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A Psicopatia e a Sociopatia

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A psicopatia, também conhecida como Transtorno de Personalidade Antissocial
(TPA), é um transtorno de personalidade caracterizado por um padrão persistente
de comportamento antiético, desrespeitoso e manipulativo em relação aos outros,
bem como por uma falta de empatia, remorso ou culpa.

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Pessoas com psicopatia podem ser encantadoras e carismáticas, mas geralmente
são incapazes de sentir empatia pelos outros e não se importam em prejudicá-los
para atingir seus objetivos. Eles podem ser mentirosos compulsivos, desrespeitar as
normas sociais e legais, e apresentar uma falta de remorso pelos seus
comportamentos prejudiciais aos outros.

Atualmente, estima-se que cerca de 4% da população sofre de Transtorno de


Personalidade Antissocial, ou seja, é psicopata, sendo 1% portador de psicopatia
grave e 3% de psicopatia leve ou moderada.

Características de um psicopata:

Falta de empatia: psicopatas têm dificuldade em sentir empatia pelos outros, o que
significa que eles não se importam com os sentimentos, necessidades ou bem-estar
dos outros.

Manipulação: psicopatas frequentemente manipulam os outros para alcançar seus


próprios objetivos, usando técnicas de manipulação como a lisonja, mentiras,
charme superficial e outros meios para conseguir o que desejam.

Comportamentos antissociais: psicopatas frequentemente desrespeitam as


normas sociais e legais, como mentir, enganar, roubar, agredir fisicamente ou
emocionalmente, sem sentir remorso ou culpa.

Impulsividade: psicopatas têm uma tendência a agir impulsivamente, sem


considerar as consequências de suas ações, o que pode levar a comportamentos
perigosos ou ilegais.

Falta de remorso: psicopatas não sentem culpa ou remorso pelos seus atos,
mesmo que tenham prejudicado outras pessoas, e podem racionalizar seus
comportamentos com facilidade.
Superficialidade: psicopatas frequentemente têm relações superficiais e não têm a
capacidade de estabelecer conexões profundas com outras pessoas.

Cérebro de um psicopata:

Pesquisas indicam que existem diferenças estruturais e funcionais no cérebro dos


indivíduos com transtorno de personalidade antissocial (TPA), que podem estar
relacionadas às características associadas aos psicopatas.

Algumas das diferenças estruturais observadas em indivíduos com TPA incluem


uma diminuição do volume de massa cinzenta em áreas associadas ao
processamento emocional e social, como o córtex pré-frontal ventromedial,
amígdala e hipocampo.

Além disso, as diferenças funcionais incluem um menor fluxo sanguíneo nessas


mesmas áreas e uma menor atividade no córtex pré-frontal ventromedial durante
tarefas que envolvem tomada de decisão e empatia. Essas diferenças podem afetar
a capacidade dos indivíduos com TPA de processar emoções e interagir
socialmente de forma saudável.

No entanto, é importante lembrar que as diferenças no cérebro não determinam o


comportamento de um indivíduo, e que a genética, experiências de vida e outros
fatores também influenciam o desenvolvimento de transtornos de personalidade
antissocial e comportamentos psicopáticos.

Também é importante destacar que nem todos os indivíduos com TPA apresentam
características associadas aos psicopatas, e que a presença de características
psicopáticas em um indivíduo não é necessariamente um indicativo de TPA. Por
isso, é importante buscar ajuda de um profissional de saúde mental para um
diagnóstico adequado e tratamento especializado.

A psicopatia é um transtorno de personalidade grave e pode ser difícil de tratar. O


tratamento geralmente envolve terapia comportamental e terapia cognitivo-
comportamental, mas é importante notar que muitas pessoas com psicopatia não
procuram tratamento porque não consideram que tenham um problema.
Sociopata e Psicopata

Os termos "sociopata" e "psicopata" são frequentemente usados de forma


intercambiável para descrever indivíduos que exibem traços de transtorno de
personalidade antissocial. No entanto, há um debate em andamento entre os
profissionais de saúde mental sobre se existe uma diferença significativa entre os
dois termos. Alguns especialistas usam os termos como sinônimos, enquanto outros
sugerem que pode haver diferenças sutis na forma como os distúrbios se
manifestam.

Em geral, a sociopatia está associada a um padrão de comportamento impulsivo


e falta de respeito pelas normas sociais, enquanto a psicopatia está associada a um
estilo mais calculista e manipulador, bem como à falta de empatia ou remorso.

Como distinguir?

Origem do comportamento: Acredita-se que a psicopatia tem uma origem


biológica e genética, enquanto a sociopatia é mais influenciada pelo ambiente e
experiências de vida.

Emoções: Psicopatas tendem a apresentar uma falta de emoções e empatia,


enquanto sociopatas podem apresentar emoções intensas e, às vezes, erráticas.

Comportamento impulsivo: Sociopatas tendem a ser mais impulsivos e


imprevisíveis do que psicopatas.

Manipulação: Psicopatas são frequentemente descritos como manipuladores


astutos e charmosos, enquanto sociopatas podem ser mais agressivos e
desorganizados em suas manipulações.

Riscos para a sociedade: Psicopatas são frequentemente considerados mais


perigosos e uma ameaça maior para a sociedade do que sociopatas, devido à sua
habilidade para planejar e executar ações violentas com frieza e calculismo.
A psicopatia e os serial killers:

Em quase todos os aspectos podemos igualar o serial killer ao psicopata, pois


realmente a maioria dos serial killer é psicopata, tem esse transtorno mental, mas
não são todos os serial killers que são psicopatas e nem todos os psicopatas são
um serial killer.

A psicopatia afeta a mente do assassino de forma diversa. Não cria nenhum tipo de
ilusão na mente, ou seja, o indivíduo vê claramente a realidade e sabe que é proibido
matar, porém suas perturbações mentais os fazem ser frios e sem empatia.
Basicamente o serial killer psicopata vive uma vida dupla, mantendo uma aparência
voltada para a sociedade, muitas vezes sendo uma pessoa gentil, racional e que
interage com o meio social, porém, sua verdadeira identidade é mostrada somente
para suas vítimas: um ser dissimulado e incapaz de sentir pena e de obter
satisfação com tortura, violação e assassinato.

Nem todos os psicopatas têm o mesmo grau de psicopatia e, por conseguinte, nem
todos se transformam em criminosos e muito menos serial killers. Para termos uma
ideia da incidência dessa anomalia comportamental no mundo, a Organização
Mundial da Saúde apontou, em 2003, que cerca de 20% da população espanhola
padecia de algum grau de psicopatia. Cerca de três anos antes, havia calculado que
nos Estados Unidos moravam 2 milhões de psicopatas, dos quais 100 mil moravam
em Nova York.

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