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Aula 2

Enfermagem
Neuropsiquiátrica
Profª. Wallesca Linhares
Funções Psíquicas

Dinamismo Psíquico e suas relações

Termos legais da Neuropsiquiatria

Atividade de Fixação
Funções Psíquicas
No século XVIII, Christian Wolf
iniciou os estudos das
faculdades mentais;
Considerado o Pai das
Faculdades mentais
Psiquiatra e Professor de
psicopatologia

Paullo Dalgalarrondo
Funções Psíquicas
As funções psíquicas/mentais são os domínios
básicos do funcionamento psicólogico.

Funções Funções Funções


básicas do cognitivas/ mentais
EGO superiores
Funções Psíquicas
São elementos criados para compreender a composição
do funcionamento de uma pessoa.

Quando elas têm desempenho adequado


são sinais que contribuem para
qualidade de vida satisfatória.
Funções Psíquicas
O papel das grandes funções mentais é garantir a
adaptação do indivíduo em seu mundo. Se divide em:
sensopercepção vontade
pensamento psicomotricidade
memória atenção
vivências do tempo e do espaço juízo de realidade
consciência linguagem.
orientação
afetividade
Funções Psíquicas
Para quê estudá-las?
Como ressalta Dalgalarrondo (2000), apesar de ser
absolutamente necessário o estudo das funções psíquicas
isoladas e de suas alterações, trata-se de um sentido
didático, pois embora útil, pode suscitar enganos e
simplificações inadequadas. Não podemos fragmentar o
ser humano, pois é sempre a pessoa na sua totalidade que
adoece (Dalgalarrondo, 2000).
Funções Psíquicas
Para Psicologia:
Relacionado com o que ocorre no âmbito mental e
comportamental de uma pessoa: fenômenos psíquicos.
Relacionado com a alma, com o espírito, com a mente ou
com a psique.
Etimologia (origem da palavra psíquico) - do grego
psykhikós.
Funções Psíquicas
Na psicanálise temos as Estruturas Psíquicas:
Neurose, Psicose e a Pervesão
Essa teoria refere-se à existência de três sistemas ou
instâncias psíquicas: o inconsciente, o pré-consciente e o
consciente.
Mais de 20 anos depois, Freud altera essa teoria do
aparelho psíquico e cria os conceitos de:
id, ego e superego.
Funções Psíquicas
Para Psiquiatra:
Relacionado com o que ocorre no âmbito mental e
comportamental de uma pessoa: fenômenos psíquicos.
Realizando estudos e avaliando as funções psíquicas
elementares, são estas:
consciência, atenção, sensopercepção, orientação,
memória, inteligência, afeto/humor, pensamento,
juízo crítico, conduta e linguagem
Funções Psíquicas - SINAIS E SINTOMAS
SINAIS SÃO MANIFESTAÇÕES APRESENTADAS QUE PODEM
SER OBSERVADAS E VERIFICADAS POR OUTRAS PESSOAS -
TUDO QUE É VISÍVEL.

SINTOMAS SÃO VIVÊNCIAS EXPERIMENTADAS PELO


INDIVÍDUO E, DE ALGUMA FORMA, RELATADAS OU
DESCRITAS POR ELE A ALGUÉM - O QUE ELE ESTÁ SENTINDO.

Funções Psíquicas e
suas alterações
Funções Psíquicas
Correspondem ao mundo interior, instintos,
desejos, emoções, lembranças, juízos, raciocínios
percebidos por uma consciência
SENSOPERCEPÇÃO
Define-se sensação como fenômeno
elementar gerado por estímulos
físicos, químicos ou biológicos
variados, que produzem alterações
nos órgãos receptores, estimulando-
os. Tais estímulos, fornecem a
alimentação sensorial aos sistemas
de informação do organismo
(estímulos visuais, táteis, auditivos,
olfativos, gustativos, etc).
SENSOPERCEPÇÃO

A percepção é a tomada de
consciência, pelo indivíduo, do
estímulo sensorial. O elemento
básico do processo de
sensopercepção é a imagem
perceptiva real.
SENSOPERCEPÇÃO
Alterações Quantitativas

Hiperestesia: condição na qual


as percepções encontram-se
anormalmente aumentadas em
sua intensidade ou duração.
Ocorre nas intoxicações por
alucinógenos, em algumas
formas de epilepsia, enxaqueca,
hipertireoidismo, etc.
SENSOPERCEPÇÃO
Alterações Quantitativas

Hipoestesia: condição na qual o


mundo é percebido mais escuro,
onde as cores se tornam mais
pálidas e sem brilho, alimentos
não tem mais sabor, ou seja, as
percepções são anormalmente
diminuídas. Observada em
pacientes depressivos.
SENSOPERCEPÇÃO
Ilusões: Erro Interpretativo de uma percepção ( vê errado).
O objeto existe. Tem relação com as necessidades
psicoafetivos, temores, etc... se caracteriza pela percepção
deformada, alterada, de um objeto real. As ilusões mais
comuns são as visuais e as auditivas
SENSOPERCEPÇÃO
Para apresentar uma ilusão não haverá necessidade de
uma alteração mental obrigatória.

Ex.: Na rua escura a


própria sombra
pode parecer uma pessoa
perseguindo-nos..
SENSOPERCEPÇÃO
Alucinação: Pseudopercepção sem objeto, devido a mente
doentia. Cria uma percepção, sem precisar de estímulos
externos e projeta-a na realidade, como se fossem reais.

Tipos de Alucinações:
1º Alucinações Auditivas: é a mais
comum, onde os pacientes
escutam “vozes”, que podem ser
claras, bons conselhos, maus
conselhos, fazem insultos,
ameaças e dão ordens sarcásticas.
SENSOPERCEPÇÃO
Alucinação
As vozes podem repetir o pensamento do paciente.
Causa: ansiedade, agitação e agressividade auto ou
heterodirigida, mudança no comportamento: uns colocam
algodão nos ouvidos, falam sozinhos.
SENSOPERCEPÇÃO
Alucinação

Tipos de Alucinações:
2º Alucinações Visuais: É como se o paciente estivesse
vivenciando um sonho. As imagens alucinatórias podem ser de
tamanho natural, minúsculas ou gigantescas, e com animais.
SENSOPERCEPÇÃO
Alucinação

São comuns nos delírios


alcóolicos e nos cocaínicos.
Raros na esquizofrenia.
Causa: pânicos e medo nos
pacientes.
SENSOPERCEPÇÃO
Alucinação

Tipos de Alucinações:
3º Alucinações Táteis: Originam-se
no tegumento (pele). Referem-se
a sensibilidade de formigamento,
de mordeduras, de queimaduras,
de frios. Ocorrem na intoxicação
por cocaína e “delirium tremens”.
SENSOPERCEPÇÃO
Alucinação

Tipos de Alucinações:
4º Alucinações Gustativas e Olfativas: são relativamente raras,
associadas as ideias delirantes de perseguição e de influência.
São comuns na esquizofrenia paranóia.

Manifestam-se como o sentir o odor de coisas podres, de


cadáver, fezes, pano queimado, etc.
SENSOPERCEPÇÃO
Alucinação

Ex.: os pacientes sentem o sabor do ácido, de sangue, de


urina, sem qualquer estímulo gustativo presente ou achar
que a comida está envenenada.

São mais frequentes nas esquizofrenias, e em seguida,


nos quadros histéricos.

SENSOPERCEPÇÃO
Alucinação
Tipos de Alucinações:
5º Alucinações Cinestésicas: compromete a sensibilidade
geral interna. Afeta o corpo todo do paciente.

Ex.: o paciente tem a sensação que o seu corpo está podre,


carregado de eletricidade, que tem um de seus membros
amputados.
Às vezes, são parciais, por exemplo: o paciente sente que seu
coração transformou-se em pedra, ou em algodão.
SENSOPERCEPÇÃO
Alucinação

Tipos de Alucinações:
6º Alucinações Extracampinais:
Ocorrem fora do campo visual do
paciente.

Exemplo: o paciente vê alguém


atrás dele.
PENSAMENTO
Capacidade de organizar as ideias.
Aceleração: necessidade do indivíduo de dizer as muitas
ideias que pensa.
Ele fala imoderadamente ( verborreia, logorreia).
Ocorre fuga de ideias, não é complementada.

Essa ocorrência é típica dos estados de


excitação maníaca. (taquipsiquismo).
PENSAMENTO

Retardo ou Inibição: raciocínio é lento, as sensações


mentais são lentas e há uma sensação de incapacidade
para pensar.
O paciente pode falar espaçadamente e com tonalidade
baixa.

É comum nos estados depressivos. (bradpsiquismo -


pensamento mais lento).
PENSAMENTO

Desagregação: pensamento desordenado, sem sequência


lógica. É comum na Esquizofrenia.

Perseveração: repetição automática de frases, ideias e


palavras. São frequentes em estados maníacos.
PENSAMENTO
Prolixidade: O paciente faz rodeios para concluir seu
pensamento, usa detalhes desnecessários e banais. É
comum na Epilepsia, oligofrenias e demência orgânica.
é uma doença que provoca o
retardo no desenvolvimento
mental de um indivíduo.

Bloqueio: privação súbita do


pensamento. “Dá um branco”.
PENSAMENTO
Ideias Obsessivas: impostas ao
psiquismo de modo brusco e
persistente, sendo que o indivíduo
que as sofre tem consciência do
estado patológico do seu
pensamento, mas não o controla
pela sua vontade, o que lhe causa
angústia.
É comum nos estados neuróticos.
PENSAMENTO
Ideias supervalorizadas ou determinadas: O indivíduo
apresenta propensão a centralizar-se num tópico especial do
pensamento. Quando existe uma ideia superdeterminada ela
“cega "o indivíduo a tudo mais que o cerca. É comum nos
estados psicóticos.
PENSAMENTO
Ideias Delirantes: Aparecem quando o juízo crítico falha por
completo ou deixa de funcionar. Expressam o ingresso do
indivíduo à psicose. Aspectos essenciais do Delírio:

Convicção plena daquilo que afirma

Geralmente é algo fora do bom


senso, absurdo e inaceitável.

Há uma auto referência, ou seja, o indivíduo é


sempre o centro do seu delírio.
PENSAMENTO
Quanto ao conteúdo o delírio pode ser:

Persecutório: É a forma mais comum. O paciente crê que é


perseguido por uma ou várias pessoas que querem fazer-lhe
mal.

Referência: O indivíduo diz-se alvo de infâmias e calúnias.

Influências (ou posse): O indivíduo sente-se comandado


pela vontade do outro. Ex: “Eu não preciso dizer... você
sabe...!”
PENSAMENTO
Quanto ao conteúdo o delírio pode ser:

Enormidade: Megalomania. É comum na Esquizofrenia.

Reivindicação: O indivíduo sente-se ótima de graves


injustiças, por isso, batalha tenazmente pelos direitos
alegados.
Invenção: Pretende inventar algo inédito e absurdo.
PENSAMENTO
Quanto ao conteúdo o delírio pode ser:
Ciúme: Trata-se de um
ciúme patológico (ciúme
dos alcoólatras).
É um transtorno obsessivo no
qual um indivíduo apresenta
demasiado controle sobre o
outro, fazendo com que até
mesmo vivências corriqueiras
sejam entendidas como
ameaças, por exemplo, de
traição
PENSAMENTO
Quanto ao conteúdo o delírio pode ser: Ciúme
Sintomas comuns são:
sensibilidade extrema;
sentimento de inferioridade,
insegurança, baixa autoestima,
humilhação e vergonha; raiva
excessiva; culpa e remorso;
medo de perder o parceiro;
grande preocupação com os
relacionamentos anteriores e
amizades do parceiro.
PENSAMENTO
Quanto ao conteúdo o delírio pode ser:

Místico: indivíduo acha-se em comunhão constante com


entidade religiosa ou com o poder de Deus que lhe fala, dá
ordens etc.
Auto acusação: indivíduo acusa-se de faltas e crimes que
não cometeu. Constante sentimento de culpa.
Hipocondria: indivíduo crê-se vítima de doenças terríveis e
incuráveis. Os exames com resultados normais não o
convencem.
MEMÓRIA

É a capacidade de registrar, manter e


evocar as experiências e os fatos já
ocorridos. Ela relaciona-se intimamente
com o nível de consciência, com a
atenção e com o interesse afetivo.

A impossibilidade de evocar ou
recuperar dados fixadas denomina-se
esquecimento, que pode ser: normal
(fisiológico), por repressão ou por
recalque (reprimir).
MEMÓRIA
Alterações Quantitativas da memória

Hipermnésia: Memória anormalmente aguçada. Nesse caso


o paciente lembra detalhes mínimos de certos fatos de
forma clara e límpida.
Amnésia: É a perda da memória por fatores orgânicos ou
psicológicos.
■ a) Orgânicos: traumatismo (TCE)
■ b) Psicológicos: choques emocionais
MEMÓRIA
Alterações Quantitativas da memória

Paramnésias: tais alterações envolvem


a deformação do processo de evocação
dos conteúdos fixados. As lembranças
deformadas não correspondem à
sensopercepção original.

Falsificação da memória. Serve como


proteção contra a ansiedade.
MEMÓRIA
Transtornos de reconhecimento da memória
Agnosias: são déficits do
reconhecimento de estímulos
sensoriais, objetos e fenômenos.
As agnosias são de origem
essencialmente cerebral.
Podem ser táteis, visuais,
auditivas e agnosias para
percepções complexas.
CONSCIÊNCIA
Alterações Quantitativas da Consciência: Relacionam-se
ao grau de rebaixamento da consciência, que vai
progressivamente de um nível mais desperto até um
estado de perda mais profunda, no qual não se observa
atividade consciente. (Dalgalarrondo,2000)

Neuropsicologia: o estado de estar desperto, acordado, vígil,


lúcido.
Psicologia: soma total das experiências conscientes de um
indivíduo em determinado momento.
CONSCIÊNCIA
Alterações Quantitativas da
Consciência: Obnubilação ou turvação
da consciência: (rebaixamento leve a
moderado): observa-se claramente
diminuição da atenção e concentração,
dificuldade de integrar informações do
ambiente e compreender o que ocorre à
sua volta, além do pensamento
ligeiramente confuso.
(Dalgalarrondo, 2000)
CONSCIÊNCIA
Alterações Quantitativas da Consciência
Sopor (sonolêcia)ou torpor (diminuição da
sensibilidade ): o indivíduo encontra-se mais
sonolento, podendo ser desperto por estímulos de
natureza dolorosa. COMO AVALIAR O GRAU?

Coma ( período pronlogado de inconsciência): É o


grau mais profundo de rebaixamento do nível da
consciência. Nele não é possível qualquer atividade
voluntária consciente.
CONSCIÊNCIA
CONSCIÊNCIA
Síndromes psicopatológicas associadas ao rebaixamento
do nível de consciência

Delirium: quadro com rebaixamento leve a moderado do


nível de consciência, acompanhados de desorientação
temporoespacial, dificuldade de concentração,
perplexidade, ansiedade em graus variáveis, agitação ou
lentificação psicomotora, ilusões, alucinações (quase
sempre visuais).
CONSCIÊNCIA
Alterações Qualitativas da Consciência

Dissociação da consciência: designa a fragmentação do


campo da consciência. Ocorre em casos histéricos, e
geralmente desencadeados por traumas psicológicos
significativos.
Transe : Estado que se assemelha a sonhar acordado, no
entanto, apresenta atividade motora automática e
estereotipada. Ocorre em contextos religiosos e culturais.
CONSCIÊNCIA
Alterações Qualitativas da Consciência

Despersonalização: relaciona-se a uma experiência de


estranhamento de si mesmo, abarcando o eu psíquico e o
eu físico.

Desrealização: sentimento de que o ambiente a sua volta


está estranho, e não lhe é mais familiar.
CONSCIÊNCIA
Consciência Reflexiva (do eu)
Essa função psíquica depende de habilidades que vão
sendo desenvolvidas ao longo da história do indivíduo,
sendo que a noção do ‘eu’ e o mundo a sua volta, vai
sendo desenvolvida com o tempo. (Dalgalarrondo,2000)
ATENÇÃO

Pode ser definida como a direção da consciência, ou seja,


o estado de concentração da atividade mental sobre
determinado objeto (Cuvillier, 1937).
ATENÇÃO
Alterações da Atenção

Hipoprosexia: perda básica da capacidade de


concentração, dificuldade de percepção de estímulos
ambientais e de compreensão (raciocinar, lembrar,
pensar).

Aprosexia: total abolição da capacidade de atenção, por


mais fortes e variados que sejam os estímulos utilizados.
ATENÇÃO
Alterações da Atenção

Hiperprosexia: estado de atenção exacerbada, onde há


tendência a deter-se sobre certos objetos com forte
infatigabilidade.

Distração: superconcentração ativa da atenção sobre


determinados conteúdos ou objetos, com a inibição de
tudo mais.
ATENÇÃO
Alterações da Atenção

Distrabilidade: estado patológico onde há dificuldade ou


incapacidade para fixar ou manter a atenção em qualquer
coisa que implique esforço produtivo. A atenção do
indivíduo é facilmente desviada de um objeto para outro.
(Dalgalarrondo, 2000)
LINGUAGEM
É o principal instrumento para a comunicação e
expressão do pensamento dos seres humanos.
Suas funções, além da comunicação e expressão, abarcam
também a afirmação do eu (eu/mundo, eu/tu, eu/outros),
e a dimensão artística e lúdica.
LINGUAGEM
Alteração da linguagem secundária à lesão neuronal
identificável
Tais alterações ocorrem geralmente associadas a
acidentes vasculares cerebrais, tumores cerebrais, má
formações, entre outras causas. São exemplos:
afasias - é uma disfunção que faz com que o paciente
tenha dificuldade de se comunicar adequadamente,
afetando a compreensão de imagens, sons e outros
tipos de expressão.
LINGUAGEM
Alteração da linguagem secundária à lesão neuronal
identificável
parafasias - caracteriza-se pela produção de
determinada palavra no lugar de outra.
agrafia - um comprometimento da expressão escrita do
pensamento.
alexia - consiste na perda da compreensão da
linguagem escrita.
LINGUAGEM
Alterações da linguagem associadas a transtornos
psiquiátricos primários

Logorréia e Taquifasia: produção aumentada (logorréia) e


acelerada (taquifasia) da linguagem verbal.
Bradifasia: fala lenta e difícil, onde o paciente fala muito
vagarosamente.
Mutismo: pode ser definido como a ausência de resposta
verbal oral. Pode ser de natureza neurobiológica, psicótica
ou psicogênica.
LINGUAGEM
Alterações da linguagem associadas a transtornos
psiquiátricos primários
Perseveração e estereotipia verbal: repetição automática
de palavras ou trechos de frases, de modo estereotipado,
mecânico e sem sentido. Pode indicar lesão orgânica.

Ecolalia: É a repetição da última palavra que o


entrevistador (ou pessoa no ambiente) falou ou dirigiu ao
paciente. Encontrada principalmente na esquizofrenia
catatônica.
LINGUAGEM
Alterações da linguagem associadas a transtornos
psiquiátricos primários
Palilalia e logoclonia: repetição das últimas palavras
(palilalia) ou sílabas (logoclonia) que a própria pessoa
emitiu em seu discurso.

Tiques verbais ou fonéticos: são produções de fonemas de


forma recorrente, imprópria e irresistível. No tique verbal,
o indivíduo produz sons guturais, abruptos e
espasmódicos.
LINGUAGEM
Glossolalia: produção de fala gutural, pouco
compreensível, que imita a fala normal nos seus aspectos
prosódicos. Sempre que é produzida em um contexto
cultural, não é considerado um fenômeno
psicopatológico.

Pára-respostas: alteração do pensamento e do


comportamento verbal mais amplo. Ao ser questionada, a
pessoa coloca em tom de responder a pergunta, mas a
resposta é disparata em relação ao conteúdo da pergunta.
AFETIVIDADE
Compreende várias modalidades de vivência afetivas que
dão cor, brilho e calor a todas as vivências humanas.
Compreende o humor, as emoções, e os sentimentos.

Distinguem-se em 5 tipos básicos de vivências afetivas:


humor ou estado de ânimo,
emoções,
sentimentos,
afetos
paixões.
AFETIVIDADE
5 tipos básicos de vivências afetivas:
O humor ou estado de ânimo é definido como o estado
emocional basal e difuso em que se encontra a pessoa em
determinado momento.

A emoção é um estado afetivo intenso, de curta duração,


originado geralmente como a reação do indivíduo a certas
excitações internas ou externas, conscientes ou
inconscientes.
AFETIVIDADE
5 tipos básicos de vivências afetivas:
Os sentimentos estão associados a conteúdo intelectuais,
valores e representações.

O afeto é o tônus emocional que acompanha uma ideia ou


representação mental.

A paixão é um estado intenso, que domina a atividade


psíquica e inibe os demais interesses. (Dalgalarrondo,
2000)
AFETIVIDADE
5 tipos básicos de vivências
afetivas: tristeza (melancolia,
Os sentimentos estão associados a saudade, nostalgia,
vergonha, impotência,
conteúdo intelectuais, valores e culpa, inferioridade,
representações. Relacionados à: tédio, infelicidade).

atração pelo outro alegria (euforia, perigo (temor,


(amor, tesão, estima, contentamento, receio, desamparo,
carinho, amizade, satisfação, confiança, abandono, rejeição)
gratidão, admiração). esperança).
AFETIVIDADE
5 tipos básicos de vivências afetivas:
Os sentimentos estão associados a conteúdo
intelectuais, valores e representações. Relacionados à:

narcísicos (vaidade, agressividade (raiva,


orgulho, arrogância, revolta, rancor, ciúme,
prepotência, etc). ódio, ira, inveja, etc);
AFETIVIDADE
Alterações patológicas da afetividade
Distimia: termo que designa a
alteração básica do humor, tanto
no sentido da inibição como no
sentido da exaltação.

Disforia: diz respeito à distimia


acompanhada de uma tonalidade
desagradável, mal-humorada.
AFETIVIDADE
Alterações patológicas da afetividade

Euforia: humor morbidamente


exagerado, predominando um
estado de alegria intensa.

Elação: expansão do Eu,


sensação de subjetividade e
grandeza, altivo, arrogante.
ATIVIDADE
PRESCRIÇÃO DA ENFERMAGEM

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