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ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL E PSIQUIATRIA I

Saúde mental: Saúde mental é o estado de funcionamento adequado e satisfatório da mente, emoções e
pensamentos.

O que são psicoses

As psicoses são transtornos mentais que afetam a capacidade da pessoa de discernir entre o que é e o que não é
real. Seus sintomas mais característicos, que serão explicados adiante, são: delírios, alucinações, desorganização do
pensamento e da comunicação, e isolamento social. Entre os sintomas mais comuns presentes nas psicoses estão os
delírios e as alucinações.

Os delírios podem ser descritos como falsas crenças fixas a respeito da realidade, alterações do pensamento
que colocam o indivíduo frente a uma percepção falsa ou sem sentido dos acontecimentos à sua volta. Exemplos
comuns de delírios são a convicção de que outras pessoas o perseguem ou a ideia fixa de que se tem uma missão
grandiosa à realizar na Terra. Os delírios inicialmente aparecem como impressões distorcidas a respeito de sinais que a
pessoa percebe como enviados para si ou dificuldade de distinguir seus pensamentos como realidade ou imaginação.
Por exemplo, as pessoas podem acreditar que estão recebendo mensagens da televisão ou que os acontecimentos do
dia a dia estão especialmente relacionados a ela (auto referência) Com o tempo essas impressões vão se solidificando e
constituindo certezas, guiando as ações da pessoa afetada pela psicose. Como são percepções fixas, tornando muito
difícil convencer a pessoa a perceber a natureza de seus pensamentos.

Por sua vez, as alucinações são alterações dos sentidos (também chamadas alterações da sensopercepção, ou
relacionadas aos sentidos da audição, visão, olfato, tato e paladar. As alucinações são vivenciadas quando o
indivíduo ouve, vê ou sente coisas que outras pessoas usualmente não percebem. Podem se tratar, por exemplo, de
ouvir vozes sussurrando, conversando entre si ou julgando as ações da pessoa que as ouve. As alucinações auditivas
são as mais comuns na psicose, mas ocorrem

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também com certa frequência as alucinações olfativas (tais como sentir cheiros inexistentes) e visuais (como ver
coisas ou pessoas que outros não vêem).

FATORES DE RISCO PARA PSICOSES

 A predisposição genética em famílias com parentes próximos com algum tipo de doença mental;
 O desenvolvimento fora dos padrões da normalidade na infância, como atraso escolar, dificuldade de
socialização e de comunicação, também podem indicar predisposição a algum transtorno mental;
 A vivência de algum trauma, como violência física, sexual ou psicológica;
 O uso de drogas como a maconha, sobretudo na adolescência, pode desencadear psicoses.
I. PERSONALIDADE PSICOPATA

Psicopatia, sociopatia ou transtorno da personalidade antissocial é um comportamento caracterizado pelo padrão


invasivo de desrespeito e violação dos direitos dos outros que se inicia na infância ou começo da adolescência e
continua na idade adulta. Segundo o Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders(DSM IV) -
classificação dos transtornos mentais feita pela Associação Americana de Psiquiatria -, o indivíduo com o
chamado transtorno da personalidade antissocial tem como características principais o engodo e a manipulação e,
para receber tal diagnóstico, deve ter pelo menos 18 anos e uma história de transtorno da conduta antes dos 15
anos.

No transtorno da conduta - assim chamado somente para quem o apresenta durante a infância - há um padrão de
comportamento repetitivo e persistente, que consiste na violação dos direitos básicos dos outros, de normas e
regras sociais importantes e adequadas à idade. O transtorno de conduta também é caracterizado por comportamentos
específicos, tais como: agressão a pessoas e animais, destruição de propriedade e furto.

A chamada psicopatia ou transtorno da personalidade antissocial são diagnosticados, portanto, na idade adulta. O
padrão de comportamento é caracterizado pelo não conformismo com normas legais e sociais e por atos repetidos que
podem ser motivo de detenção (quer sejam presos ou não), tais como destruir propriedade alheia, importunar os
outros, roubar ou dedicar-se à contravenção.

Nos casos extremos, são cometidos assassinatos. Os que cometem assassinatos em série ficaram conhecidos como
serial killers, com a característica de manter um comportamento padrão com relação aos crimes, uma espécie de
modo de operação para realizar o ato criminoso. Esse comportamento pode estar associado ainda a crimes de natureza
sexual e à pedofilia .

Segundo o DSM-IV, a prevalência do transtorno da personalidade antissocial em amostras comunitárias é de cerca de


3% em homens e de 1% em mulheres. Tais estimativas em contextos clínicos têm variado de

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3% a 30%, dependendo das características predominantes das populações pesquisadas. Essas taxas podem ser ainda
mais altas em contextos forenses ou penitenciários e relacionados a abuso de drogas.

O diagnóstico do transtorno da personalidade antissocial não é feito, entretanto, quando o comportamento do adulto
com tais características está relacionado somente com o uso de drogas, a menos que os sinais dessa patologia tenham
estado presentes na infância e continuado na idade adulta. O diagnóstico também deverá excluir outros transtornos da
personalidade, que podem apresentar alguma característica semelhante com o comportamento psicopático. Segundo o
DSM-IV, deve-se levar em conta, portanto, a distinção entre os transtornos da personalidade existentes, com base nas
diferenças e nos aspectos característicos de cada um.

CARATERÍSTICAS DE UM PSICOPATA
Um psicopata é caracterizado por um desvio de caráter, ausência de sentimentos, frieza,
insensibilidade aos sentimentos alheios, manipulação, narcisismo, egocentrismo, falta de remorso e de culpa para atos
cruéis e inflexibilidade com castigos e punições.
TRATAMENTO

A psicopatia tem sido frequentemente considerada sem tratamento ou cura. Suas características únicas a fazem um dos
transtornos de personalidade mais refratários, uma classe de doença mental que é tradicionalmente considerada de
difícil tratamento. Os psicopatas geralmente não têm motivação para procurar tratamento, e podem não ser
cooperativos com a terapia. Tentativas de tratar a psicopatia com as ferramentas atualmente disponíveis para a
psiquiatria têm sido desapontadoras.

II. ESQUIZOFRENIA

A esquizofrenia é um transtorno mental complexo que dificulta na distinção entre as experiências reais e imaginárias,
interfere no pensamento lógico, nas respostas emocionais normais e comportamento esperado em situações sociais.
Ao contrário do que a maioria das pessoas pensam, a esquizofrenia não é um distúrbio de múltiplas personalidades. É
uma doença crônica, complexa e que exige tratamento por toda a vida.

CAUSAS

As causas exatas da esquizofrenia ainda são desconhecidas, mas os médicos acreditam que uma combinação de fatores
genéticos e ambientais possa estar envolvida no desenvolvimento deste distúrbio.

SINTOMAS

 Delírios: o indivíduo crê em ideias falsas, irracionais ou sem lógica. Em geral são tem as de
perseguição, grandeza ou místicos;

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 Alucinações: O paciente percebe estímulos que em realidade não existem, como ouvir vozes ou pensamentos,
enxergar pessoas ou vultos, podendo ser bastante assustador para o paciente;

 Discurso e pensamento desorganizado: O paciente esquizofrênico fala de maneira ilógica e desconexa,


demonstrando uma incapacidade de organizar o pensamento em uma seqüência lógica;

 Expressão das emoções: O paciente esquizofrênico tem um "afeto inadequado ou embotado", ou seja, uma
dificuldade de demonstrar a emoção que está sentindo. Não consegue demonstrar se está alegre ou triste, por
exemplo, tendo dificuldade de modular o afeto de acordo com o contexto, mostrando-se indiferente a diversas
situações do cotidiano;

 Alterações de comportamento: Os pacientes podem ser impulsivos, agitados ou retraídos, muitas vezes
apresentando risco de suicídio ou agressão, além de exposição moral como, por exemplo, falar sozinho em
voz alta ou andar sem roupa em público.

DIAGNÓSTICO

Para fazer o diagnóstico, o médico realiza uma entrevista com o paciente e sua família visando obter uma história de
sua vida e de seus sintomas o mais detalhada possível. Até o presente momento não existem marcadores biológicos
próprios dessa doença nem exames complementares específicos, embora existam evidências de alterações da anatomia
cerebral demonstrável em exames de neuro-imagem e de metabolismo cerebral sofisticados como a tomografia
computadorizada, a ressonância magnética, entre outros.Além de fazer o diagnóstico, o médico deve tentar
identificar qual é o subtipo clínico que o paciente apresenta. Essa diferenciação se baseia nos sintomas que
predominam em cada pessoa e na evolução da doença que é variada conforme o subtipo específico. Os principais
subtipos são:

Simples

– A esquizofrenia simples tem os seguintes sintomas: emoções erráticas, isolamento social, quase ausência de
relações afetivas, uma mudança significativa de personalidade, e ainda, depressão.

Paranoide

– A esquizofrenia paranoide tem os seguintes sintomas: ansiedade, propensão a ataques de fúria e a brigas, e a falsa
sensação de que as pessoas que os rodeia lhe querem fazer mal, a si ou aos seus familiares mais próximos.

Desorganizada

– A esquizofrenia desorganizada tem os seguintes sintomas: comportamento infantil, apatia e ausência de emoção, e
dificuldade de raciocínio e em organizar expressar pensamentos lógicos.

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Catatónica

– A esquizofrenia catatónica tem os seguintes sintomas: músculos e postura tensa e rígida, apatia física, expressões
faciais fora do normal, caretas, e a quase ausência de resposta às interpelações de outras pessoas.

Indiferenciada

– A esquizofrenia indiferenciada pode ter sintomas de alguns dos outros tipos de esquizofrenia.

Residual

– A esquizofrenia residual, como o nome indica, refere-se a pessoas que já tiveram episódios completos de
esquizofrenia, e que agora só mantém alguns dos sintomas.

Refere-se a uma esquizofrenia que já tem muitos anos e com muitas consequências. Neste tipo de esquizofrenia
podem predominar sintomas como o isolamento social, o comportamento excêntrico e emoções pouco
apropriadas.

TRATAMENTO

Esquizofrenia requer tratamento durante toda a vida, mesmo após o desaparecimento de sintomas. O tratamento com
medicamentos e terapia psicossocial podem ajudar a controlar a doença. Durante os períodos de crise ou tempos de
agravamento dos sintomas, a hospitalização pode ser necessária para garantir a segurança, alimentação adequada, sono
adequado e higiene básica do paciente.

III. PSICOSE MANÍACO-DEPRESSIVA

O Transtorno Bipolar do Humor, antigamente denominado de psicose maníaco-depressiva, é caracterizado por


oscilações ou mudanças cíclicas de humor. Estas mudanças vão desde oscilações normais, como nos estados de alegria
e tristeza, até mudanças patológicas acentuadas e diferentes do normal, como episódios de MANIA, HIPOMANIA,
DEPRESSÃO e MISTOS. É uma doença de grande impacto na vida do paciente, de sua família e sociedade,
causando prejuízos frequentemente irreparáveis em vários setores da vida do indivíduo, como nas finanças, saúde,
reputação, além do sofrimento psicológico. É relativamente comum, acometendo aproximadamente 8 a cada 100
indivíduos, manifestando-se igualmente em mulheres e homens.

A base da causa para a doença bipolar do humor não é inteiramente conhecida, assim como não o é para os demais
distúrbios do humor. Sabe-se que os fatores biológicos (relativos a neurotransmissores cerebrais), genéticos, sociais e
psicológicos somam-se no desencadeamento da doença. Em geral, os fatores genéticos e biológicos podem determinar
como o indivíduo reage aos estressores psicológicos e sociais, mantendo a normalidade ou desencadeando doença. O
transtorno bipolar do humor tem uma importante característica genética, de modo que a tendência familiar à doença
pode ser observada.

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Como se manifesta a doença bipolar do humor:
Pode iniciar na infância, geralmente com sintomas como irritabilidade intensa, impulsividade e aparentes
“tempestades afetivas”. Um terço dos indivíduos manifestará a doença na adolescência e quase dois terços, até os 19
anos de idade, com muitos casos de mulheres podendo ter início entre os 45 e 50 anos. Raramente começa acima dos
50 anos, e quando isso acontece, é importante investigar outras causas.

A MANIA (eufórica) é caracterizada por:

Humor excessivamente animado, exaltado, eufórico, alegria exagerada e duradoura;

Extrema irritabilidade, impaciência ou “pavio muito curto”;

Agitação, inquietação física e mental;

Aumento de energia, da atividade, começando muitas coisas ao mesmo tempo sem conseguir terminá- las

Otimismo e confiança exageradas;

Pouca capacidade de julgamento, incapacidade de discernir;

Crenças irreais sobre as próprias capacidades ou poderes, acreditando possuir muitos dons ou poderes especiais;

Ideias grandiosas;

Pensamentos acelerados, fala muito rápida, pulando de uma idéia para outra,tagarelice;

Facilidade em se distrair, incapacidade de se concentrar;

Comportamento inadequado, provocador, intrometido, agressivo ou de risco;

Gastos excessivos;

Desinibição, aumento do contato social, expansividade;

Aumento do impulso sexual;

Agressividade física e/ou verbal;

Insônia e pouca necessidade de sono;

Uso de drogas, em especial cocaína, álcool e soníferos.

A DEPRESSÃO, que pode ser de intensidade leve, moderada ou grave, é caracterizada por:

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Humor melancólico, depressivo;

Perda de interesse ou prazer em atividades habitualmente interessantes;

Sentimento de tristeza, vazio, ou aparência chorosa/melancólica;

Inquietação ou irritabilidade;

Perda ou aumento de apetite/peso, mesmo sem estar de dieta;

Excesso de sono ou incapacidade de dormir;

Sentir-se ou estar agitado demais ou excessivamente devagar (lentidão);

Fadiga ou perda de energia;

Sentimentos de falta de esperança, culpa excessiva ou pessimismo;

Dificuldade de concentração, de se lembrar das coisas ou de tomar decisões;

Pensamentos de morte ou suicídio, planejamento ou tentativas de suicídio;

Dores ou outros sintomas corporais persistentes, não provocados por doenças ou lesões físicas.

O ESTADO MISTO é caracterizado por:

Sintomas depressivos e maníacos acentuados acontecendo simultaneamente;

A pessoa pode sentir-se deprimida pela manhã e progressivamente eufórica com o passar do dia, ou vice-versa;

Pode ainda apresentar-se agitada, acelerada e ao mesmo tempo queixar-se de angústia, desesperança e ideias de
suicídio;

Os sintomas frequentemente incluem agitação, insônia e alterações do apetite. Nos casos mais graves, podem haver
sintomas psicóticos (alucinações e delírios) e pensamentos suicidas;

Como se diagnostica a doença bipolar do humor:


O diagnóstico da doença bipolar do humor deve ser feito por um médico psiquiátrico baseado nos sintomas do
paciente. Não há exames de imagem ou laboratoriais que auxiliem o diagnóstico. A dosagem de lítio no sangue só é
feita para as pessoas que usam carbonato de lítio como tratamento medicamentoso, a fim de se acompanhar a resposta
ao remédio.
Como se trata a doença bipolar do humor:
O tratamento, após o diagnóstico preciso, é medicamentoso, envolvendo uma classe de medicações chamada de
estabilizadores do humor, da qual o carbonato de lítio é o mais estudado e o mais usado. A carbamazepina, a
oxcarbazepina e o ácido valpróico também se mostram eficazes. Um acompanhamento

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psiquiátrico deve ser mantido por um longo período, sendo que algumas formas de psicoterapia podem colaborar para
o tratamento.
IV. OLIGOFRENIA
A oligofrenia é uma doença que pode ser de origem hereditária, ou ser adquirida precocemente e que afeta o
sistema nervoso central. Oligofrenia é uma doença que consiste numa deficiência mental ocasionada pela interrupção
do desenvolvimento normal do sistema nervoso central, durante o período da gestação ou mesmo após o nascimento, o
que pode se prolongar até os dezoito anos de idade.

CAUSAS

As causas da deficiência mental só são possíveis de serem avaliadas em 25% dos casos. Outros tipos de deficiência
mental devem-se a doenças de metabolismo ou a carências hormonais. Também podem sofrer de deficiência mental as
crianças que nascem prematuramente, ou que tenham sido afetadas, durante a gestação, pela radiação, infecções por
vírus, sífilis etc., inclusive, durante o parto pode ocorrer alguma pancada, ou hemorragia intracraniana, ou ainda falta
de oxigenação no cérebro. Ainda, após o parto, podem ocorrer infecções que prejudiquem o desenvolvimento mental.

1) FATORES BIOLÓGICOS

a) PRÉ-NATAIS

GENÉTICOS

Idiotia Familiar e Síndrome de Down

CONGÊNITOS

Rubéola, Sífilis e Toxoplasmose

b) PERI-NATAIS

Trauma no Parto, Hipóxia, Hemorragias e Incompatibilidade Sanguínea

c) PÓS-NATAIS

Infecções, Intoxicações e Traumatismo Crânio-Encefálico

2) FATORES PSICOLÓGICOS

Carência Afetiva e Maus Tratos

3) FATORES SOCIAIS

Baixo Nível Sócio-Cultural, Isolamento e Desnutrição

Classificação:

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a) Oligofrenia Leve:
Q.I. variando entre 50 a 70.
São pueris, treináveis, cuidam de si, trabalham em atividades básicas ou braçais, comunica-se praticamente a nível
normal.

b) Oligofrenia Moderada:
Q.I. variando de 35 a 50.
Tem fala mais limitada, executam tarefas simples, tem algum grau de dependência para cuidarem de si, podem receber
educação acadêmica funcional e realizar trabalhos semi-especializado em condições especiais.

c) Oligofrenia Severa:
Ø Q.I. variando de 20 a 35.
Tem fraca capacidade de comunicação, mas têm capacidade de falar e cuidar de suas necessidades básicas, assim
como de contribuir para sua própria sobrevivência quando acompanhados, se treinados podem trabalhar sob proteção,
tem dificuldades em controlar os esfíncteres, demonstram pouco desenvolvimento motor.

d) Oligofrenia Profunda: Q.I menor que 20.


A menor percentagem dos retardados, a dos que apresentam retardamento profundo, demonstram reações mínimas,
deficiências físicas secundárias, desenvolvimento motor e capacidade de comunicação reduzida; podem executar
apenas atividades de trabalho altamente estruturadas e seu internamento é inevitável. Tem graves defeitos
neurológicos e físicos, muitas vezes são imóveis, não reconhecem pessoas ou ambientes. Necessita de cuidados totais
para não morrerem.

PREVENÇÃO

Antes de engravidar:
- Vacine-se contra a rubéola (na gravidez ela afeta o bebê em formação, causando má formação, como cegueira,
deficiência auditiva e atc);
- Evite casamento entre parentes;
- Faça exames de sangue para detectar sífilis e toxoplasmose. Essas doenças podem causar deficiências severas;
- Faça exames de sangue para verificar o tipo sanguíneo e o fator RH.

Durante a gravidez:
· Consulte um médico obstetra mensalmente e faça exames de controle,
· Só tome remédios que o médico lhe receitar;

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· Faça controle de pressão alta, diabetes, coração ou infecções;
· Faça uma alimentação saudável;
· Não se exponha a raios-X ou outro tipo de radiações;
· Não fume e não beba;
· Evite contato com portadores de doenças infecciosas
TRATAMENTO
A deficiência mental não tem cura, mas é possível combater certas doenças de origem metabólicas e certas carências
hormonais, que produzem lesões cerebrais responsáveis por alguns casos de deficiência mental. O diagnóstico destas
doenças deve ser precoce e o tratamento deve ser iniciado rapidamente, pois uma vez a lesão tenha se fixado não é
possível fazê-la retroceder. Por outro lado, nos casos de deficiência mental leve, uma educação adequada pode trazer
progressos consideráveis.
Podem ser feitas terapias comportamentais, treinamento do paciente, inclusão em instituições especializadas, como a
APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) . Quanto mais se assemelha à vida familiar, mais eficiente é o
tratamento. A educação especializada é o melhor caminho para a auto-suficiência. A medicação pode ser necessária
em casos de agressividade, sintomas psicóticos e convulsões associadas.
V. NEUROSE
Neurose é um quadro psiquiátrico que caracteriza-se por dificuldades de adaptação por parte do indivíduo, embora
este seja capaz de trabalhar, estudar, envolver-se emocionalmente e estar bem entrosado com a realidade. Uma pessoa
neurótica está permanentemente em conflitos psíquicos que a impedem de aproveitar a existência de forma
prazerosa. A neurose geralmente tem início na infância e acompanha a pessoa por toda a vida, com grande indicação
de psicoterapia para o seu tratamento.
Sintomas

Os sintomas de uma paciente que sofre de Neurose, seja lá qual for o tipo, são ansiedade, medo de ir a determinados
lugares, medo de determinadas situações antes corriqueiras, depressão e preocupação constante, histeria, fobias
diversas, entre outros. O paciente acometido por algum tipo de Neurose sofre constantemente de alterações
comportamentais e de humor que provocam limitações no próprio jeito de ser e de levar a vida. Os sintomas aparecem
muito rapidamente e precisam ser identificados na mesma velocidade para evitar que os medos, fobias e inconstâncias
do paciente atrapalhe de alguma forma a sua vida pessoal, profissional ou afetiva.

Tratamento

O tratamento para um paciente acometido pela Neurose é feito, basicamente, com terapias e sessões com médicos
especialistas. Os métodos da psicoterapia, sempre com acompanhamento de psicólogos ou psiquiatras, são os
melhores para esse tipo de tratamento. Em casos mais graves, quando o transtorno já está mais evoluído, os médicos
podem recomendar ainda a ingestão de tranquilizantes e de antidepressivos para equilibrar o comportamento do
paciente.

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VI. PARAFILIAS (antigamente chamadas perversões sexuais, ou simplesmente anormalidades),
 EXIBICIONISMO

No exibicionismo, uma pessoa (geralmente um homem) mostra de surpresa os seus órgãos genitais a estranhos e fazer
isso excita-o sexualmente. A exposição pode ser seguida de masturbação. Quase nunca procuram um contato sexual;
por isso, os exibicionistas raramente cometem violação. Em geral, os exibicionistas que são detidos têm menos de 40
anos. Embora as mulheres possam exibir os seus corpos de modo provocatório, o exibicionismo raramente é
considerado uma perturbação psicossexual nas mulheres.

 FEITICHISMO

Fetichismo envolve o uso de objetos inanimados como condição de gozo sexual. Segundo Giselle Falbo Kosovski,
doutora em Teoria Psicanalítica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, o fetichismo não caracteriza
necessariamente uma patologia. Vamos entender o fetichismo como patologia quando ele cria uma condição
necessária para se ter uma satisfação sexual, com a dependência de determinados elementos. Quando você só
consegue ter satisfação sexual a partir desses elementos, aí você tem um aspecto mais próximo da patologia – explica
a psicanalista. De acordo com Giselle, a apropriação que cada um vai fazer do fetiche, é muito singular, pode ser algo
que a pessoa usa na relação com o outro, ou que usa para ela mesma. “Por exemplo, o homem pode ter uma tara por
calcinha. Então ele pega, cheira, e se masturba, algo totalmente solitário”. Segundo a doutora, fala-se mais do
fetichismo do lado do homem em relação à mulher, em que o objeto de fetiche auxilia o homem a ter acesso à mulher.
Giselle acredita ainda que para se pensar o fetichismo, é necessário se considerar que o campo de satisfações sexuais
humanas é muito mais vasto do que o animal. Por conta disso, a sexualidade humana não é linear, e acontece em dois
momentos distintos: tem a sexualidade infantil, que depois é interrompida por um período de latência; e tem o retorno
da sexualidade, na adolescência.

 SADISMO
Sadismo Sexual envolve atos reais (não simulados) em que o indivíduo sente excitação sexual infringindo sofrimento
psicológico ou físico (incluindo humilhação) ao seu parceiro (a). O foco do sadismo está no controle e na observação
do sofrimento do seu parceiro. O indivíduo pode atar, vendar, dar palmadas, espancar, chicotear, beliscar, bater,
queimar, administrar choques elétricos, estuprar, cortar, esfaquear, estrangular, torturar e até mutilar a vítima. Alguns
sádicos praticam seus atos com um parceiro que consente e sente excitação sexual quando submetido a episódios de
dor ou humilhação (Masoquismo Sexual). Outros submetem qualquer pessoa a seus desejos sexuais sádicos, sem que
haja qualquer consentimento por parte da vítima. Alguns indivíduos com Sadismo Sexual podem dedicar-se a atos
sádicos por muitos anos sem infringir danos físicos graves à suas vítimas. Entretanto, a gravidade desses atos aumenta
com o tempo, e, quando o sadismo é severo e está especialmente associado ao Transtorno da Personalidade Anti-
Social, podem ocorrer ferimentos graves ou até assassinato.

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 MASOQUISMO

Comportamentos masoquistas são tipicamente evidentes na idade adulta, podendo ter início ainda durante a infância.
O distúrbio é caracterizado pelo ato real (não simulado) em que o indivíduo sente excitação sexual ao ser humilhado,
espancado, amarrado ou submetido a qualquer outra forma de sofrimento, inclusive psicológico. Os atos masoquistas
são praticados geralmente com um parceiro sádico - que sente prazer em infringir dor -, e inclui simulação de estupro,
contenções (sujeição), colocação de vendas (sujeição sensorial), palmadas, espancamento, açoitamento, choques
elétricos, ser cortado, "perfurado e atravessado" (infibulação) e humilhado (por ex., receber sobre si a urina ou as fezes
do parceiro, ser forçado a rastejar e latir como um cão, ou ser submetido a abuso verbal). O transvestismo forçado
pode ser buscado por sua associação com a humilhação. O indivíduo pode ter um desejo de ser tratado como um bebê
indefeso e de usar fraldas ("infantilismo"). Outros agem a sós, atando a si mesmos, picando-se com alfinetes ou
agulhas, auto administrando choques elétricos ou automutilando-se. Existem diferentes teorias relacionadas com o
fator desencadeador do masoquismo sexual, muitas decorrentes do campo psicanalítico. O mais comum é um trauma
durante a infância, como abuso sexual.

 PEDOFILIA

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) é uma perversão sexual, é o abuso sexual da pessoa maior de 16
anos com uma criança com menos de 13 anos. Os pedófilos regularmente possuem características comuns. É
importante ressaltar que não se pode utilizar tais características comuns como conclusivas para que se determine se um
indivíduo é pedófilo ou não.

Perfil do pedófilo: Os pedófilos proveem de todos os extratos sociais. Muitos são tidos como cidadãos respeitáveis
da sociedade. Os pedófilos não são convencidos de seu crime. O pedófilo é normalmente uma pessoa que tem
bom relacionamento com crianças, sabe despertar facilmente seus interesses e curiosidades. É sempre pessoa
simpática aos olhos da sociedade. Considera a criança um objeto sexual, única via de excitação e de canalização de
suas fantasias. Sente-se incompreendido. Fraco poder de controle dos seus impulsos. Abuso de álcool e drogas; muitos
se encontram sob o efeito desses entorpecentes no momento do ato. O começo do problema pode ocorrer por volta da
adolescência até a idade adulta e surge predominantemente no sexo masculino com 90% e 10% do sexo feminino.
Dois terços dos pedófilos são atraídos pelo sexo oposto. A maioria dos pedófilos conhece a criança que abusa e vice-
-versa. 8 Nunca param na primeira vítima, abusam de quantas crianças puderem. Agem às escondidas. Todos negam o
ato, se dizem inocentes e que são vítimas de “tramas”. Todos os pedófilos culpam suas vítimas. PREOCUPANTE:
menos de 5% dos pedófilos são diagnosticados como mentalmente perturbados.

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