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Introduçã o
1.1-Etimologia 15
2.2- A observaçã o 35
2.3- A inquiriçã o
2.4-A testagem 45
3.6-CID e DSM 64
3.4-Intervençã o e Avaliaçã o 65
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DIAGNÓSTICO E AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA 2023
Introduçã o
O presente material de apoio da unidade curricular adiante designada DAP (DIAGNÓ STICO E
AVALIAÇÃ O PSICOLÓ GICA) foi elaborado com o objectivo de levar o aluno à compreensã o dos
principais conceitos que envolvem a avaliaçã o e a testagem psicoló gica. Para tanto, buscamos
esclarecer factos e acontecimentos importantes da Psicologia quanto à avaliaçã o psicoló gica,
contextualizando-os no momento histó rico desde seu surgimento e suas implicaçõ es no momento
actual. Nossa intençã o é iniciar nossos alunos na prá tica para actuaçã o directamente com os testes
psicoló gicos para fins de avaliaçã o psicoló gica ou Psicodiagnó stico.
Lembramos que este material didá ctico é apenas a base, o início para despertar o vosso interesse
sobre a temá tica e, por isso, indicaremos leituras diversas que contemplem o assunto, certos de que
ele possa enriquecer-vos conhecimento no contexto específico da testagem e avaliaçã o psicoló gica. A
Psicologia é uma á rea muito vasta, a avaliaçã o psicoló gica permeia basicamente todas as á reas da
Psicologia e, por isso, nã o tencionamos esgotar o assunto, apenas iniciar os nossos futuros psicó logos
em seus primeiros passos rumo ao conhecimento dos métodos utilizados para esse fim.
Para tanto, no primeiro capítulo conceituamos a avaliaçã o psicoló gica ressaltando sua importâ ncia
desde o surgimento dos primeiros testes psicoló gicos, os critérios e as diversas á reas de aplicaçã o de
uma avaliaçã o. O segundo capítulo revela os métodos utilizados para fins de avaliaçã o, os cuidados
na utilizaçã o da testagem, os testes comercializados e a interpretaçã o dos resultados que culmina no
informe psicoló gico. O capítulo se encerra com as críticas actuais ao modelo utilizado para fins de
avaliaçã o e aos testes psicoló gicos de maneira geral.
O capítulo três tem foco especificamente nas medidas objectivas e interventivas do psicó logo e
importâ ncia da avaliaçã o na actualidade.
Para finalizar, inserimos abordamos desde a ética quanto à formaçã o de profissionais competentes
para actuaçã o na á rea até o sentido de responsabilidade social inserido na actuaçã o do profissional
de psicologia. Que esta cadeira possa contribuir com a excelência na vossa formaçã o.
Bons estudos!
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por
quaisquer meios (electró nico ou mecâ nico, incluindo fotocó pia e gravaçã o) ou arquivada em
qualquer sistema ou banco de dados sem permissã o do autor.
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DIAGNÓSTICO E AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA 2023
1.1-Etimologia
A palavra «diagnó stico» surge na sequência dos estudos de doenças e avaliaçã o médicas para
determinaçã o do quadro clínico baseado nos sintomas e sinais fisioló gicos. É a qualificaçã o de um
médico em relaçã o a uma doença ou condiçã o física ou mental com base nos sintomas e sinais
observados. Deve ter em conta nã o apenas os sinais e sintomas, mas também o historial médico do
doente.
Etimologicamente, a palavra provém do grego ( «dia»- através de, durante, por meio e «gnosticu»-
alusivo ao conhecimento) e do latim (diagnosticu).
No contexto da Psicologia, o diagnó stico ou Psicodiagnó stico é uma disciplina metodoló gica que tem
por objectivo colocar a disposiçã o da Psicologia aplicada uma série de instrumentos capazes de:
Integrar dados num quadro diagnó stico oferecendo bases para a previsã o e tomada de
decisõ es na avaliaçã o psicoló gica;
O termo Psicodiagnó stico foi usado pela primeira vez por Hermann Rorscharch em 1921 como título
da sua obra em que apresentava o teste projectivo com o seu nome « Rorscharch»
O trabalho diagnó stico pode ser descrito como um processo que se realiza em diferentes fases:
Decisã o Investigativa
Decisã o final/Indicaçã o
Avaliaçã o
Podemos entender os testes psicoló gicos como instrumentos utilizados para avaliar algumas
características de uma pessoa. Os dicioná rios definem o termo “teste” como “exame ou prova para
determinar qualidade, natureza ou comportamento de algo. Observaçã o ou avaliaçã o crítica”
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DIAGNÓSTICO E AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA 2023
Vamos fazer uma pequena distinçã o: diferenciar a avaliação profissional da avaliação não
profissional.
Segundo Pasquali (2001), a avaliação não profissional é aquela avaliação que fazemos no
cotidiano ao interpretar o comportamento dos outros. Ou seja, a partir da descodificaçã o do
comportamento verbal e nã o verbal relacionando-os dentro de categorias de como as pessoas devem
se comportar. Assim, “achamos” alguma coisa a respeito de algo ou alguém e já interpreta os
conforme aquilo que acreditamos.
Pasquali (2001) ressalta que essa habilidade é importante para nossa sobrevivência.
Pasquali esclarece que a Avaliação Profissional, são as avaliações mais formais, elas são
confiáveis porque têm base em instrumentos e procedimentos adequados.
Com a diversificaçã o das necessidades e das tecnologias de avaliaçã o, tornou-se necessá ria a
existência de um perito na á rea: O Psicólogo.
Assim, a avaliaçã o passou a ser uma habilidade primordial do profissional psicó logo. (PASQUALI,
2001, p.15).
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DIAGNÓSTICO E AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA 2023
achismo (gíria): Tendência em avaliar as situaçõ es segundo as pró prias opiniõ es ou intençõ es,
muitas vezes sem justificaçã o.
Os resultados das avaliaçõ es devem considerar e analisar os condicionantes histó ricos e sociais e
seus efeitos no psiquismo, com a finalidade de servirem como instrumentos para actuar nã o somente
sobre o indivíduo, mas na modificaçã o desses condicionantes que operam desde a formulaçã o da
demanda até a conclusã o do processo de avaliaçã o psicoló gica.
Todo psicó logo deve ter noçõ es dos parâ metros psicométricos dos instru mentos de medida. Agora
que se compreende a diferença entre a avaliaçã o profissional e a avaliaçã o nã o profissional, vamos
reflectir sobre a distinçã o entre avaliaçã o psicoló gica e teste psicoló gico.
Para uma abordagem adequada e uma intervençã o terapêutica eficaz, é fundamental que o psicó logo
faça uma avaliaçã o cuidadosa de cada paciente. Os psicó logos, pela sua formaçã o, têm condiçõ es de
compreender a complexidade de um processo avaliativo, dispõ em de recursos e conhecimentos que
lhes possibilitem identificar em que circunstancias uma avaliaçã o deve ser realizada, quais os
melhores instrumentos a utilizar em cada caso e como interpretar, de forma contextualizada, os
dados obtidos por meio da avaliaçã o.
O processo de avaliaçã o permite obter informaçõ es importantíssimas dos aspectos psicoló gicos dos
avaliados, proporcionando assim, uma actuaçã o mais completa e definida do psicó logo. Por isso, para
a realizaçã o da avaliaçã o psicoló gica e conhecimento do problema, é indispensá vel que o psicó logo
utilize instrumentos e técnicas fidedignas, com aprovaçã o nos ó rgã os de classe competentes, agindo
de forma responsá vel e ética, com comprometimento profissional (Nunes; Primi, 2010) ..
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DIAGNÓSTICO E AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA 2023
No senso comum, percebemos uma grande preocupaçã o com a utilizaçã o dos testes, posto que se
compreende sua utilizaçã o como prova cujo resultado vai ser decisivo para a tomada de decisõ es
sobre a vida daquele sujeito.
Nosso interesse, aqui, para além da apresentaçã o dos testes e sua utilizaçã o, é também o de
promover uma compreensã o que possa remover as ideias pessimistas e ameaçadoras sobre a
utilizaçã o da testagem em Psicologia. Tal preocupaçã o parece justa, porém a validade do
instrumento utilizado, que é garantida pelos estudos na construçã o do pró prio teste, também está
relacionada à competência do profissional no que se refere tanto à escolha do instrumento
quanto à sua aplicaçã o.
Um teste é vá lido quando aplicado na populaçã o adequada, caso contrá rio será um enorme
prejuízo para o sujeito que passou pelo processo de avaliaçã o.
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DIAGNÓSTICO E AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA 2023
Cada um deles possui uma representaçã o teó rica e metodoló gica pró pria
e que concebe assim, de forma constitutiva, uma via pró pria de
compreensã o do seu objecto de investigaçã o, denominado de fenó menos
ou processos psicoló gicos.
Cada um dos aspectos mencionados tem uma funçã o distinta e pode ser
feito de modo isolado, como informa Alchieri (2003), pois só será
considerado um processo de avaliaçã o psicoló gica quando resultante da
combinaçã o desses três aspectos isolados.
O INSTRUMENTO
Os testes psicológicos
Como o comportamento humano ocorre nas mais variadas situaçõ es, por
razõ es e objectivos diferentes, os testes também deverã o ter objectivos
diferenciados: um teste pode ser apropriado para uma situaçã o e menos
apropriado para outra.
Os testes sã o construídos com rigor absoluto para que seus itens possam
expressar a representaçã o comportamental de um traço latente.
Quando um teste é construído, passa por uma série de etapas para que,
na sua forma final, seus itens possam realmente expressar aquela
característica que ele informa medir.
Testes psicométricos
Testes projectivos
Entã o, como podemos obter o diagnó stico? A partir da constâ ncia das
respostas apresentadas. Um exemplo de teste projectivo é aquele em que
nos é solicitado desenhar uma casa, uma á rvore, uma pessoa ( HTC).
Diferenças
Exemplo
Anastasi & Urbina (2000) chamam atençã o de que as limitaçõ es, assim
como as vantagens, que caracterizam os testes actuais se tornam mais
inteligíveis quando comparadas ao background em que eles se
originaram.
WIKIMEDIA.ORG
como ajudar crianças que tinham problemas na escola e que nã o se
desenvolviam tã o bem quanto as outras, em como medir e criar
instrumentos para avaliar e, assim, auxiliar para que essas crianças
progredissem mais. Lembramos que os primeiros testes mentais
prá ticos surgiram na França, a partir da tradiçã o humanista, cujo
interesse era o bem-estar social. Ele construiu testes de conteú do mais
cognitivo, para medir funçõ es mais amplas como a memó ria, a atençã o,
a compreensã o, a imaginaçã o, iniciou-se a era dos testes de inteligência,
incluindo de Q.I.
Aná lise factorial é uma aná lise multivariada que se aplica à busca de
factores num conjunto de medidas realizadas (Pereira, 2004).
Para Pasquali (2001, p.24), este foi um período marcado por duas
tendências opostas. Ambas tinham a intençã o de resgatar a
confiabilidade dos testes psicoló gicos. Nas obras de síntese, havia o
interesse em sistematizar os avanços da Psicometria através dos estudos
de Gulliksen (1950), Torgerson (1958), Thurstone (1947), Harman
(1967), Cattell (1965) e Guilford (1967). Na mesma época, a American
Psychological Association – APA – introduziu as normas de elaboraçã o e
uso dos testes.
De uma forma geral, a avaliação psicológica pode ser definida como um conjunto de técnicas e
procedimentos que tem por objectivo verificar determinadas características psicológicas de
uma pessoa, sendo o psicó logo o ú nico profissional habilitado por lei para exercer essa funçã o.
A realizaçã o da avaliaçã o psicoló gica na saú de é indispensá vel quando pensamos em medidas
“curativas” ou preventivas, pois a partir dessa técnica é possível que o profissional tenha mais
clareza sobre diagnó sticos, métodos de tratamento ou de prevençã o de determinadas
patologias (Custó dio, 2002). Pode-se citar ainda a contribuiçã o da avaliaçã o psicoló gica nas
situaçõ es em que se faz necessá rio avaliar pessoas que podem ser expostas a situaçõ es de risco
como por exemplo se determinada pessoa está apta a conduzir veículos ou portar armas de
fogo, tal resultado pode evitar possíveis transtornos tanto para o indivíduo como para
sociedade.
O uso dessa técnica também é uma importante ferramenta para a tomada de decisõ es seja ele
no â mbito jurídico, na á rea neuropsicoló gica, orientaçã o vocacional, entre outros.
Nota-se a importâ ncia de se realizar uma adequada avaliaçã o psicoló gica, mas também é
importante ressaltar que o conhecimento do psicó logo é fundamental para conduzir tal prá tica,
pois cabe a esse profissional a escolhas de métodos e técnicas mais adequadas para conduzir
todo o processo, que deverá ser pautado sempre em padrõ es éticos de conduta, neste contexto
ressalta-se também a importâ ncia da formaçã o do profissional. Em síntese, a aná lise e
compreensã o das técnicas de avaliaçã o psicoló gica estã o cada vez mais desenvolvidas e com
maior qualidade nos seus resultados. Quando bem utilizada contribui nã o apenas para
melhorar a vida de uma pessoa, mas principalmente para melhoria de uma sociedade como um
todo.
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PRIMI, R. Avaliaçã o psicoló gica no Brasil: fundamentos, situaçã o atual e direçõ es para o futuro.
Psicologia Teoria e Pesquisa, Brasilia, v. 26, n. especial, p. 37-50, 2010. Disponível
em:<http://www.revistaptp.unb.br/index.php/ptp/article/view/477/81> .
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DIAGNÓSTICO E AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA 2023
ACOMPANHAMENTO
CLÍNICO / ESCOLAR
Para fins de colecta de informaçõ es
relevantes para intervençõ es.
Para Meyer et al (2001) a distinçã o entre testagem psicoló gica e avaliaçã o psicoló gica consiste
em: a testagem psicoló gica é um processo linear bá sico em que uma escala é aplicada para obter
uma pontuaçã o específica à qual pode ser dado um significado, com base em dados normativos
e nomotéticos. Pelo contrá rio, a avaliaçã o psicoló gica respeita a interacçã o clínica, ideográ fica,
em que se recolhe variada informaçã o, obtida geralmente através de mú ltiplos testes e
instrumentos. Por outro lado, a avaliaçã o psicoló gica considera os dados no contexto da
histó ria, a informaçã o proveniente de avaliaçõ es complementares, e o comportamento
observado, visando compreender a pessoa que está a ser avaliada, para responder a questõ es
colocadas por outros clínicos, e para depois comunicar a informaçã o ao paciente, ou à s
entidades legítimas que pediram a avaliaçã o.
O psicó logo, através da avaliaçã o psicoló gica, deverá estar apto a identificar e descrever
aspectos psicoló gicos que sã o susceptíveis de facilitar ou embaraçar, quer a reacçã o ao
diagnó stico quer a reacçã o e ajustamento à doença, aos tratamentos (incluindo a adesã o), a
curto ou a longo prazo.
Muitas vezes a avaliaçã o psicoló gica é confundida como uma simples aplicaçã o de um ú nico
teste, porém, para realizá -la existem diversos métodos e técnicas, como por exemplo: testes
psicoló gicos, dinâ micas de grupo, entrevistas, observaçã o, testes situacionais, anamneses, entre
outros.
A avaliaçã o psicoló gica é amplamente utilizada em diversos contextos, dentro de empresa, por
exemplo, desempenha uma funçã o essencial nã o apenas na á rea de selecçã o, mas também na
á rea de desenvolvimento pessoal e mesmo de avaliaçã o de potencial.
Muitas organizaçõ es constatam que a avaliaçã o psicoló gica é uma ferramenta poderosa de
tomada de decisã o que trá s benefícios indubitá veis para os indivíduos e para a organizaçã o. No
â mbito de selecçã o de pessoal é possível detectar perfis mais adequados e os que nã o sã o
compatíveis com o cargo, evitando assim consequências prejudiciais, como o adoecimento,
prejuízos financeiros e a desmotivaçã o do funcioná rio com o cargo exercido (Ferreira & Santos,
2010).
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DIAGNÓSTICO E AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA 2023
A propó sito da avaliaçã o psicoló gica Ferná ndez-Ballesteros, et al. (2001) explicam que:
a) De clarificaçã o do problema;
b) Planificaçã o;
c) Desenvolvimento;
d) Implementaçã o;
e) Encontrar um resultado e;
f) Disseminaçã o.
Estes autores explicam ainda a existência de um duplo significado do termo avaliaçã o” que,
proveniente do inglês “assessment” e “evaluation”, se refere, respectivamente, a uma avaliaçã o
(assessment) que foca as pessoas, o sujeito humano, e a avaliaçã o (evaluation) que se refere a
um objecto concreto que está a ser avaliado (o conceito ou constructo). Ou seja, enquanto o foco
científico da avaliaçã o (assessment) psicoló gica é uma pessoa (ou grupo de pessoas) o foco
científico da avaliaçã o enquanto (evaluation) é um programa ou um grupo de acçõ es.
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Ferná ndez-Ballesteros, R., De Bruyn, E., Godoy, A., Hornke, L., Laak, J., Vizcarro, C., Westhoff, K.,
Westmeyer, H., & Zaccagnini, J. (2001).Guidelines for the assessment process (GAP): a proposal for
discussion. European Journal of Psychological Assessment, 17(3), 187-200.
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DIAGNÓSTICO E AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA 2023
Considerações
A avaliaçã o psicoló gica, na sua vertente prá tica, tem três grandes fases:
os procedimentos, os processos, e o uso dos resultados. Qualquer destes
inclui detalhes fundamentais. No procedimento e processo deve-se
garantir que as técnicas de avaliaçã o e ou os instrumentos utilizados sã o
os mais vá lidos para responder à questã o para que a avaliaçã o foi
concebida; ao mesmo tempo, a aplicaçã o das técnicas deve respeitar
critérios éticos que estã o universalmente definidos para a avaliaçã o
psicoló gica: o ú ltimo detalhe mais importante diz respeito ao uso dos
resultados que incluem: as consequências da avaliaçã o, que devem
responder apropriadamente à questã o que deu origem à avaliaçã o
psicoló gica, e o respeito ético no uso desses resultados.
Registo de comportamento
Observação
Escala de classificaçã o
Inventá rios
Questioná rio Escala de atitude
Levantamento de opiniã o
Inquisição
Entrevista
Testes nã o padronizados
Testagem
Testes padronizados
A observação
A observaçã o naturalista tem sido muito ú til para os psicó logos infantis,
mas sua aplicaçã o é amplamente utilizada em programas que trabalham
o comportamento em escolas, clínicas, hospitais e em qualquer contexto.
Anastasi (2000) menciona que as observaçõ es naturalistas têm muito
em comum com os testes situacionais.
©.COM
A Inquirição
O questioná rio pode ser considerado como uma série de perguntas que
tem por finalidade obter as respostas do sujeito que estã o, de modo
geral, impregnadas com suas ideias e sentimentos.
Segundo Erthal (2003), o indivíduo é seu pró prio juiz, pois lhe cabe dar
sua opiniã o a respeito das informaçõ es que lhes sã o apresentadas.
ATITUDE
A entrevista
TIPOS DE ENTREVISTAS
Uma entrevista, na prá tica, antes de poder ser considerada uma técnica,
deve ser vista como um contacto social entre duas ou mais pessoas. O
sucesso da entrevista dependerá , portanto, de qualidades gerais de um
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DIAGNÓSTICO E AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA 2023
Assim, para realizar uma boa entrevista, Cunha (2000, p.52) aponta
algumas habilidades interpessoais que o entrevistador deve ter:
De acordo com Cunha (2000), para estar presente e poder ouvir o paciente, o
entrevistador deve ser capaz de isolar outras preocupaçõ es e, momentaneamente,
focalizar sua atençã o no paciente. Para tanto, é preciso o controle do grau de
ansiedade.
Todo entrevistador deve ter domínio das técnicas que utiliza para sentir segurança
e possa estar preocupado com o processo e nã o o que precisa ou deve fazer. Cunha
(2000) chama a atençã o para o fato de que a falta desse domínio pode resultar em
uma aplicaçã o mecâ nica e desconexa das directrizes da técnica. Com a prá tica e a
experiência, a entrevista flui e a actuaçã o do profissional transforma a técnica em
arte.
Toda entrevista psicoló gica é uma relaçã o, com características particulares, que se
estabelece entre pelo menos duas pessoas.
• Observaçã o;
• Hipó tese;
• Verificaçã o.
O psicó logo, ao utilizar a entrevista como instrumento para colecta de informaçõ es,
nã o está conversando, como imagina a maioria dos leigos. Ele está trabalhando,
observando, levantando alguma hipó tese e criando condiçõ es para verificaçã o
delas. Inclusive quando o paciente for uma criança. Nesse caso, devemos levar em
consideraçã o que o trabalho deve ser feito em ambiente lú dico. A criança nã o sabe
expressar seus pensamentos, seus conflitos. É no acto de brincar que ela
experiencia e expõ e para o profissional o material que precisa ser averiguado e
trabalhado.
DIAGNÓSTICO E AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA 2023
A ANAMNESE
A história do paciente
O espaço físico deve ser confortá vel, com iluminaçã o e ventilaçã o apropriada,
mesas e cadeiras adequadas e livres de barulho.
Segundo Urbina (2007), os princípios mais importantes que devem ser seguidos
para a adequada preparaçã o do ambiente sã o antecipar e remover qualquer fonte
de distracçã o e, para evitar interrupçõ es, devemos pô r um aviso na porta da sala
de exames para que as pessoas saibam que uma testagem está acontecendo.
Ambiente psicológico
Empatia é sentir o que o outro sente, MAS nã o viver o que o outro vive!
ASPECTOS ÉTICOS
A declaraçã o universal dos princípios éticos para psicó logos (International Union
of Psychological Science [IUPsyS], 2014) tal como o có digo de ética e deontologia
profissional do psicó logo em Angola (Luanda, 30 de Maio de 2013) estabelecem
quatro princípios bá sicos sobre os quais os profissionais e pesquisadores devem
pautar-se:
3) Integridade;
No entanto, é necessá rio fazer uma avaliaçã o clínica completa e cuidadosa, uma vez
que o atendimento virtual é contra-indicado para pacientes com ideaçã o suicida,
transtornos graves (transtorno bipolar ou psicoses), transtorno da personalidade
DIAGNÓSTICO E AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA 2023
A história do DSM
Em 1840, os EUA empreenderam um censo que contava com a categoria "idiotia/loucura", com
propó sito de registar a frequência de doenças mentais. No censo de 1880, as doenças mentais
foram divididas em sete categorias distintas (mania, melancolia, monomania, paresia,
demência, dipsomania e epilepsia). Observa-se assim que as primeiras classificaçõ es norte-
americanas de transtornos mentais aplicadas em larga escala tinham objectivo
primordialmente estatístico.
A proliferaçã o de pesquisas, revisõ es bibliográ ficas e testes de campo permitiu que, em 1994, a
APA lançasse o DSM-IV. A evoluçã o do manual representava um aumento significativo de dados,
com a inclusã o de diversos novos diagnó sticos descritos com critérios mais claros e precisos.
Uma revisã o dessa ediçã o foi publicada em 2000 como DSM-IV-TR e foi formalmente utilizada
até o início de 2013.
DIAGNÓSTICO E AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA 2023
O DSMS-5
No seu aspecto estrutural o DSM-5 rompeu com o modelo multiaxial introduzido na terceira
ediçã o do manual. Os transtornos de personalidade e o retardo mental, anteriormente
apontados como transtornos do Eixo II, deixaram de ser condiçõ es subjacentes e se uniram aos
demais transtornos psiquiá tricos no Eixo I. Outros diagnó sticos médicos, costumeiramente
listados no Eixo III, também receberam o mesmo tratamento. Conceitualmente nã o existem
diferenças fundamentais que sustentem a divisã o dos diagnó sticos em Eixos I, II e III. O
objectivo da distinçã o era apenas o de estimular uma avaliaçã o completa e detalhada do
paciente. Factores psicossociais e ambientais (Eixo IV) continuam sendo foco de atençã o, mas o
DSM-5 recomendou que a codificaçã o dessas condiçõ es fosse realizada com base no capítulo
"Factores que Influenciam o Estado de Saú de e o Contacto com os Serviços de Saú de" (có digos
Z00-Z99) da CID-10. Por fim, a Escala de Avaliaçã o Global do Funcionamento, anteriormente
empregada no Eixo V, foi retirada do manual. Por diversos motivos entendeu-se que a nota de
uma ú nica escala nã o transmite informaçõ es suficientes e adequadas para a compreensã o
global do paciente. A APA continua recomendando a aplicaçã o das diversas escalas que possam
contribuir com cada caso e apresenta algumas medidas de avaliaçã o na Secçã o III do DMS-5.
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Araú jo, Á lvaro Cabral, & Lotufo Neto, Francisco. (2013). A nova classificaçã o americana para
os transtornos mentais: o DMS-5. Jornal de Psicanálise, 46(85), 99-116. Recuperado em 26 de
Março de 2021,
O CID-10
DIAGNÓSTICO E AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA 2023
Trabalho de investigação
1- Aponte as diferenças entre o Manual Diagnó stico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM)
da Associaçã o Americana de Psiquiatria e a Classificaçã o Internacional de Doenças (CID) da
Organizaçã o Mundial de Saú de.
2- Caso clínico
Jú lia é uma mulher solteira de 40 anos de idade, que foi a consulta de Psicologia no Hospital
Psiquiá trico de Luanda com queixas de dificuldades de adaptaçã o desde que a mã e faleceu
há 4 meses. A paciente viveu sempre em casa e, desde a morte do pai, ocorrida há 20 anos,
ela e a mã e sempre estiveram muito unidas. Jú lia sempre foi tímida, e tem medo de ser
julgada em situaçõ es sociais. Por este motivo, sempre esteve dependente da mã e, que
cuidava dos seus deveres e da sua vida social. A mã e sempre zelou pelos assuntos
domésticos, e era ela quem tratava com as pessoas que vinham reparar avarias, ajudava a
paciente as escolher as roupas e a planear as suas férias. Jú lia nã o tem encontros com
homens e sente-se habitualmente demasiada retraída para participar em festas ou
comparecer a encontros que as amigas da mã e lhe arranjam.
A paciente relata que nunca teve qualquer tipo de relacionamento afectivo. Tem apenas uma
amiga intima que conhece desde o tempo em que andaram na escola e que ela diz ser muito
parecida consigo. Aos fins-de-semana percorrem algumas boutiques da baixa da cidade e
assistem teatro à noite. Jú lia é estudante de Economia na Universidade Agostinho Neto e é
voluntá ria numa organizaçã o nã o-governamental. Participou no ú ltimo concurso pú blico e
aguarda resposta, mas sente-se infeliz no seu emprego como voluntá ria e relata que nã o
DIAGNÓSTICO E AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA 2023
conseguiria suportar a tortura de ter de comparecer a mais entrevistas e avaliaçõ es para obter
novo emprego.
a) Esclareça o diagnó stico de Jú lia. Aponte os critérios de diagnó stico que sustentam a
resposta anterior bem como o tipo de intervençã o adequado ao caso da Jú lia. (Consultar
o CID-10 e ou o DSM-5 para formulação do diagnóstico).
A INTERVENÇÃO PSICOTERAPÊUTICA
Nelson tem 44 anos de idade, tem cinco filhos, vive maritalmente, nos arredores de Luanda, e
foi ao Consultó rio Privado de Psicologia e Psicoterapia Conjugal “Vunongue” com queixas de
insó nias. Nas ú ltimas quatro semanas, desde que ficou desempregado e sem meios financeiros
para sustentar a mulher e os três filhos da actual relaçã o afectiva e os outros dois frutos do
primeiro casamento, sente-se invadido por pensamentos negativos, nervosismo e preocupaçõ es
em relaçã o à renda de casa, à segurança dos filhos, “o bairro onde vivo tem muitos
delinquentes, mas nã o tenho como ir para outro sitio” sic!, à sua pró pria saú de “sinto umas
dores de barriga estranhas, medo do futuro, dificuldade de dormir e de sair de casa” sic!, e as
queixas da mulher “tens de te mexer mais, essa coisa dos brancos de estar sempre a pensar nã o
trá s comida em casa,” diz-lhe a esposa. Nelson sente-se pressionado, preocupado, angustiado e
sem forças para continuar. Dois dias antes da consulta foi chamado para uma entrevista de
emprego numa loja de material eléctrico, mas nem conseguiu sair de casa com receio de falar
durante os testes”
Nelson, ao falar com o psicó logo, parece produzir uma lista interminá vel de possíveis
catá strofes – nã o vou conseguir falar com os clientes na loja, nã o vou conseguir pagar as
contas mensais (renda de casa, colégio dos filhos, alimentaçã o de casa e combustível no
carro), o seu filho mais novo quer uma bicicleta como presente de aniversá rio, as irmã s
vã o ficar decepcionados pelo tempo que nã o vou visitá -las, a esposa qualquer dia pode
perder a bancada no Mercado de Sã o Paulo...a lista segue. Nelson sempre foi preocupado,
mas isso tornou-se quase insuportá vel nas ú ltimas quatro semanas. Além das noites de
insó nia, está quase sempre pensativo, preocupado, trémulo, “inquieto”, incapaz de relaxar
e irritá vel com as brincadeiras dos filhos. Nelson confessa que, muitas vezes, no quarto,
DIAGNÓSTICO E AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA 2023
CONTRATO TERAPÊUTICO
O psicó logo deve estar atento aos seus deveres nas “relaçõ es com a pessoa
atendida, ao sigilo profissional, à s relaçõ es com a justiça e ao alcance das
informaçõ es”. Para a realizaçã o de uma prá tica profissional ética, é
importante que se estabeleça um contrato (seja verbal ou escrito) entre
avaliador e avaliando logo no início do processo de avaliaçã o,
independentemente do contexto em que se insere, a fim de que sejam
esclarecidos os objectivos e os papéis de cada um, bem como os limites
da confidencialidade. Será entregue durante a aula o exemplo de um
modelo de contrato terapêutico.
CONSIDERAÇÕES
No caso do diagnó stico infantil, a entrevista de avaliaçã o é feita com os pais e ou responsá veis
tutelares da criança e ou adolescente. Muitas vezes, os pais vêm com a expectativa de que o
problema da criança seja solucionado, isto é, consideram a situaçã o diagnó stica como uma
situaçã o terapêutica. Isto se dá nã o só pelo desconhecimento dos pais sobre o processo
psicoterapêutico, mas também por outras necessidades emocionais, tais como: de que o
psicó logo se encarregue dos problemas do filho e os trate, ou de que o psicó logo resolva
rapidamente a situaçã o que os incomoda. Cabe ao psicó logo investigar essas expectativas na
entrevista inicial e ir mostrando-as aos pais e ou responsá veis tutelares, pois, caso contrá rio,
estes sentir-se-ã o frustrados, pouco compreendidos nas suas necessidades emocionais e
indisponíveis para aceitar os encaminhamentos necessá rios para a resoluçã o do problema
da criança e ou adolescente.
O psicó logo tem que constantemente reflectir sobre as suas pró prias atitudes durante a
entrevista e ver se elas nã o sã o a causa de alguma reacçã o do paciente. Para tal, é necessá rio
que ele disponha de um conhecimento de si mesmo, que lhe permita sentir menos medo
das suas emoçõ es e utilizá -las como instrumento terapêutico. Tanto no psicó logo como no
paciente surgem emoçõ es durante as consultas; a diferença é que o primeiro, dispondo de
um conhecimento sobre si mesmo, pode experienciá -las sem tanto temor, reconhecê -las e
até usá -las para aprofundar o seu conhecimento a respeito do paciente. Temos, entã o, uma
situaçã o aparentemente paradoxal na psicologia clínica: a objectividade decorre justamente
da possibilidade de se incluir o subjectivo como elemento de aná lise.
Dito isso, entende-se que a formulaçã o do diagnó stico do paciente obedece a determinadas
etapas, o que pressupõ e que nas primeiras consultas o psicó logo trabalhe com aquilo que
designamos por “hipó tese diagnó stica” até confirmar a sintomatologia, a duraçã o, remissã o,
alteraçõ es no exame do estado mental e outros componentes que lhe permitiram determinar
com propriedade sobre o diagnó stico do paciente e delinear a intervençã o psicoterapêutica
adequada ao paciente.
DIAGNÓSTICO E AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA 2023
F02* Demência em outras doenças classificadas em outra parte F03 Demência nã o especificada
F04 Síndrome amnésica orgâ nica nã o induzida pelo á lcool ou por outras substâ ncias
psicoativas
F05 Delirium nã o induzido pelo á lcool ou por outras substâ ncias psicoativas
F06 Outros transtornos mentais devidos a lesã o e disfunçã o cerebral e a doença física F07
Transtornos de personalidade e do comportamento devidos a doença, a lesã o e a
disfunçã o cerebral
F10 Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de á lcool F11 Transtornos mentais
e comportamentais devidos ao uso de opiá ceos
F13 Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de sedativos e hipnó ticos F14
Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso da cocaína
F16 Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de alucinó genos F17 Transtornos
mentais e comportamentais devidos ao uso de fumo
F20 Esquizofrenia
F59 Síndromes comportamentais associados a transtornos das funçõ es fisioló gicas e a fatores
físicos, nã o especificadas
F63 Transtornos dos há bitos e dos impulsos F64 Transtornos da identidade sexual
F94 Transtornos do funcionamento social com início especificamente durante a infâ ncia ou a
adolescência
F95 Tiques
CONTRATO TERAPÊUTICO
1. Das Partes
Contratante:
Endereço:
Telefone:
Data de Nascimento: / /
Da Avaliaçã o: Faz-se necessá ria a avaliaçã o psicoló gica do contratante para adequada
conduçã o do processo psicoterapêutico. O material de registo ficará sob a tutela do psicó logo
contratado, sob sigilo, conforme có digo de ética e deontologia profissional em vigor em pela
Ordem dos Psicó logos de Angola.
atendimento, sendo necessá rio aviso prévio de 24 horas e de acordo com a disponibilidade
do psicó logo. No caso do paciente menor de idade, fica o (a)
responsá vel ciente das obrigaçõ es como contratante. Em caso de incumprimento do aviso de
cancelamento e ou adiamento, a contratante terá de pagar a penalizaçã o de 50% do valor da
sessã o.
Do Pagamento: O pagamento das sessõ es deverá ser feito no dia das sessõ es realizadas. Na
eventualidade de recair o dia do vencimento em feriados ou domingos, o pagamento deverá
ser efectuado no dia anterior. Os honorá rios correspondem a 40 mil Kwanzas mensal
referentes quatro sessõ es de psicoterapia, podendo ser alterados mediante comum acordo
entre as partes. As consultas terã o duraçã o de 45 - 50 minutos.
Da rescisã o: O presente contrato poderá ser rescindido por ambas as partes, por mú tuo
acordo, ou desde que o contratante manifeste à intençã o de dissolver a relaçã o contratual por
notificaçã o expressa a outra parte.
Foro de eleiçã o: As partes elegem o Tribunal de COMARCA de Menongue como fó rum para
dirimir quaisquer dú vidas referentes ao presente contrato. E por estarem as duas partes
comum acordo, justas e contratadas assinam o presente instrumento em 2 (duas) vias
de igual teor e para o mesmo fim.
Menongue, de de 2023
Contratante
DIAGNÓSTICO E AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA 2023