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Universidade Wutivi

Faculdade de Ciências Socias e Humanas


Licenciatura em Psicologia Clínica
Disciplina: psicologia comportamental
TEMA: TRATAMENTO DOS TRANSTORNOS DE ANSIEDADE

Discente Anisila Stefania Chicane

Helder Sive

Kevin Zulficar

Docente: Orlando
Pensamentos perturbados Dentro dos modelos cognitivos
de distúrbios emocionais

Pensamentos negativos automáticos – são aqueles pensamentos e imagens que se apresentam


em situações especificas, quando o indivíduo está ansioso. Por exemplo, a alguém que se
preocupa com a avaliação social pode correr o pensamento negativo ‘acham que sou
enfadonho’ ao conversar com um grupo de conhecidos.
Regras e suposições disfuncionais – são convicções gerais que o indivíduo detém a respeito do
mundo e de si mesmos, que os tornam propensos a interpretar situações especificas de forma
excessivamente negativa e disfuncional. Por exemplo, uma regra que envolva um equilíbrio
extremo entre respeito próprio e aprovação social (a menos que todos gostem de mim não terei
valor na sociedade) pode fazer com que um indivíduo provavelmente interprete as pausas de
silencio em uma conversação como sinal de que os outros o consideram enfadonho.
TIPOS DE PERTURBAÇÕES DE
ANSIEDADE.
◦ Transtorno de ansiedade de separação
◦ Criterios para diagnostico de ansiedade

A. medo ou ansiedade improprios e execessivos em relacao ao estagio de desenvolvimento, envolvendo a


separacao daqueles com que o individuo tem apego, dos evidenciados por tres (ou mais ) dos seguintes aspectos
Sofrimento excessivo e recorrente ante a ocorrência ou previsão de afastamento de casa ou de figuras
importantes de apego.
Preocupação persistente e excessiva acerca da possível perda ou de perigos envolvendo figuras importantes de
apego, tais como doença, ferimentos, desastres ou morte.
Preocupação persistente e excessiva de que um evento indesejado leve à separação de uma figura importante
de apego (p. ex., perder-se, ser seqüestrado, sofrer um acidente, ficar doente).
Relutância persistente ou recusa a sair, afastar-se de casa, ir para a escola, o trabalho ou a qualquer outro lugar,
em virtude do medo da separação.
Temor persistente e excessivo ou relutância em ficar sozinho ou sem as figuras importantes de apego em casa
ou em outros contextos
Cont.
B. O medo, a ansiedade ou a esquiva é persistente, durando pelo menos quatro semanas em
crianças e adolescentes e geralmente seis meses ou mais em adultos.
C. A perturbação causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento
social, acadêmico, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
D. A perturbação não é mais bem explicada por outro transtorno mental, como a recusa em sair
de casa devido à resistência excessiva à mudança no transtorno do espectro autista; delírios ou
alucinações envolvendo a separação em transtornos psicóticos; recusa em sair sem um
acompanhante confiável na agorafobia; preocupações com doença ou outros danos afetando
pessoas significativas no transtorno de ansiedade generalizada; ou preocupações envolvendo ter
uma doença no transtorno de ansiedade de doença.
Fatores de Risco e Prognóstico

Ambientais. O transtorno de ansiedade de separação frequentemente se desenvolve após um


estresse vital, sobretudo uma perda (p. ex., a morte de um parente ou animal de estimação;
doença do indivíduo ou de um parente; mudança de escola; divórcio dos pais; mudança para
outro bairro; imigração; um desastre que envolveu períodos de separação das figuras de apego).
Em jovens adultos, outros exemplos de estresse vital incluem sair da casa dos pais, iniciar uma
jelação romântica e tomar-se pai. A superproteção e a intromissão parentais podem estar
associadas ao transtorno de ansiedade de separação.
Genéticos e fisiológicos. O transtorno de ansiedade de separação em crianças pode ser
herdado. A herdabilidade foi estimada em 73% em uma amostra da comunidade de gêmeos de
6 anos, com taxas mais altas entre as meninas. As crianças com o transtorno exibem
sensibilidade particularmente aumentada à estimulação respiratória usando ar enriquecido com
COz.
Transtorno de ansiedade de mutismo seletivo

Criterios para diagnostico


A. Fracasso persistente para falar em situações sociais específicas nas quais existe a expectativa
para tal (p. ex., na escola), apesar de falar em outras situações.
B. A perturbação interfere na realização educacional ou profissional ou na comunicação social.
C. A duração mínima da perturbação é um mês (não limitada ao primeiro mês de escola).
D. O fracasso para falar não se deve a um desconhecimento ou desconforto com o idioma
exigido pela situação social.
E. A perturbação não é mais bem explicada por um transtorno da comunicação (p. ex.,
transtorno da fluência com início na infância) nem ocorre exclusivamente durante o curso de
transtorno do . espectro autista, esquizofrenia ou outro transtorno psicótico.
Fatores de risco
Ambientais. A inibição social por parte dos pais pode servir como modelo para a reticência
social e o mutismo seletivo em crianças. Além do mais, os pais de crianças com mutismo seletivo
foram descritos como superprotetores ou mais controladores do que os pais de crianças com
outros transtornos de ansiedade ou nenhum transtorno.
Genéticos e fisiológicos. Devido à sobreposição significativa entre mutismo seletivo e transtorno
de ansiedade social, pode haver fatores genéticos compartilhados por ambos.
Diagnostico diferencial
Transtornos da comunicação. O mutismo seletivo deve ser diferenciado das perturbações da fala que
são mais bem explicadas por um transtorno da comunicação, como transtorno da linguagem, transtorno
dos sons da fala (anteriormente transtorno fonológico), transtorno na fluência da fala com início na
infância (gagueira) ou transtorno da comunicação pragmática (social). Diferentemente do mutismo
seletivo, a perturbação da fala nessas condições não está restrita a uma situação social específica.
Transtornos do neurodesenvolvimento e esquizofrenia e outros transtornos psicóticos. Os indivíduos
com um transtorno do espectro autista, esquizofrenia ou outro transtorno psicótico ou retardo mental
grave podem ter problemas na comunicação social e não conseguir falar apropriadamente em situações
sociais. Em contraste, o mutismo seletivo deve ser diagnosticado apenas quando uma criança tem a
capacidade de falar bem estabelecida em algumas situações sociais (p. ex., geralmente em casa).
Transtorno de ansiedade social (fobia social). A ansiedade social e a esquiva no transtorno de
ansiedade social podem estar associadas ao mutismo seletivo. Nesses casos, os dois diagnósticos
devem ser estabelecidos.
Agorafobia
◦ Diretrizes diagnosticas

Todos os critérios seguintes devem ser preenchidos para um diagnóstico definitivo:


(a) os sintomas psicológicos ou autonômicos devem ser primariamente manifestações de
ansiedade e não secundários a outros sintomas tais como delírios ou pensamentos obsessivos;
(b) a ansiedade deve estar restrita (ou ocorrer principalmente) a pelo menos duas das seguintes
situações: multidões, lugares públicos, viajar para longe de casa e viajar sozinho;
(c) a evitação da situação fóbica deve ser ou estar sendo um aspecto proeminente.
Diagnóstico diferencial

l Deve-se lembrar que alguns agorafóbicos experimentam pouca ansiedade porque eles são
consistentemente capazes de evitar suas situações fóbicas. A presença de outros sintomas tais
como depressão, despersonalização, sintomas obsessivos e fobias sociais não invalida o
diagnóstico, desde que esses sintomas não dominem o quadro clínico. Entretanto, se o paciente
já estava significativamente deprimido quando os sintomas fóbicos iniciaram, episódio depressivo
pode ser um diagnóstico principal mais apropriado; isso é mais comum em casos de início tardio.
A presença ou ausência de transtorno de pânico (F41.0) na situação agorafóbica na maioria das
ocasiões pode ser registrada por meio de um quinto caractere:
F40.00 Sem transtorno de pânico
F40.01 Com transtorno de pânico
Inclui: transtorno de pânico com agorafobia
Fobias sociais
Fobias sociais frequentemente se iniciam na adolescência e estão centradas em tomo de um
medo de expor-se a outras pessoas em grupos comparativamente pequenos (em oposição a
multidões), levando à evitação de situações sociais. Diferentemente da maioria das outras
fobias, as fobias sociais são igualmente comuns em homens e mulheres. Elas podem ser
delimitadas (isto é, restritas a comer ou falar em público ou encontrar-se com o sexo oposto) ou
difusas, envolvendo quase todas as situações sociais fora do círculo familiar. Um medo de
vomitar em público pode ser importante. Confrontação direta olho a olho pode ser
particularmente estressante em algumas culturas. Fobias sociais estão usualmente associadas à
baixa autoestima e ao medo de críticas. Elas podem se apresentar como uma queixa de rubor,
tremores das mãos, náuseas ou urgência miccional e o indivíduo às vezes está convencido de
que uma dessas manifestações secundárias de ansiedade é o problema primário; os sintomas
podem progredir para ataques de pânico. A evitação é frequentemente marcante e em casos
extremos pode resultar em isolamento social quase completo
Criterios de diagnostico
Todos os critérios seguintes devem ser preenchidos para um diagnóstico definitivo:
(a) os sintomas psicológicos, comportamentais ou autonômicos devem ser primariamente
manifestações de ansiedade e não secundários a outros sintomas tais como delírios ou
pensamentos obsessivos;
(b) a ansiedade deve ser restrita ou predominar em situações sociais;
(c) a evitação das situações fóbicas deve ser um aspecto proeminente.
Inclui: antropofobia neurose social
Diagnóstico diferencial

Agorafobia e transtornos depressivos são frequentemente proeminentes e podem ambos


contribuir para que os pacientes se tornem "confinados ao lar". Se a distinção entre fobia social
e agorafobia é muito difícil, a precedência deve ser dada à agorafobia; um diagnóstico de
depressão não deve ser feito a menos que uma síndrome depressiva plena possa ser claramente
identificada.
Transtorno de pânico (ansiedade
paroxística episódica)
Ataques de pânico recorrentes e inesperados. Um ataque de pânico é um surto abrupto de
medo intenso ou desconforto intenso que alcança um pico em minutos e durante o qual
ocorrem quatro ou mais de uma lista de 13 sintomas físicos e cognitivos. O termo recorrente
significa literalmente mais de um ataque de pânico inesperado. O termo inesperado se refere a
um ataque de pânico para o qual não existe um indício ou desencadeante óbvio no momento da
ocorrência - ou seja, o ataque parece vir do nada, como quando o indivíduo está relaxando ou
emergindo do sono (ataques de pânico noturno).
Nota: O surto abrupto pode ocorrer a partir de um estado calmo ou de um estado ansioso.
Critérios Diagnósticos

Devem ocorrer quatro (ou mais) dos seguintes sintomas:


Palpitações, coração acelerado, taquicardia.
Sudorese.
Tremores ou abalos.
Sensações de falta de ar ou sufocamento.
Sensações de asfixia.
Dor ou desconforto torácico
Nota: Podem ser vistos sintomas específicos da cultura (p. ex., tinido, dor na nuca, cefaleia, gritos
ou choro incontrolável). Esses sintomas não devem contar como um dos quatro sintomas exigidos.
Diagnóstico Diferencial

Outro transtorno de ansiedade especificado ou transtorno de ansiedade não especificado. O


transtorno de pânico não deve ser diagnosticado se nunca foram experimentados ataques de
pânico com sintomas completos (inesperados). No caso de ataques de pânico inesperados
apenas com sintomas limitados, um diagnóstico de outro transtorno de ansiedade especificado
ou transtorno de ansiedade não especificado deve ser considerado.
Transtorno de ansiedade devido a outra condição médica. O transtorno de pânico não é
diagnosticado se os ataques de pânico são considerados consequência fisiológica direta de outra
condição médica. Exemplos de condições médicas que podem causar ataques de pânico incluem
hipertireoidismo, hiperparatireoidismo, feocromocitoma, disfunções vestibulares, transtornos
convulsivos e condições cardiopulmonares (p. ex., arritmias, taquicardia supraventricular, asma,
doença pulmonar obstrutiva crônica [DPOC]).
Características do modelo cognitivo da ansiedade
generalizada.

Os modelos cognitivos de ansiedade generalizada propõem que os indivíduos vivenciam ansiedade difusa porque suas
crenças a respeito de si mesmos e do mundo os tornam propensos a interpretar uma grande variedade de situações
como ameaçadoras. As crenças ou suposições disfuncionais que estão envolvidas na ansiedade generalizada são
extremamente variadas. Entretanto, a maioria gira em torno de questões de aceitação, competência, responsabilidade, e
controle, bem como dos sintomas da ansiedade em si. Exemplos de suposições relacionadas a
Aceitação: ‘não represento nada, ao menos que seja amado’, ‘ a crítica e sinônimo de rejeição pessoal’, e ‘ sempre devo
agradar aos outros’.
Suposições relacionados a competência incluem: na vida só a ganhadores e perdedores’, ‘ se cometer um erro
fracassarei’, não consigo enfrentar. O sucesso das outras pessoas deprecia o meu, tenho de fazer tudo perfeitamente’, ‘se
algo não está perfeito não tem valor algum’
Suposições relacionadas a responsabilidade incluem ‘ sou maior responsável pelo entretenimento das pessoas quando
está comigo’, ‘ sou o maior responsável pela formação dos meus filhos’. ‘
Entre as suposições relacionadas ao controle estão: soou o único capaz de resolver os meus problemas’, ‘tenho sempre
de manter o controle da situação’, ‘se permitir que alguém fique muito íntimo, essa pessoa vai me controlar’, ‘ as
suposições relacionadas a ansiedade
SUMÁRIO DOS TÓPICOS A
SEREM COBERTOS NA
AVALIAÇÃO
Breve descrição do problema apresentado
Para cada problema:
Descrição detalhada de uma ocasião recente em que o problema ocorreu ou se apresentou em sua forma mais pronunciada
Situação
Reação corporal
Cognições
Comportamento
Relação de situações em que a ocorrência do problema ee mais provável/mais seria
Evitacao (situações e atividades, ativa e passivas)
Modulares (coisas que agravam ou melhoram o problema)
Atitudes e comportamento das outras pessoas
Crenças sobre as causas do problema
Experimentos comportamentais (quando apropriados)
Inicio e evolução
Medicação prescrita e não prescrita
Tratamento anterior (tipos, tiveram êxito?)
Pontos fortes e habilidades pessoais
Circunstancias sócias e financeiras
Os três procedimentos de monitorização mais comuns

Uma vez iniciado o tratamento, e importante fazer uma monitorização continua dos progressos
obtidos, com o objetivo de decidir se uma determinada estratégia de tratamento está
funcionando, ou se o caso precisa ser reformulado e/ou se novo procedimento terapêuticos
precisam ser implementados. Os três procedimentos de monitoração mais comuns são:
Questionários padronizados. Ha vários questionários padronizados que podem ser usados na
monitoração do progresso semanal. O inventario de beck para a ansiedade e o inventário de
beck para depressão constituem, respectivamente, medidas uteis do humor em estado de
ansiedade e depressão.
Os diários podem ser usados para se manter registros dos sintomas. A figura aseguir ilustra um
diário especificamente elaborado para pacientes com distúrbios de pânico. Sugere uma forma
útil de diário para ansiedade generalizada.
Pede se aos pacientes que registrem, a cada três horas, se vivenciaram qualquer ansiedade no
período que precedeu. Se a resposta for positiva, da se uma nota para intensidade as ansiedade
em uma escala de 1 a 5 pontos e, se a resposta for negativa, regista se 0. As medidas que podem
ser obtidas através desse diário constituem o numero médio de períodos de ansiedade por
semana e a media da intensidade de ansiedade durante esses períodos.
Quando a preocupação principal reside nos sintomas específicos, e geralmente útil fazer diários
individualizados.
Avalição das crenças
Um dos principais objetivos da terapia cognitivo comportamental e ajudar o paciente a confrontar suas
crenças irracionais e suas interpretações errôneas. Para que se possa determinar o êxito desse
questionamento, as crenças que os pacientes sustentam com relação a determinados pensamentos
chaves são repetidamente monitoradas . Pode se avaliar a crença em um pensamento ao se pedir ao
paciente que lhe de uma nota numa escala que vai e 0 ‘ não acredito de forma alguma’ a 100 ‘estou
absolutamente convencido’. As avaliações repetidas de crenças podem ser usadas para monitorar o
progresso durante as sessões e entre elas, e também para ajudar os pacientes a concentrar sua
atenção nos papeis importantes desempenhados por crenças especificas na manutenção de seus
problemas. Em geral, as avaliações de crenças para antecipação de catástrofe ( por exemplo ‘‘serei
incapaz de enfrentar’’ ‘‘ as pessoas acharão que sou burro se eu falar abertamente na sala de aulas’’ ,
‘qquando estou ansiosa e tendo sensação de desiquilíbrio, ee sinal de que provavelmente vou
desmaiar’’) são mais altas quando os pacientes se encontram em situações que provocam medo, ou
experimentam um sintoma ameaçador, do que quando estão discuntindo calmamente esses fatos em
uma sessão de terapia. Por isso, e importante que os terapeutas verifiquem se o tratamento resultou
na redução das crenças, tanto nas situações temidas quanto no contexto clinico.
Principais técnicas de abordagem cognitivo-comportamental para o
tratamento das perturbações de ansiedade

Identificar os pensamentos negativos


Alguns pacientes não encontram dificuldade para identificar seus pensamentos negativos no início da
terapia. Entretanto, outros precisam de algum treinamento antes que possam identificar seguramente
seus pensamentos chaves relacionados a ansiedade. Há várias razoes para que alguns pacientes com
ansiedade possam, incialmente, encontrar dificuldade na identificação de pensamentos.
Primeiro, os pensamentos negativos automáticos podem ser tão habituais e aparentemente plausíveis
que não chegam a chamar a atenção do paciente.
Segundo, as imagens visuais desempenham um papel acentuado na ansiedade. Essas imagens podem
ser extremamente breves (menos de um segundo) e, desse modo, pode ser difícil a consciência ou
lembrar-se delas. Além disso, as imagens associadas a alta ansiedade podem ser bizarras (ver se deitado
num caixão; desmaiado numa loja, gritando enquanto as pessoas olham estarrecidas; etc.) isso as vezes
faz com que os pacientes se sintam relutantes em considerá-las ou discuti-las pelo menos até que sejam
informados de que as imagens bizarras constituem um efeito secundário normal da ansiedade intensa.
Terceiro, devido ao fato de os pensamentos relacionados a perigo podem provocar ansiedade,
os pacientes acabam por se engajar em várias formas de evitacao disfarçada ou explicita. Tendo
experimentado uma imagem ou um pensamento breve relacionado a antecipação de uma
catástrofe, os pacientes podem tentar suprimi – ló rapidamente, procurando distrair – se ou
abandonado a situação que fez surgir o pensamento. Isto impede o processamento detalhado
do pensamento e, portanto, faz com que seja difícil aos pacientes ter consciência da natureza
exata de suas cognições relativas a ansiedade. Por exemplo beck et all descrevem o caso de um
paciente cuja tentativa de enfrentar a ansiedade consistia em assobiar para si mesmo tão logo
lhe ocorresse uma imagem provocadora de ansiedade, mas também interferia na lembrança dos
pensamentos que haviam desencadeado a ansiedade.
Discussão de uma experiência emocional recente

Pede se ao paciente que se recorde de um evento ou uma situação recente que estejam
associados a ansiedade, e dos quais tenham uma lembrança bem clara. O terapeuta deve fazer
perguntas como: o que se passou por sua cabeça naquele momento? ‘Alguma imagem lhe
ocorreu naquele momento? ’ ‘ Quando você estava no ápice da ansiedade, qual era a pior coisa
que pensava poder acontecer? O grau de convicção dos pacientes nos pensamentos relativos a
ansiedade geralmente varia de acordo com seu nível de ansiedade.
Ao enumerarem as cognições associadas aos ataques de pânico, os terapeutas devem procurar
ajudar os pacientes a observar as ligações entre as sensações especificas ou grupos de
sensações e interpretações especificas. Isso pode ser alcançado ao se fazer uma lista de todas as
sensações que o paciente experimenta durante um ataque de pânico, e também uma lista dos
pensamentos que ocorrem nessa ocasião.
Utilização de imagens mentais e representações de papeis (role – play) para reviver
uma experiência emocional

Quando o questionamento direto simples não é capaz de evocar os pensamentos automáticos, pode ser útil ao paciente que reviva o
fato emocional recente, seja através da repetição dele de forma detalhada, utilizando – se as imagens mentais ou, se se tratar de uma
interação interpessoal, através da representação de papeis. As instruções para se reviver uma experiência emocional através de
imagens mentais podem ser as seguintes:
Parece que é difícil para você, recordar exatamente o que estava acontecendo e o que estava passando pela sua cabeça naquela
situação. Quando isso acontece, as vezes achamos que é útil fazer com que as pessoas procurem produzir uma imagem clara de si
mesmas na situação e então rodar a imagem da mesma maneira que se rodaria um filme. Para ajudá-lo a fazer isso, primeiro gostaria
de ensiná-lo rapidamente a produzir imagens claras. (O terapeuta então pede ao paciente que imagine um objeto neutro, como uma
maçã ou uma rosa, que indique quando uma imagem clara esteja formada, e então verifica se a pessoa realmente está visualizando o
objeto através de perguntas como: ‘‘ você consegue ver as pétalas da rosa? Elas estão enroladas quais são as suas cores? etc. ’agora
que você tem uma pratica gostaria que imaginasse na situação que discutimos, um pouco antes de notar que estava ficando ansioso.
Assim que conseguir uma imagem clara, pode descrever o que consegue ver? (O paciente descreve a cena). Agora, roda a imagem para
frente, atentando o tempo todo para o que está acontecendo, como está se sentindo e o que está se passando pela sua cabeça. O que
vê agora? No momento em que houve um aumento repentino de sua ansiedade, o que estava passando pelas sua cabeça?
Quando o evento que está sendo discutido for uma interação interpessoal (por exemplo, a confrontação com alguém no trabalho) o
uso de representações de papeis e geralmente mais eficaz do que a revivescência através de imaginação. Depois de obter uma
descrição detalhada de como a outra pessoa na interação se comportou, o terapeuta desempenha o papel da outra pessoa enquanto
os pacientes desempenham os papeis ‘ deles mesmos’
Mudanças de humor durante a sessão

As mudanças de humor durante as sessões de terapia podem ser fortes particularmente uteis de
pensamentos automáticos. O terapeuta indica a ocorrência de uma mudança de humor e então pergunta
ao paciente: ‘ o que passou por sua cabeça naquele momento?
Determinar o significado de um evento
Às vezes, as tentativas habilidosas de evocar pensamento automáticos são malsucedidas. O terapeuta
deve então procurar discernir através de perguntas, o significado especifico do evento para o paciente.
Por exemplo
Terapeuta: você não tem certeza daquilo que passava por sua cabeça quando se sentiu ansioso em
(especificar a situação). Relembrando a situação agora, o que ela significou para você? (Se isso não
funcionar, o terapeuta talvez precise fornecer mais sugestões, dando aos pacientes uma ideia do tipo de
pensamentos que acompanham a ansiedade relacionam-se a percepção de perigo; os que acompanham a
culpa relacionam-se a convicção de que fez algo de errado; os que acompanham a raiva relacionam – se a
percepção dos outros como tendo quebrado uma de suas regras idiossincráticas sobre o que é certo, etc.)
Modificar os pensamentos negativos e comportamento associados

Um amplo leque de procedimentos e utilizado para ajudar os pacientes a avaliar, controlar e


modificar seus pensamentos negativos e comportamentos associados. Ao escolher
procedimentos específicos para serem utilizados com determinado paciente, o terapeuta e
orientado em grande parte pela entrevista de avaliação e, em particular, pelas hipóteses que
desenvolveu sobre os principais processos cognitivos e comportamentais que mantem o estado
de ansiedade do paciente.
Fundamento logico
Antes que a terapeuta e paciente possam trabalhar juntos no exame e modificação de
pensamentos negativos, o terapeuta deve apresentar ao paciente o fundamento logico para o
tratamento, demonstrando-lhe a relação entre o ato de pensar, sentir e se comportar. Isso pode
ser feito com base do uso de exemplo abstrato.
Neste exemplo, sugere se ao paciente que imagine a seguinte situação: estão sozinhos em casa
quando escutam, no meio da noite, um barulho em outro quarto. O questionamento então e
usado para mostrar que, se tivessem um pensamento como ‘ há um ladrão no quarto’ teriam se
sentido ansiosos e se comportado de um modo que poderia minimizar o perigo (escondendo se
ou ligando a polícia). Entretanto, se lhes tivesse ocorrido o pensamento ‘ a janela está aberta, o
vento derrubou alguma coisa’ não teriam sentido Medo e iriam comportar-se de maneira
diferente (fechando calmamente a janela e voltando a dormir).
Fornecer informações sobre a ansiedade
Distração
Cronograma de atividades
Confrontação verbal dos pensamentos automáticos
Experimentos comportamentais
Aprender novos comportamentos e habilidades
Técnicas de suposição
Técnicas de relaxamento
Prevenção de recaídas
Quais são os casos em que a terapia-cognitivo
comportamental não é adequada

A terapia cognitiva – comportamental tem por objetivo reduzir a ansiedade ao ensinar os


pacientes a identificar, avaliar, controlar, e modificar seu pensamento negativos relacionados a
noção de perigo e a comportamentos associados. Um
A terapia cognitiva – comportamental e apropriada para a maioria dos pacientes com estado de
ansiedade. Entretanto, quando um estado de ansiedade parece ser secundário a outro distúrbio
psiquiátrico mais grave, como uma aguda reação psicótica ou uma depressão maior, devesse
proceder ao tratamento do distúrbio primordial. Da mesma forma, alguns pacientes que são
constantemente intoxicados podem beneficiar-se de um tratamento de desintoxicação antes de
iniciar a abordagem cognitivo comportamental para a ansiedade

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