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Nomes: Deborah Alves - 201503231623 Data: 10/04/2017

Jaqueline Ap. Guilon – 201502163128

Karoliny T. da Silva – 201501386921

Ma. Gabriela S. Carriço – 201502027747

Exercícios de Psicopatologia – AV1

1 – Qual a diferença entre o tempo subjetivo e o tempo objetivo?

R: O tempo subjetivo é interior e pessoal, já o tempo objetivo é exterior, cronológico,


mensurável. Muitas vezes ocorre um certo descompasso entre o tempo subjetivo e o
cronológico pode ser tanto um fenômeno primário, uma legítima alteração da consciência do
tempo, como um fenômeno secundário, decorrente de alterações da consciência, da memória,
do pensamento, etc.

2 – Descreva as anormalidades da vivência do tempo e do ritmo psíquico: bradipsiquismo,


taquipsiquismo, ilusão sobre a duração do tempo, atomização do tempo e inibição da
sensação de fluir do tempo.

R: Bradipsiquismo: Lentificação de todas as atividades mentais, geralmente ocorre nos


estados depressivos.

Taquipsiquismo: aceleração de todas as funções psíquicas (pensamento, psicomotricidade,


linguagem) geralmente ocorre no estado de mania.

Ilusão sobre a duração do tempo: Trata-se da deformação acentuada da percepção da


duração temporal. Ocorre, sobretudo, nas intoxicações por alucinógenos ou psicoestimulantes
(cocaína, anfetamina, etc.), nas fases agudas e iniciais das psicoses e em situações
emocionais especiais e intensas. Ocorre também quando são recebidas, por exemplo, muitas
informações novas; o tempo pode parecer transcorrer de modo extremamente veloz ou
comprimido, ou de forma muito lenta e dilatada.

Atomização do tempo: A alteração ou a falta da experiência subjetiva natural de fluir temporal,


decorrente da perda ou do enfraquecimento de ambas as margens do tempo (passado e
futuro), produz uma redução quase puntiforme ou atomizada do tempo, fazendo-o parecer uma
sucessão de pontos presentes que não se articulam entre si. O indivíduo não consegue inserir-
se naturalmente na continuidade do devir, adere a momentos quase descontínuos. Esse
fenômeno ocorre nos estados de exaltação e agitação maníaca, geralmente acompanhados da
chamada fuga de ideias e de distraibilidade intensa.

Inibição da sensação do fluir do tempo: A anormalidade da sensação do fluir do tempo


corresponde à falta da sensação do avançar subjetivo do tempo, na qual o sujeito perde o
sincronismo entre o passar do tempo objetivo, cronológico, e o fluir de seu tempo interno
alguns pacientes depressivos graves expressam suas vivencias de tempo dizendo que o tempo
encolheu, que não passa, que deixou de fluir.

Inibição da sensação do fluir do tempo II: Alguns pacientes esquizofrênicos experimentam


certa passividade em relação ao fluir do tempo; sentem que a sua percepção do tempo é
controlada por uma instância exterior ao seu Eu. Outros pacientes esquizofrênicos, geralmente
mais graves, sofrem verdadeira desintegração da sensação do tempo e do espaço. Pacientes
muito ansiosos descrevem uma pressão do tempo, como se o tempo de que dispõem fosse
sempre insuficiente; “sinto que nunca vou dar conta de fazer o que devo fazer em determinado
período”. Pacientes obsessivo-compulsivos graves ocasionalmente experimentam uma
lentificação enorme de todas as atividades, sobretudo quando devem completar alguma tarefa.
3 – Explique as anormalidades da vivência do espaço.

R: Anormalidades de vivência do espaço: No estado de êxtase (que também pode ser


classificado como transtorno da consciência do eu) há uma perda da fronteira entre o eu e o
mundo exterior, esse caso o sujeito sente como se estivesse fundido ao mundo exterior, há
uma sensação de dissolução do eu no todo. Está frequentemente associada a um contesto
religioso ou místico, não sento considerados psicopatológicos mas cultural, entretanto o êxtase
também pode estar presente em condições psicopatológicas como transe histéricos, na
esquizofrenia e na mania.

Anormalidades de vivência do espaço II: O indivíduo em estado maníaco é a de um espaço


extremamente dilatado e amplo, que invade o das outras pessoas. O maníaco desconhece as
fronteiras espaciais e vive como se todo o espaço exterior fosse seu. Esse espaço não oferece
resistências ao seu eu. Nos quadros depressivos, o espaço exterior pode ser vivenciado
como muito encolhido, contraído, escuro e pouco penetrável pelo indivíduo e pelos outros. O
indivíduo com quadro paranoide vivencia o seu espaço interior como invadido por aspectos
ameaçadores, perigosos e hostis do mundo. O espaço exterior é, em princípio, invasivo, fonte
de perigos e ameaças. No caso do indivíduo com agorafobia, o espaço exterior é percebido
como sufocante, pesado, perigoso e potencialmente aniquilador.

4 – Descreva as alterações quantitativas da sensopercepção: hiperestesia, hiperpatia,


hipoestesia, anestesias táteis e analgesias, parestesias e disestesias.

R: Hiperestesia: As percepções encontram-se anormalmente aumentadas em sua intensidade


ou duração, os sons são ouvidos de forma muito amplificada, as cores tornam-se mais
intensas. Ocorre nas intoxicações por alucinógenos, em algumas formas de epilepsia, na
enxaqueca, no hipertireoidismo, na esquizofrenia aguda e em certos quadros maníacos.
Hiperpatia: sensação desagradável e geralmente dolorosa causada por leve estímulo da pele.
Ocorre nas síndromes talâmicas. Hipoestesia: É observada em pacientes depressivos, o
mundo é percebido mais escuro, as cores mais pálidas, os alimentos com menos sabor. Já as
hipoestesias táteis, no sentido neurológico, são alterações localizadas em territórios cutâneos
de inervação anatomicamente determinadas, compondo as chamadas síndromes sensitivas de
interesse à neurologia clínica. Anestesias táteis: perda da sensação tátil em determinada área
da pele. Usa-se o termo anestesia para indicar também analgesias (perda das sensações
dolorosas) de áreas da pele e partes do corpo. Ocorrem em pacientes com transtornos
histéricos e em alguns casos depressivos e psicóticos graves. Parestesias e disestesias:
alterações do sentido tátil e doloroso. Parestesias são sensações táteis desagradáveis como
formigamentos, adormecimentos, picadas, agulhadas ou queimação. Já as disestesias táteis
são sensações anômalas e dolorosas desencadeadas por estímulos externos, como sentir frio
quando estimulado por calor, ou um leve roçar na pele causa dor (assemelhando-se à
hiperpatia). Ocorrem em doenças como neuropatia diabética periférica, mononeurite
diabética, neuropatia por carências nutricionais e outras de natureza alcóolica, amiloide ou
carcinomatosa. Quando não são de origem neurológica, podem ocorrer em pacientes
histéricos, hipocondríacos, somatizadores, ansiosos ou em estados emocionais intensos.

5 – Quais as diferenças entre ilusão, alucinação e alucinose.

R: Ilusão: percepção deformada, alterada, de um objeto real e presente. Na ilusão há sempre


um objeto externo real. Alucinações: percepção de um objeto sem que este esteja presente,
sem o estímulos sensorial respectivo. É a percepção clara de um objeto (voz, ruído, imagem)
sem a presença do objeto estimulante real. Alucinose: é o fenômeno pelo qual o paciente
percebe tal alucinação como estranha à sua pessoa. O característico das alucinoses é serem
adequada e imediatamente criticadas pelo sujeito, reconhecendo seu caráter patológico. Na
alucinose, embora o doente veja a imagem ou ouça a voz ou o ruído, falta a crença que
comumente o alucinado tem em sua alucinação. O indivíduo permanece consciente de que
aquilo é um fenômeno estranho, patológico, não tem nada a ver com a sua pessoa,
estabelecendo distanciamento entre si e o sintoma.

6 – Qual o valor diagnóstico das alucinações auditivas simples e complexas e das alucinações
visuais?

R: Valor diagnóstico das alucinações auditivas: ocorrem com mais frequência na


esquizofrenia, existindo convicção marcante de sua realidade. Ocorrem também nos
transtornos de humor, com vozes com conteúdo de ruína ou culpa na depressão e com
conteúdo de grandeza ou místico-religioso na mania. Podem ocorrer ainda no alcoolismo
crônico e transtornos de personalidade (histriônica, borderline e esquizotípica). Valor
diagnóstico das alucinações visuais Simples: Podem ocorrer tanto em estados normais e
fisiológicos como em estados de adormecimento (alucinações hipnagógicas) ou na fase de
despertar do sono (alucinações hipnopômpicas) e em estados de fadiga e de emoção intensa.
As alucinações visuais simples ocorrem em casos de enxaqueca, doenças oftalmológicas,
sobretudo quando há perda total ou parcial da visão (10 a 30% dos indivíduos cegos têm
alucinações visuais, simples ou complexas), epilepsia e, eventualmente, esquizofrenia. Valor
diagnóstico das alucinações visuais Complexas: Manifestam-se na seguinte ordem de
frequência: 1. Narcolepsia com cataplexia (transtorno do sono em que a atividade REM invade
a consciência vígil) 2. Demência por corpos de Lewy (DCL) 3. Doença de Parkinson com
demência 4. Delirium (sobretudo no delirium tremens dos alcoolistas) 5. Esquizofrenia 6.
Demência vascular 7. Doença de Alzheimer 8. Doenças oftalmológicas 9. Intoxicação por
alucinógenos

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