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Intrudução

Psicopatia é um transtorno de personalidade caracterizado por falta de empatia, menor


capacidade de afeto e gerenciamento inadequado da raiva. A pessoa psicopata tende a ser
bastante manipuladora e centralizadora, apresentando comportamentos extremamente
narcisistas e não se responsabilizando por nenhuma de suas atitudes.

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1. Algumas causas da Psicopatia
A psicopatia pode acontecer devido a alterações cerebrais, fatores genéticos e traumas na
infância, como abuso sexual ou emocional. O diagnóstico de psicopatia é feito por um
psiquiatra baseado no "Teste de avaliação de psicopatia de Hare ou PCL-R", em que são
avaliadas as características do comportamento da pessoa.

2. Sintomas de psicopatia
Os principais sinais e sintomas de psicopatia, que ajudam a identificar uma pessoa
psicopata são:
2.1. Falta de empatia
O psicopata sabe compreender o estado emocional e conhecer a perspectiva de outra
pessoa em determinada situação, o que é uma vantagem, já que o ajuda a identificar as
pessoas emocionalmente vulneráveis. No entanto, são incapazes de vivenciar o que a
outra pessoa está sentindo.
2.2. Comportamento impulsivo
Os psicopatas tendem a tomar atitudes impulsivas sem ter consideração por outras pessoas
e sem pensar nos prós e contras de determinadas ações e, por isso, podem cometer atos
ilegais e que proporcionem recompensa imediata.
2.3. Falta de controle da raiva.
Em alguma ocasiões, a pessoa com características psicopatas podem ter ataques
repentinos e intensos de raiva quando estão sendo criticados o quando algo não sai
conforme planejado.
A falta de controle da raiva pode fazer com que o psicopata apresente comportamento de
intimidação e controle sobre outras pessoas.
2.4. Egocentrismo
As pessoas com traço de psicopatia costumam achar que devem ser o centro das atenções,
já que se consideram superiores, podendo esse comportamento ser descrito como
narcisismo. Além disso, possuem uma percepção irreal de que as demais pessoas o adiram
e podem até diminuir o esforço e êxito de outras pessoas.
2.5. Falta de remorso.
A repetição de ações que ameaçam outras pessoas, apesar de demonstrarem que estão
arrependidos, é uma das características que podem ser encontradas em uma pessoa com
tendência à psicopatia.

3. Possível tratamento
O tratamento da psicopatia pode ser feito por meio de medicamentos indicados pelo
psiquiatra, como o lítio, e terapia, além do apoio de grupos como a família, amigos e
comunidade, considerados como o controlo informal.
Além dessas características, a psicopatia apresenta outras características como estilo de
vida dependente de outras pessoas, manipulação, relações sociais de curta duração e
realização de atitudes ilegais de forma repetida, no entanto esta não é uma regra para
todos os psicopatas.

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4. Diferença entre psicopatia e sociopatia
A psicopatia e a sociopatia são consideradas transtornos de personalidade antissocial, no
entanto podem ser diferenciadas através da sua gravidade, em que a psicopatia é uma
forma mais grave da sociopatia. Ou seja, enquanto o psicopata é calculista, bem-sucedido
e charmoso ao mesmo tempo que é manipulador e impulsivo, o sociopata costuma ser
irresponsável, mantém comportamento de risco e descumpre as leis e as normas impostas
pela sociedade.

5. Psicopatia segundo Robert Hare


Robert Hare é uma das grandes autoridades em psicologia criminal. Em particular, ele
estudou a psicopatia em profundidade, por mais de 30 anos. Sua obra é uma das mais
completas em relação ao assunto e por isso é um dos intelectuais mais consultados sobre
o assunto.
Uma das grandes contribuições de Robert Hare é a famosa escala PCL. Isso se tornou um
instrumento usado em todo o mundo para detectar traços psicopáticos e, em particular, a
possibilidade de que estes possam levar a atos violentos.
Robert Hare fez uma extensa pesquisa sobre psicopatia. Isso permitiu que ele fornecesse
uma grande quantidade de evidências empíricas associadas a esse tópico. Ele começou
com os estudos realizados por Hervey Cleckley, pioneiro na investigação de psicopatas.
Hare expandiu e refinou os conceitos de seu antecessor.
Robert Hare lançou uma nova luz sobre os traços que definem um psicopata. Ele disse
que nem todos os que se enquadram nessa categoria são necessariamente criminosos.
Muitos deles vivem em sociedade, sem nenhum transtorno: casam-se, têm filhos e são
bem-sucedidos em suas profissões. Apenas alguns acabam cometendo crimes.
Uma das afirmações mais controversas de Hare é que os psicopatas “nascem assim”. Não
importa em que tipo de ambiente se desenvolvam, desde muito cedo mostram traços de
indiferença e crueldade para com os outros. Não haveria nem um determinante genético
para isso, simplesmente acontece. Portanto, é uma condição que não tem cura facilmente.

6. Características gerais dos psicopatas segundo Hare


De acordo com Robert Hare, o traço essencial dos psicopatas é a falta de empatia
emocional. Na maioria das vezes tem empatia intelectual, ou seja, consegue se colocar no
lugar do outro e detectar o que sente. No entanto, isso não lhes causa nenhum sentimento
ou emoção.
Hare às vezes se refere aos psicopatas como “idiotas emocionais”, o que implica que eles
não têm inteligência emocional. Eles também não sabem distinguir o certo do errado, não
sofrem de ansiedade, não sentem medo e são capazes de passar por cima dos outros sem
sentir nenhum remorso.
No entanto, essas pessoas mostram outra face à sociedade. Eles tendem a ser extrovertidos
e não é incomum que eles sejam encantadores para os outros. Eles se preocupam muito
com sua aparência e sabem como seduzir os outros com sua personalidade. São loquazes,
impulsivos e mostram muita raiva quando não conseguem o que querem.

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Em 1980, Robert Hare lançou seu famoso PCL (Psychopathy CheckList ) ou checklist de
psicopatia. Lá ele sintetizou os traços que definem um psicopata. Pouco mais de uma
década depois, ele publicou o Psychopathy CheckList-Revised (PCL-R).
Isso especificou e complementou o primeiro instrumento. Essas ferramentas o tornaram
famoso em todo o mundo e o tornaram uma autoridade no assunto. Seu livro Sem
Consciência – O Mundo Perturbador Dos Psicopatas Que Vivem Entre Nós, publicado
em 2003, foi traduzido para vários idiomas. É considerado um clássico sobre o assunto,
apesar das revelações perturbadoras que faz.
Hare diz que quase todo mundo conhece um psicopata, mas não sabemos identificar eles.
Ele ressalta que eles sempre brincam de gato e rato, mas nunca perdem o papel do
primeiro. De qualquer forma, se alguém conseguir localizá-los, é melhor ficar longe deles.
Eles são manipuladores hábeis, a ponto de o próprio Robert Hare confessar ter caído em
suas armadilhas.

7. Classificação da psicopatia
Robert Hare classificou a psicopatia em três fases que são: A primária, secundária e a
dissocial.
Psicopatia primaria ou leve: É um indivíduo que tem um charme superficial, inteligente,
sem ilusãos ou pensamento irracional, informal, insicero, incapacidade de amar, incapaz
de sentir culpa ou remorso.
Psicopatia Secundária moderada: Corresponderia a um indivíduo capaz de monstrar
culpa e remorso, pode estabelecer um relacionamento de afecto, seu comportamento seria
motivado por problemas neorótico (Doença da Psiqui)
Psicopatia Dissociais ou grave: Seria indivíduos que apresentam comportametos antí-
social e pertence a um mondo marginal e possuí a sua própria subcultura.

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Conclusão
Ao criar este instrumento, Hare tentou dar forma a um recurso capaz de oferecer
informações valiosas sobre pessoas condenadas por cometer atos violentos. Seu teste teve
um sucesso que se baseou em dois pilares: o primeiro, o fato de que é muito fácil de
administrar.
Portanto, as teorias de muitos professores e psicólogos nos levam a perceber que a
Psicopatia não pode ser visto como crime, mas um transtorno da personalidade humana
que pode provocar com que o indivíduo possa vir cometer crimes devido as causas ja
sitadas, muitas das vezes chegamos a conviver com indivíduos com as caractériscas
suprcitadas mas por falta de conhecimemto não conseguimos identífica-los.

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