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INTRODUÇÃO

O trabalho apresentado fala sobre a Esquizofrenia que é uma doença mental


crônica e incapacitante, que geralmente se manifesta na adolescência ou início da
idade adulta. Entre 20 a 30 anos de idade. Apresenta alterações na afetividade,
comportamento, vontade, Percepção, linguagem, relações interpessoais, vida
escolar, ocupacional e entre outros, tendo como objetivo falar sobre o seu conceito,
classificação, sintomas, causas, tratamento e o papel da enfermagem dentro desse
transtorno.

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ESQUIZOFRENIA

A Esquizofrenia é um transtorno mental caracterizado pela perda de contato


com a realidade (Psicose), alucinações (é comum ouvir vozes), falsas convicções
(delírios), pensamento e comportamento Anômalo, redução das demonstrações de
emoções, diminuição da motivação, piora na função mental e problemas no
desenvolvimento diário. Deixando claro que a doença não tem cura, devendo ser
tratada durante toda a vida do paciente para melhorar assim sua qualidade de vida.

A Esquizofrenia é um grande problema de saúde pública em todo o mundo, o


transtorno mental afeta os jovens quando estão desenvolvendo sua independência e
pode ter como resultado incapacidade e estigma a sua vida toda. Afeta 1% da
população mundial, é difícil determinar quando ocorre seu início já que o escasso
conhecimento dos sintomas pode dificultar a assistência médica durante vários
anos.

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A Esquizofrenia é classificada em 5 tipos , que se diferenciam pela natureza e
intensidade dos seus sintomas, podendo assim ajudar os profissionais da saúde no
diagnóstico e no tratamento da doença.

ESQUIZOFRENIA PARANOIDE é um transtorno mental de forma que o


estado mental mais presente é o delírio, sendo mais comum a mania de
perseguição, acompanhados de perturbação dos sentidos e alucinações.
Apresentando como sintomas fala e escritas confusas, alterações no humor,
mudanças na personalidade e desinteresse com a vida social, resultando em
isolamento social, o paciente no entanto não tem dificuldades em manter suas
atividades de rotina e relacionamentos estáveis com outras pessoas. As razões para
isso ainda não são claras, mais é possível que uma das causas seja o fato de que o
sintomas desse tipo costumam se manifestar mais tarde, quando a pessoa já
conseguiu se estabelecer pessoal e profissionalmente. A base do tratamento são o
uso de medicamentos Antipsicóticos e intervenções antipsicóssociais.

ESQUIZOFRENIA CATATÔNICA é um dos menos comuns e se classifica


pela pouca fala, falta de interação com as pessoas ao redor, recusa em se alimentar,
movimentos corporais estranhos ou até redução da atividade motora, a pessoa pode
permanecer imóvel, quieto e com expressão facial de indiferença durante horas. A
base para esse tipo de Esquizofrenia são o uso de medicamentos antipsicóticos e a
eletroconvulsoterapia (ECT).

ESQUIZOFRENIA HEBEFRÊNCIA é caracterizada pela presença


proeminente de uma perturbação dos afetos, as ideias delirantes e as alucinações
são fugazes e fragmentarias, o comportamento é irresponsável e imprevisível, o seu
afeto é superficial e inapropriado, os esquizofrênicos hebefrênicos têm dificuldade
em processos de organizar pensamentos, prejudicando a realização de atividades
normais de rotina (EX como tomar banho, escovar os dentes ou vestir-se) tendo
também um comportamento infantil. A base para esse tipo de esquizofrenia são o
uso de medicamentos antipsicóticos.
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ESQUIZOFRENIA RESIDUAL é diagnosticado quando o paciente já não
apresenta nenhum sintoma proeminente ou quando eles aparecem em baixa
intensidade, também quando existe a alteração no comportamento, nas emoções e
no convívio social mas não na mesma intensidade dos demais tipos. A base para
esse tipo de esquizofrenia também é antipsicóticos, os pacientes com esquizofrenia
residual necessitam não só das medicações como também de suporte psicossocial.

ESQUIZOFRENIA INDIFERENCIADA trata-se de sintomas que ainda não


estão completamente formados ou não são suficientemente específicos para serem
classificados com nenhum dos outros tipos de doença, é preciso lembrar que tipos
de esquizofrenia podem variar ao longo da vida de um paciente, por isso quem é
diagnosticado com Esquizofrenia Indiferenciada pode, com a evolução do quadro,
ter o seu caso encaixado em outra categoria depois de algum tempo.

FARMACOTERAPIA

Os Antipsicóticos de Primeira Geração são:

Haloperidol: indicado para enjoos e vômitos, também para controle de


agitação, agressividade, estados maníacos, psicose esteroide e para tratar o
distúrbio de Gilles Lá Tourette.

Clopromazina: indicado para ansiedade por conta da sua ação tranquilizante,


sem causar sedação, geralmente indicado para controle de psicose.

Flufenazina: indicado para o controle das desordens psicóticas, é também


indicado no monitoramento de estados maníacos.

Os de Segunda Geração são:

Ziprasidona: indicado para casos de agitação aguda.

Quietiapina: indicado para pacientes com transtorno bipolar, esquizofrenia e


estabilizador de humor.

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Olanzapina: age no sistema nervoso central, ocasionando á melhora dos
sintomas de esquizofrenia e outros transtornos mentais como psicose, euforia e
mistos de transtorno bipolar.

Aripiprazol: indicado para o tratamento agudo de manutenção de episódios de


mania (esquizofrênicas) e mistos associados ao transtorno bipolar do tipo 1.

Psicoterapia: é um importante recurso terapêutico, associado ao tratamento


farmacológico, na recuperação e na reabilitação do indivíduo esquizofrênico, por
meio de atividades educativas, dinâmicas, interpessoais ou até mesmo suportáveis,
tendo como objetivo recuperar o indivíduo no nível psíquico, interpessoal e social.

Papel da Enfermagem na Esquizofrenia

A equipe de enfermagem tem grande impacto no tratamento de pacientes


com esquizofrenia, pois é através deles que a assistência a saúde e
acompanhamento ao portador serão realizados.
O enfermeiro precisa dar atenção as conversas que tem com o paciente sem
julgamento ou fazendo descaso da sua condição, durante o uso dos medicamentos
sempre informar sobre a administração do medicamento mesmo que ele não
entenda sobre, incentivar a fazer atividades terapêuticas, deve partir do profissional
compreender que o esquizofrênico é um ser humano como qualquer outro, tendo
como limitação as suas alterações emocionais e comportamentais, sendo assim
ajudá-lo a enfrentar as dificuldades e principalmente aceitando suas limitações.
O trabalho não deve ser somente do enfermeiro, por isso construir uma
relação com os familiares do paciente é essencial, conversar e instruir a família
sobre o que deve ser feito quando o profissional não estiver presente é importante,
para que assim o tratamento dessa pessoa seja agradável para todos.

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Dados Epidemiológicos

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 23 milhões de


pessoas são portadoras de Esquizofrenia, somente no Brasil dois milhões de
brasileiros apresentam o distúrbio. A esquizofrenia é a terceira causa da perda da
qualidade de vida entre 15 a 40 anos de idade, são cerca de 1,6 milhões de pessoas
que além de sofrerem com a esquizofrenia tem a estigma (é a ocorrência de
rotulagem, estereótipos, exclusão, perda de status e descriminação).

Estudos epidemiológicos feitos ao redor do mundo apresentou uma taxa de


prevalência de 0,9-1,1 por habitantes, entretanto a incidência em esquizofrenia é um
pouco menor sendo 0,1-0,7 novos casos a cada 1000 habitantes.

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CONCLUSÃO

A Esquizofrenia é um transtorno mental que afeta não só o seu portador como


também tem grande impacto na vida das pessoas que vivem ao seu redor, por isso é
importante a pesquisa dos sintomas, a causa, como lidar com esquizofrênicos e
como agir diante dos surtos do seu portador. Saber que ela não tem cura é difícil,
por isso é importante o tratamento e dar valor ao profissional que se dedica a tratar o
paciente, mesmo que seja complicado.

Ter mais empatia pelas pessoas é muito importante, pois o que deve ser fácil
de lidar pra gente não é pro próximo, o que pra você é drama, besteira ou frescura é
angustiante e desesperador para aquela pessoa. É essencial nos alto diagnóstica,
perceber sinais que nosso corpo e mente nos envia para prevenir o gral de
gravidade da doença e assim iniciar o mais rápido possível o tratamento.

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REFERENCIAS

www.mdsmanuals.com.br

www.hospitalsantamonica.com

www.img.drogasil.com

www.saúde.ce.gov.com

www.gov.com

www.pebmed.com.br

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