecem muito mais superficiais. Não sei se
isso é um progresso ou se estou ficando indiferente
ao mundo ao meu redor.
Lester: Bem, isso também é progresso, ser
indiferente, isto é, desapegado.
P: Eu realmente não poderia me importar menos
com política ou com todas essas coisas que antes
pareciam tão importantes. Isso é ruim?
Lester: Como se sente?
P: Analisei o sentimento, acabei de ver que todas
essas pessoas pensam que o que estão fazendo é
muito importante, talvez eu esteja errado por não
me sentir assim.
Lester: Não, você está certo. Quanto mais alto
você sobe, mais você vê a Perfeição e, portanto,
menos você vê os problemas. Quanto mais se vê
problemas, mais baixo fica. Você está falando de
problemas. As pessoas que os veem querem que
você seja como eles são e vão dizer que você está
errado. Isso é algo contra o qual você deve estar
atento. À medida que você cresce, aqueles que não
estão à altura de você tentarão puxá-lo para onde
eles estão. Deixe-os pensar que você está errado.
Você sabe que está certo! Não discuta. É
infrutífero.
P: Acho que as pessoas tentem fazer com que eu
me sinta egoísta porque me sinto assim. Não sei se
isso é verdade ou não, por isso queria discutir o
assunto.
Lester: É assim, quando você não pensa como eles
pensam, eles te chamam de egoísta. Basta dar uma
olhada. Isto é o que está acontecendo, é assim que
eles pensam. Quando você não pensa da maneira
que eles pensam, você é egoísta. Não, não é o
quanto você reconhece um problema que mostra
altruísmo. É o quanto você vê que não há
problema e ajuda os outros a ver isso que mostra
altruísmo. Dessa forma você oferece ajuda, você é
muito construtivo e altruísta.
P: Basta fazer tudo com desejo de ajudar e isso é
amor.
Lester: Sim, apenas sinta amor, você não precisa
necessariamente fazer isso. Ame, e seus
pensamentos são positivos. O pensamento é muito
mais poderoso que a ação. É a base e os efeitos da
ação. É o iniciador, vem antes dele e determina a
ação. Um ser realizado sentado sozinho em uma
caverna em algum lugar está fazendo mais bem ao
mundo do que organizações de ação. Ele está
ajudando a todos, sua ajuda sendo
subconscientemente recebida por todos.
Agora voltamos ao que falávamos antes: o estado
inferior é a inação, o estado intermediário é a ação,
o estado superior é a inação. O estado
intermediário é o estado de ação que o move de
baixo para cima em direção ao estado de equilíbrio
superior. Agora, à medida que você sobe, aqueles
que não estão tão avançados quanto você tentarão
puxá-lo para baixo, para onde eles estão.
P: Então, é uma espécie de campo de provas, ou
teste, para ver o quanto essas coisas incomodam
você.
Lester: Sim. Isso testa sua convicção. Onde está
sua convicção se você for com eles? Se você for
com eles, sua tendência é acreditar mais do jeito
que eles acreditam.
P: O que é mais fácil, eu sei.
Lester: Não, experimente. Se você acha que é mais
fácil, basta seguir o caminho deles e você terá mais
sofrimento do que eles.
P: Às vezes penso que é mais fácil ser apenas um
membro da máfia.
Lester: O desejo de aprovação do ego faz com que
tudo pareça mais fácil. Você descobrirá o
contrário. Você fez parte da máfia, não foi? Você
tem sido como eles. Não é fácil. Não, o caminho
certo é mais fácil. Você vê isso? O caminho certo
é deixar ir e deixar Deus e então tudo se encaixa
perfeitamente, sem esforço. Mas quando tenho que
fazer isso, não é Deus, sou eu, o ego, querendo
fazer, mudar as coisas, corrigir este mundo, e
assim por diante.
P: Um mantra ou algo parecido seria a melhor
coisa a lembrar quando essas coisas surgissem
dessa maneira?
Lester: Afirmações são sempre boas. Um mantra é
uma afirmação repetida continuamente. Faça tudo
o que o ajudará a fazer e seja o que você acha que
deveria fazer e ser.
P: Isso é o que eu não sei.
Lester: Buscar quem e o que você é, conhecer o
seu Eu, é a melhor coisa a fazer e ser. Houve
momentos em que você se soltou e sentiu o seu
verdadeiro Eu. Como é?
P: Maravilhoso, eu poderia ter isso o tempo todo?
Lester: Sim, certamente, continue assim, só isso.
Seja o que você é! Você é infinito, onisciente e
onipotente, aqui e agora. SEJA ISSO! Pare de ser
esse pequeno ego limitado e miserável.
P: Bem, eu tenho o mesmo problema que ele e
pensei que estava ficando indiferente.
Lester: Sim, você está se tornando indiferente à
negatividade, e o que há de errado nisso? O que é
política? É um mecanismo de força e controle.
Numa sociedade onde todos amam a todos, você
precisa de política? Se você quiser ajudar o
mundo, ajude-se a crescer e você fará muito mais
do que poderia se estivesse envolvido na política.
Quanto mais você é capaz de amar, mais você
ajuda o mundo. Os parlamentos não podem
endireitar o mundo, mas um número suficiente de
pessoas que amam pode. O Presidente dos Estados
Unidos deve necessariamente representar a soma
total da consciência, a soma total do pensamento,
de todo o povo dos Estados Unidos somado.
Princípio, a lei divina substitui a lei criada pelo
homem. Consciência, pensamento determina tudo.
O mundo lá fora é apenas a nossa consciência
coletiva. Se não gostamos do que está acontecendo
conosco no mundo, tudo o que temos a fazer é
mudar a nossa consciência, e o mundo lá fora
muda para nós!
P: Mas esse tipo de coisa muitas vezes não exige
muita coragem? Às vezes não tenho coragem de
fazer as coisas que quero.
Lester: Tudo bem, por que você não tem coragem?
P: Não sei.
Lester: Ego. Você quer a aprovação deles. Você
está buscando a aprovação deles; você quer seguir
o caminho que eles querem que você siga.
P: Não é que eu queira a aprovação deles; Não
quero a desaprovação deles.
Lester: Bem, não é a mesma coisa?
P: Lembro-me do que você disse da última vez:
quando você resolve um problema, ele não surge
novamente e é verdade. Mas então você consegue
novos. Quando você resolve algo em sua própria
mente e sabe que subiu um degrau na escada, isso
não se apresenta novamente, o que é uma grande
ajuda. Mas sempre há novos problemas.
Lester: Não há fim para os problemas no mundo.
Você continua sempre resolvendo problemas no
mundo e terá cada vez mais. Enquanto você estiver
consciente dos problemas, eles existirão. Somente
quando você descobre quem você é de verdade,
não há problemas!
O que fazemos é colocar a mão no fogo e dizer:
“Ai, está quente, minha mão está queimando.
Rapaz, eu tenho um problema. Isso é tudo. Quando
você vê que está fazendo isso, você para. Se você
tem um problema, você está colocando a mão no
problema e gritando: “Dói!” e agindo como se
você não estivesse colocando a mão nisso. Você
age como se não estivesse fazendo isso. Mas você
é. Esse problema está em sua consciência. Está na
sua mente. Mude sua mente, mude sua consciência
e imediatamente esse problema não existe mais.
Experimente e você verá que é assim.
P: No ano passado, quando estávamos todos
juntos, estávamos mais altos e tivemos menos
problemas.
Lester: Esse é o propósito principal de nos unirmos
como um grupo. Você se lembra de sua direção.
Você está com pessoas que estão se esforçando na
mesma direção e você está se movendo no sentido
oposto ao modo como o mundo está se movendo.
Portanto, mantenha uma companhia positiva tanto
quanto possível. E quando você estiver sozinho,
pare de ser o que você não é, um corpo e uma
mente limitados, e seja apenas o que você é, um
ser Infinito, totalmente livre, grandioso e glorioso,
inteiro e completo.
Como ver o ego? Cada vez que há uma reação a
alguém ou alguma coisa, essa reação é motivada
pelo ego. Procure dentro de si a motivação do ego
e, quando a vir, deixe-a ir. Cada vez que uma
motivação do ego é vista, o ego fica enfraquecido.
Ver a motivação do ego é senti-la, e não apenas
vê-la intelectualmente. Quanto mais dói, mais
estamos envolvidos em termos de ego.
***
Esta sessão foi gravada na cidade de Nova York,
em 14 de setembro de 1984.
SESSÃO 3 CRESCIMENTO ESPIRITUAL
SUGERE-SE QUE OS APHORISMOS ABAIXO
SEJAM ABSORVIDOS UM DE CADA VEZ.
TENTE ENTENDER UM ANTES DE PASSAR
PARA O SEGUINTE.
***
Todo o objetivo do caminho é abandonar o ego. O
que resta é o seu Eu.
***
O único crescimento que existe é a eliminação do
ego.
***
Ego é o sentido de “Eu sou um indivíduo separado
do Todo”. No extremo, é egoísmo.
***
Crescer é transcender a si mesmo, o seu eu
habitual, que não é outro senão o ego.
***
O crescimento é o ego saindo de sua miséria.
***
Reconheça que toda alegria nada mais é do que o
seu Eu, mais ou menos.
***
Não há felicidade exceto a de experimentar o seu
Eu. Quando você vê isso, o caminho fica muito
direto. Você para de perseguir o arco-íris e busca a
felicidade onde você sabe que ela está, bem dentro
de você.
***
Tudo o que você está buscando, você é, e muito
tolamente diz que não é. Isso faz parte do enigma:
tudo o que todos buscam com tanta intensidade,
nós conseguimos, e muito mais.
***
“Isso” é você, quando você diz “eu”, isso é o
Infinito. Grande piada! Aqui você é infinito
buscando o seu Eu, que você é!
***
Quando alguém diz que não é um mestre, está
mentindo.
***
Seu esforço deve ser por uma identidade adequada.
Identifique-se com você mesmo!
***
O avanço espiritual é determinado pelo quanto
você se identifica com o seu verdadeiro Eu.
***
O ego é muito complicado. Muitas vezes nos
dissuade desse caminho por um curto período de
tempo, às vezes por um longo período de tempo.
Mas uma vez que entramos nisso, geralmente
quase sempre voltamos a ele. Então você tem que
ter cuidado com os truques da nossa parte egóica.
Isso pode realmente nos levar embora. Não
importa o quanto tenhamos avançado no caminho,
o ego é sempre um companheiro traiçoeiro que
pode nos tirar do caminho, e às vezes por toda a
vida.
***
Isto é algo contra o qual devemos estar atentos. O
sentido do ego se apega e diz: “Eu sou Deus. Ele
se apega ao progresso e é bom e diz. “Eu sou isso”
e, ao fazê-lo, sabota um maior crescimento.
***
Quando você reconhece a oposição do ego, você
pode abandoná-la. Depois da prática é fácil e
depois que você libera o ego suficiente, você sente
naturalmente a paz e a alegria do seu Eu.
***
Na verdade, é um caminho para assumir cada vez
mais o seu estado natural de ser infinito. Você
desiste da limitação. Você desiste da miséria. Mas
você nunca desiste de nada que valha a pena. Você
nunca desiste de nada de bom.
***
Neste caminho você constantemente desiste de
problemas.
***
O primeiro professor é a miséria. Geralmente é a
primeira coisa que nos leva a procurar a saída.
***
Primeiro começamos o caminho para escapar da
miséria. Então provamos o Ser e o desejamos
porque tem um gosto muito bom.
***
. No caminho você nunca desiste de nada, apenas
assume cada vez mais o que realmente deseja até
ter o Tudo.
***
Aceite-o pela doçura que contém, não para sair da
amargura que contém.
***
Descobrimos que nunca desistimos de nada no
caminho espiritual, a não ser das nossas ligaduras
e misérias autoimpostas.
***
Se você está fracamente a favor do caminho, você
está fortemente a favor do mundo dos sentidos.
***
Você acha que não pode, é por isso que não pode.
***
É apenas o pensamento “Não consigo” que o
impede de fazê-lo.
***
Quem não pode, realmente não quer.
***
Seu crescimento depende apenas de você.
***
Isso acontecerá o mais rápido que você puder.
***
O único que vai te mudar é você!
***
Desejar não resolverá, nem tentar. Você tem que
fazer isso!
***
Boas intenções não substituem ações corretas.
***
Para mudar mais rapidamente, espere!
***
Você deve ter um desejo muito forte de mudar
porque é tão vítima do hábito que deseja o mundo
tanto quanto um homem que está se afogando
deseja o ar. Para compensar isso, você deve querer
conhecer a si mesmo tanto quanto um homem que
está se afogando deseja o ar.
***
Seu sucesso é determinado pelo seu desejo por ele.
Se você ficar desanimado, você não está realmente
interessado.
***
Seu único amigo de verdade é você. Seu único
inimigo real é você. Você é um inimigo de si
mesmo na medida em que limita o seu Eu. Você é
um amigo de si mesmo na medida em que se
limita.
***
O que você faz a si mesmo, sendo obra sua, só
você pode desfazê-lo. Você fez isso. Você deve
desfazer isso.
***
Todo esse caminho é um caminho do tipo faça
você mesmo.
***
Faça o que está disponível para você fazer. Faça o
seu melhor.
***
Cada experiência é para abençoá-lo, não para
machucá-lo. Se você permanecer de acordo com os
princípios, você sairá mais alto!
***
Cada lugar e cada situação na vida apresentam
uma oportunidade de crescimento.
***
O melhor lugar para crescer é exatamente onde
você está. A melhor hora é agora.
***
Deveríamos tentar ir até o fim. Para nós é dado
fazer isso. Temos a possibilidade de voltar atrás
Seja grato pelas oportunidades de crescer.
***
Os maiores de todos os testes são aqueles em casa,
com a sua família imediata. Portanto, o lar é um
excelente lugar para crescer.
***
Muito crescimento espiritual pode ser obtido
praticando o verdadeiro amor altruísta com seu
cônjuge e família.
***
É uma boa oportunidade de crescer quando as
pessoas falam coisas sobre você, se opondo a você.
Isso lhe dá a chance de praticar o verdadeiro Amor.
Isso lhe dá a chance de praticar a verdadeira paz.
O fato de eles estarem fazendo sons com a boca
não é motivo para você se sentir mal com isso. A
oposição é uma coisa muito saudável. Provoca e
firma o crescimento.
***
É preciso lembrar que todos podem ser nossos
professores. Se reagirmos a elogios ou gentilezas,
isso está desenvolvendo o ego. Se ficamos
deprimidos com as críticas, isso é ego. Quando
somos o nosso Eu, não há reação.
***
Não há nada que aconteça que não possa ser
usado. Não há incidente que não possa ser usado
como professor.
***
Cada minuto de cada dia deve ser usado para
crescer.
***
Se presumirmos que estamos ali e não estamos, as
circunstâncias logo nos despertam para o fato de
que não estamos.
***
Se você contar aos outros sobre suas experiências
elevadas, sobre seus ganhos, por causa do ciúme
deles, eles dirão: “Ah, quem ela pensa que é?” E
isso funciona contra você e tende a derrubá-lo.
***
Sempre que você se gaba de alguma coisa, você
está convidando para um teste. Então, eu te aviso,
se você está crescendo nessas coisas, quando elas
começarem a aparecer, a menos que você tenha
tanta certeza de que sabe por experiência que não
pode perdê-las, é melhor não contar a ninguém.
***
Tenha orgulho de suas realizações espirituais. Seja
feliz com eles. Tenha orgulho deles para você
mesmo.
***
Quando você tem falso orgulho espiritual, você
convida a desafiar aquilo de que se orgulha.
***
É preciso acabar com as dúvidas.
***
É preciso mais do que fé. É preciso conhecimento.
Você começa com fé, mas deve convertê-la em
conhecimento. Você deve testá-lo e então saberá
disso.
***
Para realmente compreender, devemos vivenciar o
conhecimento.
***
Quando você experimenta, não é mais intelectual.
***
Você pode obter compreensão sem ser capaz de
colocá-la em palavras.
***
A única maturidade que existe é a compreensão
espiritual.
***
Destaque-se e seja diferente e não deixe que os
outros o levem de volta para onde você estava.
Não é fácil. É preciso coragem.
***
Deveríamos tentar ir até o fim. Para nós é dado
fazer isso. Temos a possibilidade de voltar para
casa, direto para o Absoluto.
***
Espere o infinito, não mais. Você não pode esperar
muito.
***
Siga a linha até o fim. Quanto mais você seguir a
linha, mais cedo será o fim.
***
Todo ganho é um ganho eterno. Cada passo que
você dá agora é para sempre.
***
Subimos uma escada e cada vez que subimos outro
degrau esquecemos dos degraus abaixo. Então,
quando chegamos ao topo, chutamos a escada para
longe.
***
A prova deste assunto é o resultado que você
obtém.
***
Quanto mais você cresce, menos sente necessidade
de crescer.
***
Quanto mais alto você sobe, menor é o incentivo
para ir mais longe.
***
Você nunca aprende nada refutando; você aprende
apenas provando.
***
Estudar a ilusão ajuda a torná-la real. Se você quer
conhecer a Verdade, não estude o contrário.
***
Todo o processo de crescimento consiste em
abandonar os pensamentos. Quando nossos
pensamentos são totalmente eliminados, não resta
nada além do Ser.
***
Não tente complicar; é muito simples.
***
Só podemos expandir para fora do ego. O Eu é.
***
Crescer é deixar de ser o que você não é.
***
Deixe de lado o seu ego e seja você mesmo!
***
À medida que você cresce, o mundo inteiro se abre
para você, você experimenta muito mais. No
entanto, mesmo que você tenha este mundo
inteiro, você só tem um ponto. Pegue todo o
cosmos!
***
Ansiar pela libertação é a chave. Depois de
conseguir isso, você será carregado até o fim.
***
Em nosso desejo de alcançar a liberação ou
realização, somos ajudados na medida em que
ajudamos todos os outros.
***
Cresça até o ponto em que toda a sua atenção
esteja fora de você e dos outros.
***
Por que não deveríamos todos ser mestres, todos
nós, aqui e agora?
***
No momento em que decidimos ser o Eu,
realmente decidimos, é assim!
***
Quanto mais alto você sobe, mais não-diferença
surge. Você aceita igualmente os líderes de todas
as religiões.
***
Ter paz em condições ideais não é indicativo de
crescimento espiritual, é fuga.
***
Quando as pessoas não estão crescendo, elas estão
indo na direção oposta.
***
Você deve agradecer àqueles que se opõem a você
porque eles lhe dão uma oportunidade incomum de
crescimento.
***
Quando começamos a nos preocupar com o que
eles estão fazendo, estamos nos afastando do que
estamos fazendo.
***
Você precisa de confirmação constante até não
precisar mais dela.
***
Perseverança é necessária.
***
A adversidade é um estímulo ao crescimento.
***
Quanto mais intensas forem as crises neste mundo,
mais teremos oportunidade de crescer.
***
Seria tão rápido se as pessoas, com esforço
constante e intenso, perguntassem: O que sou eu?
***
Quando você obtém a resposta para O que sou eu?
então você tem controle sobre seu corpo e mente.
***
Se há algo que você não gosta por aí, é necessário
mudar a si mesmo.
***
Você pode ver plenamente quem você é e não ser
capaz de mantê-lo. O que acontece é que, sendo o
Eu infinito, podemos vislumbrar o infinito, mantê-
lo por um tempo e, de repente, sentir como se o
tivéssemos perdido. A razão para isso é que a
mente não foi eliminada. Os pensamentos
subconscientes de limitação estão submersos no
momento. Você pode entrar completamente em seu
Eu e abandonar temporariamente a mente. Você
não eliminou a mente, apenas a abandonou
momentaneamente. Então aí está você, por
enquanto, totalmente o Eu infinito. No entanto, a
mente que estava submersa ressurge e então o ego
assume o controle e você simplesmente não
consegue entender o que aconteceu com você, o
que o trouxe de volta ao peso do mundo
novamente. O que é necessário é que
restabeleçamos esse estado do Ser repetidamente
até que se torne permanente. Cada vez que
fazemos isso, queimamos mais a mente, até que
finalmente queimamos toda a mente. Então
estamos permanentemente estabelecidos no Ser.
Então você se recosta e a mente está lá fora e o
corpo está lá fora e você não é a mente, você não é
o corpo. Contanto que você saiba que não é a
mente e o corpo, ambos podem prosseguir o
quanto quiserem, e você sabe que eles não podem
tocar em você.
***
SESSÃO 4
Vou começar com aquilo que nos interessa,
certo? A palavra que mais gosto para o nosso
assunto é Felicidade. Quando analisamos aquilo
que todo mundo busca ou busca é a felicidade,
certo? E quando você encontra Deus, o seu Eu,
isso acaba sendo a felicidade suprema. Quando
procuramos e encontramos a verdade plena, a
verdade absoluta, mais uma vez isso acaba por
ser a felicidade suprema. Estamos todos
buscando o bem maior para nós mesmos. O bem
final acaba sendo a felicidade final. Todo ser está
buscando a liberdade e a liberdade ou liberação
completa nada mais é do que a felicidade
suprema.
Assim, no final, as palavras Deus, bem, verdade,
libertação, liberdade, Eu, revelam-se a felicidade
suprema. E cada um está buscando esse Bem,
essa Felicidade, essa Libertação. Verdade, Deus,
Eu. Não há ninguém que não esteja buscando
Isto. A única diferença entre nós e os outros é
que O buscamos conscientemente na direção
onde Ele está. Os outros estão buscando isso
cegamente, buscando a felicidade no mundo e
nunca conseguindo realmente a felicidade plena
pela qual estão lutando. Nós vamos atrás disso
diretamente. Nós procuramos onde ele está. Nós
buscamos isso dentro.
Todos desejam uma felicidade contínua,
constante e eterna, sem qualquer tristeza, e
ninguém fica satisfeito até que a encontre. Todos
estão buscando o que todos nós buscamos, a
principal diferença é que eles estão buscando
Isto no mundo e estão frustrados, enquanto nós
estamos buscando Isto dentro de nós e estamos
nos tornando mais felizes com sucesso.
Quando nos interiorizamos, descobrimos que
toda a felicidade está lá. O único lugar onde
podemos sentir felicidade é dentro de nós
mesmos. É exatamente aí que está. Cada vez que
atribuímos essa felicidade a algo externo, a uma
pessoa ou coisa externa, sentimos mais dor do
que prazer. Alguém discorda disso? Se você já
experimentou o suficiente, se viveu o suficiente e
se examinou isso, você descobriu isso. A
felicidade que buscamos e pensamos está lá fora,
fora de nós, não existe. A “felicidade sem
tristeza” só pode ser encontrada interiorizando-
se. Ponto número um.
Agora, o ponto número dois é que esta grande
Felicidade que procuramos nada mais é do que o
nosso próprio Ser, o nosso próprio ser. Nossa
natureza inerente mais básica é aquilo que
buscamos e que é nossa, aqui e agora. Somos
aquela felicidade que buscamos, procurando
externamente e não encontrando lá. Olhando
para dentro, descobrimos que ele é o nosso
próprio Eu, livre de nossas limitações
autoimpostas.
FELICIDADE
Não há nenhum de nós que não esteja em contato
direto e em posse de um Ser infinito que é
totalmente perfeito, totalmente presente,
totalmente alegre e eterno. Não há nenhum de
nós que não esteja em contato direto com Isso
agora! Mas devido à aprendizagem errada, ao
assumirmos, ao longo dos tempos, conceitos de
limitação, ao olharmos para fora, obscurecemos
a visão. Cobrimos este Ser infinito que somos
com conceitos de “Eu sou este corpo físico”, “Eu
sou esta mente”. “Com este corpo físico e mente,
tenho muitos e muitos problemas e
dificuldades.” Assim, para descobrirmos esta
verdade, este Ser ilimitado que somos, devemos
aquietar a mente e, finalmente, abandoná-la. E só
assim poderemos alcançá-lo.
A mente nada mais é do que a soma total de
todos os pensamentos. Todos os pensamentos
são conceitos de limitação. Se qualquer um de
nós pudesse parar de pensar agora e permanecer
assim, ele
seja um Ser ilimitado a partir deste momento. É
realmente simples assim, embora não
necessariamente fácil de realizar.
A tarefa é primeiro desfazer o pensamento
negativo para nos tornarmos positivos o
suficiente para podermos seguir na direção certa.
Então, para abandonar todos os pensamentos,
abandone todos os pensamentos negativos e
positivos. Quando isso acontece, descobrimos
que estamos no reino do conhecimento, da
onisciência, não temos necessidade de pensar,
pois tudo é conhecido e somos todos alegres e
totalmente livres. Sabendo tudo, não há o que
pensar!
Pensar é apenas relacionar coisas com outras
coisas, conectar coisas. Conhecendo tudo,
conhecemos a unidade, a unicidade e não há
necessidade de relacionar as coisas pelo
pensamento.
Assim somos livres, livres de todos os conceitos
de separação e limitação. Isso nos deixa livres
para usar a mente caso queiramos nos comunicar
com a aparência do mundo.
O processo de interiorização é um processo de
olhar para dentro e descobrir o que é a mente,
descobrir que a mente nada mais é do que
pensamentos e que os pensamentos nada mais
são do que numerosos conceitos de limitação.
Acalmamos a mente abandonando esses
pensamentos até que ela fique quieta o suficiente
para vermos esse Ser infinito que somos. Isso
tira a névoa, as nuvens que cobrem esse Ser
infinito, e nos deixa totalmente livres.
Quando vemos pela primeira vez este Ser
infinito que somos, o trabalho ainda não está
concluído; ainda temos os hábitos de pensamento
remanescentes para eliminar. Então, quando não
houver mais pensamentos restantes,
subconsciente e consciente (e os pensamentos
subconscientes forem os difíceis de abandonar)
quando não há mais pensamentos, esse é o fim
do caminho do jogo limitado. Então 'estamos
totalmente livres, para sempre!
Na verdade, não temos escolha, somos Seres
infinitos. Se houver uma escolha, só pode ser
escolher ser limitado! Escolhemos ser limitados
a tal ponto que agora nos comportamos
cegamente como se fôssemos seres
extremamente limitados, conseqüentemente,
todos os problemas aparentes.
Os problemas são apenas uma aparência porque
são considerados reais através da nossa mente.
Tudo o que vemos no mundo, vemos apenas em
nossa mente. Não há nada além da nossa
consciência; nada pode ser visto exceto através
da nossa consciência. Tudo o que vemos está em
nossa consciência, em nossa mente. Quando
alguém começa a perceber isso, então trabalha
para mudar sua consciência e, ao fazê-lo, muda
seu ambiente.
Mudar o ambiente é um passo no caminho.
Fazendo isso você tem a prova, entende o que
estou dizendo. Nada deveria ser aceito com base
em boatos. Nunca acredite em nada que você
ouve. Se você aceitar o que eu digo apenas por
ouvir, será apenas boato. Você deve provar tudo
por si mesmo. Então, quando você fizer isso, o
conhecimento será seu e poderá ser usado. Para
progredir na direção da sabedoria e da felicidade,
é absolutamente necessário que cada um prove
isso por si mesmo.
Como dito acima, a Verdade nunca pode ser
encontrada no mundo. O mundo como o vemos
agora é multiplex, dual. Quando vamos logo
atrás do mundo, descobrimos a Verdade
absoluta, que existe uma Unidade singular em
todo o mundo e no universo e que acaba sendo o
nosso próprio Eu, o nosso próprio Ser, que
alguns chamam de Deus. O mundo é, mas não
como as pessoas o veem. O mundo é
verdadeiramente apenas o nosso próprio Eu. O
“eu” que usamos quando dizemos “eu sou” é
exatamente o mesmo “eu” que parece falsamente
separado e dividido. Quando vemos a Verdade,
vemos que você sou eu, que existe apenas um
Ser, que existe apenas uma Consciência, e que
somos a soma total de todo o Ser ou Consciência
que anteriormente parecia separado.
Então, novamente, para encontrar a Verdade ou a
Felicidade, você tem que se interiorizar, você
tem que ver a Unidade, você tem que ver o
universo como ele realmente é, como nada além
de sua consciência, que nada mais é do que seu
Eu. é difícil de descrever, é algo que deve ser
vivenciado. Somente quando alguém
experimenta isso é que se sabe. Não pode ser
captado ouvindo ninguém. Os livros e os
professores só podem apontar a direção,
devemos segui-la. Essa é uma das coisas boas do
caminho. Não há nada em que acreditar, tudo
deve ser experimentado e provado por cada um
para sua própria satisfação antes de ser aceito.
Para resumir, posso pegar duas citações da
Bíblia: “Eu sou o que sou” e “Aquietai-vos e
sabei que sou Deus”. Ou, em outras palavras,
você é Aquilo que está procurando, acalme a
mente até que você O veja. OK.? Agora
podemos entrar em questões.
P: Eu me deparo com uma diferença: essas
pessoas, todos nós nesta sala, cada um de nós
tem uma forma e eu a vejo.
Lester: Você está vendo errado. Você está vendo
errado. Quando você olha para mim, você
deveria ver a Verdade, você deveria ver o seu
Eu. Esforce-se até aquele dia em que você verá
esta Verdade.
P: Depois que alguém tem uma certa experiência
interior e começa a acreditar, ainda surge uma
decisão importante sobre o que fazer consigo
mesmo quando você se encontra nesse ponto. E
então você tem que decidir o que fazer com o
resto da sua vida.
Lester: Sim. Você deve decidir se deseja buscar
o seu bem-estar buscando-o no mundo ou dentro
de você.
P: Você teve uma certa experiência, mas sempre
será chamado de volta para um certo contato
com o mundo exterior, a menos que...
Lester: A menos que você faça do mundo
exterior você. Contudo, não se apegue ao mundo
e ele não poderá perturbá-lo. Então você pode
continuar com equanimidade.
P: Para tornar o mundo exterior eu, eu pensaria
que teria que me autopurificar.
Lester: Sim. Praticar servir ao mundo irá
purificá-lo.
P: Eu quase teria que sair e sacrificar o que resta
de mim mesmo em algum tipo de serviço.
Lester: A única coisa que você sacrificará nessa
direção é sua miséria. Prestar serviço só traria
felicidade, na medida em que seu coração
estivesse nisso. Quanto mais você serve ao
mundo com boa vontade, mais descobre que está
relacionado com tudo e com todos. Não há
isolamento. É servir e tornar-se o Tudo que deve
ser a nossa direção. Você não se afasta e deixa
que os outros se separem de você. Você se torna
eles através da prática de servi-los.
P: A única razão pela qual eu faria um esforço
nessa direção é para poder ajudar melhor outras
pessoas.
Lester: Bom, mas você não pode mais ajudar
outras pessoas
do que você pode ajudar a si mesmo. Portanto, a
melhor maneira de ajudar os outros é ajudando a
si mesmo. É automaticamente assim que você
ajudará os outros na mesma medida em que
ajudará a si mesmo. Faz ambos.
P: Então ajude a si mesmo ajudando os outros?
Não é uma ação de mão dupla?
Lester: Sim. No entanto, é o motivo que conta.
Se estou ajudando você por motivos egoístas,
isso não ajuda a mim ou a você. Se eu ajudar
apenas para ajudar você, eu cresço. Mas há
muitas pessoas no mundo que ajudam na
glorificação do seu próprio ego e isso não as
ajuda em nada, nem a você, porque elas então o
ajudam em termos de ego, ou seja, ajudam a
validar o seu ego.
P: Isso é uma coisa muito sutil, muito difícil de
se livrar, esse ego.
Lester: Certo. Quando não há mais ego, a única
coisa que resta é o Ser infinito que você é. Ego é
a sensação de separação do Todo. Eu sou um
indivíduo, Lester: e estou separado do Todo, e
todos vocês são diferentes de mim, esse é o
sentido do ego, da separação. No momento em
que não sou o Tudo, me falta alguma coisa e
então tento recuperá-la. Acho que preciso das
partes que faltam no Todo e começo a tentar
obtê-las. Assim, presumo que não tenho o Tudo,
sou limitado, e isso inicia uma espiral
descendente e continuamos até chegarmos onde
estamos. No entanto, estamos todos subindo
agora. E o grande problema é nos livrarmos do
nosso ego, da sensação de que sou um indivíduo
separado de tudo. Podemos fazer isso
observando nossas motivações. Quando a nossa
motivação é egoísta, nós a mudamos, tornamos-
na altruísta; agimos para os outros e não para nós
mesmos, e assim crescemos.
P: O crescimento é uma tomada de consciência
constante?
Lester: Sim. Você deve primeiro querer. Quando
você quiser, você se tornará consciente do seu
pensamento. Então você se torna consciente do
seu não-pensamento, que aparece como períodos
de paz e bem-estar.
P: Como tentar descobrir, por exemplo, por que
alguém sente as coisas ou por que está doente,
como nestes últimos dois anos de doença para
mim. É tremendo maravilhoso, Lester:. Ainda
esta manhã, quando estava conversando com
minha irmã ao telefone, depois de falar com ela,
fiquei pensando: “Por quê? Por que? Por que?" e
tentei ficar quieto, o mais quieto possível, e de
repente, a compreensão do porquê de eu ter sido
tão negativo veio até mim com uma clareza
tremenda. E pensei em você tão intensamente e
pensei: “Bem, é isso que Lester: possivelmente
significa”. É descobrir o porquê, e quando
alguém vê isso, imediatamente transforma isso
em algo positivo e se liberta.
Lester: Certo, muito bom. Continue assim até
que não haja mais.
P: Isso é o que você sempre quis dizer sobre
tornar consciente o pensamento subconsciente e
depois abandoná-lo.
Lester: Sim. Puxe o pensamento subconsciente
para a consciência e quando ele estiver lá, você o
verá e naturalmente o abandonará por causa de
sua negatividade. Mas enquanto permanecer
inconsciente, você não o verá e não poderá fazer
nada a respeito, não é mesmo?
P: Não. E coisas tremendas surgem quando
alguém começa. Uau! Jacarés! Não é fácil.
Lester: Em termos de ego, você não gosta do que
surge e tende a lutar contra isso.
P: Muitas vezes eu ando em equilíbrio e então
algo surge nos relacionamentos pessoais ou de
outras direções, e de repente você sente uma dor
intensa, e então percebe que sempre que sente
dor, você está mostrando sua própria limitação, e
dá um passo para trás, olha para ela, e liberte-se
de toda a situação.
Lester: Sim, todas as situações podem ser usadas
para o crescimento, observando o que está
acontecendo, a maneira como você faz. Faça isso
o tempo todo, até que não haja mais necessidade
de ser abandonado, até que não haja mais ego.
P: O trabalho criativo, por exemplo, também
envolve o ego. É muito sutil. E quanto mais
alguém vê espiritualmente, mais ele é capaz de
pintar um quadro, ou fazer música, ou o que quer
que faça, - este é um ponto que sempre me
incomodou, o envolvimento do ego nisso. Isso
me preocupou, como canalizar, comercializar,
vender alguma coisa?
Lester: A resposta é simples: comercialize, mas
não se apegue a essa criatividade.
P: Difícil, é o ego dizendo: “Eu sou o criador”.
Lester: Não importa o que você faça, não se
apegue a isso. Deixe de lado a sensação de “eu
sou o criador”. Deixe a criatividade fluir através
de você.
P: Eu acho que em quase qualquer ato criativo
tem que haver uma parte espiritual, a raiz disso é
basicamente alguma motivação pura, mas quase
sempre está misturada com ego.
Lester: Deixa eu esclarecer uma coisa, tudo que
você faz é criativo, é impossível fazer algo que
não seja criativo. Isso porque a mente é apenas
criativa, mas quando criamos coisas de que não
gostamos, chamamos isso de não-criativo e
destrutivo. Quando criamos coisas que gostamos,
chamamos isso de criativo e construtivo. Mas a
mente apenas cria. Todo mundo é um criador. O
que temos em mente, nós criamos.
P: Então todo esse nosso ego é criação nossa?
Lester: Certo. É melhor criar coisas construtivas
como beleza, saúde, riqueza, pois elas não
exigem de nós tanta atenção como um corpo
doente ou uma carteira doente.
Consequentemente temos mais tempo e
facilidade para olhar na direção da Verdade e
descobrir o nosso Eu.
P: Às vezes penso que se pensa demais no ego e
então o ego cresce, e você quer combatê-lo mais
e lhe dá mais importância.
Lester: Sim. Mas está muito desenvolvido agora,
muito mais do que você pode ver, na parte
inconsciente da sua mente. A mente nada mais é
do que a coleção total de todos os pensamentos.
A parte inconsciente da mente contém todos os
pensamentos que não estamos vendo neste
momento. Mas essas centenas de milhares de
pensamentos estão lá e estão ativos.
Inconscientemente você está operando esse
corpo; você está operando cada célula. Você está
trabalhando em uma fábrica de produtos
químicos, um sistema circulatório, um sistema de
resfriamento e um sistema de aquecimento, tudo
esses pensamentos são ativos e operam
ativamente em seu corpo. Também existem
milhares de pensamentos de querer e não querer
coisas, gostos e desgostos. Mas mesmo que
estejam inconscientes, estão ativos; quer
olhemos para eles ou não, eles ainda estão ativos
e são sustentados e motivados pelo nosso ego.
Esta é a parte difícil para nós: tornar conscientes
esses pensamentos motivados pelo ego, para que
possamos abandoná-los. Contudo, algum dia
chegaremos a um lugar onde não seremos aquela
mente egoica. Quando percebermos que “eu não
sou essa mente, não sou esse corpo, não sou esse
ego”, então realmente veremos, e quando
realmente percebermos que não somos isso, será
possível abandonar esse ego-mente- corpo, de
uma vez por todas.
P: Porque alguém se tornou novamente o que é?
Lester: Não se re-tornar, alguém relembrou,
redescobriu, re-reconheceu o que sempre foi.
P: Então a coisa do ego cai como uma crosta.
Lester: Certo, se foi para sempre. Agora é isso
que fazemos eventualmente. No início,
trabalhamos para abandonar o ego até
conseguirmos obter atenção suficiente para
podermos buscar quem e o que somos. Então,
quando vemos quem e o que somos, dizemos:
“Isso é ridículo”, e não nos identificamos mais
com o ego-mente-corpo. Então observamos o
corpo passar pela vida como agora observamos
qualquer outro corpo.
Você assiste e sabe que o corpo não é você.
Você está realmente acima desse corpo, você não
está limitado nem limitado por ele. Você sabe
que é eterno, inteiro, perfeito e livre, e deixa o
corpo seguir seu caminho, como uma marionete.
P: E aí você usa o corpo para o que quiser, se
quiser ou não, o show continua.
Lester: Sim. Você deixou o show continuar. É
um programa que você escreveu chamado
“Bodies Playing Limited”. No entanto, você é
livre para escolher usar o corpo para se
comunicar com outras pessoas, para ajudá-las a
crescer.
P: Tudo o que vemos, um pedaço de madeira,
uma batata frita, não é parte dessa Verdade
eterna?
Lester: Sim, mas você tem que ver isso como
nada além de você, então você verá a verdade
disso. O mundo não desaparece, a nossa
percepção dele muda completamente. Em vez de
o mundo ser diferente de nós, ele se torna nós, ou
nós nos tornamos isso. Quando você vê o mundo
como você é, ele parecerá totalmente diferente
do que parecia quando parecia separado. Você
vai amar e se identificar com ele e com todos que
estão nele.
Quando você ama alguém completamente, você
se identifica e se torna um com essa pessoa.
Quando você se torna o universo, você ama o
universo, ou, se você ama totalmente o universo,
você se torna o universo. O amor é
absolutamente necessário. Quando amamos
totalmente, nos identificamos totalmente com o
grande e glorioso Ser infinito que somos!
***
SESSÃO 5 AMOR

O amor humano é aquilo que a maioria das ***

pessoas pensam que é o amor. O amor real e
divino, entretanto, é uma aceitação constante e
persistente de todos os seres do universo, plena,
integralmente, totalmente, como os outros seres
são, e amá-los porque são como são. Amor
divino é querer e permitir que o outro seja do
jeito que o outro quer ser. O amor divino é ver e
aceitar a todos igualmente, e penso que este é o
teste de quão divino é o nosso amor. É o mesmo
para todas as pessoas que conhecemos? O nosso
amor por aqueles que se opõem a nós é tão forte
quanto por aqueles que nos apoiam?
O amor real e divino é incondicional e é para
todos igualmente. O maior exemplo disso é
Cristo com Seus ensinamentos de: dar a outra
face, amar o inimigo e assim por diante. Se nós,
como nação, praticássemos isto, poderíamos
tornar todos os nossos inimigos completamente
impotentes - apenas por amá-los. Eles seriam
impotentes para nos causar qualquer dano.
Contudo, teríamos que fazê-lo como nação, pelo
menos a maioria do povo teria que amar o
inimigo.
O amor verdadeiro em si é algo que não
podemos ligar e desligar. Ou temos ou não temos
e, com isso, é impossível amar uma pessoa e
odiar outra. Na medida em que odiamos alguém,
na mesma medida não amamos os outros. Nosso
amor não é maior do que nosso ódio por
qualquer pessoa.
O que a maioria das pessoas chama de amor é
simplesmente uma necessidade. Se dissermos
que amo essa pessoa, mas não a outra, sentimos
que precisamos dessa pessoa e, portanto,
seremos gentis com ela para que possamos
conseguir o que queremos. Mas isso não é amor
verdadeiro.
Quando você ama, você eleva os outros ao amor.
***
O máximo que você pode dar é o seu amor. É
maior do que dar materialidade.
***
Quando você entende as pessoas, você vê que
elas estão agindo certo aos seus próprios olhos.
Quando você entende, você permite, você aceita.
Se você entende, você ama.
***
Quando amamos, não apenas somos felizes, mas
também toda a nossa vida está em harmonia.
***
A felicidade é igual à capacidade de amar.
***
Se amamos completamente, somos perfeitamente
felizes.
***
Sempre existe amor ou a falta dele.
***
Quando não estamos amando, estamos fazendo o
oposto.
***
O maior amor é quando você se torna o outro.
Identidade é amor em sua forma mais elevada.
***
Se você ama o seu inimigo, você não tem mais
inimigos!

O amor humano é egoísta, o amor divino é ***

completamente altruísta. É o amor altruísta que O poder e o efeito do amor são óbvios. Apenas
proporciona alegria ilimitada além da nossa tente!
imaginação. Experimente e descubra você ***
mesmo.
Se você olhar para isso a partir do seu próprio
*** centro, as palavras amor, aceitação,
O verdadeiro amor é o amor que sentimos pelos identificação, compreensão, comunicação,
outros. É determinado pelo quanto nós verdade, Deus, Eu são todas iguais.
entregamos aos outros. ***
*** O estado original do homem era todo amor. Seus
O amor pleno é identificar-se com todos os problemas se devem apenas ao encobrimento de
outros seres. seu estado natural de amor.
*** ***
Quando nos identificamos com todos, tratamos a Ame e descubra que o altruísmo acaba sendo o
todos como trataríamos a nós mesmos. maior bem para você.
*** ***
O amor é o bálsamo, o bálsamo, que acalma e O amor não exige esforço e o ódio exige muito
cura tudo e todos. esforço.
 ***
Aplique amor e todo problema será resolvido.
***
O amor humano é precisar do outro. O amor
divino é dar ao outro.
***
Amor é igual a felicidade. Quando não estamos
felizes, não estamos amando.
***
O conceito de possessividade é exatamente o
oposto do significado do amor. O amor liberta” a
possessividade escraviza.
***
O amor é um sentimento de unidade, de
identidade com o outro. Quando há um amor
pleno você se sente como a outra pessoa. Então,
tratar a outra pessoa é como tratar a si mesmo.
Você se deleita com a alegria do outro.
***
O amor é um poder tremendo. Descobre-se que o
poder por trás do amor, sem dúvida, é muito
mais poderoso que a bomba de hidrogênio.
***
Um indivíduo com nada além de amor pode
enfrentar o mundo inteiro porque esse amor é
muito poderoso. Este amor nada mais é do que o
Eu. Este amor é Deus.
***
O amor não dará apenas todo o poder do
universo, mas também toda a alegria e todo o
conhecimento.
***
A melhor maneira de aumentar nossa capacidade
de amar é compreendendo a nós mesmos.
***
O verdadeiro amor vence o universo, não apenas
uma pessoa, mas todos no universo.
***
Por trás dos conceitos de não-amor, existe
sempre o amor infinito que somos. Você não
pode aumentá-lo. Tudo o que vocês podem fazer
é eliminar os conceitos de não-amor e ódio, para
que este tremendo Ser amoroso que somos não
fique mais oculto.
***
***
Acho que todo mundo conhece a maravilhosa
experiência de amar uma pessoa, então você
pode imaginar como é amar três bilhões de
pessoas. Seria três bilhões de vezes mais
agradável.
***
O amor é uma atitude constante que evolui em
nós quando o desenvolvemos. Deveríamos tentar
praticar o amor primeiro em nossa família.
Conceda a todos na família seu próprio ser. Em
seguida, aplique-o aos amigos, depois aos
estranhos e depois a todos.
***
O amor é um ingrediente absolutamente
necessário no caminho. Se alguma vez
esperamos obter a Realização plena, devemos
aumentar o nosso amor até que esteja completo.
***
Quando você realmente ama, você nunca sente a
separação. Não há distância, porque eles estão
bem no seu coração.
***
Somente através do crescimento é que realmente
entendemos o que é o amor.
***
Quanto mais praticamos o amor, mais amamos, e
quanto mais amamos, mais podemos praticar o
amor. Amor gera amor!
***
Quanto mais desenvolvemos o amor, mais
entramos em contato com a harmonia do
universo, mais prazerosa se torna a nossa vida,
mais bela, mais tudo. Ele inicia um ciclo em que
você gira para cima.
***
O único método de receber amor é dar amor,
porque o que damos deve voltar.
***
A coisa mais fácil de fazer no universo é amar a
todos. Ou seja, uma vez que aprendemos o que é
o amor, é a coisa mais fácil de fazer. É preciso
um esforço tremendo para não amar a todos e
você vê o esforço sendo despendido na vida
cotidiana. Mas quando amamos, somos um com
todos. Estamos em paz e tudo se encaixa
perfeitamente.
***
No amor espiritual superior não há autoprivação.
Não precisamos nos machucar quando amamos a
todos, e não amamos.
***
Com amor há um sentimento de mutualidade.
Aquilo que é mútuo é correto. Se você ama, você
segue essa lei.
***
O amor é sufocado por atitudes erradas. O amor
é nossa natureza básica e uma coisa natural. É
por isso que é tão fácil. O oposto exige esforço.
Afastamo-nos do nosso eu natural, cobrimo-lo,
sufocamo-lo com conceitos do oposto do amor e
então, porque não estamos amando, o desamor
volta para nós.
 *** ***
Quando você ama de verdade você entende o Se você não confia em alguém, você não o ama
outro plenamente. plenamente.
*** ***
O amor é uma atitude constante. O amor não Se amamos este mundo, aceitamos o mundo
varia. O amor não pode ser cortado. como ele é. Não tentamos mudar isso. Nós
*** deixamos acontecer. Nós concedemos ao mundo
a sua existência. Tentar mudar os outros é injetar
Todo amor, inclusive o amor humano, tem sua o nosso próprio ego.
fonte no amor divino.
***
***
Quanto mais amamos, menos temos que pensar.
Todo ser humano é basicamente um indivíduo
extremamente amoroso. ***

*** Ser amor é superior a amar. O verdadeiro devoto

de Deus não tem escolha senão amar, ele é amor.
Quando você ama, você pensa apenas no melhor
para quem você ama. ***

*** O amor é o seu Eu. Esse é o amor mais elevado.

Quanto mais você ama, mais você entende. ***

*** O amor é uma atitude constante. O amor não

Há uma palavra que distinguirá o amor certo do
amor errado: doação.
***
Você poderia abraçar uma árvore da mesma
forma que uma pessoa quando estiver muito alto.
Seu amor permeia tudo.
***
A abnegação total é a coisa mais egoísta que
podemos fazer. Quando a abnegação é total,
pensamos apenas nos outros e estamos
automaticamente no Ser.
***
O amor é o estado do Eu. É algo que você é.
***
A consideração é uma parte necessária do amor.
***
Sentimo-nos melhor quando amamos.
***
Qualquer coisa que não seja amor pleno é, até
certo ponto, ódio.
***
Você consegue ver por que não pode ser contra
nada? A formiga é Deus, o inimigo é Deus. Se
você está limitando alguma parte, você está
afastando Deus. O amor não pode ser parcelado.
O amor tem que ser para todos.
***
O maior de todos os progressos é o amor.
***
Sua capacidade de amar é determinada pela sua
compreensão.
varia. Amamos nossa família tanto quanto
amamos estranhos. Na medida em que somos
capazes de amar estranhos; nesse grau, somos
capazes de amar nossa família.
***
Amor é união.
***
O amor é o Eu. O Eu não ama. O Eu é amor.
(Somente na dualidade você pode amar.)
***
Não é amar, é ser amor que te levará a Deus.
***
Amor: Cada um se glorifica pelo serviço
prestado aos outros e deve, portanto,
necessariamente receber dos outros. Assim, Deus
flui de um lado para o outro e nos deleitamos em
Seu exotismo. Não há nada tão delicioso quanto
o espírito de doação. É inebriante além de
qualquer outra experiência capaz para o homem.
Descubra isso.
O serviço é o segredo para banhar-se na sempre
nova alegria de Deus. O serviço abre as portas
aos maiores campos de beleza e encanto, onde se
desfrutam os néctares da infinita variedade de
sabores, todos misturados numa só bebida, a do
amor superlativo.
Entre no jardim da alegria mais deliciosa e eterna
por meio de um desejo eterno de amar e servir.
Deixe de lado o vazio do egoísmo. Preencha-se
ao máximo com amor altruísta.
***
SESSÃO 6
Tentamos não ser intelectuais. Esse
conhecimento pode ser obtido através da leitura
de livros. A maioria de nós já possui o
conhecimento intelectual e ainda assim não está
realizado. O que queremos é conhecimento
através da experiência, do sentimento, da
compreensão e da integração em nosso próprio
ser. O único conhecimento útil para o
crescimento é aquele que percebemos com nossa
visão e sentimento interiores. À medida que
contemplamos, o conhecimento deve se adequar
aos nossos sentimentos, ou seja, parecer certo, e
deve integrar-se com todo o nosso Ser. Então é
uma realização, uma revelação. Então sabemos,
e sabemos que sabemos.
A realização é ver algo realmente pela primeira
vez, embora você já tenha ouvido isso repetidas
vezes. Quando isso é percebido, é como se você
o tivesse ouvido pela primeira vez. É como se
uma lâmpada elétrica se acendesse na mente e
você dissesse: “Ah, agora entendi”. É algo que
você já deve ter ouvido centenas de vezes antes,
mas desta vez, ao ver e experimentar, é uma
realização. Tornou-se real para você.
Este conhecimento percebido e experimentado é
o único conhecimento que nos faz algum bem.
Podemos ler tudo sobre o assunto, mas isso não
ajuda e a nossa vida não muda muito. E isso não
acontece porque não integramos o conhecimento
em nosso ser através da realização.
O conhecimento realizado não é intelectual,
embora os meios que utilizamos sejam
intelectuais. Usamos nossa mente, direcionamos
nossa mente para a resposta. Mas você
descobrirá que a resposta não vem da mente.
Vem de um lugar logo atrás da mente. Vem do
reino do conhecimento, do reino da onisciência.
Ao aquietar a mente através do aquietamento dos
nossos pensamentos, cada um de nós tem acesso
a este reino do Conhecimento. Então e aí você
percebe, você torna real. Você sabe e você sabe
que você sabe. Há alguma dúvida sobre o que
acabei de dizer?
P: Conhecimento e sentimento são a mesma
coisa?
Lester: Não. O sentimento vem logo antes do
conhecimento.
P: O conhecimento está além do sentimento? O
conhecimento é aquilo que parece verdadeiro?
Lester: A resposta para ambas as suas perguntas
é “Sim”. É algo que você terá que experimentar.
Há uma sensação nas coisas, e também há
momentos em que você simplesmente sabe e
sabe que sabe, e não há sentimento nisso. Saber é
realmente um nível superior. Começamos com o
raciocínio, o pensamento, no reino da reflexão.
Então passamos para o reino do sentimento. O
reino superior é o reino do Conhecimento.
REALIZAÇÃO
P: O ego está implícito no sentimento?
Lester: Sim. O ego faz o sentimento. É um
estado de ego superior. Portanto há dualidade,
“eu” sinto “emoção”. Conhecimento é
consciência. Quando eu disse: “Você sabe e sabe
que sabe”, você está consciente e está consciente
do fato de que está consciente. Não há nada
condicionando isso. O estado mais elevado é o
estado de Toda Consciência, de Todo Ser. Ser e
Consciência acabam sendo a mesma coisa
quando chegamos lá. Antes, parece que são duas
coisas diferentes. Mas quando avançamos para o
topo, o Ser, a Consciência, a Consciência são
todos a mesma coisa, porque a Consciência da
qual você tem consciência é do Ser ser Todo o
Ser. Vemos que não somos apenas este corpo,
mas que somos todos os outros corpos, todas as
outras coisas e todos os átomos deste universo.
Então, se somos todos os seres e átomos, somos
todos o Ser.
P: Você quer dizer que eu sou Isso?
Lester: Sim, definitivamente! É “eu”. O estado
superior é “eu”. Isso é tudo, nem mesmo “sou”.
Logo abaixo do topo está “eu sou”. Um passo
abaixo disso é “Eu sou o que sou”. Um passo
abaixo disso é “Eu sou ilimitado”. Um passo
abaixo disso é “Estou ótimo”.
P: Ou um com Deus?
Lester: Bem, onde está “Um com Deus?” Um
com Deus não é um estado superior porque está
na dualidade. Se eu sou um com Deus, existem
“eu” e “Deus”. No final, descobrimos que “eu” é
Deus, que existe apenas uma Unidade singular
no universo, e nós somos, devemos
necessariamente ser, essa Unidade. Isso é o que
descobrimos no final da linha, ou no início da
linha, de qualquer maneira que você olhe. Somos
Seres ilimitados cobrindo esta ilimitação com
conceitos de limitação, o primeiro dos quais é
“Eu sou um indivíduo separado do Todo”, esse é
o primeiro e um grande erro que cometemos.
“Sou separado, sou uma personalidade, meu
nome é Lester: tenho um corpo.” e eu desço em
espiral. Depois de assumirmos uma mente e um
corpo, então assumimos todos esses problemas e
todos esses problemas e eles não passam de
suposições. Eles são apenas uma ficção que
vemos depois de nos interiorizarmos,
aquietarmos a mente e descobrirmos toda essa
verdade ali mesmo.
Todo este mundo, tal como é visto agora, nada
mais é do que uma ilusão onírica que nunca
existiu. A Verdade está logo atrás do mundo
exterior. Então, por que criar problemas? O
crescimento é simplesmente a eliminação de
todos os conceitos de limitação. Esse Ser infinito
e perfeito que somos deve ser sempre infinito e
perfeito e, portanto, é perfeito agora. Isso é algo
que nunca poderemos mudar: nosso Eu
ilimitado. Isso é o tempo todo. Mas eu, o Eu
ilimitado, posso presumir que sou limitado e que
tenho uma mente, tenho um corpo, tenho
problemas. No entanto, é apenas uma suposição.
P: Qual é a técnica para superar tudo isso, para
chegar direto ao estado em que você tem essa
consciência total?
Lester: Faça a pergunta “Quem e o que sou eu?”
e aguardar que a resposta se apresente. A mente
pensante nunca pode dar a resposta, porque todo
pensamento é limitado. Então, em silêncio e
meditação, faça as perguntas: “Quem sou eu?”
"O que eu sou?" Quando outros pensamentos
surgirem, elimine-os. Se não puder, pergunte
“Para quem são esses pensamentos? Bem, esses
pensamentos são para mim. Pois bem, quem sou
eu? e você está de volta ao caminho de “Quem
sou eu?” Continue até obter a resposta à pergunta
“Quem e o que sou eu?” independentemente de
quanto tempo leve.
A resposta é o Eu ilimitado. A única maneira de
se tornar óbvio é quando a mente se aquieta
quase completamente. Os únicos obstáculos à
plena realização imediata aqui e agora são os
pensamentos, todos eles limitados. Elimine esses
pensamentos e você verá esse Ser infinito que
você sempre foi, é e sempre será.
A dificuldade reside nos hábitos passados -
padrões de pensamento, na constante rotação e
agitação inconsciente do pensamento num
mecanismo que estabelecemos e que chamamos
de mente inconsciente. Os pensamentos
inconscientes são simplesmente os nossos
pensamentos agora que não olhamos, e por isso
os chamamos de inconscientes. Este é o inimigo
que armamos. Para diminuir esses pensamentos
inconscientes, primeiro os tornamos conscientes.
Quando os tornamos conscientes, podemos
abandoná-los e eles desaparecem para sempre.
Isso acalma a mente inconsciente. Agora, quanto
mais eliminamos os pensamentos, mais óbvio se
torna o nosso verdadeiro Eu. Quanto mais óbvio
se torna o nosso verdadeiro Eu, mais somos
capazes de queimar os pensamentos restantes,
até que a mente fique totalmente aquietada.
P: Você tem que acalmar os pensamentos
conscientes antes de chegar aos pensamentos
inconscientes?
Lester: O pensamento consciente é apenas o
pensamento inconsciente tornado consciente.
P: Eles também vêm através dos sonhos. nesse
estado, não é mesmo, os pensamentos
inconscientes?
Lester: Sim, mas é apenas no estado de vigília
que podemos eliminá-los e, assim, crescer.
P: Você acalma seus pensamentos conscientes
através da meditação, outras técnicas, etc. Agora.
o “Quem sou eu?” vai passar por ambos,
correto?
Lester: Sim. Além disso, você pode usar “Quem
sou eu?” para acalmar ou eliminar pensamentos.
Faça a pergunta “Quem sou eu?” e quando surge
um pensamento você diz. “Para quem é esse
pensamento?” A resposta é “Para mim”. “Então,
quem sou eu?” e você está de volta à pista.
Assim você elimina os pensamentos à medida
que eles surgem.
P: Mas o que impede que os pensamentos
inconscientes surjam nesse momento?
Lester: Eles irão e deverão aparecer. Se eles
aparecerem, estão conscientes. Então você pode
abandoná-los. Eventualmente você elimina todos
eles.
P: Quantas mentes nós temos?
Lester: Só existe uma mente. O que estamos
vendo neste momento é o que o mundo chama de
mente consciente. A parte da mente que não
estamos olhando neste momento é chamada pelo
mundo de mente inconsciente. É ao modo mental
ao qual damos um nome diferente. Aquilo de que
estamos falando agora, aquilo de que estamos
conscientes agora, é o que chamamos de mente
consciente, o pensamento consciente. A mente
inconsciente são todos os pensamentos nos quais
não estamos interessados neste momento.
O que alguns chamam de pensamento
superconsciente, na verdade não existe
pensamento superconsciente. O superconsciente,
aquilo que está acima da consciência, já está fora
do reino do pensamento, isso é a onisciência,
esse é o reino do conhecimento. O reino
superconsciente é Toda Consciência, Todo
Conhecimento. Não há como pensar quando
você sabe.
P: O inconsciente é diferente do subconsciente?
Lester: Subconsciente e inconsciente são a
mesma coisa.
P: Você concorda com a teoria do inconsciente
coletivo de Jung?
Lester: Eu só concordo com Truth. E isto é uma
coisa que enfatizo: a verdade é a única
autoridade para a verdade. Não aceite nada até
que você possa provar isso. Nem aceite o que eu
digo, por mais que eu fale como se soubesse. Se
não se enquadrar no seu conhecimento no
momento, você pode aceitá-lo para verificação.
Mas só aquilo que você pode provar por si
mesmo, só isso você deve aceitar. Isto é
basicamente importante. É ABSOLUTAMENTE
NECESSÁRIO PROVAR TODO ESSE
CONHECIMENTO
PARA VOCÊ MESMO. Caso contrário, é boato
para você. Você deve fazer deste conhecimento o
seu conhecimento.
Agora, há apenas uma Verdade, uma Verdade
Absoluta. Então colocar nomes nisso não
significa nada. Se fulano disse isso ou eu disse
isso, não significa nada. É verdade? Isso se
integra ao seu entendimento? Essa é a única
coisa que importa. Esse é o ponto em que somos
diferentes. Procuramos tornar isso muito prático
para que você possa utilizar esse conhecimento e
avançar em direção ao entendimento total o mais
rápido possível.
P: É necessário passar por etapas?
Lester: Não. Quanto tempo o Poder Infinito e o
Conhecimento Infinito levariam para saber que
Ele é infinito?
P: Não demoraria muito.
Lester: Certo. Quando o homem assim o deseja
com total intensidade de vontade, isso acontece
rapidamente. Se você quisesse isso mais do que
qualquer outra coisa, você o teria em questão de
semanas ou meses.
P: Existe alguma maneira de querer isso cada vez
mais?
Lester: Sim, faça você mesmo querer isso
experimentando a maravilha disso.
P: Ou tornar-se cada vez mais infeliz?
Lester: Bem, existem dois incentivos; a miséria é
uma delas, mas não a melhor. A doçura, a
maravilha e a glória disso deveriam nos fazer
desejá-lo mais do que a miséria deveria.
P: A glória em que sentido?
Lester: A glória disso, de saber o que você é. É
uma experiência tremenda, é um êxtase, uma
euforia. Não existem palavras reais para
descrever isso porque, bem, estamos numa época
em que essas coisas não são experimentadas e,
portanto, não compreendidas, então como pode
haver palavras para coisas que não são
compreendidas? Não há palavras para descrever
esses sentimentos, eles estão muito além da
compreensão atual. Então você escolhe as
palavras que conhece melhor para descrevê-lo e
pronto. Paramhansa Yogananda usa as palavras
“alegria sempre nova brotando a cada segundo”,
e essa é uma maneira prática de descrevê-la. No
começo é uma alegria que transborda a cada
segundo, continua jorrando, jorrando, você sente
como se não pudesse contê-la. Mais tarde, isso se
transforma em uma paz muito profunda, a paz
mais pacífica que você poderia imaginar. É uma
paz deliciosa que é muito mais confortável do
que uma alegria sempre nova. Mas, por favor,
obtenha a alegria sempre nova!
P: Mas não fique aí.
Lester: É isso. É muito fácil ficar preso no estado
de alegria sempre nova. Isso é o que eles
chamam de bainha de ananda. É o último véu
que temos que remover. É o último muro que
devemos romper. Quando você começa essa
alegria sempre nova, é tão bom que você só quer
continuar. Além disso, você não sente
necessidade de mudar, tudo é tão maravilhoso.
Mas não é o estado final. O estado final é a paz
que excede todo o entendimento. É uma paz
profunda, profunda. Você se move no mundo, o
corpo se move, mas você tem paz absoluta o
tempo todo. Bombas podem estar caindo ao seu
redor e você terá aquela paz perfeita,
independentemente do que esteja acontecendo.
P: Como você mantém esse estado?
Lester: Se você conseguir, não precisa mantê-lo,
porque você o tem, você é isso.
P: Bem, nesse estado particular então, você é
realmente onisciente e todas as outras coisas, e
não há necessidade de pensar.
Lester: Certo. Esse é o estado superior. Agora, é
possível mergulhar neste estado até uma certa
profundidade que é muito profunda e não mantê-
lo porque os hábitos do passado, os hábitos de
pensamentos que não foram eliminados,
ressurgem e assumem o controle. Podemos sentir
esse Ser infinito que somos e é uma experiência
maravilhosa, então, no minuto seguinte, “Oh,
fulano quer que eu faça isso e eu não quero fazer
isso”, um pensamento vem e aí está você:
identificando-se com a limitação infeliz. Você, o
Eu, está tentando ser esse Ser ilimitado através
de um ego muito estreito, um ego muito
limitado, e isso dói. Isso é tudo.
P: Como você bombardeia esse ego e se livra
dele?
Lester: Em primeiro lugar, um desejo intenso de
abandonar o ego. Segundo, ouvir alguém que
conhece o caminho e seguir a direção,
especialmente se essa pessoa for um Ser
plenamente realizado.
P: Isso é difícil de encontrar.
Lester: Não, eles estão disponíveis onde você
está. Onde quer que você esteja, eles estão bem
ali. Posso citar alguns deles: Jesus, Buda,
Yogananda. Não conheço nenhum nos Estados
Unidos em corpo físico. A Índia tem, acredito,
vários. Mas não há necessidade de um corpo
físico quando você pode levar os outros onde
quer que esteja, porque eles são onipresentes.
Tudo que você precisa fazer é abrir os olhos da
mente e vê-los. Eles são onipresentes, então
devem estar exatamente onde você está. Além
disso, eles, querendo ajudá-lo, devem
necessariamente vir até você se você se abrir
para eles. Eles não têm escolha. Eles assumiram
um compromisso. Então tudo que você precisa
fazer é pedir a ajuda e orientação deles e se abrir
para isso e ele estará aí.
Contudo, como pensamos que somos corpos
físicos, às vezes aceitamos mais prontamente um
Ser plenamente realizado quando Ele está num
corpo físico. Portanto, precisaremos de mais
ajuda, porque em nossa percepção física, Ele
parece ser mais real. Por isso é bom ter um Ser
plenamente realizado na carne. Porém, se não
tivermos, isso não significa que não possamos
seguir a orientação daqueles que são
onipresentes.
P: Algum aspecto do pensamento hindu diz que
você não pode fazer isso sem um Guru vivo, mas
acho que eles evoluíram além disso agora, e você
está confirmando isso.
Lester: Sim. Contudo, um Guru está vivo, seja
em corpo físico ou não.
P: As pessoas precisam de um Guru vivo?
Lester: As pessoas precisam de um Guru, um
Professor. Ele não precisa necessariamente viver
em um corpo físico, mas deve ser aceito como
estando vivo. Ele não precisa estar em um corpo
físico.
A razão pela qual precisamos de um Guru é que
estamos numa época muito difícil. É uma era de
materialismo onde tudo, todos, gritam para nós:
“Este é um mundo material. É isso!" Estivemos
neste mundo repetidas vezes. Então, realmente
precisamos da ajuda de um Ser plenamente
realizado para compensar esse peso constante do
mundo que diz que somos corpos físicos e
limitados.
Deveríamos querer a Verdade mais do que o ar.
Então obteríamos a plena realização muito
rapidamente.
P: Você cunhou isso, é seu, um aforismo?
Lester: Nada é meu. Tudo o que eu disser sempre
terá sido dito antes. Eu poderia apenas distorcer
as palavras de um jeito ou de outro, no meu
próprio estilo, mas não há nada de novo. A
verdade sempre existiu e sempre existirá.
Há uma história nos escritos orientais sobre um
mestre e seu discípulo. Eles estavam se
banhando no Ganges e o discípulo perguntou:
“Mestre, como posso conhecer a Verdade?” E o
professor pegou-o pelos cabelos e segurou-o
debaixo d'água até que ele estivesse prestes a
ficar inconsciente, e então ele o soltou e disse:
“Agora, quando você quiser a Verdade tanto
quanto você queria o ar, então você vai Tê-lo."
Eles têm ótimas histórias. Aquela história da
cobra e da corda é uma excelente analogia do
mundo físico. Acho que todo mundo sabe disso,
não é? Uma pessoa caminha pela estrada ao
anoitecer e vê uma corda no chão, confunde-a
com uma cobra, fica com um medo intenso e fica
completamente preocupada com o que fazer com
essa cobra horrível. Bem, a cobra é apenas uma
ilusão. A coisa real é uma corda. Então ele passa
uma vida inteira de talvez sessenta e cinco anos
lutando e lutando contra esse mundo de cobras, e
então descansa no lado astral e volta e luta contra
ele de novo e de novo e de novo até que ele
acorda para o fato de que a cobra estava apenas a
corda, e realmente nunca existiu. E é exatamente
isso que acontece com este mundo físico. É
como aquela cobra, é uma ilusão.
O exemplo que mais gosto é que o que acontece
neste mundo é exatamente igual ao que acontece
num sonho noturno. Enquanto estamos no sonho
noturno é muito real, estamos lá, tem outros
personagens, ou é bonito ou feio, e quando é
pesadelo, estamos sendo mortos. É uma
verdadeira luta. Todo o tempo que estamos no
sonho, ele é real para nós. Mas quando
acordamos dizemos: “Oh, meu Deus, foi apenas
um sonho, nunca foi realmente”. E é exatamente
isso que acontece quando acordamos deste sonho
do mundo em estado de vigília.
***
Esta sessão foi gravada na cidade de Nova York,
em 21 de setembro de 1964.
SESSÃO 7 AMOR, DOAÇÃO E A CONSCIÊNCIA DE CRISTO
Agora é a época do Natal, então direcionemos
nossa atenção para o Natal. Talvez eu deva
permitir que você me conte o que gostaria de
ouvir sobre o Natal, ou devo apenas conversar?
Tudo bem. Missa de Cristo, o dia em que as
massas olham para Cristo, quando a missa é
celebrada em reverência a Jesus.
Quando interpreto a Bíblia, é como a vejo, não
como a li ou como alguém disse que é assim. O
Natal está relacionado a Cristo. Cristo não é o
homem Jesus. Cristo é o título de Jesus que
alcançou a Consciência Crística. E acho que se
você separar os dois, Jesus e Cristo, entenderá
muito melhor o significado de Suas palavras e o
significado da Bíblia. Quando Ele diz: “Eu sou o
caminho”, Ele não se refere a Jesus”, Ele se
refere a Cristo. Então, primeiro é melhor explicar
o que quero dizer com Cristo e Jesus.
O Natal é conhecido principalmente pelo espírito
de doação, pela boa vontade para com todos os
homens. Trancada nessa palavra “doação” está a
chave para toda felicidade. É no espírito de
doação que temos e experimentamos a maior
alegria. Se você pensar no passado, verá que
quando estava dando, você estava muito feliz.
“Amor” e “dar” são duas palavras sinônimas. É
no espírito de doação que reside o segredo da
alegria. Quando temos isso plenamente,
queremos dar tudo o que temos a todos que
encontramos e temos uma alegria infinita. É tão
importante. Está no espírito de doação; não é dar
coisas, infelizmente, porque o Natal é uma ótima
época para dar presentes. As pessoas estão
dando, dando, dando. Mas não está na doação; é
no espírito de doação que reside a alegria.
O sentimento do espírito de doação é sentido
mais na época do Natal por mais pessoas do que
em qualquer outra época do ano. É uma coisa
maravilhosa. Devíamos fazer de cada dia Natal.
Quando alcançamos a plena realização, fazemos
exatamente isso. Não há um momento em que
não queiramos dar tudo o que sabemos a todos.
P: Você quer dizer dar coisas ou dar de si
mesmo?
Lester: Bem, primeiro doação. Se doarmos com
condições, com reservas, com recriminações, há
pouca alegria nisso. Mas quando damos
gratuitamente, temos os maiores sentimentos. E é
esse espírito constante de doação que é o segredo
da alegria eterna. Agora, a maior coisa que
podemos dar, como diz a Bíblia, é sabedoria,
porque quando você dá sabedoria a alguém, você
dá a alguém o método para alcançar tudo, não
apenas uma única coisa. Então, a maior de todas
as doações é dar sabedoria, é dar entendimento e
é dar conhecimento sobre o assunto que nos
interessa.
Eu poderia explicar desta forma. Se você der
uma refeição a um homem quando ele estiver
com fome, ele ficará feliz no momento e
satisfeito. Mas três horas depois, ele precisa de
outra refeição, e provavelmente de milhares de
refeições depois disso. Então, qual é a refeição
que você dá a ele? Relativamente pouco. Porém,
se você der ao homem o entendimento de como
produzir uma refeição, ele nunca passará fome!
Você lhe dará o conhecimento de como ter
sempre toda a comida que deseja. Você terá dado
a ele sessenta mil refeições! Então, essa é a
maior dádiva, dar compreensão e sabedoria.
Praticar isso seria um excelente método de
crescimento e acho que, como grupo, vocês estão
prontos para isso. Dê essa compreensão a todos
que você encontrar e que a solicitarem. É
excelente porque leva você do seu pequeno eu
para os outros. É um ato de amor. Estou
sugerindo que essa doação seja assumida quase
como um modo de vida daqui em diante, para
ajudar outros a obterem essa compreensão. Isso o
ajudará a alcançar rapidamente a mestria e lhe
proporcionará a maior de todas as alegrias.
É bom dar presentes. Eles devem ser dados de
coração. No entanto, penso que estamos todos
num ponto em que podemos dar muito mais do
que apenas coisas. Devemos tentar dar sabedoria
e compreensão. Eu respondi sua pergunta, Lil?
P: Sim.
P: Isso só acontece se formos solicitados?
Lester: Sim. Se tentarmos ajudar pessoas que não
o pedem, estaremos apenas expressando o nosso
próprio ego. “Eu sei de uma coisa que você
deveria saber”, viu? “Eu”, falando mal de
“você”, tentando lhe ensinar algo quando você
não está pedindo, é apenas uma expressão do ego
da minha parte. Portanto, só deve ser dado
quando solicitado.
P: Existe um momento em que você se torna
sensível o suficiente para dizer às pessoas coisas
que elas precisam, mesmo sem que elas
perguntem?
Lester: Sim, existe. À medida que você
abandona seu ego, você automaticamente se
sintoniza mais com os outros. Quanto menor for
o seu ego, mais você estará sintonizado com os
outros. Você chega a um estado em que eles nem
precisam perguntar. Você descobrirá que
algumas pessoas que perguntam não querem
realmente ajuda. Da mesma forma, algumas
pessoas que dizem “Não quero ajuda” estão
realmente querendo. É preciso um pouco de
experiência para lidar com situações como essa.
Mas é verdade que à medida que crescemos, à
medida que abandonamos o nosso ego, ficamos
mais sintonizados com os outros e
automaticamente os ajudamos. E ajudamos em
todos os momentos, não importa qual ou onde
seja a situação. Pode ser o caixa de um mercado
ou alguém que você conhece na rua. Há sempre
expressão de amor.
Não faria mal tentar ajudar os outros. Essa seria
a maior de todas as doações. Mais alguma
pergunta?
P: Qual é a segunda vinda de Cristo? .
Lester: A segunda vinda de Cristo não é a
mesma que a segunda vinda de Jesus. A segunda
vinda de Jesus será o momento em que Ele
retornará e caminhará novamente nesta terra em
um corpo físico; e creio que será o corpo que Ele
teve na última vez que caminhou na terra. A
segunda vinda de Cristo é quando alcançamos a
Consciência Crística.
Como grupo, temos muita sorte por estarmos
próximos de Jesus. Isto ficou muito evidente na
primeira vez que meditamos, quando Jesus
entrou nesta sala e caminhou até quase todos
aqui. Foi um sinal muito definitivo e muito
importante de que, como grupo, Jesus está muito
interessado em nós, está tentando nos ajudar com
todo o poder que Ele tem. Esse poder nunca é
concedido a menos que estejamos receptivos a
ele. Não há como forçá-lo. Ele só pode usar Seu
poder quando nos abrimos para Ele. Se e quando
o fizermos, Ele estará ali, pronto e muito capaz.
Apenas experimente Ele. Precisamos dessa
conexão direta com um mestre se quisermos
percorrer todo o caminho nesta vida. Como eu
disse, é tão difícil nestes tempos alcançar a
mestria, que é necessário ter esta conexão com
um mestre, para que quando estivermos prontos
para deixar este plano ele nos ajude a obter a
plena realização. Não há ninguém nesta sala que
não consiga sobreviver nesta vida, se ele ou ela
permanecer fiel ao caminho até o fim. Todos nós
podemos vencer nesta vida se realmente
quisermos.
P: Você definirá “fazer isso”?
Lester: Cristandade e plena realização. “Fazer
isso” é se tornar um mestre. O que é um mestre?
Um mestre é aquele que domina toda a matéria
do universo e domina sua mente. Um mestre é
aquele que vê seu próprio infinito dentro de si.
Um mestre é aquele que desfez todos os
pensamentos de limitação, que arrancou todos
esses invólucros de limitações e é livre.
P: E isso podemos fazer nesta vida?
Lester: Sim, definitivamente! Você deve querer
isso mais do que qualquer outra coisa. Você deve
querer isso mais do que deseja as coisas do
mundo. E se você fizer isso, quando estiver
pronto para deixar este lugar, você receberá a
ajuda do mestre que você procura e ele o ajudará.
A maneira como ele fará isso é esta: se você não
sobreviver antes de morrer, você o fará no
momento da sua suposta morte. Quando uma
uma certa generosidade que deveria estar
acontecendo o tempo todo. E não precisam ser
apenas palavras de sabedoria, podem ser uma
palavra gentil, uma
pessoa morre, todos os pensamentos desta vida e
todos os pensamentos de vidas anteriores serão
revisados. O mestre se identifica conosco. Ele
nos vê como ele mesmo, e à medida que esses
pensamentos surgem em nossa mente, é como
surgir em sua mente, e ele, identificado conosco
e como nós, nos ajuda a desfazê-los. Quando eles
são totalmente desfeitos, somos totalmente
livres!
P: Isto é o que fazemos todos os dias quando
dizemos: “Não estamos limitados. Eu não vou
aceitar isso. Eu não sou esse ser limitado.” Não é
isso que deveríamos fazer o dia todo?
Lester: Sim. Devemos continuar até o fim de
todos os pensamentos. Não devemos ser
limitados por nada nem por nenhum pensamento.
P: Mas isso está avançando muito. Estou
interessado em poder andar na rua sem ficar
bravo com o sujeito que está na minha frente.
Lester: Estou tentando mostrar o caminho
inteiro. O que estou tentando fazer é fornecer um
mapa que o leve até o fim. Não estou dizendo:
“Bob, faça isso hoje”, mas acho que se você tiver
um mapa que mostre todo o percurso, poderá
percorrê-lo sozinho. Você não precisa que
pessoas como eu digam isso para você. Depois
de obter o mapa, tudo o que você precisa fazer é
segui-lo. Estou tentando lhe dar um quadro
completo, uma compreensão completa do que é a
realização plena e da maneira de realizá-la. E é
uma coisa muito difícil de fazer porque você
nunca saberá realmente o que é até alcançá-lo.
P: E o ego é simplesmente o sentimento de que
não sou isso.
Lester: Certo. O ego é um sentimento de que sou
um indivíduo separado, separado do Todo e
preciso de um corpo e de uma mente para estar
separado.
P: Que sou limitado?
Lester: Bem, se eu tenho um corpo e uma mente,
tenho milhares de limitações; Tenho que
alimentar o corpo, cuidar dele. Eu tenho
pensamentos. Meus sentimentos estão feridos.
Isso continua indefinidamente. Perceba o que
você é. Você verá que você não é o corpo, você
não é o ego. Descubra o que você é e seja
infinito.
P: Jesus pode nos salvar?
Lester: Jesus não salva, a Consciência Crística
salva. Não devemos acreditar em Jesus, mas
acreditar como Jesus acreditou. Quando nos
esforçamos para alcançar a Consciência Crística,
Jesus nos ajuda a realizá-la. Jesus está sempre
disponível para quem pede e é receptivo à Sua
ajuda.
Você pode e pode entrar em contato com Jesus,
na medida em que realmente aceita o fato de que
pode. Se você aceitasse que poderia falar com
Jesus em um corpo físico, então você se
encontraria com Ele em um corpo físico. Se você
pudesse aceitar encontrar-se com Ele em uma
visão ou em um sonho, então você se encontraria
com Ele dessa maneira. Se você puder aceitá-Lo
como uma presença, então sentirá Sua presença e
receberá Seu apoio. Tudo depende de você.
***
Esta sessão foi gravada em Los Angeles, 16 de
dezembro de 1965
SESSÃO 8
O conceito do ego é a causa raiz de toda ilusão e,
portanto, de todos os problemas. É a falsa
identificação do “eu” com um corpo e não com o
Ser.
***
Ego é o conceito de individualidade, de
separação do “Eu e do Todo. Portanto o ego é
uma suposição falsa. Nós somos realmente o
“eu”, não estamos separados Dele.
***
O ego é todo o mal que existe e o seu Eu é todo o
bem que existe.
***
O ego é a fonte do nascimento e da morte e
quando o ego é abandonado, você morre.
***
Tudo o que não é bom tem sua origem no sentido
do ego e, portanto, é irreal. Nossa verdadeira
natureza é uma bondade suprema.
***
Tudo do ego é o oposto de tudo do Eu.
***
Tudo o que um ego vê é uma mentira à luz da
Verdade. Tudo o que um ego vê está na
dualidade. Um ego não pode ver a Unidade. O
ego tem um olho apenas para a dualidade. Não
há nada de verdadeiro que um ego veja. E no
lado oposto, o Eu vê apenas a Verdade, o Eu.
***
O agente colorante da Verdade é o ego. Quanto
menor o ego, menor a coloração da verdade.
***
Todo o problema é a identidade errada. Dizemos
que somos o ego limitado.
***
O ego não pode fazer nada além de ser limitado.
***
Existe apenas um único crescimento: abandonar
o ego.
***
Sempre que você não está crescendo
espiritualmente, você está crescendo na outra
direção.
***
Cada vez que você expressa o ego, você está
crescendo para baixo.
***
Quanto mais você cresce, mais você pode
enfrentar seu ego.
***
EGO
Quando as coisas nos incomodam e procuramos
a fonte, encontramos o nosso ego.
***
Todo o objetivo do caminho é abandonar o ego.
O que resta é o Eu.
***
A coisa toda é simples. Qualquer complexidade
na vida é a tentativa de desfazer a simplicidade
da Realidade.
***
É o ego que torna a vida difícil.
***
Pense que você é um ego limitado e quanto mais
pensa assim, mais esforço precisa para se dar
bem. É o ego que exige esforço.
***
Existe apenas um problema básico neste mundo.
É o denominador comum de todos os problemas.
É tentar ser um ego.
***
Identifique-se com o ego e você se identificará
com os problemas.
***
Deveríamos mudar do desejo de sair da miséria
para o desejo de abandonar o ego.
***
O ego morre com dificuldade. Mas uma vez que
você saiba que o ego é a fonte de toda a miséria e
que o Eu é a fonte de toda a felicidade, então não
deverá ser tão difícil trabalhar para abandonar o
ego.
***
Quando começamos a entrar no Ser, o ego
começa a colocar bloqueios no caminho: ficamos
doentes, vamos dormir, temos outras coisas para
fazer, etc., porque sentimos que seremos
destruídos se o ego for destruído. Nós nos
convencemos ao longo dos milênios de que
somos esses corpos limitados e achamos que
leva tempo para abandonar esses conceitos de
limitação.
***
O tempo é um pensamento do ego.
***
O ego sempre tentará nos impedir de abandoná-
lo.
***
Envolver-se em questões e discussões
intelectuais valida o ego e não adianta nada.
***
Para colocar uma questão é necessário um ego.
Não há perguntas quando alguém é realizado. Estamos cegos para o grau do nosso ego.
*** ***
Todas as perguntas sobre o não-Eu estão Querendo que nosso ego seja aceito, vemos as
desviando a atenção e atrasando a realização da coisas da maneira que achamos que elas nos
Verdade. Qualquer pergunta sobre o ego ajudarão a ser aceitos.
direciona a atenção para o ego. O ego é o irreal, ***
a mentira. Não importa o quanto você fale sobre
ilusão, ela não lhe dará a percepção do Real, da Se você tem alguma emoção, ela é motivada pelo
Verdade. ego.
*** ***
No início, o ego é a única coisa que você Qualquer necessidade ou desejo humano é
conhece. motivado pelo ego. Meu ego pensa que precisa
de coisas. Meu Eu sente e sabe que tudo é meu.
***
***
Só há uma coisa a fazer: abandonar o ego! Não
há outra maneira de crescer. Você está Não deveríamos ter desejos. Então nunca
totalmente realizado agora! Apenas deixe de lado teremos problemas.
o ego, é tão simples. ***
*** Falar é pedir atenção ao ego. É querer a
Quanto mais fraco o ego, mais você pode colocar aprovação do ego. Se você permanecer quieto,
atenção no Ser. Contudo, se você passasse todo o poderá sentir aquela felicidade que está buscando
seu tempo no ego, você nunca veria o Eu, não até ao fazer barulho.
olhar para o Eu. Isso equivale a enfraquecer o ***
controle do ego o suficiente para que você possa
Quase sempre que conversamos estamos pedindo
se voltar para o Eu.
aceitação do ego.
***
***
Quanto mais você elimina o ego, mais altruísta
O ego só é destrutivo para um.
você é.
***
***
Todo mundo que tem ego é destrutivo na medida
Quando uma pessoa é egocêntrica, quase toda a
em que tem ego.
sua atenção está centrada em si mesma. Tudo o
que ele vê ou ouve é colorido porque precisa ser ***
filtrado pela sua autoatenção. O ego é o oposto do amor. O amor é o Eu.
*** ***
Quando você abandona completamente o seu Os egos querem dirigir o universo.
ego, você não está interessado em si mesmo, está
***
interessado apenas nos outros.
*** Se você quiser ser mais criativo, acabe com o
ego.
Se você faz coisas para obter aprovação, então
***
você está fazendo isso por si mesmo. Se você
está fazendo alguma coisa por si mesmo, não é O ego é a coisa mais cara do universo, o dólar - e
altruísta. o bom senso.
*** ***
Um problema é criado sempre que você deseja Qualquer senso de autoria vem do pequeno eu.
afirmar seu ego. ***
*** Ego é igual a cegueira. Cegueira é igual a
Sempre que reagimos é porque existe algo que ignorância.
desejamos egoisticamente. ***
*** Buscar qualquer satisfação do ego é buscar
Sempre que queremos tornar o mundo diferente abandonar a agonia do conceito de falta.
do que é, isso é motivado pelo ego. Qualquer falta é necessariamente um conceito do
*** ego, pois o ego é necessariamente uma sensação
de limitação ou falta.
Quando não há ego envolvido, vemos as coisas
exatamente como elas são. ***
*** O ego é uma mera noção que parece o dilúvio de
um oceano.
 ***
Quando você está infeliz, você está procurando a
aprovação do ego e não a consegue.
***
Outra definição de problema é tentar ser um ego.
***
Qualquer defesa de si mesmo é pedir a
aprovação do ego.
***
Se você quer ser bom em alguma coisa, quanto
menos ego, melhor você será. O ego é um
complemento limitante do Self. Visto que o ego
é um complemento limitante do Eu, quanto
menor o ego, mais capaz você é em tudo (exceto
em uma coisa, miséria).
***
Você levou milhões de anos para desenvolver
esse ego. Continue abandonando o ego até
começar a ver o Eu. Quando você vê o seu Eu,
você abandona rapidamente o seu ego em pouco
tempo.
***
Depois de ter eliminado grande parte do ego,
quando alguém está agindo de acordo com o ego,
naquele momento o ego parece ser tudo. No
entanto, o que foi eliminado foi eliminado.
***
É a sensação do ego de ser um indivíduo
separado do Todo que é a fonte de todos os
problemas.
***
A alma é um conceito de ego glorificado do ego.
***
Não importa o que você faça, importa com o que
você se identifica. Se você se identifica com o
ego limitado, então você fica infeliz.
***
Depois de abandonar o ego o suficiente, ele fica
fraco e o Ser nos leva pelo resto do caminho.
***
Todo crescimento é abandonar o ego.
***
O ego é uma falsa imposição do “eu”. Quando
você diz “eu”, esse é o você eterno.
***
O ego não pode ser subjugado por alguém que o
considera real.
***
Procure a fonte do ego e ela será o seu Eu.
***
Humildade é abandonar o ego.
***
Se você estiver magoado, procure a motivação
do ego e deixe-a ir. Você então se sentirá mais
feliz.
***
A menos que você elimine o ego, você não estará
crescendo. Veja, você não pode crescer no Ser
porque é isso que você é. Você simplesmente tira
a tampa, que é o ego.
***
O ego cria e mantém o subconsciente.
***
Todo pensamento subconsciente é originado pelo
ego e escondido no subconsciente pelo ego.
***
O princípio do ego é a causa da aparente
separação entre você e o Todo.
***
Os estados elevados devem ser usados para
queimar o ego. Quanto mais alto subimos, mais
somos capazes de queimar o ego. Quando você
está chapado, você pode dizer: “Toda essa reação
boba e ego, acabou!” - e acabe com isso!
***
O verdadeiro você, o seu Eu, é infinitamente
grande e glorioso, completo, perfeito e em total
paz, e você está se cegando para isso ao assumir
que é um ego limitado. Abandone a venda, o
ego, e esteja para sempre em perfeita paz e
alegria!
***
SESSÃO 9 DOMINANDO A MENTE E A MATÉRIA
Nosso assunto é Felicidade. Dizemos que
quando compreendida, a Felicidade e tudo o que
a segue – Deus, Realização, Sabedoria,
Compreensão – tornam-se a mesma coisa; que a
Felicidade que buscamos é apenas o verdadeiro
Ser infinito que cada um é. E quando
reconhecemos isso, tentamos então descobrir
cada vez mais esse Ser interior que somos, até
que o vejamos completamente, totalmente e
apenas. E quando o fazemos, a Felicidade
suprema é estabelecida de forma permanente,
para sempre. E com isso vai a imortalidade, a
ilimitação, a paz imperturbável, a liberdade total
e tudo o que todos procuram.
O caminho para esse Ser interior que somos é
direcionar nossa atenção para dentro. Primeiro
focamos a mente novamente na mente até
descobrirmos o que é a mente. Então focamos
nossa atenção em nosso Eu para descobrir nossa
verdadeira natureza. E acontece que a nossa
verdadeira natureza, o verdadeiro Eu infinito que
somos, é simplesmente nós menos a mente; que
a mente era um complemento limitante que
cobria o nosso Ser; que todos os pensamentos
têm limitações (e desenvolvemos milhões de
pensamentos de limitação) que nos impedem de
ver esse Ser infinito que somos; e que voltando
nossa atenção para dentro descobrimos tudo isso.
Quando o fazemos, naturalmente abandonamos
todas essas limitações. Então vemos que sempre
fomos, somos agora e sempre seremos esse Ser
ilimitado.
O principal obstáculo que encontramos é a mente
subconsciente. Está cheio de pensamentos de
limitações que nos impulsionam todos os dias,
automaticamente. E tornamos esses hábitos de
pensamentos subconscientes tão fortes que,
mesmo quando reconhecemos a direção que
gostaríamos de seguir, os pensamentos
subconscientes continuam a nos dirigir por
algum tempo (até mesmo por vidas inteiras) até
que finalmente conseguimos superá-los. Nós os
superamos com pensamentos sobre o que
realmente queremos fazer na vida e, dessa forma,
nos tornamos matéria sobre a mente, controlando
os pensamentos até que apenas os pensamentos
que queremos determinem nosso
comportamento. Então estamos numa posição
em que podemos fazer algo a respeito da mente e
começamos a transcendê-la. Nós nos elevamos
acima dele e o deixamos cair. Nós deixamos
passar! E quando fazemos isso nos encontramos
neste Ser puro, infinito, ilimitado e totalmente
livre que somos naturalmente. E então a
felicidade é completa.
A direção é nos interiorizarmos, buscando e
meditando para aquietar a mente o suficiente
para que possamos ver o Ser infinito que somos.
Os principais passos são, primeiro, tomar
consciência do fato de que somos senhores da
matéria (e a matéria inclui o corpo). Então, o
segundo grande passo é tornar-se mestre da
mente. E quando nos tornamos realmente
dominadores da mente, somos capazes de
abandonar a mente e operar no reino da
onisciência, no reino do conhecimento. Então
estaremos plenamente conscientes do Ser infinito
que somos e estaremos na Felicidade última.
Deveríamos começar com o primeiro passo,
controlando conscientemente a matéria.
Estejamos conscientes disso ou não, todos
controlam a matéria o tempo todo. Quer alguém
queira ser um manifestante ou não, ele é. É
impossível não ser criador o tempo todo. Todo
mundo está criando todos os dias. Não temos
consciência disso porque simplesmente não
olhamos para ele. Demonstramos ou criamos
tudo o que temos! Cada pensamento, cada
pensamento, materializa-se no mundo físico. É
impossível ter um pensamento que não se
concretize (exceto que o revertamos). Se
pensarmos o contrário logo após termos um
pensamento, com igual força, nós o
neutralizamos. Mas qualquer pensamento que
não seja revertido ou neutralizado se
materializará no futuro, se não imediatamente.
Então, essa coisa de demonstração que todos nós
estamos tentando tanto realizar, estamos fazendo
o tempo todo, inconscientes do fato de que
estamos fazendo isso. Tudo o que precisamos
fazer é direcioná-lo conscientemente, e isso
chamamos de demonstração. Tudo o que todo
mundo tem na vida é uma demonstração. Isso
não poderia entrar em nossa experiência se não
tivéssemos pensado nisso em algum momento
anterior.
Se você quiser saber qual é a sua soma total de
pensamentos, olhe ao seu redor. Ele determinou
exatamente o que você tem agora. É a sua
demonstração! Se você gostar, você pode segurá-
lo. Se não, comece a mudar seu pensamento.
Concentre-se na direção que você realmente
deseja, até que esses pensamentos se tornem
dominantes sobre os pensamentos
subconscientes. E quando você começar a
demonstrar conscientemente pequenas coisas,
você poderá perceber que a única razão pela qual
elas são pequenas é porque você não ousa pensar
grande. Exatamente a mesma regra, ou princípio,
que se aplica à demonstração de um centavo,
aplica-se à demonstração de um milhão de
dólares. A mente define o tamanho. Qualquer um
que consiga demonstrar um dólar pode
demonstrar um milhão de dólares! Tome
consciência da maneira como você está
demonstrando uma nota de um dólar e aumente-a
da próxima vez para uma quantia muito maior.
Assuma a consciência do milhão, em vez da nota
de um dólar.
O mundo material é apenas uma projeção
externa de nossas mentes no que chamamos de
mundo e corpos. E quando percebemos que é
apenas uma projeção externa de nossas mentes,
apenas uma imagem lá fora que criamos,
podemos facilmente mudá-lo, mesmo que
instantaneamente, mudando o nosso
pensamento!
Então, repetindo, todos estão demonstrando,
criando; cada momento o que ele ou ela está
pensando. Você não tem escolha. Você é um
criador, desde que tenha mente e pense.
Agora, para ir além da criação, devemos ir além
da mente. Logo além da mente está o reino da
perfeição onde não há necessidade de criação.
Existe um estado superior à criação, é o estado
de existência, às vezes chamado de consciência
ou consciência. Esse estado está logo atrás da
mente. Isso está além da criação.
A mente acha muito difícil imaginar como é
além da criação, porque está constantemente
envolvida na criação. É o instrumento criador do
universo e de tudo o que acontece no mundo.
Então, se você pegar essa coisa chamada mente,
cujo instrumento é apenas um criador, e tentar
imaginar como é além da criação, é impossível.
A mente nunca conhecerá a Deus ou a você. Eu,
porque você tem que ir um pouco acima da
mente para conhecer Deus, o seu Eu.
Para conhecer o Ser infinito que você é, para
saber como é além da criação, transcenda a
mente. O estado final está além da criação. É o
estado imutável. Na criação tudo está em
constante mudança e, portanto, a Verdade última
não pode estar presente.
Assim, para demonstrar o que se quer, é preciso
tomar consciência do facto de que tudo o que
precisamos de fazer é pensar apenas nas coisas
que queremos e isso é tudo o que obteríamos, se
fizéssemos exatamente isso... Pense apenas nas
coisas que você quer e é isso que você
conseguirá o tempo todo, porque a mente é
apenas criativa. Simples, não é?
Além disso, receba o crédito por criar todas as
coisas que você não gosta. Apenas diga. “Olha o
que eu fiz.” Porque quando você toma
consciência de que criou coisas de que não gosta,
você está na posição de criador, e se você não
gosta, tudo que você precisa fazer é reverter isso
e então você “vou gostar”.
Depois que você puder dominar a matéria
criando conscientemente aquilo que deseja,
domine sua mente e vá além dela.
Alguma pergunta?
P: Não, mas acho que você fez um bom trabalho
ao expor as coisas dessa maneira. Quase
consegui entender tudo o que você disse.
P: A explicação mais perfeita até agora!
P: Devo presumir que tudo o que vejo e encontro
durante o dia foi criado por pensamentos
subconscientes?
Lester: Sim. O difícil é o pensamento
inconsciente. Todo pensamento inconsciente está
ativo, estejamos conscientes disso ou não.
P: Então, se eu tenho o hábito de ter alguém que
não paga aluguel, isso é um pensamento
subconsciente que foi colocado ali pelos pais ou
por alguém antes.
Lester: Não, colocado aí antes por você, é o seu
pensamento.
P: Tudo bem. É melhor olhar para isso e dizer:
“De onde veio esse pensamento habitual?” Ao
olhar para ele, posso ver de onde veio e apagá-lo
da minha consciência e apagar aquele hábito
particular de pensamento, não posso?
Lester: Sim. Colocando de forma um pouco
melhor, em vez de ver de onde veio, veja se está
em você. Então você percebe como é bobo ter
esse pensamento trabalhando contra você e
automaticamente o abandona.
P: Eu gostaria de poder. Eu simplesmente não o
deixo cair automaticamente.
Lester: Não, você precisa. Não existe apenas um
pensamento sobre cada assunto, existem
milhões. Não gosto de dizer isso, mas há milhões
que vocês adquiriram ao longo de muitos
milhões de anos.
P: Se tenho o hábito de que algo ocorra
novamente em minha vida, digamos, um atraso
na realização de tarefas, o que é bastante comum
em meus negócios, isso é puramente minha
consciência?
Lester: Sim.
P: E não faz sentido dizer que é assim que os
corretores de imóveis operam, não é? Tenho que
olhar para a minha consciência e se eu disser que
isso é bobagem porque é o meu pensamento,
posso eliminar esse tipo de atraso.
Lester: Sim. É possível.
P: Como eliminar condições recorrentes na vida?
Lester: Trabalhando constantemente para
desfazer isso. Procurando os pensamentos
subconscientes que estão causando isso e
abandonando-os.
P: São meus pensamentos; Eu não olho para
nada além do meu próprio pensamento.
Lester: Sim. Agora há outra maneira, uma
maneira melhor. Se você não consegue extrair os
pensamentos subconscientes, agora você pode
inserir um pensamento consciente com força de
vontade - tão forte que substitua todos os
pensamentos inconscientes anteriores. Isso é
possível. Isso é chamado de usar a força de
vontade. Você pode querer. E se você fizer isso
com força suficiente, ele substituirá todos os
pensamentos subconscientes. Quando você está
se sentindo bem, é quando você tem sua maior
vontade.

Basta querer que seja do jeito que você deseja. O
mecanismo é: você coloca um pensamento com
tanto poder que ele é mais poderoso do que todos
os antigos pensamentos subconscientes juntos.
P: Um homem morreu ontem à noite e deixou
US$ 25 milhões! E o vizinho não tinha nada. Ele
morreu e foi para o céu.
Lester: É mais fácil chegar ao céu quando você
não tem
$ 25.000.000 mantendo você aqui.
P: É mais fácil ir se você não tiver US$ 25
milhões.
Lester: Isso mesmo. Ele está apegado a esses
vinte e cinco. Re está tentando segurá-lo agora,
mesmo estando morto. E quando ele tenta pegá-
lo, suas mãos astrais passam direto por ele e ele
fica em apuros. Isso o impede, enquanto um
homem que não tinha nada simplesmente irá
para reinos mais elevados e mais livres.
P: Você quer dizer que agora que ele
supostamente “morreu”, ele ainda pode estar
apegado ao seu dinheiro?
Lester: Ah, claro! O que ele era no momento
antes de morrer, ele é no momento seguinte,
exceto pelo fato de ter abandonado o corpo
denso. O corpo físico é uma cópia exata do corpo
astral. E quando você sai do corpo físico, você
sente o mesmo e tenta fazer as coisas que estava
fazendo antes no corpo físico, se tiver apegos ao
mundo físico. Se você não tem apegos, você se
adapta muito mais facilmente ao modo de vida
mais livre em corpo astral.
P: Gosto da sua explicação sobre a criação.
Lester: Para os intelectuais, há escolas que
argumentam desta forma: a criação é gradual ou
é instantânea?
P: É gradual porque
Lester: O que torna isso gradual? A mente,
dizendo que é gradual.
P: Verdade.
Lester: E se você continuar pensando nisso,
descobrirá que a criação é instantânea.
P: Claro que é instantâneo, mas parece diferente.
Lester: E a instantaneidade – o instante também
contém o conceito de tempo. Isso é apenas algo
que estou oferecendo para você trabalhar, se
quiser.
P: Um instante, você o limita a um certo período
de tempo; você está limitando isso.
Lester: Vou te dar uma pista. Você foi dormir e
teve um sonho e sonhou que nasceu em um
corpinho infantil e passou um ano, dois anos, três
anos, na juventude, na meia-idade e na velhice,
até os noventa anos . E demorou noventa anos
para chegar a esse velho corpo. Foi muito, muito
tempo, certo? Noventa anos? Até que você
acordou e percebeu que era um sonho e pode ter
demorado um ou dois segundos. O sonho durou
alguns segundos e nesse tempo você passou por
um período de noventa anos! E pareceram que se
passaram noventa anos enquanto você estava no
sonho. Só quando você acordou é que percebeu
que foram apenas alguns segundos. Algum dia
você verá que a criação é instantânea, com o
conceito mental de tempo nela.
P: Como você compara nosso esforço, tentando
criar aquilo que poderíamos desejar com as
declarações: “Buscai primeiro o reino de Deus e
todas as coisas boas vos serão acrescentadas”. e
“Não pense no que você comerá e onde
dormirá?”
Lester: Bem, isso se encaixa. “Buscai primeiro o
reino de Deus”, -Deus é a essência do nosso
próprio ser. Se procurarmos isso e descobrirmos,
encontraremos o segredo de tudo. Portanto,
busque primeiro o reino de Deus, interiorize-se,
descubra quem e o que você é; então você tem o
segredo de tudo, não apenas de criar, mas de
tudo. Mas veja, isso faz parte de vários anos do
que temos passado como grupo: como nos
interiorizar e descobrir esse Ser infinito que
somos, que é a parte Deus de nós. E quando esse
Ser infinito é descoberto, tudo se sabe, como
criar, e mais que isso, como descriar. E ainda
mais importante, como ir além da criação e da
descriação, que é o estado final. Então você não
pensará no que comerá e onde dormirá. Eu
conectei para você?
P: Até você alcançar o estado superior, eu me
pergunto se não é possível continuar tentando
criar antes de se tornar consciente do estado
superior.
Lester: Sim, eu digo que você está tentando criar.
Agora você não tem escolha se quer ser um
criador, você é isso o tempo todo. Agora você
deve criar conscientemente apenas as coisas que
deseja e parar de criar as coisas que não deseja.
Um dos erros mais grosseiros que cometemos é
tentar criar no futuro: eu terei isto. Eu vou
conseguir isso, e quando fizermos isso, isso será
mantido no futuro o tempo todo, mantendo assim
o caminho. Este é o maior obstáculo para a
maioria das pessoas. Quando você cria algo, isso
tem que ser visto no tempo presente, em seu
estado de existência, agora. É meu, agora!
P: Bem, mesmo que eu não possa acreditar que
poderei ter alguma coisa, pelo menos posso
acreditar que o pensamento é meu, então, se eu
desenvolver “O pensamento é meu”, isso me
dará mais fundamento.
Lester: Sim. Descubra quem é o pensador.
P: O que acontece quando você atinge o estado
sem desejo?
Lester: Bem, o que é desejo? O desejo vem de
pensar que não somos o Tudo. Quando você
atinge o estado sem desejo, você se vê como o
Todo, como a soma total, e não há mais
necessidade, não há mais falta, tudo é você. Não
é 'seu, você é isso!
P: Então, é realmente um estado de buscar
primeiro o reino de Deus e tudo isso será
acrescentado a você.
Lester: Tudo, até o último átomo do universo.
Por favor, note que a maioria das suas perguntas
tem sido sobre a existência, a existência das
coisas. Isso indica o que você pensa que é
felicidade. No entanto, você descobrirá que, se
obtivesse todas as coisas que deseja, ainda assim
se sentiria infeliz.
Você deve ir além do estado de existência e
alcançar o reino do ser onde você está. Aí você
sabe que não lhe falta nada e que você é o Todo
infinito. Aí reside a alegria última, que é uma
paz profunda e muito profunda, a saciedade
final!
***
Esta sessão foi gravada em Los Angeles. 10 de
fevereiro de 1966.
SESSÃO 10
A mente é um instrumento criado por você para
imaginar a Unidade cortada e separada em
muitas partes que eu inter-relacionei.
***
A mente é simplesmente a soma total de todos os
pensamentos.
***
A mente se torna habitual.
***
A mente subconsciente consiste apenas nos
pensamentos que não estamos vendo agora.
***
A mente subconsciente está nos comandando -
tornando-nos vítimas do hábito.
***
O que nos impede de reconhecer e expressar o
nosso infinito é simplesmente a mente,
consciente e subconsciente. Se quisermos
expressar esta natureza infinita, só poderemos
fazê-lo ficando por trás desta mente. Quando
alcançamos o reino por trás da mente, operamos
sem pensamentos, intuitivamente, e estamos em
harmonia com todo o universo. .
***
A direção é aquietar a mente. Acalme a mente e
você verá o seu infinito ali mesmo.
***
Apenas deixe a mente ir completamente e o que
sobra é o seu ser infinito, onisciente, onipotente,
presente em todos os lugares.
***
Se direcionássemos todas as nossas energias para
acalmar a mente, logo seríamos realizados.
***
A mente aquieta-se espontaneamente na
companhia de uma grande alma.
***
Quanto mais você aquieta a mente, mais sente o
Ser e melhor se sente. Você se sente tão bem
quanto sua mente está quieta.
***
Quando a mente desaparece, aí está o Eu. Onde
está o Ser, não há mente.
***
A mente é consciência refletida, refletida de sua
fonte, o Eu, assim como a luz da lua é refletida
do sol. Embora o luar possa ser usado para
revelar objetos, ele não é mais necessário quando
o sol nasce. Embora a lua possa permanecer no
céu enquanto o sol brilha, ela é fraca e inútil. Da
mesma forma, a mente é inútil quando deixamos
o Ser brilhar.
A MENTE
***
Sua mente é um instrumento usado para
identificar seu verdadeiro Eu com seu corpo e
com o mundo.
***
Se você não se identificar com seu corpo ou
mente, nem seu corpo nem seus pensamentos
irão afetá-lo. Assim é quando você dorme. Não
se identificando com seu corpo ou mente você
não tem problemas nem sofrimento.
***
Na meditação subjugamos a mente e sentimos a
maravilhosa paz do Ser. Este é o começo. O fim
é a dissolução total da mente. Isto é conseguido
reconhecendo a mente como não estando
separada do Eu, vendo-a como um produto
fantasma do Eu.
***
Nesta ilusão onírica existe uma coisa chamada
pensamento. E o pensamento determina e é a
causa de toda matéria.
***
Na sua imaginação você escreveu e projetou uma
exibição cinematográfica de atos, atores e
público em uma tela e perdeu de vista o fato de
que tudo está na sua imaginação, na sua mente.
Descubra isso e você descobrirá a Verdade
absoluta.
***
O mundo e o universo são uma mistura mental.
***
A subsidência da mente é Realização. Existem
duas maneiras de obtê-lo. Ao reconhecer o que a
mente realmente é, ela é vista como uma ilusão
e, portanto, desaparece. Ao se concentrar em seu
Eu e descobrir Você, a mente também diminui.
A subsidência completa é a Realização total. .
***
A razão pela qual os pensamentos voltam ao
mundo é porque acreditamos que o mundo é real.
Se não fosse por esta crença, a Realização seria!
***
Distração da mente é querer mais as coisas do
mundo do que o Eu. Querendo mais segurar o
seu Eu, o mundo não é olhado!
***
Um pensamento é uma suposição de falta que
causa um desejo de realizá-lo.
***
Todos os pensamentos são de não-verdade. É tão
simples. Você simplesmente interrompe os
pensamentos e o infinito que você é é óbvio.
***
Você tem que usar a mente para aquietá-la. Você
precisa usar determinação para acalmá-lo.
***
Quando você começa a se concentrar na mente,
você começa a se elevar acima dela.
***
Depois de ver o que é a mente, você não estará
mais sujeito a ela.
***
Força mental é a capacidade de se concentrar
sem distrações em um único pensamento.
***
Sem a mente concentrada, o progresso é
relativamente pequeno.
***
Uma mente errante e vacilante é aquela que
dissipa a energia na forma de muitos
pensamentos. Mantenha um pensamento e a
energia será menos dissipada e mais conservada.
Direcione esta energia conservada para o Eu e o
seu Eu será revelado. Quanto mais você faz isso,
mais forte se torna a sua direção e mais fácil se
torna permanecer no seu Eu.
***
No início, a mente persegue o Ser
intermitentemente entre longos intervalos. À
medida que se continua, os intervalos diminuem.
.Perto do fim, a mente é constante na busca e não
se desvia dela.
***
O poder da mente é quase infinito. Quando há
apenas um pensamento, todo esse poder está ali.
***
Pensamentos inquietos mantêm os Grandes
afastados. Uma mente tranquila mantém a porta
aberta para eles.
***
Quanto mais você elimina a mente, mais paz
você sente.
***
A mente nunca descobrirá o Ser porque a mente
é o encobrimento do Ser. Somente abandonando
a mente é que o Ser é visto. Você deixa a mente
quieta o suficiente para permitir que o seu Eu
seja óbvio para você, para que você possa usá-lo
para se libertar da mente.
***
Eliminar o que você não é é crescimento.
***
A maior dificuldade é a mente subconsciente.
Relegamos as coisas ao subconsciente,
armazenamos-nas lá e jogamos fora a chave.
***
Se pudéssemos tornar nosso subconsciente
totalmente consciente, seríamos plenamente
realizados.
***
Cada mente usa a mesma inteligência ilimitada.
Todo mundo usa tanto quanto acredita que pode
usá-lo para realizar seus desejos. Quando ele
aprende que suas limitações mentais foram
impostas por você mesmo, ele as abandona.
Então a sua inteligência (Q.I.) pode ser elevada
ao ponto em que ele sabe que não tem limites.
***
Estamos todos na mesma mente e a única coisa
que nos impede de ler o outro é que a nossa
atenção está demasiado centrada no nosso
pequeno eu.
***
Todo mundo inconscientemente lê todo mundo e
pensa que são seus próprios pensamentos.
***
Todas as mentes estão influenciando umas às
outras.
***
Uma mente de alto nível entra em sintonia com
outras mentes de alto nível. Uma mente de baixo
nível entra em sintonia com outras mentes de
baixo nível.
***
A mente é cativante. É imediatamente
infeccioso.
*** O pensamento é um mecanismo de
limitação.
***
A única inteligência que a mente tem é aquela
que você dá a ela.
***
Os pensamentos sufocam a capacidade de ser
feliz.
***
Cada pensamento provoca uma demonstração.
***
Não há limite para o número de novas ideias que
o homem pode ter.
*** Qualquer coisa que o homem possa pensar
pode ser.
***
Você usa sua mente para acalmar sua mente.
Quando você está meditando, mantendo um
pensamento, outros pensamentos desaparecem.
***
A mente está sempre buscando conhecimento
externo. Direcione-o internamente.
***
Introverta a mente e realize a plena realização.
***
A mente ego luta pela sobrevivência e tenta
subverter sua direção.
***
A mente não pode dar a resposta definitiva
porque faz parte do ego, parte da nossa
limitação.
***
O verdadeiro conhecimento está logo atrás do
pensamento, que é o conhecimento relativo, e o
conhecimento relativo é a ignorância.
***
Quando o Eu, que está logo atrás da mente, é
descoberto, você vê que a mente está limitada e a
abandona.
***
Existe uma mente que governa este planeta.
Existe uma mente que dirige o sistema solar e
uma mente que dirige o universo. Todas essas
mentes estão na ilusão.
***
Onde está o mundo sem sua mente? Existe algo
como mundo quando você submerge a mente? O
pensamento do mundo o cria. Todo esse universo
sólido que você diz mentalmente ser um
universo sólido é apenas o seu pensamento de
que é um universo sólido.
***
Qualquer coisa de que sua mente esteja
absolutamente convencida se materializará
instantaneamente.
***
A mente pode fazer qualquer coisa com o corpo.
***
O máximo que o intelecto e o raciocínio podem
fazer por nós é, em primeiro lugar, reconhecer
suas limitações e, em segundo lugar, fazer aquilo
que ajuda na busca pelo Eu.
***
Cada pensamento é uma aflição. Quando as
ondas de pensamento estão completamente
acalmadas, não há mais aflições.
***
Todo pensamento é motivado por um desejo de
prazer ou por uma aversão à dor.
***
Abandonar todos os apegos e aversões é
abandonar todos os seus pensamentos.
***
Pensamento e desejo são os mesmos.
***
A única coisa de que temos consciência são os
nossos próprios pensamentos.
***
O que estamos vendo lá fora é a nossa própria
mente.
***
Aquilo que você realmente quer você nunca
esquece, está sempre em sua mente. Quero muito
descobrir o seu Eu.
***
A mente é o cérebro dos corpos astral e causal.
***
A mente pode ficar quieta onde quer que você
esteja. O lugar para fazer isso é exatamente onde
você está.
***
Não se importe com a mente e a mente venceu É
preciso cuidar!
***
A mente não fica mais barulhenta, apenas você
fica quieto o suficiente para perceber o quão
barulhenta ela é.
***
Tudo se alinha perfeitamente, sem esforço e
harmoniosamente, sem pensamentos.
***
À medida que a mente fica quieta, primeiro a
sensação de existência diminui até que uma
medida de segurança seja sentida. Torna-se
menos necessário ter para ser. Então, a sensação
de autoria diminui até que se sinta uma
segurança adicional de que não se é o verdadeiro
fazedor, que o verdadeiro fazedor é um poder
superior, que se pode realmente ser com muito
menos ação e torna-se menos necessário fazer
para ser . Finalmente, o seu verdadeiro Eu, que
sempre esteve em segundo plano, entra em cena
e assume o controle, e você sente que não há
mais nada necessário que você deva ter ou fazer,
que não há escolha a não ser apenas ser!
***
Use a onisciência, não use a mente! O objetivo é
eliminar a mente.
***
Se não houver pensamentos, então não há mente.
A mente é apenas pensamentos.
***
Se você tirar sua mente, o que sobrará é
Onisciência. Você é aquele Ser onisciente que
está procurando, obscurecido pela mente.
***
A mente desligada do mundo e centrada apenas
no Eu é a Libertação.
***
A profundidade da meditação é o grau de
quietude da mente.
***
A menos que eliminemos a mente, a menos que
eliminemos o ego, não estaremos progredindo.
***
Quanto mais olhamos para a mente, mais quietos
ficamos.
***
Onde a mente está tranquila, existe todo o
conhecimento.
***
Conhecer a mente é a Realização plena.
***
O primeiro pensamento de todos os pensamentos
é “Eu sou um indivíduo, separado”. Para que
exista um ele, ela ou aquilo, primeiro tem que
haver um eu.
MÉTODOS DE REVELAÇÃO DA MENTE
Veja a fonte da mente e você encontrará o seu
Eu.
Volte a mente para a mente e ela revelará seus
segredos.
Concentre a mente em um pensamento e todos os
outros pensamentos desaparecerão. Então
abandone esse pensamento.
Aprenda a controlar a respiração e você
controlará automaticamente a mente.
Elimine o ego. O ego pensa e causa todo
pensamento. O ego é o identificador do Self
como o corpo.
Entregue a mente a Deus.
Elimine toda objetividade e a mente resolverá.
Então há apenas subjetividade.
A mente deve ser eliminada permanentemente ao
perceber que ela não é real, mas apenas uma
aparência, uma ilusão que tem sua fonte em seu
Eu.
Onde há apenas sujeito e nenhum objeto, aí está
o Eu.
***
SESSÃO 11 MEDITAÇÃO COM QUESTIONAMENTO
O objetivo principal da meditação é aquietar a
mente. Quando mantemos um pensamento com
interesse, enquanto o mantemos, outros
pensamentos continuam desaparecendo.
Pensamentos do dia, o que ele fez comigo, o que
ela fez, o que eu deveria ter feito, etc., todos
esses pensamentos estão ativos em um nível
subconsciente. À medida que nos apegamos a
um pensamento, esses pensamentos
subconscientes se aquietam; eles ficam imóveis.
Eles ficam em segundo plano e isso acalma a
mente.
Agora, a coisa mais importante para aquietar a
mente é o interesse. Quando você está muito
interessado em alguma coisa, você substitui
todos os outros pensamentos. Da mesma forma,
se, com intenso interesse, você quiser saber: O
que sou eu? O que é este mundo? Qual é a minha
relação com isso? Se houver um desejo real e
ardente de obter a resposta, todos os outros
pensamentos desaparecem e a mente fica
extremamente concentrada. Então a resposta se
mostra. Isso vem de dentro. A resposta está lá o
tempo todo. A aquietação dos pensamentos nos
permite ver isso, ver a resposta que estava lá o
tempo todo, lá no reino do Conhecimento, o Eu.
O ponto de partida deve ser um forte desejo pela
resposta. Quando esse desejo é forte, obtemos a
resposta. É por isso que o limite do homem é a
oportunidade de Deus. A adversidade extrema
provoca em nós um desejo de sair dela com tanta
intensidade que concentramos a mente e
descobrimos a resposta.
Quando comecei minha busca, pensei que
“pensar” me daria as respostas. Eu tinha uma
mente tão ativa quanto qualquer mente poderia
ser. Mas eu estava no fim da linha. Tive um
segundo ataque cardíaco e me disseram que eu
estava acabado, que tinha pouco tempo de vida e
que precisava de respostas. E embora a minha
mente fosse muito mais ativa do que a da grande
maioria das mentes, a intensidade do desejo
pelas respostas fez com que eu me prendesse a
uma pergunta de cada vez, obliterando todas as
outras. Essa concentração fez isso!
Comecei a buscar sem nenhum conhecimento de
metafísica, nenhum conhecimento do caminho.
Na verdade, eu era contra toda religião e toda
metafísica; Achei que era um disparate, para os
fracos de espírito, para as pessoas que
acreditavam em contos de fadas.
Mas foi apenas por causa da intensidade do
desejo de obter as respostas, eu tinha que ter as
respostas, que elas começaram a vir, e vieram
relativamente rápido. Durante um período de três
meses, passei de um materialista extremo ao
extremo oposto: o material é o nada e o espiritual
é o Todo.
O desejo de obter a resposta era tão forte que,
apesar de minha mente ser uma das mais
barulhentas, as respostas começaram a vir. Eu
automaticamente caí em coisas (não sabia
palavras para elas) como samadhi. Eu me
concentraria em uma questão com tanta
intensidade que perderia a consciência do
mundo, perderia a consciência deste corpo, e
então teria consciência apenas de um
pensamento puro, o pensamento em si seria a
única coisa existente neste universo. Isso é
absorção quando o pensador e o pensamento se
tornam um. Perdemos a consciência de tudo,
menos daquele pensamento. Esse é um estado de
espírito muito concentrado e a resposta é sempre
descoberta ali mesmo.
Comecei com “O que é felicidade? O que é a
vida? O que eu quero? Como posso obter
felicidade? Descobri que a felicidade dependia
da minha capacidade de amar. No começo pensei
que era ser amado. Revisei minha vida e vi que
era muito amado por meus familiares e amigos e
mesmo assim não estava feliz. Eu vi que não era
isso. Continuando, percebi que foi a minha
capacidade de amar que me deu felicidade.
A próxima pergunta foi “O que é inteligência?”
Eu persisti até Ah! Eu vi! Existe apenas uma
inteligência no universo e todos nós temos uma
linha direta com ela.
Aí trabalhei a responsabilidade e descobri que
sou responsável por tudo que acontece ou
aconteceu comigo. A criação foi algo que eu
criei!
Finalmente, segurei a pergunta “O que sou eu?”
até que a resposta se apresentasse.
E isso continuou e em questão de três meses
acredito que vi o quadro completo, fui até o fim,
só por causa da abordagem concentrada. Eu não
sabia nada sobre o assunto; Eu não sabia nada
sobre a direção, o caminho, o caminho, mas
queria saber: “O que sou eu? O que é este
mundo? Qual é a minha relação com isso?”
Você descobre que o mundo inteiro não é nada
além de você, que nunca existiu nada além de
você o tempo todo, porque só existe Um e você é
Ele! Mas esse não é o estado final. Você sai
disso e ainda resta uma certa quantidade de
mente. Então você volta à busca meditativa até
que não haja mais mente controlando você.
Quando você tiver eliminado todos os hábitos de
pensamento, todas as tendências da mente, você
estará livre; então você poderá usar sua mente e
será o mestre e diretor dela. Isso não determina
mais você, você determina.
Atualmente somos mais de 90% do tempo
controlados pela mente inconsciente.
P: Essa é a mente consciente e inconsciente?
Lester: Bem, a mente consciente é facilmente
controlada. O subconsciente não existe porque
não é facilmente visto. É um mecanismo que
montamos para não olharmos para os nossos
pensamentos. de fazê-los operar
automaticamente. Fizemos isso com todo o
nosso corpo; agora é tudo automático. E então
fizemos isso com todos os pensamentos, exceto
aquele que nos interessa no momento.
P: Por que fizemos isso com todos os
pensamentos, exceto aquele em que estamos
interessados no momento?
Lester: Porque não queremos os pensamentos em
primeiro lugar. então nós os colocamos em
segundo plano. Somos mais felizes quando não
há pensamentos. Às vezes, quando você trabalha
com as mãos, você fica muito feliz, né? Por que?
Os pensamentos estão quietos.
P: Então sua mente fica aquietada nesse
momento, ou ela está operando no nível
subconsciente?
Lester: Bem, consciente e até inconscientemente
é mais silencioso. Nós realmente não queremos
pensamentos. Os pensamentos são as coisas que
nos deixam infelizes; até os pensamentos felizes
nos deixam infelizes porque enquanto
desfrutamos de algo, nos preocupamos com a
possibilidade de manter esse prazer que sabemos
que não vai durar. A ideia do prazer evoca ao
mesmo tempo a ideia de que não vai durar. Até
os pensamentos de felicidade são limitados. O
estado realmente feliz é o estado de não-
pensamento; é o estado de Conhecimento e está
além do pensamento.
Começamos com o tema da meditação. A
meditação parece ser uma questão na mente de
muitas pessoas que meditam há anos e anos. O
melhor tipo de meditação é com perguntas.
Quando você simplesmente entra em um estado
de silêncio agradável sem questionar, você tem
uma sensação boa, mas nenhum progresso na
obtenção do Conhecimento.
P: Não há nenhum progresso quando você está
apenas quieto?
Lester: É que você está se movendo em direção
ao estado de silêncio. E o estado silencioso é
melhor que o estado barulhento. Nesse sentido é
um passo em frente. Mas o único problema que
temos agora chama-se ignorância. Ignoramos o
fato de que somos infinitos. Para nos livrarmos
da ignorância precisamos do Conhecimento do
nosso infinito. Para obter o Conhecimento, temos
que investigar. Então, quando entramos em
meditação e ficamos pacificamente quietos, isso
é bom, mas não pare aí, então obtenha as
respostas. É necessário ficar quieto para obter as
respostas. Apenas a resposta para “O que sou
eu?” nos leva ao topo. Isso é fácil de ver, não é?
Então, se quisermos seguir o caminho mais
rápido, começaremos com a pergunta que
finalmente teremos que responder: “O que sou
eu?”
Quero relacionar isso à meditação. Para um
crescimento mais rápido, a meditação deve ser
questionada. É aqui que os jnanis ganham
vantagem sobre os bhaktas. A entrega e a
devoção nos lançam em sentimentos agradáveis
e eles são bons: Mas um jnani vai além; ele diz:
“Tudo bem, não pare aí, obtenha a resposta”.
Somente quando sabemos plenamente quem e o
que somos é que chegamos ao fim do caminho.
Portanto, a melhor e mais rápida maneira de
meditar é fazer uma pergunta, ficar quieto e ficar
quieto até que a resposta apareça. Em seguida, vá
para o próximo até que todas as respostas
estejam lá.
P: Se descobrirmos que não estamos fazendo
muito progresso, poderíamos fazer a pergunta “O
que está me impedindo?”
Lester: Claro, você deveria. É um bom.
P: Você sabe, acho que foi mais fácil para você
porque você não tinha muitas ideias pré-
concebidas.
Lester: Você está certo. Tive muita sorte de não
saber nada porque o conhecimento intelectual
sobre o assunto é um obstáculo. O ego substitui o
conhecimento intelectual pela experiência real
dele. Tive muita, muita sorte de não ter tido
conhecimento disso.
P: Você também não percebeu que é tão difícil
quanto a maioria das pessoas pensa.
Lester: Sim. No entanto, saber o que você está
me dizendo ajuda a abandonar o obstáculo do
conhecimento intelectual. Eu o incito nessa
direção, não é? Eu digo: “Não acredite em nada.
Começar do zero. Aumente seu conhecimento
sobre a base sólida da prova, passo a passo.”
Todos devem fazer isso.
P: Você não pode aproveitar a experiência de
outra pessoa?
Lester: Certo, você estaria trabalhando com base
em boatos, no que eles disseram, e a única coisa
útil é aquilo que você vivencia. Eu relaciono isso
com dirigir um carro. Se eu disser que sei dirigir
um carro depois de ler um livro que orienta você
a ligar a chave, ligar o motor, colocar a marcha
em movimento e pisar no acelerador, eu sei
dirigir um carro? Não, só depois de experimentar
isso poderei dirigir um carro. É a mesma coisa
no caminho; devemos experimentar tudo.
Devemos, é claro, adoptar a atitude de que aquilo
que os Grandes Seres dizem é verdade, que eles
o experimentaram. No entanto, você deve
verificar e provar por si mesmo. E a Verdade
básica é que só existe uma Realidade; há apenas
uma Verdade absoluta, e é que todo este mundo
ou universo nada mais é do que Deus, mas
melhor do que isso, nada mais é do que o meu
próprio Eu. Deus poderia estar longe; Ele
poderia estar a quilômetros e quilômetros de
distância no espaço cósmico, mas o meu próprio
Eu está bem aqui, é algo que conheço, é algo que lado direito. Se você for um raja iogue, será entre
posso perceber, é o meu próprio Eu! Portanto, os olhos. Quando fiz minha concentração, não
usar o Eu como Deus é muito mais prático do foi em nenhum local; era querer ter a resposta.
que colocá-lo lá fora, separando-o de nós. Mas Concentre-se em buscar a resposta.
cada um deve começar de baixo e provar tudo P: Não pensei em termos de respostas. Só pensei
isso por si mesmo. À medida que as provas em chegar lá, só isso.
chegam, quanto mais elas vêm, mais aceitamos
até vivenciarmos tudo. Lester: Veja bem, qualquer coisa na vida que
você quis com intensidade, você sempre
Você ainda quer ouvir mais sobre meditação? conseguiu. Isso vale para todos. O mesmo
Grupo: Sim. acontece com o caminho. Mas é a convicção
Lester: Toda ajuda deveria ser um meio de inconsciente de que as nossas alegrias residem
aquietar a mente. Se a meditação for difícil, no mundo que nos impede de obter a resposta.
podemos preparar o caminho cantando. Cantar P: Parece tão fácil do jeito que você diz.
coloca nossas mentes no significado do próprio
canto e os pensamentos do dia desaparecem e Lester: O que determina a facilidade é a
isso acalma a mente. Exercitar o corpo, fazer intensidade do seu desejo pela resposta. Esse é o
certos asanas, etc., faz a mesma coisa. Qualquer ponto crucial de tudo.
coisa que ajude é bom, seja o que for. O básico é ***
aquietar a mente. Ser amoroso e bom deixa a
Esta sessão foi gravada no Self Haven.
mente mais tranquila.
Fevereiro de 1967.
A mente é a única coisa que nos impede de ver o
nosso Infinito. A mente nada mais é do que uma
coleção de pensamentos de limitação. E na
meditação tentamos aquietar essa mente para que
possamos ver esse Ser infinito que somos.
A meditação nunca deve ser passiva. Nunca
devemos tentar forçar a mente a ficar em branco.
A meditação deve ser sempre questionada para
obter os melhores resultados.
Quanto mais praticamos meditação, mais fácil é
fazê-la. Obter insights realmente profundos
requer impulso. Quando a meditação se torna
mais agradável do que as coisas do mundo, então
a praticamos com entusiasmo e desejo. E então
mal podemos esperar até voltarmos ao assunto.
Quando ganhamos esse impulso, a mente fica
cada vez mais quieta, até que esse Eu infinito se
torna óbvio e apenas olha para nós e rimos.
Agora, talvez com toda essa conversa sobre
meditação, devêssemos tentar, ok?
P: Só uma pergunta: concentrar-se nas mãos
ajuda a acalmar a mente? Parece para mim.
Lester: Se ajuda, é bom.
P: Não é prejudicial então?
Lester: Ah não. Existem vários centros nos quais
podemos nos concentrar. Um bom lugar é aqui
em cima, entre as sobrancelhas. Concentrar-se
aqui tira sua mente de outras partes do corpo. É o
centro do terceiro olho, o olho astral, o olho
espiritual. Isso nos afasta dos centros inferiores
do corpo quando subimos aqui. Alguns preferem
o centro do coração. Mas tudo que ajuda, ajuda!
P: Eu costumava concentrar-me entre os olhos,
mas agora, quando faço a investigação, deixo o
“eu” descer até ao coração.
Lester: O coração é um bom lugar porque é o
centro do sentimento, e o sentimento está mais
próximo do Ser do que o pensamento. Depende
do seu histórico. Se você é um vichara jnani, será
o coração, mas não no lado esquerdo, mas no
SESSÃO 12
Um desejo é uma perturbação da paz e da alegria
naturais e inerentes de alguém. Os desejos mantêm
a pessoa envolvida na tentativa de saciá-los,
prejudicando-a consequentemente de sua
felicidade constante, natural e inerente. Em suma,
o desejo é inimigo da felicidade e fonte de miséria.
***
Quanto mais o desejo é liberado, menos perturbada
a mente fica permitindo que ela se concentre.
Quanto mais concentrada a mente, mais capaz se
torna de discernir ou realizar o seu Eu.
***
O silêncio silencia as demandas barulhentas dos
desejos do ego e permite que o seu Eu seja visto.
***
A solidão é a ausência de desejo.
***
A ausência de desejo é serenidade.
***
Cada vez que alguém tenta satisfazer um desejo,
ele cria uma intensidade maior desse desejo. Isso
acontece porque o prazer momentâneo, que é mais
inerente ao Ser devido ao aquietamento
momentâneo dos pensamentos, é atribuído ao
objeto do desejo e, portanto, a pessoa deseja o
objeto cada vez mais, tentando em vão saciar o
desejo, que é saciável apenas por estar
constantemente quieto dos pensamentos. isto é,
constantemente inerente ao Eu.
***
A realização simultânea de todos os desejos está na
descoberta do seu verdadeiro Eu.
***
O desejo é um poço sem fundo que nunca poderá
ser preenchido.
***
O desejo constitui o mundo e a ausência de desejo
constitui o Eu, Deus.
***
Desejo é buscar a alegria de ser o nosso Eu através
de objetos e pessoas. A mente cria originalmente o
pensamento de necessidade, ou carência, que agita
a mente e cobre o Ser. Quando o objeto é
alcançado, a mente se aquieta, a alegria do seu Eu
DESEJO
brilha e essa alegria é atribuída ao objeto, e a
mente então continua buscando o objeto como a
fonte da alegria. Mas como a alegria não pode ser
obtida do objeto, a mente a busca cada vez mais no
objeto e nunca fica satisfeita.
***
O desejo é a mãe de todo movimento, o
perturbador de toda paz.
***
O mecanismo básico do desejo é, primeiro,
criarmos uma falta e depois desejarmos tudo o que
for necessário para preencher essa falta. O desejo
cria pensamentos. Os pensamentos cobrem o Ser e
isso nos deixa infelizes. Então procuramos aliviar
essa infelicidade satisfazendo o desejo que acalma
momentaneamente os pensamentos. A quietude
dos pensamentos remove um pouco da cobertura
do Eu e é a sensação de um pouco mais do Eu que
chamamos de prazer. Atribuímos erroneamente
essa alegria ou prazer à coisa ou pessoa que foi
usada para satisfazer o desejo de aliviar a agonia
dos pensamentos de desejo que cobriam o Ser. Por
causa desta atribuição errada da alegria à pessoa
ou coisa, o desejo nunca será saciado porque a
alegria não está na pessoa ou coisa. A única
possibilidade de saciedade é permanecer no seu
Eu.
***
Satisfazer o desejo é abandonar momentaneamente
a agonia dos sentimentos de ser limitado pela falta.
Essa compreensão deve ajudá-lo a abandonar o
frustrante impulso de buscar a felicidade onde ela
não existe, no mundo!
***
O desejo é a mente inquieta.
***
Reconhecer quem e o que você é satisfaz
instantaneamente todos os desejos.
***
Devemos desejar apenas a Deus.
***
O desejo só leva à miséria e à morte.
***
Qualquer desejo perturba e perturba a
tranquilidade e a paz naturais inerentes.
 ***
Se alguém parar de pensar em algo, seu desejo
desaparecerá.
***
Depois de descobrir que os desejos são
indesejáveis, você descobre que existe uma alegria
e uma paz que são sempre constantes e mais
profundas do que qualquer alegria que você já
experimentou antes.
***
O desejo é o início de toda agitação.
***
Um desejo é uma falta criada artificialmente.
***
A ignorância cria o universo, o desejo o sustenta e
a iluminação o dissolve!
***
Se não houvesse desejo, não haveria mundo ou
universo de limitação.
***
O desejo é a fonte de todos os problemas.
***
Se o desejo nos domina é porque queremos. Quem
ativa o desejo? Se está em seu poder ligá-lo, está
em seu poder desligá-lo. Quanto mais desligado,
mais fraco fica.
***
Deseje apenas crescimento. Todos alcançam a
Meta eventualmente, mas a intensidade do desejo
determina quando e quando. Se o seu desejo é
forte, você pensa apenas nisso. As dúvidas então
desaparecem.
***
Não reprima o desejo, na verdade, deixe-o ir. Se
você criar o desejo em você, poderá descriá-lo.
***
A pior coisa a fazer é suprimir um desejo, qualquer
desejo. Quando for reprimido, a partir desse
momento tentará se expressar. Reconhecê-lo não
significa que devemos tentar satisfazê-lo, mas
evita suprimi-lo.
***
O nervosismo é causado por querer duas coisas
opostas ao mesmo tempo, uma conscientemente e
outra inconscientemente. A batalha é resolvida
quando você torna consciente o desejo
subconsciente. Por outro lado, se você souber o
que você é, não haverá conflitos. Você pode fazer
isso através da busca. Não é necessário entender o
negativo. É muito melhor ser positivo. Seja você
mesmo.
***
Buscar qualquer satisfação do ego é buscar
abandonar a agonia do conceito de falta. Qualquer
falta é necessariamente um conceito do ego.
***
Para sermos seres infinitos, não devemos ter
desejos, porque qualquer desejo é uma ação
limitante sobre nós mesmos. Se pensamos que
precisamos de algo, pensamos que somos
limitados. Se você tem tudo, se você é tudo, como
poderia querer alguma coisa? Você sabe que não
precisa de nada e passa a vida sabendo o tempo
todo que não precisa de nada. Sua atitude é
diferente. Com esta atitude, caso haja uma
necessidade do corpo, ela é imediatamente
satisfeita. Você não precisa pensar sobre isso, isso
será resolvido imediatamente.
***
A única coisa que cria o pensamento é o desejo.
Enquanto houver um único desejo, haverá
perturbação e falta de completo contentamento.
***
Qualquer desejo satisfeito desaparece para sempre.
***
Existe um caminho fácil para a realização, basta se
livrar de todos os desejos.
***
Uma maneira de superar o desejo é ter um desejo
muito forte por Deus. E, no final, você tem que se
livrar do seu desejo por Deus. Então você é isso!
***
Cada pequeno desejo do ego é uma repressão à sua
liberdade, o que equivale a dizer que todo desejo é
uma repressão à sua liberdade.
***
O estranho sobre o desejo é que quanto mais você
tenta satisfazê-lo, mais forte ele se torna. Quanto
mais as pessoas tentam satisfazer o seu desejo
tendo coisas, mais forte esse desejo se torna. As
pessoas têm mais coisas hoje do que jamais
anunciaram e estão mais infelizes do que nunca.
***
O desejo apenas corta a felicidade.
***
Você deveria ter apenas um desejo, um desejo de
libertação completa, de realização completa.
Qualquer outro desejo o manterá em apuros.
Deveríamos tentar abandonar todos os desejos.
Não devemos tentar realizar desejos. Cada vez que
realizamos um desejo, fortalecemos esse desejo
em vez de enfraquecê-lo. Acredito que seja óbvio
para todos nós, que nunca saciamos os desejos.
Quanto mais tentamos satisfazê-los, mais
queremos deles. Então é melhor não satisfazer os
desejos e ao fazer isso a mente fica mais tranquila.
Quando a mente está mais tranquila, temos mais
chances de ver a Verdade. Quando vemos a
Verdade, queimamos o desejo, e esta é a melhor
maneira, na verdade, a única maneira realmente
eficaz de nos livrarmos do desejo.
***
O desejo cria pensamentos; desejo de ter ou não
ter. Antes do desejo é o ego. Então o ego é o ponto
de partida. Sou um indivíduo separado do Todo,
então tenho que desejar obter o Todo.
***
A única coisa que perturba a paz é o desejo.
***
A pressão interna é causada pelo desejo.
***
Quando as coisas são abordadas com amor puro,
não há mais desejo.
***
O desejo planta sementes para o futuro.
***
Diminua o desejo pelo mundo, aumente o desejo
pelo Eu.
***
Você deve se livrar de todo desejo. Você pode
desfrutar sem desejo. Na verdade, se você
realmente quiser aproveitar as coisas, poderá
aproveitar muito mais sem desejo.
***
O desejo é a causa de tudo. Sempre que você tiver
algum problema, há um desejo por trás disso.
***
Qualquer desejo, exceto o desejo de libertação,
está causando miséria.
Quando você vê a Verdade, os desejos são
queimados porque um desejo está realmente
tentando ser o seu próprio Eu real através de
alguns meios diretos, através de alguma coisa,
através de alguma pessoa. Quando você vê isso,
você abandona esses desejos tolos, porque por que
lutar por meios indiretos para ser o que você é? Os
meios indiretos não podem fazer de você o que
você é, por isso é infrutífero e extremamente
frustrante. Consequentemente, temos este mundo
frustrado. Todos estamos tentando satisfazer o
desejo; é absolutamente impossível fazê-lo, e
continuamos vida após vida, vida fora, até
reconhecermos que os desejos são nossos
inimigos.
O desejo é uma admissão de falta. Se sou o
Infinito, não desejo nada; Eu sou o Tudo. Devemos
voltar a esse estado comportando-nos como
alguém se comportaria nesse estado. O maior
comportamento, o maior ritual que podemos
realizar, é viver como viveria um Ser plenamente
realizado. Tente atingir o estado de desapego, sem
apegos, sem aversões. Tente atingir um estado de
equanimidade, um sentimento de igualdade em
relação a tudo, a todos. Tente atingir o estado de
ausência de desejo. Então você verá que você é o
Tudo, que você é Aquilo!
***
SESSÃO 13 O QUE EU SOU?
Achei que um resumo do que passamos, para onde
vamos e o que resta no final poderia ser uma boa
ideia para a última palestra desta série.
A forma como gosto de olhar para a nossa direção
é que o objetivo final de cada ser é a felicidade
total e completa, sem qualquer mancha de tristeza.
Todos nós nos esforçamos para isso em todos os
nossos atos, mas de alguma forma perdemos o
objetivo. A razão pela qual falhamos o nosso
objetivo, a nossa meta, é simplesmente porque não
temos uma visão clara da meta e, portanto,
estamos a apontar cegamente. Enquanto
permanecermos cegos, nunca poderemos atingir o
objetivo da felicidade perfeita.
Alguém chega e diz: “Atenção! Você passou
muitas vidas olhando na direção errada! Pare de
olhar para fora e olhe para dentro! Somente lá
você encontrará aquilo que passou vida após vida
buscando! E então você conhece alguém como
Lester: que lhe diz: “Busque o seu próprio Eu. É aí
que reside a sua felicidade completa. Pare de
procurar a felicidade nas pessoas e nas coisas.
Aqui você apenas elimina a dor do desejo por algo,
e o alívio que você obtém é chamado de prazer. E
o prazer dura pouco porque o desejo não é
eliminado e ainda está lá e, portanto, a dor dele
continua a atormentar você. “
Agora o ponto de partida é você. Você deve seguir
o caminho para descobrir você mesmo, e só você
pode fazer isso. Não aceite nada, a menos que
você possa provar isso sozinho. Prove e é seu.
Prove e então você poderá usá-lo.
A singularidade desta ciência, e é uma ciência,
algum dia você verá que é a ciência de todas as
ciências, é que esta é uma ciência subjetiva. Temos
que buscá-lo internamente; não podemos colocá-lo
numa mesa à nossa frente e examiná-lo. Só
podemos examiná-lo dentro da nossa própria
mente, ou melhor, dentro do nosso próprio ser.
Além disso, o intelecto não nos aproveita isso. O
intelecto pode nos levar na direção certa para
encontrá-lo. A direção certa é voltar-se para dentro,
aquietar a mente e experimentar esta verdade, este
conhecimento. E só pela experiência podemos
conhecê-lo.
Os métodos são muitos, mas o mais elevado é o
método que todos usam no final, e esse método é
encontrar a resposta para “O que sou eu?” Essa
busca deve ser mantida o tempo todo, não só na
meditação, mas durante o dia. Enquanto
trabalhamos, não importa o que estejamos fazendo,
no fundo da nossa mente podemos sempre manter
a pergunta: “O que sou eu?” até que a resposta se
torne óbvia para nós.
Agora, qualquer resposta que a mente possa nos
dar não deve necessariamente ser essa, porque a
mente é um instrumento de limitação. Todos os
pensamentos são qualificados; todos os
pensamentos são limitados. Portanto, qualquer
resposta que a mente dê não pode estar certa. A
forma como a resposta chega é simplesmente
saindo do caminho da cegueira que impusemos a
nós mesmos, assumindo pensamentos de que
somos um corpo mental pensante. Quando os
pensamentos estão quietos, o Ser ilimitado é
óbvio. É autorefulgente; está lá o tempo todo; está
apenas coberto por conceitos de pensamento, cada
um dos quais é limitado.
Então, o jeito é fazer a pergunta “O que sou eu?” e
aguarde calmamente a resposta. Outros
pensamentos surgirão, e a maior dificuldade é
aquietar esses pensamentos. Quando outros
pensamentos surgirem, se fizermos a pergunta:
“Para quem são esses pensamentos?” a resposta
naturalmente é: “Para mim”. Então, “O que sou
eu?” nos coloca de volta na pista novamente.
Dessa forma, podemos manter continuamente a
nossa atenção em “O que sou eu?”
Além de colocar esta questão até obtermos a
resposta, é uma boa prática na nossa vida
quotidiana não ser o executor, não ser o agente.
Basta ser a testemunha! Adquira a atitude “Não
sou eu, mas o Pai quem opera através de mim”
(que vários neste grupo já possuem). Esta é a
principal conduta de vida pela qual devemos nos
esforçar. Quanto mais nos tornamos testemunhas
da vida, mais nos tornamos desapegados do corpo,
mais somos o nosso verdadeiro Eu.
Então, há duas coisas que estou sugerindo: uma é a
busca “O que sou eu?” e a segunda é, na própria
vida, não ser o agente; seja a testemunha. Deixe as
coisas acontecerem; permita que a vida seja. É
assim que estamos no estado superior, e o melhor
comportamento na vida é aquele que é
característico do estado superior.
Há muitas outras coisas das quais tenho certeza
que você conhece: humildade, bondade, bondade,
honestidade, etc. Todas essas coisas ajudam, mas a
maior ajuda é não ser o executor, mas a
testemunha.
Agora, quando o nosso Ser se apresenta a nós, é
uma experiência tremenda! É muito difícil de
conter. Sentimos que vamos explodir porque
reconhecemos nossa onipotência, onisciência e
onipresença! Mas apenas ver isso uma vez não nos
estabelece nesse estado. No entanto, uma vez
experimentado, você nunca desistirá até
restabelecê-lo. Você continuará tentando, e deve
continuar tentando, para voltar a esse estado. Na
próxima vez durará um pouco mais, na terceira vez
ainda mais, até que finalmente estejamos nele
vinte e quatro horas por dia.
Quando atingimos esse estado máximo, não somos
zumbis, mas somos oniscientes e estamos
presentes em todos os lugares. Tudo se encaixa
perfeitamente. Nós nos movemos no mundo como
qualquer outra pessoa, mas a diferença é que
vemos o mundo de maneira totalmente diferente
da maneira como todas as outras pessoas o veem.
Vemos nosso corpo e todos os outros corpos
igualmente como nosso Eu. Da mesma forma,
cada animal e cada coisa como o nosso Eu. Ver
tudo como “Eu” nos dá aquela Unidade singular
em todo o universo que é chamada de Deus, ou o
Eu. Observamos nosso corpo se movendo pela
vida como um autômato. Nós deixamos seguir seu
caminho. E como não somos realmente esse corpo,
nada do que acontece com esse corpo pode nos
afetar. Mesmo que fosse esmagado, não
significaria muito para nós, porque sabemos
perfeitamente que não somos esse corpo.
Conhecemos nosso Ser eterno e permanecemos
Isso!
Portanto, é difícil distinguir alguém que atingiu o
estado superior de qualquer outra pessoa. Ele
passará pelos mesmos movimentos da vida e tudo
o que fazia antes, poderá continuar a fazer. Mas
sua visão da vida é totalmente diferente. Ele é
completamente desprovido de ego; ele não se
preocupa com seu próprio corpo. Ele está
interessado nos outros e não em si mesmo, está
interessado em toda a humanidade. Tudo o que ele
faz não tem absolutamente nenhuma motivação
egoica. Seu corpo continuará a viver seu período
normal e geralmente desaparece, aos olhos de
quem não sabe, da mesma forma que a maioria dos
corpos sai, através da chamada morte e caixão.
Mas aquele que estava originalmente conectado
com aquele corpo nunca vê nada desta morte. Ele
vê todo este mundo e corpo como uma ilusão que
foi criada mentalmente, assim como criamos
cenas, cidades e mundos em nossos sonhos
noturnos. Quando despertamos, percebemos que
tal coisa nunca existiu. E da mesma forma, quando
acordamos deste estado de vigília, vemos que tudo
foi um sonho e nunca foi realmente. Que a única
coisa que existiu foi o meu Ser, a Realidade
absoluta, sendo todo ser, infinito, totalmente
perfeito, onisciente, todo poderoso, onipresente.
Então, para reiterar, os dois principais pontos que
eu queria destacar hoje foram que, em primeiro
lugar, o método mais elevado é a busca “O que sou
eu?” Ao colocarmos esta questão em silêncio,
quando outros pensamentos surgirem, pergunte:
“Para quem são esses pensamentos?” A resposta é
“Para mim”. "Bem, o que eu sou?" e voltamos ao
caminho certo, até obtermos a resposta total. E, em
segundo lugar, o caminho da vida é ser a
testemunha, não ser o executor. Acredito que isso
resume o que venho tentando transmitir até agora.
Alguma dúvida sobre isso?
P: Para não ser o executor, você não planeja? Você
não faz tudo normalmente?
Lester: Não, o caminho certo é não planejar. Deixa
acontecer. Solte-se e você será guiado
intuitivamente. Em vez de planejar com
pensamento, você fará exatamente a coisa certa,
perfeitamente, no momento certo, de momento a
momento.
P: Há uma situação em que alguém pode assumir
uma posição desse tipo quando na verdade não a
sentiu; por exemplo, ele dirá: “Vou ficar na cama
até me mudar”. Enquanto isso, seu aluguel não é
pago.
Lester: Então ele vai ter que se mudar! Se
presumirmos que estamos ali e não estamos, logo
despertamos para o fato de que não estamos ali,
veja. Bob, estou falando de um nível superior
agora, do estado perfeito, onde tudo está em
absoluta harmonia a cada momento. Lá você nunca
pensa, e a cada momento você sabe, por dentro, a
coisa certa a fazer. Você é guiado intuitivamente a
cada momento e tudo se encaixa perfeitamente.
Agora, se você não está aí, é claro que tem que
pensar; você tem que planejar.
P: Bem, na prática então, no início, é
provavelmente uma combinação dos dois onde as
coisas acontecem com muita facilidade, e então há
um obstáculo no qual você tem que planejar.
Lester: Definitivamente sim! No estado superior
você faz isso conhecendo; você simplesmente sabe
de momento a momento. Alguém sente “Eu sei
disso!” É assim que parece e não há nenhum
pensamento nisso, apenas “Eu sei disso!”
P: Eu sei por experiência própria, recuo e traço um
plano, mas às vezes esse plano vem para mim com
muita facilidade e rapidez e às vezes tenho que
lutar como o diabo para resolvê-lo, passo a passo,
e não consigo. não sei o que vai acontecer. Outras
vezes, apenas traço um plano e sei o que vai
acontecer e não tenho dificuldade com isso.
Lester: A palavra “saber”, conforme você a usa, é a
chave. Você sabe como é essa palavra quando diz
“Eu sei!” Não há dúvida, nem um pingo de dúvida
aí. E isso acontece. Essa é a chave. Esse é o reino
do conhecimento. Faça isso o tempo todo.
Continue trabalhando para isso até que ele chegue
e fique. A rapidez com que alcançamos isso é
determinada pela intensidade do desejo por isso.
Quanto mais desejarmos esse estado superior, mais
cedo ele chegará. Todo mundo consegue
eventualmente. Estou convencido de que a maioria
das pessoas na Terra hoje provavelmente levará
milhões de anos. Mas qualquer um de nós que
esteja conscientemente buscando a saída pode
fazê-lo nesta vida.
A chamada graça de Deus também está sempre
presente. Todos aqueles que obtiveram a nota
máxima antes de nós estão irradiando a
consciência da perfeição para nós. Temos uma
graça tremenda sendo empurrados em nossa
direção o tempo todo. Porém, não têm o direito de
se impor e não o fazem. Temos que nos abrir para
isso para recebê-lo.
Precisamos desta graça. Devido à situação atual, o
homem é relativamente baixo. Estamos fortemente
convencidos de que somos um corpo limitado e,
por hábito de longa data, tentamos mantê-lo.
Portanto, não é fácil abandonar este corpo e, por
causa disso, precisamos da graça dos Grandes
Seres que, aos nossos olhos, já faleceram, mas aos
olhos deles, eles ainda estão aqui. Quando
reconhecemos que eles ainda estão aqui, podemos
vê-los e falar com eles da mesma forma que
falamos uns com os outros. Se os aceitarmos
parcialmente, poderemos falar com eles num
sonho ou numa visão. A forma como nos
encontramos com eles é determinada pela nossa
aceitação deles. Se algum de nós acreditasse que
poderia ir a um restaurante e fazer um lanche com
Jesus, do jeito que você acredita que poderia fazer
isso comigo, - se você tivesse tanta aceitação,
então você poderia fazê-lo.
Agora, alguns de nós sabemos que Ele entrou
nesta sala. Ele deu um sinal proporcional ao nosso
grau de aceitação. Se Ele aparecesse
repentinamente em um corpo físico na sala, seria
demais para a maioria de nós aceitar e, portanto,
Ele não aceita. Mas a maneira como Ele vem até
nós é determinada pela nossa aceitação dele. Ele
deu sinais para alguns aqui e alguns não
reconheceram que Ele o fez. No entanto, a maioria
de nós fez isso!
O que estou tentando enfatizar agora é que
devemos nos abrir à ajuda dos grandes mestres.
Jesus e os Grandes querem que cada um de nós
conheça a nossa perfeição. Eles não podem forçar
isso sobre nós. Mas a mão deles está sempre
estendida. É bom ter isso em mente. Então nos
abrimos mais para a ajuda.
P: Como você solicita e recebe essa ajuda?
Lester: Você tem que aceitar Jesus como estando
vivo, tanto quanto nós, e capaz de se encontrar
com você, da maneira como nos encontramos com
você, então isso pode acontecer. Você tem que
estar aberto para isso. A ajuda está sempre sendo
enviada para você.
P: Existem palavras para dizer, pensamentos para
carregar?
Lester: Sim. Mas não posso dá-los a você; isso é
contigo. Veja, eu lhe dou o princípio geral,
aceitação Dele, do jeito que Ele é. Não espere que
Ele não seja cristão porque Ele não será isso. No
entanto, Ele pode aparecer como um ser humano
muito humilde na forma. Sendo onipresente, a
qualquer momento, Ele pode aparecer para
qualquer pessoa e falar com ela.
P: Lester: Ele será como Cristo, Ele não estará
disfarçado, não é? O mendigo na porta?
Lester: Não. O único disfarce é aquele que
colocamos nele. Ele nunca se disfarçaria. Ele quer
ser reconhecido como Cristo. Esse não é o Seu
nome. O homem Jesus tinha a Consciência
Crística. E temos que aceitá-lo e à Sua consciência
que é de extrema humildade, simplicidade, sem
glamour de Hollywood.
P: Você definiria humildade?
Lester: Sim. A maior humildade é através da
entrega: não eu, mas você; não sou eu, mas o Pai
quem opera através de mim; tudo que faço é obra
de Deus, não sou eu quem faz. É a rendição do
ego, sendo o ego uma sensação de individualidade
separada
P: Se você se entrega como indivíduo, e quanto à
outra pessoa? Acho que mencionamos antes que
reconhecemos a outra pessoa como nós mesmos e
a tratamos como se fôssemos iguais. Quem é essa
outra pessoa?
Lester: De onde você está agora, a outra pessoa
não deveria preocupar você. A única coisa que
deve nos preocupar é o que fazemos. Para mim,
não importa qual seja a sua atitude em relação a
mim. Você poderia me odiar com cada célula do
seu corpo. Mas é de extrema importância qual é a
minha atitude em relação a você. Enquanto você
estiver me odiando, eu deveria te amar total e
completamente. Então você entenderá a resposta à
sua pergunta e verá apenas o Um. Quando você se
separa e pergunta o que há aqui no Um, isso
simplesmente não se encaixa.
Quando amamos, e apenas amamos, estamos
usando o poder mais formidável do universo.
Ninguém e nada pode nos prejudicar. Nunca
poderemos ficar magoados ou infelizes se apenas
amarmos sem nenhum ódio. Você nunca pode se
machucar quando ama, no sentido de que o amor é
pleno, completo e divino. É apenas amor sem
nenhum, nem um pouco de ódio. Requer dar a
outra face, amar o inimigo, esse é o tipo de amor
necessário.

P: Amor é compreensão?

Lester: Quando você ama plenamente você

entende o outro plenamente. Amor é compreensão.
É identificar-se com o outro, ser o outro. Descer
um degrau é querer que o outro tenha o que o
outro quer, amar o outro, como o outro é.

P: Então quem é nosso inimigo?

Lester: Na realidade, temos apenas um inimigo:

nós mesmos. Ninguém pode fazer nada conosco;
ninguém pode fazer nada por nós. Algum dia você
verá isso: nós, em nossa consciência,
determinamos tudo o que nos acontece.

P: Então é a ideia que temos de nós mesmos que

está incorreta?

Lester: Certo. E isso poderia ser melhorado!

P: Quando você diz compreensão, você quer dizer

compreensão em um sentido lógico, ou você quer
dizer aceitação deles sem questionar a razão pela
qual eles estão fazendo as coisas, boas ou más;
apenas aceitação do que quer que sejam em sua
totalidade.

Lester: É uma aceitação integral. Mas a verdadeira

compreensão requer conhecimento do que são o
universo e o mundo. Quando vemos alguém
fazendo algo errado, temos que saber que se trata
de um ser divino, equivocado. Ele está procurando
por Deus no lugar errado. Estou fazendo sentido?
Esse é o entendimento.

P: O que na cabeça dele seria felicidade, certo?

Lester: Sim. Ele está procurando a felicidade do

jeito que ele a vê. Mesmo um Hitler, na sua
opinião, está a agir bem e, portanto, não deve ser
odiado, mas sim amado, - querendo que ele seja
aquilo que é a sua verdadeira natureza básica.
Agora, isso não significa aprovar seu programa,
não significa. Mas quer aprovemos ou não o seu
programa, amar e odiar são duas coisas diferentes
de não aprovar. do programa dele. Por isso
amamos a todos, vemos-nos como seres
equivocados, perdoamos-lhes porque não sabem o
que fazem. Eles são como crianças, equivocados.
Alcance o estado mais elevado de amar a todos
igualmente como Cristo amou!

***

Esta sessão foi gravada em Los Angeles, 12 de

julho de 1965
SESSÃO 14 A CHAVE PARA A FELICIDADE CONSTANTE
Afirmei que lhe daria a chave para manter a
felicidade constante. Eu tinha consciência de que
vários indivíduos estavam caindo no nível de
felicidade e não subindo, o que é um dos motivos
pelos quais não cheguei aqui antes. Veja, quando
você estava deprimido e frenético, e pensava que
as coisas estavam terríveis; Eu não poderia ter
me comunicado com você muito facilmente.
Além disso, se eu tivesse vindo e você tivesse
recebido essa carona e saído dela, você teria dito
que fui eu. Isso desenvolve uma relação de
dependência, o que não é bom. Você pode fazer
tudo e qualquer coisa que quiser. Você pode ter,
ser ou fazer o que quiser ou desejar. E quando a
perturbação dura o tempo suficiente, você fica
farto dela e a abandona de qualquer maneira.
Então você faz isso. É muito, muito melhor
quando você faz isso e não precisa de ninguém
em quem se apoiar.
O que o grupo gostaria de saber é como manter
esta nova felicidade encontrada. Por que não
temos isso o tempo todo? Deveríamos! E então
pensei em lhe dar a compreensão, ou a chave
para a compreensão, que o ajudará a desenvolver
a felicidade que permanece.
Muito bem, agora esta é a chave: quando você
entende, quando você realmente sabe o que é a
felicidade, então você é capaz de estabelecê-la.
Aí você faz isso cada vez mais até que seja o
tempo todo. Mas a chave é saber o que é
felicidade. Quando você sabe o que é, você
procura onde está, e não onde não está. Procurá-
lo onde não está é o que faz você cair. Há
alguma dúvida sobre o que eu disse até agora?
A chave é saber o que é felicidade, para que você
possa ir diretamente em direção a ela. Não
reconhecer o que é a felicidade dificulta o seu
estabelecimento permanente. Então, quando você
conseguir ver o que realmente é essa felicidade,
quando você se sentir infeliz, você se moverá na
direção certa e estabelecerá essa felicidade.
Tudo bem. o que é felicidade? A maioria das
pessoas chama isso de prazer, mas o que
realmente é é escapar da dor! O que a maioria
das pessoas chama de felicidade é escapar da dor
por meio da socialização e do entretenimento. É
realmente uma fuga! Eles não suportam ficar
sozinhos, com seus próprios pensamentos. Eles
têm que correr para o cinema, para uma boate,
visitar alguém, só para fazer alguma ação e não
enfrentarem seus próprios pensamentos. Quando
sua mente é afastada de seus próprios
pensamentos, eles se sentem melhor e então
chamam isso de prazer e felicidade. Todo
entretenimento é na verdade isso! Um homem
feliz não precisa de entretenimento nem de
socialização. Ele está contente.
No entanto, quando você se tornar livre, se
quiser, poderá desfrutar do entretenimento muito
mais do que antes, porque estará livre da
necessidade faminta dele.
A felicidade da qual falarei agora não é do tipo
que escapa da miséria. É realmente a única
felicidade. É a alegria que resulta de ser o seu
verdadeiro Eu. Quanto mais somos o nosso
verdadeiro Eu, mais nos sentimos alegres. A
alegria sensorial do mundo não é alcançada por
causa da coisa ou da pessoa com quem a
associamos. Isso é conseguido satisfazendo e
acalmando os pensamentos de querer adquirir
aquela pessoa ou coisa. Quando acalmamos
esses pensamentos, sentimos mais o nosso Eu e
somos mais felizes. Quanto mais quieta a mente
estiver, mais simplesmente seremos, mais
permaneceremos como nosso verdadeiro Eu e
mais alegres nos sentiremos!
Mas isso é algo que você precisa ver por si
mesmo: quanto mais quieta sua mente estiver,
mais feliz você será. É bom brincar com isso.
Experimente até ver. Qualquer que fosse essa
alegria, ela sempre resultava no aquietamento da
mente, e então você se sentia feliz. Vendo isso,
você começará a deixar de atribuir felicidade às
pessoas e às coisas. Você começará a ver que a
alegria está apenas em você permanecer como
seu próprio Eu. Então, quando você descobrir
isso, você não irá procurar alegria onde ela não
existe. Você irá imediatamente deixar ir e
simplesmente ser. E finalmente, você chega ao
lugar onde não precisa de nada nem de ninguém
para ser feliz, você simplesmente é feliz, o tempo
todo!
Existe alguma dúvida sobre isso? Eu acho que
intelectualmente é visto por todos? Quer você
veja isso através de sua própria mente ou não,
você deve primeiro ter isso intelectualmente,
depois experimentar, testar, e você descobrirá
que é assim, que toda vez que você se sente feliz,
sua mente fica quieta. e à vontade, e que o que
você atribuiu à pessoa ou coisa fora de você é
algo acontecendo dentro de você. É um
aquietamento da sua mente para que você
permaneça mais como o seu Eu. Então, quando
você ver isso, você não ficará mais atolado,
porque no momento em que você ficar infeliz,
você saberá exatamente onde procurar para
restabelecer a felicidade!
P: Isso estaria dentro de você, não estaria?
Lester: Sim, mas primeiro é reconhecer que a
felicidade não é a pessoa ou coisa externa, mas o
aquietamento dos pensamentos de desejo pela
pessoa ou coisa, o que permite que você se
interiorize e seja apenas o seu Eu, ou seja,
apenas seja . Quando sua mente está voltada para
as coisas lá fora, você não está apenas sendo,
você está envolvido com coisas externas. Mas eu
digo que a chave é ver exatamente esse ponto,
que a sua felicidade é o aquietamento da sua
mente através da satisfação do desejo, que
acalma os pensamentos famintos pela coisa e
permite que você simplesmente seja. Quando
você realmente vê isso em sua mente, você pode
fazer isso diretamente. (Você pode abandonar
esses pensamentos sem alcançar a pessoa ou a
coisa e imediatamente ficará feliz!)
O principal é que você se mova em direção à
felicidade na direção de onde ela realmente está,
em você, e não nas coisas externas. Dessa forma
você estabelece um estado de felicidade
contínuo. Eu te contei alguma novidade, Frank?
Eu fiz? Isso foi novo, Lil? Veja, eu já lhe disse
isso muitas vezes, mas parece novo para você!
P: Você nos contou, mas antes não foi recebido.
Lester: Tudo bem, antes era apenas uma coisa
intelectual ou não se conectava e agora é como
se fosse novo. Mas, no que diz respeito a isso,
sempre sinto como se estivesse dizendo a mesma
coisa repetidamente, deste lado, daquele lado, do
outro lado, mas é sempre a mesma coisa. No
entanto, até que você veja isso com os olhos da
sua mente, até que você o reconheça, até que
você perceba, isso não terá significado para
você.
P: Parece que você está dizendo que não
deveríamos desejar automóveis, não deveríamos
desejar casas, não deveríamos desejar esposas ou
namoradas, não deveríamos desejar nada, mas
tornar-nos nada.
Lester: Tudo estava certo, exceto a última parte
da sua frase. Você se torna tudo em vez de nada.
Torne-se tudo e você não precisará de nada. O
desejo é a falta e a consciência da separação, a
fonte de todos os problemas. Se você é tudo, o
Tudo, você não precisa de nada. Veja, tudo
estava certo até a última parte da sua frase, basta
inverter isso e pronto. OK.?
P: Se nos tornarmos tudo, então nos tornaremos
a esposa, então nos tornaremos o mundo, nos
tornaremos tudo. Em vez de nos separarmos, nos
tornamos o outro.
Lester: E esse é o maior de todos os sentimentos!
Esse é o amor mais elevado, quando você se
torna o outro. Essa identidade é o amor em sua
forma mais elevada. Ou seja, você acha que ela
não quebrou o prato, nós quebramos o prato; ela
não gastou dinheiro num vestido, nós gastamos o
dinheiro. Este é o amor mais elevado.
P: Eu me torno o automóvel, portanto não desejo
o automóvel. Ou você se torna tudo, você se
torna
Lester: Agora, você terá que resolver isso
sozinho. Você terá que perceber que quando
você se tornar tudo e sentir que não precisa de
nada, então o menor pensamento sobre algo trará
isso para você imediatamente.
P: O desejo é: “Não tenho”.
Lester: Sim! Você cria uma carência artificial,
cria uma mentira quando diz: “Não tenho”. O
desejo, fazendo com que você sinta “eu não
tenho”, fará com que você não tenha! Deixe de
lado o desejo e você sentirá “eu tenho”. Isso faz
com que as coisas cheguem até você.
P: Se eu olhar para o mundo como se estivesse
escrevendo um romance e disser que sou os
personagens, sou todas essas criaturas que crio
na minha história. E, no entanto, é isso que estou
vivendo hoje, não é? Eu crio minhas
dificuldades; Estou escrevendo esta história. Em
vez de fazer isso, eu deveria dizer que sou o
poder, e por que me preocupar em criar
limitações? Eu não preciso. Então, eu paro. Mas
o que eu tenho quando não crio?
Lester: O que você tem quando não cria? Tudo o
que você realmente deseja, nosso puro Ser.
P: Eu tenho paz.
Lester: Sim. Você é o Tudo, tudo está em você.
Sentir-se assim o deixa completamente em paz.
P: Até o telefone tocar; então estou de volta aos
meus hábitos.
Lester: Não permita que um sininho o empurre
dessa maneira. Mais uma vez, digo que cada um
tem que perceber isso por si mesmo, mas quando
o fizer, a felicidade poderá se tornar permanente,
porque então você procura a felicidade onde ela
está e para de procurá-la onde ela não está. Não
há felicidade nas pessoas ou nas coisas. A
felicidade é a nossa natureza básica. A felicidade
é o nosso próprio ser. E quando estamos apenas
sendo, somos infinitamente felizes. Sim, quando
estamos apenas sendo e nada mais, somos
infinitamente felizes!
P: Em outras palavras. quando você tem essas
várias coisas, como você tem um automóvel,
você utiliza esse automóvel, mas não tem apego
a ele, para alcançar o sentimento de alegria.
Porque se você se apegar a esse automóvel,
então esse apego terá algum tipo de influência
sobre você, fazendo com que você tenha uma
responsabilidade para com ele.
Lester: Sim. Quanto maior o apego, maior a
infelicidade. (Da mesma forma, quanto maior a
aversão, maior a infelicidade.) Não é livre estar
apegado a nada. Você não pode ter coisas e não
estar apegado a elas. Esteja apegado a eles e
você estará necessariamente se colocando na
infelicidade.
P: Agora, quando você está em um estado de
existência, isso não significa que você seja um
ser etéreo que flutua de um lugar para outro. Isso
significa que você está naquele estado em que
conhece a Verdade e, portanto, não precisa
passar por todos os hábitos que foram
acumulados em você pelo seu ego. limitações sobre limitações e as mantém em seus
Lester: Sim. É conhecer o seu Ser infinito que é pensamentos. É aí que reside a sua dificuldade.
eterno e nunca muda. Então este mundo não Você deve abandonar todos os seus
poderá tocar em você. Você vê isso como uma pensamentos. Todo pensamento tem limitação.
ficção, um sonho. Você testemunha isso. Você Abandone todos os seus pensamentos e o que
passa pela vida sem apegos e sem aversões. resta é você em sua felicidade infinita, em seu
Então, ninguém nem nada poderá perturbá-lo, e Ser. Então você perceberá que é tão fácil
você terá a paz e a alegria infinitas que são descobrir que é um Ser infinito com felicidade
constantes. infinita quanto descobrir que é homem ou
mulher!
P: Quando tento explicar isso às pessoas, elas
pensam que me torno uma sombra ou substância ***
que desaparece da vista de todos, ou algo Esta sessão foi gravada em Los Angeles, 7 de
parecido. fevereiro de 1965.
Lester: A única diferença entre um indivíduo
plenamente realizado que vive no mundo e outro
que não o é é o seu ponto de vista sobre tudo.
Uma pessoa não realizada identifica-se com um
único corpo-mente limitado. Uma pessoa
realizada identifica-se com tudo, cada ser, cada
átomo e os vê como o seu Eu. Ele vê o ser em
tudo como o seu ser.
P: Portanto, obtendo alegria com tudo o que
acontece.
Lester:; Não, sua própria natureza é alegria.
Você não aproveita tudo o que acontece, sua
natureza básica é a alegria ilimitada. Esse é o seu
estado natural! Não há necessidade de conseguir!
P: Portanto, estar perpetuamente em um estado
de alegria.
Lester: Sim. Contanto que você não o prenda a
uma pessoa ou coisa, ele estará lá o tempo todo.
Mas se você diz que não pode ter alegria a
menos que faça ou tenha algo, você limita sua
alegria. O estado natural é a alegria ilimitada.
Este é o verdadeiro estado natural. O estado
natural é ser infinito, mas sobrepomos a isso
todas essas ideias de limitação, de necessidades,
apegos e aversões que bloqueiam essa alegria
infinita que é natural. Se um ser não fizesse
absolutamente nada, ele seria esse Ser infinito.
Ele seria então apenas uma testemunha.
P: Mas você ainda pode trabalhar duro.
Lester: Ah, sim. Você passa pela vida como todo
mundo.
P: Mas é a sua atitude.
Lester: Certo, você vê as coisas de forma
diferente. Você se vê mais como uma
testemunha do que como um executor.
P: Está aí, mas você está um pouco desligado
dele. É uma sensação estranha às vezes.
Lester: É uma sensação agradável, não é? É
estranho porque você não está acostumado.
Quando você se acostuma, é mais querido do que
assustador!
P: Lester: isso é realmente fácil e estamos
dificultando?
Lester: Sim. Você está certo! Toda a sua
dificuldade é manter-se limitado. Você agravou
SESSÃO 15
Por que deveríamos ter necessidade deste corpo?
Se somos seres infinitos, por que precisamos de
um corpo? O fato de termos nascido em um
corpo mostra que ignoramos nosso Ser infinito.
É uma acusação na sua própria situação de facto.
***
O corpo é a maior algema, o aprisionamento que
temos, o maior obstáculo que colocamos no
nosso caminho.
***
A única saída para todas as dificuldades é saber
que você não é o corpo.
***
Viemos a este mundo para ser um corpo, a fim
de aprender que não somos um corpo.
***
O pior hábito que adquirimos ao longo dos
milênios é que somos este corpo.
***
O corpo é uma máquina de ação lenta, só isso.
***
O desejo de sobreviver como corpo é a base de
todo o nosso atual comportamento aberrado.
Todo mundo quer aprovação (amor), luta muito
por isso e gasta quase todo o seu esforço na vida
para alcançá-lo. Quando criança, quando criança,
em nossos anos de formação, acreditávamos que
nossos pais não cuidariam de nós se não nos
aprovassem e, portanto, morreríamos! Assim,
desenvolvemos padrões de comportamento
pervertidos e aberrantes, suprimindo nossos
próprios desejos e vontades, a fim de obter a
aprovação de nossos pais, o que significava
sobrevivência. Os padrões são tão
profundamente subconscientes por terem sido
formados nos primeiros dias e anos de nossa vida
e com tanta supressão, que é extremamente
difícil reabri-los e examiná-los conscientemente
agora. Contudo, uma vez que sabemos que não
somos o corpo, todo esse comportamento
desaparece.
***
Você teme que, se o corpo não existe, você não
existe.
***
Todo medo é direta ou indiretamente o medo da
morte do corpo.
***
Você é infinito e não há nada de complicado
nisso, mas o hábito de ser um corpo é tão forte
que complica e sobrecarrega a sua permanência
como seu Eu.
***
O CORPO
Todo o corpo da miséria se relaciona com o
corpo físico. Todo o corpo da felicidade é ser o
que você é, o Eu. A felicidade é exatamente o
que você é. A miséria é exatamente o que você
não é. O estado natural é a felicidade. O estado
artificialmente autoimposto é a miséria. Essa é a
escolha: dizer que o corpo é real ou que o Ser é
real.
***
Quão apegado você está ao corpo? É assim que
você está apegado à miséria.
***
O corpo é condicionado pela vida. Você é a vida
incondicionada.
***
Este corpo nada mais é do que um mecanismo
moribundo, desde o nascimento até a morte.
***
Se você tem um carro, não diga que você é o
carro. Por que então, se você tem um corpo, você
diz que é o corpo?
***
O sono é o prazer da existência não corporal.
***
Na verdade, você abandona seu corpo quando
está em sono profundo e o recria pela manhã, ao
acordar.
Não há diferença entre o sono e a morte, exceto
que após a morte você pega um corpo diferente,
enquanto depois de dormir você pega o mesmo
corpo. O tempo entre os corpos adormecidos é
curto e o tempo entre os corpos mortos é longo.
***
A crença errada de que alguém é um corpo é a
causa básica do desejo e da aversão.
***
Não devemos prestar muita atenção ao corpo. Dê
a ele o que ele precisa e nada mais. Faça isso
sem apego.
***
Devido à extrema limitação do corpo humano, o
incentivo para se libertar é grande. Ele oferece o
maior estímulo para o crescimento.
***
Tornar o seu corpo perfeito e viver na
consciência do corpo não é tão elevado quanto
viver com um corpo imperfeito na consciência
do seu Eu.
***
É um estado superior ter um corpo doente e não
se identificar com ele. E é por isso que certos
Mestres fazem isso. Eles passarão a vida com o
corpo fraco ou doente, mantendo o tempo todo a
paz e a equanimidade. E eles acolhem isso
porque é uma oportunidade de serem
constantemente lembrados de que eles não são o
corpo.
***
O corpo é a doença, não a doença dele.
***
Um corpo perfeito pode manter alguém em
cativeiro tão bem quanto um corpo imperfeito.
***
Se você sabe que não é o corpo, você não é a
mente, e daí se eles doerem?
***
O corpo é apenas um pensamento. Tudo sobre o
corpo é um pensamento.
***
Todas as funções do corpo ao mesmo tempo
tinham que ser realizadas conscientemente antes
de se tornarem inconscientes.
***
As pessoas não têm consciência de que
controlam inteiramente o seu corpo.
Subconscientemente, sabemos mais química do
que todos os químicos de hoje sabem
conscientemente.
***
A mente é o painel de controle do sistema
nervoso do corpo.
***
O corpo nada mais é do que um robô, controlado
por nós. Nós o criamos e então dizemos: “Esse
sou eu”.
***
Faz tanto sentido identificar-se com este corpo
como faz identificar-se com um corpo numa tela
de cinema.
***
“Eu” e “meu” são ligadores deste corpo e das
sessões.
***
Algumas pessoas que não cuidam do corpo são
muito apegadas a ele. É a nossa atitude em
relação ao corpo que conta.
***
Quando você pensa no corpo como Deus, isso é
presunção.
***
Se você pensa que é o corpo, torne-o perfeito. Se
você pensa que é o Eu, então não importa.
***
Corpo é igual a dor e o Eu é igual a alegria
infinita.
***
Se você pensa que é o corpo. você está distraído
com isso. Se você sabe que não é o corpo, o
corpo não o distrai, por mais doente que esteja.
***
A força motivacional básica na vida física é o
desejo de sobreviver como corpo. (E é
impossível!)
***
Um dos problemas básicos hoje é que as pessoas
estão muito interessadas no corpo. A maioria das
pessoas vive 99% do tempo para o corpo.
***
O corpo é uma verdadeira prisão. Não há nada
neste corpo que precise de glorificação.
***
Se você quiser saber o quanto está apegado ao
seu corpo, considere jogá-lo de um penhasco.
***
Não há mente no corpo físico. É a mente do
corpo astral que opera o corpo físico.
***
“Eu sou o corpo” é ignorância. “O corpo não está
separado do Ser” é Conhecimento.
***
O corpo é uma das mínimas coisas que podemos
ter.
***
Todos os problemas começam com o desejo de
ser um corpo.
***
O corpo opera segundo a lei de causa e efeito e é
um efeito da mente.
***
Sempre há uma decisão de deixar o corpo
quando o fazemos.
***
A miséria é causada apenas pela identificação
com o corpo.
***
Dê ao corpo o que lhe é devido. Mantenha o
corpo saudável, etc., e depois esqueça.
***
Os alimentos mais saudáveis são frutas e
vegetais provenientes da flor da planta. Os
alimentos mais prejudiciais à saúde são a carne.
***
Cozinhar mata a vitalidade. Deveríamos comer
frutas e vegetais crus.
***
O exercício é bom se alguém acredita que é bom.
***
O melhor método de exercício é observar a
energia cósmica entrando e saindo dos músculos
e do corpo à medida que eles ficam tensos e
relaxados.
***
Deveríamos ver cada corpo como nosso corpo.
***
Não há problema em ser esse corpo se você for
qualquer outro corpo. Então você vê cada corpo
como o seu Eu.
***
Você está tão convencido de que é o corpo que
não quer desviar o olhar dele e, portanto, desvia
o olhar do seu Eu.
***
Você se sente como você, não importa o corpo
que tenha.
***
Você só é livre quando sabe que não é o corpo.
***
Se você quer a imortalidade, pare de se apegar ao
corpo.
***
Uma vez que você sabe que não é o corpo, não
importa o que aconteça com o corpo.
.***
Seja um corpo e fique para sempre submerso na
miséria. Seja você mesmo e esteja sempre em
paz.
***
O corpo é como uma camisa de força quando
você vê a Verdade.
***
Você tem o conceito de que é apenas esse corpo
e somente através desse corpo você pode estar
em algum lugar. Isso não é verdade. Se você
visse a Verdade, veria tudo o que está
acontecendo em qualquer lugar agora.
***
Quando você vê que não é um indivíduo
separado, você transcende os corpos físico, astral
e causal. A individualidade separada é a causa da
forma corporal. Você deve ver sua
individualidade como um Ser único.
***
No processo de perceber o que você é, você verá
todos os corpos como seus corpos.
***
Uma coisa incomum acontece: vocês se tornam
todos os seres. Você desiste de ser um só corpo e
se torna todos os corpos. Mas os corpos parecem
diferentes do que parecem para você agora. Eles
se tornam uma substância frágil e onírica.
***
Nada que o corpo faça deve impedi-lo de
permanecer como seu Eu.
***
Deveríamos viver o nosso modo de vida de
modo a não nos identificarmos com este veículo
extremamente limitado e produtor de lixo
chamado corpo. Isso apenas elimina a alegria
porque atribuímos alegria a ela, quando na
verdade a alegria nada mais é do que a
experiência do nosso verdadeiro Eu. Nosso
modo de vida deveria ser não ser o corpo, mas
ser a testemunha dele.
***
É impossível encontrar Deus se aceitarmos o
corpo e o mundo como reais. Quando você é o
Eu Infinito, você não vê os corpos, você vê
apenas o Ser neles.
***
Não ser o corpo é um passo inicial. Enquanto
você estiver tentando ser o corpo, você não terá a
chance de ver a Verdade, porque a Verdade é
que você é infinito e o corpo está no extremo
oposto do infinito, é a coisa mais limitada que
você pode ser, a menos que você quero ser uma
pedra.
***
Dizer “Eu sou um corpo” equivale a dizer: “Eu,
o Eu ilimitado, sou um corpo limitado”.
***
Identifique-se com seu corpo e as limitações
extremas de um corpo serão suas. Identifique-se
com o seu Eu e você será todos os corpos, todas
as coisas, todos os conhecimentos e poderes, sem
limites e totalmente livres!
***
Não seja o corpo e o mundo é um sonho, um
sonho lindo e perfeito.
***
Existe um corpo físico, astral e causal. Quando
você sabe o que você é, você abandona todos os
corpos. Quando você abandona o conceito de ser
um corpo, você chega ao topo. Este plano físico
é o maior porque nele podemos transcender
todos os planos e ser Livres!
***
Temos livre arbítrio para nos identificarmos com
o corpo ou com nosso Eu ilimitado.
***
Se você acha que o corpo é tão grande, depois de
realizar o seu Eu você poderá fazer mil deles,
todos iguais, todos perfeitos!
***
Morra para o corpo e você morrerá para a morte!
***
SESSÃO 16 ASSUMA TOTAL RESPONSABILIDADE
Se você quiser uma chave prática para alcançar
rapidamente a Meta, recomendo que assuma
total responsabilidade por tudo o que acontece
com você. Perdemos de vista o nosso domínio e
iludimo-nos ao pensar que somos vítimas num
mundo que nos controla, que nos empurra. Não é
assim! Estamos causando o que está acontecendo
conosco ao dar poder ao mundo externo. Se
quiser recuperar o controle, você deve assumir
total responsabilidade.
Como recuperar o controle? Examinando seu
pensamento e corrigindo-o. Desenvolva o hábito
da introspecção honesta perguntando-se: “Onde
fiz com que isso acontecesse comigo?” e mantê-
lo até que o pensamento que causou o
acontecimento saia do subconsciente para o
plano consciente. Então você reconhece seu
domínio de que foi você que fez com que aquela
experiência agradável ou desagradável
acontecesse com você. Quanto mais você fizer
isso, mais fácil se tornará e mais capaz você se
tornará, até que finalmente você reconhece que
sempre foi o mestre.
P: Então eu mesmo sou meu próprio bloqueio e
as outras pessoas não me influenciam.
Lester: Sim. Não é o que outras pessoas dizem;
se você segue o pensamento deles é porque você
quer.
P: Sim, porque acho que eles sabem mais do que
eu.
Lester: Eu digo que você sabe tudo. Você tem
que aceitar isso pelo menos como premissa, se
quiser crescer.
P: Bem, posso aceitar que uma parte de mim
sabe tudo, mas essa parte de mim não parece
estar a funcionar, porque o meu mundo lá fora
não está em boa forma.
Lester: Não parece estar funcionando? Você não
opera essa parte de você? É assim que você está
falando! Não, você o opera. Você escolhe não
usar sua onisciência, sua natureza básica. Você
escolhe ignorar sua onisciência dizendo: “Eu sou
um corpo-mente limitado”. Essa é sua escolha.
Quando você escolher se identificar com o seu
verdadeiro Eu, verá que sempre foi onisciente, é
agora e sempre será; e você vai parar de dizer
tolamente que não é.
P: Você quer dizer que posso realmente fazer
essa escolha?
Lester::-Sim, não só você pode, um dia você
conseguirá. Quando você se cansar o suficiente
de toda essa limitação que estabeleceu para si
mesmo, então você fará essa escolha. Quem
pensa todos os seus pensamentos? Você faz! É
tudo obra sua. O que aceitamos é o que
escolhemos aceitar. É sempre nossa escolha.
Agora é nossa escolha sermos corpos
extremamente limitados. E quando você não
aceita a sua responsabilidade por isso, você não
tem possibilidade de sair dessa limitação
extrema.
P: Eu digo que quero sair dessa limitação e
penso que quero sair dessa limitação e então,
quando certas coisas acontecem, eu
simplesmente não saio; Estou bem nessa
limitação.
Lester: O que você precisa fazer não é dizer isso,
mas querer isso com tanta força que você supere
os hábitos inconscientes contrários e faça isso!
P: É difícil ignorar os hábitos inconscientes
porque eles continuam se aproximando de você e
às vezes você não percebe que os possui.
Lester: Depende de quão forte é o seu desejo por
aquilo que você deseja, se os hábitos
inconscientes o substituirão. Temos poder
infinito, vontade infinita, e quando o homem
assim o deseja, ele é imediatamente libertado.
P: Nossa, isso parece tão fácil.
Lester: Essa é a maneira mais fácil de fazer isso.
Basta querer! E é possível para todos nós, porque
somos infinitos e, portanto, temos uma força de
vontade infinita. E a razão pela qual não fazemos
isso é que não temos muito desejo por isso.
Ainda temos mais vontade de sermos corpos
limitados.
P: Acredito que qualquer um escolheria outra
opção, se realmente tivesse escolha.
Lester: Ah, se você pudesse escolher, me perdoe!
(Risos) Você viu o que aconteceu? Você está
convencido de que não temos escolha.
P: Não. Falando por experiência própria, às
vezes quando você realmente quer alguma coisa,
parece que acontece o contrário.
Lester: Tudo o que você realmente queria em sua
vida você conseguiu, porque a mente é apenas
criativa. Essas são coisas que você precisa
descobrir e reconhecer por si mesmo. Você está
conseguindo exatamente o que deseja, assim
como todos. Só porque você não olha para seus
pensamentos e os chama de inconscientes não
significa que você não os tenha.
P: Tenho medo do meu inconsciente, você sabia
disso?
Lester: Como isso ajuda você a ver seus
pensamentos inconscientes?
P: Conscientemente eu digo a eles para seguirem
um caminho.
Lester: Então eles permanecem operacionais o
tempo todo. Os pensamentos não têm vontade
própria. Você tem vontade. A menos que você os
traga à consciência e olhe para eles, você não
poderá abandoná-los. Quando você os vê
conscientemente, você automaticamente os
abandona, aqueles de quem você não gosta,
porque você não gosta deles.
P: Como você pode se tornar consciente de seus
pensamentos inconscientes?
Lester: Pela prática. Do jeito que você está
fazendo agora; qualquer coisa que você queira
pensar vem à sua mente. O que você vai me
dizer daqui a cinco minutos não é consciente
agora, é inconsciente. Daqui a cinco minutos
você conseguirá o que deseja. Agora, se criarmos
o hábito de extrair pensamentos, poderemos
fazê-lo facilmente. Quanto mais praticamos,
mais fácil fica de fazer. É um bom hábito;
economiza muito carma vivido
desnecessariamente. A introspecção honesta
funciona de maneira rápida e bonita, como um
cirurgião com uma faca.
Controlamos o inconsciente; guardamos lá tudo
o que queremos guardar lá, e então, quando
queremos isso no consciente, nós o puxamos
para cima.
P: Você realmente acredita que nós controlamos
isso? Lester: Eu controlo seu inconsciente? P:
Não, não acho que você faça isso.
Lester: Então quem faz?
P: Bem, eu não sei. Acho que é controle
inconsciente.
Lester: É o seu inconsciente. Você consegue se
lembrar agora de coisas que aconteceram ontem
e das quais você não está consciente? O que você
comeu no café da manhã ontem!
P: Ah, presunto e ovos!
Lester: Tudo bem, há um minuto isso estava
inconsciente e agora está na sua consciência,
certo? Você tem controle do seu inconsciente?
Você consegue extrair coisas disso? Você fez
naquele momento!
P: Mas, você vê, isso não tem nenhum impacto
emocional, o que eu comi no café da manhã.
Lester: Teve um bom impacto emocional. Você
mostrou que gostou. No entanto, não importa se
há impacto emocional. O que importa é o desejo
de extrair algo do seu inconsciente.
P: Mas você a fez tocar no assunto. Ela não teria
tocado nisso de outra forma.
Lester: Sim, mas ela também pode. Ela queria.
Se ela não quisesse, ela simplesmente não teria
se lembrado. Coisas agradáveis são fáceis de
trazer à tona e coisas desagradáveis são difíceis
porque temos pouca vontade de trazer à tona o
que é desagradável.
P: Você precisa passar por essa fase de
esclarecimento do inconsciente antes de poder
aceitar a teoria de que você é ilimitado?
Lester: É necessário no início e também
contribui para um progresso rápido. Mais tarde,
depois de muito progresso, você poderá resolver
isso. Existem basicamente duas formas de
crescer: uma é eliminar a mente, o
subconsciente; a outra é colocar o lado positivo,
ver quem e o que você é.
P: Quando você coloca o positivo, o oposto não
parece surtir efeito?
Lester: Às vezes. No entanto, quando você vê o
seu verdadeiro Ser, você queimará o oposto.
Você dirá: “É ridículo permanecer miserável,
doente, infeliz, etc.” e você começará a queimá-
lo. Há uma tendência na direção que você está
perguntando. Se eu disser “quente” você pensa
em “frio”, certo? Se eu disser “para cima”,
significa “para baixo”. Isso está na natureza do
próprio pensamento. Mas eu não usaria isso para
sugerir que não podemos eliminar o negativo
vendo o que somos positivos, porque podemos.
P: Bem, eu não sei. Veja bem, no hospital eu
andava por aí tentando usar luz, amor e paz
porque achava que essas eram as “coisas
essenciais”. E parecia que quanto mais eu
tentava pensar na luz, no amor e na paz, pior as
coisas ficavam.
Lester: O amor é algo que não pode ser ligado e
desligado. Ou você conseguiu ou não. Se você
tem amor, você pode dizer coisas horríveis para
as pessoas e elas não se importam. Então essa
coisa chamada amor não é algo que podemos
abrir e fechar como uma torneira. Só podemos
expressá-lo na medida em que o temos. Agora,
se você ama essas pessoas, você gostaria que
elas tivessem o que desejam.
P: Então o que estou fazendo é jogar um jogo de
ego?
Lester: Sim. Você pode ver isso? Quando você
vê, isso é bom. Então você irá, espero, deixar
isso de lado.
P: A propósito, você mencionou antes que, ao
trazer à tona o subconsciente, você poderia
eliminar o carma. Como?
Lester: O karma está no pensamento, não no ato.
Quando você faz alguma coisa, é o pensamento
que fica no subconsciente que instiga o ato da
próxima vez. Elimine o pensamento
subconsciente e você eliminará o carma futuro. É
o pensamento que se transmite de uma vida para
outra. Então, se você trouxer o pensamento à
tona e invertê-lo, carmicamente ele desaparecerá.
P: Quero saber como controlar o que você pensa.
Não sinto que posso controlar a forma como
penso.
Lester: Você faz isso primeiro aceitando a ideia
de que pode. Então você tenta e consegue uma
vez; quando você consegue uma vez, você sabe
que pode tentar novamente. Quando você
consegue duas vezes, a segunda vez é mais fácil.
A terceira vez é ainda mais fácil que as duas
primeiras, etc. Quanto mais você faz isso, mais
fácil fica. Isso leva a total controle e liberdade.
P: Por controle você quer dizer mudar seu
pensamento?
Lester: Sim. Nós controlamos todos os nossos
pensamentos. Se faço algo errado é porque
decido fazer algo errado, só isso. E se eu deixar
isso inconsciente, eu faço isso. Eu ouvi você
dizer: “Assuma total responsabilidade?” é isso!
Se quiser crescer, você deve assumir total
responsabilidade por tudo o que faz, por tudo o
que acontece com você. Rastreie todos os
acontecimentos até o pensamento originário em
sua mente.
P: Ainda sinto que posso machucar as pessoas.
Lester: Você não pode. As pessoas se
machucam; você não os machuca.
P: Eu gostaria de poder finalmente ver isso.
Lester: Eu te chamo de “estúpido”. Você tem
uma certa reação aí, certo? Não foi bom, foi?
Quem fez você se sentir triste? Você pensou:
“Bem, ele me chamou de estúpido, bem, vou
ficar triste”. Tudo bem, agora eu digo: “Você é
brilhante”. Você pensou: “Ele me chamou de
brilhante. Vou me sentir feliz.” Mas você sobe e
desce em seu sentimento; Eu não faço isso. Eu
saio com um som “estúpido” “brilhante” e você
escolhe como se sente a respeito. É apenas um
pouquinho de energia sonora que passou de mim
para você, para seus ouvidos, e você primeiro se
sentiu triste, depois feliz. Você fez tudo lá. Você
consegue ver isso?
P: Bem, se eu não puder machucar ninguém.
Também não posso ajudar ninguém!
Lester: Sim, é verdade.
P: Essa história de quando você tenta colocar o
pensamento positivo e muitas vezes o negativo
parece ser fortalecido, é porque enquanto você
coloca o positivo, você está se apegando ao que
está lutando? Então tudo que você precisa fazer é
apenas fazer?
Lester: Sim. Quando você quiser fazer o
suficiente, você simplesmente fará.
P: Quando você faz isso, você simplesmente
deixa de lado. Você não tem isso em mente e não
é.
Lester: Certo! Quando o desejo consciente de
deixar ir é mais forte do que o desejo
inconsciente de persistir, então você deixa ir.
Esses hábitos são muito fortes; o desejo
inconsciente por eles é muito forte. O desejo
consciente tem que ser mais forte para superá-lo.
P: Então, se você tem um desejo consciente e
está tentando realizar algo e não consegue, é
porque você tem um hábito subconsciente que o
está bloqueando. Bem, como você se livra desse
desejo subconsciente de que estou bloqueando
você?
Lester: Tornando o desejo consciente mais forte.
Ou puxando o desejo inconsciente em sentido
contrário e olhando para ele. Quando você vê
isso, você automaticamente o abandona; você
não vai mais segurar isso aí.
P: Quero meditar bem e consigo.
Lester: Quantas horas por dia você pratica
meditação?
P: Três quartos de hora pela manhã porque
quando estou trabalhando não consigo fazer mais
nada.
Lester: Quantas horas por dia você faz o oposto?
P: Muitas horas.
Lester: É por isso que é difícil. Agora, em um dia
de dezesseis horas, se você passasse oito horas
tentando meditar e oito horas no mundo, você
teria uma pressão equilibrada a favor e contra
isso em suas atividades diárias. Meditar é
aquietar a mente. A atividade no mundo está
fazendo o oposto.
P: Mas mesmo quando durante o dia você tenta
pensar em Deus, você não consegue.
Lester: Porque seu hábito mental está fortemente
voltado para as coisas do mundo e a cada dia
você desenvolve esse hábito ainda mais. Então,
quando você tira uma folga e tenta fazer o
oposto, não acha fácil. Você precisa tirar cada
vez mais tempo para meditar até ter sucesso.
P: Você quer dizer que ao aumentar o desejo
pela meditação, a oportunidade se apresentará?
Lester: Sim, e portanto você terá sucesso. Se o
seu desejo de meditação fosse intenso, você
estaria meditando em vez de fazer outras coisas.
Então você seria capaz de manter sua mente em
Deus enquanto estivesse no mundo.
P: Quando você alcança a Unidade na meditação,
você regride de volta à sua separação?
Lester: Sim, quando você vê pela primeira vez, é
uma experiência tremenda que você nunca
esquecerá. Mas a mente não foi desfeita e,
portanto, ressurge. Mas vê-lo queima boa parte
da mente cada vez que você o vê.
P: Quanto mais você vê, então
Lester: Quanto mais você queima a mente, até
que ela fique totalmente desfeita. Então você está
no estado estacionário. Você não regride mais. É
possível ver todo o caminho, ver a Unidade,
submergindo momentaneamente a mente. Mas
enquanto essa mente não for desfeita, ela
ressurgirá. Mas você nunca desistirá quando
entrar nesse estado de Unidade. Você entrará
nisso repetidas vezes até que se torne
permanente.
P: Você não pode querer isso?
Lester: Ah, sim! Ah, sim, por querer tanto. A
razão pela qual é tão difícil desejá-lo é que
desejamos o mundo ilusório há tanto tempo que
não abandonamos a ilusão com muita facilidade.
Embora intelectualmente saibamos que a ilusão
causa a miséria, devido ao hábito de longa data
de pensar que a alegria está no mundo externo,
simplesmente não a abandonamos facilmente.
P: É por isso que digo que viajar é um paraíso
para tolos.
Lester: Sim, está perseguindo arco-íris. A alegria
final está mais próxima do que a carne. Até onde
você tem que ir para conseguir Isto, aquilo que
está mais perto que a carne?
P: Bem aqui; onde quer que você esteja, é onde
Ele está.
Lester: Sim, é onde está. É o “eu” de você.
Encontre esse “eu” e você o terá. Então o lugar
para ir é entrar.
P: Isolar-se é fugir?
Lester: Pode ser. Se alguém está se isolando
apenas para fugir do mundo, isso é fuga. Se
alguém está se isolando para mergulhar em si
mesmo, isso não é uma fuga.
P: Como você sabe qual está fazendo?
Lester: Sendo honesto consigo mesmo.
P: Há algo especial em estar próximo à natureza.
Lester: O bom da natureza é que ela nos afasta
da reestimulação mundana.
P: Mas isso é escapar, não é?
Lester: Certo. Você sai para a natureza para
desfrutar da natureza; o que você realmente está
gostando é a liberdade obtida ao abandonar todos
os pensamentos e impulsos infelizes da
sociedade. E isso é fuga.
P: Você quer dizer que não pode desfrutar da
natureza e ao mesmo tempo se interiorizar e
tentar voltar para casa?
Lester: Não, não quero dizer isso. Todas as
alegrias deveriam ser ser o que você é. Nunca
deveríamos desfrutar de nada. Para desfrutarmos
de algo, temos que entrar na ilusão da separação.
A alegria deveria ser independente das coisas,
independente das pessoas. No entanto,
então alguém vê a Verdade, pode escolher
desfrutar, e quanto mais próximo se chega da
Verdade, mais se é capaz de desfrutar. A pessoa
fica sensibilizada e tudo se torna muito mais
intenso. Mas não há necessidade de sair e curtir a
natureza porque sua natureza básica é a alegria.
Você é a maior alegria. Procurar alegria seria
como eu sair por aí procurando Lester:. Eu sou
Lester:. Não preciso ir lá e procurá-lo. Se sou
alegria não preciso procurá-la lá fora. Não há
necessidade de sair de alegria quando ela está
dentro de você.
P: É mais simples obtê-lo em um local isolado.
Lester: Sim. Mesmo se você estiver fugindo,
chegará a um ponto em que seus pensamentos
ficarão insuportáveis; então você será forçado a
entrar.
P: Você está nos ajudando hoje, descartando
algumas das coisas que estamos dizendo e nos
dando outras coisas, precisamos disso, não é, em
nossa busca?
Lester: Sim, é uma ajuda. A única coisa que
alguém pode fazer por nós é apontar-nos e
apoiar-nos nessa direção. E quando somos
apontados na direção errada, é muito bom ter
alguém que nos indique a direção certa. Espelhar
seus pensamentos de volta para você ajuda você
a ver a direção errada, para que possa mudá-la.
P: Como saber se você está apontando na direção
certa?
Lester: Intuitivamente, ou pelos resultados
alcançados. Inconscientemente, todos estão
buscando seu Eu infinito. Chamamos isso de
felicidade. Quando nos vencemos por tempo
suficiente e com força suficiente, começamos a
nos abrir para a direção certa. Então um Cristo,
um Yogananda, um Ramakrishna, um Buda entra
em nossa experiência. Conhecer estes Grandes
Seres não é por acaso. Eles apontam a direção
certa.
Deixe-me concluir com o seguinte: você é
responsável por tudo o que sente. São os seus
sentimentos; são seus pensamentos. Você os
liga; você pensa isso, e ninguém mais além de
você faz isso, e você age como se não tivesse
controle! Você abre uma torneira na cabeça e
diz. “Oh, alguém está me deixando todo
molhado.” É você quem abre a torneira e se
molha. Portanto, a sua orientação foi, continua
sendo e será: assumir total responsabilidade pelo
que está acontecendo com você. Então você
verá, olhando na direção de “Estou fazendo
isso”, que você é! Então, quando você perceber
que está se torturando, você dirá: “Meu Deus,
quão estúpido posso ser?” E você vai parar e, em
vez de se torturar, ficará feliz.
Ora, ninguém é efeito da mente inconsciente, dos
hábitos e tendências inconscientes, a menos que
decida ser. Você é a causa da mente
inconsciente; você configurou; você está
escolhendo segui-lo. No dia em que você decidir
não fazer isso, naquele dia você estará farto
disso!
É simples. Quando você não olha para o que está
fazendo, é um processo eterno de se sentir
infeliz. Você tem pensamentos infelizes e se
sente infeliz, e não assume a responsabilidade
por ter esses pensamentos. Então, que chance
você tem de sair dessa? Depois de assumir a
responsabilidade por seus pensamentos, você
terá o controle. Você pode desligá-los, alterá-los,
colocar pensamentos bons, até superar os
pensamentos ruins. Então você abandonará os
pensamentos. Você verá como é estúpido pensar.
Todos os pensamentos são limitadores e você
fica mais feliz quando não há absolutamente
nenhum pensamento. E quando não há
absolutamente nenhum pensamento, você está no
estado superior. Então, o que há de difícil nisso?
P: A mente inconsciente.
Lester: Não. É você! Não é a mente inconsciente.
Este é o ponto que venho tentando transmitir.
Não é a mente inconsciente. Você gostaria de
fazer disso a mente inconsciente. Você gostaria
de fazer isso diferente de você. É por isso que
você quer os Mestres, ou você quer
Lester: passar uma varinha em você e fazer isso
por você, mas você não quer fazer aquilo que te
deixa feliz. Você está escolhendo fazer aquilo
que o deixa infeliz. Você pode ver isso? É tão
simples. Quais pensamentos você pensa? Por que
todos esses pensamentos infelizes? No momento
em que você escolhe não tê-los. você não os terá.
P: Contaremos para você e para nós.
Lester: Olhe para você, olhe para você. Procure
descobrir quem e o que você é. Somente quando
você souber quem você é, você saberá quem eu
sou. Somente descobrindo o que você é você
entenderá o que é este universo. Até que você
entenda o que você é, você não poderá ver este
universo claramente. É uma névoa nebulosa.
Quando você descobrir quem você é, verá que
todo esse universo está dentro de você. Como se
o universo em um sonho noturno estivesse
dentro de você.
Você deve assumir total responsabilidade. Caso
contrário, você não terá chance de sair dessa
bagunça. Se você atribuir a causa a isso como
algo diferente de você, isso não sendo verdade,
você nunca poderá sair da bagunça.
Então, no dia em que você decidir fazer isso, é
isso! Porque! Assuma total responsabilidade e
tenha sua Mestria!
***
Esta sessão foi gravada em Sedona. 10 de
fevereiro de 1967.
SESSÃO 17 GURUS E MESTRES
Um Mestre é um Ser plenamente realizado. Um
Guru (ou Sat Guru) é um Mestre que escolheu
ajudar os outros a encontrar a sua Liberdade.
Deus, Guru e Eu são todos um e o mesmo. Isto
se torna óbvio quando a ilusão desaparece e a
Realidade é conhecida.
Não há maior ajuda do que ter a orientação de
um Mestre ou Guru. Para citar a maior
autoridade aceita no Monismo do Oriente,
Swami Shankara, “Não existe nenhuma
comparação conhecida nos três mundos (físico,
astral e causal) para um verdadeiro Guru. Se a
pedra filosofal for assumida como
verdadeiramente tal, ela só poderá transformar
ferro em ouro, mas não outra pedra filosofal. O
venerado Mestre, por outro lado, cria igualdade
consigo mesmo no discípulo que se refugia a
Seus pés. O Guru, portanto, é incomparável, ou
melhor, transcendental!”
Um Guru pode estar em um corpo físico ou em
um corpo astral ou causal. Quanto mais sutil for
a forma do corpo, mais facilmente Ele se
movimentará.
Todos podem ter um Guru em corpo físico? Não,
porque raro é o Guru que escolhe o extremista de
forma limitada, o corpo físico. Simplesmente não
há um número suficiente deles para todos.
Todos podem ter um Guru? Sim, se ele aceitar
um Guru que transcendeu o corpo físico. Tendo
transcendido o físico, o Guru pode usar Sua
onipresença e realmente ajudar todos que O
invocam.
Podemos sentir um Guru que não está em forma
física? Sim, todos podem, na medida da sua
aceitação. Se estivermos dispostos, Ele pode
aparecer e falar conosco em um corpo físico. Se
a nossa aceitação for menor, Ele pode aparecer
em corpo astral e conversar conosco. Se tivermos
menos aceitação do que isso, Ele pode aparecer
em uma visão. Muito menos podemos senti-Lo
como uma presença. Contudo, Ele pode vir até
nós e em nosso auxílio de qualquer uma das
maneiras anteriores. Tudo o que precisamos
fazer é exigi-lo e aceitá-lo quando chegar.
É necessário ter um Guru? Teoricamente, não.
Praticamente, sim! A nossa era atual é aquela em
que estamos tão mergulhados na aparência e na
ilusão que são necessários meios sobre-humanos.
Deveríamos ter um Guru? Definitivamente sim.
Podemos encontrar um? Definitivamente sim.
Quando o aluno está pronto, o Mestre aparece!
Se você não encontrou o seu Guru, apenas espere
e saiba que você o contatou e não pode deixar de
experimentá-lo!
Como podemos conhecer um verdadeiro Guru ou
Mestre? Como podemos saber o grau de
realização de alguém? Um Ser plenamente
realizado possui uma paz interior que não pode
ser perturbada. Ele é completamente altruísta e
todos os seus atos são apenas para os outros. Ele
é igualitário para com todos. Ele não tem
desejos. Ele é destemido. Ele é o Amor que é
todo doação. Ele não espera nada de ninguém.
Cada momento seu é unidade com Deus. Na
medida em que alguém possui todas as
qualidades acima, é o grau de sua realização.
***
Obtendo um Guru, acumulamos o bem maior e
alcançamos nosso objetivo divino.
***
Embora não vejamos isso, os Grandes trabalham
cada vez mais conosco à medida que as coisas
pioram no mundo. Não perca a cabeça.
Mantenha-se aberto a eles e você será conduzido
com segurança.
***
No palco da Terra, um Realizado representa um
personagem como um humano e se conhece
como divino. Ele não vê contradição entre o
humano e o divino. Ele meramente vê o mundo
como nele e não como externo a ele. O não
realizado vê o mundo como externo.
***
É difícil julgar um Mestre pelo Seu
comportamento porque Ele é livre para ser do
jeito que Ele quiser. Ele pode até escolher ser
humano. O estado superior não exclui os estados
limitados. Também os acolhe, sem ser tocado
por eles.
***
Na medida em que temos reservas em relação ao
Mestre ou Professor, nessa mesma medida
cortamos Sua ajuda.
***
Se o ego de alguém sente que pode dominar o
professor, o professor não tem chance de ajudar.
***
Quando o aluno estiver pronto, o Mestre deverá
necessariamente aparecer.
***
Quando um Mestre neste mundo olha ao redor,
Ele vê Seu corpo e vê todos os corpos ao Seu
redor, mas Ele sabe que cada corpo é Seu Ser,
essa é a diferença. Ele vê cada corpo tanto como
Seu corpo quanto como Seu.
***
Apenas do ponto de vista, essa é a única
diferença entre um Mestre e um não-mestre.
***
Para um Ser plenamente realizado, Sua atividade
externa não perturba nem afeta Sua consciência.
Da mesma forma, os pensamentos não perturbam
Sua consciência.
***
Acho que o difícil para os discípulos de um
Mestre (em corpo físico) verem é que o Mestre
está no mundo e não é dele, que Seu corpo é a
menor parte Dele.
***
Você está sempre apontado na direção quando
está com o Sábio.
***
Você acha que um Mestre em corpo físico é mais
eficaz porque você é incapaz de vê-Lo em Seu
corpo mais sutil e, portanto, pensa que Ele não
está com você.
***
A maior de todas as ajudas é um Professor vivo
que realizou. Por que? Porque, embora todos
tenhamos potencialmente um poder infinito,
quanto mais percebemos, mais podemos exercer
esse poder. Quando um Professor vivo, que
percebeu algo, está tentando transmitir isso a
outro, Ele coloca todo o Seu poder no que está
dizendo para ajudar o outro a perceber isso. Ele
vê o outro como um ser ilimitado, dá-lhe uma
elevação interior, aponta-o e prepara-o para
receber o que está sendo dito e usa o poder
emanado para efetuar a realização.
Portanto, a maior de todas as ajudas é um
Professor que percebeu o que Ele está dizendo.
A próxima maior ajuda seria ler Suas palavras.
Há uma importância definitiva em Suas palavras
escritas. É por isso que digo que devemos ler
apenas Mestres plenamente realizados. Tudo o
que Eles têm por escrito é planejado e calculado
para dar ao leitor uma compreensão. A palavra
escrita carrega o significado original Daquele
que a disse.
***
Quanto ao comportamento na vida, o melhor
comportamento é imitar o de um Ser Realizado,
porque isso conduz a dar-lhe a Sua Realização.
Quando você está representando, isso lhe aponta
na direção de ver aquilo que você está
representando.
***
Fique com o seu Mestre e esteja com ele o tempo
todo, pensando constantemente Nele e lendo
constantemente Suas palavras, como se Ele
estivesse falando diretamente com você.
***
Os Mestres estão vivendo para nos dar a
Realização. Mas se você não aceita isso, o amor
deles não permite que eles se imponham a você.
***
Todos os Mestres estão a todo momento nos
ajudando a ver quem e o que somos.
***
Um salvador é um servo que serve.
***
O comportamento de um Mestre é
completamente altruísta. Há uma total abnegação
em um Mestre.
***
Um mestre se sente como um servo.
***
Um Mestre não interfere na vida, nos modos e
nos desejos dos outros.
***
Os mestres raramente dão conselhos. Eles dão
princípios.
***
Não é que os Mestres se importem com o
mundo, é o fato de o mundo se importar com
eles que os faz se afastarem.
***
Não existe nenhum Professor realizado que não
queira que você ouça todos os outros Mestres.
Eles querem que você ouça qualquer Ser
Realizado, porque todos eles se veem como
iguais. Mas Eles não querem que você ouça
ninguém menos que um Ser Realizado.
***
Todos os Mestres são exatamente o mesmo Eu
com nomes diferentes.
***
Quando você pode aceitar cada Mestre como seu
Mestre, isso é bom. Então, quando você puder
aceitar cada pessoa na rua como mestre, você
estará quase lá.
***
Todo Ser plenamente realizado que vem ao
mundo, para poder entrar, deve assumir algum
desejo e carma. Se você não tem algum desejo,
você não pode ficar.
***
Os Mestres passarão a vida com o corpo fraco ou
doente, mantendo o tempo todo a paz e a
equanimidade. Eles acolhem isso porque o usam
como um lembrete constante de que Eles não são
o corpo.
***
Para alguém que está num corpo, é quase
impossível considerar um Mestre como não
sendo um corpo.
***
Cristo não é contra nada. O amor aceita tudo.
***
Os mestres nunca rejeitam, apenas aceitam.
***
Um Realizado não desfruta de felicidade, Ele é
felicidade.
***
O Guru ajuda a estabelecer o cenário para as
realizações – a paz.
***
Um Mestre é uma ajuda porque Ele nos aponta a
direção certa e nos lembra da direção quando
queremos ser lembrados.
***
Ler Suas palavras é associação com os Sábios.
***
Um Ser plenamente realizado é inativo em sua
própria consciência. Para outros, Ele parece
ativo. Ele olha para si mesmo e os outros olham
para o seu corpo.
***
É preciso um Mestre para entender o
comportamento de um Mestre, certo? Se você
pudesse entender Seu comportamento, você seria
como Ele.
***
Sempre que você fica totalmente absorvido em
qualquer palavra de um Mestre, você entra em
contato com esse Mestre.
***
Não há limitações para um Mestre. Ele pode ser
um só corpo; Ele pode ser mil corpos. Um
Mestre pode realmente ter mil corpos e falar
através dos mil corpos ao mesmo tempo para mil
pessoas, mil pessoas diferentes. Não há
limitações para um Mestre.
***
Há outra coisa da qual você deveria estar
convencido agora: que os Mestres estão 100%
corretos!
***
Os Senhores, isolados, estão a fazer muito mais
bem ao mundo do que os presidentes e os reis.
***
Um Realizado, sendo ilimitado, pode ou não usar
a mente.
***
Quando iniciamos o caminho, começamos com
muita confusão. Não reconhecemos que o que
está lá fora é apenas aquilo que estabelecemos. O
Professor que admiramos está em nossa
consciência e somente lá. No entanto, quando
admiramos um Professor, humilhamos o nosso
ego, sendo o nosso ego a única coisa que nos
impede de ver a Verdade. Olhar para um Mestre
coloca nosso ego em segundo plano e seguimos a
direção de alguém que sabe.
Agora, o Mestre ou Professor externo sempre
nos apontará interiormente para o Professor de
todos os professores, o nosso próprio Eu. Isso
não fica aparente à primeira vista. Quando
permitimos que o Professor lá fora tenha sucesso
suficiente, Ele nos mostra que o Professor
sempre esteve certo dentro de nós, que o
Professor sempre foi o nosso verdadeiro Eu. Para
que, no final, haja apenas um Professor, o
Professor interior, o seu Eu.
***
Quando você está se movendo na Direção, cada
Guru e Mestre está apoiando você, sim, todos
Eles.
***
Se sua mente estiver em um Mestre plenamente
realizado. Ele trabalha para puxar você.
***
O lugar onde os santos estão é exatamente onde
“eu estou”. Então, quando você descobrir o que
você é, verá os “santos entrando marchando”.
***
Leia as palavras de um Mestre. Melhor, imagine
Ele dizendo isso para você. Melhor, ouça-O
dizendo isso para você enquanto você os lê!
***
A Verdade é a Verdade e todos os Mestres falam
de forma idêntica. Parece diferente porque Eles o
adaptam para se adequar ao ouvinte.
***
O Professor é tão eficaz quanto a Sua convicção
de que o outro é um Mestre.
***
Quando você conhece a si mesmo, você sabe
tudo. Um Mestre sabe muito mais sobre cada
área do que a maior autoridade mundial nessa
área.
***
Quando um indivíduo se torna um Mestre, Ele
opera por intuição. Ele não precisa pensar.
***
Apenas um Mestre poderia ajudar cada uma das
quase quatro bilhões de pessoas nesta terra ao
mesmo tempo, porque os Mestres são ilimitados
e onipresentes.
***
O que é noite para todos os humanos é dia para
os Realizados. O que é dia para todos os
humanos é noite para os Realizados. O que o
humano vê, o Realizado não vê.
***
Para o Realizado, o mundo pode ser comparado
a uma imagem em movimento numa tela. Ele vê
a tela imutável como o substrato da ação. O
homem não realizado considera as imagens em
movimento como reais, e se investigasse,
agarrando-se às imagens em movimento,
descobriria a verdade - que é apenas uma tela
imutável. Agarre-se ao seu Eu e descubra o
substrato imutável do mundo!
***
Um Mestre não vê nada além do Ser único que
os outros cortam em milhões de partes.
***
Como os Mestres são o Ser, eles nunca podem
deixar de existir. Mas o Ser deles é diferente
daquilo que vocês atribuem a Eles. A existência
não tem corpo nem forma. A existência é
ilimitada. O formulário é limitado ao formulário.
***
Um Mestre tem igualdade de pensamento em
relação a todos os seres {até mesmo animais e
insetos}.
***
Quando alguém está perto de um Guru, se
alguém ficar quieto e cavar em busca da
Verdade, seja lá o que for que almeje, ele
conseguirá a ajuda do Guru. Ele consegue isso
através dos ensinamentos silenciosos, que são os
mais elevados de todos os ensinamentos. Isso
também pode ser feito de longe!
No final das contas o ensino tem que ser em
silêncio porque é uma coisa experiencial; não é
uma coisa verbal.
***
Um Mestre nos vê como Ele mesmo, como Seu
próprio Ser. Não há outros para um Mestre.
Existe apenas um Ser infinito. Isso nos ajuda a
ver o que Ele vê.
***
Você pode conhecer os Mestres pessoalmente
quando aceitar conhecê-los tanto quanto aceitar
conhecer-me.
***
Você não pode invocar um Mestre sem que Ele
venha.
***
SESSÃO 18 AJUDAR OUTROS
À medida que nos aproximamos novamente da
época do Natal, gostaria de dizer uma palavra
sobre o amor. Como você sabe, o amor
verdadeiro, o amor divino, é um sentimento de
doação sem expectativa de receber algo em
troca. Quando alcançamos isso, não vemos e
sentimos nada além do amor mais fascinante em
todos os lugares e em todos. Provamos a doçura
de Deus e ficamos facilmente presos em
harmonia com Ele. Estamos intoxicados por uma
alegria que desafia qualquer descrição.
Amar a Deus, amar a todos, amar a todos é a
maneira mais fácil e natural de alcançar a plena
realização. Não é necessário desistir, pois é uma
expansão do nosso sentimento interior de amor
para abranger e abraçar tudo, todos, tudo o que
vive. Expanda o seu amor, pela sua família,
pelos seus amigos, pelos do seu país, pelos do
mundo inteiro. Expanda-o até que não haja mais
espaço para expansão e então permaneça
eternamente embriagado e um com Deus!
O amor é basicamente uma atitude. Para
expressar esta atitude, fazemos isso na época do
Natal com saudações e presentes. Ao dar, faça-o
do fundo do coração e descubra quem é o doador
mais abençoado. Tendo estado longe de você por
algum tempo e sabendo que você tem se
encontrado e comungado semanalmente, surgiu
alguma coisa que você gostaria que eu
esclarecesse?
P: Acabamos de dizer o que pensávamos
individualmente e, dessa forma, alcançamos um
melhor entendimento e acho que isso ajudou.
Lester: Tudo bem, “busquei um entendimento
melhor”, veja se consigo entender isso. Estamos
caminhando em direção a uma Meta que é
ilimitada. Devemos nos tornar totalmente livres.
Temos caminhado em altos e baixos; e nossas
vidas se tornaram muito melhores e mais felizes.
No entanto, como sentimos que há um longo
caminho a percorrer, certo? Até o momento,
como um grupo. Eu diria que você dominou
muitos dos princípios aplicados à vida. Você
aprendeu como se livrar de uma certa limitação;
você, aprendi a aceitar o positivo; você aprendeu
a aceitar o poder do pensamento; você aprendeu
que é o criador da sua vida; e, claro, o que
acontece com isso é que você aumentou sua
capacidade de amar. À medida que expandimos a
nossa consciência, o nosso amor aumenta
automaticamente. Da mesma forma, à medida
que o nosso amor aumenta, também aumenta a
nossa compreensão e sabedoria, que até agora
adquiridas não são totalmente satisfatórias; que
embora a vida tenha se tornado mais feliz, ela
ainda não está plena, completa. Alguém levou
algum processo comigo até agora?
P: Nem um pouco.
Lester: Tudo bem, o caminho que seguiremos é
daqui em diante até atingirmos a meta, -
Liberdade total. Esse é o primeiro ponto que
gostaria de salientar. Em segundo lugar,
podemos fazer isso nesta vida! Geralmente, são
necessárias muitas e muitas vidas para a grande
maioria daqueles que procuram alcançá-lo.
Contudo, podemos fazê-lo nesta vida, por duas
razões: Primeiro, somos um grupo incomum, ou
seja, raros são os que desejam este caminho mais
rápido e direto. Em segundo lugar, temos a
direção certa para vencer nesta vida. Então, se
algum dia voltarmos no futuro, será por escolha,
não por necessidade. Aqueles de nós que
desejam muito ajudar os outros podem voltar
apenas para ajudar os outros. Mas isso é uma
questão de escolha individual. O principal é
alcançar o estado final.
Agora, tornar-se senhor da vida é realmente um
passo básico e necessário através do qual
aprendemos que, em vez de vítimas na vida,
somos os senhores. Então, depois de
dominarmos as formas de deixar nosso ambiente
do jeito que queremos, olhamos além. Não
importa quão feliz tornemos a nossa vida,
enquanto ela estiver envolvida apenas na própria
vida quotidiana, ela nunca nos irá satisfazer
plenamente porque a nossa verdadeira natureza é
a de sermos infinitos. Há alguma dúvida sobre
isso?
Agora irei abordar o que penso que deveria ser a
nossa direção no futuro. Devemos nos tornar
mais universais. Deveríamos abandonar a nossa
própria vivência ao ponto de podermos viver
mais exteriormente para os outros. Se somos
seres universais, devemos comportar-nos como
seres universais. “Todo ser humano sou eu” é a
maneira como deveríamos. “Você sou eu” é a
atitude que devemos ter em relação às outras
pessoas.
Usei a palavra “atitude”. Não podemos ajudar
muito as pessoas dando-lhes coisas; há muita
coisa necessária e não a temos. Mas podemos
dar-lhes aquilo que é muito mais do que coisas.
Podemos começar a dar-lhes a sabedoria que
estamos adquirindo. Nossa atitude deve ser a de
querer ajudar todos que desejam ajuda.
Nunca ajude quem não quer; isso seria uma
imposição para eles. Devemos tentar ajudar
apenas aqueles que cruzam o nosso caminho e
nos pedem. Não precisamos nos estender
procurando pessoas, pois elas simplesmente
cairão em nossa experiência. Eles nos farão
perguntas e, à medida que lhes dermos as
respostas, descobriremos que certas pessoas
sentirão que estamos dando-lhes as respostas
certas, que as estamos ajudando e elas pedirão
mais. E é realmente uma obrigação ajudar quem
chega até você buscando sinceramente a direção
certa. Lembre-se: “Você sou eu”.
A ironia é que começamos a viver de forma mais
expansiva, pensando menos no nosso pequeno eu
e mais no outro, realmente nos ajudamos. O
mundano vê isso de forma diferente. Eles
provavelmente interpretariam isso como se
estivéssemos ajudando o outro. Mas não há
ninguém para ajudar além de nós mesmos, e na
verdade obtemos o maior benefício. Ao ajudar os
outros, ajudamos a nós mesmos em direção à
Meta. Nunca conseguiremos, a menos que
tenhamos uma atitude de amor e um sentimento
de compaixão, de unidade com todos, com um
desejo de que eles também saibam o que nós
sabemos.
Então, repetindo, chegamos ao ponto em que
aprendemos como controlar melhor a vida e
torná-la mais feliz. Agora devemos tentar torná-
lo mais feliz para aqueles que o desejam. Isto
não significa parar o nosso próprio crescimento;
que nunca fazemos. Continuamos a trabalhar
para o nosso próprio crescimento, ajudando os
outros. Alguma dúvida sobre isso?
P: Sinto que tenho que trabalhar para viver e
tenho que acumular tanto dinheiro ou tantos bens
e que se eu der algo a alguém, bem, então não
terei. Isso não é basicamente errado?
Lester: Sim.
P: Porque, na verdade, não preciso trabalhar para
viver, não é a primeira coisa que preciso saber
para me livrar daquela ideia de que tenho que
trabalhar para viver?
Lester: Sim. Contudo, deveríamos sentir que
gostaríamos de doar o que temos; e é assim que
você se sentirá mais tarde. Você só vai querer
doar tudo; você terá que se controlar. O mundo
está num estado tal que as pessoas pensam que
tudo o que precisam são de coisas, e se tentarmos
fornecer coisas, não as estaremos realmente
ajudando; estamos confirmando que eles não
podem se sustentar. Não são de coisas que eles
precisam; é compreensão. Basta olhar para a
riqueza e a infelicidade que a acompanha no
nosso país hoje.
P: Essa é uma abordagem um pouco diferente, o
que é muito importante. Dar-lhes coisas sem dar-
lhes o poder de serem aquilo que realmente
desejam não é dar-lhes nada.
Lester: Sim. Comparativamente, as coisas são
pequenas quando se ganha sabedoria.
P: Mas veja, eu não demonstro isso. Chegamos
ao ponto em que temos uma vida mais fácil, uma
vida mais feliz - sinto que posso falar por todos
nós - mas certamente, às vezes, caímos de cara
no chão.
Lester: Alguns de nós sim, mas por quê?
P: Porque temos pensamentos limitados?
Lester: Estamos tentando ser felizes apenas na
vida cotidiana, não é?
P: Eu, falando por mim mesmo, diria: “Sim”.
Quando um negócio é concretizado, fico mais
feliz do que quando isso não acontece.
Lester: Certo. Tente não ser o executor. Deixe ir
e deixe Deus. Fique feliz em fazer os outros
felizes.
P: Porque, na verdade, tudo o que existe é a
perfeição de Deus. Mas eu enfio os dedos e
estrago tudo, não é?
Lester: Sim, você quer. Mas você não precisa.
P: Apenas deixe ir e deixe Deus?
Lester: Sim, por que você não faz isso? Por que
você não deixa ir e deixa Deus?
P: Eu diria que o hábito está no meu caminho.
Lester: É um hábito. tudo bem. mas por que
permitir que o hábito controle você? Você está
vivendo em um mundo de separação; existe
você, pessoas e negócios. Se você vê a Unidade,
você começa a viver para os outros; você os vê
como você.
P: Mas os outros que vejo vêm até mim porque
querem coisas. Nunca ninguém veio até mim e
disse. "Eu quero paz."
Lester: Essa é a sua consciência. Espere
encontrar pessoas que desejam paz. Então, os
que buscam a paz entrarão em sua experiência.
P: Você falou de amor e compaixão. Defina o
que eles significam.
Lester: O amor só é compreendido quando você
ama. Basicamente, é a atitude de doação, com
compreensão e identificação com os outros.
Compaixão é compreender o que os outros estão
vivenciando sem compartilhar sua miséria e com
o desejo de promover o seu alívio.
P-: O amor, tanto quanto eu sinto, deveria querer
para os outros o mesmo que eu desejaria para
mim mesmo, sem nenhum sentimento de “Estou
limitado. “
Lester: Sim.
P: Este grupo está tentando subir alto.
Lester: Tudo bem, o que devemos fazer agora, já
que a vida se tornou mais feliz? O próximo passo
é viver mais exteriormente, de forma mais
expansiva; viva para os outros, ou viva mais para
os outros. Isso, de outra forma, é ver G”J em
todos os lugares e em todos. Sinta que todos são
você porque existe apenas um Ser, você. Só
existe Deus e Deus é Tudo. Portanto, aquilo que
eu sou, meu Ser, é Deus!
***
(Esta sessão foi gravada em Los Angeles em
1965. A seguir estão declarações e aforismos
gravados em momentos diferentes.)
SESSÃO 19 MAIS SOBRE AJUDAR OS OUTROS
Aquele que não está de alguma forma ajudando
os outros está prejudicando-os. Este “de alguma
forma” está basicamente e geralmente em
pensamento. Qualquer pensamento que não seja
de boa vontade ou bons desejos para com alguém
está prejudicando os outros e, portanto,
prejudicando a si mesmo.
O que foi dito acima é efetuado através da
interconexão de todas as mentes e pelo fato de
que a lei da compensação, isto é, o carma, é
afetada no pensamento, quer o pensamento seja
levado à ação ou não.
***
Sua ajuda aos outros é mais pela sua atitude de
quanto você os ama, do que pelo seu
comportamento.
***
Quando você ama, você é muito construtivo,
esteja em ação ou não. Apenas sinta amor e seus
pensamentos serão os do amor.
O pensamento é muito mais poderoso que a
ação. O pensamento é a base da ação. É o
iniciador. Ele vem antes disso. Ela determina a
ação.
***
O grau de falta de reconhecimento das desgraças
dos outros é o grau do ego de alguém. Quanto
mais alguém conhece a si mesmo, mais
compaixão e desejo terá de ajudar os outros.
***
Quanto mais você é capaz de amar, mais você
ajuda o mundo.
***
Todas as mentes estão interligadas, interagem e
interagem. Quanto mais um indivíduo aumenta o
seu amor, mais todos são ajudados.
***
A sua força de pensamento ajuda ou prejudica o
progresso espiritual do mundo e,
consequentemente, está prejudicando ou
ajudando a si mesmo.
***
Aquele que não está ajudando a elevação do
mundo está ajudando a sua degradação.
***
O maior bem é realizado por quem melhor se
compreende.
***
Todos podem ser ajudados em todas as situações
que envolvam mais de uma pessoa, e ninguém
precisa se machucar quando o amor determina.
***
Quando você informa a alguém que está fazendo
algo por essa pessoa, ela fica obrigada e retribui
um “obrigado”. Quando não sabem e não
voltam, então o Infinito volta, transbordando!
***
Quando eu dou e você retribui, você me impede
de receber uma bênção do Infinito.
***
É útil para você ajudar os outros, desde que não
haja motivação do ego por trás disso e que isso
seja feito sem apego.
***
Um ser elevado, sentado sozinho em uma
caverna em algum lugar, está fazendo muito bem
ao mundo ao enviar pensamentos poderosos de
amor e paz.
***
Na medida em que sabemos que o outro é
perfeito. nesse grau, somos eficazes em ajudar o
outro.
***
A caridade é ajudar e encorajar a mentira de que
Deus cuidará do pardal, mas não do homem.
Caridade está dizendo. “Vocês não podem evitar.
***
A caridade é boa e necessária para quem está
nesse nível de doação e posse.
***
A melhor coisa que podemos fazer pelos outros é
ajudá-los a ajudar a si mesmos.
***
Bem-aventurado o doador porque ele será mais
feliz se der de coração.
***
Na medida em que você se endireitar, poderá
ajudar os outros. Mais uma vez eu digo: você
não vai ajudar os outros mais do que ajuda a si
mesmo. Mas tente ajudar os outros porque isso o
ajudará a ajudar a si mesmo.
***
Você não precisa de nenhum treinamento
especial para ajudar os outros. Você faz isso
naturalmente, a partir do seu próprio estado de
ser.
***
Todo mundo é professor ensinando no seu nível.
Ele faz isso inconscientemente em seu
relacionamento diário com os outros
***
A maior doação não está nas coisas. A maior
doação é a sua atitude de amor.
 *** todos. Dar a alguém que gosta de você é
Distribuir dinheiro é como distribuir proteção motivado pelo ego. Um Mestre tem igualdade de
contra cobras (o conceito de cobra e corda). A espírito para com todos.
maior dádiva é compreender que não há cobra da ***
qual se proteger. Qualquer pessoa que tenha orgulho espiritual
*** está apenas divulgando palavras, e o outro as
Tenha uma atitude de doação. Não é o quanto capta como palavras sem importância ou
você dá; é a sua atitude. Algumas pessoas doam autoridade.
para hospitais, etc., para obterem suas placas de ***
identificação, e essa é a extensão de sua Para ajudar o outro você tem que igualá-lo a
recompensa. você, ou seja, não pensar que você é
*** espiritualmente superior.
Tudo o que fizermos, devemos fazê-lo com o ***
desejo de servir. Quando se compreende, vê-se que todos são
*** igualmente Mestres.
Sirva com a sensação de que não é você, mas o ***
Deus em você quem serve. Se todos vivessem apenas para os outros, isso
*** endireitaria o mundo. Seria uma utopia!
O doador deve dizer “Obrigado” e o receptor ***
deve dizer “De nada”. (O doador é o mais Quando vivemos apenas para os outros, estamos
abençoado.) no topo.
*** ***
Quanto menos ego tivermos, mais conheceremos Todo e qualquer relacionamento deve ter o
a perfeição dos outros. E é na medida em que propósito de ajudar o outro a alcançar a
você sabe que eles são perfeitos que você os Realização, ou de você ser ajudado a alcançar a
apoia para que sejam perfeitos. Realização.
*** ***
Uma pessoa totalmente generosa sempre tem O serviço à humanidade lhe proporcionará plena
tudo o que deseja. realização se você o fizer sem interesse nos
*** frutos disso.
Ajudamos principalmente elevando nosso ***
próprio estado de ser.
***
Quanto mais alto você sobe, mais você eleva
todos.
***
Quando você mantém bons pensamentos, você
envia bons pensamentos para todos.
***
Quando você está ajudando os outros, onde está
sua atenção?
***
O altruísmo é um excelente parâmetro para
medir o estado de ser de um indivíduo.
***
A generosidade também é um bom parâmetro. O
estado de ser de uma pessoa é proporcional ao
seu sentimento de doação, ao seu desejo de dar.
***
Um Mestre pede coisas aos devotos, aos
discípulos? Um Mestre é todo-doador.
***
Nosso sentimento de doação deve ser igual para
SESSÃO 20
Vejo que há vários médicos em nosso grupo. Um
médico que já é treinado na área da cura torna-se
um médico melhor quando busca uma
compreensão mais profunda da vida e encontra
mais causas básicas por trás da vida em um corpo.
Agora, entrando na vida pessoal de um médico, eu
diria: “Nossa, você está num negócio doentio!” E
você está vendo que essa doença não é saudável
para você, a menos que você, em sua mente,
reverta toda essa doença que você aparentemente
vê.
P: Bem, essa é a única pergunta que eu tinha para
você esta noite. Não sei como você sabia disso.
Lester: Eu não estava consciente disso. Quando
deixo ir e deixo Deus, as perguntas na mente dos
ouvintes geralmente são respondidas.
P: Sinto isso com muita força e como faço para
reverter isso?
Lester: Veja, a mente é apenas criativa e cria as
imagens que temos em mente. Tendo uma imagem
de doença, tendemos a criar doença, a menos que,
ao vê-la, invertamos mentalmente o que estamos
vendo.
P: Você definiria o que entende por “reverso”?
Tive um paciente hoje, por exemplo. Eu gostaria
de reverter todo o incidente, ou não gostaria de ver
nenhuma imperfeição, ver apenas a perfeição de
Deus. Mas quando olhei para o paciente hoje, foi
muito difícil para mim ver qualquer perfeição.
Lester: Você está em uma situação muito difícil. É
fácil para mim porque faço isso há 16 anos.
Quando as pessoas dizem: “Ah, isso é ruim, e isso
dói, e o médico disse que...” eu quase não ouço.
Percebo que eles estão me dizendo que existe
imperfeição. Vejo que estão tentando me
convencer de uma ilusão. Olho para eles e conheço
o Ser perfeito que realmente são e reverto
imediatamente a aparente imperfeição ao ver a sua
perfeição. A Verdade do nosso Ser é a perfeição
absoluta. Quanto mais você estudar a verdade da
Perfeição, mais você perceberá e conhecerá isso,
mais verá o que dizem ser uma aparência e mais
capaz será de cuidar disso. Mas será necessário um
conhecimento da sua parte sobre a Verdade por
trás deste mundo. Essa Verdade é o seu ser, a sua
existência (que é a fonte da sua aparência).
P: Bem, você diz exatamente o que li, mas ainda
não percebi.
Lester: Porque você está tanto com a aparência
quanto com a realidade. Torna extremamente
CURA
difícil ver a Perfeição absoluta que realmente
existe, aqui e agora. Se você leu Goldsmith, acho
que o que estou dizendo lhe é muito familiar. No
entanto, você deve descobrir o verdadeiro Você
para descobrir a aparência do mundo.
P: Sim.
Lester: Vamos pegar a ideia da cobra e da corda,
você já ouviu isso? Vemos uma corda na estrada ao
anoitecer; pensamos que é uma cobra. No
momento em que pensamos que é uma cobra,
ficamos muito envolvidos com o medo e queremos
proteção contra essa cobra. Há um grande
envolvimento desde que pensemos que é uma
cobra. Agora a realidade é a corda; a ilusão é a
cobra, e isso é comparado ao mundo. O mundo é a
cobra; a realidade (a corda) está logo atrás dela e é
a base para isso. Enquanto continuarmos a olhar
para a ilusão do mundo, não veremos a sua
realidade. É necessário ficar quieto o suficiente
consigo mesmo para ver a Realidade, sendo a
Realidade básica “Eu Sou o que Sou”. Nós somos
esse Ser infinito do mundo. E o que é necessário é
aquietar a mente o suficiente para que esse Ser
infinito que somos seja auto-óbvio.
Quando você descobrir que é um Ser perfeito,
então você saberá disso. Quando você vê o seu
verdadeiro Eu, então você vê que a Perfeição que
você é é onipresente. E esta Perfeição é a corda,
erroneamente vista como a cobra. Então o que é
necessário é seguir esse caminho, meditar,
mergulhar dentro, cavar dentro até ver a sua
Realidade. Quando você vê a sua Realidade, você
verá a Realidade e a perfeição do mundo. E
embora agora pareçam muitos corpos e muita
separação, quando vocês veem a Verdade, vocês
verão uma Unidade absoluta para onde quer que
olhem. Você não verá nada além de você onde quer
que olhe. Você verá que todo esse mundo está em
sua mente. Você verá que é o seu universo. Você o
criou assim como cria um mundo e pessoas em seu
mundo noturno de sonhos. Então, resumindo, você
está numa situação muito difícil por causa da sua
profissão, mas isso não a torna impossível. Se o
seu desejo de descobrir a Verdade for forte o
suficiente, você a verá.
P: Quando você vê isso e aquele chamado paciente
“doente” vem até você, você não vê nada disso;
você acabou de ver Perfeição?
Lester: Sim. Ao saber que ele é perfeito, você o
ajuda a abandonar a imagem de doença que tem
em mente. Se as pessoas vêm até mim e me falam
de doenças corporais, não vejo as doenças; Eu não
ouço as doenças. Enquanto eles me contam isso,
estou dizendo mentalmente: "Você é perfeito".
Você também pode fazer isso.
P: E você está falando da perfeição do espírito.
Lester: Estou falando da perfeição da pessoa com
quem estou conversando. O corpo doente é uma
ilusão. A pessoa é real.
P: Você quer dizer os distorcidos...
Lester: O corpo distorcido é uma ilusão. Mas até
que você veja, não parece ser assim. Faça uma
miragem em um deserto onde vemos água na
miragem. Se nunca verificarmos, sempre nos
parecerá água. Se formos até o local e
descobrirmos que é areia, a partir daí saberemos
que a água é uma miragem. Da próxima vez que
virmos a miragem, ainda veremos a água, mas com
esta grande diferença: sabemos que a água é uma
ilusão. Até descobrirmos a realidade do corpo e do
mundo, consideraremos uma ilusão como real.
Descubra o verdadeiro você, o seu Ser, e só então
você poderá conhecer a realidade do corpo e do
mundo.
P: Ao lidar com um paciente, se vejo a Perfeição,
isso me ajuda. Ao ver a Perfeição, estou ajudando
o paciente?
Lester: Na medida em que conhecemos a Perfeição
da outra pessoa, apoiamos a outra pessoa no
conhecimento da sua Perfeição. Na medida em que
ele aceita isso, maior será o grau de sua cura.
Quando essas curas pela fé ou curas instantâneas
acontecem, é porque aquele que tinha a doença
dentro dele vê a perfeição, e há uma cura
instantânea.
Não posso ter um corpo doente sem ter uma
imagem mental da doença. É impossível manter
qualquer coisa no corpo que não esteja na mente.
O corpo é composto de carboidratos, minerais, etc.
É apenas matéria. Não tem inteligência. Nós
somos a inteligência; imaginamos e mantemos a
vida do corpo. É impossível ficar doente sem
manter essa imagem doente em nossas mentes, é
claro, inconscientemente. Se fosse consciente, nós
o corrigiríamos imediatamente. Estar inconsciente
é difícil, porque não estamos olhando para isso.
Você já viu curas espirituais? Você já viu os
chamados “milagres”?
P: Sim.
Lester: Bem, então você sabe que é possível. É
feito simplesmente pelo indivíduo, que dirige o
corpo, muda as coisas mentalmente, só isso. No
instante em que mudamos a imagem mental, o
corpo muda. Mas, novamente, porque o quadro de
doença é inconsciente, é por isso que é difícil.
P: Como podemos, em primeiro lugar, tornar-nos
conscientes do nosso inconsciente e torná-lo
consciente e, em segundo lugar, como podemos
ajudar a mente a visualizar com muito mais
perfeição aquilo que desejamos, se nós mesmos
não conhecemos a Perfeição?
Lester: Para nos tornarmos conscientes do nosso
subconsciente, devemos nos engajar na prática da
introspecção honesta. Quanto mais voltamos nossa
atenção para dentro, mais nos tornamos
conscientes de nossos pensamentos
subconscientes. Quando nos tornamos conscientes
de qualquer pensamento subconsciente, somos
capazes de fazer o que quisermos com ele, tal
como está agora no plano consciente. Quanto mais
praticamos isso, mais proficientes nos tornamos.
Conhecemos a Perfeição olhando na direção de
onde está a Perfeição. A Perfeição está aqui onde
estamos, onde está o “eu” de nós. Assim, primeiro,
temos que dirigir a nossa atenção para dentro;
temos que fazer a pergunta: "O que sou eu?" até
que a resposta chegue. Quando a resposta chegar,
você sabe e sabe que sabe. E para obter a resposta
para "O que sou eu?" é necessário aquietar os
pensamentos. Os pensamentos são o ruído que
cobre a Verdade. Os pensamentos são conceitos de
limitação e muitos deles nos bombardeiam
constantemente.
P: Sim, sim, quando me sentei calmamente tive
esta experiência. Como você pode acalmar a
mente?
Lester: Desejo intenso e persistente de descobrir o
que você é. Quando o seu interesse em saber o que
você é se torna mais forte do que o seu interesse
neste mundo e neste corpo, então seus
pensamentos sobre o mundo e o corpo são
aquietados e você descobre que não é a mente, que
a mente é um instrumento que você configura e é
outro além de você. Então você está no controle de
sua mente. Desejo intenso e persistente é a chave.
P: A razão pela qual perguntei isso é porque
cheguei a um ponto em minha vida em que tornei
real para mim que nada do que acontece em minha
vida que seja ruim ou bom está fora de mim. Em
outras palavras, eu crio isso se algo estiver errado.
Eu originei isso. Sou responsável pela minha vida;
Estou criando minha vida a cada momento. Agora
cheguei a este ponto. Eu aceito. Assumo total
responsabilidade, mas estou preso. Já vi isso, mas
agora quero ir além. Eu quero quebrar a barreira,
você entende o que quero dizer?
Lester: Sim, você quer ir mais longe. Assumir total
responsabilidade é um excelente meio de crescer,
porque você verá sua maestria; você verá que tudo
o que está acontecendo com você, você criou.
P: Ah! Sim! Sim! Definitivamente, eu concordo.
Lester: Tudo bem, primeiro você se torna mestre
da matéria e o corpo é parte da matéria, depois
você se torna mestre da mente - agora esta é a
parte que você deseja.
P: Certo.
Lester: Quando dominamos a mente, somos um
Mestre completo. Então você continua até ganhar
essa maestria. Nos ensinamentos orientais eles
chamam isso de “tapas”, ou disciplina. Dominar a
mente é mudar conscientemente o que você gosta e
o que não gosta; sair para o frio e não se importar;
caminhar em ambientes com alta temperatura e
umidade e sentir-se confortável; ter dores no corpo
e não ser incomodado por isso.
P: Isso é sofrimento consciente?
Lester: Não, você não precisa sofrer quando pode
fazer isso. Quando você sabe que não é o corpo e o
corpo dói, você sabe que o corpo está com dor,
mas isso simplesmente não o incomoda. Assim
como quando o corpo de outra pessoa dói, você
não sente isso porque não se identifica com ele. Se
você se identificasse com esse outro corpo, sentiria
a dor dele.
P: Sim, eu entendo isso. Cheguei a um ponto em
que meu corpo pode estar me machucando e digo:
“Meu corpo está doendo”, mas em minha mente
me sinto bem; é isso que quero dizer, me sinto
bem. Tive um distúrbio tremendo na semana
passada; Perdi algumas coisas e passei por uma
grande confusão e fiquei me observando
constantemente, mas por trás de tudo isso havia
algo que estava sempre - você sabe, OK.
Lester: Sempre bem. Tudo bem. Há um bem-estar
por trás de tudo.
P: Certo, agora como faço para pegá-lo e segurá-
lo?
Lester: Ao continuar fazendo isso, você o
desenvolve cada vez mais, até que um dia ele
permanece permanentemente. Você terá domínio
completo sobre a mente e então será um Mestre.
Você é sua mente?
P: Eu sou minha mente? Minha resposta a isso é
em parte intelectual e em parte sentimental e acho
que não. Não sou minha mente, mas sou a vida por
trás dela.
Lester: Sim, essa é a atitude certa a tomar. A mente
é um composto de pensamentos. Quem pensa os
pensamentos? Você faz, veja. Então você é
diferente dos pensamentos se estiver pensando os
pensamentos. Continue o que você está fazendo;
continue trabalhando para dominar a mente.
Quanto mais você fizer isso, mais verá que não é a
mente; mais você verá o que você realmente é.
Você tem um método maravilhoso. Assuma total
responsabilidade e depois trabalhe para dominar a
mente. Se você puder sentir dor no corpo e não se
importar dizendo: “Eu não sou o corpo”, a dor se
tornará incômoda. O que você está realmente
fazendo é sair desse corpo. Você está movendo seu
centro de consciência para fora do corpo. A
maioria de nós coloca o centro de consciência
dentro do corpo e fica aprisionado por ele. Mas é
possível operar o corpo de fora do corpo e é isso
que devemos fazer.
Deveríamos ver o corpo como algo diferente de
nós. Então, como uma marionete, mova-o. E esta
prática o levará ao pleno conhecimento de que o
corpo e a mente são externos a você e estão sob
seu comando. E quando você vê isso com bastante
força, você expulsa a mente; você trabalhará no
reino da onisciência, que está logo atrás da mente.
Você não precisará mais pensar. Tudo será
conhecido e perfeitamente sintonizado. Cada ação
será correta porque você a iniciará a partir da
onisciência, o que é perfeito. A mente é imperfeita
porque pega pequenos pedaços de onisciência e os
deixa filtrá-los.
Estou respondendo sua pergunta?
P: Sim, você é. Acho que o que me impediu foi
meu desejo de experimentar supostamente alguns
dos fenômenos psíquicos que acompanham o
desenvolvimento. Ao estudar e ler, fiquei
interessado na projeção astral, ou na capacidade de
ver a aura, porque eu era um Thomas cético. Mas
algo cresceu em mim e não precisa de provas, mas
ainda assim eu adoraria experimentar apenas pelo
prazer de experimentar uma dessas coisas.
Lester: Interessar-se por esses poderes psíquicos é
uma abordagem errada. Estando interessado nos
poderes, pode-se desenvolver os poderes. Então,
usando os poderes sem ter o seu entendimento à
altura deles, você os usará indevidamente. Você os
usará de maneira muito egoísta e eles farão um
bumerangue e prejudicarão você, seu crescimento
e os poderes, fazendo com que você perca os
poderes. Isso acontece com todas as pessoas
psíquicas que se desenvolvem além do seu nível de
compreensão. Portanto, sugiro que você
desenvolva sua compreensão até que todos os
poderes se abram naturalmente para você e, então,
se decidir usá-los, você os usará corretamente e
não se machucará.
Algum dia todos voltaremos a reconhecer que
somos todo-poderosos, que todos os poderes são
nossos, e isso acontece sem nenhum esforço.
Quando você tenta desenvolver esses poderes é
extremamente difícil porque precisa usar esforço,
certo?
P: Certo.
Lester: O estado em que existem todos os poderes
é o estado sem esforço. E a razão para isso é que é
o conceito do ego com o seu conceito de limitação
que exige esforço. Na onisciência, na onipotência,
não precisamos de esforço. Se somos o Eu todo
poderoso, não há necessidade de esforço. Está
também na ideia de deixar ir e deixar Deus.
Quando abandonamos o nosso pequeno ego, então
podemos permitir que qualquer milagre aconteça,
e ele é instantaneamente efetuado sem esforço,
simplesmente deixando-o ir e deixando-o
acontecer. Isso faz sentido?
P: Sim, muito.
Lester: Portanto, desenvolver potências não é algo
pelo qual devamos lutar. E quando eles vierem, se
nos interessarmos pelos poderes, então estaremos
interessados no mundo externo e ilusório. Os
poderes estão simplesmente pegando o mundo
material externo e trabalhando nele como atalhos.
Trabalhamos o mundo milagrosamente apenas
eliminando o tempo, efetuando as coisas
instantaneamente.
P: Quando você diz que imagina um corpo
perfeito, o que você imagina como um corpo
perfeito?
Lester: Bem. Nunca sugeri que você imaginasse
um corpo perfeito. Isso é imaginar a armadilha e a
prisão perfeitas. Não há prisão melhor do que este
corpo físico. Porém, se você quiser se imaginar
como um corpo, imagine um corpo perfeito, um
corpo ideal, completamente livre de dor, distorção,
desequilíbrio, etc. Você consegue imaginar isso? É
difícil para você porque você experimentou muitas
imperfeições no corpo, mas você consegue.
P: Tenho problemas pessoais e, se pudesse ser um
pouco específico, poderia superar esse ponto.
Ontem tive um paciente que é Testemunha de
Jeová, que não permitia que lhe fosse dado sangue.
Fizeram a cirurgia também supostamente salvaram
a vida dele e ao longo da cirurgia, que durou pelo
menos três vezes mais por causa de complicações,
ele perdeu pelo menos metade do volume
sanguíneo, o que está próximo do ponto sem volta.
Estou em cirurgia cuidando desse paciente.
Lester: É sua responsabilidade?
P: Sim. Eu tenho o problema de pensar. "Bem, é
problema dele; se ele quer morrer, deixe-o morrer."
Mas não posso fazer isso. Estou fazendo algo
errado ao usar meu desejo? Tudo o que eu disse
foi: “Deus, cuide dele e eu serei apenas seu
ajudante”. Isso é o que eu fiz.
Lester: Se você fez isso, funciona, não é?
P: Funciona. Estou impondo minha vontade a
alguém quando faço isso?
Lester: Não quando você deixa ir e deixa Deus,
você não está.
P: Não quero impor meus desejos a essas pessoas.
Lester: Você não está impondo sua vontade quando
deixa ir e deixa Deus. Se você puder fazer isso,
você é um ótimo médico.
P: Obrigado, agora quero saber se estou fazendo
isso?
Lester: Você sabe por experiência. Esse homem
poderia sobreviver mesmo que perdesse todo o seu
sangue, se você deixasse Deus cuidar disso. Tudo é
possível para Deus.
P: Foi isso que eu fiz. Eu não sei como orar. Não
sei como fazer a oração por esse paciente.
Lester: Sim, você precisa, sua oração é "O que for
melhor para ele deveria ser." A oração está
presente o tempo todo; você não precisa expressar
isso.
P: Foi o que eu disse e não sabia se era suficiente.
Lester: É suficiente. A oração está lá, quer você a
expresse ou não. Ele está vivo, não está?
P: Sim.
Lester: Quando uma pessoa decide morrer,
ninguém, mas ninguém, vai mantê-la viva. Não
podemos manter aqui ninguém que tenha
realmente decidido partir. E você viu o oposto,
onde o corpo teve muito poucas chances de
sobreviver, mas a pessoa viveu. Veja, é o indivíduo
que dirige o corpo quem realmente toma a decisão.
Só podemos orientá-los e apoiá-los.
P: Existe um desejo subconsciente de sair?
Lester: Sim. Além disso, todos nós predefinimos a
hora em que vamos sair.
P: Ah, já o predefinimos. Podemos mudar essa
predefinição?
Lester: Não, mas você pode transcendê-lo. Quando
você o transcende, você não morre. Você
conscientemente e por escolha deixa o corpo da
maneira que você escolher.
Você não pode mudar o carma do corpo. Essa é
uma lei que estabelecemos e continua
indefinidamente. Ao tentar resolver o carma,
estamos criando carma. A única coisa que
podemos fazer é superar isso. Quando
ultrapassamos isso, se quisermos um corpo,
podemos fazer cem corpos. Mas quando você
supera isso, você não é tão tolo em se limitar a um
pequeno corpo físico. A limitação mais extrema
que você pode impor a si mesmo é o estado que
chamamos de físico. E quando você supera isso,
não há necessidade disso. Você teve sua lição. Se
você quiser um corpo, você usará um corpo astral
que se move instantaneamente e se estiver
danificado, você o endireitará instantaneamente.
Quando você fica acima do corpo físico, a menos
que haja uma razão, e poderia haver, para você
manter uma, você não manterá um corpo físico.
Então, para responder à sua pergunta, você não
pode alterar um curso predefinido. Mas você pode
superar isso onde o corpo se torna como uma
marionete para você.
Tudo no físico é causa e efeito, ação e reação, e
isso se chama karma, a lei da compensação.
Quando sabemos disso, a vida fica mais fácil
porque não lutamos contra isso. Agora isso pode
ajudá-lo em sua profissão. Tudo será exatamente
como foi predeterminado por nós. Não podemos
mudar nada nesta vida. Podemos simplesmente
mudar nossa atitude em relação a isso.
No entanto, existe uma escolha livre. É identificar-
se com este corpo físico ou identificar-se com o
nosso verdadeiro Eu; essa é a livre escolha.
Quando você se identifica com o seu verdadeiro
Eu, tudo fica perfeito. Quando você se identifica
com o corpo, você necessariamente se sujeita a
uma incalculável miséria corporal. A vida
mundana necessita de quilos de miséria para cada
grama de prazer. Mas estamos tão mergulhados na
miséria que não sabemos realmente até que ponto
estamos. Atingimos um ponto de tolerância em que
podemos tolerar muito. Acho que você sabe disso
por experiência própria.
Portanto, a coisa a fazer é identificar-se
adequadamente com o Ser infinito que você é.
Tente aceitar o estado físico como uma ilusão até
que você realmente o veja dessa forma. Quando
você vê as coisas dessa forma, você vê isso como
um jogo, e você joga esse jogo sabendo que é
apenas um jogo.
Ora, todas estas coisas não podem ser feitas
intelectualmente; você tem que experimentar esse
conhecimento. Se você aceitar qualquer coisa que
eu diga só porque eu disse, você estará apenas
prejudicando a si mesmo; você está trabalhando
em boatos. Você deve experimentar isso sozinho;
você deve provar isso sozinho. Então se torna seu
conhecimento e pode ser usado. A única coisa que
posso fazer é apontar a direção, o caminho para
obter esse conhecimento.
P: Além do que você nos contou esta noite, como
você pode curar a si mesmo, exceto com a
realização?
Lester: Para relacionar as coisas de forma relativa,
se uma pessoa pode curar-se espiritualmente, ela
deveria; é instantâneo. Se não puder, deverá fazê-
lo mentalmente; é de instantâneo a rápido. Se ele
não consegue fazer isso mentalmente, deve fazê-lo
fisicamente; ele deve ir a um médico. Então
usamos aquilo que está disponível para nós. Sugiro
às pessoas que procurem um médico porque esse é
o nível de cura que elas precisam e isso as ajudará.
Os médicos são necessários, tão necessários como
o são hoje. Você não teria esta grande área médica
se não fosse necessário ajudar aqueles a quem a
área está ajudando.
P: Li em muitos escritos que o estado de celibato é
necessário para a realização. Isso é verdade?
Lester: Essa coisa que chamamos de felicidade é
meramente o Ser infinito que estamos
experimentando em maior ou menor grau. O
verdadeiro Eu que somos é a alegria infinita. E se
tirássemos isso diretamente de onde está, isso é
tudo que teríamos. Mas nós miseravelmente
recebemos isso em pequenas quantidades através
de meios externos, presumindo que precisamos de
algo; não estamos inteiros; não estamos completos;
precisamos de algo lá fora para nos completar; e
criamos um desejo, uma carência, que, quando a
satisfazemos, os pensamentos para isso
desaparecem, e quando nossos pensamentos
desaparecem, permanecemos naquele momento
mais em nosso Eu real. E é isso que se chama
felicidade, alegria.
Assim, sempre que procuramos alegria no mundo,
enganamo-nos pensando que ela está lá fora,
criando uma necessidade dela, satisfazendo-a e
sentindo um pouco de prazer, o que é apenas um
alívio da agonia de um desejo. Mas estamos nos
prendendo a pensar que a coisa lá fora nos deu
isso. O que fizemos foi aquietar os pensamentos
para isso, criar quietude mental suficiente para
permitir que o Eu fosse um pouco mais, e isso é
felicidade. Agora temos que desistir de toda essa
busca externa de alegria. Portanto, não se trata
apenas de sexo, mas de tudo o que existe que
consideramos como algo que nos proporciona
felicidade. Ponto um.
Ponto dois. Desistir e desejá-lo intensamente pode
ser tão perturbador mentalmente quanto tê-lo. O
que temos que fazer é abandonar o desejo por isso,
o que parece impossível para a maioria de nós.
Então a melhor coisa a fazer é, ao invés de lutar,
ser moderado e continuar buscando a Verdade até
que um dia entendamos o que era aquela alegria
que estávamos tendo no sexo. E então vemos que
estamos sempre num estado de alegria que é maior
do que qualquer coisa que o sexo já nos deu e não
há problema em abandoná-lo. Então, se você tentar
desfrutar através do sexo, em vez de ele lhe dar
alegria, isso demora um pouco, porque você está
limitando através do ato sexual. Então o principal
é ser moderado o máximo que puder; fique longe
disso o máximo que puder e, à medida que você
percebe, você chegará a um lugar onde deixará
tudo passar, porque você tem a alegria o tempo
todo que estava tentando passar através do sexo .
Agora, o prazer que obtemos com o sexo é
meramente estarmos mais conscientes do nosso
Eu, acalmando os pensamentos. Há mais desejos e
pensamentos reprimidos ao longo das muitas vidas
sobre sexo do que qualquer outra coisa na vida, de
modo que, quando nos satisfazemos sexualmente,
ainda temos o maior número de pensamentos
subconscientes.
P: Você quer dizer que também trouxemos
pensamentos de vidas passadas para esta vida? E
temos que acalmar todos eles? Mãe do Céu!
Lester: Eventualmente você chega ao ponto onde
pode abandonar todo o resto da mente.
Resumindo, o celibato não dá realização.
Entretanto, você não conseguirá a realização sem
isso e também o abandono de todo desejo. Mas à
medida que você cresce fica mais fácil e chega a
um ponto em que é muito fácil abandonar o sexo.
É tolice dizer a alguém para abandonar o sexo
quando está tão envolvido nele que não consegue.
Uma pessoa assim tem que ser elevada ao ponto
em que seja capaz de se libertar. Acho que há outra
razão pela qual as pessoas não gostam de sexo.
Originalmente criamos corpos mentalmente. No
Jardim do Éden decidimos fazer do jeito que os
animais faziam. E ficamos presos nisso. E é uma
bagunça.
Agora estamos subindo. Alcançaremos um estado
onde novamente abandonaremos o modo animal
de procriação e dois seres físicos se reunirão com
um ser astral e criarão um terceiro corpo físico em
uma família. E quando fazemos assim não
perdemos a memória do passado. E um dia
voltaremos a isso, aqui na terra.
E assim, o desejo por sexo é algo que realmente
nos desanima mais do que qualquer outra coisa. E
inconscientemente a raça sabe disso e torna isso
mau. É uma abordagem tão estúpida que temos em
relação ao sexo; "é mau" - e ainda assim todos nós
chegamos a esse ponto. Mas as pessoas não
percebem a razão geral e, portanto, distorcem-na.
Comer é mau se fazer sexo é mau. O mal é criar a
falta e depois o desejo por alguma coisa, e nos
mantermos atolados nessa ilusão. Portanto,
considero a comida tão má quanto o sexo, se
qualquer um deles for mau. A coisa a fazer é
atingir o estado de ausência de desejo. Nenhum
desejo, nenhuma necessidade, e então você estará
no estado mais feliz.
P: Quando não tenho nada para fazer no resto do
dia, pergunto-me: "Bem, o que vou fazer? Quer ir
ao cinema? Não, não quero ir ao cinema. Quero ir
visitar? Não, eu não quero ir visitar." Eu não quero
fazer nada; então me forço a fazer alguma coisa
para preencher meu tempo porque o que vou fazer,
sentar?
Lester: Sim, e mergulhe em si mesmo para saber
mais sobre quem você é.
Quanto mais você aprender o que você é, mais
feliz você será e, portanto, sua inquietação
desaparecerá. E isso pode ser uma alegria além de
qualquer coisa no mundo.
P: Então não é necessário voltar e voltar? Alguém
pode fazer isso em uma vida?
Lester: Qualquer um pode fazer isso durante a
vida. Esta é uma grande vantagem que temos e da
qual não temos conhecimento. Há uma pequena
porcentagem de mundos no universo tão difíceis e
grosseiros quanto o nosso mundo. E porque é tão
grosseiro e tão difícil, os incentivos para sair dessa
situação são os maiores. Portanto, podemos voltar
para casa de onde viemos, até o infinito, nesta
vida.
**
Esta sessão foi gravada em Los Angeles. 22 de
maio de 1968.
SESSÃO 21 ATITUDE E AÇÃO

Atitude e ação em nossa vida diária devem ser ***

usadas conscientemente para o crescimento o
tempo todo. Quando usado dessa forma, não há Não perca seu tempo socializando; use-o
tempo em que você não esteja crescendo. É uma percebendo.
excelente forma de crescimento constante e ***
contínuo. Lembre-se, quando você não está
crescendo, você está regredindo. Não importa o que você acredita ou não, importa o
que você faz.
***
***
Toda atitude e ação devem ser no sentido de ajudar
você e os outros em direção à Realização. Qualquer coisa que você faça que não esteja
diretamente relacionada ao crescimento é uma
*** perda de tempo.
Tenha uma atitude inofensiva para com todos os ***
seres e não queira que eles se comportem como
você gostaria. A mesma coisa dita positivamente Você só pode estar interessado na negatividade se
seria: Tenha uma atitude de amor para com todos a negatividade for interessante para você.
os seres e permita que sejam como são.
***
***
Nunca avalie pelo outro; deixe o outro avaliar por
Para cada ação há uma reação oposta e igual. Esta si mesmo.
é a lei da compensação, também chamada de
carma. ***

*** “Vou tentar” significa “Acho que não consigo”. É

O trabalho diário é uma perda de tempo, a menos
que você o use continuamente para aprender o que
precisa saber com suas resistências. Enquadre-o
com amor, assuma total responsabilidade e a
resistência derreterá. Quanto menos trabalho e
mais busca e realização do Eu, mais correta será a
direção e mais fácil se tornará a vida.
por isso que tentar não leva a nada além de tentar.
Em vez de tentar, faça!
***
Se você não consegue fazer isso sozinho, como
pode dizer a outra pessoa como fazer?
***

*** Nada acontece conosco que não seja causado por

nós.
Cada ato e cada atitude é um passo à frente ou um
passo atrás. ***
*** “Não posso” significa “não vou”. Tudo é possível.

Tudo o que fazemos que não está na direção do Eu ***

impede a bem-aventurança contínua e sustenta a
miséria. Os apressados são preocupados e os preocupados
são apressados.
***
***
Determine o objetivo da sua vida e encontre o
caminho mais curto para alcançá-lo. Todo mundo está certo até onde vai.

*** ***

Todo mundo está fazendo exatamente o que quer.
***
Não é certo contarmos nada a ninguém, a menos
que eles queiram.
Quanto mais você aplica a lei da mutualidade,
mais capaz você é de cumpri-la naturalmente.
***
O elogio é destrutivo. Encoraja e desenvolve o
ego.
 ***
Todo ato e pensamento que não é para o bem dos
outros cria uma escravidão, uma limitação, que
deve necessariamente se materializar.
***
As atitudes são muito mais importantes que as
ações.
***
Não importa o que aconteça com um ser humano,
não importa o que seja. o peso é causado por sua
atitude em relação a isso.
***
Quando algo ruim acontecer com você, saiba que
só você está causando isso. Então você pode
mudar isso.
***
Tentar é uma desculpa para não fazer.
***
Se duas pessoas querem brigar, devemos impedi-
las? Se for mútuo, é certo para eles.
***
Economize seu tempo. Ministre apenas às suas
necessidades. Não perca tempo criando coisas
além das suas necessidades.
***
Gaste seu tempo em busca de alegria ou felicidade
sempre nova. Então descanse na eterna serenidade
da bem-aventurança, noite e dia.
***
A dependência é mortal para o crescimento.
***
Uma relação de dependência não permite que você
pense por si mesmo, admite que depende de outro
ser humano e impede que você veja o seu infinito.
Conformidade é dependência, é ter que fazer o que
os outros fazem, querendo a sua aprovação. Uma
pessoa independente é sempre excêntrica, não
compreendida pela sociedade.
***
Tudo o que você faz é com sua motivação interior
e é motivado pelo estado interior de ser que você
alcançou.
***
Toda ação é ritual.
***
Você tem que ler por trás das palavras das pessoas.
***
A vida no mundo deveria consistir em apenas duas
coisas. aquilo que nos ajuda a crescer, ou aquilo
que ajudará outros a crescer.
***
O choro é motivado por um sentimento que não
podemos fazer. Se sentirmos que podemos fazer
algo a respeito, não sentiremos tristeza. Nosso
pensamento vai para fazer isso, em vez de pensar:
“Ah, não posso. Estou indefeso.” Se você pensasse
que poderia fazer, não choraria. Se você tiver a
determinação que pode fazer, não chorará. É bom
não ceder à dor. Cancele a dor quando ela surgir,
afirmando que você pode fazer isso.
***
Não existe erro, nós cometemos! Não existe
acidente, nós fazemos isso!
***
Para se interessar por coisas fora de você, você
deve tirar o interesse de seu pequeno eu.
***
Você não deveria apoiar as pessoas em suas
fraquezas, isso é um bumerangue.
***
Qualquer conselho volta para seu aliado cármico.
***
Se você explicar algo, faça-o através do ponto de
vista do outro.
***
Aquilo que você abraça se torna parte de você.
***
É muito mais rápido o seu crescimento saber que
só você pode fazer isso por você.
***
Não há nada de ruim; só cometemos erros no
caminho de volta para casa.
***
Conselho é ego brincando de Deus.
***
A perspectiva difere de acordo com a visão da
pessoa. Aos olhos grosseiros, tudo é grosseiro. Aos
olhos mentais, tudo é mental. Se o olho (1) se
tornar o Eu, o olho será infinito e tudo será visto
como o seu Eu infinito.
***
A atitude em relação a uma criança e a um adulto
deve ser a mesma.
***
O comportamento é geral. Não nos comportamos
de uma maneira com uma pessoa e de outra com
outra.
***
Tudo o que fazemos é motivado pela motivação
básica e, portanto, comportamo-nos de forma
semelhante em todas as situações. Só uma pessoa
liberta não o faz. É por isso que uma pessoa
libertada é um enigma para os outros.
***
Seu comportamento com o mundo será o mesmo
que com seus pais.
***
Alguém é um tolo quem não usa a experiência dos
outros. É um homem sábio que aprende com as
experiências dos outros.
***
Sua atitude em relação a qualquer coisa será sua
bênção ou sua maldição.
***
Procuramos a confirmação dos nossos
sentimentos, positivos ou negativos. Melhor
procurar a realidade das coisas.
***
Confie totalmente em uma pessoa desonesta e ela
será honesta com você.
***
Quem desculpa, acusa a si mesmo.
***
Não se defenda, reforme!
***
Simpatia é algo que nunca deveríamos sentir, pois
simpatia é apoiar o outro em sua miséria.
Compaixão é compreendê-lo e querer o melhor
para ele.
***
Se eles pensam que simpatia é amor, você deve
conceder-lhes o direito de pensar isso. Quando eles
querem simpatia, não há nada que você deva fazer.
Você não pode se juntar a eles, então apenas deixe-
os em paz.
***
Complexidade é a falta de compreensão.
***
A tensão é causada pelo desejo de seguir dois
caminhos opostos ao mesmo tempo.
***
Ser cético é bom se isso faz com que você prove
coisas.
***
O desapego é o caminho para a felicidade.
Renuncie todas as coisas do seu coração enquanto
cuida delas. Considere-os emprestados apenas para
uso. Use-os com gratidão.
***
Desempenhar deveres materiais com serviço. Caso
contrário você estará limitando a si mesmo, a sua
consciência, o seu crescimento.
***
Quando você age no mundo, você não deve se
importar com os frutos dele, se eles são bons, tudo
bem. Se eles são ruins, ok. Não deveria importar
como isso acontece. Faça o que fizer, não tenha
apegos ou aversões e você transcenderá este
mundo.
***
A ação não causa escravidão, mas o sentimento de
autoria, sim. É a identificação errada de si mesmo
como o executor da ação que causa a escravidão.
***
Não importa o que façamos no mundo, desde que
nos lembremos do que somos.
***
Se o seu interesse é em Deus você deve falar
somente sobre Deus. Se alguém está no caminho,
nunca deve falar sobre nada além de Deus ou das
coisas necessárias para viver. Fora isso, os lábios
devem ser selados. Não falar sobre Deus o leva a
uma direção descendente. Sempre que você não
está falando sobre Deus, na verdade está falando
sobre o oposto.
 ***
Nada do que foi dito deveria incomodá-lo.
***
Qualquer coisa que te incomoda não está fora de
você. O incômodo está dentro de você.
***
A rebelião é melhor do que a incapacidade de se
rebelar. O melhor é a aceitação sem desejo de
rebelião.
***
A gratidão é um estado de muita alegria. Quer ser
sempre feliz? Mantenha um estado de gratidão.
***
Não tenha dúvidas e você pode fazer qualquer
coisa.
***
Não há dúvida quando você tem uma confiança
radical em Deus.
***
Não veja obstáculos e não haverá obstáculos.
***
Aquele que fica exultante necessariamente fica
desanimado.
***
Todos deveriam ser seus amigos. Temos que
alcançar a igualdade de espírito em relação a todos
os seres para alcançar o topo.
***
Nossa atitude deve ser a mesma em relação a toda
a vida.
***
Quase tudo o que fazemos diminui Deus.
***
Quando todos estão incluídos, ninguém está
iludido.
***
Há uma coisa que não podemos fazer: desistir de
nosso domínio. Nós apenas acreditamos
cegamente que podemos. Damos cegamente nosso
poder a outros para nos machucar.
***
Discutir boas e más ações é discutir se você deve
ser bom ou mau na ilusão. Perceba que não há
ilusão!
***
Quando a sua compreensão é suficientemente
elevada, você vê apenas confirmações da verdade
em tudo o que ouve, vê ou lê.
***
O isolamento não dá tranquilidade. A eliminação
do pensamento sim.
***
Fugir, afastando-se dos problemas, não é quietude.
Está escapando momentaneamente da perturbação
apenas para encontrá-la novamente.
***
A única quietude está dentro. Chegue ao lugar
onde ninguém nem nada pode incomodá-lo.
***
A maior compaixão é saber que nenhuma
compaixão é necessária.
***
A ação correta é completamente altruísta.
***
As duas melhores coisas que você pode fazer são
continuar a busca de “O que sou eu?” e não ser o
executor, mas a testemunha.
***
O maior ato é apenas ser.
***
O estado de ser é superior ao fazer, e o fazer é
superior ao ter.
***
Quanto mais você simplesmente é, mais você
percebe que você é o mundo, todos e todas as
coisas. Quanto mais ativo você for, mais limitado
estará pelo ato específico em que está envolvido.
Você é aquela personalidade envolvida nesse ato,
fazendo aquela coisa específica que é bastante
infinitesimal no reino do infinito! A maior ação
está no reino da inação, sendo o Todo. Um mestre
está ajudando todos os seres deste planeta. Ao ver
cada pessoa como um mestre, ele as apoia como
mestres. Portanto, ver e apoiar quase quatro
bilhões de pessoas como mestres é uma atividade e
tanto, não é?
 ***

Uma pessoa satisfeita não precisa de ação. Quem

não está contente deve fazer.

***

Na Realidade, não há nada a ser feito, nada a ser

alcançado. Se você consegue perceber isso, você
conseguiu!

***

O melhor comportamento é aquele que está de

acordo com a forma como um mestre agiria, o
desapego, ver todos como iguais, ser a testemunha,
não ser o executor. Mantenha o estado que é
natural no estado realizado!

***

Seja o que você realmente é! Seja você mesmo!

***

Você pode ser, - quando não há esforço!

***

Todo comportamento deve ser aquele que é

característico do estado sem ego ou do estado do
Ser: imutabilidade, igualdade de espírito; vendo
apenas o Ser, vendo apenas a perfeição; ter a
mesma atitude em relação à boa e à má sorte,
identificar-se com todos, ser indiferente ao elogio
ou à censura; tendo alegria apenas em si mesmo,
tendo completa passividade, completa humildade;
não sendo o executor, tendo ausência de desejo,
desapego, desapego, tolerância.

***
SESSÃO 22
As duas melhores coisas que você pode fazer são
continuar a busca de “O que sou eu?” e não ser o
executor, mas uma testemunha.
***
O maior ato é apenas ser.
***
O estado de ser é superior ao fazer, e o fazer é
superior ao ter.
***
Quanto mais você simplesmente é, mais você
percebe que você é o mundo, todos e todas as
coisas. Quanto mais ativo você for, mais limitado
estará pelo ato específico em que está envolvido.
Você é aquela personalidade envolvida nesse ato,
fazendo aquela coisa específica que é bastante
infinitesimal no reino do infinito! A maior ação
está no reino da inação, sendo o Todo. Um mestre
está ajudando todos os seres deste planeta. Ao ver
cada pessoa como um mestre, ele as apoia como
mestres. Portanto, ver e apoiar quase quatro
bilhões de pessoas como mestres é uma atividade e
tanto, não é?
***
Uma pessoa satisfeita não precisa de ação. Quem
não está contente deve fazer.
***
Na Realidade, não há nada a ser feito, nada a ser
feito. Se você conseguir perceber isso, você
conseguiu!
***
O melhor comportamento é aquele que está de
acordo com a forma como um mestre agiria, o
desapego, ver todos como iguais, ser a testemunha,
não ser o executor. Mantenha o estado que é
natural no estado realizado!
***
Seja o que você realmente é! Seja você mesmo!
***
Você pode ser, - quando não há esforço!
***
Todo comportamento deve ser aquele que é
característico do estado sem ego ou do estado do
Ser: imutabilidade, igualdade de espírito; vendo
apenas o Ser, vendo apenas a perfeição; ter a
O MUNDO
mesma atitude em relação à boa e à má sorte,
identificar-se com todos, ser indiferente ao elogio
ou à censura; tendo alegria apenas em si mesmo,
tendo completa passividade, completa humildade;
não sendo o executor, tendo ausência de desejo,
desapego, desapego, tolerância.
***
Aceitar as ideias limitadas das pessoas sobre o
mundo é prejudicar o mundo (e você mesmo).
***
Aceitar as limitações mundanas acrescenta sua
força a elas, ao validá-las.
***
A educação hoje é uma deseducação. Aprendemos
limitação e ilusão. As coisas mais importantes não
são ensinadas. As faculdades não oferecem cursos
sobre os assuntos mais importantes: felicidade e
amor, e o próprio princípio da vida.
***
O que chamamos de conhecimento no mundo é
ignorância. Tudo o que o homem está tentando
aprender está em constante mudança e, portanto,
tudo está incorreto. Aquilo que é verdadeiro nunca
muda. O conhecimento do seu Eu requer
abandonar todo o conhecimento do mundo.
***
As autoridades mundiais são geralmente aquelas
que não sabem.
***
Quanto mais multiplexado for, mais multiplexado
será o mundo.
***
Quando queremos mudar o mundo, é o ego
brincando de Deus.
***
As pessoas definem a vibração de um lugar.
***
O mundo inteiro está se debatendo, correndo,
rangendo, cortando e cortando, o que no final
resulta em cinzas.
***
A exclusividade é uma praga para o mundo. A
unidade é a sua salvação.
 ***
Você não pode excluir nem mesmo um por cento
das pessoas deste mundo e alcançar a Realização.
***
Uma pessoa frustrada é aquela que tenta fazer e
realizar as coisas sozinha, em vez de deixar que as
forças do Infinito o façam.
***
A verdadeira história do mundo não é uma série de
datas, batalhas e eventos. É a história contínua de
seu crescimento espiritual. Algum dia a história
deste mundo será reescrita corretamente por um
Mestre, mas não até que o mundo o queira.
***
A clarividência e a TV são semelhantes, exceto
que a clarividência está numa frequência muito
mais alta.
***
As pessoas são como cães com um dono mau. Não
importa o quanto o mundo nos vença, continuamos
voltando para mais.
***
O mundo tem momentos de prazer com muito
mais dor entre eles.
***
Perseguir a alegria no mundo é algo extremamente
frustrante. Alguém alcançou plena satisfação neste
mundo?
***
Nunca deixe ninguém saber ou conte a ninguém
suas fraquezas. As pessoas nos aceitam de acordo
com nossos próprios valores e suas mentes vão
trabalhar para apoiar os conceitos.
***
Nossa visão do mundo é nossa. Ninguém vê este
mundo como qualquer outro o vê.
***
Se o mundo te puxa para baixo é porque você tem
a negatividade dele dentro de você.
***
O clima é causado pela consciência total de todas
as pessoas.
***
O mundo te vence até você conhecer o seu Eu.
***
Não existe um mundo bom. É a limitação
extremista que o homem pode impor a si mesmo.
É o inferno mais infernal em que ele pode viver.
***
O mundo é um grande cemitério. Tudo nele morre
ou se desintegra.
***
Se o mundo é real para você, você está o tempo
todo validando o ego.
***
Todo conhecimento do mundo é conhecimento de
ilusão e deve ser abandonado para a Realização.
***
O maior prazer do mundo é uma ninharia
comparado ao seu estado natural e inerente de
alegria.
***
Quanto mais real o mundo, maior a miséria.
Quanto mais real for o Eu, maior será a alegria.
***
Há muito mais neste mundo do que aparenta aos
olhos físicos. Aquilo que o olho vê é o mínimo.
***
O mundo é apenas Deus cortado em pequenos
nadas.
***
O mundo é uma longa miséria quando visto como
mundo, mas uma alegria eterna quando visto como
o seu Eu.
***
O mundo só é poderoso porque temos o hábito
dele há muito, muito tempo.
***
O progresso no mundo nos eleva das agonias
físicas para as agonias mentais. O mundo é uma
armadilha, tentando prender o infinito na finitude,
uma impossibilidade!
***
A verdadeira visão deste mundo é uma alegria
intensa. A visão ilusória é miséria. Veja o mundo
corretamente e não tenha nada além de alegria!
 ***
A Perfeição Absoluta está acima da perfeição do
mundo.
***
O único mundo bom é um mundo transcendido.
***
Quando você tira sua atenção do mundo, você
pode ver o que você é.
***
Se você não sabe que o mundo está dentro de
você, como poderá abandoná-lo? Se o mundo
existe, o que você pode fazer a respeito?
***
Qualquer prazer no mundo é uma satisfação
momentânea do ego.
***
O mundo é uma limitação, não importa o quão alto
você vá, até que você veja a verdade dele.
***
As pessoas que têm compreensão espiritual
suficiente não precisam de leis, não precisam de
parlamentos.
***
A única maneira de conseguir uma boa sociedade é
fazer com que os indivíduos que a compõem sejam
bons.
***
Toda a legislação visa controlar os atos resultantes
do egoísmo. Quando todos são altruístas, nenhuma
lei é necessária.
***
Num futuro não muito distante, o presidente será a
pessoa espiritual mais elevada do país, o vice-
presidente será o segundo mais elevado e assim
por diante.
***
O mundo como mundo é uma longa tristeza. O
mundo como Eu é uma alegria constante.
***
Mundo é igual a miséria. Eu é igual a alegria. A
causa da miséria é que você pensa que o mundo é
real. A causa da alegria é saber que o Ser é real.
***
No mundo, procuramos conhecer a verdade sobre
o mundo tal como o vemos. Isso equivale a querer
ver a verdade sobre uma mentira. Não há verdade,
nem imutabilidade que possa ser encontrada no
mundo. Somente dentro do nosso Eu podemos
encontrar a verdade do mundo.
Deveria ser óbvio que, com todo o tremendo
aumento no conhecimento do mundo adquirido
nos últimos 25 anos, o homem tornou-se menos
feliz em vez de mais feliz. Qualquer conhecimento
que não seja o conhecimento de si mesmo não é
conhecimento correto. É por causa do acima
exposto que as nossas autoridades de hoje têm
mentes confusas e estão constantemente a mudar
os seus conhecimentos e teorias. Algum dia eles
descobrirão que estão cerca de 90% errados.
Somente aquele que conhece o seu Eu pode estar
correto no conhecimento do mundo. Ele pode
mudar de 90% para 0%.
***
O mundo é uma peça lúdica. Você escreveu, em
sua mente imaginativa, o roteiro, os atos e os
atores, e você mesmo como um dos atores.
Reconheça isso e permaneça em sua autoria.
***
A limitação do infinito dá a aparência de matéria e
energia.
***
Você tem que dominar o mundo; caso contrário,
ele dominará você.
***
Se há alguma coisa no mundo de que gostamos ou
não gostamos, ela domina sobre nós.
***
Use o mundo para transcender o mundo. Observe
seus apegos e aversões a isso e abandone-os.
***
Não ver o mundo como ele é, é uma aversão a ele.
***
Você tem que começar a dominar o mundo porque
está convencido de que o mundo domina você.
Você deve ver que é você quem determina isso.
Isso faz com que você domine isso. O próximo
passo é tornar-se mestre de sua mente e então você
será um Mestre. (É uma sensação agradável
quando você começa a dominar o mundo, não é?)
***
O mundo é um tremendo ímã.
***
Primeiramente, você tem que deixar de querer o
mundo e querer o seu Eu.
***
Você não precisa estar sujeito a nada porque você é
dono de tudo.
***
A verdade é que criamos as estrelas e os planetas.
O importante é executá-los. Não deixe que eles
controlem você.
***
Observe a influência da Terra sobre você e
desfaça-a.
***
Em vez de ficar automaticamente preso ao mundo,
mantenha a vigilância para lembrar o seu
verdadeiro Eu.
***
O mundo é um lugar muito bom para um
crescimento rápido porque o seu ego é apresentado
a você toda vez que você fala com alguém ou
alguém fala com você. Diariamente, observe as
motivações do seu ego e deixe-as ir!
***
Cada ato no mundo é motivado pelo seu ego, até
que, é claro, não exista mais ego. Então a ação
prossegue sem ego.
***
Depois que você queimar o suficiente da mente, o
mundo não o prenderá.
***
Há uma realização imediata do Ser no momento
em que se vê a irrealidade do mundo.
***
Quando o olho vê o mundo como “eu”, isso é
Realização.
***
Agora você vê o mundo como uma variedade
muito variada. Quando você vê a substância
singular logo atrás dela, você vê a realidade dela.
Vendo a realidade, você verá a singularidade como
o Eu, – o seu Eu.
***
Quando você vê o Ser, o mundo não desaparece;
sua visão sobre isso muda. Não será como é agora.
Você verá isso como seu Eu.
***
A única razão pela qual as pessoas não alcançam a
Realização é que elas têm mais desejo pelo mundo
do que pela Realização.
***
É a crença de que o mundo é real a causa da
dificuldade de alguém em manter afastados os
pensamentos habituais. Se não fosse por essa
crença, a realização do seu Eu seria fácil. E esta é a
sua principal dificuldade – esta crença de que o
corpo, a mente e o mundo são reais.
***
Nossos prazeres devem ser adquiridos diretamente,
e não atribuídos a coisas externas a nós.
***
Procurar alegria no mundo torna a Realização
impossível. A fonte dessa alegria é você, e ela não
está fora de você.
***
Somente o desejo por este mundo nos mantém no
mundo.
***
Você está causando tudo ao seu redor, mesmo
quando outra pessoa parece estar fazendo isso.
Quando você perceber isso, você assumirá a
responsabilidade por tudo.
***
Se você não gosta do mundo, mude sua
consciência. Isso é tudo que existe (sua
consciência) e é a única coisa que você pode
mudar, a única coisa que você deveria tentar
mudar. Torne o mundo perfeito aperfeiçoando sua
consciência e tudo será perfeito.
***
A Verdade do mundo está logo atrás do que você
vê agora.
***
Declare sua maestria em vez de ser uma vítima.
***
O mundo inteiro é apenas um mero pensamento,
pense nisso!
 ***

Eu e o mundo, o que vê e o que é visto, surgem

simultaneamente, concomitantemente, co-
dependentemente, e necessariamente existimos
coexistentemente. A criação é instantânea com o
criador. Perceba isso. Não existe mundo sem quem
o vê. Perceba o vidente, dentro de quem a
aparência, o mundo, foi imaginada. A realidade
então é apenas o Vidente.

***
SESSÃO 23 UM CORPO PERFEITO

Devemos tentar alcançar um corpo perfeito? Eu está em nós. Nossa maior limitação é: “Eu sou
diria que sim, definitivamente sim, se você não este corpo”. O corpo não é apenas uma
conseguir. limitação, mas também estão associadas a ele
centenas de outras limitações. Assim, embora no
P: Se você não puder fazer isso? início eu corrigisse instantaneamente as
Lester: Sim. imperfeições do corpo, agora prefiro não corrigir
o corpo, mas que ele não me toque, nem um
P: Isso é uma contradição!
pouco, independentemente do que esteja
Lester: Não. Mude sua incapacidade para ser acontecendo com ele. Isso é algo que comecei há
capaz. Se você não consegue aperfeiçoar o três ou quatro anos.
corpo, deveria aprender a fazê-lo. Embora
Posso lhe dizer o que acontece quando você não
devamos ser capazes de aperfeiçoar o corpo, uma
se identifica com o corpo. Eu estava pensando na
vez que somos capazes de fazer isso, então é
vez em que estava carregando árvores para lenha
melhor deixar o corpo ser como está, saudável
em um caminhão e uma árvore não funcionou.
ou doente, e não ser afetado por ele. Quando
Eu disse: “Vou fazer isso funcionar”, e dei um
alguém tem compreensão suficiente, não importa
empurrão tremendo enquanto estava com o
o que aconteça com o corpo, tudo será igual para
ombro encostado no tronco de uma árvore. A
ele.
árvore continuou e eu deslizei um disco na parte
Eu dei a você uma abordagem geral e agora irei inferior da coluna. O incidente é que este foi
abordá-la com mais detalhes. Se queremos um terrivelmente doloroso. Imediatamente quase
corpo perfeito e não temos um corpo perfeito, desmaiei de dor. Então eu disse: "Lester: não
significa que não temos a convicção de que seja o corpo."
tornamos o corpo perfeito. Significa que
Agora, o que acontece é que o corpo não me
subconscientemente mantemos em nossa mente a
incomoda se eu não for o corpo. Eu tinha
consciência de um corpo imperfeito. O corpo é
consciência de que havia uma dor, mas era como
uma cópia exata da mente, sendo o corpo apenas
uma dor fraca e distante e não me incomodava.
a nossa consciência projetada externamente.
Eu poderia carregar imediatamente outras
Devemos mudar nosso pensamento
árvores. O corpo agia como se não fosse
subconsciente até que tenhamos a convicção
imperfeito.
subconsciente de que nosso corpo é perfeito. Isso
bastará. Já fiz isso outras vezes. Uma vez torci um
tornozelo e ele inchou. Isso também é doloroso,
Agora, é necessário ter um corpo perfeito? Não
e quando não me identifiquei com o corpo, saí
não é. Porém, é necessário ter um entendimento
andando como se o pé fosse perfeito e ainda
perfeito. Para entender isso, se você não
assim houvesse uma torção no tornozelo.
consegue ter um corpo perfeito, aprenda a torná-
Quando eu tinha aquela hérnia de disco, eu
lo perfeito. Quando puder, vá além da
acordava de manhã e, esquecendo, não ficava
necessidade de um corpo perfeito, obtendo a
imediatamente sem o corpo e a dor era forte.
compreensão espiritual de “Eu não sou o corpo”
Para sair da cama eu teria que cair de quatro.
e “O corpo não me afeta”. Este é um estado
Lembro-me de fazer isso nos primeiros dois dias.
muito mais elevado. Na verdade, este é um dos
Então eu balançava a cabeça e dizia: “Uau, o que
estados mais elevados para poder manter a
é isso!” Reconhecendo a situação, eu dizia: “Oh,
equanimidade, independentemente do que esteja
eu não sou o corpo”, então me levantava e
acontecendo com o corpo!
passava o dia como se o corpo estivesse bem. e o
Este corpo não é infinito. É um veículo corpo poderia fazer qualquer coisa e tudo; e
extremamente limitado e muito, muito delicado. ainda assim, havia uma dor fraca e distante que
Mude a temperatura interna em 12 graus e ele eu sabia que estava lá, mas que não me
morre. Coloque pequenas quantidades de incomodava. Agora, esse tipo de disciplina é
produtos químicos (venenos) nele e ele morre. excelente se for possível fazê-lo. Não seja o
Corte o oxigênio e ele morre. Portanto, esta corpo!
carroceria é um veículo extremamente limitado.
P: Não seria muito mais simples simplesmente
É muito melhor não ser o corpo físico, ser o que
dizer: “O corpo é perfeito” e então ter um corpo
você realmente é, e sair do medo da morte, o
perfeito? Afinal, você controla seu corpo, por
medo básico por trás de todos os outros medos.
que sentir dor ou desconforto ao sair da cama?
A disciplina de ter um corpo imperfeito e não
Lester: Bem, quando saí da cama estava me
permitir que isso o incomode é uma disciplina
identificando com o corpo; é por isso que doeu
espiritual muito elevada. Muitos mestres
tanto. Mas no momento em que não o fiz, tudo
plenamente realizados passam a vida com um
ficou bem. Eu me levantaria e o corpo faria
corpo doente, dando um exemplo de não ênfase
qualquer coisa. Agora, este é um teste de seu
no corpo, porque o corpo é uma jaula de
conhecimento espiritual. Isso é muito maior. Isso
limitação. Não estamos no corpo, mas o corpo
não é ser o corpo.
Q; Como pode o corpo ser imperfeito quando
você disse antes que seu corpo é um reflexo da
sua mentalidade, e se você sabe que só existe
perfeição, como pode ter um corpo imperfeito?
Lester: No começo me identifiquei com o corpo
e depois de alguns minutos não. Você quer que
eu desça um degrau? Ou você quer que eu fique
onde estou?
P: Tudo bem, vá em frente e fique onde está.
Lester: Um corpo perfeito não é o estado mais
elevado. Um corpo é uma limitação mesmo
quando é perfeito. É um corpo perfeito. Ainda é
um corpo, mas perfeito. Um estado superior não
é ser o corpo, mas ser o Todo. Ah, você está
balançando a cabeça agora. Eu respondi?
P: Estou começando a entender o que você quer
dizer.
Lester: Então, novamente, é uma questão de
nível, mas como estamos agora em um nível alto,
quero continuar lá. Não seja o corpo! Seja o que
você realmente é! Seja infinito! Seja o Tudo! A
perfeição não é um corpo perfeito. Perfeição é
perfeição absoluta. Embora você tenha a
tendência de reduzi-lo a coisas perfeitas, a
perfeição não se relaciona com as coisas. Nada é
perfeito. Cada coisa é limitada, confinada à
forma e ao espaço. Portanto, o estado superior, o
absoluto, é um estado de não-coisas. É apenas
existência, ou pura consciência, pura
consciência. Isso não é ser um corpo, uma coisa.
É apenas ser. Então, resumindo, é claro que
deveríamos ter corpos perfeitos! Se tivermos
corpos que chamam a nossa atenção o tempo
todo, é difícil buscar a Verdade. Portanto, livre-
se das demandas do corpo. Deixe o corpo o mais
perfeito possível; entretanto, é um estado
superior quando o corpo não nos afeta por não
nos identificarmos com o corpo.
Está claro agora esses dois aspectos diferentes do
corpo? É ótimo fazer um corpo perfeito. É muito
melhor não ser o corpo.
P: Veja, é muito difícil para mim ser estado de
ser ou consciência sem ser algo ou estar
consciente de algo. Lester: Você e a maioria de
nós. Mas o estado superior é apenas existência,
apenas existência, ou consciência, apenas
consciência. É a consciência consciente de toda
consciência. É o ser sendo todo o ser. E
consciência e existência significam a mesma
coisa no topo.
P: Bem, não podemos aproveitar a limitação
naquele momento?
Lester: Você pode. Você pode, se quiser, mas
essa não é a alegria final. Se você quer mais
alegria, não aproveite a coisa, seja alegria! A
felicidade é o nosso estado inerente natural. Nós
somos o Tudo.
Criamos artificialmente uma falta e depois um
desejo de aliviar essa falta, que, quando essa
falta é desfeita, nos sentimos melhor. É como
enfiar um alfinete em você. Dói e você tira e diz:
“Nossa, isso é bom”. Isso é exatamente o que é
desfrutar das coisas e das pessoas. Nós nos
machucamos ao criar uma falta e depois
removemos a falta, a dor, e dizemos: "Puxa, isso
é bom. Isso me faz feliz."
Cada vez que você sente felicidade, você sente
apenas o seu verdadeiro Eu, mais ou menos.
Quanto mais feliz, mais você sente o seu
verdadeiro Eu. E você erroneamente atribui isso
a coisas e pessoas fora de você.
O mecanismo disso é este: quando você cria a
falta, você inicia pensamentos de que preciso
dessa pessoa, dessa coisa, para me fazer feliz.
Isso causa um pouco de dor, uma necessidade,
uma falta, que quando você se liberta desse
pensamento de falta você volta a ser o seu Eu e
isso é o que chamamos de felicidade. Isso é algo
muito grande de ser alcançado: ver que a sua
felicidade é inerente. Aquilo que vocês chamam
de felicidade é acabar com a felicidade e depois
restaurá-la e atribuí-la erroneamente a pessoas e
coisas externas.
Então, se você quer curtir um corpo, esse é um
privilégio seu. Se você quer mais alegria, não
desfrute do corpo, apenas seja alegria, o que
você naturalmente é. Esse é o estado natural.
Não é necessário precisar das coisas. Quando
você vê que você é o Todo, não falta nada.
Então, leve a sua alegria diretamente, seja você
mesmo. Isso é ser uma alegria infinita.
P: Agora desça e discuta suas experiências de
mudança de corpo porque, na verdade, muitos de
nós estamos em uma área onde não entendemos
muito bem isso. Ou vamos falar sobre mim, não
sobre “nós”.
Lester: OK. O que aconteceu comigo foi que vi
que há tanta vida neste corpo quanto num pedaço
de madeira. É composto de carboidratos e
minerais, os mesmos produtos químicos de um
pedaço de madeira; que a única vida neste corpo
sou eu. Eu coloco a vida no corpo. Vi que o
corpo é minha consciência e minha consciência
coloca vida nele. Quando você vê que você faz o
corpo, então você pode mudá-lo. Você pode
mudar isso mentalmente.
Agora, o corpo que temos agora é a educação
acumulada, corporalmente, que reunimos até
hoje. Este é o meu conceito de corpo. Esse é o
seu conceito do seu corpo. Está profundamente
subconsciente agora. É por isso que é difícil
mudar o corpo. Para aperfeiçoá-lo é necessário
abandonar todos esses conceitos passados de
imperfeição do corpo, aparentemente impossível.
Esta, porém, é a forma negativa de fazer isso,
isto é, de eliminar os conceitos negativos de
imperfeição. É um caminho difícil.
Depois, há a melhor maneira, a maneira positiva
de colocar o que deveria estar ali, uma imagem
de um corpo perfeito em sua mente. Agora, esta
imagem do corpo perfeito deve ser apresentada
com força de vontade, mais poderosa do que a
soma total de todas as imagens do passado de um
corpo imperfeito. Você deve imaginar a imagem
de um corpo perfeito com um pensamento que
seja mais forte do que todos os pensamentos
passados. Isso faz sentido? Esta é a mecânica
disso.
Tudo bem, agora o que é um pensamento
poderoso? Um pensamento poderoso é um
pensamento concentrado. Quanto mais
concentrado, mais poderoso é o pensamento. Um
pensamento concentrado é um pensamento sem
outros pensamentos estranhos presentes no
momento. A melhor maneira de obter um
pensamento muito poderoso é abandonar o seu
eu, o seu pequeno eu; deixe de lado a sensação
de que tenho isso e aquilo. Então diga. “Sim, só
existe perfeição, e isso inclui este corpo.” Deixe
o mundo de lado; deixe de lado o seu
pensamento, pois sua mente é o seu maior
obstáculo. Sua mente está ativa o tempo todo,
esteja você consciente disso ou não. Quando
você não está consciente disso, isso acontece
inconscientemente. Você se treinou para pensar,
pensar, pensar. Você está com a mente girando
com todos esses pensamentos. Você deu muita
importância a esse pensamento. A importância
disso também é subconsciente, por isso não é
fácil abandonar a importância de pensar. E isso é
um obstáculo à sua concentração.
Se você pudesse deixar de pensar e, com apenas
um pensamento fácil, sem nenhum outro
pensamento por perto, pensar "Eu sou perfeito",
você teria instantaneamente um corpo perfeito.
Será necessária uma tentativa contínua até
conseguir. Um pensamento quase sem esforço é
a forma como ele é efetuado porque sua mente
está quieta no momento. E você pode nem estar
ciente disso quando isso acontece. Você pode
ficar ciente disso mais tarde.
Acabei de me lembrar do caso de um homem
que esteve numa cadeira de rodas durante muitos
anos, creio que dez. Sua casa pegou fogo e ele
fez duas malas, saiu correndo de casa e sentou-se
nelas. Foi depois de se sentar nas sacolas que
percebeu o que havia feito. Ele havia esquecido
que não conseguia andar. Veja, quando isso
acontece, você está aceitando tanto o positivo
que o negativo é esquecido por enquanto.
Resumindo, o que afetará um corpo perfeito é
uma convicção muito forte de “Meu corpo é
perfeito”. Dizendo de outra forma, é um
pensamento concentrado, que é um pensamento
que não é perturbado por outros pensamentos no
momento. E a sensação é uma sensação de
desapego. Você simplesmente deixa ir e deixa a
perfeição acontecer.
P: Bem, então o que você realmente está dizendo
é que quando você vê toda a perfeição, seus
pensamentos estão tão baseados na perfeição que
seu corpo automaticamente assume essa
perfeição.
Lester: Sim, se você vê toda a perfeição, então
tudo é absolutamente perfeito, tudo.
P: Então você não pode ter um corpo imperfeito.
Lester: Certo.
P: E sendo isso muito, muito pacífico, se você
entrar na medicina psicossomática, eles afirmam
que as dificuldades do corpo são causadas por
turbulências na mente. E se estes forem
acalmados, então o corpo poderá ser corrigido
sem qualquer reflexão sobre isso.
Lester: Sim, se você aquietar a mente
subconsciente. Veja, o corpo está funcionando
em um piloto automático. Tudo o que acontece
no corpo, fazemos de forma subconsciente,
automaticamente. Então, você tem que endireitar
o pensamento subconsciente.
P: Quando você estava em Nova York e realizou
muitas coisas, você fez isso sistematicamente?
Você acabou de ver a perfeição completamente
ou percebeu o poder da sua mente? Exatamente
que método você usou?
Lester: Bem, quando fiz isso, foi quase como um
subproduto. Sentei-me com a determinação de
obter as respostas para "Quem sou eu, o que sou?
O que é este mundo? Qual é a minha relação
com ele?" No processo em que vi a Perfeição e
que este universo, incluindo este corpo, era um
produto da minha consciência, do meu
pensamento. Portanto, imaginei o corpo como
perfeito e instantaneamente ele o foi. As úlceras,
a icterícia, os problemas coronários e outras
imperfeições desapareceram. Foi muito fácil. Foi
como um pensamento quase sem esforço.
Existem diferentes níveis de cura do corpo.
Espiritualmente, é instantâneo. Só existe
perfeição e isso é tudo que existe e é instantâneo.
Mentalmente, isso é feito de forma instantânea a
muito rápida, em dias ou semanas, dependendo
do seu conceito mental de quão rápido você pode
fazer isso.
P: Quando você usa a palavra “corpo”, ela
também inclui todo o nosso ambiente, não é?
Não há realmente nenhuma diferença entre nosso
corpo e nosso ambiente.
Lester: Isso é verdade no sentido de que é toda a
nossa consciência, mas estou falando
especificamente do corpo porque estamos
falando sobre isso. Na verdade, todo o mundo
material e o corpo são muito semelhantes na
criação.
Eles são a projeção física de nossa mente.
Eu respondi todas as suas perguntas sobre isso?
Veja, não ajuda muito quando eu lhe conto o que
fiz. Você tem que fazer do seu jeito. E, a meu
ver, o seu caminho é superar o pensamento
corporal errado acumulado no passado. Agora,
isso é uma herança de uma vida anterior. É assim
que isso está profundamente enraizado em você.
Se você conseguir aperfeiçoá-lo, ótimo. Se não
puder, não faça disso um grande problema,
porque é melhor conviver com isso e não ser
isso. Obtenha sua compreensão espiritual. Isso é
muito mais importante.
O que há de tão bom no melhor dos corpos? Eles
decaem mais cedo ou mais tarde. O melhor dos
corpos fica terrivelmente fedorento, mais cedo
ou mais tarde, quando começa a se decompor.
Então, qual é a grande coisa sobre os corpos?
Aproxime-se de um ponto mais alto.
P: Pelo que entendi, se eu tivesse um senso de
perfeição, que incluiria meu corpo, o corpo não
poderia ser imperfeito.
Lester: Isso mesmo. Pegue! E quando você
consegue isso, não só o corpo, mas tudo fica
perfeito, o que é muito melhor do que ter apenas
um corpo perfeito. Então você tem todo o
universo perfeito e esse é um estado muito,
muito elevado. Ver a perfeição onde a
imperfeição parece estar é o estado mais elevado.
***
Esta sessão foi gravada em Sedona, em 31 de
outubro de 1964.
SESSÃO 24 O CRESCIMENTO PODER SER TODOS OS DIAS

A maioria de vocês não percebe que todos os dois métodos acima para sair dela
dias são apresentadas oportunidades permanentemente.
maravilhosas para dar passos importantes em seu ***
crescimento. Se você olhasse e visse isso, a Meta Toda infelicidade é causada pela nossa tentativa
que parece tão difícil e ilusória logo estaria em de sermos limitados, um ego. Quanto mais
sua posse. Desperte para este fato e acabe com as somos nós mesmos, mais felizes seremos. Nunca
misérias mundanas! seremos completamente felizes até que sejamos
Para fazer isso, você deve aceitar os completamente nós mesmos.
acontecimentos mundanos no que se refere a ***
você, seu meio de crescimento, até mesmo como
seu professor. Você deve observar todas as Por que perder tempo com entretenimento, fuga?
coisas desagradáveis; você deve enfrentá-los Buscar o entretenimento cada vez atrasa e afasta
diretamente com um olhar objetivo e deve um pouco mais a Meta. Somente um ser
procurar e encontrar sua causa. realizado e desapegado pode desfrutar das coisas
do mundo sem criar amarras e misérias.
O método deve ser uma ou ambas as abordagens.
Sempre que alguém ou alguma coisa o incomoda ***
e você fica infeliz, ou sempre que reage a alguém O que todos procuram no entretenimento é
ou alguma coisa, pergunte-se: “Como e onde eu escapar da miséria e da felicidade do Eu
causei isso?” Olhe dentro de sua mente para
***
encontrar o pensamento passado, agora
subconsciente, que causou o evento. Descubra o Fugir da miséria mantém você sempre infeliz.
pensamento originário em você e você
descobrirá seu domínio sobre o evento.
***
A segunda abordagem está mais prontamente
Os problemas são um lembrete constante de que
disponível para você. Cada vez que você reage
estamos na direção errada.
ou experimenta algo desagradável, é sempre por
causa de alguma motivação do ego. Pergunte a si ***
mesmo: “Qual é a motivação do meu ego Toda dor é basicamente uma dor de limitação do
(egoísta) por trás disso? O que nesta situação eu seu Eu.
quero que seja diferente do que é?” Quando você
descobrir, abandone-o e seja mais livre. Use suas ***
coisas desagradáveis diárias para crescer mais Uma pessoa não pode ser feliz se tiver
livre a cada dia. Quanto mais você fizer isso, ansiedades interiores. As ansiedades esperam
mais rápido e fácil será fazer. que aconteça aquilo que você não quer que
Um ou ambos os métodos acima irão libertá-lo e aconteça. Espere apenas aquilo que você deseja.
devolver-lhe a sua maestria em um tempo ***
relativamente curto. Crie o hábito de usar ambos, É a sensação do ego de ser um indivíduo
ou um ou outro, todos os dias. separado que é a fonte de todos os problemas.
*** ***
Sempre que estiver infeliz, não procure escapar Toda infelicidade é separação.
disso por meio de distração, fazendo outra coisa
ou buscando entretenimento. Esta é a pior coisa ***
que você pode fazer. Você nunca será capaz de Limitação e miséria são a mesma coisa.
abandonar ou eliminar a infelicidade. Descubra o
***
seu domínio do evento ou veja a motivação do
ego por trás da miséria e desfaça essa A miséria é causada quando um ser infinito tenta
infelicidade específica. Quase todos, quando ser um ser limitado.
infelizes, procuram uma fuga e chamam a fuga ***
ou o alívio da miséria de felicidade. Isso permite
que o padrão de infelicidade continue no futuro. Se, quando você está infeliz, você pensasse e
Adia indefinidamente o tempo em que será sentisse o oposto, isso é o que você faria.
necessário eliminar a infelicidade. A fuga é o ***
pior paliativo do mundo, pior que as drogas. Miséria é complexidade. A felicidade é
Cada fuga é uma completa perda de tempo e uma simplicidade.
continuação e apego à miséria. Quanto mais você
sente miséria, mais profundamente ela se torna ***
arraigada. Portanto, não se deve escapar nem Se você vê miséria, é a sua miséria. Quando você
permanecer na miséria, mas sim usar um dos vê a perfeição onde parece estar a aparente
imperfeição, a miséria é apenas uma aparência.
Quanto mais infeliz você fica, menos deve
procurar uma fuga (socialização,
entretenimento). Em vez disso, isole-se até ver e
abandonar a razão disso, ou entrar em seu
verdadeiro Eu. Nunca abandone, através da fuga
da miséria, uma boa oportunidade de crescer.
***
A miséria é apenas o chicote que montamos para
nos levar à felicidade.
***
Quanto mais nos afastamos do nosso Eu, mais
infelizes nos tornamos, até que finalmente
ficamos tão infelizes que não aguentamos mais e
então começamos a voltar para o nosso Eu.
***
Você cria uma mentira quando diz “eu não
tenho”, e isso dá início à infelicidade de não ter.
***
Sempre que você se sente infeliz, você está
habitando no seu ego. Apenas estar infeliz deve
ser um realinhador para você. Diga: “Aqui estou
na direção errada”. Então mude e você será feliz
novamente.
***
Qualquer um pode se sentir feliz; qualquer um
pode se sentir infeliz. Você não precisa entender
o porquê, apenas mude!
***
Todo apego mundano é uma dedicação à miséria.
***
A miséria é o estabelecimento da limitação.
***
A miséria ocorre na medida em que pensamos
que somos limitados.
***
Todo prazer no mundo é acompanhado de uma
dor porque está associado a ele a sensação de
que esse prazer pode não ser sustentado no
futuro.
***
Você ativa seus sentimentos e, se receber o
crédito por eles, poderá desligá-los, ou seja,
controlá-los. No entanto, tome cuidado para não
suprimi-los.
***
Se você realmente vê a realidade de um
problema, ele está resolvido.
***
Você pode resolver qualquer problema aqui e
agora.
***
Todo problema é um problema de ego. Para
haver um problema é preciso haver uma
frustração do ego.
***
O martírio pode ser ego.
***
O sofrimento é o oposto da piedade.
***
O sofrimento não é espiritual.
***
Deus é alegria. O sofrimento é Satanás.
***
Quanto mais você sofre, mais você sofrerá.
***
O sofrimento se desenvolve karmicamente e leva
a mais sofrimento.
***
O sofrimento é bom quando leva você a Deus ou
a buscar o seu Eu.
***
Cada vez que você se sente infeliz, surge uma
excelente oportunidade para dar um grande passo
em frente.
***
Quanto menos permitimos que o nosso Eu seja,
mais miseráveis nos sentimos.
***
Sentir-se triste com alguma coisa é se apegar a
isso. Diga: "Isso é algo que preciso abandonar" e
imediatamente você se sentirá melhor.
***
Quando você está infeliz, não deve tentar escapar
disso. Fique quieto e interiorize-se até ver a
razão disso, ou melhor, seja você mesmo.
***
Se você assumir total responsabilidade por se
sentir mal, você se sentirá um mestre.
***
Cada vez que você se sente inquieto ou infeliz,
há um desejo do ego por trás disso. Se você
conseguir exibi-lo, você o soltará com uma
risada. É uma oportunidade de abandonar algo
que está controlando você. Procure o desejo
motivado pelo ego e quando você o vir, deixe-o
ir e imediatamente sinta-se mais leve e feliz.
***
Cada vez que você abandona o ego, você
experimenta alegria.
***
Descubra quem é o sofredor e ao descobrir isso
você encontrará toda a alegria.
***
Esta Sessão foi compilada a partir de várias
Sessões.
SESSÃO 25
Por que nos casamos? Por que temos filhos? O que
buscamos no casamento? Em crianças?
A resposta a todas estas perguntas é: Queremos a
maior felicidade. Acreditamos que casando e tendo
filhos seremos felizes. Se isso fosse verdade, todas
as pessoas casadas seriam felizes. Uma simples
olhada na nossa instituição do casamento desmente
isso.
Onde está a culpa? É no casamento? Não, a culpa
está dentro de nós. Olhamos erroneamente na
direção errada. Buscamos externamente a
felicidade fora de nós mesmos, nos outros. Nunca
encontraremos uma felicidade contínua sem
tristeza enquanto olharmos para os outros ou para
coisas fora de nós. Pessoa feliz é aquela que tira a
felicidade de dentro e é feliz, seja casado ou
solteiro.
Devemos casar ou não devemos casar? Essa é uma
questão discutível. Você fará exatamente o que
fará. Você predeterminou precisamente o que fará
neste ponto. Portanto, a questão importante deveria
ser: Como posso alcançar a felicidade última?
O casamento oferece uma excelente oportunidade
de crescimento e deve ser aproveitado. Somos
constantemente confrontados com situações em
que podemos aumentar o amor pela família. Todos
os dias devemos praticar o aumento do nosso
amor, usando todas as situações em que nos
encontramos em que não somos amorosos, com o
melhor de nossa capacidade, aumentando
conscientemente o nosso amor pelo outro até que
seja completamente altruísta. Quando alcançamos
o estado de amor altruísta, alcançamos a
Divindade.
***
P: Que coisa difícil é ser casado, Lester:?
Lester: Algumas pessoas acham isso muito fácil. A
dificuldade está em nós e não no casamento.
P: Tem um aspecto positivo, não tem? Não há
libertação do egoísmo?
Lester: Sim. O casamento deve nos ensinar
altruísmo.
P: Então, dessa forma, há um passo positivo se for
tratado corretamente. Ensina o amor por uma
pessoa, portanto você pode ampliá-lo na família e
depois para uma unidade maior. Isso não é
verdade?
Lester: Sim. É um passo positivo em que você se
envolve em uma situação na qual pode aprender a
RELAÇÕES FAMILIARES
não ser possessivo. É um passo muito positivo
nessa direção. O que procuramos em um
companheiro é aquilo chamado amor. O amor é
esse Ser que somos. Amor é Deus. Procurando por
isso em um companheiro, nunca o encontramos.
Contudo, se alguém é casado, deve
definitivamente amar seu cônjuge tanto quanto
possível. Quando aprendemos a amar um cônjuge
de maneira adequada, podemos amar os outros de
maneira adequada.Quando percebemos o que é o
amor e o que realmente buscamos, paramos de
buscá-lo externamente em um cônjuge ou no
mundo, e o buscamos internamente. O melhor
casamento é casar com Deus. Você poderia
conseguir um companheiro melhor?
P: Deveríamos nos casar?
Lester: Eu não falo contra o casamento; Eu não
falo por isso. Eu quero que você tenha o que
deseja para si mesmo. Uma pessoa casada pode
encontrar Deus, mas tem mais obstáculos do que
uma pessoa solteira. Uma única pessoa pode
concentrar-se mais facilmente no caminho. Uma
pessoa casada é obrigada a preocupar-se com o
cônjuge e os filhos, se houver filhos. Agora, a
maioria das pessoas que dizem. “Vou me casar e
continuar no caminho”, quase invariavelmente
ficam tão envolvidos no casamento que não têm
tempo nem inclinação para seguir o caminho.
Então, nesse sentido é um obstáculo.
P: A menos que você se case com alguém que
também esteja procurando por isso, não seria uma
coisa muito difícil?
Lester: Sim. A melhor situação no casamento seria
ajudar o outro a obter a Realização. Case-se
apenas para ajudar o outro a conhecer Deus
plenamente. Essa deveria ser a base do casamento.
E o outro deve fazer o mesmo por você. Deveria
ser mútuo.
P: Deveria realmente ser um estado espiritual, não
um estado possessivo?
Lester: Amar é libertar o outro, não possuir. Isso
seria espiritual.
P: Qual a melhor forma de guiar as crianças no
caminho?
Lester: A melhor coisa que você pode fazer é dar o
exemplo. Essa é a melhor maneira de ensinar as
crianças, através do exemplo. Eles querem ser
como seus pais. Então sempre se trata de: Se você
quer ajudar seus filhos, você deve ajudar a si
mesmo. Então você descobrirá que não precisa
fazer nada conscientemente. Apenas sirva-se e
você os verá crescer com você.
P: Temos dois filhos e eles são muito diferentes.
Eles desejavam ser nossos filhos e nós os
desejávamos, certo?
Lester: Sim. Muitas vezes escolhemos pais que
tenham características semelhantes às nossas para
que possamos ter uma lição constante diante dos
nossos olhos. É por isso que às vezes achamos os
pais tão difíceis. Se há algo que vejo em você que
me irrita, é porque tenho isso em mim. Se eu não
tivesse isso em mim, não poderia nem ver em
você.
O fato de escolhermos pais com características
semelhantes às nossas é uma das razões pelas
quais as pessoas acreditam na hereditariedade.
(Herdamos apenas a nossa aparência física.) Cada
criança é diferente de todas as outras crianças.
Vocês, pais, sabem disso: cada um é um indivíduo
completamente diferente. E se o ambiente atual e a
hereditariedade tivessem algum efeito apreciável,
seriam muito semelhantes.
P: Ocorreu-me o pensamento de que uma criança
nasce completamente estranha aos pais. Eles não
sabem absolutamente nada sobre aquela criança.
Eles são estranhos e cabe a você fazer com que
eles amem você. É a quantidade de amor que
vocês derramam que induz a quantidade que eles
podem derramar, não é?
Lester: Sim, presumindo que nossas memórias
sejam cortadas e comecemos no início desta vida.
Mas eu tenho que dizer “Não”. se você pegar a
história antes desta vida. Continuamos nos
reagrupando. Apegos e aversões mútuas nos
mantêm unidos vida após vida. Um apego entre
dois indivíduos os unirá novamente. Ou uma
aversão fará a mesma coisa porque uma aversão é
uma retenção através da retenção. O apego os
prende a você; uma aversão os mantém longe de
você. Mas você os está segurando.
P: Lester: como pai, estou amando a carne ou
amando o espírito dos filhos?
Lester: Você basicamente está amando seu próprio
ego.
P: Porque eles são parte de mim.
Lester: Sim. Você fez isso. Você os criou. Você fez
uma coisa tremenda. E você quer que eles sejam
um bom exemplo para você. Ver? Agora, se
amamos os nossos filhos, nós os libertamos; nós
permitimos que cresçam, floresçam e surjam como
uma flor. Não tentamos cercá-los. Nós os
libertamos, os guiamos e os amamos, desapegados
deles, sabendo que são seres de Deus. Eles são tão
Deus quanto eu, é assim que você deveria se sentir.
Além disso, eles passarão pela vida do jeito que
planejaram. Mas você deve se esforçar para
libertá-los, para se sentir desapegado. Este é um
amor mais elevado do que um amor com apego.
P: Claro, como você diz, você precisa liderá-los.
Lester: Guie-os. E eles pedirão orientação se você
os libertar. Mas eles se ressentem de serem
dominados e ordenados da mesma forma que você,
da mesma forma que você fazia quando era
criança. Eles não gostam de receber ordens. Mas
eles querem aprender. Têm uma curiosidade
natural; eles vão perguntar a você. E se você puder
começar desde o início, libertando-os desde o
primeiro dia, criar um filho é uma das coisas mais
fáceis de fazer. Eles te seguirão. Mas quando você
começa a dizer-lhes desde o primeiro dia o que
fazer e o que não fazer, eles se comportam como
um adulto quando lhe dizem o que fazer e o que
não fazer. Ele se ressente disso. Ele se opõe a isso.
Então, padrões de oposição são estabelecidos e
quando eles conseguem andar por aí, eles já têm
esse padrão de oposição bem desenvolvido. É isso
que torna tão difícil criar os filhos.
Por causa de todo o nosso apego, tentamos orientá-
los e eles resistem. Fomos treinados dessa forma;
nós treinamos nossos filhos dessa maneira e eles
treinarão seus filhos dessa maneira e isso continua
indefinidamente.
O treinamento poderia ser realizado sem oposição
se começasse bem. Mostre-lhes as possibilidades,
as alternativas e deixe-os tomar as decisões. Então
eles trabalham com você desde o início e não
desenvolvem hábitos de oposição.
***
As famílias são reagrupamentos de pessoas que já
estiveram juntas antes. Amores fortes e ódios
fortes nos unem continuamente.
***
Nossa atitude para com os parentes deve ser a
mesma que para com todos os seres.
***
O primeiro lugar para praticar o amor é em casa,
com a família. Deveríamos tentar amar cada vez
mais a nossa família, concedendo-lhes o direito de
serem como são, cada vez mais.
***
É ótimo para o crescimento espiritual resolver o
relacionamento com os pais (mesmo que eles já
tenham falecido). Os pais apresentam excelentes
oportunidades de crescimento se e quando
tentarmos resolver as nossas diferenças até que
haja apenas um sentimento de amor sem apego.
***
A família é excelente para nos trazer à tona todo o
nosso comportamento automático reativo, porque é
aí que desenvolvemos a maior parte dele.
***
Dar amor altruísta a uma criança desenvolverá
amor altruísta naquela criança nesta vida e a
condicionará para uma vida muito feliz.
***
A principal coisa que uma criança quer de nós é
amor, e não podemos enganar uma criança. As
crianças conhecem os nossos sentimentos e é isso
que leem. Nós nos enganamos com palavras, mas
não os enganamos.
***
Quando os filhos são contrários é porque procuram
chamar a atenção dos pais. Nos primeiros anos isto
significava sobrevivência: se eu for aprovado pelos
meus pais, eles cuidarão de mim e eu, a criança
indefesa, não morrerei. Uma criança tenta ser boa
para obter aprovação e, se não for possível, torna-
se má e, dessa forma, chama a atenção. Essa
atenção subconscientemente implica aprovação.
Torna-se um padrão aberrado de comportamento.
***
Se você conseguir ver seus pais como eles
realmente são e depois amá-los como eles são,
você estará realizando um tremendo crescimento.
**
Você se comporta de maneira mais automática com
os pais. Você encontrará seus padrões de
comportamento parental aplicados ao mundo. Você
mantém os padrões de comportamento
automáticos estabelecidos antes dos seis anos de
idade pelo resto da vida (a menos, é claro, que
você os mude).
***
Normalize seu comportamento com seus pais e
familiares. Você tem que ver seus pais como eles
são e aceitá-los dessa forma. Nada deve ser
atribuído aos seus pais. Não importa o que eles
façam, você deve aceitar a responsabilidade pelo
que você é.
***
A não reação total aos pais está próxima da
realização.
***
Não importa como agimos, desde que o sentimento
interior seja amor. A atitude é mais importante que
o ato. Use isso com a família.
***
Se fôssemos capazes de amar desinteressadamente,
em vez de entrar em conflito com os filhos,
haveria harmonia completa. Mas é apenas porque
perdemos de vista o que é o amor altruísta que nos
encontramos nesta dificuldade de oposição entre
pais e filhos.
***
Os pais querem fazer o que é errado e ainda
querem que os filhos façam o que é certo. Isto faz
com que os pais pareçam desonestos aos olhos dos
filhos e os desconcerta, causando sentimentos de
rebeldia.
***
Uma criança não aprenderá melhor do que o
exemplo dos pais.
***
A nossa responsabilidade para com as crianças,
porque elas não conseguem cuidar de si mesmas, é
alimentá-las, vesti-las e orientá-las até que tenham
idade suficiente para cuidar de si mesmas. Mas
depois que uma pessoa se torna adulta, devemos
nos libertar e deixar que Deus cuide dela, mesmo
que ela aparentemente não consiga cuidar de si
mesma. Eles precisam aprender que também serão
cuidados se assumirem a responsabilidade por si
mesmos, ou melhor, se se entregarem a Deus.
***
A única diferença real entre crianças e adultos é o
tamanho e a experiência.
***
Quando os pais dizem “não”, eles estão incutindo
inibições. Quando os pais dizem “faça”, eles estão
incutindo compulsões. Ambos causam sentimentos
de incapacidade na criança.
***
Vemos as crianças como uma extensão do nosso
ego. Deveríamos vê-los como indivíduos e
estender-lhes os direitos que concedemos aos
indivíduos.
***
Se você quer ajudar seu filho, ajude-se.
***
Cada criança é um indivíduo inteiro, completo e
infinito.

***

Ver a Verdade não pertence a pessoas casadas ou

solteiras. Pertence àqueles que buscam e
descobrem a Verdade.

***

Pessoas casadas podem obter a Realização, se

estiverem determinadas a consegui-la.

***

Os únicos casais felizes são aqueles que

compreendem a Verdade. Eles sabem que a alegria
deles está dentro e não no outro.

***

O que as pessoas realmente procuram é o amor de

Deus. Não sabendo disso, eles procuram isso em
um companheiro.

***

Depois de sentir o sabor de Deus, é fácil não se

casar. Você não sente necessidade de um
companheiro. Estando casado com Deus você
alcança a saciedade.

É um obstáculo ter um companheiro. É um

obstáculo adicional ter um filho. Não precisa ser;
pode ser uma ajuda ao crescimento se assim o
utilizarmos.

***

Não há ninguém casado cuja infelicidade não

venha de olhar para a felicidade do outro.

***

O único casamento ideal é quando cada um se casa

para ajudar o outro a crescer espiritualmente.

***

A principal conquista é não ter nada além de amor

por cada pai, cada irmã, cada irmão, cada filho.
Resolva isso e você resolverá sua relação com o
mundo.

***

Esta Sessão foi compilada a partir de diversas

Sessões.

***
SESSÃO 26 MUNDANIDADE E ESPIRITUALIDADE?
Qual é a diferença entre o divino e o mundano, o
espiritual e o material? Existe alguma diferença?
Existe uma diferença entre ser espiritual e estar no
mundo? Há uma tendência de separarmos os dois.
Isso é um erro grosseiro. Não há diferença entre o
espiritual e o material quando olhamos do ponto de
vista da Verdade.
A diferença está na nossa visão, na forma como
vemos o mundo. É a maneira como você vê as
coisas, só isso. Você pode olhar para isso do ponto
de vista do ego ou do ponto de vista do Eu. Uma
pessoa realizada vê o mundo apenas como uma
projeção externa de si mesma; portanto, é
realmente criação dele. E como projeção externa, é
como se fosse uma tela de cinema lá fora, com
todo esse universo projetado nela e que, à vontade,
poderia ser alterado ou retirado. Para quem não vê
a Verdade, este cinema, este filme, parece não ter
sido criado por si mesmo e, como tal, a pessoa
sujeita-se a ele e torna-se escravo dele.
Um Mestre está muito presente no mundo. Um
Mestre tem Seus pés firmemente plantados na
terra, mas Ele vê a substância básica logo atrás do
mundo aparente como Seu próprio Ser. E quando
Ele faz isso, tudo fica em harmonia, tudo fica
perfeito. Não se trata de separar um do outro, ou
de ter um ou outro, é apenas ver a verdade do
mundo. Quando o fazemos, estamos realizados.
Quando não o fazemos, estamos sempre lutando
contra o seu mundo de oposição criado por nós
mesmos. Ambos veem o mundo. O Mestre vê a
Verdade logo atrás e não há nada além de
harmonia! O não realizado vê separação e
oposição e há muita desarmonia! A pessoa não
realizada vê isso como algo que a governa; a
pessoa realizada vê isso como sua própria projeção
e, portanto, ela pode executá-la e ela não pode
controlá-la. Sendo um Mestre nisso, Ele reside
sempre o mesmo, em paz e tranquilidade, e vive
em completa tranquilidade o tempo todo.
Devemos, em nossas vidas cotidianas, estar nesse
estado de tranquilidade, e até que possamos estar
nesse estado nos detalhes da vida diária, ainda não
atingimos o topo.
Portanto não existem duas categorias, o mundo e o
espírito; é tudo a mesma coisa. É apenas uma
questão de como olhamos para isso. Devemos nos
esforçar para chegar a um lugar onde nada nem
ninguém possa nos perturbar. Quando você chega
a esse estado, você está no topo. Você está no
mundo e nada nem ninguém pode perturbá-lo nem
um pouco. Desenvolva isso. Faça disso uma
prática. Faça deste o seu modo de vida. Não reaja
às pessoas; não fique com raiva, com ciúmes, com
ódio e assim por diante. Permaneça sempre o
mesmo, sempre o mesmo; não importa o que
aconteça, não importa o que aconteça, você
realmente é sempre o mesmo, sereno e
equilibrado.
P: Mas. Lester:, quando olho para o mundo. Vejo
diferenciação?
Lester: Sempre que vemos alguma diferença, ou
uma diferença entre o espiritual e o mundano, é
porque ainda não temos compreensão suficiente do
espiritual. Estamos nos separando. O estado mais
elevado é quando estamos no mundo e no espírito
ao mesmo tempo e não há diferença. Quando
estamos lá, não vemos isso como mundo e espírito.
Vemos isso como a mesma coisa; vemos uma
unidade; vemos tudo como nosso próprio Eu; ou,
se quisermos, vemos o mundo inteiro dentro de
nós, como um sonho está dentro de nós durante o
sono. Não importa o que aconteça no sonho,
permanecemos os mesmos. Não vemos
absolutamente nenhuma diferença em nada; há
uma unidade singular em tudo. Nada muda.
Sempre o mesmo é o nosso sentimento.
Isso pode ser usado como parâmetro para saber
até que ponto estamos no caminho. Será que
tudo é sempre igual? As coisas realmente não
mudam? É um pouco chocante quando
começamos a examiná-lo deste ponto de vista.
Até que ponto estou no caminho para ver a
mesmice, a Unidade, o nada, o nada além de
Deus, Deus em todos, o Deus em todos?
Quando você realiza essa não dualidade, você
perde o sentimento de separação, de “eu”. Se
quiser reconhecer os outros “aparentes”, use a
palavra “Nós”. Mas, mais do que isso, você
prefere falar sobre você na terceira pessoa. Esse
é o sentimento que um Mestre tem. E Ele fala
dessa maneira. Certos Mestres não falarão de Si
mesmos pelo nome; eles falarão de si mesmos na
terceira pessoa, como fazem seus discípulos. Por
exemplo, se todos me chamassem como Ken me
chama, brincando, eu falaria sobre o Pai Divino.
Em vez de dizer “eu”, “me” ou “Lester”, eu
falaria sobre ele (apontando para si mesmo). Pai
Divino. É assim que você se sente quando está
no estado em que tudo é um e tudo é igual. Você
não se identifica apenas com seu corpo.
Tenho enfatizado este ponto porque muitos
estavam fazendo perguntas e falando sobre os
dois, o mundo e o espírito, sem saber que na
Verdade eles são um.
P: Não há diferença?
Lester: Certo. É a mesma coisa, quando você vê
corretamente. Se você ver isso através da ilusão,
se você ver isso de forma errada, você verá a
separação; você verá a diferenciação entre isso é
espiritual e aquilo é mundano; que isso é divino
e aquilo é mundano.
P: Os “eus” são o nosso ego?
Lester: Sim. Os “Eu” são uma condescendência
 por parte de um Mestre para se comunicar com
os egos aparentes. Um Mestre não vê nada além
de Mestres; partículas de luz infinita, todas
parecidas, - Seres resplandecentes e jogo, saber que você é Deus e que está fingindo ser
efervescentes, radiantes, pontos de Existência,
todos sendo Um. Esta é a forma como um Mestre
realmente vê a todos; Ele não vê as pessoas
como nós as vemos.
P: Ele os vê como tons diferentes ou todos do
mesmo tom?
Lester: Pontos de luz idênticos, de um oceano de
luz, brilhante efervescente, emanando, com centro
em todos os lugares e circunferência em nenhum
lugar. Você está tentando imaginar como é?
P: Bem, tive a experiência de ver algo assim e é
uma luz como um sol brilhante.
Lester: Sim, um sol brilhante e escaldante. Os
Mestres não podem ver nada além de um Mestre
em nós e, ao mesmo tempo, podem fingir que
vêem o contrário, dizendo. "Harry. Sim, você tem
problemas." ou, “Harry, você tem um corpo e
mora em uma casa”, mas como Eles dizem, para
Eles, é como uma voz de sonho falando, ou
aparentemente falando, e é tudo uma aparência. É
um fingimento, - Eles estão na verdade fingindo
que a visão deles do onipresente e infinito nunca
muda.
P: Eles estão fingindo uma dualidade, então, na
verdade, onde estamos mais ou menos vivendo
isso?
Lester: Sim. No entanto, também estamos
fingindo, mas não sabemos que estamos fingindo.
Um Mestre finge isso e Ele sabe que está fingindo.
Ignoramos o fato de nossa pretensão
P: Dessa forma, Ele está descendo ao nosso nível?
Lester: Sim. E Ele faz isso apenas para nos ajudar.
P: Bem, por que eu, como ser humano, não posso
dizer: “Vou jogar uma partida de beisebol”?
Quando digo que sou jogador de beisebol, posso
ficar sujeito a todas as regras. Mas não preciso
jogar beisebol. Então, por que Deus não pode
dizer: “Vou jogar o jogo de ser Bob?” E então Ele
se submete às limitações de Bob como Ele as
define, como quando jogo beisebol, eu me
submeto às regras. Agora, por que Deus, para se
divertir, não pode ser um Bob? Ou ser um Lester
:?E ser limitado em certo sentido - o problema é
que, se eu jogar beisebol, me limitarei a todas as
regras de ser um jogador de beisebol. Bem, então,
jogarei beisebol, me divertirei e serei Bob.
Lester: Deus pode, - e faz, mas nunca esquece que
Ele é Deus! Você nunca esquece?
P: Portanto, sou Deus que está interpretando Bob e
por enquanto esqueci?
Lester: Você só existe se souber disso, não se
declarar. Afirmar isso da boca para fora não
significa saber disso.
P: Concordo absolutamente.
Lester: Então, teoricamente, você está certo.
Agora, o importante é realizá-lo na prática,
conhecer o seu Ser em Deus enquanto você joga o
limitado como um corpo e assim por diante.
P: E sempre que eu não quiser, não preciso jogar e
não preciso dar esse passo específico de ficar
limitado porque sou o criador do jogo; Eu faço as
regras e não preciso jogar mais do que preciso
jogar um jogo de beisebol. Posso desistir assim
mesmo (estalo de dedo)!
Lester: É assim que as coisas são. Tudo bem
agora, quando você realmente não sabe que é
Deus, você pode descobrir isso traçando a fonte do
“eu”. Se rastrearmos a origem do ego-“eu”,
descobriremos que é o Ser infinito. Se você
rastrear a fonte da mente, descobrirá a mesma
coisa. O Ser infinito está colocando esta pretensão
de limitação, ego e mente, sobre Si mesmo, para
que não vejamos esta afirmação da Verdade: que
este mundo é apenas Deus – jogando um jogo de
limitação aparente. A maneira de descobrir isso é
buscar a fonte do ego – “eu”, e se permanecermos
com ela descobriremos que é realmente o Eu
Infinito que eu sou.
P: Bem, de acordo com o seu livro e deixe-me usar
as palavras de Bob, se eu jogar o jogo de bola
olhando para Deus, então não o terei feito. Se eu
fizer alguma coisa olhando para Deus, então sei
quem sou. Mas se eu jogar olhando para Deus, de
fora, então não sei.
Lester: Você está muito certo, Frank. Traduzindo
isso para Cristo, se eu olhar para Cristo, ou
acreditar em Cristo, não é isso; Tenho que olhar
através dos olhos de um Cristo; Tenho que
acreditar como Cristo acreditou; Eu tenho que ser
como um Cristo. Estou apenas pegando o que
Frank disse e colocando de forma bíblica.
P: Está no seu livro. Eu li isso no Gita esta manhã
e também em seu livro, então você obtém seu
material de uma boa fonte.
Lester: No início do livro há um aviso afirmando
que o conhecimento não é meu. É verdade; Eu não
consigo; Não consigo desfazê-lo; Posso
reconhecê-lo ou não reconhecê-lo. Essa é a escolha
que temos: reconhecer a Verdade ou não. Não
conseguiremos; não podemos fazer nada contra
isso; mas nós reconhecemos isso.
P: Todos os livros que li dizem a mesma coisa;
Patanjali diz isso, Yogananda diz isso, o Gita diz
isso e os Vedas dizem isso; todos eles dizem isso.
Lester: E eles disseram isso há mil anos, há um
milhão de anos, há um bilhão de anos, há um
bilhão, um bilhão de anos, e no futuro dirão a
mesma coisa. Porque a Verdade é aquilo que
nunca muda; É imutável. A Verdade básica nunca
mudará em toda a eternidade e você pode saber
disso para todo o universo. Se alguém vem de um
planeta a bilhões e bilhões de anos-luz de distância
e lhe diz o contrário, não importa o quão alto ele
pareça, aja e fale, se isso não se encaixa com o que
você conhece da Verdade imutável, você pode ter ir muito além disso se tiver um desejo muito forte
certeza ele está errado, embora esteja agindo e por isso. Somente um desejo muito forte de plena
parecendo um deus. realização lhe dará isso nesta vida. Qualquer
Você sabe o que estou dizendo? Mesmo que um pessoa que deseje apenas a Verdade obterá a plena
anjo lhe diga algo, se não estiver de acordo com a realização rapidamente. Você pode substituir seu
Verdade, rejeite-o, porque há tantos seres de condicionamento passado quando quiser. Quanto
aparência elevada que se parecem com deuses que tempo deveria levar para um Ser infinito e
você pode ser facilmente enganado, até conhecer a onisciente saber que é onisciente, onipotente e
Verdade. A verdade é a mesma do infinito ao onipresente? Quanto tempo ele deve levar para
infinito. fazer isso?
P: Estamos tentando avançar o mais rápido que P: Uma realização.
podemos e ouvimos e lemos e pensamos que a Lester: Quando o homem assim o deseja, ele é
coisa certa a fazer é estar no caminho, mas vou à imediatamente libertado – totalmente!
igreja e vejo um padre, um monge, lá em cima e Então, o que realmente acontece nesse crescimento
ele vem lutando nesse caminho há vinte anos. é que brincamos com o caminho como estamos
Como posso fazer isso rapidamente quando vejo fazendo agora, obtendo mais e mais realizações e
na minha frente alguém que está no caminho há então um dia dizemos: “Oh, meu Deus, olhe para
muito mais tempo e está lutando? essa coisa tremenda que sempre tive. estive! Que
Lester: Tudo bem, veja desta forma. Se você quer brincadeiras bobas eu tenho feito! Que se dane! E
ir de Los Angeles a Nova York e a rota direta não bum! Está pronto!
é conhecida por você, comece a sondar; você pode P: E nesse momento você está olhando para Deus!
ir primeiro para o estado de Washington, depois
seguir para o leste, depois descer para Nevada e Lester: Sim, você está olhando para fora de Deus e
depois subir para Montana. Porém, se você vendo a coisa toda, vendo o sonho bobo que você
conhece a rota direta, você pega o caminho direto tem vivido de jogar o jogo da limitação, e você
e chega muito mais cedo. A sondagem pode levar simplesmente o abandona, tranca e fecha.
uma vida inteira. Indo diretamente, você poderá ***
fazer isso em três ou quatro dias.
Esta sessão foi gravada em Los Angeles, em 27 de
P: Não me diga mais nada, porque eu tenho a janeiro de 1966.
resposta.
Lester: Tudo bem. Agora o sacerdote ou monge
não vê o caminho direto e está sondando e
aprendendo pouco a pouco. Ele eventualmente
chegará a Nova York se continuar tentando e
vagando por todos os Estados Unidos.
P: Mas cada um de nós não tem habilidades
diferentes? Uma pessoa supera algo com muita
facilidade, muito rapidamente, e outra pessoa tem
um problema que está profundamente arraigado e
que está com ela há muito tempo e que exige uma
luta muito ativa para superá-la?
Lester: Sim. Contudo, a rapidez da realização é
determinada pela intensidade do desejo por ela.
Até onde fomos em nosso desejo por isso? Se
formos muito longe, as realizações virão rápida e
facilmente.
P: E nós os seguimos então?
Lester: Sim. Eles realmente ficam com você. Eu te
digo: não estou te ensinando. Você está obtendo
algo que você conhece; você está fazendo isso;
você está apenas lembrando de coisas que sempre
soube. Não posso lhe dar esse conhecimento;
ninguém pode. Eu apenas sugiro que você se abra
para aquilo que você já sabe, sempre soube e
sempre saberá, inconscientemente. P: Em outras
palavras, você acabou de ler uma página do seu
verdadeiro Eu.
P: Bem, é Auto-realização, na verdade.
Lester: Sim, e isso também é verdade: se você não
cresceu muito, ou tanto quanto alguém, você pode
SESSÃO 27 TUDO SOBRE O AMOR
Pensei que esta noite poderia falar sobre o tema do
amor. Amor é uma palavra que não uso com
frequência, principalmente porque é muito mal
compreendida. Acredito também que somente
através do crescimento entendemos o que é o
amor. Para defini-lo, apenas adicionamos mais
algumas palavras às palavras usuais, e isso
realmente não transmite o significado. Mas o amor
é um ingrediente absolutamente necessário no
caminho. Se algum dia esperamos obter a plena
realização, devemos aumentar o nosso amor até
que esteja completo.
Agora, o amor de que falo, claro, não tem nada a
ver com sexo. Sexo é uma gratificação corporal.
No entanto, a maioria de nós confunde isso e
associa-o ao amor. Quando você vir o que é sexo e
o que é amor, verá que são duas coisas diferentes.
Eles podem ser amarrados e também não. Tem que
ser. O amor do qual falamos é o amor de Jesus
Cristo. É o amor completo, que expresso ao
extremo é: “Ama o teu inimigo”. Acho que a
melhor definição da palavra é: “O amor é um
sentimento de doação sem nenhuma expectativa de
receber pela doação”. É uma doação muito
gratuita. E é uma atitude constante. O amor não
varia, não o tipo de amor de que estamos falando.
O valor que temos aplicamos a todos. Amamos
nossa família como amamos estranhos. Isso pode
parecer estranho, mas é a verdade. Na medida em
que somos capazes de amar estranhos; nesse grau,
somos capazes de amar nossa família.
O conceito de posse é exatamente o oposto do
significado de amor. No amor, nunca há um apego,
uma cerca ou algo assim. O amor tem o sentido de
libertar quem amamos. Quando cedemos a nossa
atitude, queremos que o outro tenha o que o outro
deseja. Acho que o melhor exemplo desse tipo de
amor é o amor de uma mãe por um filho. Uma mãe
vai sacrificar e dar tudo ao filho, sem se
considerar.
Existem outras definições para o amor. Acho que
aceitação é uma boa palavra. Quando amamos as
pessoas, nós as aceitamos como elas são. Se
amamos este mundo, aceitamos o mundo como ele
é. Não tentamos mudar isso. Nós deixamos
acontecer. Concedemos ao mundo a sua existência
da mesma forma que deveríamos conceder a
qualquer outra pessoa a sua existência. Deixe-os
ser do jeito que quiserem; nunca tente mudá-los.
Tentar mudá-los é injetar nosso próprio ego.
Queremos que eles sejam como gostaríamos que
fossem.
Identidade é outra definição. O amor é um
sentimento de unidade, de identidade com o outro
ou com todos os outros. Quando existe um amor
pleno, você se sente como a outra pessoa e trata a
outra pessoa da mesma forma que trata a si
mesmo. Existe uma identidade completa.
Um estado constante de gratidão acompanha um
estado de amor completo. Estamos gratos por tudo.
Até agradecemos a Deus pelo mal e pelo bem.
Para compreender isso é necessário atingir o
estado de amor elevado. Só então agradecer a
Deus pelo mal terá algum significado para nós. O
aspecto prático disso é que quanto mais praticamos
o estado de gratidão, mais amorosos nos tornamos.
Experimente isso e aprenda a verdade sobre isso.
O amor não é apenas um sentimento, o amor é um
poder tremendo. Isso é tão pouco compreendido no
mundo. Temos um exemplo desse tipo de amor
expresso hoje por Martin Luther King. Não
importa o quanto ele seja atacado, ele não dará
nada além de amor ao seu agressor. Ele ensina a
não-violência. E a maior demonstração deste tipo
de amor foi a vitória de Mahatma Gandhi na
guerra contra a Grã-Bretanha. Ele fez isso sem
armas e através de seus ensinamentos: "Os
britânicos são nossos irmãos. Nós amamos os
britânicos. Não resistência aos britânicos e aos
soldados britânicos, apenas amor por eles." Gandhi
entendeu isso muito bem e conseguiu conquistar
seguidores suficientes na Índia para tornar isso
eficaz. O poder por trás do amor, sem dúvida, é
muito mais poderoso do que a bomba de
hidrogênio, isto é, uma vez que você saiba o que é
o amor. O amor é a força mais poderosa do
universo quando expresso como o amor realmente
é, e não como fomos ensinados a pensar nele.
Diz-se que Deus é amor, e acrescento: “Um com
Deus constitui a maioria”. Um indivíduo, com
nada além de amor, pode enfrentar o mundo inteiro
porque esse amor é muito poderoso. O amor nada
mais é do que o Eu de que falamos. Amor é Deus.
Quando somos apenas amor, somos Deus. Para
citar a Bíblia: “Deus é amor. Deus é todo-
poderoso”. Portanto, há alguma autoridade no que
estou dizendo, além de eu ter dito. O amor dará
não apenas todo o poder do universo, mas também
toda a alegria e todo o conhecimento.
Agora, como podemos tornar isso prático? A
melhor maneira de aumentar a nossa capacidade
de amar é através da sabedoria, da compreensão.
Além disso, podemos fazer coisas em nossa vida
cotidiana que aumentarão nosso amor. O primeiro
lugar para praticar o amor é em casa, com a
família. Deveríamos tentar amar nossa família
cada vez mais. Acho que todo mundo conhece a
maravilhosa experiência do amor, de amar uma
pessoa. Você pode imaginar como seria se você
amasse três bilhões de pessoas? Seria três bilhões
de vezes mais agradável! O lar é o primeiro lugar
para continuarmos tentando aumentar nosso amor
pelas pessoas ao nosso redor, concedendo-lhes sua
existência. Acredito que essa seja a coisa mais
difícil de fazer numa família, principalmente se o
outro for criança. Mas cada criança é um indivíduo
inteiro, completo e infinito, e um filho de Deus.
Em seguida, depois de amar as pessoas da nossa
casa, devemos tentar amar o nosso próximo, e
depois o nosso grupo maior, o nosso estado, o
nosso país. Então deveríamos tentar amar todas as
pessoas em todo o mundo.
P: Os russos? Lester: Até mesmo os russos. P: Os
chineses também?
Lester: Ouvi Oral Roberts dizer algo sobre isso
alguns domingos atrás. Ele disse que as pessoas
perguntam: “Qual seria a atitude de Jesus em
relação aos comunistas se Ele voltasse hoje?” E ele
respondeu: “Ele não seria do jeito que as pessoas
esperam. Ele não teria nada contra ninguém. Ele
não odiaria os comunistas. Ele falaria contra fazer
o mal e fazer o mal, mas nunca diria nada contra
qualquer ser humano.”
Acredito que se compreendêssemos o poder do
amor e que se a maioria dos americanos amasse os
russos, a Rússia seria conquistada pelos
americanos sem quaisquer armas.
Depois que aprendermos a amar todas as pessoas
deste mundo, haverá muito mais pessoas fora deste
mundo. Acho que amar todas as pessoas deste
mundo nos permitiria encontrar nossos irmãos e
irmãs de outros mundos, porque neste universo
existem muitas, muitas mansões; muitos, muitos
lugares de residência. E por causa da nossa
incapacidade de amar neste planeta, nós os
isolamos.
Então, voltando ao ponto de ser prático: quanto
mais desenvolvemos o amor, mais entramos em
contato com a harmonia do universo, e então a
nossa vida se torna mais bela, mais abundante e
mais prazerosa. Ele inicia um ciclo onde você gira
para cima. Amor gera amor! O amor se apaixona
pelo amor!
Há outra coisa. Se quisermos ser amados, a
maneira de conseguir isso é amar. Não é apenas o
melhor método, mas é, penso eu, o único método.
Para receber amor devemos amar porque o que
damos deve voltar. Procurar o amor sem amar não
nos traz amor, não nos satisfaz. Este é um erro
básico no pensamento de muitas pessoas. Eles
passam a vida querendo ser amados, nunca
sentindo que o são, mesmo quando realmente estão
recebendo o amor. O sentimento tem que estar em
nós. Se eu te amo, me sinto maravilhoso. Se você
me ama, você se sente maravilhoso. É quem ama
que se sente bem. Portanto, querer ser amado é
seguir uma direção que nunca poderá ser satisfeita.
O feliz é aquele que ama, aquele que dá.
Abençoado é o doador porque ele é muito mais
feliz.
O amor deve ser sentido igualmente por todos.
Quando dizemos que amamos uma pessoa mais do
que outra, se perscrutássemos isso interiormente,
descobriríamos que aquela que amamos mais é
aquela de quem pensamos que precisamos, que
tem algo que gostaríamos de ter e que tem algo
que gostaríamos de ter. portanto, dizemos que
amamos mais essa pessoa. Isto é propiciação
disfarçada de amor.
Na verdade, o amor não pode ser cortado. Se você
quiser testar seu próprio estado de amor, olhe para
seus inimigos. Este é o verdadeiro teste. Ou, se
você não quiser ir tão longe, olhe para estranhos.
Examine sua atitude em relação a estranhos.
Deveria ser um dos seguintes: eles sou eu; eles são
minha família; toda mãe é minha mãe; todo pai é
meu pai; toda criança é minha filha. Esta é a
atitude que alcançamos através da compreensão.
Este é o verdadeiro sentido da palavra amor.
P: Lester: parece-me que você está falando sobre
amor como doação, doação de si mesmo e assim
por diante e ainda assim o conflito que tenho
ocasionalmente é que parece que à medida que
você se doa, as pessoas tendem a receber cada vez
mais . E, eventualmente, se você não parar com
isso, eles o esgotarão emocionalmente,
mentalmente, financeiramente e o usarão como
muleta.
Lester: Isso é impossível. Se sentirmos o amor
verdadeiro, se tivermos a atitude correta de amor,
isso não acontece. O que você está dizendo eu
ouço com frequência. O que é necessário é que
saibamos o que é o verdadeiro amor. A doação é
uma atitude. Sempre podemos manter uma atitude
de amor. A maioria das pessoas que doam não o
fazem com amor. Eles estão dando por causa do
reconhecimento que acham que receberão por
doar: “Olhe para mim; estou indo bem” ou “Talvez
meu nome apareça no jornal”, ou algo assim. Veja,
esse tipo de amor nos causará problemas. As
pessoas vão nos esgotar com isso porque estamos
procurando algo em troca. Queremos nos colocar
no processo e, portanto, eles vão nos puxar para
baixo.
P: Você não acha que é mais fácil amar alguém a
oito mil quilômetros de distância do que alguém
vizinho?
Lester: A coisa mais fácil de fazer no universo é
amar a todos. Isto é o que eu penso. Isto é o que eu
descobri. Depois de aprendermos o que é o amor, é
a coisa mais fácil de fazer. É preciso um esforço
tremendo para não amar a todos e você vê o
esforço sendo despendido todos os dias. Mas
quando amamos, estamos unidos com eles;
estamos em paz e tudo se encaixa perfeitamente.
O principal é conhecer o amor no sentido que
estou definindo, então essas coisas não acontecem.
Mas quando amamos no sentido de que a
humanidade entende a palavra, então você está
certo. Mas eu não chamo isso de amor.
P: Como você chama isso? Ou você tem um nome
para isso?
Lester: Egoísmo, na verdade. Estamos fazendo
coisas realmente para nos ajudar.
E ainda assim, no amor verdadeiro, no amor
espiritual, não há abnegação. Não precisamos nos
machucar quando amamos a todos, e não amamos.
Quando amamos, há um sentimento de
mutualidade. Aquilo que é mútuo é correto. Se
você ama, você obedecerá a essa lei e, portanto, as
pessoas não tirarão vantagem de você. Se você
ama, está aplicando a força mais poderosa do
universo. Mas é do amor de Jesus Cristo que estou
falando, não do amor egoísta de todos os dias.
Na prática, se as pessoas estão tentando machucar
você e você simplesmente sente amor por elas, se
elas continuarem, você verá que elas se
machucarão. Se continuarem, eles se machucarão
ainda mais. Eles não poderão mais se opor a você.
Mas temos que praticar esse amor de que estou
falando, e não o amor como o conhecemos.
P: É uma atitude básica. Não é nada que você faça
fisicamente ou mesmo mentalmente?
Lester: É uma atitude constante que evolui em nós
quando a desenvolvemos. Porém, devemos tentar
praticar o amor, como dito antes. Primeiro, em
nossa família. Conceda a todos na família o seu
próprio ser, se puder. Se não consegue, continue
tentando, continue tentando até conseguir. Em
seguida, aplique-o aos amigos, depois aos
estranhos e depois a todos. Ao fazer isso, você irá
desenvolvê-lo, embora não seja algo que você
possa ativar simplesmente assim.
P: De certa forma, todos nós temos isso, mas é
apenas sobreposto por muitas atitudes?
Lester: Sim, está sufocado por atitudes erradas.
Agora, esse amor de que falo é a nossa natureza
básica. É uma coisa natural. É por isso que é tão
fácil. O oposto exige esforço. Afastamo-nos do
nosso Eu natural e sufocamo-lo com atitudes
erradas.
P: O amor não é quase como um egoísmo, porque
quando você ama alguém, é um sentimento
maravilhoso para você?
Lester: Bem, isso é uma questão de semântica. Do
jeito que você diz, sim, mas não no sentido geral.
P: Eu sei que quando amo alguém, me sinto tão
bem. É uma sensação maravilhosa.
Lester: É verdade depois que você descobre o que
é o amor. É a melhor coisa do universo. É o que
todo mundo deseja, apenas porque, em primeiro
lugar, é sua natureza básica. Todo ser humano é
basicamente um indivíduo extremamente amoroso.
P: Para entender essa coisa de alegria, é o mesmo
tipo de coisa que ocorre quando sua mente fica
aquietada em uma via de pensamento, de aceitação
da outra pessoa e, portanto, a mente fica
aquietada?
Lester: Sim. Quanto mais amamos, menos temos
que pensar. Se não estou amando você, tenho que
estar em guarda. Eu tenho que me proteger. Se não
estou amando o mundo, estou sempre me
protegendo do mundo que causa cada vez mais
pensamentos. Isso me coloca extremamente na
defensiva e, inconscientemente, isso aumenta ano
após ano, e então sou uma massa de pensamentos
me protegendo do mundo. Agora, se eu amo o
mundo, o mundo não pode me machucar. Meus
pensamentos ficam quietos; a mente fica em paz e
o Eu infinito está bem ali. E essa é a experiência
dessa tremenda alegria.
P: Em outras palavras, não é o objeto que traz
isso à tona. É o aquietamento da mente que
realmente permite que o estado de ser se manifeste
um pouco mais, e essa é realmente a experiência
do amor, não é?
Lester: Sim.
P: A luz brilha!
Lester: Sim. O que você quer dizer é que pegamos
nosso ser infinito, nossa infinita alegria, e a
cobramos com pensamentos. Tomamos o estado
natural que é ilimitado e o cobrimos com
pensamentos de limitação. Os pensamentos
sufocam esse eu infinito que somos. Isso sufoca a
capacidade de desfrutar apenas de ser. E assim,
tudo o que precisamos fazer é acalmar os
pensamentos ou nos livrar de todos os
pensamentos, e o que resta é o infinito e glorioso
ser que somos, que é o nosso estado natural. Isso
não é estranho? Esse é o nosso estado natural. É
assim que éramos, é assim que seremos. Na
verdade, somos isso agora, mas não vemos. Esse
infinito é glorioso que somos, sendo
absolutamente perfeito, nunca pode mudar. Está
sempre lá. Nós simplesmente não olhamos para
isso. Nós desviamos o olhar disso. Nós olhamos
para longe disso. O que devemos fazer é virar,
nossa mente para dentro e começar a olhar para
ela, e quanto mais olhamos para ela, mais o vemos.
Tudo parece apontar para a mesma direção, não é?
Isso acontece à medida que entendemos mais o
que a vida e o universo são. Tudo se encaixa cada
vez mais e fica mais simples e simples, até que
haja apenas um simples absoluto chamado Deus.
Deus é simples; Todo o resto é complexo. Quanto
maior a complexidade, quanto mais somos de
Deus. Deus é um e apenas um; Um sem um
segundo.
P: Se alguém tem um desejo e há um sentimento
de que, se eu o acompanhasse, poderia perder algo,
isso não é amor. Mas se meu amor estiver
completo no sentido do que eles desejam, então eu
não teria medo?
Lester: Sim. Há uma palavra para isso hoje, união.
É uma palavra muito boa. Isso não se encaixa no
que você está dizendo, união?
P: O pensamento me ocorreu que, quando conheço
meu ser, não posso me machucar, então como mais
alguém pode me machucar?
Lester: Isso é verdade. É impossível se machucar
quando amamos completamente. Só nos sentimos
maravilhosos quando amamos, na verdade,
sentimos o melhor!
P: Se você sentir uma sensação de união com uma
mais que outra, começa a se separar?
Lester: Sim, não é amor total. Seu amor parcial, e
quanto mais parcial é, menos bom parece. Quando
amamos plenamente, amamos todo ser. Não temos
nada além de uma atitude tremendamente
maravilhosa e calorosa de: está tudo bem; Cada
pessoa está certa. Vemos apenas perfeição, e é
assim que vemos o mundo. Quando odiamos,
vemos o mesmo mundo da maneira oposta.
P: Quando você fala em dar, você está falando em
dar coisas ou entendimento espiritual?
Lester: O amor é uma atitude de doação. Quando
as coisas são dadas com essa atitude, é amor. Se eu
te dar algo porque quero que você goste de mim,
isso não é amor; Isso está tentando reforçar meu
ego.
A maior doação é dar entendimento, dando
sabedoria. Se eu der uma refeição a um homem na
pobreza, quatro horas depois ele precisará de outra
refeição novamente. No entanto, se eu lhe der o
princípio de como produzir uma refeição, ele
nunca mais passará fome.
Deixe -me terminar com uma citação: "O amor é
paciente e gentil. O amor não está com ciúmes ou
arrogante. Não é arrogante ou rude. O amor não
insiste em seu próprio caminho. Não é irritado ou
ressentido. , mas se alegra na direita. O amor
carrega todas as coisas, acredita em todas as
coisas, espera todas as coisas, suporta todas as
coisas ".
***
Esta sessão foi registrada em Los Angeles, 25 de
fevereiro de 1965
SESSÃO 28
Para aqueles que estão aqui pela primeira vez,
nosso método é de pergunta e resposta. A razão
pela qual uso perguntas e respostas é que acho que
é um dos melhores métodos para descobrir a
verdade. O ensino mais eficaz é o ensino
individual, em vez de ensino em grupo ou em
massa. O conhecimento ou a verdade que
buscamos não podem ser escolhidos
intelectualmente. Não pode ser obtido de livros. Se
fosse possível obtê-lo de livros, todos nós o
teríamos, pois certamente temos livros.
Em vez disso, acho que o único ensino realmente
eficaz é realizado quando o professor faz com que
o aluno realmente experimente a resposta.
Somente quando se experimenta a resposta pode
entender. Essa experiência também é chamada de
realização.
Então, você tem uma pergunta?
P: Gostaria de saber um pouco mais sobre como o
karma funciona e por que funciona. Eu gostaria de
saber o que o coloca em vigor; O que começa a
roda. No seu livro, você menciona que é o
pensamento.
Lester: A palavra "karma" é uma palavra sânscrita
que significa ação. Seu uso geral significa ação e a
reação à ação. Outras explicações são causa e
efeito; O que você semeia, colhe; O que você dá
volta para você.
O karma é iniciado em pensamento. O pensamento
é a causa e a ação é o efeito. Quando criamos um
desejo, queremos algo. O desejo inicia o
pensamento de querer algo. Querer algo nos leva a
agir para conseguir algo. Que algo não nos satisfaz
e, portanto, aumentamos o desejo. Isso continua e
continuamos, e nos tornamos vinculados pelo
desejo, nunca capaz de satisfazê-lo. Se nossos
desejos fossem capazes de estar satisfeitos, não
teríamos desejos, certo?
P: Você diria isso de novo?
Lester: Se nossos desejos fossem capazes de ser
saciados ou satisfeitos, logo perderíamos todos os
nossos desejos. Eles logo ficariam satisfeitos e não
teríamos mais!
P: Qual é o estado ao qual devemos alcançar?
Lester: Sim, devemos alcançar o estado de nenhum
desejo, sem desejo. Então estamos sempre felizes.
P: Eu entendi que você dizia que o karma é uma
lei de ação e reação e poderia ser usada, não no
sentido de punição por uma ação errada, mas como
uma recompensa para uma boa.
Lester: Criando coisas que não gostamos de
chamar punição. Criando coisas que fazemos
como chamamos de recompensa. A criação é
iniciada na mente. A mente não conhece bem ou
ruim; apenas cria. Quando criamos coisas
desagradáveis para nós (e não assumimos a
responsabilidade pela criação), dizemos que
CARMA
estamos sendo punidos.
Deixe -me voltar à questão do que é o karma? Para
toda ação, há uma reação oposta e igual. É
chamado de lei da compensação. É iniciado na
mente. Todo pensamento que criamos um vácuo e
a natureza se move imediatamente para preencher
esse vácuo. O ritmo em que a natureza cumpre isso
também é determinada pelo nosso pensamento. E
todo pensamento é iniciado por um desejo anterior.
Como um desejo não é real, mas é uma falta
assumida, uma agonia assumida de necessidade,
nunca pode ser satisfeita e realmente se torna mais
forte quanto mais tentamos satisfazê-lo.
A única maneira de ser felizes é deixar de lado
todo o desejo. Então nos tornamos perfeitamente
contentes.
P: Então, são necessários os dois, o pensamento
sozinho sem desejo não fará isso?
Lester: Sem desejo, você teria um pensamento?
Q: Nunca.
Lester: Correto. Você não teria nenhum
pensamento sem desejo.
P: Bem, existem desejos intelectuais, não existem?
Lester: Sim, mas eles são desejos. Caso contrário,
não haveria pensamento. Você deseja ser ouvido;
Você deseja se comunicar com as pessoas. Pode
não ser um desejo de sorvete, comida, por coisas
que o corpo precisa, mas pode ser um desejo de
aprovação.
Então, o desejo inicia todo o ciclo. No início,
começou com o pensamento de falta. Depois,
havia um desejo de cumprir a falta. O desejo
causou mais pensamento, o pensamento causou
ação. Como a ação não cumpre o desejo,
aumentamos o desejo e a ação, mantendo-a até que
estejamos apateticamente girando em um ciclo
sem fim, com a satisfação imutável.
Todo o nosso pensamento atual é iniciado por algo
do passado. Nossos sentimentos totais agora são
todos dos pensamentos e ações do passado. Então,
todo o pensamento agora é motivado por algo que
já aconteceu. Ação e reação continuam e
continuamos e somos pegos. É quase impossível
ter mais um pensamento original, sendo todos os
pensamentos baseados em pensamentos anteriores.
P: Então, tudo começou quando?
Lester: É sem começo e é interminável. Vou te dar
um passo mais alto. Vejamos o exemplo da corda
sendo confundida com uma cobra. Você está
andando pela estrada; Há uma corda no chão e
você acha que é uma cobra. Karma está no reino
da cobra ilusória. Quando começou essa cobra e
quando será a cobra, assim que você pensa que é
uma cobra? É sem começo e é interminável,
porque na realidade nunca foi; Sempre foi uma
corda. Se você está no karma, é uma coisa para
sempre. Se você não está nele, nunca foi. Isso faz
sentido? O karma é sem começo e interminável.
Portanto, é impossível descobrir o karma. Algumas
escolas de metafísica ensinam que você deve
elaborar seu karma. Enquanto você está tentando
resolver isso. Você está criando um novo karma
para o futuro. Então, é impossível resolver isso.
Bem, o que podemos fazer? Acordado da ilusão e
veja a verdade! Veja a cobra como a corda! Uma
vez que a corda é vista como a verdadeira, a cobra
não mais é. Quando vemos a verdade do nosso ser,
toda essa ação e reação acaba sendo uma ilusão de
sonho e, portanto, como tal, não pode mais nos
tocar.
P: Você não disse que nos tornamos o observador?
Eu estava em pé que o ciclo ainda deve ser
realizado, independentemente da iluminação, isso
está correto?
LESTER: Não, ou seja, uma vez que seu
entendimento está cheio, a partir desse momento,
não há mais karma. Quando digo: "Seja a
testemunha". Isso ainda está no campo da
dualidade, testemunhando a dualidade, mas é um
passo gigante. É um método de deixar de lado a
sensação do ego de ser o executor.
É um modo de comportamento muito propício ao
crescimento.
No entanto, quando você for totalmente realizado,
você verá o mundo e verá apenas uma unidade
singular em tudo e todos. E você verá que tudo
nada além de si próprio. E o eu é apenas o eu.
Então, o que acontece com o mundo é que você vê
como realmente é; Você olha para isso como a
corda em vez de vê-la como a cobra. Então você
está sem karma e não há mais karma.
Agora, o que é um pouco confuso para você são
declarações que foram feitas em diferentes níveis
de abordagem. As coisas em um nível parecem
contradizer as coisas em outro nível. No entanto,
quando a verdade é vista, todas as contradições
desaparecem. Então, do ponto de vista mais alto)
quando você vê quem e o que você é, não há
karma. Quando você vê que você é verdadeiro, há
apenas ser o ser; Ação e reação estão
aparentemente acontecendo.
P: Digamos que estou dirigindo para a rodovia e
vejo um cara chegando e pisar no gás e ficar na
frente dele. O que isso faz comigo? Existe uma
reação voltando disso?
Lester: Neste mundo dos sonhos, até a última
onça, há ação e reação.
P: Uma das grandes coisas com qualquer humano,
e eu sei que não sou diferente, são pensamentos de
sexo. Esta é uma interação bastante forte e uma
força bastante forte. Como tudo isso é elaborado?
Lester: É uma das coisas mais difíceis de
transcender. No entanto, é possível e é
relativamente fácil fazê-lo depois de reconhecer
que toda essa alegria que você está procurando no
sexo, você pode ter o tempo todo, mas muito mais
quando estiver fora da armadilha do desejo. É por
isso que digo: "Chegue ao lugar superior onde,
para fazer sexo, você desiste de alegria". Então é
uma coisa fácil de deixar de lado. Enquanto isso, a
moderação é o melhor guia.
A felicidade é apenas o seu próprio eu; A
felicidade é a sua natureza básica. Você não
precisa de nada externo para tê -lo. Mas você acha
que sim, porque você cobriu essa felicidade com
camadas e camadas de limitação: devo ter isso
para ser feliz; Devo ter isso para ser feliz. E isso já
acontece há muito tempo. Mas quanto mais você
vê quem e o que você é, menos desejos têm um
domínio sobre você.
P: Você mostrou o caminho ou o método para
mim, pelo qual percebi que há algo maior que o
sexo. Agora percebi que o sexo é realmente um
desistindo de algo, desistindo de um sentimento
maior por um sentimento menor. É muito mais
fácil de entender nessa luz.
Lester: O sexo o manterá amarrado à Terra. É
necessário ficar acima disso. Fazer sexo não
impedirá que você se mova em direção à
realização, mas enquanto estiver enredado nele,
você é um escravo e nunca pode obter plena
realização. Você está fazendo a coisa física a
alegria e não é. O verdadeiro é que você é essa
alegria, apenas um milhão de vezes mais! Tão alto
quanto a sensação é que você recebe do sexo, pode
ir muito além desse sentimento de alegria e ter
vinte e quatro horas por dia. E é essa alegria
ilimitada que você está realmente buscando, mas
você a sacrifica por sexo.
P: Quando fazemos as coisas e percebemos que
elas não devem ser feitas, podemos descartá-las
fazendo o oposto?
Lester: Bem, se você está fazendo o oposto, está
envolvido em ação novamente, criando o oposto
para o futuro.
P: Você só precisa ser sem desejo?
Lester: Sim, é isso! Sendo sem desejo, você verá
quem e o que você é; Você verá que você está
acima de tudo essa ilusão de karma e, em seguida,
não pode tocá-lo mais.
P: Quando você vê isso, o lançamento é tão
tremendo, é como um lançamento sexual.
Lester: Muito maior, muito maior. Vou ter que
obter alguns depoimentos para você, acredito.
(Risada)
P: Se você soltar o desejo de alguma coisa, ainda
será o seu caminho?
Lester: Não. O desejo é a causa disso. Você pode
desfazer mentalmente karma por desfazer
mentalmente desejo. O karma é causado por
desejos que permanecem na mente subconsciente.
A queda do desejo abre todos os pensamentos
disso. Se você tira o desejo da mente
subconsciente, as sementes do karma não estão
mais lá. Esta é a mais rápida, a melhor maneira de
desfazer o karma. Se você quiser desfazer o karma,
faça -o mentalmente. Por que experimentar de
novo e de novo e sofrer? Se você deixar as coisas
mentalmente, você as soltará para sempre; Então
você não precisa experimentá-los. Como Jesus
disse: "Quem quer que você olhasse para uma
mulher para desejar que ela já cometeu adultério
com ela". O ato se origina na mente. Todo
pensamento negativo, todo pensamento ruim que
criamos karma que não gostamos e chamamos de
karma ruim. Se as pessoas apenas soubessem
disso! Não importa se realizamos o ato ou não. A
semente é semeada no pensamento.
***
Karma semeia as sementes de sua própria
destruição.
***
O que passamos é determinado pelo que passamos.
Esta é a lei da compensação ou do karma. Entre os
corpos físicos, escolhemos uma certa parte do que
passamos para passar a próxima vez;
estabelecemos situações semelhantes, esperando
que a próxima vez as transcendemos. Você sempre
tem outra oportunidade - ad infinitum.
***
O BadKarma nos mantém tão infelizes com a
negatividade que mudamos nosso karma ruim para
o bom karma e isso acaba sendo uma corrente
dourada em vez de uma corrente de ferro. A
liberdade está acima do karma.
***
Sempre que subimos, algo acontece para nos
testar. O que realmente acontece é que
subconscientemente nos alimentamos mais karma
porque nos tornamos mais fortes e podemos
enfrentá-lo.
***
O karma nada mais é do que os hábitos de
pensamento acumulados que estão acontecendo
subconscientemente.
***
Karma é a conglomeração de todos os
pensamentos subconscientes que o dirigem. Livre -
se desses pensamentos; Quieta a mente totalmente
e não há karma.
***
Onde está o karma? Está no mundo da ilusão.
***
Qualquer coisa cármica é realmente cômica.
***
O karma é um aterrador. É um fabricante de
escravidão.
***
Nós nos machucamos quando julgamos os outros
porque é cármico e retorna para nós.
***
A saída mais rápida do karma é crescer.
***
Karma e reencarnação fazem parte da ilusão e não
fazem parte da realidade. Vidas anteriores não
devem ser entradas, pois está brincando com a
irrealidade, fazendo com que pareça mais real.
***
Aceite o karma. A ideia de que você pode lutar é
contrária à aceitação disso. Se você aceitar, seus
medos, frustrações, tensões, misérias, etc., são
aliviados e você não está mais segurando -o
tentando evitá -lo. Como não há nada que você
possa fazer sobre isso, você apenas deixa ser. Tudo
o que esse corpo vai passar, ele passará. Entenda
isso e permaneça como você realmente é -
gratuito.
***
Você não pode mudar o que o corpo passará. Isso
foi determinado por você por ação anterior. No
entanto, você pode optar por não ser esse corpo,
mas para ser você mesmo.
***
O ego não gosta de ouvir que não tem livre
arbítrio. Mas o próprio ego é um produto do
karma.
***
Se o karma é, o que significa conselhos? ***

*** Esta sessão foi registrada em Los Angeles, em 16

de setembro de 1965, e os aforismos foram
Examine o karma e você descobrirá que o karma e reunidos de várias sessões.
o destino são os mesmos.

***

Atos realizados sem interesse nos seus frutos não

produzem karma.

***

Se a ação estiver sendo realizada sem anexos e

médias, não há karma sendo criado.

***

Depois de atingir o estado de não atendimento,

você pode aproveitar o mundo e fazê-lo sem criar
nenhum karma.

***

É quando nos levantamos acima do karma, bom e

ruim, que passamos a ser nosso verdadeiro eu.

***

Como um infinito pode estar sujeito ao karma,

sendo o karma uma limitação extrema?

***

Fique acima do karma; Não funcione o karma.

***

Karma chega ao fim quando se reconhece que tudo

está em sua mente e ele não é sua mente.

***

Há um ato que fará um jeito com todo o karma, -

seja você mesmo!

***

Todas as ações que o corpo executará você já

concluiu antes de surgir. A única liberdade que
você tem é se deve ou não se identificar com o
corpo e sua ação.

Se um ator interpreta o papel de um rei ou um

mendigo, ele não é afetado por ele porque sabe que
não é esse caráter. De maneira exatamente como
devemos realizar nossa parte no mundo, e se
somos rei ou mendigos, devemos não ser afetados
por ela, sabendo que não somos esse personagem,
mas somos um ser grandioso e glorioso, nosso
próprio eu infinito.
SESSÃO 29 CRESCIMENTO E RECEPTIVIDADE
A felicidade em si não é necessariamente 'uma
indicação, do estado de realização de alguém.
Aborígines e nativos são tão felizes quanto nós, e
às vezes mais. Nós que devemos estar no extremo
da civilização, como um todo, podemos não ser tão
felizes quanto eles. O desfrutar é principalmente
através dos sentidos físicos. Nosso desfrutar é mais
através da mente e, portanto, somos capazes de
mais alegria. No entanto, porque isso permite mais
alegria, permite, portanto, mais miséria.
Muitos de nós pensam que as coisas que fazemos
que nos dão um estado de felicidade estão nos
dando um crescimento espiritual e, portanto, são as
coisas certas a fazer. Isso pode ser verdadeiro e
também pode ser falso. A felicidade que obtemos
de uma nova realização é definitivamente
crescimento. Estamos encantados com a nova
revelação porque nos tornamos um pouco mais
livres e, portanto, permanentemente um pouco
mais feliz. No entanto, a felicidade que obtemos
por evitar ou escapar de não agradáveis não é o
crescimento. Em vez de promover nosso
crescimento, ele nos mantém vinculados às
desagradáveis que estamos evitando. Até que
sejam enfrentados, olhassem e caíram, eles
permanecerão em nosso subconsciente e emergirão
de tempos em tempos até finalmente lançá-los.
Portanto, para serem desfeitos, eles devem ser
enfrentados e não evitados. Então nenhuma fuga é
necessária.
No entanto, é realmente verdade que quanto maior
nosso crescimento, mais feliz somos. Ganhamos
uma felicidade total acumulativa que não varia de
dia para dia. É liberdade da constante irritação de
nossos pensamentos subconscientes compulsivos;
É uma sensação de bem -estar; É uma sensação de
segurança; É uma sensação de paz. Mesmo quando
as coisas estão sendo expressas externas contra
nós, quando o mundo parece se voltar contra nós,
ainda sentimos uma paz maior do que antes.
É o estado interno que deve ser usado como uma
medida de crescimento. Uma pessoa miserável
pode, por enquanto, por enquanto, estar rindo
alegremente. Mas você não pode usar isso como
uma indicação do constante estado de liberdade
dessa pessoa. Como podemos dizer ao estado de
liberdade ou felicidade de uma pessoa?
Verificando quando tudo é contra um. Use isso
como um método para verificar a si mesmo.
Quando as coisas dão errado no mundo, verifique
seu estado de felicidade.
P: Não estamos quase irritados quando vemos
alguém que está mais feliz do que nós? Talvez seja
um pouco de ciúme?
Lester: Sim, é chamado de ciúme e quando vemos
alguém que é mais feliz do que nós. Nós não
gostamos. Às vezes, atacamos isso indiretamente.
Mesmo que esse seja nosso companheiro.
Isso acontece entre os casais à medida que
crescem. Quando um avança, o outro
inconscientemente se ressente, faz coisas para
tentar minar o primeiro. É motivado
subconscientemente, mas às vezes se torna
consciente e, mesmo quando está consciente, às
vezes não entendemos por que estamos fazendo
isso. O motivo é que, sempre que duas pessoas se
reúnem, a maior tenta automaticamente levantar
um pouco a parte inferior e a inferior tenta reduzir
um pouco o mais alto; Eles se movem em direção
a um para o outro. Este é um comportamento
inconsciente que continua sempre que dois seres se
encontram.
Para voltar ao que eu estava dizendo antes, a
estabilidade da paz de alguém é o melhor bastão
de medição para o crescimento de alguém; Paz sob
circunstâncias não ideais. Paz sob circunstâncias
em que o indivíduo está sendo julgado. Se você
manter sua paz enquanto tudo lá fora está indo
contra você, então você realmente a tem. Essa paz
sobre a qual estou falando é a verdadeira felicidade
e pode ser medida por sua imperturbabilidade. Se
uma pessoa não pode ser perturbada em sua paz,
ela entendeu! Ele soltou muito ego, porque apenas
o ego pode ser perturbado; O Eu nunca pode ser
perturbado. E quando permanecemos como nosso
eu, permitimos que o mundo inteiro seja como é.
Se você quiser conhecer seu estado, verifique -se
em condições adversas. Meça seu crescimento no
fundo, não pelos topos. Você descobrirá que seu
crescimento ocorre em ciclos, para cima e para
baixo, mas que o fundo continua subindo. Você
deve chegar ao lugar onde o fundo é a felicidade, e
isso torna o topo ainda mais alto, um estado de
serenidade, tranquilidade, felicidade - tudo com
uma paz profunda.
P: Onde está sentido essa felicidade, alegria e paz?
Lester: As pessoas sentem isso em lugares
diferentes. Na verdade, está no centro do seu ser,
onde quer que esteja esse centro. É a primeira vez
que esta série atingiu o estado de alegria de
derramamento. Durante cada série do passado,
passamos de um ponto baixo no início, para um
ponto muito alto no final.
P: Você sabe por quê?
Lester: Sim. Isso é algo que eu gostaria de explicar
para você. Por que descer? Devemos ser pessoas
inteligentes; Nós sabemos o caminho; Por que
descer? Um pouco estúpido quando você sabe ser
alto e feliz do jeito que você se sente agora; Na
verdade, é estúpido não ser do jeito que você é
agora o tempo todo.
A razão pela qual você desce depois de deixar
você é que você não desfeita o suficiente de seus
pensamentos inconscientes. Eu o dirijo para o
infinito de ser que você é. Ao ver, você desfaz os
pensamentos contrários e se sente mais livre e
mais alto. Depois de sair, os pensamentos
inconscientes restantes de limitação ressurgem,
assumem, executam você e você se sente mais
baixo.
O que é necessário é que você continue eliminando
os pensamentos inconscientes até que não haja
mais, até que você esteja totalmente livre. Só então
você ficará satisfeito.
Estou apontando agora, o que você precisa fazer
para promover seu crescimento. O intelecto é
excelente para crescer e é necessário no início; Ele
define você na direção certa; leva você adiante.
Então você chega a um lugar onde isso não pode
levar mais longe. Então, o que você faz? Você para
no topo do intelecto, ou continua? Estou dizendo
vamos continuar! Isso não significa soltar seu
intelecto, esquecer ou suprimi -lo. Não, estou
dizendo ir além disso. Estou sugerindo outro passo
gigante.
Estou tentando fazer com que você veja qual é o
próximo passo, primeiro dizendo o que não é. Não
é intelectual. Intelectualmente, não há mais nada
que eu possa lhe dar. O que é? Está se tornando um
louco de si mesmo, realmente experimentando a si
mesmo. Eu poderia levá-lo muito mais alto do que
jamais foi antes se você o tirasse. Isso ajudaria
você a experimentar um estado superior do que
você jamais conheceu antes. Então a experiência
seria o seu conhecimento e, depois de
experimentá-la, deixaria você com um desejo mais
forte de liberdade, um incentivo mais forte para se
mover mais rápido em direção ao objetivo.
Agora, não quero falar em enigmas ou intangíveis.
O que é que atrairá mais do que o intelecto
elaborou até agora? É o seu estado de
receptividade. Ele determina a quantidade de
energia que flui para você. Declarado de outra
maneira, está deixando de lado suas reservas. À
medida que você se torna mais receptivo, mais o
poder flui através de mim e o levanta para o lugar
onde você se sente a si mesmo. Eu, Lester:, não
faço isso; Ele flui através de mim na medida em
que você o recebe. Pode ajudar a levá -lo a um
estado superior e, ao experimentar esse estado,
você definitivamente sabe disso. É melhor você
saber que "tu és isso".
P: Como fazemos isso?
Lester: Maior aceitação da direção que vem
através de mim e do fato de que a felicidade
realmente está dentro de você e não sem. A direção
até agora tem sido acalmar a mente olhando e
deixando de lado os pensamentos subconscientes.
Ao deixar de lado esses pensamentos, você fica
mais livre, sua mente é mais silenciosa, seu eu real
é menos obscuro e você é mais capaz de ser o
verdadeiro eu que é. Além disso, quanto mais você
tem essa experiência, mais é capaz de ser atraído
por si mesmo pelo poder que flui através de mim.
Isso pode continuar ao máximo.
Você acalmou a mente até certo ponto; há muito
mais a ser feito. É por isso que perguntei da última
vez: "Quem pode se sentar e acalmar
imediatamente sua mente e não ter pensamentos?"
Se você pode fazer isso, você é um mestre. Na
medida em que você pode acalmar sua mente, até
esse grau, você é um mestre. Mas todos estão mais
silenciosos agora do que eram. Nosso próximo
passo é ficar ainda mais quieto. E eu digo que não
vamos mais conseguir isso através do
intelectualismo, através de palavras de bandeira de
cima e de volta; Vamos passar por um método que
o ajuda diretamente a experimentar a quietude de
si mesmo.
P: Quando você acalma sua mente e nenhum
pensamento entra, então o que acontece? É um
espaço em branco?
Lester: Não, não está em branco; Você não tem
mente para ficar em branco! Você está no reino da
todo o conhecimento; Você não precisa pensar
mais; Você apenas sabe tudo e tudo se alinha
perfeitamente, o momento todo. Você opera com
uma sensação, chamado intuição. Todo mundo
nesta sala experimentou isso às vezes. A mente
nada mais é do que o pacote total de seus
pensamentos; uma pequena parte consciente; a
parte principal subconsciente e aguardada fora de
vista. A mente não é complicada quando você vê o
que é; É simplesmente a totalidade dos
pensamentos.
P: Não é verdade que os pensamentos
subconscientes são pensamentos que não estão
sendo pensados no momento?
Lester: Não, eles estão sendo pensados no
momento, mas não estão conscientemente sendo
pensados; Eles estão subconscientemente sendo
pensados no momento.
P: Então essa é a diferença entre pensamentos
conscientes e subconjuntos?
Lester: Sim, os pensamentos subconscientes estão
ativos agora, mas não estamos olhando para eles.
Você está conscientemente bombeando seu
coração? Respirando? Executando a fábrica
digestiva química que você tem? Você está
fazendo essas coisas conscientemente? Bem, então
você está fazendo isso subconscientemente.
P: Eu não tinha isso exatamente em mente.
Lester: Eu sei, mas quero mostrar como todos os
pensamentos sobre o corpo, mesmo que você não
esteja consciente deles, está ativo no momento e
há muitos, muitos pensamentos conectados à
administração de um corpo; Há muita ação
acontecendo lá. Eles estão ativos agora ~ mesmo
que não estejam conscientes deles.
P: Isso é automatizado; Isso é o que eu chamo de
automação.
Lester: Certo. Mas quem agora está executando a
ação automatizada? Nós somos. Foi originalmente
útil, pois não precisávamos operar
conscientemente o corpo. Então perdemos de vista
o fato de termos jogado isso no automático; E,
portanto, agora está nos executando. É difícil
mudá-lo porque o deixamos inconsciente. Quando
percebemos, vemos isso e depois mudamos. Nós
nos libertamos disso; Nós restabelecemos nosso
controle sobre o corpo.
Nosso objetivo é deixar de lado pensamentos
inconscientes, essas coisas habituais do passado
que nos mantêm automaticamente ligadas. Todo
pensamento habitual é uma escravidão que tira
uma certa quantidade de liberdade, felicidade.
Devemos deixar de lado todos esses antigos
hábitos até que estamos totalmente livres deles.
Então somos mestres libertados e totalmente
realizados.
P: É por isso que algumas palavras nos
desencadearão. Se ouvirmos uma certa palavra,
voamos para uma loucura, ou se ouvirmos outra
coisa, nos sentimos bem.
Lester: Certo! Portanto, nosso objetivo é deixar de
lado todos esses pensamentos subconscientes. Até
agora, fizemos um lindo trabalho, usando os
pensamentos, a mente. Agora estou sugerindo que
seguimos em frente; Que temos a mente, mas mais
silenciosa ao fazer o que faz isso diretamente, ou
seja, experimentando a si mesmo.
Isso também pode ser feito na meditação. Eu
deveria redefinir a palavra "meditação". Quando
digo meditação, quero dizer manter um
pensamento com a exclusão de outros
pensamentos e que um pensamento deve ser uma
pergunta. À medida que outros pensamentos caem,
a mente fica quieta e concentrada. Quando a mente
estiver concentrada, você experimentará a si
mesmo e ela responderá a qualquer e qualquer
pergunta. Ele responderá às perguntas que
precisamos ter respondido para nos mostrar a saída
das ligações.
Agora, na meditação, no momento em que você
senta para acalmar a mente, parece ficar noiser, o
que é natural; Os pensamentos surgem para que
caíssemos, para deixar de lado. E cada vez que
deixamos de lado um, é menos que temos que
deixar de lado. À medida que o tempo passa e
continuamos desistindo desses pensamentos,
temos cada vez menos cair. Algum dia a mente fica
quieta o suficiente para que vejamos plenamente
esse infinito ser que somos; e então em um
montante fixo. Abaixamos tudo o que resta. E
quando não há mais pensamentos, somos livres e
resta apenas o nosso eu infinito.
P: Minha mente continua ficando mais barulhenta
e barulhenta.
Lester: Não, é que você está olhando mais para
seus pensamentos subconscientes. Você não tem
mais pensamentos; Você acabou de se tornar mais
consciente deles. Os pensamentos inconscientes
que controlam “você” aparecerão. Toda vez que
você medita isso acontece e, através da prática,
algum dia você poderá manter uma pergunta, um
pensamento, sem que outros pensamentos tenham
entrado. Quando você chegar tão longe, está se
movendo rapidamente. Quando você largou todos
os pensamentos subconscientes, então você sabe o
que é Deus, que seu ser é ele.
P: Gostaria de identificar o sentimento na
meditação. É semelhante a um sentimento que
você tem enquanto ouve uma bela peça de música?
Lester: Sim, é um dos sentimentos mais agradáveis
e silenciosos que você pode ter.
P: Então, o processo de meditação, como estou
vendo agora, não tem que fazer com pensamentos,
mas com se identificar com esse sentimento e
permitir que ele se expanda.
Lester: Sim! No entanto, esse bom sentimento é
realizado acalmando os pensamentos. Algum dia, o
sentimento meditativo será muito mais agradável
do que a música.
P: Sinto que seria um tremendo que você quase
explodiria!
LESTER: Bem, você não vai explodir porque você
aceita o máximo que pode aceitá-lo. Existe uma
tremenda em nós que, se isso acontecesse ao
mesmo tempo, simplesmente não poderíamos
aceitar.
P: A meditação está relacionada à receptividade?
Lester: Definitivamente sim! Quanto melhor
somos capazes de medir, mais receptivos somos e
mais receptivos somos, melhor podemos meditar.
Estou enfatizando a meditação com a esperança de
nos ajudar a nos tornar mais receptivos. Devemos
deixar de lado as ideias estranhas que temos sobre
a meditação. Você não precisa ser um hindu ou um
iogue; Você pode ser cem por cento americano e
ser um meditador muito bom.
A meditação está simplesmente mantendo uma
pergunta ou pensamento com exclusão de todos os
outros pensamentos e quando essa pergunta ou
pensamento está no seu ser, isso é uma meditação
correta. Antes de alcançarmos uma boa meditação,
temos que trabalhar para deixar de lado
pensamentos estranhos que entram enquanto
tentamos manter uma pergunta. Então essa
pergunta será respondida, seja qual for a pergunta.
"O que eu sou?" é a pergunta final. Quando
obtemos a resposta completa para isso, estamos no
estado final.
P: Você não tenta automaticamente responder
quando se faz a pergunta?
Lester: Sim, você faz, mas sua mente não pode. A
mente nunca pode lhe dar a resposta para a
pergunta "O que eu sou?" Por que? Porque a
realização é a eliminação da mente e a mente que
faz a questão não vai se eliminar. É quase como
dizer: "Elimine -se". A mente não quer se eliminar,
portanto, quando a mente coloca a pergunta "O
que eu sou?" A mente nunca será toda a eternidade,
dará a resposta.
Essa é outra razão pela qual o intelecto só pode
nos levar até agora. A mente não pode nos dar a
resposta porque, por si só, está em limitação, na
finalização. A resposta está no infinito. A mente
pode fazer a pergunta "O que eu sou?" E quando a
resposta chegar, é além da mente. É apenas
acalmando a mente que você poderá ver quem e o
que você é. A mente é a capa ofuscante sobre esse
eu infinito que você é.
P: Mas por baixo de tudo, estou tentando encontrar
algo para se apegar aqui, é esse brilho, esse
sentimento?
Lester: Sim. Se você examinar o brilho, descobrirá
que é uma sensação de "eu-nene", de ser de ser.
P: Supondo que esse sentimento de que todos
temos ocasionalmente o nosso verdadeiro está
brilhando, mesmo que seja uma parte muito
pequena que estamos enfrentando, essa é a
experiência constante que devemos alcançar,
certo?
Lester: Sim! Faça nada além disso e é isso.
Depois, não há nada além da experiência de "eu-
eu-eu-eu-eu..." o tempo todo, e você está lá.
P: Até agora. Eu só tive uma compreensão
intelectual dessas coisas e essa é a primeira
experiência concreta que tive.
Lester: Bem, não é assim. Sempre houve uma
sensação de experimentar quando você conseguiu
uma percepção.
P: Bem, é isso que estou descobrindo; Agora eu
me identifiquei com esse brilho, esse sentimento.
Lester: Sim, o brilho é a experiência e é maior que
o intelecto. Está simplesmente experimentando.
P: É assim que eu quero, porque os livros parecem
terrivelmente complicados. Como isso se encaixa
nos ensinamentos da Auto Realização?
Lester: Os ensinamentos da SRF (Self-Realization
Fellowship) dirão a mesma coisa de uma
abordagem diferente. Sua abordagem é para a
maioria dos buscadores. O cristianismo está no
reino do amor, devoção e rendição a Deus. O
mesmo acontece com os ensinamentos da SRF. Em
vez de trabalhar tanto para eliminar o ego, eles
dizem: "Apenas se renda a Deus". Se você
realmente se rende, é apenas rendição do ego. "Tua
vontade, não minha vontade" é simplesmente
render -se ao ego.
O SRF instrui você a acalmar a mente,
principalmente através da medição, para que seu
eu infinito se torne óbvio. Seu principal ensino é
sua metodologia, chamada Kriya Yoga, um método
integral que pode ser usado por todos.
Se você entender a imagem geral, verá que não há
desacordo. Estou tentando fazer você acalmar a
mente, deixar de lado a mente. Seus ensinamentos
acabarão fazendo a mesma coisa. E é um bom
equilíbrio ter nossa maneira intelectual, de
sabedoria e seu aspecto devocional, de amor e
rendição. No entanto, você não pode realmente ter
um sem o outro. Portanto, abordá-lo de ambos os
lados é benéfico. E devemos usar todos os auxílios
possíveis. Nos precisamos disto; Estamos em um
período terrestre que é extremamente baixo.
Estamos tendo a oposição o dia todo, desde que
associemos ao mundo e, portanto, qualquer ajuda
útil deve ser usada.
Quando se trata de AIDS, não há maior ajuda do
que a experiência real e maravilhosamente
emocionante de ser você mesmo. Seja mais
receptivo - entregue seu pequeno eu e permita que
o poder do seu eu real flua até que, o poder, seja o
único poder que flui através de você. Glória nesse ***
poder! Permanecer nesse poder! Permaneça e
permaneça como seu eu infinito e glorioso! Esta sessão foi registrada em Los Angeles. 14 de
outubro de 1965.
SESSÃO 30
A melhor coisa, e a coisa mais difícil, temos que
fazer, é deixar a mente. É um ferro-velho cheio de
lixo de idades do passado; Recuse de pensamentos
de limitações: sou um corpo limitado; Eu tenho
problemas. Todos os pensamentos contêm
limitação. Nós os acumulamos na coisa que
chamamos de mente. A mente nada mais é do que
o acúmulo total de todos os pensamentos de SE.
Então a mente não passa de um ferro-velho de
limitação.
Tudo bem, então como nos livrarmos da mente?
Ao acalmá-lo. Quando acalmamos a mente,
descobrimos nosso infinito. Quanto mais vemos
nossa ilimitação, mais reconhecemos que o
Junkyard chamava a mente, e mais a deixamos de
lado - até irmos tão longe que deixamos deixar
toda a mente restante ao mesmo tempo.
No entanto, antes disso, continuamos lutando
contra os pensamentos quando eles surgem. À
medida que os pensamentos surgem, deixamos ir,
soltamos, soltamos, até deixarmos de lado o
suficiente deles, para que o eu que somos seja
óbvio. Então ele toma o controle e nos leva o
tempo todo. O melhor é acalmar a mente, que está
eliminando o pensamento, que está eliminando a
mente.
A meditação é necessária. Este é o principal ponto
que estou enfatizando: meditação. Aprenda a
meditar. Quanto mais profundo se for, mais
descobre as alegrias inatas para as quais não há
limites; Não importa o quão alegre você fique,
você sempre pode ir além. Se você fosse mil vezes
mais alegre do que é agora, ainda poderia
continuar e sem alegria. A alegria é ilimitada
porque somos infinitos.
Mas a principal coisa a realizar é a capacidade de
controlar a mente, meditar, cair em paz à vontade.
Um homem pode controlar uma nação inteira e, se
não pode controlar sua própria mente, que tipo de
controle ele tem? Ele é vítima de sua própria
mente. Em vez de estar no controle livre de seus
pensamentos, ele é um efeito deles. Ele é
realmente empurrado por hábitos passados. Ele
não é mestre. Só quem pode controlar sua mente é
um mestre, um mestre não apenas de si mesmo,
mas de tudo e qualquer coisa que ele faz. A
meditação é o caminho.,
A vasculhação do ego é melhor. Meditando em "O
que sou eu?" é melhor.
***
Meditar, buscando ativamente.
***
MEDITAÇÃO
A meditação deve estar ligada: "O que eu sou?" "O
que é Deus?" "O que é o mundo?" "Qual é o meu
relacionamento com o mundo?" "Qual é a
substância deste mundo?" "O que é o infinito?" "O
que é inteligência?" "Onde está este mundo?" Ou
em algumas das declarações que você ouviu
gostar: "Não estou no mundo, mas o mundo está
em mim". Pergunta e pergunte. "Por quê?" Tente
ver isso. Tente ver o significado por trás dessas
declarações da verdade.
***
Conseguimos ver a perfeição olhando na direção
onde está a perfeição. Agora, a perfeição não está
lá fora; nós sabemos isso. A perfeição está aqui
onde estamos, onde é o "eu" de nós. Então,
primeiro, temos que direcionar nossa atenção
interiormente; Devemos fazer uma pergunta e
segurá-la até que a resposta chegue. Quando a
resposta chegar, você sabe e sabe que sabe. E para
obter a resposta para "o que sou eu?" É necessário
ainda o barulho da mente, ainda assim os
pensamentos. Os pensamentos são o barulho. Os
pensamentos são conceitos de limitação e há tantos
que estão constantemente nos bombardeando, um
após o outro o tempo todo. Continue deixando
soltá-los até que a perfeição seja óbvia.
***
Todos esses pensamentos estranhos não chegariam
se não estivéssemos interessados neles.
***
Devemos aprender a acalmar a mente. Nunca
podemos aprender como, por conversa constante.
Quanto menos conversa, melhor.
***
A meditação é direcionada ao pensar.
***
A meditação está colocando sua mente no caminho
para encontrar Deus.
***
A meditação está procurando as respostas na
direção certa.
***
A meditação está basicamente pensando na direção
certa e segurando -a para que outros pensamentos
continuem caindo até que a mente esteja
concentrada. Quando a mente está concentrada, as
respostas se tornam óbvias para você.
 ***
A concentração está mantendo um pensamento
com exclusão de outros pensamentos e levantará
um e ajudará a crescer.
***
A capacidade de manter um pensamento concentra
a mente para que possa quebrar os segredos de si
mesmo.
***
Meditar para deixar a mente quieto é bom. Meditar
para deixar de lado o ego é melhor. Meditando em
"O que sou eu?" é melhor.
***
Meditar, buscando ativamente.
***
A meditação deve estar ligada: "O que eu sou?" "O
que é Deus?" "O que é o mundo?" "Qual é o meu
relacionamento com o mundo?" "Qual é a
substância deste mundo?" "O que é o infinito?" "O
que é inteligência?" "Onde está este mundo?" Ou
em algumas das declarações que você ouviu
gostar: "Não estou no mundo, mas o mundo está
em mim". Pergunta e pergunte. "Por quê?" Tente
ver isso. Tente ver o significado por trás dessas
declarações da verdade.
***
Conseguimos ver a perfeição olhando na direção
onde está a perfeição. Agora, a perfeição não está
lá fora; nós sabemos isso. A perfeição está aqui
onde estamos, onde é o "eu" de nós. Então,
primeiro, temos que direcionar nossa atenção
interiormente; Devemos fazer uma pergunta e
segurá-la até que a resposta chegue. Quando a
resposta chegar, você sabe e sabe que sabe. E para
obter a resposta para "o que sou eu?" É necessário
ainda o barulho da mente, ainda assim os
pensamentos. Os pensamentos são o barulho. Os
pensamentos são conceitos de limitação e há tantos
que estão constantemente nos bombardeando, um
após o outro o tempo todo. Continue deixando
soltá-los até que a perfeição seja óbvia.
***
Todos esses pensamentos estranhos não chegariam
se não estivéssemos interessados neles.
***
Devemos aprender a acalmar a mente. Nunca
podemos aprender como, por conversa constante.
Quanto menos conversa, melhor.
***
A meditação é direcionada ao pensar.
***
A meditação está colocando sua mente no caminho
para encontrar Deus.
***
A meditação está procurando as respostas na
direção certa.
***
A meditação está basicamente pensando na direção
certa e segurando -a para que outros pensamentos
continuem caindo até que a mente esteja
concentrada. Quando a mente está concentrada, as
respostas se tornam óbvias para você.
***
A concentração está mantendo um pensamento
com exclusão de outros pensamentos e levantará
um e ajudará a crescer.
***
A capacidade de manter um pensamento concentra
a mente para que possa quebrar os segredos de si
mesmo.
***
Meditar para deixar a mente quieto é bom.
Meditando para deixar
***
A meditação não precisa ser formal para ser
meditação. Pode ser a qualquer momento que se
fique quieto e procura. Alguns de nós acham que é
mais fácil meditar quando não é formal, porque às
vezes inconscientemente temos objeções e
resistências à meditação formal. No entanto,
devemos trabalhar para abandonar as objeções e
resistências e estarmos livres deles.
***
Inverta seus pensamentos negativos à medida que
eles têm a mente. Deixe de lado pensamentos
negativos revertendo-os e, eventualmente, solte
todos os pensamentos.
***
O que você ganha permanece. Mesmo que você
tenha despertado um pensamento, uma ideia, ainda
resta uma infinidade de pensamentos e, portanto,
outro aparece. Desfazer um pensamento limitador
não desfaz todos os pensamentos subconscientes.
O que resta deve ser deixado de lado, retirando
uma tendência ou predisposição, você deixa deixar
todos os pensamentos que a motivam.
***
A meditação deve sempre estar com uma busca.
***
Tudo o que todo mundo procura através do
trabalho é muito melhor obtido através da
meditação. A meditação mais cedo e melhor
conseguirá o que você deseja do que trabalhar no
mundo, pois será.
***
É a porta para o infinito quando você vai para
dentro. Quando você vai para fora, é a porta para a
limitação.
***
Internalizar sua atenção. Toda a atenção externa é
desperdiçada.
***
O que você faz para si mesmo, sendo o seu, só
pode ser desfeito por você.
***
Deus é conhecido apenas por seu esforço e
direção. Olhe concentrado para o reino de Deus.
***
Com a meditação, você descobrirá que cobriu seu
eu ilimitado com seu ego limitado.
***
A meditação é o caminho para a onipresença.
***
Medite para entrar na prática e no hábito da
meditação. Devemos meditar o máximo que
pudermos. A meditação está deixando a mente uma
ponta na direção de quem e o que somos. Está
afastando a mente das coisas mundanas e
concentrando -a na direção em que estamos.
Quanto mais fazemos, mais gostamos. E quanto
mais gostamos, mais fazemos, até que se torne
algo que continua sem esforço o tempo todo. Não
importa o que você esteja fazendo, essa meditação
continua em segundo plano. Então você está
realmente se movendo. Até então, você não está se
movendo muito rapidamente, porque na maioria
das vezes você está no mundo e na direção da
limitação.
***
Existe apenas uma maneira de chegar ao alto
estado, e isso é acalmando a mente. O método de
acalmar a mente é a meditação. É muito difícil; No
momento em que você senta e quer acalmar a
mente, apareça os pensamentos. Bem, à medida
que os pensamentos aparecem, continue
derrubando-os, colocando-os para fora, deixando-
os deixá-los até chegar a um estado em que você
pode sentar -se relativamente quieto. Então você
começa a gostar da meditação porque é uma
experiência mais profunda do seu eu real. Depois
de gostar, o principal obstáculo à prática da
meditação é eliminado. Mas você nunca deve parar
até chegar ao local onde a meditação é deliciosa.
Então você continuará com facilidade.
***
A meditação mais eficaz é quando você está por
você mesmo. A meditação do grupo é para
iniciantes, com o objetivo de acostumar -se à
meditação.
***
A meditação realmente deve estar se comunicando
consigo mesmo.
***
Você verá a si mesmo na proporção de que sua
mente está quieta.
***
A maneira de se livrar do ego é deixar a mente tão
silenciosa que você pode ver o que é. Então você
sabe que não é o ego e o solta.
***
A meditação intensa o levará ao seu professor
realizado, ao seu mestre.
***
Expandir de ser apenas um corpo é tão difícil por
causa do estado do mundo hoje. Precisamos da
ajuda dos mestres para nos levantar, na verdade,
para ajudar a nos retirar. Eles não podem fazer isso
a menos que sejamos receptivos. Não podemos ser
receptivos, a menos que nossa mente esteja quieta.
E nossa mente fica quieta através da meditação.
***
Basta entrar em meditação, ficar quieto e esperar
essa ajuda mais alta e ela virá. Deus e gurus estão
constantemente nos ajudando. Se ficarmos quietos,
com a ajuda deles, somos levantados para
experimentar o nosso eu.
 ***
A meditação tem que chegar ao ponto em que é a
coisa mais importante. No entanto, mesmo um
pouco de meditação percorre um longo caminho,
especialmente se estiver concentrado.
***
As coisas espirituais são discernidas
espiritualmente. O conhecimento espiritual não se
resume a um nível mais baixo. Temos que nos
levantar para isso. Nós nos levantamos na
meditação. A meditação deve ser usada para
entender maior, aumentando-nos até onde está o
entendimento mais alto.
***
A meditação é maravilhosa. As coisas acontecem
na meditação que nunca poderiam acontecer
enquanto você está falando ou ativo.
***
Você pode deixar a mente quieta pelo desejo de
descobrir o que você é. Quando o interesse em
saber o que você é se torna mais forte do que o
interesse neste mundo e no corpo, você o descobre.
Desejo, desejo intenso por isso, é a chave.
**
O conceito de meditar, tornando sua mente um
espaço em branco. Você não pode tornar sua mente
um espaço em branco.
***
A meditação é um trampolim para o conhecimento
da resposta para "o que sou eu?"
***
Algum dia, a coisa mais deliciosa que você saberá
será a meditação.
***
Medite até que se torne constante, ou seja, até que
continue na parte de trás da mente,
independentemente do que você está fazendo.
***
Há uma meditação de ficar quieto. Apenas fique
quieto, não de maneira passiva, mas de uma
maneira ativa de apenas ser. É muito bom ser e ser
e ser. É uma experiência tremenda. É uma
sensação maravilhosa de apenas ser. No entanto,
não pare por aí. Continue soltando o ego até que
não haja mais.
***
Você chegará a um ponto em que a meditação 1ike
é melhor do que qualquer outra coisa, porque
chegará a um ponto em que estará sendo o seu
verdadeiro eu. Essa é a maior de toda alegria que
você, anteriormente pensava ser externo no
mundo, em sua esposa, em seus filhos. Você verá
sua esposa e seus filhos como nada além de si
mesmo; você verá isso. E a alegria será direta e
constante o tempo todo.
***
A resposta não virá do raciocínio. Virá de
meditação silenciosa. Algum dia, algum dia, virá.
Ele apenas se apresentará a você, tão simples, e
você dirá. "Oh-!"
***
A meditação é pensar, mas pensando em uma coisa
para que outros pensamentos caam. Quando você
está intensamente interessado em uma coisa,
outros pensamentos caem.
***
Quanto mais quieto somos. quanto mais somos o
eu. Quando a meditação se torna constante. O
tempo todo, mesmo sendo ativos externamente,
passamos pela vida e trabalhamos
automaticamente, o tempo todo permanecendo em
nosso eu real.
***
O buscador maduro do eu começa: a realidade é
que eu nunca fui amarrado; Eu sempre fui livre e
perfeita - e tira de lá.
***
Basta olhar para o que você é, em vez do que não
é. Quando você descobre o que é, simultaneamente
descobre o que não é e o solta.
***
Diga: "Eu não sou esse corpo; não sou essa mente"
e fique com ele.
***
Vendo que você não é o ego, você está deixando
de lado grandes pedaços de ego.
***
A profundidade em que você entra na meditação
determina quanto você acaba com o ego.
***
A profundidade da meditação é o grau de acalmar
a mente.
***
Quanto mais você pode meditar, mais profunda
você pode ir.
***
Depois de atingir a paz, descubra o que você é.
***
Conseguir a sensação de bom é bom. Quanto
maior você for, melhor será o sentimento. Mas
quando você procura o bom sentimento como o
fim, esse é o fim. O crescimento é mais do que cair
no bom sentimento de si; Está abandonando o não
-eu, - o ego.
***
Desfrutar da meditação é um passo, mas não pare
por aí; vá além disso. Você precisa obter a
resposta.
***
Alguém poderia meditar para todo o sempre.
***
A meditação em si pode se tornar uma armadilha e
o carrinho ser usado como muleta. Você tem que
obter realizações.
***
Quando você alcança a plena realização, você fica
em estado meditativo o tempo todo. Na verdade, a
meditação é o estado natural.
***
A meditação constante é uma lembrança constante
de Deus, o Eu.
***
A meditação é extremamente difícil no início, mas
fica mais fácil com o passar do tempo - então, um
dia você dirá. "Isso é ótimo! Isso é o que eu
quero!" Então você faz isso o tempo todo. Então
você está realmente no caminho espiritual.
***
Concentre-se muito concentradamente em seu Eu.
Volte a mente para a mente para descobrir o que é
a mente, e então vá além da mente e habite em seu
Eu. Cada um deve experimentá-lo. É uma
percepção, mas não é realmente uma percepção
mental. Você obtém reconhecimentos, revelações e
realizações mantendo a mente apontada em uma
direção até que ela fique muito quieta, até que
outros pensamentos desapareçam. Mantenha um
pensamento até que ele o leve ao reino logo atrás
do pensamento; a resposta está aí. Chamamos isso
de experiência, de revelação.
***
Devemos aprender a aquietar a mente para que,
quando nos sentarmos, abandonemos o mundo. Só
então realmente começamos a avançar em níveis
elevados neste caminho espiritual. Fizemos deste
mundo um mundo melhor; fizemos deste sonho
um sonho mais feliz, mas estamos quase tão
ligados como estávamos antes. Substituímos a
escravidão às coisas ruins pela escravidão às
coisas boas. Agora devemos aprender a abandonar
os pensamentos, todos os pensamentos. O caminho
é através da meditação, meditação correta: aquietar
a mente, aquietar os pensamentos e, finalmente,
eliminar todos os pensamentos.
***
Na meditação em grupo, o apoio é concedido um
ao outro. A potência é multiplicada e você pode
ficar mais quieto com o passar do tempo. Mas a
melhor meditação é quando você está sozinho e
não precisa de apoio de grupo. Então você não está
confinado a nenhum período de tempo. Você
consegue e pode ficar com ele por cinco, dez, até
vinte e quatro horas. E isso deveria acontecer.
Quando você gosta tanto que fica acordado a noite
toda continuando, torna-se mais interessante do
que dormir. Então você tem o impulso. Então você
poderá ver e ser seu verdadeiro Eu.
***
Uma maneira de dominar a mente é mergulhar no
Ser. Você chega a um lugar onde é tão delicioso
que você simplesmente não quer fazer nada além
de permanecer nele. Chega a ser muito fácil.
Quando chegar ao ponto em que é fácil, basta
continuar. Fique com isso até percorrer todo o
caminho. Pela constância disso, a cada dia você
fica cada vez mais quieto, e então o Eu, como você
O vê, continua queimando o ego, o que aquieta
ainda mais a mente.
***
Você sabe, diz-se que o seu crescimento espiritual
realmente começa quando você é capaz de cair no
samadhi. Não gosto de dizer isso porque é
desanimador para algumas pessoas. Samadhi é a
absorção completa do seu pensamento. É
concentração total.
***
A meditação, a princípio, consiste em manter os
pensamentos em Deus, o Eu, com exclusão de
outros pensamentos. Quando alguém é realizado, a
meditação é a consciência, não de nada por parte
de alguém, mas apenas a corrente de consciência
da consciência onde não há alteridade nem ação,
mas compatível com o pleno uso das faculdades
mentais e físicas.

***

No final do caminho da meditação você descobre o

seu grande e glorioso Eu!

***

Esta Sessão foi compilada a partir de várias

Sessões.
SESSÃO 31
Como temos um grupo tão grande e misto, não sei
por onde começar. O melhor é fazer o que for
melhor para o maior número. Realmente não existe
ensino em massa que seja muito eficaz. O ensino,
para ser realmente eficaz, deve ser individual. O
poder do Professor quando focado em um grupo
não é tão poderoso quanto quando focado em um
indivíduo. O poder utilizado pelo Guru é mais
intenso no indivíduo; está disperso no grupo; não
está concentrado. Quando o Guru trabalha com um
aluno individual, todo o poder flui para o aluno
para elevá-lo ao lugar onde ele vê a Verdade.
Agora, cada indivíduo tem algo específico que está
buscando e precisando no momento. Quando
respondo a um indivíduo sobre o assunto que ele
está perguntando, geralmente há outros que têm a
mesma pergunta e que podem se beneficiar com
isso. Portanto, em geral, gosto de responder
perguntas. Mas se você quiser, darei uma breve
sinopse do assunto.
Basicamente, somos todos Seres infinitos e
perfeitos. Presumo que a maioria de nós aceita
isso, pelo menos teoricamente. Isso nos é dito
pelas escrituras, especialmente pelas escrituras
hindus. Os Mestres nos dizem isso. Eu chego e
digo a mesma coisa. Mas por que não expressamos
esse Ser infinito e perfeito que somos? A razão
pela qual não expressamos isso é que, através do
hábito de vidas inteiras, jogamos um jogo de
limitação. Jogamos isso por tanto tempo que
esquecemos completamente que estamos jogando
um jogo de limitação e que nossa verdadeira
natureza básica é infinita. Não olhamos para esse
Ser infinito que somos. Continuamos todos os
dias, todos os momentos, olhando para esse
pequeno boneco que montamos, chamado de
corpo, e assumimos que somos esse corpo.
Enquanto continuarmos olhando para este corpo
como sendo nós. Estamos presos aí; não podemos
ver o nosso infinito, não sabemos o que é; e
continuamos indefinidamente, vida após vida,
presumindo que somos um corpo.
Fazemos isso há tanto tempo que é preciso muita
vontade para nos movermos na direção oposta,
para olharmos e vermos o Ser infinito que
realmente somos. Essa super vontade pode nos
levar a assumir a cada momento que somos um
corpo limitado. Se fizéssemos isso por apenas um
segundo e víssemos esse Ser infinito que
realmente somos, usaríamos esse segundo para
desfazer muitas limitações. Mas primeiro devemos
assumir que somos infinitos. Então devemos
começar a desfazer as limitações. Na verdade,
devemos aceitar que não somos este corpo, que
O JOGO
não somos esta mente. e até que façamos isso não
teremos absolutamente nenhuma chance de sair
dessa armadilha, chamada “O Jogo de Sermos
Corpos Limitados”.
Então, como dizem as escrituras: Tu és Isso. Fique
quieto e saiba disso. Cada pensamento que temos é
necessariamente um pensamento de limitação.
Deixe de lado o pensamento - fique quieto.
Os métodos são, como sabemos, ficar quieto.
Acalme a mente. No momento em que a mente
fica suficientemente tranquila, este Ser infinito que
somos torna-se autoóbvio. Então o método é muito
simples: acalme essa mente o suficiente para que
você veja esse Ser infinito que você é. Agora, no
momento em que você vê isso, no momento em
que você vê esse Ser infinito que você é, você
imediatamente começará a trabalhar para desfazer
os pensamentos restantes de que você não é isso. E
quando não há mais pensamentos, resta apenas o
Ser infinito.
Muito estranhamente, o que você está procurando
é a coisa mais próxima de você. Cada vez que
você diz “eu”, é isso. Quando você diz “eu”, você
está falando sobre o Ser infinito. Quando você diz
“Eu sou um corpo”, você está dizendo “Eu, o Ser
infinito, sou um corpo limitado com uma mente
limitada”. É realmente tão simples assim. Mas
simplicidade não significa que seja fácil abandonar
os hábitos que você mantém há eras.
Isso que todos buscam, aquilo que todos chamam
de felicidade, nada mais é do que o Eu infinito que
somos. Cada um, em cada ato seu, está buscando
esse Eu infinito que ele é, chamando-o por outros
nomes: dinheiro, felicidade, sucesso, amor, etc. , -
por que não somos apenas o que somos e paramos
de tentar ser o que não somos, - um corpo
limitado? Alguém pode responder isso? Por que
não deixamos de ser limitados?
P: Porque não podemos.
Lester: Você quer dizer que um Ser infinito não
pode deixar de ser limitado?
P: Porque não queremos.
Lester: Certo. Nós não queremos!
P: O Ser infinito não quer?
Lester: Sim. Eu, o Ser infinito, penso que sou um
corpo limitado, e venho fazendo isso há tanto
tempo que eu, o Ser infinito, não quero deixar de
assumir constantemente que sou esse corpo
limitado. Isso faz sentido?
P: Sim.
Lester: Cada vez que você diz “eu” sem ir mais
longe, você está falando sobre o Ser infinito que
você é, mas imediatamente acrescenta “sou este
corpo”. Se você apenas dissesse “E-I-I” daqui em
diante, obteria a realização plena, porque ao dizer
“E-I-I”, você estará se concentrando em “Eu” e
não dizendo: “Sou um pequeno corpo com
necessidades. "
Portanto, não há ninguém que não experimente a
cada momento o Ser infinito que ele é. Enquanto
ele vivenciar um “eu”, ele estará vivenciando esse
Ser infinito que ele é.
No entanto, você não quer ver isso. Você quer ser o
corpo. Então, o que é necessário? Primeiro,
dizendo a si mesmo: "Eu não sou este corpo, não
sou esta mente; então o que sou eu?" Se
rejeitarmos suficientemente este corpo e mente, o
que somos torna-se óbvio.
Nunca poderemos nos tornar um Ser infinito
porque somos isso. Podemos simplesmente
abandonar os conceitos de que não somos isso.
Podemos simplesmente abandonar os conceitos de
que somos um corpo, uma mente. A primeira coisa
necessária é o desejo de abandonar esse ser
limitado que pensamos que somos. Um desejo
muito forte de ser o Ser infinito que realmente
somos é a única coisa que precisamos para chegar
lá rapidamente.
Mas, como ele disse, não queremos isso. Se
realmente quiséssemos, nós o teríamos. Há uma
dificuldade, é claro, e qual é a dificuldade? É o
hábito; é o pensamento habitual inconsciente; é a
mente. Então nós o atacamos atacando essa mente
inconscientemente muito pensante. A mente é a
única cobertura do Ser infinito que somos.
Devemos parar de pensar o tempo suficiente para
ver o que somos, e esse “tempo suficiente” pode
ser apenas um segundo. Se você parasse de pensar
por um segundo (pensar inclui também o
pensamento inconsciente), - se você parasse de
pensar por um segundo, o tremendo choque
libertador de ver o que você é, faria com que você
usasse esse poder infinito que é seu, para queimar
a mente. A mente pode ser queimada em grandes
quantidades, cada vez que, apenas por um
momento, cairemos naquele estado ilimitado de
não pensar.
Acho que a próxima pergunta é: como criamos o
desejo por isso? Se o desejo for forte o suficiente,
qualquer pessoa poderá ver e ser plenamente o Ser
infinito em questão de semanas, meses, alguns
anos. Se algum de vocês tivesse um forte desejo de
ver esse Ser infinito que você é e apenas
mantivesse esse desejo, em poucos meses você
veria e permaneceria como o Ser infinito que você
é. Você pararia de se imaginar como um corpo
limitado. Portanto, a chave é o desejo.
Quando você deseja ter um corpo bonito, um
corpo saudável, todos esses pensamentos o
impedem de ver o Ser infinito que você é. Você
simplesmente deve trocar todos os seus desejos
pelo único desejo de descobrir o seu infinito e real
Eu. Gostaria de fazer algumas perguntas agora
sobre o que falei para poder me aproximar dos
seus desejos.
P: Ao fazer "O que sou eu?" Olhei para as estrelas
e tive a ideia de que poderia ser as estrelas. Aí
conversei com outra pessoa e ela disse. "Não. você
não faz isso." E eu pensei. "Bem, pelo amor de
Deus. Vou descobrir como fazer isso!"
Lester: Você está falando de um método chamado
Self Inquiry, que é realmente o melhor método. A
última pergunta que todos temos que responder é:
O que sou eu? E quando essa resposta vier, é isso.
Então, por que não colocar essa questão no início?
Quando você faz a pergunta "O que sou eu?"
qualquer resposta que a mente dê não pode estar
certa porque a mente é a cobertura do seu
verdadeiro Eu. A mente é o que limita você. O
método consiste em manter apenas a pergunta "O
que sou eu?" Se outro pensamento surgir, pare
rapidamente dizendo para si mesmo. "Para quem é
esse pensamento? Bem, para mim. Bem, o que eu
sou?" E você está de volta à pista.
P: Entendo. Obrigado.
Lester: Agora, existem apenas alguns raros em
nosso planeta que conseguem usar esse método
com sucesso. Portanto, sugiro que usemos desta
forma: busquemos sempre a resposta para “O que
sou eu?” Não importa o que você faça durante o
dia, seja na meditação, na leitura e assim por
diante, no fundo da sua mente sempre mantenha
aquela pergunta equilibrada e formulada, pronta e
esperando por uma resposta: “O que sou eu?... O
que sou eu? ” Eu uso “o que” em vez de “quem”
porque “quem” é um pronome pessoal e tende a
nos levar a ser o corpo. "O que" é mais impessoal.
Mas esta questão deve ser sempre mantida. Não
importa o caminho que sigamos, não importa o
método que utilizemos, devemos sempre manter
em segundo plano “O que sou eu?” E se fizermos
isso, eventualmente teremos que ver a resposta
completa.
P: Com relação a isso, quantas vezes alguém faz a
pergunta?
Lester: Cada vez que um pensamento, um
pensamento perdido, surge na mente, devemos
dizer: “Para quem é esse pensamento? Bem, é para
mim. Então, o que sou eu?" Isso terá que ser
repetido após cada pensamento perdido.
P: Mas se nenhum pensamento vier, então isso não
deve ser dito?
Lester: Certo.
P: Você espera então por uma resposta.
Lester: Espere para ver; você não espera por uma
resposta, uma resposta viria da mente.
P: Você espera para ver?
Lester: Sim, espere para ver. O Eu se torna óbvio.
De repente, Ele está lá e você percebe que Ele
sempre esteve lá, que você tem desviado o olhar
disso, iludindo-se pensando que é um corpo, uma
mente. E então você se vê como todo o ser. Você
se torna cada pessoa, cada animal, cada inseto,
cada átomo do universo. Que o ser do universo é
apenas o seu ser, é o que você descobre. Está lá;
Está aí agora mesmo! Mas você está desviando o
olhar Disto o tempo todo. Quando a mente está
suficientemente aquietada, Ela está lá. É o “eu”
que sou, é isso. Não há nada mais perto de você do
que isso. Na maior parte do tempo você a procura
lá fora, através de um corpo, e ela não está lá fora;
É o “eu” aqui, que é o Ser infinito.
Manter apenas essa questão não é fácil e,
portanto, sugiro mantê-la de forma geral. Adquira
o hábito de sempre buscar o que você é, não
importa o método que esteja usando. E quando a
tranquilidade mental chega, a tal ponto que não há
outro pensamento em sua mente além de "O que
sou eu?" esse aquietamento de todos os outros
pensamentos torna o seu Eu auto-óbvio para você.
Está exatamente onde você está, onde quer que
você esteja – exatamente onde está o “eu”.
Então, novamente, mantenha essa pergunta – não
importa qual método você use, até que a resposta
se mostre, até que se torne óbvia.
P: Parece muito difícil.
Lester: É difícil abandonar o hábito de pensar a
cada momento que você é um corpo limitado.
Estamos nos bombardeando o tempo todo com o
pensamento: eu sou um corpo; Eu sou um corpo;
Eu sou um corpo. Isso acontece o tempo todo para
que não vejamos o Ser infinito que somos. É um
bombardeio constante de: sou um corpo com
envolvimento.
A meditação é uma tentativa de aquietar a mente,
mantendo um pensamento para que outros
pensamentos desapareçam. Mantendo esse
pensamento, se pudermos chegar ao lugar onde
apenas esse pensamento está presente. ---isso é
suficiente para vermos o Ser infinito que somos.
Não existe um método que não tente acalmar a
mente para que o Ser infinito que somos possa se
tornar auto-óbvio.
P: Quando você diz “auto-óbvio”, como se sente o
seu verdadeiro Eu?
Lester: Quando você chega ao fim, como disse
Vivekananda, você vê que nunca existiu nada além
de "eu" sozinho. Agora, se não há nada além de
“eu” sozinho, então “eu sou tudo, todos”, é o seu
sentimento. Você considera todos os outros corpos
igualmente como seu corpo. Você vê todos como
você; assim como você vê seu corpo como você,
você vê todos como você.
A sensação é indescritível. É uma experiência tão
intensa, muito além de qualquer coisa que as
limitações atuais permitam, que você nunca saberá
disso sem experimentá-la. Mas, do nível em que
estamos, é o que chamamos de felicidade. É
alegria ilimitada, alegria infinita. A princípio,
parece uma euforia; é esmagador; é difícil conter;
chega a ser desconfortável. Você fica feliz com um
tapa, bêbado, em êxtase; chega a ser irritante. E
então você trabalha nisso até que tudo caia e o que
resta é uma paz muito profunda, profunda e
deliciosa. É uma paz muito melhor do que a
alegria extrema que você tinha antes, e você não
procura mais essa alegria. O estado de alegria não
é o máximo; o último é o estado de paz. Cada um
de nós pode experimentar isso às vezes.
P: Então é possível se deparar com isso e depois
perdê-lo?
Lester: Ah, sim. Muitas pessoas fazem isso. A
primeira vez que realmente caímos nisso, não
somos capazes de mantê-lo porque o hábito de
pensar assume novamente o controle. E no
momento em que pensamos, pensamos que somos
limitados. Todo pensamento deve ser limitado.
Deixe de lado o jogo de ser limitado; deixe o
mundo. Não tente controlá-lo. Não tente se
divertir. Tire toda a sua alegria de dentro. Então, o
que antes era o jogo assume uma imagem de
mesmice. Tudo fica igual. Se tudo é igual, e está
na Verdade Absoluta, onde pode haver jogo? Se
você for pego em um jogo, estará preso em uma
ilusão eterna. O jogo nunca terminará. E se você
está no jogo, você está longe do seu Ser infinito.
Sempre existe uma certa limitação no jogo que
sempre o impedirá de ficar totalmente satisfeito.
Portanto, há um degrau acima do jogo de brincar,
somos corpos e é nesse degrau que tudo se torna
exatamente igual. E essa mesmice exata é apenas
você, seu ser. Resta uma Unidade infinita e essa
Unidade infinita é você e é o seu ser. É o ser sendo
todo o ser. E não há separação; só existe o ser,
sendo todo o ser.
Agora, é claro que é preciso experimentá-lo para
realmente saber o que é esse estado de ser. Estou
convencido de que a melhor descrição do estado
superior é Ser sendo todo Ser.
P: Como posso aumentar meu desejo por Isso?
Lester: Só você pode fazer isso. Ninguém pode
fazer isso por você. Isso é o que há de único nisso.
Você tem que fazer. A graça de que ouvimos
sempre existe. É o estado de ser interior que nos
deixa desconfortáveis até restabelecermos o estado
original. O desejo de felicidade é a graça. Está
sempre lá. Tudo o que precisamos fazer é
reconhecê-lo e aceitá-lo.
P: Como Deus se transforma em homem? Não é de
alguma forma um sacrilégio tentar voltar atrás?
Lester: Não. Qualquer um que lhe diga isso não
quer que você alcance o estado máximo. Mas
acontece assim: é como dormir à noite. Você sonha
que nasceu em um corpinho infantil; então você
tem uma semana, um ano; depois vinte, depois
quarenta; e você sonha que tem problemas e
problemas e problemas. Lembre-se, este é apenas
um sonho noturno. Isso continua e você fica tão
cansado disso que sonha que o corpo morre. Então
você acorda. Onde você mudou enquanto estava
naquele sonho? Você não fez isso! Você diz que
nunca foi; foi tudo inventado na minha mente,
certo?
É exatamente assim que fazemos neste estado de
vigília. Este estado de vigília é um estado de sono.
Estamos totalmente adormecidos para a realidade
deste Ser infinito que somos. Não estamos mais
despertos para a Verdade agora do que quando
dormimos à noite. Estamos apenas sonhando que
estamos acordados. Na verdade, este é um estado
de sono do qual precisamos despertar e, quando o
fazemos, dizemos: "Oh, meu Deus, nunca existiu!
Nunca fui um corpo limitado! Sempre fui aquele
Ser infinito que sou!
Então criamos mentalmente um sonho chamado
estado de vigília do mundo. No entanto, é apenas
uma ilusão de sonho. Mas para reconhecer que é
um sonho, você deve acordar deste estado. Isso faz
sentido? Portanto, a resposta para "Como fizemos
isso?" é que estamos sonhando!
P: Deliberadamente?
Lester: Sim, deliberadamente. Veja, começamos
como Seres infinitos de uma forma passiva.
Descemos até o fundo, é onde estamos agora, -
depois voltamos ao topo e vemos novamente o
nosso infinito. Mas depois de passar por isso, há
um conhecimento positivo do nosso infinito,
enquanto antes era um conhecimento passivo.
É mais ou menos assim: “Saúde perfeita” é um
termo sem sentido para alguém que nasceu
perfeitamente saudável e permanece assim por
toda a vida; ele não sabe positivamente o que é. E,
no entanto, é um estado agradável quando ele está
nele. Mas ele está passivamente saudável; ele não
consegue apreciá-lo totalmente. No entanto, se ele
ficasse muito doente e estivesse prestes a morrer
durante muitos anos e depois restabelecesse o
estado de saúde perfeito, então esse estado de
saúde perfeito seria muito mais significativo para
ele do que era antes de adoecer. E esta é a tolice
que fazemos a nós mesmos: vamos do infinito até
onde estamos e voltamos ao infinito com a certeza
de conhecer o infinito que somos. Mas nós
empurramos, na descida, de uma forma que
perdemos de vista o que estávamos fazendo. E se
olharmos para dentro, descobriremos isso.
P: Essa é a primeira vez que ouvimos ao vivo uma
explicação sensata de toda a bagunça. É a primeira
vez que se explica por que fomos derrubados.
Lester: OK, agora volte para cima.
P: Existe uma pessoa fazendo isso?
Lester: Existe um Ser fazendo isso. Acho que o
melhor exemplo disso é o oceano e as gotas. Nós,
o oceano do ser, imaginamos pequenos círculos ao
redor de partes de nós que chamamos de gotas; e
esta gota diz. "Estou separado dessa gota e
separado de todas as outras gotas." É um círculo
imaginado em torno de parte do oceano que se
autodenomina gota. Mas na verdade cada gota é o
oceano. Tem todas as qualidades do oceano: é
úmido, é salgado, é H2O e assim por diante. Acho
que esse exemplo pode fazer sentido. Ou é como
se fosse um pente e cada dente diz para o outro.
"Estou separado de você." É tudo um pente, e nós
somos os dentes que dizem que estamos separados,
quando na verdade é apenas um pente. Lembre-se,
você é o único oceano infinito do Ser. É o “eu” que
você é. Procure. veja-o e guarde-o para sempre!
***
Esta sessão foi gravada em Los Angeles, em 20 de
maio de 1968.
SESSÃO 32 REALIZAÇÃO PELO ABANDONO DO INCONSCIENTE
Nosso assunto é chamado de muitas coisas por
muitas escolas. Gosto de chamar isso de
felicidade. Aquilo que lhe dá o máximo de
felicidade é a descoberta da Verdade sobre você.
Quando você conhece você completamente, você
alcança a alegria suprema, a paz da saciedade.
Você descobre que você é o Todo e que sua
antiga busca mundana foi sua tentativa de
encontrar seu verdadeiro eu no mundo; e que ali
você nunca poderia descobrir o seu verdadeiro
eu, e a consequência disso era que você nunca
estava satisfeito.
Você é essa coisa chamada felicidade. Sua
natureza básica é a alegria infinita, muito além
de qualquer coisa que sua mente possa
compreender. É por isso que todos estão
buscando a felicidade. Estamos todos tentando
retornar àquele maravilhoso estado inerente que,
quando descoberto, é nosso o tempo todo. No
entanto, não o encontramos porque estamos
olhando para longe dele, e não para ele.
Devemos olhar para dentro. Basicamente somos
Seres infinitos. Ratazana não tem limitação;
temos todo o conhecimento; temos todo o poder
e somos onipresentes, aqui e agora. Não há
ninguém que não possua essas três coisas.
A dificuldade em descobrir nosso propósito e
objetivo na vida é que, por sermos infinitos,
podemos nos tornar infinitamente pequenos. E
foi exatamente isso que fizemos. Alcançamos o
extremo da limitação. Não poderíamos estar
muito mais limitados do que estamos agora.
Neste universo, que é infinito em tamanho, e nos
três mundos, estamos no extremo da limitação.
Nós nos imaginamos e nos congelamos em
corpos físicos, e por causa de tantos milênios
olhando para nós mesmos como corpos, ficamos
convencidos de que somos esses corpos físicos.
Os seres são capazes de ver todos os reinos que
são mais densos que os seus. No reino mais sutil,
o mundo causal, os seres podem perceber os
reinos astral e físico mais densos. No mundo
astral, os seres podem perceber o mundo físico
mais denso. E porque nós, no reino físico, não
podemos ver um reino mais denso, estamos no
reino mais denso e limitado possível.
Sendo o corpo físico o extremo da limitação
possível para nós, sentimo-nos constrangidos;
nós machucamos; nós alcançamos. Tentamos
expressar nossa liberdade no mundo físico.
Tentamos eliminar o tempo e o espaço, para ir
mais rápido e mais longe.
Estou apontando o quão longe avançamos na
aceitação da limitação desde que entramos no
corpo físico, e que esta é a razão pela qual é tão
difícil para a maioria de nós descobrir a Verdade
sobre nós mesmos, que é: temos sem limites.
No entanto, há uma vantagem em estar neste
estado muito limitado. Por estarmos tão
limitados, temos mais desejo de sair dessa
situação do que teríamos se vivêssemos num
paraíso harmonioso, onde tudo fosse fácil e
imediatamente disponível; onde a vida não nos
incita a tentar obter a libertação. Temos uma
vantagem muito distinta em estar aqui. Somos
forçados a procurar uma saída. Estamos tentando
de muitas maneiras e com muitos métodos nos
libertar.
Não importa quais sejam os métodos, todos eles
devem acabar fazendo exatamente a mesma
coisa: libertar-nos dos nossos conceitos de
limitação. A metodologia deve aquietar a nossa
mente, deve acabar com os pensamentos. Cada
pensamento é um conceito de limitação. Quando
os pensamentos são desfeitos, o que sobra é o
Ser infinito que somos. Infelizmente, colocamos
em ação uma forma automática de pensar
chamada mente subconsciente. Ali, relegamos os
pensamentos para segundo plano e os deixamos
operar sem precisar prestar atenção neles, e os
perdemos de vista.
No início era uma vantagem operar um corpo
físico, porque originalmente tínhamos que operar
cada parte do corpo conscientemente, - cada
célula, cada órgão, - e para eliminar toda essa
atenção, colocámo-la sob controle automático
através do subconsciente. mente. E a mente
subconsciente é a verdadeira dificuldade quando
tentamos abandonar os pensamentos. É difícil
porque temos o hábito de não olhar. Não olhando
para isso, nós não o vemos. Como não o vemos,
ele continua indefinidamente, vida após vida.
Estamos tão casados com nossos pensamentos
que nem sequer pensamos em nos divorciar
deles. E até que o façamos, continuaremos
cegamente apegados aos corpos físicos e, no
geral, tendo uma vida miserável. Para cada
grama de prazer que sentimos, recebemos quilos
de dor; e deve ser assim porque o prazer que
estamos tentando obter é buscar o nosso próprio
Eu externamente no mundo e através do corpo, e
ele simplesmente não está lá.
Os métodos, para serem eficazes, devem
orientar-se primeiro por aquietar os nossos
pensamentos; então realmente nos livrando de
nossos pensamentos. Faça um esforço consciente
para trazer à tona os pensamentos subconscientes
e quando eles forem trazidos para o plano
consciente, abandone-os. Quando eles surgem,
porque são muito limitantes e muito negativos
como um todo, você quer abandoná-los e o faz.
Depois de abandonar um número apreciável
deles, você poderá abandonar os pensamentos
em grandes quantidades.
Abandonar pensamentos em grandes quantidades
requer abandonar a tendência ou predisposição
que evoluiu a partir dos pensamentos
acumulados sobre aquela coisa específica.
Abandonando a tendência ou predisposição,
abandonamos todos os pensamentos que
causaram essa tendência ou predisposição. Dessa
forma você poderá, ao mesmo tempo, abandonar
um grande acúmulo de pensamentos.
Por exemplo, se alguém tem tendência a gostar
de doces, pode trazer à tona do subconsciente um
pensamento de cada vez e continuar
abandonando-os até que não haja mais. Isso leva
muito tempo! No entanto, se abandonarmos a
tendência em si, todos os pensamentos
subconscientes que a constituíam serão
abandonados e a pessoa ficará totalmente livre
do desejo por doces.
Mais tarde, você chega a um ponto em que pode
abandonar todos os pensamentos restantes de
uma vez, porque tendo poder infinito, você terá
alcançado o ponto em que poderá ver que tem
esse poder infinito e então poderá usá-lo para
eliminar o poder infinito. resto da mente. É por
isso que às vezes se diz que a Realização é
instantânea. Quando você chega tão longe que
consegue ver que o poder é seu, você elimina
todos os pensamentos restantes de uma só vez.
Portanto, atingir o estado final não é desaparecer
no nada; é sair para a sua onipresença e
abandonar o confinamento apenas ao corpo
físico.
Agora, para fazer isso você deve ter um forte
desejo de fazê-lo. A única coisa que o impede de
ser o Ser infinito que você é é o seu desejo de ser
um corpo físico limitado. Quando o seu desejo se
transforma em querer se libertar da limitação
extrema, é um começo; mas para percorrer todo
o caminho você deve ter um desejo de ser
totalmente livre que seja mais intenso do que o
seu desejo de ser um corpo físico.
A razão pela qual tão poucos de nós conseguem
isso é que a maioria de nós tem um desejo
subconsciente mais forte de ser um corpo físico
do que um desejo consciente de ser um Ser livre
e ilimitado. Até que você confronte isso e veja
qual é realmente o seu desejo, é impossível
alcançar a Liberdade total, a Realização total.
Você deve cavar no subconsciente para trazer à
tona seus desejos, porque, a menos que os veja,
não poderá abandoná-los. A única razão pela
qual você está limitado ao corpo físico é que,
subconscientemente, você tem um forte desejo
de ser esse corpo físico limitado. Quando o seu
desejo consciente de ser Livre se tornar mais
forte do que o seu desejo subconsciente de ser
um corpo físico, você alcançará rapidamente a
sua Liberdade. E é aí que reside a sua felicidade
final. Acho que é uma apresentação geral do
assunto. Agora, se você tiver alguma dúvida,
ficarei muito feliz em fazer o que puder para
responder às suas perguntas específicas.
P: Como você investiga seu subconsciente?
Lester: Boa pergunta. Você faz primeiro,
querendo fazer. É muito difícil quando você
começa, mas à medida que você faz isso, quanto
mais você faz, mais fácil fica. Você pode
realmente chegar a um lugar onde tudo se torna
fácil. A prática resolverá isso. Ao praticar trazer
à tona pensamentos subconscientes, quanto mais
você faz isso, mais você é capaz de fazer isso.
Existem muitas ajudas para fazer isso. No
livrinho As Verdades Eternas, há maneiras e
auxílios como: "Chegue ao lugar onde nada nem
ninguém possa perturbá-lo." Quando alguém te
incomoda e você não sabe por quê, o
pensamento é subconsciente. Traga o
pensamento à tona. Ao tentar constantemente,
você desenvolverá o hábito de realmente
conseguir; você verá que há um pensamento
limitante, um ego ou uma motivação egoísta por
trás disso e você o abandonará.
P: Apenas ver o pensamento ou a motivação
subconsciente é suficiente?
Lester: Só olhar não é suficiente. Você deve
abandonar conscientemente o pensamento ou
eliminar conscientemente a tendência ou
motivação. Presumo que você queira abandonar
esses pensamentos porque eles são todos
limitantes e negativos.
Uma razão pela qual não gostamos de
desenterrá-los é que não gostamos de ver como
somos horríveis. Mas não há nada de bom ou
ruim; há apenas um movimento na direção certa
ou na direção errada. Quando nos movemos na
direção errada, avançamos em direção a mais
limitações e isso é realmente considerado ruim.
Mas tudo está experimentando. E quando não
nos julgamos, avançamos muito mais rápido.
P: Quando não nos julgamos?
Lester: Certo. Quando não nos julgamos,
aconteça o que acontecer, e daí? Para chegar até
aqui em suas limitações, você percorreu toda a
gama de tudo de ruim. Isso surgirá, mas é
proveniente de experiências passadas. Além
disso, quando você acordar, descobrirá que
nunca esteve separado do seu verdadeiro Eu, que
é inteiro, perfeito, completo, ilimitado; que todas
essas experiências eram imagens em sua mente,
assim como em um sonho noturno você imagina
tudo o que está acontecendo. Mas enquanto você
está sonhando à noite, ele é real para você. Se
alguém está tentando te matar em um sonho
noturno, é real; você está lutando por sua vida.
Mas quando você acorda desse sonho, o que
você diz? "Foi apenas um sonho; foi minha
imaginação." Este estado de vigília é exatamente
tão real quanto um sonho noturno. Todos
sonhamos que somos corpos físicos; estamos
sonhando tudo. Porém, para alcançar este estado
desperto. primeiro é necessário abandonar uma
parte importante do seu pensamento
subconsciente.Então você está totalmente livre;
você percorreu todo o caminho.
Quando isso acontece, você não se torna um
zumbi e não desaparece ou sobe num flash de
luz. O que você faz é deixar o corpo passar por
aquilo que você predefiniu para ele; e quando
chegar ao fim da linha da ação para o corpo,
você sairá dele com alegria. Você vai deixá-lo do
jeito que saiu e largar um sobretudo velho e
surrado.
Você nunca morrerá. As pessoas ao seu redor
podem dizer isso, mas para você mesmo, você
não morre; você conscientemente deixa cair o
corpo da mesma forma que deixaria cair um
sobretudo velho e surrado. Mas, novamente,
você não fará isso até executar o curso
predefinido para ele. Agora, eu lhes digo isso
para que não tenham medo de morrer se
obtiverem a Realização.
P: Como você vê isso quando volta depois de
perceber que é um sonho?
Lester: Você vê isso como se estivesse vendo um
sonho que teve ontem à noite. Você vê isso como
um sonho e é assim que isso é importante para
você. A imagem do antes e depois é
simplesmente um ponto de vista: antes você
pensava que estava limitado a um corpo e que
todos esses corpos e ações eram tão reais;
depois, você vê isso como um sonho, como uma
imagem em movimento. Ao ver personagens na
tela, você pode perder a consciência de si mesmo
ao se identificar com um dos personagens na tela
e se emocionar com ele e se sentir infeliz.
P: Mas você não tem todos os desejos que tinha
antes?
Lester: Você não tem desejos porque você
acorda para o fato de que você é infinito, você é
o Tudo, - não há nada a desejar. O desejo limita
você: “Eu não tenho o Tudo. Portanto, devo
obtê-lo e crio desejos para obtê-lo. “Portanto, o
desejo é apenas uma limitação. Quando você vê
o quadro completo, naturalmente perde todo o
desejo; não há nada a desejar se você é o Todo.
Agora, falando de forma prática, se você decidir
seguir em frente com o sonho, poderá concretizar
um desejo por enquanto. E então aja como se
estivesse satisfeito. No entanto, é apenas uma
atuação e você representa.
P: Como a mente distingue entre o mal e o bem?
Lester: Dizendo. "Isso é bom e aquilo é ruim."
P: Isso é uma coisa individual?
Lester: Claro. O que é certo num país é errado
noutro; o que é certo para você é errado para
outra pessoa. É uma abordagem muito
individualista. É claro que existe um acordo
geral sobre o certo e o errado; geralmente
concordamos que não devemos matar uns aos
outros. Portanto, certo e errado é um padrão
muito individualista. Se você precisa do certo e
do errado, fazer aquilo que ajuda no seu
crescimento é certo; fazer aquilo que atrapalha o
seu crescimento é errado. Isso deveria ser o certo
e o errado.
P: Aprendemos o que é certo com a experiência?
Lester: Sim, você aprende o que é certo fazendo
o que é errado, (Risos), certo? E também
experimentando o que é certo. Infelizmente, a
maioria de nós faz isso fazendo a coisa errada.
Aprendemos a manter a mão longe do fogo,
queimando-a. Isto é o que parece nos estimular
mais do que qualquer outra coisa: as dificuldades
da vida. Todos nós queremos fugir dessa miséria,
não é? Deveria ser o contrário, que a maravilha
do caminho certo fosse a atratividade dele.
Quando você chega tão longe, seu crescimento é
muito rápido e você está se aproximando do fim
da linha.
P: O que você quis dizer com “Depois de
realizar-se, você vive sua vida conforme a
predefiniu?” O que isso significa?
Lester: Predefinimos o comportamento deste
corpo físico antes de entrarmos nele para nos
submeter a experiências com as quais esperamos
aprender.
P: Sabendo que você alcançaria a Realização
desta vez?
Lester: Não. Sabendo que em vidas passadas
você se sujeitou à lei de ação e reação, causa e
efeito, carma (são todos a mesma coisa), e que
deseja continuar esse jogo. Você fez certas
coisas quando estava em um corpo físico antes,
então da próxima vez você deseja configurar
coisas semelhantes na esperança de desfazer
algumas das coisas que você não gosta e instigar
as coisas que você gosta. Mas você não pode
mudar nada que o corpo foi predefinido por você
para fazer. Você fará exatamente o que
predefiniu para aquele corpo antes de entrar nele.
Não há livre arbítrio na vida mundana. No
entanto, existe um livre arbítrio. O livre arbítrio
que temos é para nos identificarmos com o Ser
real que somos, ou para nos identificarmos com
o corpo. Se você se identifica com o corpo, você
está em apuros. Portanto, o livre arbítrio é de
identidade. Saber disso facilita muito a vida;
você não luta contra isso. Você almeja uma
identidade adequada.
P: O desejo de felicidade seria suficiente para
iniciar sua busca pela felicidade?
Lester: Claro.
P: Se alguém for sincero e não tiver sucesso, um
Guru o ajudará?
Lester: Um Professor realizado é a maior ajuda
de todas; mas Ele não pode ajudá-lo mais do que
você mesmo. Isto é o mais importante: Ele não
pode ajudá-lo mais do que você mesmo. Quando
você tenta ajudar a si mesmo, Ele se junta a você
e o ajuda a perceber que você está pronto.
P: Ele ajuda?
Lester: Ele ajuda você a perceber que está
pronto. Se você receber um tapinha no peito e
adquirir consciência cósmica, é porque está
pronto para isso. De todas as ajudas, a de um
Guru é a maior porque Ele seguiu a direção e
pode ajudá-lo a seguir na mesma direção.
P: Como é que quando você vê a estrutura
onírica de maya e vê o verdadeiro Eu, de repente
você fica preso no sonho novamente e acredita
nele? O que aconteceu?
Lester: É possível ver o seu verdadeiro Eu e
voltar ao mundo. Por quê? - porque você não
abandonou os pensamentos subconscientes: “Eu
sou este corpo físico; este mundo é real”. Você
deve entrar em seu subconsciente e tornar
conscientes todos esses pensamentos e
abandoná-los. Ou veja o seu Eu na medida em
que você vê que sua mente é externa a você, algo
que você criou, e então você simplesmente
elimina isso. Se você não consegue eliminá-lo, e
poucos de nós conseguem, continue escolhendo
uma maneira de fazer isso; continue trazendo à
tona os pensamentos subconscientes e
abandonando-os. Ou você pode torná-lo ineficaz
em grandes partes, eliminando tendências.
Considere uma tendência específica, como
fumar. Se você fuma há anos e anos, tem
milhares de pequenas vontades de fumar. A
tendência é forte. No entanto, você pode dizer
para si mesmo com força de vontade: "Isso é
ridículo! Estou farto disso!" e nunca mais tenha
vontade de fumar. Isso é livrar-se de todos os
pensamentos de desejo de fumar, eliminando a
tendência. Esse é um pedaço: fumar.
P: Isso é um pedaço; tudo limpo de volta?
Lester: Completo. Já vi muitas pessoas fazerem
isso ao fumar sem nenhum problema. Eles
simplesmente tomaram essa decisão e foi isso!
P: E é assim que você se livra de cada coisa que
está te incomodando?
Lester: Sim. Se você está com ciúmes, olhe para
isso. Se você está enojado o suficiente por estar
com ciúmes, você diz: "Concluído! Pronto!
Acabou! E você pode desfazer tudo. Isso é
abandonar uma grande paz de espírito. Isso é
abandonar muitos, muitos pensamentos de ciúme
que você teve no subconsciente, é preciso
alguma maturidade para desfazer essa tendência.
P: E não vai voltar se você realmente voltar?
Lester: Certo. Se você, com determinação e
determinação, realmente abandoná-lo, ele
desaparecerá. Você pode experimentar primeiro
em coisas menores. e quando você tiver sucesso,
vá para algo maior. Faça isso em uma coisa.
Então você pode fazer isso em dois e depois em
todos. Faça aquilo que você pode fazer. Continue
fazendo isso todos os dias e não demorará muito.
Faça disso um estilo de vida. Cresça todos os
dias. Cada incidente é uma oportunidade de
crescimento. Tudo o que você está vivenciando é
uma experiência de limitação. Cada
aborrecimento que você tem é uma excelente
oportunidade para transcender isso. Desenvolva
o hábito de vasculhar seu subconsciente em
busca do pensamento causador do aborrecimento
e depois abandoná-lo. O esforço diário garante
uma chegada rápida.
***
Esta sessão foi gravada em Los Angeles, 22 de
julho de 1970.
SESSÃO 33 POR QUE NÃO IR ATÉ O FIM?
Lester: Você recebeu instruções sobre como
percorrer todo o caminho. Até agora, nenhum de
nós o pegou. Fomos para um lugar onde a vida é
agradável, fácil e confortável; estamos satisfeitos,
não totalmente, mas satisfeitos o suficiente para
não ir até o fim.
P: Bem, eu gostaria de ir até o fim, mas é sempre
na próxima colina. Chego a este ponto e não
existe; e eu chego ao próximo e ele não está lá.
Lester: Na verdade não, porque é exatamente onde
você está. Na próxima colina é onde não está.
Exatamente onde você está, onde está o seu “eu”, é
onde ele está.
P: Como é que não sabemos disso?
Lester: Sim, como assim? Isso é o que eu quero
saber.
P: Essa foi a minha pergunta.
Lester: Sim, mas qual é a resposta? Eu digo que é
bobagem não fazer isso, porque depois que você
fizer isso, você nunca mais terá um momento
desagradável, nunca mais. Torna-se impossível ser
infeliz. O que há de errado nisso? Por que não
fazemos isso?
Eu diria que você não acredita o suficiente. Você
não acredita que não tem limites; você não acredita
que a vida possa ser, a cada segundo,
extaticamente feliz; você não acredita que isso
possa ser totalmente fácil; você não acredita que
pode fazer as coisas mentalmente.
Ou será que continuamos procrastinando? Eu digo
que se realmente quisermos ir até o fim, nós o
faremos. Então, novamente, por que não vamos até
o fim?
P: Bem, acho que, no meu caso, provavelmente me
hipnotizei para acreditar no oposto. Associei-me
ao eu finito durante toda a minha vida, em toda a
minha consciência, na medida em que ele é real
para mim.
Lester: Ah, então para você o Infinito acabaria
com o finito?
P: Sim. Porque o finito é aquilo em que acredito; é
real para mim. O que você diz sobre o Infinito tem
possibilidades infinitas, mas até que eu possa
aceitar isso totalmente, é como quando você toca
uma lâmpada e ela te queima e alguém diz: "Agora
toque nela e ela não vai queimar você"; é difícil
superar sua reação subconsciente de não tocá-lo.
Lester: Bem, deixe-me dizer-lhe então que o
Infinito inclui o finito e é a base para ele. Veja,
você pode se apegar a todo o finito que quiser
quando for infinito; você não perde nada.
P: Então, eu ficaria feliz em desistir do Infinito.
Lester: Desistir? Talvez seja isso que nos esteja
incomodando; que temos medo de desistir de
nossos corpos; que vamos desistir de nossas
famílias e lares. Isso não acontece assim. Quando
aqueles que percorreram todo o caminho o
alcançaram, não abandonaram os seus corpos,
casas e famílias. Eles apenas abandonaram os seus
antigos sentimentos de escravidão e apego aos
seus corpos, lares e famílias e, em vez disso,
sentiram-se livres.
P: Se existe felicidade maior do que aquela que
experimentei num corpo, que se dane!
Lester: Bem, novamente, você não desiste do seu
corpo. Sua felicidade fica mais intensa quanto
mais você avança em direção à liberdade total, até
chegar a um ponto em que você simplesmente não
consegue mais contê-la. Então você resolve isso
em uma paz muito bonita que nunca mais será
perturbada. E essa paz é realmente muito mais
deliciosa do que a alegria intensa. E então, quando
você escolher ser ativo no mundo, você nunca,
jamais perderá essa paz de fundo; você sentirá isso
o tempo todo. E você é livre para fazer qualquer
coisa no mundo; você pode agir com raiva, com
medo; ser pobre ou rico; você pode fazer o que
quiser; mas você não desaparece.
P: Isso não afeta você?
Lester: O mundo nunca, nunca mais poderá tocar
em você, porque você tem uma paz imperturbável.
P: Eu entendo.
Lester: Então, por que você não vem junto?
P: Sempre que identifico a minha fonte de
rendimento com o esforço que exerço no meu
negócio. Eu digo para mim mesmo. "Você é um
idiota estúpido. Esta não é a fonte do meu
suprimento infinito." No entanto, não sou forte o
suficiente para apenas dizer. "Bem, não é isso;
farei de outra maneira", porque penso: "E se não
funcionar?"
Lester: Você teria exatamente o que tinha antes de
tentar. No entanto, você espera que não funcione
se disser isso.
P: Sim, mas é aí que está o problema. Talvez seja
falta de fé, não que não tenha funcionado para
você, mas se vai funcionar para mim, não estou
convencido. Se você pudesse me ajudar, apenas
um pouquinho de força infinita que você pudesse
me dar...
Lester: Ah, agora espere um minuto; você tem o
apoio e eu lhe dei muitas orientações, qualquer
uma das quais o levaria até o fim. Eu poderia
entregá-los a você novamente.
P: É como a placa “São Francisco”. Aposto que há
provavelmente uma centena de placas que
apontam o caminho para São Francisco; mas se eu
chegar à placa e me sentar embaixo dela, seria
necessário mais do que apenas saber onde fica São
Francisco, e é aí que me atolo.
Lester: Certo, você não segue a direção; você olha
para ele e se senta. Agora, a direção: “Vá para o
lugar onde ninguém nem nada possa perturbá-lo”
teria levado você até o fim.
P: Sim, mas é como ir à lua.
Lester: É fácil, se você fizer isso. É sua decisão ser
incomodado ou não ser incomodado.
P: Isso é um grande desafio!
Lester: Quer mais? Vou te dar novos.
P: Sim.
Lester: Seja totalmente altruísta. Esteja interessado
apenas nos outros; não tenho interesse em você
mesmo. Isso levaria você até o fim. Se quisermos
ser totalmente altruístas em nosso comportamento,
não ajamos por nós mesmos, mas pelos outros. -
isso faria isso rapidamente.
P: Não pretendo ser argumentativo, mas isto é
realmente um âmago da questão.
Lester: Vou te dar outra: Chegue ao lugar onde
você não tem mais desejos, continue abandonando
os desejos até que não haja mais e pronto! Você
também não gosta disso, não é?
P: Bem, parte disso. Tenho muitas coisas que
gostaria de abandonar.
Lester: Se alguém fizesse isso até que não
houvesse mais desejos, e apenas os abandonasse à
medida que eles surgissem, você iria até o fim.
P: Lester: e aquele que você e eu discutimos, sobre
a mente? Você vê tudo em sua mente, certo? Então
é aí que está tudo. Então, essa coisa lá fora é
apenas a sua mente. Quando você descobre isso,
você muda de ideia e isso muda lá fora.
Lester: Sim, isso levaria você até lá.
P: E quanto a não ter apegos nem aversões?
Lester: Isso também serve. Isso o levará até o fim.
Mas por que não usamos essas coisas? Eles não
são novos para nós.
P: Isso é o que estou seriamente tentando decidir
por mim mesmo. Isto é ridículo; todo esse
conhecimento intelectual que adquiri e o pouco
que realmente fiz com ele. É alarmante. Eu disse:
“Quantas pessoas têm seu próprio Mestre
particular em sua família”. Você nos deu todas
essas coisas e eu digo: "É minha responsabilidade
o que faço com elas; por que não as usei?"
Lester: Sim, e seu Mestre particular é você! Isto é
importante: Seu Mestre particular é você!
P: Não existe apenas Um caminho?
Lester: Quando você vê o que você realmente é,
você verá a Unidade e não mais a alteridade.
P: Tento apertar os olhos e não importa como o
faça, ainda vejo separação.
Lester: É assim que você está abordando, com os
olhos semicerrados; você não vai olhar para ele de
frente, totalmente aberto, porque tem medo de
desaparecer. Então o que você precisa fazer é cavar
dentro de si, retirá-lo e vê-lo. Depois de ver isso,
você naturalmente abandonará esse medo. Você
também tem medo de perder sua individualidade.
Sua individualidade é algo que você nunca
perderá. Está com você por toda a eternidade. O
“eu” que sou nunca, jamais, se perde. O que
acontece é que apenas o expandimos para incluir
cada vez mais até incluir todo o infinito.
Eu digo que você tem medo de perder a si mesmo,
seu corpo, sua mente, sua família, seu negócio e
todas as suas pequenas coisas; você está
inconscientemente com medo de perdê-los. Se
fosse consciente, você olharia para ele,
abandonaria e seria livre.
P: Bem, você me encontrou quando adicionou
essas outras coisas. O apego ao corpo físico eu não
vejo, mas quando você incluiu minha família e
meus negócios e essas outras coisas.
Lester: Você quer que eu mostre o quanto você
está apegado a esse corpo físico? Imagine, não
faça isso, mas apenas imagine jogar seu corpo de
um penhasco. Você consegue ver agora seu apego
ao corpo?
P: Sim. Mas é preciso ter essa vontade de se livrar
disso?
Lester: Você não se livra disso; você vê o que você
é e então verá que você não é o corpo, que o corpo
é uma parte infinitesimal de você.
P: Por que não posso ir até o fim?
Lester: Porque você tem medo de desaparecer.
Alguém sente isso? Que você desaparecerá se for
até o fim?
P: Tenho medo de perder a cabeça. (Risada.)
Lester: Você realmente perde a cabeça e depois a
restabelece para poder se comunicar. É muito mais
difícil restabelecer a mente do que era
originalmente abandoná-la, porque a própria mente
o reprimia tanto que você não quer voltar a ela.
Mas você irá; você começará a pensar novamente.
A única diferença na imagem do antes e do depois
é que agora o seu pensamento não é livre,
determinado por pensamentos subconscientes e
compulsivos; na imagem posterior não há mais
pensamentos subconscientes e compulsivos. Cada
pensamento é totalmente livre e sem qualquer
condicionamento pelas suas tendências e
predisposições.
Isso me leva a outro grande: livre-se de todas as
suas tendências e predisposições e você irá até o
fim.
Nunca falei muito sobre milagres, não é? Não
sinto que estou impondo a você agora, como
costumava sentir, se falasse de milagres, porque,
tendo subido, você é mais capaz de aceitá-los.
Quando me mudei para Sedona e morava sozinho,
a maioria das coisas era feita pelo pensamento e eu
não tinha consciência disso. Porém, outros
começaram a chegar, e foi por causa deles que
tomei consciência dessas coisas inusitadas. Para
mim eram naturais, mas para os outros não.
Eu poderia ter contado a um ou dois de vocês
sobre o incidente do teletransporte. Este é
interessante porque envolveu outros dois, um que
está seguindo esse caminho e outro que não está.
O primeiro é Frances e o segundo é D-, filho de T-,
que todos vocês conhecem. Ele veio de Phoenix
para Sedona e me perguntou se eu poderia dar um
passeio e, naturalmente, ele escolheria uma direção
para cima. Caminhamos um quilômetro e meio
morro acima, Frances, D- e eu; e quando
chegamos ao final da viagem, nos sentamos para
comer nossos sanduíches. Tínhamos apenas um
cantil de água para nós três e bebemos a maior
parte na subida. Tínhamos deixado apenas cerca de
um oitavo de polegada de água no fundo daquele
cantil de cerveja, apenas o suficiente para meia
xícara. Mas nós três estávamos com sede e então
me soltei com a sensação de “Está tudo perfeito!”
Recebi o conhecimento interior de que a água era
abundante ali.
Então perguntei: "Você quer uma bebida,
Frances?" "Claro." Dei uma xícara a Frances. Aí
D- bebeu um copo, depois eu. Continuamos
bebendo até cada um ficar saciado. Cada um de
nós bebeu sete bebidas! Olhei curiosamente para
dentro do cantil e havia a mesma quantidade de
água que originalmente, apenas cerca de um oitavo
de polegada no fundo do cantil.
Começamos então a descida para casa. Eu estava
tão cansado que senti como se o corpo não andasse
mais. Eu simplesmente me soltei e disse: "Oh,
Senhor, deve haver uma maneira melhor!" E
novamente me ocorreu o pensamento: "Tudo está
perfeito." Enquanto eu pensava “perfeito”, nós três
subíamos um degrau lá em cima e o degrau
seguinte descia perto da minha casa, onde o
entorno era semelhante ao local que havíamos
deixado para não ficar óbvio. para D-. Frances
pegou e disse: "Lester: nós nos teletransportamos!"
Eu disse. "Oh, você é louca, Frances, você está
imaginando", porque a mente de D- estava
turbulenta; seu rosto mostrava uma carranca e uma
consternação. Para o bem dele, eu tive que dizer
novamente. "É a sua imaginação, Frances", e
calou-a. Frances sabia. Mais tarde, quando ela
estava sozinha sem D-, eu disse: "O que fez você
pensar que nos teletransportamos?" E ela riu. Ela
disse: "Você não se lembra, na subida D- e eu
estávamos coletando pedras e em vários lugares as
colocamos no lado esquerdo da estrada na subida
(a estrada foi cortada na encosta do morro).Eu
queria pegar aquelas pedras no caminho de volta,
mas passamos por todos esses lugares.”
Agora, para fazer essas coisas, é preciso apenas
pensar sem esforço; você se rende, deixa ir e tem
um pensamento sem esforço, sem motivação. É o
pensamento mais fácil que você poderia ter. E
então isso acontece.
Durante os primeiros dias em Sedona eu vivia
assim, sem saber disso. Para mim foi natural. O
que quer que eu pensasse, eu esperava. Parecia
natural, do jeito que todo mundo pensa que vive
naturalmente. É realmente o caminho natural e é
para nós vivermos assim. Embora, se o fizéssemos,
não nos encaixaríamos muito bem na nossa
sociedade atual, não é mesmo? Então, se você quer
se manter em comunicação, você segue o caminho
das pessoas.
Milagres são apenas este mundo de sonho
realizado imediatamente. E milagres não
significam necessariamente desenvolvimento
espiritual porque a maioria das pessoas no
universo usa essas coisas; eles os usam em outros
planetas onde não são necessariamente mais
avançados espiritualmente do que nós. É o seu
modo de vida natural.
Mas a maneira mais fácil de viver é puramente
mental; faça tudo mentalmente. Vocês deveriam
ser capazes de fazer tudo isso. Por que não ir até o
fim e deixar a natureza servir você? Por que você
faz as coisas da maneira mais difícil? Acho que é
porque você tem medo de desaparecer. Estou
dizendo para você. “Olha, eu já passei por essas
coisas. E ainda tenho um corpo aqui.
P: Você pode demonstrar seu infinito para mim
também?
Lester: Você deve demonstrar o seu próprio. Vocês
tiveram amplo testemunho dessas coisas
incomuns. Se eu fizer isso por você, isso
significaria que você não pode fazer isso. Acabei
de dizer: Você consegue! É render-se e depois
pensar sem esforço! Você tem a sensação de que
não sou eu, mas o Pai quem trabalha através de
mim.
Posso continuar por muito tempo. Estou tentando
seduzir você. Quando me mudei para a casa móvel
em meu terreno, uma garota, que agora mora aqui
em Laguna Beach, me perguntou. "Com que
frequência você enche aquela garrafa de butano?"
(Era uma garrafa de cinco galões.) Eu disse: “Todo
mês”. Então me lembrei que fazia oito meses
desde a última vez que o havia preenchido.
Tomando consciência disso, eu o deixei ir.
Quando eu estava tentando mostrar a Frances
como economizar água, deixei que ela cuidasse e
enchesse meu tambor de água de 55 galões ao lado
de minha casa móvel. Ele atendeu a todas as
minhas necessidades, inclusive tomar banho todas
as manhãs. A razão pela qual eu queria que ela
cuidasse disso era que eu queria mostrar a ela que
você pode viver com muito pouca água. Mas perdi
a noção do tempo e quando chamei a atenção dela,
ela riu. Já se passaram quatro meses desde que ela
o preencheu pela última vez. Continuei usando a
água e o tanque não esvaziava! Quando abrimos e
olhamos, ainda estava cheio, depois de quatro
meses de uso. Nunca teria se esvaziado se eu não o
tivesse abandonado.
P: “Não tinha desistido”, o que você quer dizer?
Lester: Deixe isso de lado, deixando que seja
“normal”.
P: Você pensou novamente nisso como algo
limitado?
Lester: Não. Deixo que seja como sempre, ou
como é normal para as pessoas. Quero permanecer
em comunicação com as pessoas e opto por viver
como as pessoas vivem, porque se viver de uma
forma incomum, fico sem comunicação. Isso "até
assusta as pessoas.
P: Isso não assustaria ninguém.
Lester: Sei por experiência própria que isso assusta
as pessoas. Quando ele veio até mim pela primeira
vez, enquanto eu morava na cidade de Nova York,
algumas pessoas não se aproximavam de mim por
causa dessas coisas que aconteciam.
O que há de errado com esse modo de vida? Por
que você não aceita? Está à sua disposição. Espero
seduzi-lo, tornando-o tão tentador que você irá até
o fim. Veja as dificuldades que você passa para
ganhar a vida.
Pergunte a si mesmo: "Por que não vou até o fim?"
"Por que não considero as coisas diretamente,
apenas pensando nelas?" "Por que não expresso
minha total liberdade?" E talvez a resposta apareça
e você verá o que está fazendo para se conter.
P: Uma das razões é que estamos tão acostumados
a ficar paralisados que não percebemos que
podemos sair dela. Eu estava pensando no motel,
em vendê-lo, e então pensei. "Eu realmente quero
deixar isso?" e eu sei que perturbo isso todas as
vezes.
Lester: Isso é verdade e é por isso que estou lhe
contando o caminho mais fácil. Seu hábito de
pensar o leva da maneira mais difícil. Uma
maneira de desfazer todos os hábitos de
pensamento que estão na mente subconsciente é
ver que você não é a mente e queimá-la-á.
P: Conte-nos um pouco mais sobre como queimar
esta mente, o que descobri ser o mais importante.
Lester: Vejo que você percebeu isso recentemente.
P: Isso mesmo.
Lester: E ainda assim, você não levou adiante.
Com essa compreensão, você deveria ter
continuado e dito: "Eu posso fazer isso; sou
infinito!" Com esse poder infinito, basta passar a
mão figurativa sobre a mente e pronto. É apenas
uma destruição mental que você faz. E é isso. Você
sabe quanto tempo leva? –Menos que isso (estalo
de dedo)! Menos de um segundo.
Quando você obtém sua Realização completa, ela
é instantânea. Antes você brinca, caindo um
pouquinho de cada vez. Isso continua, ano após
ano, até que você decida abandonar tudo; então
você tem a Realização Plena. Realmente vem
instantaneamente, quando chega. Você vai fazer
isso. A vontade é o seu poder. Você ativa sua
vontade com tanta força que simplesmente desfaz
toda a mente e fica totalmente Livre.
P: Simplesmente não faz nenhum sentido. É como
se você estivesse me entregando todo o dinheiro
do mundo e dizendo: "Aqui!" e eu estou sentado e
dizendo: "Por que não aceito?
Lester: Sim, por que não?
P: O que há de errado comigo?
Lester: O que é? Essa é a grande questão. O que
está errado? Eu sei que você acha que isso é
possível, caso contrário você não teria ouvido esse
tempo todo.
P: É o intelecto que está no caminho.
Lester: É isso. Por que não acabar com isso? O
intelecto é a mente. Temos que ver que não somos
a mente e que ela é externa a nós, e então torná-la
ineficaz. Bem desse jeito; é assim que você fará.
P: Você disse algo outra noite, Lester:, que foi uma
ajuda para mim e foi "Vou colocar
Lester: para a cama."
Lester: Sempre penso assim. Vou mandar Lester e
esse corpo por aí e fazer com que pareça estar
fazendo coisas.
Depois que percebi que não sou o corpo,
passaram-se anos antes que eu pudesse usar a
palavra “eu”. As pessoas iriam rir de mim porque
eu falava sobre Lester:; Eu falava sobre "ele" e às
vezes dizia "isso, Lester:" ou "Lester: ele". Eu não
conseguia dizer “eu”, embora estivesse sendo
corrigido. Por que? Eu não era esse corpo. Eu
poderia falar sobre esse corpo, mas era tão óbvio e
evidente que eu não era esse corpo que eu não
poderia dizer que era essa coisa, assim como você
não poderia dizer que era seu carro. Como você
está andando de carro, você se chamaria de carro?
Da mesma forma você olhará para este corpo.
(Este corpo é uma carroceria, uma carcaça.)
Eu digo que você é bobo por não levar o Tudo.
P: Acho que existe uma palavra mais forte do que
bobo.
Lester: Sim, é realmente estúpido. Ele me levou a
dizer isso. (Risos) É tão estúpido não passar a vida
com tudo o que você quer; com nada além de
extrema alegria, paz e encanto a cada momento;
quando esse é o seu estado inerente. Não é preciso
nenhum esforço para ser o que você é. É preciso
um esforço extremo para ser o que você não é: um
corpo com problemas, doenças e precisando disso
e daquilo. É preciso esforço para ser o que você
não é, mas para ser o que você é é preciso tanto
esforço quanto vocês mulheres precisariam para
serem mulheres e tanto esforço quanto vocês
homens precisariam para serem homens. Não é
preciso nenhum esforço para ser o que você é. E
ainda assim você persiste em usar o esforço para
ser o que não é. É realmente estúpido!
P: Bem, eu persisto em me esforçar para tentar ser
o que você diz que eu sou. Eu continuo
trabalhando nessa coisa de ser fácil. Isso faz
sentido?
Lester: Não, não é?
P: Não para mim.
Lester: Certo. Há algo errado aí.
P: O que eu disse?
Lester: Você está se esforçando para tentar se
tornar fácil, isso é impossível! É uma contradição.
Você tem que parar de usar esforço. Você tem que
deixar ir e deixar estar. Isso é o que significa
“Deixar ir e deixar Deus”. Você é isso, você é o
deus; deixe ir e deixe seu Eu ser. No entanto,
parece exigir muito esforço, porque você está
fazendo um esforço tremendo para se agarrar e
manter o seu não-eu, o seu ego, e é aí que está o
seu esforço. Não é preciso nenhum esforço para
ser o que você é, o Eu.
P: Se eu pudesse chegar ao sonhador em vez do
sonho, então eu o teria realizado. E é por isso que
estive pensando. “Isso é um sonho? De quem é
esse sonho?”
Lester: Certo! Descubra o sonhador. Para tornar
mais íntimo: eu, o Ser Infinito, estou sonhando que
sou um corpo limitado.
Enquanto você está em um sonho noturno e pensa
que é um corpo limitado nesse sonho noturno, ele
persiste enquanto você não acorda. É a mesma
coisa com este estado de vigília. Estamos
sonhando que somos corpos limitados. Temos que
acordar para o fato de que somos infinitos. Temos
que parar de pensar que somos corpos limitados,
só isso. Pare de pensar. Solte. Deixe ser. Rendição
é a palavra. Se renunciássemos a este momento,
seria isso. Não eu, mas você. Não a minha
vontade, mas a Tua vontade. Isto é rendição.
Poderíamos fazer isso agora e seria isso. Mas não,
temos que ser um ego-corpo ocupado, fazendo
alguma coisa. Devemos ser um fazedor.
P: Várias pessoas no motel estavam discutindo
sobre robôs. Na verdade, acho que poderíamos
considerar o corpo um robô. Estamos usando este
corpo físico e quando terminamos, abandonamos o
corpo físico, mas o que temos ainda está lá.
Lester: Essa é uma excelente maneira de olhar o
corpo.
Tudo bem, agora vou te contar mais uma coisa. Se
você estivesse realmente convencido do que eu
disse até agora, você iria para casa, esqueceria
todo o resto e ficaria sentado até ver isso; porque
isso lhe daria tudo, só pela ideia. Se você estivesse
realmente convencido, iria para casa determinado
a ficar sentado até ver isso; e se você fizesse isso,
você veria! Exatamente como Buda fez quando
deixou seu trono e sentou-se debaixo de uma
árvore, determinado a não sair até ver a resposta; e
ele viu a resposta.
P: Bem. Acho que uma coisa que pode estar
atrapalhando alguns de nós, e sei que até certo
ponto isso acontece comigo, é que há muito tempo
sinto que preciso pegar algo aos poucos e tirar
cada coisa do meu sistema. Agora, finalmente
estou começando a perceber que, se eu superar
isso, nada disso fará qualquer diferença.
Lester: Sim. Todos nós começamos assim,
desfazendo coisas isoladas no início. Começa a
nos mostrar nossa maestria. Então dominamos
nossas tendências ou predisposições. Isso desfaz
todas as inúmeras multidões de pensamentos que
constituíam essa tendência ou predisposição. Você
não deve continuar desfazendo essas coisas aos
poucos. Tudo bem no começo; você não precisa
mais disso. Abandone uma tendência ou
predisposição e você abandonará os milhões de
pensamentos subconscientes subjacentes a ela.
P: Quando você começou a nos dizer que não
havia ninguém lá fora além de você, alguns de nós
simplesmente não conseguíamos entender isso,
inclusive eu. Eu descobri por que não há ninguém
lá fora além de mim; porque sou eu quem cria isso
lá fora e está em mim.
Lester: Sim, é verdade!
P: Então eu realmente sei. Tive uma percepção tão
clara quanto cristal.
Lester: OK, por que não limpar esse “lá fora” até
que você não deixe de ver tudo como se estivesse
em você?
P: É isso que estou fazendo agora.
Lester: Você não dedica tempo suficiente a isso.
P: Isso é verdade.
Lester: Deveria ser o tempo todo,
independentemente do que você esteja fazendo.
Enquanto você dirige, conversando com as
pessoas, você pode permanecer com isso, e
continuaria se quisesse tanto. Se você realmente
aceitar, a alegria de fazê-lo será tão grande que
você não desistirá até percorrer todo o caminho.
Torna-se a única coisa que você deseja. Você
começa a ver a luz e então nada neste mundo pode
lhe interessar mais do que ela. Você apenas fica
com ele e percorre todo o caminho. A miséria o
coloca na direção, faz com que você inverta a
direção errada. Então o desejo pela maravilha
disso leva você até o topo.
P: Então você sabe que pode jogar qualquer jogo
que quiser, porque essa mente está sob seu
controle.
Lester: Sim. No entanto, o jogo jogado depois de
chegar ao topo é geralmente o mesmo para todos,
embora se expresse de forma diferente; é o jogo de
ajudar os outros, que é realmente um ótimo jogo.
P: Torna-se um jogo interessante.
Lester: É o jogo mais legal que existe; é o jogo
mais gratificante que existe.
P: O que você está me ensinando está realmente
me ajudando.
Lester: O que estou oferecendo a você é mais de
um milhão de dólares. O que estou oferecendo é o
universo inteiro. Se você quisesse ouro, poderia
empilhá-lo em toneladas. Claro, quando você pode
criar toneladas ilimitadas de ouro, você quer
empilhá-las? Não, você leva apenas aquilo que
pode usar.
P: De todas as diferentes maneiras que você
ofereceu, parece que deveria haver uma com a qual
eu pudesse ter sucesso.
Lester: Pegue qualquer um desses ditos em As
Verdades Eternas e se você levar isso até o fim,
seria isso. Pegue o bom que mencionei antes:
chegue ao lugar onde ninguém nem nada possa
perturbá-lo. Cada vez que você estiver perturbado,
procure a motivação do ego que você queria que
fosse diferente do que era. Ao reconhecê-lo, diga:
“Ah, entendo.” e deixe de lado a motivação do seu
ego de querer que seja do jeito que você deseja.
Toda reação ou tendência é baseada em algo
egoísta. Queríamos que fosse do jeito que
queríamos que fosse. Continue abandonando essas
tendências reativas. Cada vez que surgir uma
reação, observe-a; veja a motivação do ego egoísta
e abandone-a. Você logo chegará a um lugar onde
não existe mais e você estará lá, até o fim.
P: Toda vez que você se sente ofendido, com
ciúme, com raiva, magoado ou algo assim, esse é o
seu ego e essa é a sua mente.
Lester: Certo. Livre-se de todos os seus
sentimentos e você irá até o fim. Então, ganhamos
algo novo?
P: Você nos apresentou um desafio maior para
entender o que você está dizendo; você faz isso
parecer tão fácil e me afronta pensar que algo tão
fácil poderia me escapar.
Lester: Quando você faz isso, é fácil. Quando você
não faz isso, é impossível. É assim que realmente
é. Quando você faz isso, é fácil. Quando você não
faz isso, é impossível.
P: Oh senhor, espere um minuto. Quando você faz
isso, é fácil. Quando você não faz isso, é
impossível.
Lester: Não é preciso nenhum esforço para ser o
que você realmente é: Infinito. É preciso um
esforço tremendo para ser extremamente limitado
como você escolhe ser agora.
Sinto como se tivesse dado o que pude para ir até o
fim. Se houver mais alguma dúvida, ficarei feliz
em fazer o que puder para respondê-la. Se não, é
isso.
P: Continuo olhando para você e vejo que há
esperança. Se você conseguiu, alguém conseguiu.
Não é impossível e eu posso fazer isso.
Lester: Sim, faça isso. Vá até o fim. Todos estavam
subindo rapidamente e depois se estabilizaram;
alguns desceram um pouco e se estabilizaram ali.
Se você não usar o que viu, você o perderá. Você
tem que continuar a usá-lo, caso contrário, os
hábitos subconscientes remanescentes irão
dominá-lo e você perderá o rumo.
P: Quando percorremos todo o caminho,
continuamos fazendo as mesmas coisas; ainda
continuamos rindo. ainda vamos ao balé; faça
todas essas coisas. Não há nada negado.
Lester: Sim. A única diferença é que você é livre
para fazer ou não o que quiser; você não é mais
compelido em nenhuma direção.
Recomendo fortemente que você reserve um
tempo para pensar nessas coisas todos os dias,
duas vezes por dia. De manhã antes de ir trabalhar
e à noite antes de dormir. Nunca deveria passar um
dia sem fazer isso. Fique totalmente em um local
tranquilo até que ele o sugue cada vez mais, até
que você se solte da atração do mundo. Ficando
quieto o suficiente, a parte infinita de você
simplesmente assume o controle e você segue até o
fim. Você chega a um ponto onde se sente
impotente porque é fácil. Continue assim e você
será sugado sem esforço direto para o seu Infinito.
P: Bem. Eu sei.-às vezes parece que estou ficando
muito alto.
Lester: Há uma sensação de rendição nisso.
P:. Aí está aquela sua famosa afirmação: Deixe ir e
deixe Deus. Finalmente me dei conta de que isso
significa abandonar sua mente e deixar Deus.
Lester: Sim, outra maneira de dizer isso é “Renda-
se”. Mesmo que você se renda a uma montanha,
você conseguirá, porque a rendição “não é minha
vontade”.
P: Ego, mente e vontade são a mesma coisa. Então,
se você permitir, isso significa abandonar sua
mente, seu ego e todas as outras coisas.
Lester: Sim.
P: Às vezes, quando algo acontece, posso ficar
muito irritado, mas depois me pego rindo sozinho
enquanto faço isso. Realmente não está me
afetando.
Lester: Sim, liberte-se e então você pode parecer
irritado.
P: Então você pode atuar em qualquer papel? E
você está ciente do fato de que você é ator?
Lester: Certo. Vá até o fim e só haverá diversão.
P: Você pode até manter o humor também?
Lester: Certo. Mas a motivação do humor é fazer
os outros felizes, não a aprovação do ego. Essa é a
diferença.
Quando digo que vocês se estabilizaram e estão
num platô, não é exatamente correto. Você se
estabilizou em uma direção lenta, gradual e
ascendente. Poderia ser muito mais rápido, até
mesmo imediato, em vez de uma tendência lenta,
gradual e ascendente. Vá até o fim e a vida daquele
ponto em diante será apenas uma bola. Você não
precisa trabalhar. Se você quiser, você pode. Você
sempre pode ter sucesso; ou você pode até optar
por não ter sucesso, apenas para transformar isso
em um jogo. Se você conseguir falhar, também
poderá ter sucesso.
P: Ajudar os outros seria realmente uma maneira
rápida?
Lester: Não é assim se o seu propósito for
motivado pelo ego. Contudo, quando você vive
apenas para os outros, é um caminho muito rápido.
Paradoxalmente, a coisa mais egoísta que você
pode fazer é ser totalmente altruísta. Quando
somos totalmente altruístas, temos o Todo, o
Infinito. É um aparente paradoxo.
P: É isso. Você me oferece o Tudo!
Lester: Sim. Todos nós já tivemos vislumbres
disso. A coisa a fazer é estabelecer isso
permanentemente, para sempre.
Então, mais uma vez eu digo: tire um tempo todos
os dias e faça isso. Vá até o fim. Você tem um
poder infinito atrás de você; não há nada que possa
impedi-lo, exceto você. Torne-o parte de sua vida
cotidiana e permaneça com ele até que esteja
estabelecido para sempre. Você consegue!

***

Esta sessão foi gravada em Los Angeles, 31 de

agosto de 1969.
SESSÃO 34
O Eu, que é apenas o seu Eu real, é o verdadeiro
“eu” de você1, sabendo disso, você sabe tudo o
que há para saber.
***
Conhecer a si mesmo é ser você mesmo.
***
O objetivo final de cada ser no universo é a
liberdade total; e é aí que você é apenas você
mesmo...
***
A única razão pela qual você não tem consciência
do seu Eu é simplesmente porque deseja ser
apenas um único corpo no mundo.
***
Todo mundo um dia acordará para o fato de que
ele é o Eu.
***
Para ver o seu Eu, você precisa aquietar a mente o
suficiente. Quando a mente está sendo estimulada
por milhares de pensamentos no subconsciente, há
poucas chances de ver o seu Eu. Os milhares de
pensamentos culminam em tendências. Abandone
uma tendência e você eliminará os milhares de
pensamentos subjacentes a ela.
***
As únicas coisas que impedem você de ser você
mesmo são seus hábitos mentais chamados
tendências ou predisposições. Eles vão sair!
***
Se você descobrir que a fonte das tendências ou
predisposições é o Eu, o seu Eu, você as
abandonará ali mesmo.
***
Quando a mente fica livre o suficiente, então o seu
Eu assume o controle e você passa a ser
autopropulsado.
***
Para ser, o não-Eu exige muito esforço, e é o
esforço que sentimos na vida.
***
Não é necessário nenhum esforço para ser você
mesmo!
***
O EU, (SEU EU)
O esforço que você pensa que usa para tentar ser o
seu Eu é o esforço que você usa para tentar resistir
a ser o ego não-Eu.
***
Seu desejo de ser o ego e, ao mesmo tempo, de
não o ser, duplica o esforço.
***
Todo o esforço em que você está envolvido é um
esforço para ser um ego ou para resistir a ser um
ego. Você vê qual é o problema? É o seu esforço
constante. Você deve se tornar fácil.
***
Existe apenas uma morte real e essa é a morte do
Ser. Mate o Eu e você terá ego e problemas.
Portanto, todo mundo é um assassino do Eu que
pensa que é um ego.
***
A única razão pela qual alguém não tem
consciência do Eu é porque deseja algo diferente
disso.
***
Se alguém quisesse o Eu tanto quanto queria o
mundo, logo o teria.
***
Quando você encontra mais alegria dentro de si
mesmo do que em qualquer outra coisa, então você
está realmente se movendo na direção certa. Se
você encontrar alguma alegria na vida, você está
na direção errada. Gostar de qualquer coisa é
errado. Busque a alegria interior. Seja alegria. Não
há nada necessário para desfrutar se você estiver
totalmente feliz.
Se estamos desfrutando de alguma coisa, estamos
na dualidade. Se eu gosto disso, existe “eu” e
“isso”. Se existe apenas Deus (Eu), não pode haver
nenhum “eu” e “isto”.
A verdade básica é que vocês são todos alegria.
Desfrutar de alguma coisa imporá uma limitação
extrema ao seu estado natural de plena alegria.
Para desfrutar de algo, você está reconhecendo
algo diferente de você. Então, repito, nunca
devemos desfrutar de nada. Busque a alegria
apenas interiormente e então o estado natural de
alegria infinita será descoberto.
***
Na verdade, só existe uma felicidade; é ser o nosso ***
próprio Eu. Quanto mais felizes somos, mais
habitamos em nosso Eu. Você não pode ver Deus no mundo até ver Deus
em si mesmo.
***
***
Toda vez que você está chapado, você está apenas
sendo você mesmo e isso é ótimo. Deus é Tudo e Deus é Perfeito. Portanto, tudo o
que vemos como imperfeito está em nós.
***
***
Viver em seu Eu é viver em êxtases, desejos
mundanos é viver em misérias. Se você vê a separação, você não vê o Ser.

*** ***

Todo mundo, a cada momento, está Quando o mundo é real, ele é pesado. Quando o
experimentando o seu Eu e a cada momento Ser é real, o mundo é leve.
dizendo o contrário. ***
*** Quando nossa falsa identidade como corpo-mente
É somente sem pensamento que você pode ser o desaparece, nossa verdadeira identidade como Eu
Eu. aparece.

*** ***

Descobrir e ser você mesmo é fácil ou impossível.
***
Encontrar o Eu é a coisa mais fácil do universo
quando você faz isso. Quando você não faz isso,
quando você continua olhando para longe Dele,
você nunca poderá vê-Lo. E então é a coisa mais
difícil do universo.
***
Ser você mesmo é fácil. Ser um ego é difícil.
***
Quando você percebe o que você é, é o abandono
do que você não é que é o crescimento. Cada vez
que você vê o que você é, você deve abandonar
aquilo que você não é.
***
Todos estão buscando o Ser, chamando-O por
nomes diferentes.
Nós somos o Eu agora. Tudo o que precisamos
fazer é abandonar o conceito de que não somos.
***
O Eu é Deus. O ego é o diabo.
***
Deus (seu Eu) é infinitamente individual e
individualmente infinito.
***
O mais lindo é Deus.
***
Existe algo muito mais belo que a natureza, é a
Fonte da natureza, a beleza suprema, Deus.
***
Não importa em quantos problemas o homem
possa se meter, Deus é mais engenhoso para tirá-lo
deles.

*** ***

Qualquer pessoa que busca a felicidade está
buscando o Eu. Existem dois tipos de pessoas no
mundo: aquelas que buscam conscientemente a
Deus, a felicidade, o Eu, e aquelas que os buscam
inconscientemente.
***
Quando nos comportamos como Deus, temos
poderes semelhantes aos de Deus.
***
Deus (Eu) pode materializar qualquer coisa
instantaneamente.

Na consciência da materialidade (mamon) não ***

existe Deus (Eu).
O Tudo que é Deus não é tudo; é a mesma
Essência singular por trás de todas as pequenas
coisas.
***
Deus e o bem às vezes são usados como
sinônimos. Porque todos querem o bem, eles
tornam Deus bom. Deus está acima do bem e do
mal. Contudo, o bem nos leva a Deus.
***
Se Deus é Tudo, isso não deixa espaço para o
diabo.
***
Na Realidade só existe Deus (seu Eu).
***
É melhor pensar em si mesmo do que em Deus,
porque geralmente você pensa em Deus como
sendo diferente de você e geralmente pensa em si
mesmo como você.
***
Não existe algo externo chamado Deus. Existe um
Deus, mas é o ser interno de cada um.
***
Tudo o que é, é o Ser, tem seu ser, seu ser, em seu
Ser, Deus.
***
Deus é este mundo, a forma como este mundo é, e
não a aparência que vemos.
***
Deus, a Verdade, o Eu é imutável. Se Deus
conhecesse a mudança, Ele não seria imutável.
Não há ação em Deus. Deus não sabe nada deste
mundo como o vemos. Deus é apenas o ser
imutável por trás do mundo.
***
Todo mundo experimenta seu Eu em cada
momento de sua vida.
***
Meu Eu é o mais próximo dos próximos e o mais
querido dos queridos.
***
Olhe para o Eu para tudo!
***
Se você deseja obter mais conforto, conheça a si
mesmo.
***
A única resposta para todos os problemas é
conhecer a si mesmo.
***
Nunca estaremos completamente satisfeitos até
que sejamos completamente o Eu.
***
Descobrir o seu Eu é a razão pela qual você veio a
este mundo.
***
Todo mundo está buscando o seu Eu em cada ato.
***
A felicidade última é o Eu. Todas as outras
felicidades são apenas uma pequena parte do Ser.
***
Quando você sabe que a única alegria que existe é
a do Ser, você a toma diretamente e em sua
plenitude, e não de forma escassa, como antes a
tomava.
***
A única pessoa necessária para conhecer o seu Eu
é você mesmo.
***
Esse sentimento de precisar que outra pessoa seja
você mesmo é ridículo. Isso limita você ser você
mesmo.
***
Todos são na verdade o Ser, expressando o Ser
como uma limitação extrema, identificando-se
como um corpo-mente limitado. Quando você diz
“eu” e não acrescenta nada, é isso.
***
Quando você não está se identificando com o ego,
você é o Eu.
***
O único conhecimento direto é o do Eu. Todos os
outros conhecimentos, necessitando de algo
externo a nós mesmos, são indiretos.
***
Se, neste momento, você se identifica com o seu
Eu, você é infinito.
 ***
Aquela parte de você que realmente existe, seu ser,
é eterna. É o eu que você realmente é.
***
O pequeno eu, o ego, nada mais é do que o Eu
inato e infinito, assumindo que é limitado. Não
existem dois eus, um superior e outro inferior, não
existem dois "eus". Existe apenas um Eu. É
perfeito e sempre será perfeito, mesmo que você
faça a falsa suposição de que Ele é imperfeito e
limitado. Você é agora, sempre foi e sempre será o
seu Eu.
***
Embora a pessoa sempre experimente o seu Eu,
geralmente precisa ser direcionada para Ele antes
de se tornar consciente dele.
***
É o Eu que é a fonte do ego, a fonte de tudo.
***
Você é a cada momento o Eu ilimitado, a cada
momento dizendo “Eu sou limitado”. Quando você
mergulha no Ser, você para de dizer “Eu sou um
corpo-mente limitado”.
***
Olhe apenas para o Ser; então o ego é eliminado.
***
Quando você habita em seu Eu, você não deseja
ser liberado. Somente quando você está no ego é
que você deseja a liberação.
***
O Eu não está consciente do ego e o ego não está
consciente do Eu.
***
Quando eu, o Ser infinito, me sinto como um
corpo, sou o Ser infinito imaginando que estou me
sentindo como um corpo.
***
Quando o Ser é real, o corpo não é real e vice-
versa.
***
Identifique-se com seu corpo e as limitações
extremas de um corpo serão suas. Identifique-se
com o seu Eu e você será todas as coisas, todo
conhecimento e poder, sem limites.
***
Não há ninguém que não pudesse materializar
nada agora se simplesmente deixasse de se
identificar como o corpo limitado.
***
Se você descobrir o seu Eu, verá que o corpo e a
mente são seus servos.
***
Obtenha e mantenha a experiência direta do Eu. É
mais fácil obter do que manter experiência direta.
***
Cada vez que você diz “eu” é tudo, todo o poder
do universo. Cada vez que você adiciona algo a
Ele, você o reduz à limitação.
***
Quando você vê a Perfeição, você vê o outro como
o outro realmente é, que é a coisa real – o Eu
perfeito.
***
Não existe um Eu superior e um Eu inferior. Só
existe você se identificando com seu Ser ilimitado
ou se identificando com seu ser limitado.
***
Você nunca está satisfeito até percorrer todo o
caminho.
***
Só há uma coisa que satisfaz plena e eternamente:
a total consciência do seu Eu.
***
Todo mundo está consciente de uma
individualidade. É o Ser, sendo erroneamente
identificado apenas como um corpo.
***
Se você apenas estivesse consciente, você seria o
seu Eu. Se você fosse apenas, você seria você
mesmo.
***
Este Ser infinito e glorioso que somos, sendo
absolutamente perfeito, nunca pode mudar. Está
sempre lá.
***
O maior de todos os professores é o seu Eu.
***
Olhe para si mesmo até vê-lo completamente.
***
Todo o Ser é Deus, o seu Eu.
***
No Ser não há haver, ter ou coisa ter. Não há
fazedor, ação ou coisa feita. Não há conhecedor,
conhecimento ou coisa conhecida. Lá, só existe o
Ser, sendo todo o Ser.
***
Quando o homem procura e descobre quem busca,
ele descobre que:
Quando alguém realiza o seu Ser, todas as suas
ações e posses não são percebidas como suas. Ele
desistiu de “eu” e “meu”. Tudo é o Eu.
***
Quando você experimenta o Ser, você não pode
falar sobre Ele.
Qualquer coisa sobre a qual você possa dizer
alguma coisa, não é Isto. É o estado de apenas ser.
Não há nenhuma ação aí; não há forma lá. É o Ser,
e isso é tudo o que É. Você não pode usá-lo, você
não pode conhecê-lo, você só pode ser isso.
Quando você está lá, só existe Um, Você, e isso é
tudo que existe.

No Eu: ***

Deus não está sendo algo, Deus é existência.
Deus não está consciente de nada. Deus é
consciência. Deus não desfruta de nada, Deus é
alegria.
Deus não ama nada nem ninguém. Deus é amor.
No homem:
Sua existência é Deus.
Sua consciência é Deus. Sua alegria é Deus.
Seu amor é Deus.
Qualquer coisa, exceto o Ser, é totalmente
imaginação. O ego é apenas um ator aparente no
roteiro imaginário que você escreveu. Tu és
Aquilo, aqui e agora. Não se iluda. Abandone sua
limitação ilusória.
***
O Ser é Quiescência, Consciência perfeita com
Quietude perfeita.
Aquele que busca a Deus não encontrará Deus na
dualidade. Não existe humano, Deus é Tudo.

*** Não há tempo, não há devir.

Aja como se você fosse o Eu. Isto o levará a vê-lo. Não há criação em total perfeição.

*** Somente Deus contempla Deus, não havendo mais

nada. Somente Deus ama a Deus, Deus sendo
A sua Realidade (Eu) é perfeita, toda alegre, toda Tudo.
gloriosa, toda feliz.
Fique quieto e saiba que você é Deus!
***
***
Quanto mais alto você sobe, mais você realiza o
seu Eu e mais você trata os outros como o seu Só existe Deus, nada mais. Se só existe Deus,
próprio Eu. então eu sou Isso. No final do caminho
descobrimos que só existe “eu”, totalmente
*** sozinho.

Ser o Eu é ser altruísta. Nesse estado você está ***

interessado apenas em servir aos outros, servindo-
os como a si mesmo. Você é o Eu dizendo o contrário, mas isso não
significa que seja assim. Não importa o quanto
*** você diga o contrário, você é esse Ser infinito
agora.
O Eu é paz absoluta, profunda e indescritível.
***
***
Você não pode se tornar você mesmo, você é isso!
O único requisito para a realização do Ser, o seu
Ser, é a quietude. ***

*** Toda vez que você diz “eu”, esse é o Eu, se você
apenas parasse aí!
 ***
A palavra “eu”, sem nada acrescentado, é o seu
Eu. Quando você simplesmente diz “eu”, esse
sentimento de “eu” é o Ser. Mas quando você diz
“Eu sou alguma coisa”, não é isso. Mas apenas o
puro “eu”, e somente “eu”, é Isto. Quando isso é
tudo que você vê e tudo que você conhece, isso é
Deus, o seu Eu. É por isso que Deus está mais
próximo que a carne! Apenas segure apenas a
palavra “eu”. "Eu, eu, eu, eu", experimente quando
estiver sozinho. Apenas “eu, eu” e não “eu sou um
corpo”, mas “eu, eu, eu, eu” – esse sentimento de
ser. Segure isso; experencie; seja isso! É a sua
Divindade, - o seu Eu!
***
P: Existe aquela sua famosa declaração: Deixe ir e
deixe Deus. Finalmente me dei conta de que isso
significa abandonar sua mente e deixar Deus.
Lester: Sim, outra maneira de dizer isso é “Renda-
se”. Mesmo que você se renda a uma montanha,
você conseguirá, porque a rendição “não é minha
vontade”.
P: Ego, mente e vontade são a mesma coisa. Então,
se você permitir, isso significa abandonar sua
mente, seu ego e todas as outras coisas.
Lester: Sim.
P: Às vezes, quando algo acontece, posso ficar
muito irritado, mas depois me pego rindo sozinho
enquanto faço isso. Realmente não está me
afetando.
Lester: Sim, liberte-se e então você pode parecer
irritado.
P: Então você pode atuar em qualquer parte? E
você está ciente do fato de que é ator?
Lester: Certo. Mas a motivação do humor é fazer
os outros felizes, não a aprovação do ego. Essa é a
diferença.
Quando digo que vocês se estabilizaram e estão
num platô, não é exatamente correto. Você se
estabilizou em uma direção ascendente lenta e
gradual. Poderia ser muito mais rápido, até mesmo
imediato, em vez de uma tendência ascendente
lenta e gradual. Vá até o fim e a vida daquele
ponto em diante será apenas uma bola. Você não
precisa trabalhar. Se você quiser, você pode. Você
sempre pode ter sucesso; ou você pode até optar
por não ter sucesso, apenas para transformar isso
em um jogo. Se você conseguir falhar, também
poderá ter sucesso.
P: Ajudar os outros seria realmente uma maneira
rápida?
Lester: Não é assim se o seu propósito for
motivado pelo ego. Contudo, quando você vive
apenas para os outros, é um caminho muito rápido.
Paradoxalmente, a coisa mais egoísta que você
pode fazer é ser totalmente altruísta. Quando
somos totalmente altruístas, temos o Todo, o
Infinito. É um aparente paradoxo.
P: É isso. Você me oferece o Tudo!
Lester: Sim. Todos nós já tivemos vislumbres
disso. A coisa a fazer é estabelecer isso
permanentemente, para sempre.
Então, mais uma vez eu digo, tire um tempo todos
os dias e efetue isso. Vá até o fim. Você tem um
poder infinito atrás de você; não há nada que possa
impedi-lo, exceto você. Torne-o parte de sua vida
cotidiana e permaneça com ele até que esteja
estabelecido para sempre. Você consegue!
***
Esta sessão foi gravada em Los Angeles, 31 de
agosto de 1969.
SESSÃO 35
Em algum nível, todos estão conscientes do ser
infinito que são. Você está consciente do “eu” que
você é? A palavra “eu”, é isso, a parte do ser em
você, mas é apenas a parte do ser. Se você
experimentar “eu sou”, é isso. Essa parte de você é
infinita. E você está experimentando isso o tempo
todo. Não há momento em que você não esteja
vivenciando isso, caso contrário você deixaria de
existir.
No entanto, você o ignora e o esconde de si
mesmo, dizendo “Eu sou um corpo”. E o que você
está fazendo é dizer: “Eu, o ser infinito, sou este
corpo”. Então, se você usar a palavra “eu”, estará
falando do ser infinito que você é. Cada vez que
você diz “Eu sou alguma coisa”, você está dizendo
“Eu, o ser infinito, sou uma coisa limitada”. E
sendo Infinito, permite assumir limitação, tanto
quanto você quiser. É por isso que você pode fazer
um trabalho tão bom limitando-se. Isso faz
sentido?
P: Sim.
Lester: Podemos levar-nos a limitações tão
extremas que pensamos que somos vítimas do
nosso ambiente e estamos sujeitos a ele. E é um
ser infinito fazendo isso!
P: Por que não percebemos nosso ser ilimitado?
Lester: Temos a convicção de que não podemos
fazer isso. Se não estivéssemos convencidos de
que não conseguiríamos fazê-lo, poderíamos fazê-
lo rapidamente, mesmo num momento. Quanto
tempo levaria para alguém com todo
conhecimento, todo poder, reconhecer que ele é
todo conhecimento, todo poder? Não há tempo! E
cada um de nós é aquele indivíduo todo poderoso e
onisciente. Parece tão difícil, quase impossível, só
porque não vamos conseguir. É por isso que é tão
difícil: não faremos isso!
Você mantém o conceito de que é um corpo, em
vez de ser um ser infinito e ilimitado. Enquanto
você se apegar a esse conceito, estará preso a ele.
Você não olha para o outro, para o seu lado
oposto, que é ilimitado.
P: Bem, então, você poderia dizer que a única
coisa entre nós e a realização é realmente um
pensamento?
Lester: Sim, é isso. É um pensamento que é o
culminar de muito pensamento.
Se você apenas examinasse como seus
pensamentos fluem depois que eu lhe disser que
você é ilimitado, você descobriria que
imediatamente mergulharia direto nos
pensamentos de ser um corpo limitado. Quando
digo que cada um de vocês é infinito, ilimitado,
neste momento, nesse momento vocês têm uma
noção disso. Você está ciente da sensação que
sente quando eu digo isso? Neste momento, todos
TU ÉS QUE
aqui são infinitos, ilimitados, onipotentes,
oniscientes e onipresentes. Quando eu digo isso
para você, naquele instante você sente isso, mas no
momento seguinte você pensa que é o corpo, e
imediatamente desvia toda a sua atenção do que
você realmente é e coloca-a no conceito de ser
apenas o corpo com todos os seus afiliações.
Tudo bem, agora que você ouviu isso, por que não
para de fazer isso consigo mesmo?
(Interrupção: Duas pessoas chegam e entram na
sala, provocando muita conversa.)
Você tem um exemplo agora do que estou falando.
Você pode ver o que aconteceu? Se o que eu disse
tivesse sido mantido, você não teria sido distraído
pelos recém-chegados; as pessoas teriam entrado e
sentado em silêncio e nada teria sido dito. Mas
estamos tão interessados nos corpos que
imediatamente gravitamos em torno deles. Este é o
problema: a nossa persistência em sermos corpos.
A cada momento afirmamos que somos corpos
limitados. O que você precisa fazer é parar de
fazer exatamente isso. Você vai fazer isso? Se
fizer isso, você verá o ser infinito que você é.
É muito simples, mas parece extremamente difícil.
Não só difícil, mas impossível, não é? É, apenas
porque simplesmente não fazemos isso, e isso
torna isso impossível. Ouvimos essas coisas
repetidas vezes. Mas de que adianta ouvir isto, se
não o fizermos? E, como eu disse, sendo infinito,
não há ninguém aqui que não pudesse ser o ser
infinito que ele é aqui e agora, se ao menos ele
fizesse isso. Então, o que você precisa fazer é se
controlar, olhar para si mesmo e fazer. E é tão
simples.
Quantas de vocês, mulheres, passam todos os dias
tentando descobrir que são mulheres? Nenhum.
Quem de vocês, homens, sai todos os dias tentando
descobrir que é homem? Por que você não? Por
que vocês não querem que lhe digam isso? Porque
você aceita isso sem qualquer dúvida. Mas você
não aceita que é infinito. Por que não? Por que
jogar o jogo da limitação e ser infeliz? Por que?
Estou fazendo as perguntas agora, em vez de você
me perguntar.
Você acredita que é infinito. Por que você não é o
que é, em vez dessa constante tentativa de ser o
corpo limitado? O corpo é uma coisa muito
apertada e dói. Entra e sai toda a vida. Por que
você insiste em ser tão limitado e incapacitado,
como todo mundo é, se alguém é um corpo físico?
Comparado com o que realmente somos – infinito,
ilimitado e totalmente gratuito, é ridículo, não é?
Talvez alguém queira responder à pergunta: "Por
que você não é o que é, - infinito?"
P: Qual é a sensação de ser infinito?
Lester: Absolutamente nenhuma limitação em
qualquer direção. Sem limitações, liberdade total
de tudo, - sem necessidade de comida, sem
oxigênio, sem trabalho. Materializando
instantaneamente tudo o que você quiser. Estar em
qualquer lugar do universo. Ser tão alto quanto
você quiser ou do tamanho de um átomo. Estar em
perfeita paz e contentamento, Estar no estado mais
agradável possível.
P: O que acontece com este corpo quando isso
acontece?
Lester: Para realmente saber que você deve
experimentar o que você é. Caso contrário, a
realidade do corpo poderá ser compreendida.
Quando você vê o que você é, só então você sabe o
que é o corpo. Acontece que é um pensamento.
Um pensamento como num sonho noturno, quando
você sonhou ser um corpo em uma situação. E
quando você acordou você disse. "Oh meu Deus,
isso estava tudo na minha mente." A mesma coisa
acontece com esse corpo quando você acorda
desse sonho, chamado estado de vigília. Você vê o
corpo, mas sabe que é o sonho, a natureza que ele
é.
Você vê o quanto você está preocupado com o
corpo? E eu afirmo este ponto: esteja tão
preocupado com o seu ser infinito quanto com o
seu corpo e, se estiver, descobrirá que você é
infinito.
P: O que eu realmente quis dizer foi: quando você
está fora fazendo essas coisas, como funciona esse
corpo?
Lester: Automaticamente. No entanto, você não
pode ficar longe do “eu” que você é. Você está
exatamente onde está o seu “eu”. Quando você diz
“eu”, é aí que você está. Você não pode fugir
disso, nunca. A individualidade nunca te
abandona, você nunca a abandona. O “eu” que
você é sempre é eterno. Esse é o verdadeiro Ser
que você é.
Tudo bem agora, se você for esse “eu”, e apenas
esse “eu”, então tudo se tornará como um sonho.
você acorda de um pesadelo. Uma boa alusão ao
que estamos passando agora é o pesadelo.
Enquanto você permanecer nele, é uma coisa
horrível e muito real. Só se torna irreal para você
depois que você acorda, certo? Exatamente a
mesma coisa acontece com esse sonho em estado
de vigília quando acordamos dele. Primeiro
dizemos: "Oh meu Deus, foi tudo um sonho", e
depois acrescentamos que isso nunca foi
realmente. E é isso que acontece com o seu corpo.
Você então o vê como um corpo de sonho.
Seu corpo mudará, mas você nunca mudará. Você
não desaparece; você não perde nada; você
simplesmente assume cada vez mais até se ver
primeiro, como cada ser, como cada corpo, depois
como cada átomo do universo. Não há razão para
temer perder seu corpo ou perder alguma coisa.
Você ganha cada vez mais até se tornar infinito.
No entanto, a maioria de nós tem medo de perder o
corpo e não ser nada. Isso é um erro grave. Você
poderia ter cem corpos!
P: Se você pensa no corpo em termos de existência
Lester: Se você fizer isso, estará cometendo um
crime grave contra a palavra “ser”. Ser é o infinito
que você é. Seu ser é infinito. Ser um corpo é uma
limitação extrema em seu ser.
P: Pensamos no corpo em termos de limitação;
esse é o conceito comum de corpo.
Lester: Certo, o que significa que temos que
abandonar o conceito: O corpo sou eu. Enquanto
mantivermos isso, estaremos mantendo o conceito:
Eu sou uma limitação extrema, um corpo físico.
Qualquer leve desajuste nele e ele morre. E todos
sabem que isso acontece, mais cedo ou mais tarde.
O que é essa grande coisa chamada corpo? É uma
coisa muito descartável e todo mundo sabe que
mais cedo ou mais tarde vai se desfazer, né? Mas,
meu Deus, como nos apegamos a essa limitação! E
manter-nos em confinamento extremo!
Somos como um pássaro numa gaiola, com a porta
aberta, recusando-se a voar para fora, - livres!
P: Bem, esta sensação de existência, de existência
infinita, é muito mais concreta do que a nossa atual
sensação de corpo, não é?
Lester: Deveria ser. Isto é o que, na verdade, estou
dizendo. Se você apenas se apegar ao seu sentido
de ser, e apenas segurar isso, e não adicionar "este
corpo sou eu", - apenas se apegar apenas ao seu
ser, e segurá-lo, e segurá-lo, - você estará deixando
ir da sensação de que o corpo é eu. E você terá um
insight sobre esse ser, sobre o que ele é, e então
permanecerá nele. Então o seu estado de ser é
muito concreto para você e seu corpo é como um
corpo de sonho.
Quando você é apenas o ser, você reconhece que o
seu ser é todo o ser. Eu digo que todos aqui são,
neste momento, esse ser infinito. E a parte infinita
de você é o “eu”, a existência do “eu”, o “eu sou”.
E que se você mantivesse isso, isso se tornaria real
e concreto para você, e toda a limitação, miséria e
problemas do corpo desapareceriam
automaticamente.
P: Tive alguns vislumbres disso, mas segurá-lo é
uma coisa diferente.
Lester: A razão pela qual você não o mantém é
porque você está se apegando ao corpo que é você.
P: O problema é que esse estado de ser não pode
ser concebido com a mente, pode?
Lester: Certo. No entanto, você não precisa
conceber isso se for isso. Você tem que conceber
ser homem? Apenas seja isso.
P: Mas esta metamorfose, esta mudança que deve
ocorrer dentro do indivíduo, requer inicialmente
alguma intelectualização?
Lester: O intelecto orienta você a desviar o olhar
do que você não é e olhar para o que você é. Nesse
sentido, você está certo. Perguntamos "O que sou
eu?" e isso é intelectual. No entanto, a resposta é
uma experiência.
P: Agora é isso que eu queria dizer. Quando essa
intelectualização do infinito cessa e você percebe
isso como é?
Lester: Quando o seu pensamento se acalma o
suficiente, você vê o que você é e isso se torna real
para você.
P: Mas você não está consciente dessa transição?
Lester: Você está consciente de que deve
abandonar os conceitos de limitação. Descobrir o
Ser infinito que você é não é uma transição,
porque você é isso agora; você sempre foi e
sempre será Isso. Portanto, não pode haver
nenhuma transição aí. É o abandono dos
pensamentos de limitação que constitui uma
transição.
P: Não é difícil pensar em seu ser interior como
infinito?
Lester: No seu pensamento, é impossível, apenas
experimente. Você pode.
P: E ainda assim é real; você entra nisso; não há
dúvida sobre isso.
Lester: Sim, mais cedo ou mais tarde. Quando
você fica tão farto de se torturar, você deixa de
lado todas as bobagens e será o que realmente é:
infinito. Agora, a maioria das pessoas na Terra
levará milhões de anos para fazer isso, e você pode
ver por quê. Quando levamos em conta todas as
pessoas, você está muito avançado; e olha o
quanto você está se apegando a ser apenas esse
corpo! Suas perguntas e conversas estão
relacionadas principalmente ao corpo, à sua
transição e ao que acontece com o corpo.
Espero provocá-lo a deixar de se identificar com o
corpo, dizendo-lhe que é impossível ser infinito
porque você insiste em ser o corpo. E enquanto
você persistir em ser o corpo, isso será impossível.
Você está preso. E você poderia permanecer assim
por milhões de anos.
Você já aceitou o conceito de que não tem
limitações?
P: Aceitei a ideia intelectualmente, mas
obviamente não na prática.
Lester: Sim, e porque você acredita que é um
corpo, é impossível ser infinito. Esses corpos são
coisas muito frágeis e também não duram muito. E
insistimos e persistimos em ser o corpo. Agora,
sempre que alguém decidir, realmente decidir, não
ser isso, então ele se permitirá ver seu ser infinito.
O que fazemos vinte e quatro horas por dia? Nós
atendemos ao corpo; pensamos que somos isso!
Acordamos de manhã, lavamos, vestimos,
embelezamos; nós o mandamos para o trabalho
para que ele ganhe algum dinheiro, para que
possamos colocar alguma outra vida (comida) nele
para que ele possa apodrecer (digerir) aquela vida
interior para que possa persistir. E então vamos
para casa e estacionamos durante a noite. É uma
vida tão maravilhosa que temos que fugir dela;
todas as noites temos que ficar inconscientes, ou
seja, dormir. E repetimos isso dia após dia, vida
dentro e vida fora, - até decidirmos que não somos
o corpo, que somos mais do que o corpo, que
somos o ser infinito.
É muito simples. A dificuldade disso é manter o
desejo de ser o corpo. Estamos constantemente
dizendo. "Eu sou o corpo; não sou infinito." E,
claro, não podemos sentir a alegria ou felicidade
ilimitada que procuramos ao nos comprimirmos
num pequeno corpo que é frágil e perecível.
P: O que você quer dizer quando diz que temos
uma vida tão maravilhosa que temos que ficar
inconscientes?
Lester: Esta vida, que achamos tão grande, não
podemos levar vinte e quatro horas por dia;
durante cerca de oito horas todos os dias, temos
que escapar dele através do estado inconsciente de
estar dormindo.
P: Enquanto durmo, onde estou? Por que não
consigo me lembrar?
Lester: Porque você acredita que não pode. A
razão é que você não quer, porque, a menos que
você se relacione com o corpo físico e com o
mundo, você acredita que é um vazio. No entanto,
observe o fato de que, embora você abandone o
corpo físico e o mundo durante o sono, você ainda
existe, não é?
O sono é uma fuga deste nosso mundo
maravilhoso. À medida que subimos para estados
mais elevados de existência, todos alcançamos um
lugar onde não dormimos mais. Quando não
desgostamos do mundo, não há necessidade de
dormir.
Quero salientar o quão maravilhoso é este mundo.
Quão maravilhoso é se tivermos que escapar dele
todas as noites? Então deixe isso de lado e seja o
que você é. Seja infinito. Pare de olhar para o
mundo e olhe para o "eu que sou", e mantenha sua
atenção no "eu que sou" até vê-lo completamente,
e você deixará de ser apenas um corpo físico com
todas as limitações associadas a ele. isto.
P: Continuamos imaginando que essa vidinha
limitada nos traz felicidade e isso ajuda a nos
manter presos, não é?
Lester: Sim, então por que fazer isso? Todo mundo
está buscando o ser infinito que ele é. Você chama
isso de felicidade, felicidade sem tristeza. É o seu
Eu, o seu ser. Por que não ser apenas isso? Por que
você não faz isso?
P: Bem. Acho que não queremos isso o suficiente;
temos medo de fazer tudo.
Lester: É isso, você não quer isso o suficiente.
Você quer ser o corpo limitado com todos os seus
complementos de limitação, doença, problemas e,
finalmente, morte. Ridículo, não é?
Se fosse a coisa mais importante da sua vida, não
demoraria muito para se tornar Isso. Mas todos nós
temos caminhos secundários que nos fazem seguir
em todas as direções.
É isso. Nós realmente não queremos esse
conhecimento do nosso estado ilimitado, certo?
Portanto, nossa atenção está em outras direções.
P: É ilimitado, sabemos disso intelectualmente,
mas você acha que temos uma resistência, por não
sabermos exatamente o que existe para nós?
Lester: Sim e não. Você sabe que é infinito e está
buscando isso. Em cada ato seu, todos os dias,
você está buscando esse ser infinito que você é.
Você chama isso de felicidade. Se você rastreasse
a felicidade até sua fonte, descobriria que não há
felicidade nas coisas ou pessoas externas.
Felicidade é algo que você experimenta
interiormente. E está lá o tempo todo, se você
simplesmente não o cortar, tornando-o dependente
de alguém gostar de você ou de você conseguir
ouro. Uma vez eu digo: “Para que minha
felicidade interior exista, preciso ter ouro”. Eu
corto essa felicidade a menos que consiga ouro.
Então, estamos cortando essa felicidade ilimitada e
dizendo que ela está no mundo, em pedacinhos,
enquanto o tempo todo ela é ilimitada dentro de
nós, não lá fora, no mundo. Mas, como você disse,
estamos tão convencidos de que é no mundo que
nossa atenção está em outras direções além do Ser
infinito que somos. Se realmente quiséssemos ver
esse Ser infinito que somos, nossa atenção estaria
lá o tempo todo.
P: E poderíamos ser Isso naquele exato momento!
Lester: Certo. Naquele momento, ou em breve, ou
em um ou dois meses. Mas eu digo que você está
condenado a milhões de anos de miséria se
persistir em ser o corpo.
P: Se alguém experimenta uma miséria muito
intensa onde tudo parece estar cortado. - às vezes
pode surgir um despertar disso, não é?
Lester: Ah, sim. É assim que costumamos fazer.
Quando estamos na direção da limitação, ficamos
cada vez mais limitados, até chegarmos a extremos
e pensarmos que corremos o risco de ficar
incapacitados por algo grave; com doença ou
morte. Então, com a nossa determinação, que
todos têm, dizemos: "Para o inferno com isso!" e
vamos na direção certa. No entanto, poderíamos e
deveríamos ir na direção certa devido à maravilha
que isso representa.
P: Acho que muitas vezes a tendência é tentar
entrar em contato com o infinito e depois usá-lo
para tornar esta vida finita confortável, agradável,
próspera e coisas assim.
Lester: Certo. Tentamos entrar em contato com
nosso poder ilimitado e então usá-lo para criar um
corpo e um mundo melhores. Podemos melhorar o
corpo e o mundo, mas não podemos alcançar a
felicidade sustentada, porque estar sujeito a este
corpo e a este mundo é estar sujeito à limitação e à
não-liberdade.
P: Mas livrar-se do seu corpo não vai ajudar muito,
não é?
Lester: Não estou sugerindo que você faça isso.
Até que você possa deixar seu corpo
conscientemente, se você se livrar dele à força,
você simplesmente voltaria através do útero e
esperaria vinte anos enquanto crescia, antes de
começar de novo para aprender que você não é o
corpo. Portanto, largar o corpo à força seria uma
coisa muito errada de se fazer. Mas para mostrar o
quanto você pensa que é o corpo, pergunte-se o
quão perto você poderia chegar de jogar seu corpo
na estrada e deixar os carros passarem por cima
dele. Isso mostrará o quanto você está convencido
de que seu corpo é você.
P: É a nossa mente inconsciente que nos impede
de ser o nosso infinito?
Lester: É você, deixando seus pensamentos
inconscientes. Eu digo que é você; não é sua
mente. Ou, se você quiser argumentar, mostre-me
a mente de que você está falando. Cadê? E como
isso está impedindo você? Tem uma vida diferente
de você? É outro além de você? O que é esta
coisa?
Você está se prevenindo, seja pela mente, pelo
corpo ou por qualquer coisa. Você está fazendo
isso. É importante que você assuma total
responsabilidade porque, do contrário, nunca sairá
dessa armadilha.
P: Entendo que seja algo que nós mesmos criamos,
mas atingiu tal proporção!
Lester: Não, foi você quem atingiu essa proporção.
Enquanto você culpar outra coisa, você nunca sairá
dessa. Você está fazendo isso. Você não percebe
que não pode desfazer sua limitação enquanto não
assumir a responsabilidade por ela? Não importa
como você chame isso, se você chama isso de
mente ou corpo, você está fazendo isso.
P: Estou assumindo a responsabilidade por isso,
porque estou tentando fazer algo a respeito.
Lester: OK. Contanto que você diga: “Estou
assumindo a responsabilidade”, tudo bem. Mas
quando você diz: “É a mente”, você não está
assumindo a responsabilidade por isso; então a
mente é responsável, não você. Você vê isso?
P: Bem, sou responsável por isso; é minha criação.
Lester: Certo. De quem é a mente? É seu.
P: Mas ainda assim, tornou-se uma espécie de
monstro de Frankenstein que saiu do controle. E
não é isso que atrapalha?
Lester: Não, você precisa. Enquanto você pensar
que é algo diferente de você, você não terá chance.
Ao falar agora, você está convencido de que é a
mente que está fazendo isso, e não você.
P: Então cometemos o erro de que a mente verá, e
a mente nunca verá Isto.
Lester: Certo!
P: E estamos tão condicionados a funcionar como
mente, que essa parece ser a única ferramenta que
sabemos que temos, e por isso estamos usando a
ferramenta errada.
Lester: Certo.
P: Então, o que precisamos fazer é jogar fora a
ferramenta.
Lester: Certo. Então o que sobra é o você infinito.
Jogue fora a ferramenta. Não são necessárias
ferramentas para ser o que você é!
P: Esse é o erro; continuamos tentando fazer isso
com a mente, porque é a única coisa com a qual
estamos familiarizados.
Lester: Não é a única coisa com a qual você está
familiarizado; você está tão familiarizado com o
"eu" que você é. Apenas a palavra “eu” e isso é
você, não é a sua mente. Você tem a mente.
Você está sempre experimentando esse ser infinito
que você é, e é o “eu”. Você perde de vista esse
“eu” infinito ao identificar a mente e o corpo como
você. Deixe de se identificar com seu corpo e
mente e o que está bem ali no puro “eu” é um ser
infinito, você. Simples o suficiente?
P: Você diz que o “eu” existe há bilhões de anos.
O “eu” é sempre o mesmo?
Lester: O “eu” que você realmente é é sempre o
mesmo – imutável, eterno e perfeito.
P: Sempre foi como é e como será?
Lester: Sempre foi assim: perfeito; imutável;
imortal. E é por isso que temos a tendência de
pensar no corpo dessa forma. Tentamos torná-lo
perfeito e imortal, mesmo sabendo que não
podemos.
P: O corpo tem um propósito?
Lester: Sim, dói; isso confina. Isso serve para
redirecioná-lo de volta à visão de que você é
infinito. O propósito de ter o corpo é ajudá-lo a
aprender que não tem limitações. Então você
conjurou a limitação extrema chamada: “corpo
físico”, para aprender que não tem limitação. Esse
corpo vai doer cada vez mais à medida que você
pensa cada vez mais que é ele, até que um dia você
diga: “Que se dane!” Então, com total
determinação para ver o que você realmente é,
você de repente desperta para o que sempre foi,
para o fato de que você é infinito.
P: O “eu” sempre usou o corpo?
Lester: Não, o “eu” nunca usou o corpo. O “eu” é
imutável e perfeito. O “eu” imaginou, sonhou,
usou o corpo. É uma ilusão; é um sonho, mas
enquanto você está no sonho parece real. Acorde
deste sonho. Veja o que você é. Essa é a coisa a
fazer.
Percebeu o quanto você me faz perguntas sobre o
corpo? Você está ciente disso?
P: Acho que para defini-lo.
Lester: Não, você está tentando expressar seu
infinito em termos dessa limitação extrema. E é
por isso que você está preso. Inverta. Solte o
corpo. Coloque toda a sua atenção no “eu” infinito
que você é, e só então você terá a possibilidade de
ver o “eu” infinito que você é. Você deve
abandonar o conceito de que esse corpo é você.
P: Então a dor é um grande despertador, não é?
Lester: Sim. No entanto, não temos consciência de
quanta dor existe porque nos habituamos a ela e
nos tornamos imunes à quantidade real. Porque
somos seres infinitos e tentamos ser este corpo
limitado, é muito doloroso.
E quando você acordar desse sonho, verá quanta
dor houve. É uma dor quase infinita comparada
com o que você realmente é, - uma alegria infinita.
Estou enfatizando que você não deveria ser o
corpo; não seja a mente, apenas seja.
P: Na meditação, a pessoa não usa a mente até
certo ponto?
Lester: Sim, porém a meditação é usada para
aquietar a mente. Você usa a mente para acalmar a
mente. Quando a mente está quieta o suficiente,
esse ser infinito que você é torna-se óbvio. Esse é
todo o propósito da meditação. Se alguém aquietar
a mente o suficiente, não poderá deixar de ver esse
ser infinito que ele é, porque são apenas os
pensamentos que O cobrem. E a mente nada mais
é do que pensamentos. Então, a meditação é usada
para acalmar a mente, até que você fique tão
quieto que veja o seu Eu, você é o verdadeiro Eu.
P: Direcionar o pensamento para o infinito seria
um passo para chegar lá?
Lester: Sim. No entanto, é outro pensamento.
P: É outro pensamento, mas alguns pensamentos
são mais reveladores de Deus do que outros, não
são?
Lester: Nenhum pensamento pode revelar Deus.
Cada pensamento esconde ou cobre Deus, o seu
Eu. Cada pensamento é uma corrente; bons
pensamentos são correntes de ouro. Uma corrente
de ouro irá mantê-lo preso tanto quanto uma
corrente de ferro. Você deve desfazer todo
pensamento. Acalme a mente. E então quieto o
suficiente para que o ser infinito que você é seja
óbvio. Está lá o tempo todo; os pensamentos são o
barulho que o cobre. Contudo, se você precisa ter
pensamentos, um pensamento na direção de
Deus é muito melhor do que um pensamento em
outras direções, pois aponta você para Deus.
P: Mas se o infinito é não-mente, como você pode
falar dele como infinito, porque infinito é um
conceito mental.
Lester: Não. Nenhum pensamento mental pode ser
infinito. Cada pensamento é uma limitação.
P: Então como você pode saber que é infinito?
Como você pode vocalizar isso?
Lester: Você não pode conceber mentalmente o
infinito nem vocalizá-lo. Isso é impossível. descobre o verdadeiro você, um ser infinito. Então
Experimente quando estiver em casa. É impossível desvie o olhar do corpo! desvie o olhar da mente! e
conceber o ilimitado. olhe para o ser que você é e nunca pare até
P: Bem, é uma experiência. descobrir completamente que Tu És Isso!
Lester: Certo, não é um pensamento; é uma ***
experiência, uma experiência de ser infinito. A Esta sessão foi gravada em Los Angeles, em 20 de
mente pode aludir a isso, mas não pode descrevê- outubro de 1968.
lo. Qualquer descrição é necessariamente uma
limitação.
P: Onde começa a mente e onde termina a mente, e
onde começa Deus e onde termina Deus, e onde
começa o infinito e onde termina o infinito?
Lester: Deus, o Infinito, o Eu, não tem começo
nem fim. A mente tem um começo quando você a
cria. Tem um fim quando você deixa passar.
P: Parece ser uma luta dolorosa deixar isso passar.
Lester: Você está segurando isso enquanto tenta se
livrar dele. Agarrar-se a isso é a dor. Por que você
simplesmente não é o que você é? Por que me
questionar do lado oposto, da luta? Por que você
fala sobre isso? Porque você está interessado nisso
e gostaria que eu relacionasse o infinito com isso.
P: Bem, então, se, quando você pensa, você apenas
sabe quem está pensando, isso resolve o problema?
Lester: Certo! Descubra quem é o pensador e você
terá a resposta. Quando você descobre quem é
aquele que tem a mente, o corpo e pensa, você