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Transtornos Relacionados a Substância e Transtornos Aditivos

Incluem transtornos por uso de substâncias, que causam abuso e dependência, podem ser classificadas em: álcool,
maconha, tabaco, opióides, cocaína, anfetaminas, alucinógenos, inalantes e sedativos). Os transtornos aditivos
incluem transtornos dos jogos (eletrônicos, cartas e de azar). Os transtornos por uso de substâncias e jogos levam a
sofrimento e prejuízo funcional. As pessoas que abusam do uso da substância ou jogo, usam a substância ou jogo por
um período mais longo do que o pretendido, apresentam um desejo e um esforço malsucedido no sentido de reduzir
o uso de substância ou jogo, gastam tempo, têm fissuras, mantém o uso apesar dos problemas sociais, familiares e
laborais.

Transtornos Parafílicos

São fantasias, impulsos ou comportamentos recorrentes, intensos e excitantes sexualmente que causam sofrimento
ou incapacitação e que envolvem objetos inanimados, crianças ou outros adultos não consentidores, sofrimento ou
humilhação de si mesmo ou do parceiro com potencial para causar dano.
Parafilias envolvem a excitação sexual a objetos, situações e/ou objetivos atípicos (p. ex., crianças, cadáveres, animais).
Mas algumas atividades sexuais que parecem incomuns para outras pessoas ou profissionais de saúde, não constituem
um transtorno parafílico simplesmente por serem incomuns. Pessoas podem ter interesses parafílicos, mas não
atender aos critérios para um transtorno parafílico.

Os padrões não convencionais de excitação sexual só são considerados patológicos quando o seguinte se aplica:
• São intensos e persistentes.
• Causam sofrimento significativo ou comprometimento do funcionamento social, ocupacional ou de outras
áreas importantes ou causam danos ou têm potencial de machucar outros (p. ex., crianças, adultos que não
consentem)
Pessoas com transtorno parafílico podem ter a capacidade de intimidade afetiva prejudicada ou não existente, assim
como a capacidade de reciprocidades emocional e sexual com um parceiro também pode ser prejudicada ou
inexistente. Outros aspectos do ajustamento pessoal e emocional também podem estar prejudicados.

O padrão de excitação sexual perturbado geralmente está muito bem desenvolvido antes da puberdade. Pelo menos
3 processos estão envolvidos:
• Ansiedade ou traumas emocionais precoces que interferem no desenvolvimento psicossexual normal.
• O padrão normal de excitação é substituído por outro, algumas vezes por meio de exposição precoce a
experiências com carga sexual elevada, o que reforça a experiência pessoal de prazer sexual.
• O padrão de excitação sexual muitas vezes adquire elementos simbólicos e condicionados (p. ex., um fetiche
simboliza o objeto de excitação, mas pode ter sido escolhido porque o fetiche foi acidentalmente associado à
curiosidade, ao desejo e à excitação sexual)
Se o desenvolvimento de todas as parafilias resulta desses processos psicodinâmicos é um tópico controverso e
alguma evidência de alteração no funcionamento cerebral e anatomia funcional existe em algumas parafilias (p. ex.,
pedofilia).
Na maioria das culturas, as parafilias são muito mais comuns entre os homens. Podem existir razões biológicas para
essa distribuição desigual, mas elas não estão bem definidas.
Dezenas de parafilias foram descritas, mas a maioria é pouco comum ou rara. As mais comuns são
• Pedofilia
• Voyeurismo
• Transtorno transvéstico
• Exibicionismo
Outros incluem transtorno masoquista sexual e transtorno sadista sexual.
Algumas parafilias (como a pedofilia) são ilegais e podem resultar em prisão e registrado como agressor sexual por
toda a vida. Alguns desses molestadores também têm transtornos de personalidade significativos (p. ex., antissocial,
narcisista), o que torna o tratamento difícil.
Frequentemente, há mais de um transtorno parafílico.
Transtornos da Personalidade

O que são os transtornos de personalidade?


O transtorno de personalidade se refere, na verdade, a um conjunto de transtornos. Apesar de se manifestar de forma
variada, em todos os transtornos as pessoas apresentam padrões de comportamento e formas de reagir e se relacionar
persistentes, e que causam sofrimento significativo ou até mesmo comprometimento da sua funcionalidade.
Costumam ser problemas de longa duração e afetam principalmente os relacionamentos pessoais.

As possíveis causas
Apesar de não estar muito bem estabelecido ainda, acredita-se que os transtornos de personalidade são causados por
uma combinação e interação entre fatores ambientais e predisposição genética. Muitos transtornos diminuem a sua
gravidade com o avançar da idade, porém certos traços podem persistir, mesmo após a resolução dos sintomas agudos
que levaram ao diagnóstico num primeiro momento.

Sinais e Sintomas
Os sinais e sintomas dos transtornos costumam surgir na adolescência e/ou no início da vida adulta. Geralmente, se
manifestam através da autoimagem (na construção da própria identidade) e através dos relacionamentos.
• Auto Identidade – Quem sofre de transtorno de personalidade não tem uma imagem clara e estável de si
mesma, podendo mudá-la conforme a situação em que se encontram. Da mesma forma, a autoestima oscila
entre alta e baixa.
• Relacionamentos Interpessoais – Estabelecer relações íntimas e duradouras costuma ser muito difícil para
quem sofre de qualquer transtorno de personalidade. Costumam ser pessoas tidas como confusas, que podem
tender a se isolar socialmente ou até mesmo sofrer de medo de abandono e necessitar de muita atenção.
Sendo assim, os sinais e sintomas vão variar conforme o tipo de transtorno que a pessoa apresenta. No entanto, os
mais comuns são:
• Isolamento social e/ou Introspecção;
• Impulsividade;
• Medo de abandono e/ou necessidade de atenção;
• Intolerância;
• Arrogância e/ou intolerância;
• Perfeccionismo excessivo;
• Insegurança excessiva;
• Ansiedade;
• Agressividade.

GRUPO A – Transtornos estranhos ou excêntricos, inclui:


• Transtorno de Personalidade Paranóide: pessoas com alto grau de desconfiança e suspeita sobre os outros.
Podem apresentar medo de perseguição e/ou de serem enganadas.
• Transtorno de Personalidade Esquizoide: costumam apresentar alto grau de desinteresse em outras pessoas
e embotamento social.
• Transtorno de Personalidade Esquizotípico: pessoas com comportamentos e pensamentos excêntricos ou
bizarros. Geralmente têm dificuldade em adquirir relacionamentos íntimos.

GRUPO B – Transtornos dramáticos ou erráticos, inclui:


• Transtorno de Personalidade Antissocial: costumam manipular os outros para ganho pessoal, podem ser falsos
e irresponsáveis social e afetivamente.
• Transtorno de Personalidade Borderline: alta instabilidade emocional, com intolerância de ficar sozinho e
mudanças de atitude súbitas e de forma impulsiva (leia a nossa matéria sobre aqui).
• Transtorno de Personalidade Histriônico: pessoas que possuem necessidade excessiva de chamar a atenção.
• Transtorno de Personalidade Narcisista: costumam apresentar autoestima frágil e desregulada, apesar de
aparentarem grandiosidade sobre a própria imagem.

GRUPO C – Transtornos ansiosos e/ou apreensivos, inclui:


• Transtorno de Personalidade Esquivo: medo de rejeição tão alto que costumam evitar o contato interpessoal
de qualquer tipo.
• Transtorno de Personalidade Dependente: costumam apresentar necessidade excessiva de ser cuidado e alto
grau de submissão.
• Transtorno de Personalidade Obsessivo-Compulsivo (TOC): costumam ser pessoas rígidas, perfeccionistas e
obstinadas, que apresentam pensamentos ou comportamentos repetitivos que causam prejuízo às suas
atividades diárias.
ATENÇÃO: Apesar de sempre haver alguma característica de cada transtorno que podemos reconhecer em nós
mesmos, quem possui de fato o transtorno deve apresentar a maior parte das características de um transtorno
específico.

Como diagnosticar
A divisão dos transtornos em grupo não têm aplicabilidade na prática, pois o diagnóstico é clínico e exige uma boa
avaliação do psiquiatra. Não costuma ser um diagnóstico fácil de se firmar, geralmente exigindo mais de um encontro
com o médico especialista.

Tratando um Transtorno de Personalidade


Com o devido apoio de seus familiares e amigos, associado à terapia comportamental e farmacológica, as pessoas que
sofrem de transtornos de personalidade podem melhorar muito a sua qualidade de vida.
Algumas medidas tomadas pelo próprio paciente podem fazer a diferença, como:
• Informar-se sobre o distúrbio que possui;
• Praticar atividades físicas regularmente para gerenciar e reduzir alguns sintomas;
• Evitar o uso de substâncias estimulantes, como bebidas alcoólicas e outras drogas;
• Escrever um diário para exteriorizar e expressar as emoções;
• Buscar técnicas de relaxamento e autoconhecimento como yoga e meditação.

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