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Yasmin Semedo

Avaliação do Desenvolvimento Infantil


Intervenção Psicológica na área profissional, e no contexto escolar

Licenciatura em Psicologia Organizacional

UNIVERSIDADE ALBERTO CHIPANDE

PEMBA, 2022
Yasmin Semedo

Avaliação do Desenvolvimento Infantil


Intervenção Psicológica na área profissional, e no contexto escolar

Trabalho a ser entregue na Faculdade de


Ciências Políticas e Sociais; no Curso de
Psicologia Clínica, para fins avaliativos, 2º
ano laboral, na Cadeira de Métodos e
Técnicas Diagnostica II, sob orientado pelo:

Docente:
Jorge Daniel Araújo Cofe

UNIVERSIDADE ALBERTO CHIPANDE

PEMBA, 2022
Índice
CAPITULO I: INTRODUÇÃO .................................................................................... 4

1.1. Contextualização ................................................................................................ 4

1.2. Objectivos .............................................................................................................. 4

1.2.1. Objectivos Gerais ................................................................................................ 4

1.2.2. Objectivos Específicos ........................................................................................ 4

1.3. Metodologias e Materiais ....................................................................................... 4

CAPITULO II: REVISÃO LITERATURA ................................................................. 5

2.1. Avaliação Psicológica ............................................................................................ 5

2.2. Avaliação do Desenvolvimento Infantil ................................................................ 5

2.2.1. Tipos de Avaliação do desenvolvimento Infantil ............................................... 6

2.2.2. Avaliação do Desenvolvimento Infantil – Sinais de Alerta ................................ 8

2.3. Intervenção psicológica na área profissional, e no contexto escolar ..................... 9

CAPITULO III: CONCLUSÃO ................................................................................. 11

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 12


CAPITULO I: INTRODUÇÃO
No presente trabalho da cadeira da Métodos e Técnicas Diagnostica II do curso de
Psicologia Clínica irá abordar matérias capazes de proporcionar o nosso índice preliminar,
onde fará uma abordagem profunda sobre tudo tomando como o ponto de referência sobre
o tema de Avaliação do Desenvolvimento Infantil, Intervenção psicológica na área
profissional, e no contexto escolar; O mesmo tomou se cuidado de uso uma linguagem
clara e objectiva.

1.1. Contextualização

A Avaliação Psicológica é definida como um processo técnico-científico com objetivo


de investigar e compreender diferentes características psicológicas enquanto decorrentes
da relação do indivíduo com seu contexto.

1.2. Objectivos

1.2.1. Objectivos Gerais


 Elucidar a Avaliação do Desenvolvimento Infantil e as Intervenções psicológica
na área profissional, e no contexto escolar.

1.2.2. Objectivos Específicos


 Descrever os tipos de teste de Avaliação do Desenvolvimento Infantil;
 Explicar as Intervenções psicológica na área profissional, e no contexto escolar.

1.3. Metodologias e Materiais


O presente trabalho, do ponto de vista dos procedimentos técnicos usou-se o método
bibliográfico, visto que singiu – se em alguns materiais já elaborados, assim como
alguns livros didácticos e artigos já publicados apoiando se nele na fundamentação dos
conceitos referentes a Psicologia Clinica.
Materiais usados para este trabalho foram seguintes:
 Computador
 Manuais
 Internet

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CAPITULO II: REVISÃO LITERATURA

2.1. Avaliação Psicológica


A avaliação psicológica é um processo técnico e científico realizado com pessoas ou
grupos de pessoas que, de acordo com cada área do conhecimento, requer metodologias
específicas. Ela é dinâmica, e se constitui em fonte de informações de caráter
explicativo sobre os fenômenos psicológicos, com a finalidade de subsidiar os trabalhos
nos diferentes campos de atuação do psicólogo, dentre eles, saúde, educação,
organizacional e outros setores em que ela se fizer necessária.

2.2. Avaliação do Desenvolvimento Infantil


O desenvolvimento infantil é um processo que se inicia na vida intra-uterina e envolve
aspectos como o crescimento físico, a maturação neurológica e as aquisições de
habilidades relacionadas ao comportamento e às esferas motora, cognitiva, afetiva e
social da criança (BURNS; MAC DONALD, 1999; GALLAHUE; OZMUN; 2003).
Sendo os primeiros anos de vida marcados pela importante formação e aceleração do
desenvolvimento dessas habilidades (PAPALIA, DE, OLDS, SW, FELDMAN, RT,
2006).
Assim como a avaliação do crescimento da criança, a vigilância do seu
desenvolvimento é parte essencial do conjunto de cuidados que visam a promover uma
infância saudável, com vistas a um adulto socialmente adaptado e integrado. É
importante ao profissional de saúde que avalia o paciente infantil ter conhecimento da
sequência natural de evolução das várias funções, mas também os fatores de risco que
possam comprometê-las; ter ciência das possibilidades de recrutar as devidas
intervenções para reverter ou reduzir um prejuízo no desenvolvimento infantil.

Historicamente, a preocupação é com todos os aspectos da vida da criança, e não apenas


sobre sua biologia. Atualmente, porém, essa preocupação tem sido crescente e
proporcional à necessidade de adaptação às crianças da era contemporânea, inseridas
nas rápidas mudanças dos padrões culturais e sociais. Isso justifica a inserção, cada vez
maior, do estudo do comportamento e do desenvolvimento.

A avaliação do desenvolvimento deve ser um processo contínuo de acompanhamento


das atividades relativas ao potencial de cada criança, com vistas à detecção precoce de
desvios ou atrasos. Essa verificação pode ser realizada de forma sistematizada por meio
de alguns testes e/ou escalas elaboradas para tal finalidade. Como exemplos, citam-se o

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teste de Gesell, o teste de triagem Denver II, a escala de desenvolvimento infantil de
Bayley, o Albert Infant Motor Scale, dentre outros. Vale ressaltar que essas
sistematizações apresentam peculiaridades e limitações relativas ao método utilizado, às
faixas de idade avaliadas e à validação para cada população.

2.2.1. Tipos de Avaliação do desenvolvimento Infantil


Actualmente, existem inúmeros instrumentos de boa qualidade para avaliar o
desenvolvimento infantil. Entre aqueles utilizados na prática clínica e em pesquisas,
destacam-se seis.
1. Teste de Denver
Foi desenvolvido por Frankenburg e Dodds em 1967 (FRANKENBURG, WK, DODDS
JB; 1967). Passou por uma revisão e repadronização em 1992, resultando no Teste
Denver II.
Pode ser aplicado por vários profissionais da área da saúde em crianças de 0 a 6 anos de
idade, classificando-as como “de risco” ou “normal”. O Denver II é composto por 125
ítens distribuídos na avaliação de quatro áreas distintas do desenvolvimento
neuropsicomotor: motricidade grossa, motricidade fina-adaptativa, comportamento
pessoal-social e linguagem.

O teste Denver II apresenta bons índices de validade e confiabilidade eé utilizado em


larga escala, tanto em pesquisas como na prática clínica. Suas limitações são: oferece
baixo valor diagnóstico, parece insuficiente para avaliar mudanças qualitativas ao longo
do tempo e detectar precocemente alterações sutis do desenvolvimento.

2. Peabody Developmental Motor Scale (Escala PDMS II)


Foi desenvolvida por Folio e Fewell entre 1969 e 1982 (FOLIO R, FEWEL R; 1983).
Revisada e atualizada em 2000, resultando na PMSD segunda edição, PDMS II.
Apresenta 282 itens que avaliam as habilidades motoras grossas e finas de crianças de 0
a 5 anos de idade.
Lopes (2003) afirma em seu trabalho que as correlações de confiabilidade teste-reteste e
inter-observadores são excelentes.
3. Medida de Função Motora Grossa (GMFM)
Esta escala foi desenvolvida nos Estados Unidos por Russel et al em 1989 (RUSSELL
DJ, AVERY LM, ROSENBAUM PL, RAINA OS, WALTER SD, PALISANO RJ;
2000).

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Trata-se de um teste padronizado, composto por 66 itens, desenvolvido para avaliar a
função motora grossa de crianças com distúrbios neuromotores.
Segundo os autores do instrumento, o GMFM apresenta boas propriedades
psicométricas.

4. Test of Infant Motor Performance (TIMP)


O TIMP foi desenvolvido por Campbell e colaboradores em 1993 (CAMPBELL SK,
GIROLAMI GL, KOLOBE THA, OSTEN ET, LENKE MC; 2001).
É um teste composto por 52 itens, que buscam avaliar a função motora de lactentes de
32 semanas até quatro meses de idade.
A confiabilidade e a sensibilidade do teste são excelentes, porém sua especificidade é
baixa. Por isso, é considerado um bom instrumento de rastreamento mais geral que não
permite diagnósticos mais específicos.

5. Escala Motora Infantil de Alberta (AIMS)


A AIMS foi desenvolvida no início da década de noventa, por fisioterapeutas
Canadenses (PIPER MC, DARRAH J; 1994).
É composta por 58 itens que avaliam os padrões motores de crianças de 0 a 18 meses de
idade.
A escala demonstrou excelentes propriedades psicométricas, com alta confiabilidade
inter-observadores e de teste-retestecom crianças canadenses.
6. Bayley Scale Of Infant Development – Bayley III
Em 1953, Nancy Bayley (BAYLEY N.; 2006) publicou a primeira versão desta escala.
Em 1977, foi revisada surgindo então a segunda versão e finalmente em 2006 foi
publicada a terceira e atual versão da Bayley, a Bayley III.
Trata-se de uma avaliação padronizada das habilidades mentais, motoras e de linguagem
de crianças de 15 de a 42 meses de idade. É composta 326 itens, divididos em cinco
sub-escalas: escala cognitiva, escala motora (motricidade fina e grossa) e escala de
linguagem (expressiva e receptiva).
Em um vasto estudo de validação com 1260 crianças americanas, os autores
identificaram que a Bayley III apresenta alta sensibilidade e especificidade assim como
adequados valores preditivos negativos e positivos (SWEENEY, JK, SWANSON MW;
2004).

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A Bayley III está entre as melhores escalas existentes na área de avaliação do
desenvolvimento infantil, sendo considerada como „padrão ouro‟ por diversos autores,
principalmente por abarcar uma avaliação bem completa e detalhada do
desenvolvimento neuropsicomotor. Por isso, sua utilidade como instrumento de
pesquisa tem recebido grande suporte da comunidade científica, tanto para avaliação da
população geral, como para avaliação de grupos de risco (prematuros, por exemplo),
assim como para a avaliação de transtornos específicos do desenvolvimento como, por
exemplo, o autismo.

2.2.2. Avaliação do Desenvolvimento Infantil – Sinais de Alerta


O desenvolvimento infantil consiste numa série de processos evolutivos de
aprendizagem para a aquisição das capacidades cognitivas, motoras emocionais e
sociais. É essencial estimular e promover o desenvolvimento para que a criança possa
atingir o máximo das suas potencialidades fundamentais, quer no seu processo
educativo como na socialização.

Sinais de Alerta para Dificuldades no Desenvolvimento da Criança

Existem alguns sinais de alerta que poderão ser indicadores de alguma dificuldade
desenvolvimental. Verifique a lista que se segue:

Aos 6 meses:
 Não apresenta controlo cefálico;
 Não olha nem pega em objetos;
 Desinteresse pelo ambiente, não estabelece contacto ou mostra-se apático.
Aos 9 meses:
 Não se senta;
 Não agarra nem explora os objetos;
 Engasga-se com facilidade.
Aos 12 meses:

 Não suporta o peso das pernas ou permanece imóvel e não tenta mudar de
posição;

 Não pega nos brinquedos ou fá-lo só com uma das mãos;

 Não estabelece contacto, não reage ao nome e não segue o apontar dos pais.

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Aos 15 meses:
 Não existem tentativas de se deslocar e explorar o ambiente envolvente;
 Não faz pinça fina e não usa funcionalmente os objetos;
 Não faz sons nem tenta imitar os sons dos adultos.
Aos 18 meses:
 Não se poe de pé, anda em bicos de pés ou não anda;
 Atira sistematicamente os objetos ou leva-os à boca sem uso funcional;
 Não se interessa pelo mundo que o rodeia, não faz contacto ocular e não
apresenta intenções de comunicação.
Aos 2 anos:
 Deita objetos fora e não constrói nada;
 Não parece compreender o que lhe dizem nem usa palavras inteligíveis;
 Faz birras constantes.
Aos 3 anos:
 Cai com bastante frequência;
 Não consegue manipular objetos pequenos;
 Não parece compreender o que lhe dizem e não juntas palavras para formar
frases.
Dos 4 aos 6 anos:
 Apresenta agitação psicomotora e distração constante tendo dificuldade em
permanecer nas tarefas, interagir socialmente e apresenta um comportamento
desafiador.

2.3. Intervenção psicológica na área profissional, e no contexto escolar


Esta intervenção pode ser feita individualmente ou em grupo, e diz respeito, entre
outros, a problemas de adaptação escolar ou profissional, a perturbações emocionais e
do comportamento, a dificuldades de relacionamento interpessoal, a condições crónicas
ou situações agudas que influenciam a saúde psicológica, a dificuldades de
aprendizagem e/ou do funcionamento cognitivo, ou às transições escolares e/ou
profissionais. Os profissionais de Psicologia da Educação estão atentos e são sensíveis à
diversidade existente nos contextos educativos (nomeadamente de estudantes,
formandos e utentes) designadamente no que respeita ao seu desenvolvimento e
aprendizagem, às suas capacidades e fragilidades e às diferenças individuais e sociais

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(diversidade cultural, socioeconómica, étnica, linguística, de género, etc.). A
intervenção psicológica junto de estudantes, formandos e utentes visa essencialmente:

a) O desenvolvimento de competências cognitivas e académicas/profissionais. Os


Psicólogos da Educação podem contribuir para a melhoria do desempenho e resultados
escolares e profissionais, potenciar a atenção e a concentração de estudantes, formandos
e utentes, a sua capacidade de resolução de problemas e competências cognitivas,
ajudando-os a tornarem-se progressivamente mais responsáveis pelo seu próprio
desenvolvimento e aprendizagem (autorregulação e autonomia).

b) O desenvolvimento de competências sociais e de vida, do bem-estar e da saúde


psicológica. Os Psicólogos da Educação são também responsáveis pela conceção e
implementação de programas de promoção do bem-estar e da saúde psicológica.
Sabendo-se que a saúde e o bem-estar são fundamentais para o sucesso e adaptação aos
diferentes contextos de vida (escola, local de trabalho, família, instituição) (e vice-
versa), é função dos profissionais de Psicologia da Educação o desenvolvimento de
projetos que os promovam – projetos de desenvolvimento de competências
socioemocionais, de educação sexual e relacional, de educação alimentar, de educação
para a cidadania, etc. É, assim, função dos Psicólogos da Educação contribuir para que o
contexto educativo seja um contexto promotor de competências de autonomia,
responsabilidade, sentido crítico, resiliência e estratégias de coping, que possibilitem
lidar com problemas ou dificuldades de cariz emocional, social ou de comportamento.

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CAPITULO III: CONCLUSÃO
Presente trabalho é mínimo diante de tantas variáveis a serem estudadas, e fica ainda
mais explícita a necessidade de aprofundar os estudos e pesquisas sobre instrumentos
que possam contribuir para o avanço da avaliação do desenvolvimento infantil.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. ALMEIDA, M. E. G. G.; PINHO, L. V. Adolescência, família e escolhas:
Implicações na orientação profissional. Psic. Clin., Rio de Janeiro, v. 20, n. 2, p.
173-184, 2008.
2. Mustard JF. EarlyHumanDevelopment – Equityfromthe Start – LatinAmerica. Rev
Latino Am Cienc Soc Niñez. 2009.
3. WELTER, Giselle Mueller-Roger. HumanGuide: evidência de validade da versão
brasileira. 2007. PSIC - Revista de Psicologia da Vetor Editora.
4. BAYLEY, N. Bayley Scales of Infant Development III. San Antonio: Harcourt
Brace; 2006
5. BRAZELTON, T. B.; GREESNPAN, S. I. As necessidades essenciais das
crianças. Porto Alegre: Artmed, 2002.
6. BURNS, Y. R.; MACDONALD, J. Fisioterapia e crescimento na infância. São
Paulo: Santos Editora; 1999.

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