Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
” – A
Ansiedade de Separação na
Infância
Escrito por: Vanessa Yara Campos Cezar, Fernanda Pasquoto Souza, Elizabete R.
Coelho
Março/2016
1. Introdução
A ansiedade de separação pode ser vista como um medo intenso da
separação de uma figura vinculadora (normalmente, a mãe), que causa
prejuízos sociais e escolares visíveis. Conforme Silveira e outros
(2007), diferente das outras ansiedades, no TAS encontramos apenas a
preocupação excessiva da separação da figura de referência afetiva da
criança, com prejuízos no desenvolvimento infantil, no desempenho
escolar e nas relações sociais.
É comumente associada a um efeito negativo ocorrente com alguém
próximo, podendo ser desde uma viagem longa, doença ou até mesmo
a morte de um ente querido. Causa sinais sintomáticos, tais como: dor
de cabeça, dor de barriga, tonturas, náuseas e até vômitos. A Terapia
Cognitivo Comportamental pode auxiliar no tratamento com crianças,
adolescentes e adultos na recuperação emocional, na identificação dos
pensamentos disfuncionais e com técnicas aplicadas para a redução do
medo apresentado.
2. O Medo e a Ansiedade
Conforme Oguma (2010), o medo é uma emoção humana universal e,
tanto as crianças e adolescentes, quanto os adultos podem e devem
experimentá-lo fisiologicamente. O medo é benéfico na conservação da
espécie, na medida em que serve de resposta adaptativa em muitas
situações adversas.
3. Ansiedade de Separação
Para Echeverria (2003), é característica inata do ser humano ser
apegado aos pais. Segundo a teoria da evolução do naturalista inglês
Charles Darwin (1809-1882), o bebê já nasce com uma série de
comportamentos que conquistam os adultos, como o riso, o olhar e até
o choro. O problema pode surgir quando os pais confundem apego
natural com dependência e esquecem que tão importante quanto
apegar-se aos pais é aprender a se separar deles.
De acordo com Lima (2012), cabe destacar que várias situações podem
influenciar o surgimento de sintomas de ansiedade. Cada caso deve ser
avaliado individualmente, mas alguns fatores são relatados na literatura,
como mudanças de escola ou domicílio, doença de algum membro
familiar ou separação conjugal. Não raro, com acesso a reportagens
que destacam a vulnerabilidade humana a eventos sociais aversivos,
como sequestros relâmpagos, assassinatos e assaltos a mão armada,
eles sentem o perigo mais próximo e, assim, temem que algo ruim
aconteça a si mesmo ou com seus familiares.