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DIAGNÓSTICO E INTERVENÇAO EM SAÚDE

1. SAÚDE
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define saúde como “um estado de completo bem-estar físico, mental
e social e não somente ausência de afecções e enfermidades”. Direito social, inerente à condição de
cidadania, que deve ser assegurado sem distinção de raça, de religião, ideologia política ou condição
socioeconômica, a saúde é assim apresentada como um valor coletivo, um bem de todos. Em uma publicação
de 2000, a Organização das Nações Unidas (ONU) reforça esse conceito, apontando quatro condições mínimas
para que um Estado assegure o direito à saúde ao seu povo: disponibilidade financeira, acessibilidade,
aceitabilidade e qualidade do serviço de saúde pública do país.
2. SAÚDE MENTAL
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), saúde mental é um estado de bem-estar no qual o
indivíduo é capaz de usar suas próprias habilidades, recuperar-se do estresse rotineiro, ser produtivo e
contribuir com a sua comunidade. A saúde mental implica muito mais que a ausência de doenças mentais.
A saúde mental define o nosso bem-estar emocional, psicológico e social. Afeta a maneira como pensamos,
sentimos e agimos quando enfrentamos a vida. Também ajuda a determinar como lidamos com o estresse,
nos relacionamos com os outros e tomamos decisões
3. DIAGNÓSTICO
O diagnóstico é um processo complexo do pensamento humano para discernir em meio a dados, hipóteses e
possibilidades e, na maioria das vezes, não redutível a simplificações.
O conceito de diagnóstico inclui tanto o processo mobilizado quanto a conclusão alcançada no processo e
abrange: a) o processo ativo de pensamento e a arte de usar o método científico para elucidar os problemas
da pessoa doente; b) a obtenção de todos os dados necessários; c) a avaliação crítica de todos os dados
obtidos de diferentes fontes e com o emprego de diferentes métodos; d) o fato de ser uma arte viva baseada
na ciência bem fundamentada; e) o fato de desenvolver-se sobre conhecimentos de anatomia, fisiologia,
patologia, de causalidade, de lesões anatômicas e alterações funcionais que convergem na doença; f) a
formulação de hipóteses possíveis; g) a conclusão do processo, chegando propriamente ao diagnóstico.
Alfredo José Mansur.
Passos do diagnóstico (modelo psicológico de natureza clínica)
De forma bastante resumida, os passos do diagnóstico, utilizando um modelo psicológico de natureza clínica,
são os seguintes:
a) levantamento de perguntas relacionadas com os motivos da consulta e definição das hipóteses iniciais e
dos objetivos do exame;
b) planejamento, seleção e utilização de instrumentos de exame psicológico;
c) levantamento quantitativo e qualitativo dos dados;
d) integração de dados e informações e formulação de inferências pela integração dos dados, tendo como
pontos de referência as hipóteses iniciais e os objetivos do exame;
e) comunicação de resultados, orientação sobre o caso e encerramento do processo.
4. PROGNÓSTICO
Determina o curso provável do caso. É um resultado prévio, algo que pode acontecer no futuro.
O prognóstico é obtido a partir de interpretações feitas com base no diagnóstico.
Diagnóstico é o resultado atual de uma avaliação no momento presente. É o que se tem no momento.
Sobre diagnóstico e prognóstico:
Nem sempre o psicólogo precisa chegar, obrigatoriamente, ao nível mais elevado de inferência para obter
uma hipótese diagnóstica ou o diagnóstico mais provável. Principalmente em casos mais graves,
frequentemente apenas o quadro sintomático e a história clínica contêm informações suficientes para que o
profissional possa enquadrar o transtorno numa categoria nosológica. Esta modalidade de processo
diagnóstico seguiria mais um modelo médico do que psicológico, o que não significa que somente o psiquiatra
tenha competência para tal. Entretanto, mesmo quando parece não haver dúvidas quanto à classificação
nosológica do paciente, o psicólogo muitas vezes é convocado para identificar déficits ou funções
preservadas, enfim, para coletar dados mais substanciais como base para um prognóstico. Noutros casos,
como há alternativas diagnósticas possíveis, o psicólogo pode assumir a responsabilidade de um diagnóstico
diferencial, que se efetua através de um modelo psicológico, isto é, pelo psicodiagnóstico. Para chegar à
inferência clínica, chamada de diagnóstico, o psicólogo deve examinar os dados de que dispõe (que englobam
informações sobre o quadro sintomático, dados da história clínica, as observações do comportamento do
paciente durante o processo psicodiagnóstico e os resultados da testagem), em função de determinados
critérios (critérios diagnósticos), podendo considerar, assim, várias alternativas diagnósticas. Se certos
critérios específicos são atendidos, pode classificar o caso numa categoria nosológica. Para tal fim, deve
utilizar uma das classificações oficiais conhecidas, como o DSM-IV. Com base em tal classificação e em
aspectos específicos da história clínica, poderá fazer predições sobre o curso provável do transtorno
(prognóstico) e planejar a intervenção terapêutica adequada. Muitos testes utilizados no psicodiagnóstico
também podem fornecer indícios muito úteis para o prognóstico.
5. INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA
A intervenção psicológica é uma das formas de atuação profissional do psicólogo visando a alterar
comportamentos, pensamentos e emoções, de forma a proporcionar uma melhor saúde e qualidade de
vida (Chaves, Vázquez, & Hervás, 2015; Lipp, 2012; Wright, Sudak, Turkington, & Thase, 2012). A intervenção
psicológica deve ser estruturada conforme a demanda observada pelo uso de avaliação psicológica, bem
como pelo referencial teórico utilizado pelo mediador. Além disso, é possível aplicar uma intervenção
psicológica em diferentes contextos, como em hospitais, escolas, empresas, assim como em instituições
esportivas e de prática de atividade física.
Quais são os tipos de intervenção psicológica?
Exemplos: psicoterapia, técnicas de relaxamento, aconselhamento psicológico, musicoterapia, arteterapia,
focusing, treinamento de funções mentais (memória, percepção, atenção).
6. PSICODIAGNÓSTICO
Já disseram e repetimos que, enquanto os psicólogos em geral realizam avaliações, os psicólogos clínicos,
entre outras tarefas, realizam psicodiagnósticos. Pode-se dizer que avaliação psicológica é um conceito muito
amplo. Psicodiagnóstico é uma avaliação psicológica, feita com propósitos clínicos e, portanto, não abrange
todos os modelos de avaliação psicológica de diferenças individuais. É um processo que visa a identificar
forças e fraquezas no funcionamento psicológico, com um foco na existência ou não de psicopatologia. Isso
não significa que a classificação psiquiátrica seja um objetivo precípuo do psicodiagnóstico, mas sim que, para
medir forças e fraquezas no funcionamento psicológico, devem ser considerados como parâmetros os limites
da variabilidade normal (Yager & Gitlin, 1999).
No psicodiagnóstico, há a utilização de testes e de outras estratégias, para avaliar um sujeito de forma
sistemática, científica, orientada para a resolução de problemas.
O psicodiagnóstico é um processo, desencadeado quase sempre em vista de um encaminhamento, que tem
início numa consulta, a partir da qual se delineiam os passos do exame, que constitui uma das rotinas do
psicólogo clínico. Entretanto, tal tipo de avaliação decorre da existência de um problema prévio, que o
psicólogo deve identificar e avaliar, para poder chegar a um diagnóstico.
7. AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
É um processo técnico de coleta de DADOS, ESTUDO e INTERPRETAÇÃO de informações a partir de fenômenos
psicológicos; Analisa-se TODO o decorrer do processo, até o momento final (entrevista devolutiva) consta
como avaliação fundamental; Ela é mais individualizada, foca mais em COMO O INDIVÍDUO PROCESSA do que
nos resultados do procedimento.
O AVALIADOR tem um papel muito importante na seleção, organização e integração dos instrumentos, assim
como na interpretação dos dados;
Não foca em escores, ela quer ENTENDER e COMPREENDER toda a dinâmica do paciente, para tentar
esclarecer o motivo de encaminhamento.

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