Você está na página 1de 15

FAI – Faculdades Adamantinenses Integradas

FORMULÁRIO – PROJETO DE PESQUISA

1. ORIENTANDO:

NOME: Caroline de Mello Oberek

RA: 0177/16 CPF: 434768328/64

ENDEREÇO: R. Victório Marco, 1224, Jd. Bela Vista II

CIDADE: Panorama - SP TELEFONE: (18) 98114-8245

E-MAIL: caroloberek@gmail.com

2. ORIENTADOR: Mariângela

3. ÁREA DE PESQUISA: Direito Penal, Criminologia, Psicologia e Psiquiatria

4. TÍTULO DA MONOGRAFIA: O psicopata e a sua responsabilidade penal

5. JUSTIFICATIVA :

O fator que levou a essa pesquisa foram casos como: ‘‘O maníaco do parque’’, ‘‘Champinha’’, ‘‘Isabella Nardoni’’, ‘‘Família Von Richthofen’’, ‘‘Ted

Bundy’’, é preciso entender sobre a mente humana, o que leva a cometer crimes tão cruéis, bem como se o Brasil pune de forma correta essas pessoas, visto

que a sociedade deve ser tutelada desses indivíduos.

Nos últimos tempos os noticiários vêm mostrando cada vez mais crimes de frieza, ilícitos que causam comoção social, e é por isso que é de grande

importância o tema sobre o psicopata e a responsabilidade penal, visto que os crimes psicopáticos trazem uma grande problematização a sociedade, por serem

crimes bárbaros.

6. INTRODUÇÃO

O trabalho visa entender a mente humana e como esta chega a crimes tão bárbaros. Retrata também, as características de um psicopata e sua personalidade,

levando a verificação da existência de vários graus de psicopatia.

Enfim será abordada a psicopatia perante o Direito Penal Brasileiro, definindo a responsabilidade ou a falta dela para os indivíduos diagnosticados com a

psicopatia, e sobre a escala de hare que é usada em outros países para a aplicação de pena.
FAI – Faculdades Adamantinenses Integradas

7. SUMÁRIO (títulos, capítulos, itens)

1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................

2 DEFINIÇÃO DE PSICOPATIA...........................................................................................

2.1 Graus de psicopatia............................................................................................................

3 CRIME

3.1 Culpabilidade....................................................................................................................

3.2da imputabilidade e semi imputabilidade.............................................................................

4 SANÇÕES PENAIS.............................................................................................................

4.1 Sanção do psicopata na legislação penal brasileira............................................................

4.2 Escala de Hare....................................................................................................................

4.3 Direito comparado..............................................................................................................

5 A IMPORTÂNCIA DA SANÇÃO DIFERENCIADA PARA PSICOPATAS....................

6 CRIMES COMETIDOS POR AGENTES COM CARACTERÍSTICAS

PSICOPÁTICAS......................................................................................................................

CONCLUSÃO.........................................................................................................................

REFERÊNCIAS.......................................................................................................................

8. BIBLIOGRAFIA INICIAL (mínimo: 10 autores)

HARE, Robert. Manual Escala Hare PCL, 2004

DECRETO-LEI No 2.848. 1940.

BARBOSA, Ana Beatriz Silva. Mentes perigosas : o psicopata mora ao lado. Rio de Janeiro, 2008

COHEN, Claudio, FERRAZ, Flávio, SEGRE, Marco. 2 ed. Saúde mental, crime e justiça. São Paulo, 2006.

GONÇALVES, Hebe, BRANDÃO, Eduardo. 2 ed. Psicologia jurídica no Brasil. Rio de Janeiro, 2005.

LÓPEZ, Emílio. 2 ed. Manual de psicologia jurídica. São Paulo, 2011.

CAIRES, Adelaide. 1 ed. Psicologia jurídica. São Paulo, 2003.

BEHEREGARAY, Andréa, CUNEO, Mônica Rodrigues, TRINDADE, Jorge. Psicopatia: a máscara da justiça. Porto Alegre, RS. Livraria do Advogado

Editora, 2009.
FAI – Faculdades Adamantinenses Integradas

JESUS, Damásio de. Direito Penal. 23 ed. São Paulo: Saraiva, 1999.

CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal parte geral. 6 ed. São Paulo: Saraiva, 2004.

2 – Definição do psicopata

É comum definirmos o psicopata como alguém perigoso, violento e até mesmo como um serial killer. E em partes isso é verdade, visto que entre os presos, o

índice de psicopatia chega a 20%, afirma a psiquiatra forense Hilda Morana, do Instituto de Medicina Social e de Criminologia do Estado de São Paulo

(Imesc).

Entretanto tudo irá depender dos graus de psicopatia, sendo assim, de grande importância saber que existem vários tipos de psicopatas e que isso irá depender

do grau em que o sujeito se encontra, podendo então ele ser um serial killer, mas também alguém que não comete crimes de natureza tão grave.

Ana Beatriz Barbosa Silva (2008, p.34), conceitua: ‘‘Para os psicopatas, as outras pessoas são meros objetos ou coisas, que devem ser usados sempre que

necessário para a satisfação do seu bel-prazer’’.

O psicopata seria basicamente um sujeito cruel, egocêntrico, com total ausência de compaixão, emoções e como Ana Beatriz Barbosa Silva cita, com grandes

dificuldades para seguir normas e leis impostas pela sociedade, ele não se importa em transgredi-las. Tendo uma grande inclinação para enganar o próximo,

machucar e até mesmo cometer os delitos mais brutais possíveis, isso, sem remorsos ou culpa diante das consequências de seus atos.

O Psicopata vive regido por regras próprias, ele não se importa em transgredi-las, ele se sente além das normas, superior a tudo e todos, são seres

empobrecidos de ética e que pensam somente em si, são pessoas extremamente egoístas.

Ana Beatriz Barbosa Silva (2008, p.37), declara que os psicopatas não são pessoas loucas, depressivas e esquizofrênicas, são extremamente diferentes dos

citados anteriormente, isso se dá pois eles sabem o que estão fazendo e não sentem nenhum tipo de arrependimento, culpa, ou remorso, não sentem

absolutamente nada, como escreve a autora em seu livro, Mentes perigosas:

O termo psicopata pode dar a falsa impressão de que se trata de indivíduos loucos ou doentes mentais. A palavra psicopata literalmente

significa doença da mente, no entanto, em termos médicos-psiquiátricos, a psicopatia não se encaixa nessa visão tradicional de doenças

mentais. Os Psicopatas em geral, são indivíduos frios, calculistas, dissimulados, mentirosos, que visam apenas o benefício próprio. São

desprovidos de culpa ou remorso e, muitas vezes, revelam-se agressivos e violentos. (BARBOSA, Ana Beatriz Silva. Mentes perigosas : o

psicopata mora ao lado. Rio de Janeiro, 2008)

Trindade (2012, p.165) cita em seu livro Manual de Psicologia Jurídica para operadores de Direito:
FAI – Faculdades Adamantinenses Integradas

A psicopatia não é um transtorno mental da mesma ordem da esquizofrenia, do retardo ou da depressão, por exemplo. Não sem críticas,

pode-se dizer que a psicopatia não é propriamente um transtorno mental. Mais adequado parece considerara psicopatia como um transtorno

de personalidade, pois implica uma condição mais grave de desarmonia na formação da personalidade.

Psicopatas já nascem dessa forma, iniciam a vida e terminam como psicopatas, tendo desde muito cedo problemas comportamentais, machucando outras

crianças e animais.

Pessoas com graus de psicopatia já nascem psicopatas, elas nascem assim e permanecem assim para sempre. Os psicopatas têm problemas

comportamentais desde muito cedo, como, trapaças, mentiras recorrentes, comportamentos cruéis com crianças e animais. ( (BARBOSA,

Ana Beatriz Silva. Mentes perigosas : o psicopata mora ao lado. Rio de Janeiro, 2008))

Ana Beatriz Silva também menciona, em sua obra, o psicólogo canadense Robert Hare, uma das maiores autoridades sobre o assunto. Segundo Hare os

psicopatas tem conhecimento de seus atos:

Os psicopatas têm total ciência dos seus atos (a parte cognitiva ou racional é perfeita), ou seja, sabem perfeitamente que estão infringindo

regras sociais e por que estão agindo dessa maneira. A deficiência deles (e é aí que mora o perigo) está no campo dos afetos e das emoções.

Assim, para eles, tanto faz ferir, maltratar ou até matar alguém que atravesse o seu caminho ou os seus interesses, mesmo que esse alguém

faça parte de seu convívio íntimo. Esses comportamentos desprezíveis são resultados de uma escolha exercida de forma livre e sem nenhuma

culpa (2014, p. 30).

2.1 – Características do psicopata

Os psicopatas mostram-se pessoas comuns, agem como qualquer pessoa, passando assim despercebidos, eles ocultam sua personalidade, vestem uma máscara

e mostram ser pessoas que não são, eles podem estar em qualquer lugar, qualquer meio de amigos, ramo de trabalho, classe social, sendo de qualquer religião,

raça ou sexualidade.

Cleckley, (1941) em seu trabalho Máscara da Sanidade, observou com base em 15 pacientes distintos, as principais características associadas à psicopatia,

sendo elas:

1 Carisma superficial e boa inteligência

2 Ausência de delírios e outros sinais de pensamento irracional

3 Ausência de manifestações psiconeuróticas

4 Desonestidade

5 Mentira

6 Falta de remorso ou culpa

7 Comportamento antissocial

8 Juízo pobre, dificuldade em aprender com a experiência

9 Egocentrismo patológico e incapacidade de amar

10 Pobreza em reações afetivas maiores


FAI – Faculdades Adamantinenses Integradas

11 Déficit específico de insight

12 Irresponsabilidade em relações interpessoais

13 Comportamento fantasioso e desagradável sob efeito de álcool (às vezes sem)

14 Rara ocorrência de suicídio

15 Vida sexual superficial, trivial e fracamente integrada

16 Fracasso em seguir um projeto de vida

Tabela de características de Hervey Cleckey (1941/1988, p. 338-339).

(...)Seus atos criminosos não provêm de mentes adoecidas, mas sim de um raciocínio frio e calculista combinado com uma total

incapacidade de tratar as outras pessoas como seres humanos pensantes e com sentimentos. Os psicopatas em geral são indivíduos frios,

calculistas, inescrupulosos, dissimulados, mentirosos, sedutores e que visam apenas o próprio benefício. Eles são incapazes de estabelecer

vínculos afetivos ou de se colocar no lugar do outro. São desprovidos de culpa ou remorso e, muitas vezes, revelam-se agressivos e violentos .

(SILVA, 2014, p 26).

2.2 Graus de psicopatia

Os graus de psicopatia são de extrema importância para saber que tipo de psicopata o agente é.

A psicopatia apresenta vários níveis de gravidade, sendo eles: leve, moderado e grave.

Os psicopatas de grau leve são aqueles que dificilmente são identificados como tais, são exemplos destes, os estelionatários, que cometem fraudes, portanto

envolvem-se em crimes mais leves, brandos, atingindo poucas pessoas e com menos intensidade que um psicopata de grau grave.

Os de grau moderado a grave é aquele que pode chegar a assassinatos, crimes brutais, como assassinatos em série.

Para parecer uma pessoa “normal” e misturar-se aos outros seres humanos, o psicopata, especialmente nos casos mais graves, como o serial

killer, desenvolve uma personalidade para contato, dissociada do seu comportamento violento e criminoso, a qual permite que ele viva em

sociedade, de modo que sem ela, seria preso instantaneamente (CASOY, 2002).

De acordo com Casoy (2002), o controle comportamental demonstra que o criminoso reconhece que seu comportamento não é admitido pela sociedade. É por

esta razão que a maior parte deles é considerada capaz de distinguir entre o certo e o errado.

Cada tipo de psicopata apresenta um tipo de estratégia para agir, existem de todos os tipos, aqueles que praticam delitos apenas para satisfazerem sua vaidade,

mas com esses atos prejudicam as demais pessoas, seja, no trabalho, na escola, ou em qualquer outro lugar. E existem ainda os que cometem delitos de alta

periculosidade e gravidade, causando grandes tragédias e danos irreparáveis as vítimas, podendo levar até mesmo a morte, isso sem trazer nenhuma dor para

si, ou seja, cometem delitos graves e não sentem nenhum remorso ou sensibilidade, fazem isso por mero prazer.

Porém, vê-se que nem todo psicopata mata como aparece nos noticiários, mas estes quando o fazem são os crimes mais cruéis e insanos que podemos

conhecer, com graus elevadíssimos de impiedade, sendo considerados atos desumanos. Baseado nesse fato, um psiquiatra forense dos Estados Unidos,

chamado Michael Stone, da Universidade de Columbia nos EUA, fez uma pesquisa para medir o nível de maldade acerca de pessoas que cometeram
FAI – Faculdades Adamantinenses Integradas

homicídios. A escala vai de um a vinte e dois, tendo três pontos em destaque, sendo estes, o motivo que levaram a cometer o crime, método utilizado e qual o

nível de crueldade.

1 Pessoas que matam em defesa própria

2 Parceiros que matam motivados por ciúmes

3 Indivíduos manipulados que matam e instigam outros a matar em seu nome com a justificativa de autodefesa

4 Pessoas que matam em defesa própria, mas que provocam seu agressor ao limite

5 Pessoas traumatizadas e desesperadas que matam, mas se arrependem

6 Assassinos impetuosos, mas que não são psicopatas

7 Pessoas extremamente narcisistas que matam movidas por ciúmes

8 Sujeito não psicopata com raiva reprimida que mata quando atinge um extremo

9 Criminosos passionais com traços de psicopatia

10 Não psicopatas que matam pessoas que são obstáculos para um objetivo

11 Psicopatas que matam pessoas que são obstáculos para um objetivo

12 Psicopatas com sede de poder que matam quando se sentem ameaçados

13 Assassinos psicopatas que matam motivados pela raiva

14 Psicopatas frios e egocêntricos que matam em benefício próprio

15 Ataques de psicopatia ou múltiplos assassinatos

16 Psicopatas que cometem atos com requinte de violência, em intervalos longos

17 Assassinos seriais com perversões sexuais

18 Assassinos torturadores

19 Psicopatas levados ao terrorismo, subjugação, intimidação e estupro sem assassinato

20 Assassinos que têm tortura como motivo principal

21 Psicopatas que não matam suas vítimas, mas as colocam sob tortura extrema

22 Psicopatas que colocam vítimas sob tortura extrema por um longo período e depois matam

Tabela dos graus na escala desenvolvida pelo psiquiatra forense Michael Stone

A revista Super Interessante relata esta escala desenvolvida pelo psiquiatra citado acima, nos seus graus de um a oito, como não considerados psicopatas,

sendo que, a partir do grau nove, já são considerados psicopatas.

Seja qual for o grau de psicopatia de um sujeito, todos eles são perigosos, e seja qual for a aproximação destes com a sociedade, sempre será para benefício

próprio e nunca do próximo, sempre sem boas intenções, sem arrependimentos, pois é da natureza psicopática a ausência de arrependimento, eles não sentem

remorso e estão sempre em busca do melhor para eles.


FAI – Faculdades Adamantinenses Integradas

Diz Ana Beatriz Barbosa Silva no seu livro Mentes Perigosas (2012, p.80) ‘‘ Um psicopata quando ‘‘perde o controle’’ sabe exatamente até onde ele quer ir,

no sentido de magoar, amedrontar ou machucar uma pessoa’’.

Seus atos cruéis são manchetes em jornais, Revista Época, ed. 234, ed. Globo (2002) ‘‘Matou os pais e foi para o motel.’’

Ana Beatriz Barbosa Silva no seu livro Mentes Perigosas (2012, p.126) ‘‘ Existe uma fração minoritária de psicopatas que mostra uma insensibilidade

tamanha que suas condutas criminosas podem atingir perversidades inimagináveis’’.

2.3 – Fatores relevantes para a psicopatia

Insanidade não é uma definição de saúde mental. Refere-se à habilidade do ser humano em compreender se suas ações são certas ou erradas no momento em

que elas estão acontecendo (CASOY, 2002).

O comportamento humano é influenciado por causas biológicas, psicológicas e sociais.

Dessa forma, percebe-se que, além dos fatores biológicos, o meio social e os fatores culturais também influenciam fortemente na modulação desse quadro, ora

favorecendo, ora inibindo o seu desenvolvimento, podendo manifestar-se desde uma leve alteração do senso ético até o comportamento perverso com

requintes de crueldade (SILVA, 2014).

Os estudos do Dr. Adrian Raine foram os primeiros a ligar comportamento violento e antissocial com uma anormalidade anatômica específica no cérebro

humano. A partir de suas pesquisas científicas, constatou-se que indivíduos que são antissociais, impulsivos, sem remorso e que cometem crimes violentos

têm, em média, 11% menos matéria cinzenta no córtex pré-frontal do que o normal. Contudo, a presença de reduzida massa cinzenta apenas aumenta a

probabilidade de ser um indivíduo violento, na medida em que seria a combinação entre os fatores biológicos e sociais que “criaria” um criminoso (CASOY,

2002).

O córtex cerebral é o responsável pela modulação dos impulsos. Os lobos frontais, e em especial os córtices pré-frontais, exercem uma influência decisiva no

controle dos impulsos sexuais ou agressivos, embora as vias envolvidas sejam ainda pouco conhecidas. O córtex pré-frontal avalia situações e toma decisões

baseadas no contexto, sendo apontado como responsável pelo gerenciamento ético de nosso comportamento, em parte devido à sua capacidade inibitória,

adiando a gratificação dos impulsos. É justamente o córtex pré-frontal que está implicado na conduta psicopática; pacientes com lesões frontais passam a agir

impulsivamente, não controlando mais seus impulsos sexuais ou agressivos, como no caso clássico de “Phinéas Gage”, descrito pelo neurólogo Antonio

Damásio (CALLEGARO. 2010).

2.4 – Diagnostico da psicopatia

O diagnóstico de psicopatia é realizado mediante entrevistas semiestruturadas, por meio de examinadores capacitados e experientes, com o fim de analisar a

personalidade e verificar se existem traços que indicam a incidência do transtorno. Não é tarefa simples, e requer muita cautela e domínio técnico sobre o

assunto por parte do examinador (MASI, 2018).

Ana Beatriz Silva também menciona, em sua obra, o psicólogo canadense Robert Hare, uma das maiores autoridades sobre o assunto.
FAI – Faculdades Adamantinenses Integradas

Segundo Hare os psicopatas tem conhecimento de seus atos: Os psicopatas têm total ciência dos seus atos (a parte cognitiva ou racional é

perfeita), ou seja, sabem perfeitamente que estão infringindo regras sociais e por que estão agindo dessa maneira. A deficiência deles (e é aí

que mora o perigo) está no campo dos afetos e das emoções. Assim, para eles, tanto faz ferir, maltratar ou até matar alguém que atravesse o

seu caminho ou os seus interesses, mesmo que esse alguém faça parte de seu convívio íntimo. Esses comportamentos desprezíveis são

resultados de uma escolha exercida de forma livre e sem nenhuma culpa (2014, p. 30).

Para atestar a sanidade mental do indivíduo portanto é necessário levantar vários quesitos a serem respondidos. Dentre eles temos que os peritos devem

levantar o histórico familiar, social e psicossocial do indivíduo, além de realizarem exames somatopsiquicos e eletroencefalograma do mesmo, deve-se saber

se o réu-paciente demonstra transtornos de personalidade e ou distúrbios de consciência e um indicativo das prováveis causas destes distúrbios.

3- Crime

Segundo o art. 1° da Lei de Introdução do Código Penal (decreto-lei n. 2.848, de 7-12-1940):

“Considera-se crime a infração penal a que a lei comina pena de reclusão ou de detenção, quer isoladamente, quer alternativamente ou

cumulativamente com a pena de multa; contravenção, a infração penal a que a lei comina, isoladamente, pena de prisão simples ou de multa,

ou ambas, alternativa ou cumulativamente.”

Porém, no Código Penal vigente não tem o conceito de crime, como continha nas legislações passadas, ficando a cargo dos doutrinadores o definirem e

conceituarem. (MIRABETE, 2006, p. 42).

O crime se divide em conceito formal e material.

O crime sob o conceito formal é todo fato que comina a pena. Fragoso (1995, p.144) descreve o conceito formal de crime como uma conduta contrária ao

Direito, a que lhe atribui pena.

O conceito material de crime é toda ação ou omissão que coloca em perigo bens jurídicos tutelados.

Crime é um fato típico, antijurídico e culpável, adotando-se a teoria tripartite.

3.1 Culpabilidade

A culpabilidade é um dos pressupostos para a definição de crime.


FAI – Faculdades Adamantinenses Integradas

Ela tem grande importância para o tema a responsabilidade penal dos psicopatas, visto que a culpabilidade pode ser entendida como o juízo de reprovação de

determinada conduta. Para Rogério Greco, “Culpabilidade é o juízo de reprovação pessoal que se realiza sobre a conduta típica e ilícita praticada pelo agente”

(GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal – Parte Geral. Vol.1, p. 379).

Os elementos da culpabilidade são três, sendo eles, a imputabilidade, potencial consciência sobre a ilicitude dos fatos, ou Exigibilidade de obediência ao

direito (ou de conduta diversa).

3.2 Da imputabilidade, semi imputabilidade e inimputabilidade

Imputar significa atribuir algo a alguém. A imputabilidade no campo do Direito Penal, consiste na capacidade do agente de compreender o caráter ilícito de

sua conduta e ser penalmente responsável por ela.

Portanto, vê-se que se o sujeito for imputável ele será penalmente responsável por seus delitos.

Segundo Damásio de Jesus (2000) explica os princípios da imputabilidade:

‘’Imputar é atribuir a alguém a responsabilidade de alguma coisa. Imputabilidade penal é o conjunto de condições pessoais que dão ao

agente capacidade para lhe ser juridicamente imputada a pratica de um fato punível, e ainda, Imputável é o sujeito mentalmente são e

desenvolvido que possui capacidade de saber que sua conduta contraria os mandamentos da ordem jurídica.’’.

Fernando Capez (2002, p. 273): ‘’O agente deve ter totais condições de controle sobre sua vontade. Em outras palavras, imputável é não apenas aquele que

tem capacidade de intelecção sobre o significado de sua conduta, mas também de comando da própria vontade’’.

Nos dizeres de Luiz Regis Prado (2002, p. 249)

“É a plena capacidade (estado ou condição) de culpabilidade, entendida como capacidade de entender e querer, e, por conseguinte, de

responsabilidade criminal (o imputável responde por seus atos). Costuma ser definida como “conjunto das condições de maturidade e

sanidade mental que permitem ao agente conhecer o caráter ilícito do fato e de determinar-se de acordo com esse entendimento”. Essa

capacidade possui, logo, dois aspectos: cognoscivo ou intelectivo (capacidade de compreender a ilicitude do fato); e volitivo ou de

determinação da vontade (atuar conforme essa compreensão).”

Conforme, Luiz Flávio Gomes, a imputabilidade é a capacidade de entender o caráter ilícito do fato e de determinar-se de acordo com esse

entendimento. Em outras palavras, é a capacidade de entender (o que faz) e de querer (o que faz).

Conforme, Mirabete, de acordo com a teoria da imputabilidade moral (livre-arbítrio), o homem é um ser inteligente e livre, podendo escolher

entre o bem e o mal, entre o certo e o errado, e por isso a ele se pode atribuir a responsabilidade pelos atos ilícitos que praticou.

Lado outro, para Guilherme de Souza Nucci, a imputabilidade penal é o conjunto das condições pessoais, envolvendo inteligência e vontade, que

permite ao agente ter entendimento do caráter ilícito do fato, comportando-se de acordo com esse entendimento.

Ainda, segundo Bitencourt, a imputabilidade é a capacidade ou aptidão para ser culpável, embora, convém destacar, não se confunda com

responsabilidade, que é o princípio segundo o qual o imputável deve responder por suas ações.

A imputabilidade penal está prevista nos artigos 26 a 28 do CP.


FAI – Faculdades Adamantinenses Integradas

Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da

omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. (Redação dada pela

Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Redução de pena

Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por

desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de

acordo com esse entendimento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de11.7.1984)

Menores de dezoito anos

Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial.

(Redação dada pela Lei nº7.209, de 11.7.1984)

Emoção e paixão

Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

I - a emoção ou a paixão; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Embriaguez

II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

§ 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da

omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. (Redação dada pela

Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

§ 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía,

ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse

entendimento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Sendo assim, há três graus de imputabilidade. Sendo eles, a imputabilidade total, a semi-imputabilidade e a inimputabilidade.

A imputabilidade para os indivíduos que tenham 18 (dezoito) anos ou mais e que sejam mentalmente sadios no momento do fato, ou seja, plenamente capazes

de controlar seus atos e os defini-los.

A semi-imputabilidade existe para aqueles que possuam 18 (dezoito) anos ou mais mas que são mentalmente perturbados, ou estejam sob influência de

embriaguez por caso fortuito ou força maior.

A inimputabilidade aos menores de 18 (dezoito) anos, aos mentalmente doentes (totalmente incapazes) e aos que estejam totalmente sob embriagues

decorrente de caso fortuito ou força maior.

Portanto, os imputáveis, respondem por suas ações, ou seja, são responsabilizados penalmente pelos delitos praticados.

Os semi-imputáveis, também respondem pelo crime, no entanto, com a diminuição prevista no parágrafo único do art. 26, CP, por responsabilidade penal

diminuída, a responsabilidade penal neste caso é parcial assim como a condição psíquica do agente.

O Superior Tribunal de Justiça assim diz:

‘‘Em sede de inimputabilidade (ou semi-imputabilidade), vigora entre nós, o critério biopsicológico normativo. Dessa maneira, não basta

simplesmente que o agente padeça de alguma enfermidade mental, faz-se mister, ainda, que exista prova (v.g. perícia) de que este transtorno
FAI – Faculdades Adamantinenses Integradas

realmente afetou a capacidade de compreensão do caráter ilícito do fato (requisito intelectual) ou de determinação segundo esse

conhecimento (requisito volitivo) à época do fato, i.e., no momento da ação criminosa’’.

A inimputabilidade diferentemente das outras duas, não há punição pelo delito, entretanto, que poderá lhe ser imposta medida de segurança, nos termos dos

arts. 96 a 99 do CP.

Esclarece Damásio E. de Jesus (1999, p. 499):

Não havendo a imputabilidade, primeiro elemento da culpabilidade, não há culpabilidade e, em consequência, não há pena. Assim, em caso

de inimputabilidade, o agente que praticou o fato típico e antijurídico deve ser absolvido, aplicando-se medida de segurança.

3.3- Psicopata: imputável, semi-imputável ou inimputável?

Neste sentido, diz Guilherme de Souza Nucci:

‘’Que é preciso muita cautela, tanto por parte do magistrado como por parte do perito, para averiguar no caso concreto se

determinado infrator pode ou não ser classificado com um indivíduo psicopata, pois como a psicopatia está inserida no gênero de

personalidades antissociais, tais situações são consideradas limítrofes, ou seja, não chegam a constituir normalidade, mas também

não caracterizam a anormalidade.’’ (TRINDADE, Jorge. Psicopatia - A máscara da justiça..., 2009 , p.299).

Explica Jorge Trindade:

“Em que pese a existência de posicionamento jurisprudencial referindo a posição de que os psicopatas apresentam capacidade penal

diminuída, imaginar a psicopatia como uma doença mental clássica e incapacitante sob o aspecto cognitivo e volitivo, fazendo com

que, sob o aspecto jurídico, o psicopata seja isento de pena, é o mesmo que privilegiar a sua conduta delitiva perpetrada ao longo

da vida e validar seus atos ”. (TRINDADE, Jorge. Manual de Psicologia Jurídica. 2012, p. 179)

Deve, então o magistrado valer de muita pesquisa para constatar um psicopata, laudos periciais e não apenas os tradicionais, visto que a psicopatia é de difícil

diagnostico.

O exame mais completo nesse sentido é denominado PCL, psychopathy checklist, ainda muito pouco difundido no meio jurídico.

O psicólogo canadense Robert Hare, atualmente uma das maiores autoridades mundial no assunto, após anos de estudo, reuniu informações que

foram sistematizadas na chamada psychopathy checklist ou PCL, consistindo no método mais eficaz, em todo o mundo, para a identificação de

psicopatas em populações prisionais.

Nesse sentido, explica Ana Beatriz Barbosa:

“A psiquiatra forense Hilda Morana , responsável pela tradução, adaptação e validação do PCL para o Brasil, além de tentar aplicar o

teste para a identificação de psicopatas nos nossos presídios, lutou para convencer deputados a criar prisões especiais para eles. A

ideia virou um projeto de lei que, lamentavelmente, não foi aprovado ” (SILVA, Ana Beatriz B. Mentes perigosas: o psicopata mora

ao lado ..., 2008, p. 134).


FAI – Faculdades Adamantinenses Integradas

4- SANÇÕES PENAIS

Pena é “a sanção imposta pelo Estado, através da ação penal, ao criminoso, cuja finalidade é a retribuição ao delito perpetrado e a prevenção a novos crimes”.

NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de direito penal. 10. ed. rev., atual. e ampl. Rio de Janeiro: Forense, 2014. p.308.

Os tipos de penas aplicáveis são: pena privativa de liberdade, pena restritiva de direitos e a pena pecuniária.

A pena privativa de liberdade se divide em três, sendo a reclusão, a detenção e a prisão simples.

Já as penas restritivas de direitos são: a prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas; interdição temporária de direitos; limitação de fim de

semana; prestação pecuniária e perda de bens e valores.

E por fim, a pena pecuniária é a multa.

O objetivo das penas é reeducar o delinquente e intimidar a sociedade para que o crime não seja cometido.

Porém, como mencionado, os psicopatas tendem a ter dificuldade em aprender com punições, além ainda de gostarem de transgredir normas.

Logo, a sanção penal não tem funcionalidade com os psicopatas.

4.1 Sanção adequada para psicopatas no sistema brasileiro

A posição majoritária considera a psicopatia um transtorno de personalidade, no qual o entendimento do sujeito, portanto é o mesmo das demais pessoas, com

total entendimento do que é licito e o que é ilícito, com isso, conclui-se que o psicopata para o direito penal é imputável, portanto tratado como uma pessoa

comum e para este será imposto uma pena adequada a infração penal cometida, sanção a privação de liberdade (esta é a mais comum) ou a medida de

segurança.

Entretanto, os psicopatas não tem muito sucesso com o método da ressocialização, que é a ordenação do nosso sistema jurídico, eles tem uma reincidência

criminal muito alta, assim que param de cumprir pena e voltam para as ruas, eles voltam a delinquir, sendo assim, a pena não pode ser considerada um meio

coercitivo e preventivo eficaz contra psicopatas.

“A taxa de reincidência é três vezes maior para psicopatas do que para criminosos comuns. Em relação a crimes violentos, essa taxa é quatro vezes maior em

psicopatas quando comparados a não-psicopatas” (MORANA, 2009) Nesse sentido, a reeducação de nada adianta para os psicopatas.

Jorge Trindade diz:

‘‘os psicopatas iniciam a vida criminosa em idade precoce, são os mais indisciplinados no sistema prisional, apresentam resposta

insuficiente nos programas de reabilitação, e possuem os mais elevados índices de reincidência criminal’’. (TRINDADE, Jorge.

Psicopatia - A máscara da justiça..., 2009, p. 150.)


FAI – Faculdades Adamantinenses Integradas

Nesse sentido, atestam que “é inútil qualquer tentativa de reeducação ou regeneração, pois não existe na sua personalidade o móvel ético sobre o que se possa

influir”. (GARCIA, J. Alves. Psicopatologia Forense – 2° ed. Rio de Janeiro: Irmãos Pongetti Edito res, 1958.).

Assim, também, Jorge Trindade diz:

Os psicopatas também não podem ser destinados a tratamentos com psicólogos, psiquiatras e medicamentos, vistos que estes não são eficazes a este público,

além de que estes são considerados imputáveis.

Ainda, nesse sentido, Trindade, atenta em seu livro Manual de psicologia jurídica, que atualmente ainda não existe nenhuma evidência de que os

tratamentos psiquiátricos aplicados a psicopatas sejam eficazes a reduzir a sua personalidade violenta, pelo contrário, alguns tipos de tratamentos que são

eficientes para outros criminosos são considerados contraindicados para os psicopatas. Outrossim, os especialistas afirmam que os psicopatas

desestruturam as próprias instituições de tratamento, burlam as normas de disciplinas, contribuindo para aumentar a fragilidade do sistema, além de

que instalam um ambiente negativo onde quer que se encontrem.

Logo, se vê que os psicopatas autores de crimes devem cumprir pena, ou seja, serem imputáveis, porém, há uma problemática no Brasil, os presos comuns

ficam no mesmo ambiente que os psicopatas presos, sendo prejudicial ao sistema prisional visto que os psicopatas possuem uma capacidade de manipulação

intensa, em países desenvolvidos, os psicopatas são separados em relação aos demais presos (Canadá, Austrália e parte dos Estados Unidos, por exemplo)

sendo uma forma mais benéfica ao sistema prisional.

5 A IMPORTÂNCIA DA SANÇÃO DIFERENCIADA PARA PSICOPATAS

O psicopata é uma pessoa que não detém de remorso e arrependimento pela prática de seus atos, sendo grande a possibilidade de reincidência de seus

assassinatos quando posto em liberdade

O agente psicopata como frisado é uma pessoa sem sentimentos, que só pensa em si, e que não encontra remorso, arrependimento pelos seus atos dolosos,

tendo assim, grande possibilidade de reincidência de seus atos, não tendo a ressocialização como algo bom para a sociedade.
FAI – Faculdades Adamantinenses Integradas

Diante de todo o exposto, chega-se a conclusão que nem a pena privativa de liberdade nem a medida de segurança produzem efeitos eficazes na

ressocialização do agente psicopata.

Sobre o assunto, Trindade conceitua:

‘‘Os psicopatas necessitam de supervisão rigorosa e intensiva, sendo que qualquer falha no sistema de acompanhamento pode

trazer resultados imprevisíveis. Assim, as penas a serem cumpridas por psicopatas devem ter acompanhamento e execução

diferenciada dos demais presos, uma vez que não aderem voluntariamente a nenhum tipo de tratamento, sendo que, quando

aderem, é com a finalidade de se obter benefícios e vantagens secundárias.’’ (TRINDADE, Jorge. Manual de Psicologia Jurídica..., 2012,

p . 178.)

Assim sendo, surgem incertezas quanto à sanção que melhor se adequa nesses casos, sendo extremamente escassas as pesquisas que detém o objetivo de
discutir essa questão.
De acordo com Hilda Morana, psiquiatra forense, seria ideal que o psicopata que cometeu crime fosse colocado em uma prisão especial, com profissionais

especializados que determinariam se o mesmo tem ou não possibilidade de voltar ao convívio social, tornando-se uma exceção à regra do sistema prisional de

30 anos.

Sendo assim, a pena dos psicopatas deveria ser diferenciada dos transgressores comuns, é de extrema necessidade uma política criminal diferenciada para os

psicopatas, tendo meios eficazes de punição e controle destes para tutela da sociedade. Contudo, o sistema judiciário não trata sobre assuntos referentes à

psicopatia, e também não há nenhuma previsão de normas que diferenciariam os agentes psicopatas e os não psicopatas.

6 CRIMES COMETIDOS POR AGENTES COM CARACTERÍSTICAS PSICOPÁTICAS

Francisco de Assis Pereira (Maníaco do Parque): Conhecido por matar 10 mulheres e pelo estupro e roubo de outras 9, por conta de tais condenado a 150

anos de prisão.
FAI – Faculdades Adamantinenses Integradas

O nome Maníaco do Parque vem por conta de que Francisco atacava suas vítimas no Parque do Estado, na Zona Sul da capital paulista, ele abordava as

vítimas que eram sempre mulheres com a promessa de que estava em busca de modelos fotográficas para agência que trabalhava, sendo assim, atraía as moças

para o meio do parque para fotografá-las e ali cometia o crime, ali ele humilhava, espancava, as estuprava, as mordia (muitas vezes arrancando pedaços da

carne), mostrava os cadáveres das vítimas anteriores e após estrangulava a vítima com um cadarço até a morte, e depois que já estavam mortas, ele as

posicionava de maneira provocante, Francisco, ainda visitava as suas vítimas mortas e as beijavam até o estado de decomposição.

Como a lei brasileira impede que um réu condenado cumpra mais de 30 anos de prisão, as penas serão unificadas após trânsito em julgado de todas as

decisões condenatórias. Pereira está preso em Itaí (interior de São Paulo) desde 1998, com previsão de saída em 2028.

Ted Bundy: Conhecido como o assassino de garotas ou como o Picasso dos serial killers, Ted era extremamente inteligente e extremamente egocêntrico.

Todas as suas vítimas eram mulheres jovens e universitárias, e a maioria tinha semelhança física da sua mãe, para atrair as suas vítimas ele se fingia de

machucado e pedia que as ajudassem a levar livros e qualquer outra coisa para o seu fusca, chegando no carro ele dava uma pancada na cabeça fazendo com

que a vítima desmaiasse e colocava para dentro do carro, ele sempre as estrangulava e antes de estarem mortas ele as violentava, ou seja, abusava

sexualmente.

O Ted era conhecido como um exemplo na sociedade, inteligente, educado, bonito, membro da igreja cristã, ajudava a namorada a criar a filha dela, fazia

trabalho voluntário, e por conta disso demorou para a polícia ligar as provas que tinham contra ele mesmo com alguns depoimentos.

Após ser preso, fugiu e continuou matando, até ser pego novamente. Ted foi seu próprio advogado e fez sua própria tese, após não ter sido bem-sucedido, foi

auxiliado por mais 2 advogados. Ted confessou 11 assassinatos, porém acredita-se que ele tenha sido responsável por um número bem maior de mortes. Ele

foi eletrocutado aos 42 anos em 1989 por uma mulher.

A babá risonha:

Você também pode gostar