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MÓDULO 1
- Castillo (2000)
As crianças ou adolescentes, quando estão sozinhas, temem que algo possa acontecer a si
mesmo ou ao seus cuidadores, tais como acidentes, seqüestro, assaltos ou doenças, que os afastem
definitivamente destes. Como conseqüência, demonstram um comportamento de apego excessivo
a seus cuidadores, não permitindo o afastamento destes ou telefonando repetidamente para eles a
fim de tranqüilizar-se a respeito de suas fantasias. Em casa, para dormir necessitam de companhia
e resistem ao sono, que vivenciam como separação ou perda de controle. Com freqüência referem
pesadelos que versam sobre seus temores de separação. Recusa escolar secundária também é
comum nesses pacientes. A criança deseja freqüentar a escola, demonstra boa adaptação prévia,
mas apresenta intenso sofrimento quando necessita afastar-se de casa.
Quando a criança percebe que seus pais vão se ausentar ou o afastamento realmente ocorre,
manifestações somáticas de ansiedade, tais como dor abdominal, pesadelos, dor de cabeça, náusea
e vômitos são comuns. Crianças maiores podem manifestar sintomas cardiovasculares como
palpitações, tontura e sensação de desmaio. Esses sintomas prejudicam a autonomia da criança,
restringem a sua vida de relação e seus interesses, ocasionando um grande estresse pessoal e
familiar. Sentem-se humilhadas e medrosas, resultando em baixa auto-estima e podendo evoluir
para um transtorno do humor.
• Tratamentos
Ø Intervenção familiar
Ø Sintonia entre a escola e os pais;
Ø Farmacológico em casos extremos;
Ø Psicoterapia ou combinação
O transtorno de ansiedade generalizada (TAG) é uma situação comum, caracterizada por preocupação
excessiva e crônica sobre diferentes temas, associada a tensão aumentada. É o transtorno de ansiedade
mais comum na atenção primária, estando entre os dez motivos gerais mais comuns de consulta. Uma
pessoa com transtorno de ansiedade generalizada normalmente se sente irritada e tem sintoma físicos,
como inquietação, fadiga fácil e tensão muscular. Pode ter problemas de concentração e de sono. Para
fazer um diagnóstico, os sintomas devem estar presentes por pelo menos seis meses e causar desconforto
clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, ocupacional ou em outras áreas
importantes.
• Tratamentos
Tratamento deve ser oferecido logo que possível, na própria atenção primária:
Ø Farmacoterapia
Ø psicoterapia ou combinação de ambos.
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FOBIAS ESPECÍFICAS
*As fobias específicas são influenciadas por nossas crenças. Se interpretarmos uma situação
como ameaçadora, tendemos a ter reações emocionais de acordo com essa interpretação e não
de acordo com o perigo real.
• Tratamento
FOBIA SOCIAL
• Tratamento
Ø Psicoterapia
*A automedicação com substâncias é comum (p. ex., beber antes de ir a uma festa) Com o objetivo
de sentir-se mais desinibido.
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Aproximadamente entre 15% e 20% das pessoas que, de alguma forma, estiveram
envolvidas em casos de violência urbana, agressão física, abuso sexual, terrorismo, tortura,
assalto, sequestro, acidentes, guerra, catástrofes naturais ou provocadas, desenvolvem esse tipo
de transtorno. Os sintomas podem manifestar-se em qualquer faixa de idade e levar meses ou anos
para aparecer.
Ø Identificar o evento traumático (agente estressor), que tenha representado ameaça à vida
do portador do distúrbio;
Ø Reexperiência traumática: pensamentos recorrentes e intrusivos que remetem à
lembrança do trauma, flashbacks, pesadelos;
Ø Esquiva e isolamento social: a pessoa foge de situações, contatos e atividades que
possam reavivar as lembranças dolorosas do trauma;
Ø Hiperexcitabilidade psíquica e psicomotora: taquicardia, sudorese, tonturas, dor de
cabeça, distúrbios do sono, dificuldade de concentração, irritabilidade, hipervigilância.
• Tratamento
Ao observar o subtítulo acima, possa ser que logo de início lhe pareça um tanto exagerado,
ou até mesmo supérfluo. Talvez, você caro aluno(a) pense o quanto seria libertador finalmente
livrar-se de vez da ansiedade e de todo o extremo desconforto que ela causa. Até porque, nada
melhor do que você, dono de si, tomar as rédeas da sua própria vida, algo que há muito tempo
sente-se incapaz de fazer.
Como discutido neste módulo, a ansiedade e o medo quando saem do controle, podem
acarretar em distúrbios ou fobias, e consequentemente prejudicam tanto a saúde física, como
também a saúde a mental. A preocupação e o medo paralisam, ocupam grande parte do nosso
tempo, consomem as nossas energia e diminuem o rendimento, isso faz com que aconteça a perca
de inúmeras oportunidades no trabalho e em outras áreas importantes da vida de alguém,
desperdiçando muito do seu potencial. Ela interfere diretamente na rotina, gerando sofrimento,
sensação de incapacidade, ou de extrema limitação, e então torna-se cada vez mais difícil de ser
controlada. É a partir dai que a grande maioria começa a perceber a importância da ajuda
profissional psicológica para o tratamento dos transtornos de ansiedade, quando o quadro agrava-
se a ponto de sentir-se sufocado pelas suas próprias ações e pensamentos. Veja a seguir a
importância da ajuda psicológica no combate dos transtornos de ansiedade e fobias:
Ø Também é papel do psicólogo orientar você sobre estratégias que ajudam a controlar o
sentimento de ansiedade. A metacognição, uma técnica de refletir sobre os próprios
pensamentos, é muito interessante para esses casos. Além disso, algumas técnicas de
relaxamento, como a respiração diafragmática, também são eficientes para controlar a
ansiedade. Com as intervenções do psicólogo, você se capacita para intervir em si
mesma e controlar as crises.
Ø O psicólogo não faz julgamentos a respeito do que você está sentindo e adota uma
atitude acolhedora, que fará com que você se sinta seguro para falar do problema.
Ø o terapeuta irá te encorajar a vivenciar as situações que você evitou por tanto tempo. A
sensação de conseguir enfrentar aquilo que por tanto tempo tememos é libertadora, e
ainda traz bem-estar e autoconfiança.
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REFERÊNCIAS
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disorders. J Am Acad Child Adolesc Psychiatry 1995;34:976-86.
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Curr Probl Pediatr 1994;24:12-38.
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the past 10 years. J Am Acad Child Adolesc Psychiatry 1996;35:1110-9.
ASSUMPÇÃO JR, Francisco B. Psicopatologia: aspectos clínicos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2009.
SILVA, Ana Beatriz B. Mentes ansiosas: medo e ansiedade além dos limites. Rio de janeiro: Objetiva,
2011. Cap.4.
TERRA, Mauro Barbosa; GARCEZ, Joana Presser; NOLL, Betina. Fobia específica: um estudo
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73. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rpc/v34n2/02.pdf>. Acesso em: 12 jul. 2015.