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Contexto internacional.......................................................................................3
Contexto Nacional.............................................................................................3
1. Contexto internacional
2. Contexto Nacional
Desde a sua fundação até os dias atuais, observa-se que os testes se
difundiram imensamente internacional como nacionalmente. De acordo com Lins e
Borsa, os testes psicológicos já circulavam no Brasil antes mesmo da
profissionalização da Psicologia. As autoras retrataram a sua trajetória,
particularmente em relação ao desenvolvimento dos testes psicológicos. Segundo
especificamente em relação a utilização de testes foi retratado que entre os anos 30
e 60 do século XX a sua construção foi bastante acelerada sem grandes
preocupações com relação às propriedades psicométricas.
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Um importante marco ocorrido nesse período foi a criação do Instituto de
Seleção e Orientação Profissional (ISOP) 1947, Rio de Janeiro, esse instituto se
tornou responsável pelo desenvolvimento de técnicas e treinamento pessoal em
processos de seleção baseados na ciência, nos quais os testes eram destaques
tornando-se principal fonte de informação para constituição da avaliação.
É importante a percepção de que essa prática realizada no Brasil e no mundo
idealiza a possibilidade que os processos seletivos (profissionais, para os esforços
de guerra etc.) fossem realizados somente com base nos testes. Somente em 1962
após a regulamentação da psicologia como disciplina e profissão, perante a Lei n.
4.119, artigo 13 deixa explícita a importância da avaliação psicológica para a
profissão de psicólogo, ao incluir em suas funções privativas a utilização dos
métodos e técnicas para fins de diagnóstico psicológico, orientação e seleção
profissional, orientação psicopedagógica e solução de problemas de ajustamento.
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descrito o resultado em relatório, que visa responder às questões do
encaminhamento.
O processo de avaliação psicológica, conforme nos apresenta o Caderno de
Avaliação Psicológica (2016), parte do princípio de estabelecer uma relação entre o
sujeito da avaliação e o psicólogo. Essa relação inspira confiança e favorece o
estabelecimento e manutenção de um vínculo saudável em relação aos objetivos. É
importante ter atitude acolhedora, porém com um distanciamento, porém, mantendo
a relação de cooperação entre ambos.
Ainda, segundo o Caderno de Avaliação Psicológica (2016) nos indica que o
processo de avaliação psicológica apresenta alguns passos essenciais, descritos
abaixo:
- Levantamento dos objetivos da avaliação, onde permite a escolha dos
instrumentos e/ou estratégias mais adequados para a realização da avaliação
psicológica;
- Coleta de informações pelos meios escolhidos (entrevistas, dinâmicas,
observações e testes projetivos e/ou psicométricos);
- Integração das informações e desenvolvimento das hipóteses iniciais, para
poder constatar se há a necessidade de utilizar outros instrumentos e/ou estratégias;
- Indicação das respostas à situação que motivou o processo de avaliação e
comunicação cuidadosa dos resultados, com atenção aos procedimentos éticos.
Dentro do processo de avaliação psicológica, levando em consideração as
orientações do Caderno de Avaliação Psicológica, a entrevista deve estar ligada ao
objetivo da avaliação, possibilitando um conhecimento sobre a história de vida do
sujeito ou do ambiente avaliado. Dentro de um processo de avaliação psicológica,
busca-se investigar nas entrevistas o contexto familiar, social, pessoal, condição de
saúde física, autopercepção, autocrítica e expectativas de futuro.
Outra técnica utilizada pelo psicólogo durante o processo de avaliação é a
observação. Segundo o Caderno de Avaliação Psicológica, é uma ação fundamental
que fornece um grande número de informações sobre o sujeito, grupo e contexto
avaliado. É uma técnica complexa, que exige treino de quem a utiliza e auxilia para
uma adequada compreensão e sistematização dos dados coletados. Deve-se
observar aparência física, comunicação, expressão facial e corporal; e atenção às
tarefas solicitadas para realização.
A Cartilha de Avaliação Psicológica (2007) ainda nos indica que, segundo a
Resolução CFP nº 07/2003, “os resultados das avaliações devem considerar e
analisar os condicionantes históricos e sociais e seus efeitos no psiquismo, com a
finalidade de servirem como instrumentos para atuar não somente sobre o indivíduo,
mas na modificação desses condicionantes que operam desde a formulação da
demanda até a conclusão do processo de avaliação psicológica”. Entretanto, as
avaliações têm um limite em relação ao que é possível entender e prever. Dessa
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maneira, avaliações baseadas em métodos cientificamente sustentados chegam a
respostas muito mais confiáveis.
Em relação a elaboração do relatório/laudo psicológico, o Conselho Federal
de Psicologia, na sua Resolução nº 07/2003, segundo nos apresenta Cartilha de
Avaliação Psicológica (2007), orienta que o mesmo deverá conter a descrição dos
procedimentos e conclusões resultantes do processo de avaliação psicológica. O
documento deve dar indicações sobre o encaminhamento, intervenções ou
acompanhamento psicológico. As informações fornecidas devem estar de acordo
com a solicitação ou petição, evitando-se a apresentação de dados desnecessários
aos objetivos da avaliação.
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individualizada, concentrando-se no processamento do indivíduo; já a testagem é
realizada de maneira individual ou grupal, e após a administração do teste, soma-se
os acertos ou o número de certos tipos de resposta.
A Cartilha de Avaliação Psicológica (2007) nos indica que o Conselho Federal
de Psicologia recomenda que para um uso específico, a avaliação psicológica, deve
ser buscada nos estudos que foram feitos com o instrumento, principalmente nos
estudos de validade e nos de precisão e de padronização. O psicólogo deve
observar os cinco propósitos mais comuns, sendo eles: classificação diagnóstica,
descrição, predição, planejamento de intervenções e acompanhamento. Também
deve ser levado em consideração os vários contextos de aplicação, como:
Psicologia clínica, Psicologia da saúde e/ou hospitalar, Psicologia educacional,
neuropsicologia, Psicologia forense, Psicologia do trabalho e das organizações,
Psicologia do esporte, Psicologia do trânsito, orientação e ou aconselhamento
vocacional e outras.
Ainda de acordo com a Cartilha de Avaliação Psicológica (2007) para
escolher um teste como instrumento de avaliação psicológica, é necessário que o
psicólogo consulte o Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (SATEPSI),
desenvolvido pelo Conselho Federal de Psicologia , para verificação sobre a
aprovação do mesmo, para uso em avaliação psicológica. Em caso afirmativo, cabe
ainda a consulta ao manual do teste escolhido, de modo a obter informações
adicionais. Conforme nos apresenta o Caderno de Avaliação Psicológica (2016),
atualmente o SATEPSI, tem cadastrado 159 instrumentos com parecer favorável
que avaliam: inteligência, personalidade, habilidade, aptidões, comportamento,
interesse profissional, dentre outros fenômenos psicológicos.
Em relação aos os problemas mais frequentes, a Cartilha de Avaliação
Psicológica (2007), nos indica que são os referentes à inadequação do uso dos
testes psicológicos. O psicólogo deve estar preparado tecnicamente para a
utilização dos instrumentos de avaliação escolhidos, garantindo, dessa maneira,
respostas precisas às eventuais questões levantadas pelos candidatos. Segundo o
Caderno de Avaliação Psicológica (2016), o processo de conhecer, que faz parte da
realização da avaliação psicológica, leva o psicólogo a buscar seus processos
mentais cognitivos, como: sentir, perceber, intuir, deduzir e relacionar. Conforme nos
sinaliza a Cartilha de Avaliação Psicológica (2007), é necessário seguir todas as
especificações contidas nos manuais de cada teste utilizado, observando se as
características do material estão de acordo com a descrição apresentada no manual.
Além disso, de acordo com a Cartilha de Avaliação Psicológica (2007), o psicólogo
de ter seu trabalho fundamentado e realizado com qualidade, bem como, ter amplos
conhecimentos dos fundamentos básicos da Psicologia, em relação ao
desenvolvimento, inteligência, memória, atenção e emoção; ter domínio do campo
da psicopatologia; possuir um referencial solidamente embasado nas teorias
psicológicas (psicanálise, Psicologia analítica, fenomenologia, Psicologia sócio-
histórico, cognitiva, comportamental); ter conhecimentos da área de psicometria,
para poder julgar as questões de validade, precisão e normas dos testes; ser capaz
de escolher e trabalhar de acordo com os propósitos e contextos de cada um; ter
domínio dos procedimentos para aplicação, levantamento e interpretação do(s)
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instrumento(s) utilizados. Além dos citados anteriormente, o Caderno de Avaliação
Psicológica (2016), ainda nos chama atenção para a necessidade de o psicólogo ter
domínio das normas vigentes do Conselho Federal de Psicologia e do Código de
Ética Profissional do Psicólogo.
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com potencial de alterar a vida de indivíduos seu objetivo será sempre ajudar o
indivíduo avaliado.
CONCLUSÃO
Diante dos fatos apresentados conclui-se que, a avaliação psicológica, é
importante para que o profissional da Psicologia tenha maior clareza sobre o
diagnóstico e método de tratamento a ser apresentado para o paciente,
principalmente para àqueles que podem ser expostos a situações de risco. Porém,
realizar uma avaliação psicológica adequada, pede uma formação profissional
especializada na área, escolha de métodos e técnicas adequadas à demanda do
paciente e realização pautada em padrões éticos de conduta.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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