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DEFESA PUTATIVA
ANALYSIS OF PSYCHOPATHY THROUGH THE PRISM OF PUTATIVE
LEGITIMATE DEFENSE
Fabrícia Brasil Barbosa1
Tereza Victória e Souza Holanda2
Klelton Mamed3
RESUMO
ABSTRACT
The present work is dedicated to the study of psychopathy and its implications in Brazilian
criminal law, especially in the institute of putative legitimate defense. Thus, it presents doctrinal
grounds to answer whether these individuals are considered mentally ill or have an antisocial
disorder, considering the applicability of the penal sanction. Throughout this article, it is
essential to understand the ins and outs of psychopathy and its complexities, through
psychology, to be able to connect to putative legitimate defense. In the topic of self-defense,
the intention is to explain its concept and classification in the legal system, to understand one
of its consequences, which is known to be fictitious and imaginary, only the author of self-
defense can identify it as a real danger. This question reflects on the unimputable and the
imputable and in which of these categories the psychopath would fall under Brazilian law.
Finally, the conclusion of this work addresses the final nuances of the theme that was presented.
1
Graduando em Direito na Universidade do Estado do Pará - CESUPA, cursando o 9º semestre. Graduada em
Administração de Empresa e Gestão Empresarial; Pós-graduada em Recursos Humanos. Funcionária Pública dos
Estado do Pará; bisabb@hotmail.com
2
Cursando o 9º semestre de Direito na Universidade do Estado do Pará, CESUPA. E-mail:
tereza17060415@aluno.cesupa.br.
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Doutorando em Sociologia do Direito na Universidade Federal do Pará - UFPA. Mestre em Direito pela
Universidade Federal do Pará – UFPA. Delegado da Polícia Civil do Estado do Pará. Professor de Filosofia, Direito
Penal e Direito Processual Penal no Centro Universitário do Pará (CESUPA). Orientador do presente artigo.
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INTRODUÇÃO
são equiparados aos criminosos comuns, e de outra banda, encarcerados nos presídios, ou
equiparados aos doentes mentais e colocados em hospitais de custódia.
Para os psicólogos e os psiquiatras, os psicopatas são considerados pessoas com
personalidade anômala, ou seja, essa personalidade está fora dos padrões aceitáveis de uma
sociedade, ocorrendo um desvio de conduta, que acaba criando o transtorno antissocial. Desta
forma, um fator importante a ser mencionado dessa anomalia psíquica é a ausência de emoções,
de se colocar no lugar do outro, de sentir culpa, remorso. A empatia, é algo que só existe nas
pessoas com sentimentos, códigos morais e éticos, e funciona como um bloqueio das atitudes
desumanas e cruéis. A pessoa com o transtorno psicótico, devido à ausência de empatia, pode
cometer brutalidades sem sentir remorso ou temer qualquer punição. Mas não podemos afirmar
que eles não têm sentimentos, por exemplo, sentem felicidade em conseguir êxito em seus
planos maléficos, gostam de se sentir superior, tendo a sensação de superpoder por deixar a
vítima sem defesa.
O grande risco social é conviver com alguém que não tem medo das punições que
possam sofrer por seus desvios de conduta ou mesmo crimes hediondos. A sociedade criou para
viver em harmonia um emaranhado de regras, leis e vários tipos de penalidade prevendo a vida
social respeitosa.
Considerando que os psicopatas não entendem o sentido de punição e não aprendem
com elas, já que são pessoas desprovidas de remorso e com dificuldade de reintegração e
ressocialização na sociedade, conclui-se ser, praticamente, impossível sua reinserção social sem
causar risco aos demais elementos sociais.
Mesmo no Brasil com uma legislação penal pouco efetiva na questão da punibilidade,
existe um estudo do preso com Transtorno antissocial, para a progressão da pena, os mesmos
são submetidos a testes que são referência em qualquer lugar do mundo, um dos testes utilizados
é o Rorschach. Que pode indicar o tipo de personalidade do indivíduo podendo constatar ser o
mesmo é manipulador ou agressivo camuflado e o nível de possibilidade de sua progressão de
regime. Dando, até certo ponto, um refrigério a questão da negativa de liberdade de presos
psicopatas, refratários a todo tipo de terapias.
Pode-se observar que em alguns países, como por exemplo os Estados Unidos, a prisão
perpétua ou a pena de morte são possíveis, o que não é aceito na legislação penal brasileira em
tempo de paz, por ser Cláusula Pétrea, que não podem ser mudadas por uma emenda à
Constituição.
Nesse diapasão, é importante ressaltar a visão da Psicologia sobre a Psicopatia, de forma
que, a mesma não é considerara uma doença mental para a referida área de estudo e sim,
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1. PSICOLOGIA
1.1. UM BREVE HISTÓRICO SOBRE A PSICOLOGIA
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2. TRANSTORNO DE PERSONALIDADE
Personalidade é o conjunto de características que liga o homem e seu meio social, assim
como define traços de comportamento, ou seja, são vários fatores genéticos ou hereditários,
somados aos fatores do cotidiano, que se interligam. Para a Associação Americana dos
Psiquiatras, os transtornos de personalidade estão relacionados à ideia de análise e valoração, e
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3. PSICOPATIA
3.1 UM BREVE HISTÓRICO SOBRE A PSICOPATIA
Alguns estudiosos da filosofia e da psiquiatria, começaram a indagar sobre atitudes
consideradas fora do comum, e que estavam sendo praticadas por determinadas pessoas, de
modo que, esses comportamentos eram considerados repugnantes e reprovados pela
sociedade. Atinente, será que essas pessoas, realizavam esses atos consciente? Sabiam o que
estavam fazendo? Eles sentiam algum sentimento de culpa? Esses eram alguns dos
questionamentos que levaram aos estudos sobre a psicopatia.
Na antiguidade, eram realizados experimentos sobre transtornos em uma condição de
estado livre, onde os indivíduos que eram acometidos por tal situação, recebiam uma atenção
diluída, de modo que as crises eram vistas como algo sobrenatural. Somente a partir do final
século XVIII e início do século XIX, que os distúrbios e transtornos mentais começaram a
receber uma maior ênfase nos estudos e nas pesquisas.
Na Europa, no século XIX, obtiveram-se alguns estudos sobre abordagem cientifica
da doença, onde o tema psicopatia veio a tona e junto com ele as dúvidas e questionamentos.
O filósofo e médico Próspero Despine, que em sua obra Psycologie naturelle, defendia a tese
de que os criminosos eram psicologicamente anormais, e que, diante disso, os tornava isentos
de sentimento de moralidade (ZATTA, 2014, p 40). Ainda no século XIX, a “escola francesa”
de psiquiatria definiu a psicopatia como, indivíduos desequilibrados psicopatia eram pessoas
desequilibradas. (SILVA, 2014 apud CLARA, 2017, p. 1).
No ano de 1909, o termo sociopatia é mencionado pelo neurologista britânico K.
Birnbaum, sendo proposto como sinônimo de psicopatia, pois os indivíduos que eram
diagnosticados com essa anomalia cometiam atos antissociais, (SILVA, 2012 apud CLARA,
p.1).
Paul Engen Bleuler, em 1924, foi pioneiro ao conceituar a psicopatia, dando-lhe o
significado de “defeito moral congênito ou adquirido”, referente a pessoas que causam sofri-
mento pessoal e social devido a anormalidades (ZATTA, 2014, p 41).
Durante o percurso teórico sobre o tema trazido à baila, deparou-se com a etimologia da
palavra psicopatia, que vem do “grego psyche + pathos, cujo significado é a denominação
genérica das doenças mentais” (SADALLA, 2017, p. 13). A definição de psicopatia não vem a
ser uma concordância entre os especialistas. Segundo definição em termos gerais, o psicopata
é considerado uma pessoa com características agressivas que vai do nível leve ao mais grave.
Envolvendo múltiplos comportamentos de personalidade, que manifestam diversas
especificidades no aspecto moral, social e criminal: desvio de caráter, ausência de sentimentos
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para com o outro, frieza, insensibilidade aos sentimentos alheios, manipulação, egocentrismo,
falta de remorso e de culpa para atos cruéis e inflexibilidade com castigos e punições (SANTOS,
2018, p. 20)
Uma das primeiras conceituações para psicopatia vem da descrição do psiquiatra Hervey
M. Cleckley, que criou o termo “máscara da sanidade” ao publicar um livro homônimo, em
1941, pois acreditava que um psicopata poderia ser qualquer pessoa que vive e age
aparentemente normal em uma sociedade, definiu também características típicas de um
psicopata, como:
Charme superficial e boa inteligência, ausência de delírios e outros sinais de
pensamento irracional, ausência de manifestações psiconeuróticas, falta de
confiabilidade, insinceridade, falta de remorso ou vergonha, comportamento
antissocial e inadequadamente motivado, julgamento pobre e dificuldade para
aprender com a experiência, egocentricidade patológica e incapacidade para amar,
pobreza geral nas relações afetivas, falta de responsividade (atitudes compreensivas
que visam, através do apoio emocional, favorecer o desenvolvimento da autonomia e
da autoafirmação) na interpretação geral das relações interpessoais, comportamento
fantástico com o uso de bebidas, raramente suscetível ao suicídio, interpessoal, trivial
e pobre integração da vida sexual, e a falha para seguir planejamento vital. (HERVEY
M. CLECKLEY, 1941 apud SADALLA, 2017, p. 25- 26)
Não obstante, a definição mais apropriada relata ser um distúrbio mental grave em que
o portador apresenta comportamentos antissociais e amorais sem demonstração de
arrependimento ou remorso, incapacidade para amar e se relacionar com outras pessoas com
laços afetivos profundos, egocentrismo extremo e incapacidade de aprender com a experiência.
Através dos avanços das pesquisas e com um mapeamento do cérebro, observou-se uma
ligação entre áreas e reflexos comportamentais, ocorrendo o entendimento de que os psicopatas
apresentam adulterações de regiões cerebrais específicas que intercedem os comportamentos
sociais complexos.
Portanto, as alterações comportamentais são derivadas de anormalidades no sistema
límbico (área do cérebro responsável por processar as emoções), o que leva ao portador do
transtorno não obtiver a maioria dos requisitos necessários ao convívio social, como empatia,
afetividade e consciência. Porém, o lado cognitivo funciona normalmente, ficando responsável
pela característica da inteligência acima da média. (SANTOS, 2018, p. 21)
Com o passar dos anos, os estudos nas áreas da Psicologia e da Psiquiatria que
abarcavam a psicopatia foram se aperfeiçoando até os dias atuais. Destacando as pesquisas
realizadas por James Prichard, que trouxe o termo “insanidade moral (ou loucura moral) para
a forma de alteração mental na qual o poder de autocontrole estava prejudicado.” (SHINE,
2010, p. 18)
Para Nelson Hungria, o conceito de psicopatia é definido:
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Para maior elucidação, o método, da Escala citada ao norte, contém vinte questões, que
são desenvolvidas para avaliar pessoas acusadas de crimes, sendo até hoje aplicado em
processos criminais. A pontuação analisada, vai do número 0, para quem não apresentar
nenhuma característica, até o 24, sendo considerado o grau máximo de psicopatia.
O teste se dá em duas partes: a entrevista com a pessoa em suspeita e uma revisão de
seus registros, checando as informações no histórico familiar, profissional, escolar e criminal.
O profissional que aplica o PCL-R deve avaliar as características do paciente relacionado aos
itens do questionário que compreendem as relações interpessoais do indivíduo, o seu
envolvimento afetivo ou emocional, respostas a outras pessoas ou situações, provas de desvio
social e estilo de vida. (SADALLA, 2017, p. 18)
A Organização Mundial de Saúde, OMS, utiliza o termo Transtorno de Personalidade
Dissocial e o registra no CID-10 (Classificação Internacional de Doenças e Problemas
Relacionados à Saúde) sob o código F60.2:
não é incomum encontrar casos criminais relacionados a essas pessoas, é necessário analisar
como os tribunais estão julgando casos que envolvam psicopatas.
Acreditava que estava nesse mundo para cumprir uma missão, e possuía uma tatuagem
no peito “Eu sou o filho da luz”. Numa dessas detenções, Febrônio, que passara a ler
a Bíblia nos intervalos e durante a noite, teve uma visão na qual uma mulher de lon-
gos cabelos loiros o escolheu como o Filho da Luz, o que lhe trouxe a incumbência
de declarar a todos que Deus não havia morrido. Segundo a visão, ele deveria tatuar-
se e tatuar meninos, ainda que com emprego de força física, com o símbolo D C V X
V I, que significava Deus, Caridade, Virtude, Santidade, Vida, Ímã da vida. A tatua-
gem serviria como talismã para aqueles que a exibissem no corpo.
Posto provisoriamente em liberdade, Febrônio voltou a ser preso em 21 de fevereiro
de 1927, no morro do Corcovado, enquanto dançava, completamente nu e com o
corpo todo pintado de amarelo, na frente de uma criança aterrorizada que estava amar-
rada ao tronco de uma árvore. Como ouviu de testemunhas que Febrônio, mais cedo,
havia sido flagrado cozinhando, na casa em que era inquilino, uma cabeça humana .
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Na ocasião, ele “afirmou que havia retirado a cabeça de um cemitério nas proximida-
des e estava fervendo o crânio para retirar pedaços do couro cabeludo e mau cheiro”.
Em 1928, Febrônio foi levado diante do júri, e em sua defesa, o seu advogado susten-
tou sua inimputabilidade penal em face de sua manifesta loucura, dados esses que fo-
ram falsificados.
No dia 8 de fevereiro de 1935, Febrônio, aproveitando a distração da guarda provo-
cada pela chegada dos funcionários do turno da manhã, escalou o muro do Manicô-
mio Judiciário com uma corda feita de lençóis atados cuja extremidade possuía um
gancho fabricado com alças de balde. Sua fuga, durou até o dia seguinte, pois foi de-
latado por quem o hospedou. Febrônio, encontrado totalmente despido, foi recondu-
zido ao Manicômio Judiciário, onde permaneceu até sua morte, em 27 de
agosto de 1984, aos 89 anos de idade, como consequência de enfisema pulmonar.
(CASOY, 2020, p. 1)
Entende-se a vasta pesquisa entorno da psicopatia e as complexidades relacionada a ela,
nesse sentido, o ordenamento jurídico Brasileiro ainda não está preparado para analisar e julgar
casos envolvendo esse tipo de transtorno. Por isso, como visto através dos casos concretos,
além da atenção midiática que recebem, eles são julgados como criminosos comuns. Através
desse prisma, o presente artigo tem como objetivo sanar a dúvida de como os psicopatas vão
ser julgados se caso a máquina judiciária seja ativada para tratar da legítima defesa nessas con-
dições específicas, além de trazer o instituto das discriminantes putativas e como elas se apre-
sentam nesse contexto.
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Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - em estado de necessidade; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - em legítima defesa; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) (Vide ADPF 779)
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. (Incluído pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
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Dessa forma, para a prática do crime, alguns requisitos precisam ser caracterizados, fato
que não ocorre em agentes que atuam sob a legítima defesa, exercício regular de direito, estado
de necessidade ou estrito cumprimento de dever legal. Portanto, caso o autor utilize qualquer
das “justificativas” citadas acima, esse está afastando a antijuridicidade dos seus atos, logo, não
há crime.
Especificamente no artigo 34 do Código Penal, na qual entende: “que quem, de maneira
proporcional, repele injusta agressão, atual ou iminente, do seu direito ou de terceiros, não
estará cometendo um crime”. Esse dispositivo está se referindo a legítima defesa e de modo
taxativo discorre sobre as suas possibilidades de aplicação. Sendo assim, para classificar como
tal, é preciso:
(1) haver injusta agressão;
(2) a defesa tem de decorrer de uma agressão que aconteceu ou que está para acontecer
(atual ou iminente);
(3) a agressão ocorre contra direito próprio ou para defender direito de terceiro;
(4) a oposição é realizada por meios necessários;
(5) não deve extrapolar os limites da própria razão e meios, ou seja, de forma moderada.
Entretanto, há a possibilidade de alguém incidir em um erro, porque é subjetiva a forma
que um indivíduo pode lidar com uma determinada situação. Nesse sentido é possível que,
através do erro, um indivíduo acredite que está agindo em legítima defesa, quando na verdade
não está.
O direito penal brasileiro se refere às descriminantes putativas, cujo significado é o
seguinte: o termo “em latim, putativus significa algo que parece ser o que não é. Sua aparência
é enganosa. [...] pertence somente à imaginação. Em português, a palavra “putativo” manteve
praticamente o mesmo sentido.” (DICIONÁRIO ETIMOLÓGICO, 2021), em outras palavras,
é uma situação imaginária e se passa apenas na imaginação do agente. As descriminantes
putativas estão dispostas no artigo 20, §1º, ipsis litteris:
É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe
situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena
quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo. (BRASIL, 1948,
p. 16)
Necessário se faz ressaltar a parte em que o artigo afirma que o ordenamento jurídico só
admite a modalidade putativa, se o erro for plenamente justificável, ou seja, na situação que em
agente se encontra tem que ser razoável a dúvida ou desconfiança. Consoante Damásio de Jesus,
vejamos o seguinte exemplo do que seria a legítima defesa putativa em um caso concreto:
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5.1 IMPUTABILIDADE
A definição atribuída para a imputabilidade disposta no livro de direito Penal (parte
geral) de André Stefam é:
Trata-se da capacidade mental de compreender o caráter ilícito do fato (vale dizer, de
que o comportamento é reprovado pela ordem jurídica) e de determinar-se de acordo
com esse entendimento (ou seja, de conter-se), conforme se extrai do art. 26, caput,
interpretado a contrario sensu. Em outras palavras, consiste no conjunto de
condições de maturidade e sanidade mental, a ponto de permitir ao sujeito a
capacidade de compreensão e de autodeterminação (STEFAM, 2021, p. 400)
essas: (1) higidez biopsíquica (boas condições biológicas, psíquicas e psicológica) e (2)
maturidade (é o apogeu do estado de desenvolvimento humano, significa maturidade
comportamental e também mental). De maneira oposta ao conceito de imputável, encontra-se
o artigo 26, CP cujo agente do fato típico seja acometido por doença mental ou desenvolvimento
mental incompleto ou retardado, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou
de determinar-se, presente essas características, trata-se de inimputabilidade.
Consequentemente, de modo diverso, imputabilidade refere-se a indivíduo mentalmente
saudável e bem desenvolvido, que pode compreender a natureza ilegal do seu comportamento.
5.2 SEMI-IMPUTÁVEL
Nesse caso, diferenciando da imputabilidade, este apresenta uma redução na capacidade
de entendimento do delito. André Estefam, se refere a esse termo como uma criação
equivocada, já que não é possível depreender o meio termo da imputabilidade, ipsis litteris:
Deve-se destacar que a expressão “semi-imputável” se mostra dogmaticamente
equivocada, embora de uso corrente. Isto porque a imputabilidade não tem meio-
termo: ou o agente é imputável, porque compreendeu bem a ilicitude do ato e teve
plenas condições de se autocontrolar, ou não. Aquele que tem diminuída sua
capacidade de compreensão é imputável, justamente porque tinha tal condição
(embora em grau menor). Não é correto, portanto, denominá-lo “semi-imputável”.
Tanto é imputável o agente nesse caso que nossa lei comina-lhe uma pena (reduzida).
A inflição de uma pena, ainda que menor, revela inequivocamente a presença da
imputabilidade, fator essencial para se constatar a culpabilidade do agente (lembre-se
que sem imputabilidade não há culpabilidade e, sem esta, não há pena...). (ESTEFAM,
2021, p. 405)
Sendo assim, em tese, sua classificação iguala a imputabilidade, como dito pelo autor,
no entanto, no uso comum, a semi- imputabilidade se apresenta como um delito de pena
reduzida. Evidencia-se em decorrência de perturbação da saúde mental, por desenvolvimento
mental incompleto ou retardado, e teve sua capacidade de entendimento e autodeterminação
diminuída, ou em decorrência de embriaguez incompleta, proveniente de caso fortuito ou força
maior acusado será considerado semi-imputável, ficando sujeito a uma pena diminuída (de um
a dois terços). (ESTEFAM, 2021)
5.3 INIMPUTÁVEL
A máxima obtida pela Constituição Federal, presente no artigo 5º trata-se de: ''todos são
iguais perante a lei sem distinção de qualquer natureza''. Mas também há uma compreensão
inerente a esse entendimento que afirma: “tratar os desiguais na medida de suas desigualdades”
e, devido a isso, o direito penal introduziu algumas exceções atinentes a esse fato, refere-se a
figura do sujeito inimputável.
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Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na
legislação especial. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
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Art. 28 [...] § 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou
força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de
determinar-se de acordo com esse entendimento.
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Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou
retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de
determinar-se de acordo com esse entendimento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
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realmente justificável se defende de “agressão injusta” e sendo assim, seu ato será dotado de
licitude e inculpabilidade.
(2) um indivíduo diagnosticado com transtorno mental, um inimputável, na qual, devido
a sua situação, este se coloca como vítima de algo que não existe, seja uma “perseguição”
advinda de algum surto, paranoia, alucinação ou perturbação. Apesar de não ser considerado
crime, suas ações não são desprovidas de ilicitude. Essa situação é complexa e para Greco, a
melhor conduta a ser seguida é essa:
Embora possa o agredido repelir a agressão injusta, como se trata de inimputáveis,
deve escolher a forma de repulsa que cause o menor dano possível, ou mesmo, como
dizia Hungria, em determinadas situações, desconsiderar a agressão, pois neste caso
não estaria se comportando como um pusilânime, um covarde. (GRECO, 2015, p.
410)
refere a autodeterminação de acordo com o caráter ilícito do Direito. Nessa parte, o legislador
está se referindo a incapacidade do sujeito ativo para se conter no momento da ação ou omissão
delituosa, são impulsos inevitáveis que impedem a racionalidade dos atos do indivíduo. É
inconcebível dialogar o contexto da psicopatia com a incapacidade de autodeterminar-se,
porque esses possuem facilidade em arquitetar planos, sua conduta adquire forma depois de
muito planejamento, ou seja, são pessoas completamente racionais e apesar da forte
impulsividade característica (para obter satisfação momentânea), considerando o momento, é
possível frear seus impulsos (SADALLA, 2017, p. 160- 161). Dessa forma, não é possível
considerar os psicopatas inimputáveis
Sendo assim, para o Direito, estes indivíduos serão vistos, analisados e julgados como
criminosos comuns. Afinal, não é possível afirmar que o psicopata sofre com o requisito
biopsicológico da inimputabilidade, descrito no artigo 26º CP, cujo termo advém da soma do
biológico com o psicológico, o primeiro quanto ao caráter de possuir a doença, ser doente
mental ou retardado, e o segundo consiste no fato do agente entender o caráter ilícito e/ou de se
autodeterminar, referindo-se ao psicopata, como visto acima, este não se enquadra em nenhum
das condições para a inimputabilidade
Em relação a legítima defesa putativa ocorre quando alguém imagina estar em legítima
defesa, repelindo aquilo que ele acredita ser uma agressão injusta e atual. Trata-se de
discriminante putativa: há erro quanto à existência de uma justificante. Analisando a figura do
psicopata nesse contexto, esse ao se deparar com a legítima defesa ficta, erro no qual qualquer
pessoa, na mesma situação, e, diante das mesmas circunstâncias, está sujeito a exercer. A
configuração do instituto da Legítima Defesa putativa, se reproduzida nos termos da lei, afasta
a culpabilidade (um dos três requisitos para a classificação de um crime), não a ilicitude do ato,
todavia na prática, o julgamento ocorrerá de forma que considera a descriminante putativa e
considere a justifica apresentada de acordo com o erro, independente se o indivíduo em questão
tiver diagnóstico de psicopata.
Portanto, o indivíduo que apresenta o transtorno de personalidade da psicopatia poderá
recair em erro, plenamente justificável, e assim, se utilizar da legítima defesa putativa, porém
não é intrínseco. Sendo assim, não poderá utilizar da sua condição para obrigatoriamente obter
julgamento favorável (ato ilícito) através do uso da legítima defesa putativa por não se tratar de
indivíduo inimputável, na prática, isso significa que o seu julgamento será analisado através do
caso concreto, se realmente houve erro escusável.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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O presente estudo, demonstrou a evolução da psicologia como ciência e por ainda ser
um mistério para os tribunais, pois mesmo com o seu avanço ainda não é utilizada a com a
frequência necessária nos julgamentos. Haja vista que, na legislação brasileira quando um
psicopata é diagnosticado, por receio, medo e o desconhecimento aprofundado sobre o referido
assunto, o indivíduo acometido por transtorno antissocial e que venha a delinquir, é colocado
no sistema penitenciário como um criminoso comum, e após o cumprimento da pena, a forma
para introduzi-lo na sociedade novamente é bem mais difícil, pois o mesmo tende a ser banido
ou afastado do convívio social.
Primeiramente, se faz mister obter o conhecimento sobre esse universo da psicologia e
como os operadores do direito devem realizar uma integração entre os dois mundos, analisando
os transtornos existente, o diagnóstico mais apropriado para a identificação do indivíduo na
escala da psicopatia que é mensurado pela tabela HARE, e como deverá ser aplicabilidade da
sanção penal as pessoas que são acometidas. Haja vista que, algumas das características do
psicopata é, incapacidade de empatia, falta de sentimento de culpa, falta de remorso, sensação
de prazer no sofrimento dos outros, poder de manipulação entre outros.
Não obstante, quando se fala na aplicação penal do psicopata, ainda se obtém
divergências, se ele é imputável, semi-imputável ou inimputável. Contudo, a autodeterminação,
é um dos princípios fundamentais dos direitos humanos, compreendendo a
autorresponsabilidade, a autonomia, autorregulação e o livre-arbítrio do ser humano. Conceito
esse que abarca a impossibilidade do enquadramento do psicopata como um inimputável. De
maneira que, os indivíduos que são considerados inimputáveis por doença mental, são aqueles
que conforme o Código Penal Brasileiro, estão isentos de pena ou competem a redução por
doença ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, e sendo, ao tempo da ação ou da
omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato. O psicopata é vislumbrado
por sua insensibilidade e o prazer particular que obtém em realizar seus crimes, somado a
incapacidade de empatia, culpa ou remorso e uma inteligência acima da média, derivada de uma
pequena quantidade de conexões entre o córtex pré-frontal ventromedial do cérebro,
responsável pelos sentimentos. Ao cometer um ato criminoso, está consciente das suas atitudes,
sabe muito bem o que tá fazendo, porém , não é capaz de obter ou expressar qualquer sentimento
verdadeiro, pelo contrário, por agirem totalmente com a razão, conseguem utilizar sua
inteligência de um jeito perspicaz, manipulando e transgredindo. Na seara jurídica, percebe-se
a existência de uma superficialidade na norma e jurisprudencial sobre o tema, não podendo
mais ser aceito atualmente, pois estão sendo evidenciados cada vez mais casos sobre o referido
tema, de grau leve até os mais graves. Obviamente que, os que mais chamam atenção da mídia
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são os crimes de assassinatos em séries, porém, os de grau mais leve estão aí no dia a dia das
pessoas e na grande maioria das vezes passam despercebidos como um criminoso comum.
Não obstante, está temática buscou a responsabilidade penal do psicopata em face ao
ordenamento jurídico penal brasileiro, ressaltando a importância da necessidade da integração
entre o Direito, a psicologia e a psiquiatria, estudando a personalidade e a mente do indivíduo
que possui o transtorno antissocial, para que seja realizado uma aplicação da sanção penal
adequada e definir o risco social do retorno do psicopata após o cumprimento da pena. Atinente,
o individuo que possui o transtorno antissocial da psicopatia, é imputável ou semi-imputável?
Entretanto, a definição imputabilidade ou semi-imputabilidade vai depender da análise de cada
caso com o alicerce de um laudo psiquiátrico, e por não se tratar de um doente mental e nem
criminosos comuns, é trazido à tona um problema quanto as medidas de segurança aplicadas,
de forma que faz mister uma nova política criminal para se trará do referido tema.
Em um segundo momento, o presente estudo explanou sobre a Legitima Defesa Putativa
e seus institutos, suas teorias e a sua aplicação, demonstrando que o agente em uma situação
fática pode cair no erro achando que está diante de uma realidade que na verdade está somente
em sua imaginação, ou seja, não é real. Acreditando e constrangido pela realidade que criou em
sua mente, age na defesa de uma agressão fantasiosa. Outro ponto importante é, além da ilusão
criada pelo agente, é necessário que a suposta agressão seja iminente ou atual e que ameace um
direito. Contudo, ao que se refere a legitima defesa é, uma forma instintiva e natural levando a
pessoa que foi agredida a repelir a agressão sofrida. O agredido encontra-se diante de uma
situação atual ou iminente de injusta agressão. Ademais, para que seja configurado, é preciso
que todos os requisitos previstos no artigo 25 do Código Penal Brasileiro, juntamente com os
requisitos subjetivos, estejam presentes.
Ulteriormente, o artigo discorre sua análise através da legítima defesa putativa e a
psicopatia em consonância ao que foi elucidado de ambos. Entende-se que os tribunais
brasileiros consideram o psicopata, no decurso da classificação do crime, como imputáveis,
sendo julgados como tal. Dessa forma, se mediante erro inteiramente justificável, o psicopata
agir sob legítima defesa putativa sua conduta será livre de ilicitude. Não obstante, não é possível
utilizar da condição de psicopata para aplicar o dispositivo da legítima defesa aplicando a
descriminante putativa, como acontece com os inimputáveis. Portanto, entende-se que a
imputabilidade do psicopata lhe dar plenas condições de higidez biopsíquica para ser julgado,
se este estiver desprovido de um forte fundamento.
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Decreto Lei n. 2848, de 07 de dezembro de 1940. Diário Oficial da União, Rio de
Janeiro, 31 de dezembro de 1940.
CLECKLEY, Hervey. The Mask of Sanity. 5 ed. St, Louis: Mosby, 1976 IN
SADALLA, Nachara Palmeira. Psicopata Imputabilidade Penal e Psicopatia: A outra face
do espelho. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2017. 208 p.
ESTEFAM, André. Direito penal: l – volume 1: parte geral - arts. 1º a 120. 10 ed. São
Paulo: Saraiva Educação, v. 1, 2021. 876 p.
GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal. 17. ed Rio de janeiro : lmpetus, 2015. 920 p.
JESUS, Damásio De; ESTEFAM, André (Atualizador). Direito Penal 1. 37 ed. São
Paulo: Saraiva Educação, 2020. 764 p.
SHINE, Sidney Kiyoshi. Psicopatia, 4.ed. rev. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2010 (Coleção
clínica psicanalítica).
SILVA, Ana Beatriz Barbosa. Mentes perigosas. 2. Ed. São Paulo: Globo, 2014.
SILVA, Giselly Lucy Souza. A doença mental e a reforma psiquiátrica representada por
profissionais de saúde. 122 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia Social). João Pessoa-PB:
UFPB, 2014. IN CARLA, Thays. Aspectos históricos da
psicopatia. Jusbrasil. Itumbiara. Disponívelem: https://thaysclara.jusbrasil.com.br/artigos/530
180428/aspectos-historicos-da-psicopatia. Acesso em: 18 nov. 2021..
TRINDADE, Jorge. Manual de psicologia jurídica para operadores do direito. 4. ed. rev.,
atual. e ampl. Porto Alegre: Livraria do advogado, 2010. p. 161
ZATTA, Melissa. A capacidade penal dos agentes diagnosticados com psicopatia: estudo
sobre a possibilidade da definição de semi-imputabilidade sob o enfoque psicológico-jurídico.
80 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Direito). Criciúma-SC: Universidade do Extremo Sul
Catarinense, 2014.
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AGRADECIMENTOS
Escrever um artigo, na maioria das vezes, nos proporciona solidão, mas que jamais seria
possível sem as pessoas mais importantes ao nosso redor, nos apoiando e nos incentivando. A
trajetória da vida na universidade apresenta vários obstáculos, e que só conseguimos passar por
eles porque temos grandes pessoas ao nosso lado. Esses 05 (cinco) anos na Universidade de
Direito, foi a realização de um sonho, um processo de amadurecimento, com vários
aprendizados, desafios, momentos alegres e momentos tristes, de risos e choros e que entrará
para a história da minha vida com um grande orgulho. Quero aqui, agradecer primeiramente e
a acima de tudo a Deus, que esteve e está o tempo todo cuidando de cada passo e cada decisão,
quando queria desistir Ele não deixava e renovava minhas forças; a minha amada família, pois
é o meu maior suporte, minha motivação, meu amor incondicional; Meus filhos, Luan Kenjy
Barbosa Nakayma e Lucas Ichiro Barbosa Nakayma, pois neles encontrei e encontro forças para
continuar a minha caminhada, e todo o meu grande amor para eles; ao meu pai Francisco
Barbosa e a minha mãe Maria Brasil Barbosa, por toda paciência, conselhos, apoio, participação
ativa, por sempre acreditarem em mim e por todo o amor; ao meu irmão Newton Martins
Barbosa Neto e sua linda e amada família; a minha irmã Fabíola Brasil Barbosa Rodrigues e
sua linfa e amada família, que sempre estiveram lá, com todo carinho, apoio, dedicação e amor.
A minha amiga Tereza Victória E Souza Holanda, que teve toda paciência comigo e me ensinou
tantas coisas durante essa trajetória, pois não foi uma caminhada fácil, mas ao dela conseguimos
encontrar um equilíbrio para enfrentar e vencer todos os desafios. Agradeço ao professor
Klelton Mamed por aceitar o convite de me orientar e por ter colaborado com este trabalho de
maneira tão atenciosa. Agradeço ao Centro Universitário do Estado do Pará - CESUPA, em
especial aos queridos mestres e funcionários, por me proporcionar essa experiência ímpar
nesses cinco anos. A todos vocês dedico essa conquista com o mais profundo amor e gratidão.
AGRADECIMENTOS
Saber que nascemos de uma forma rara, nos dá mais responsabilidades pela vida que
nos foi concedida. E eu sempre ouvi isso da minha família, de como abrilhantei a vida de todos
com a minha chegada tão inesperada. Talvez por isso na minha vida as palavras chaves são três:
fé, amor e gratidão. E nesse momento agradeço, tenho fé e sou grata a Deus pelo milagre da
minha vida. O Senhor meu Deus me concedeu uma família maravilhosa, um verdadeiro
exemplo de amor romântico, que me deixa envaidecida de ter vindo desse ninho tão carinhoso.
Vindo de uma família estruturada no amor e na fé, também agradeço com todo meu ser a meus
pais, Terezinha e Sandro, que nunca perderam a fé e sempre estiveram ao meu lado apoiando
em tudo que fosse necessário para que a minha caminhada até aqui fosse doce, pois a luta pelos
meus sonhos apenas está começando. O encantamento pelo direito sempre foi presente no meu
lar, meus pais desejavam que eu segue a carreira deles pela paixão que cada um sente pelo seu
labor, e assim Deus permitiu que eu desse um passo à frente na minha vida e me deslumbrasse
com o Direito e as muitas possibilidades de sucesso que terei daqui para frente. Agradeço e sou
grata aos meus amigos, dentre eles Fabrícia e Evandro, pela cumplicidade, parceria e amizade,
digo além, pelo amor a mim dispensado nessa nova etapa que venho seguindo, tudo ficou mais
fácil com a presença deles. Muita coisa vivi nos últimos anos dentro da minha amada faculdade,
CESUPA, a própria passagem da adolescência para ser adulta foi impactante, mas meu
desabrochar foi sereno como sempre foi a minha vida. Diante de mim, vi ouro brilhar e carvão
surgir. Tive que fazer escolhas e hoje olhando para trás me orgulho das opções que fiz.
Diariamente estou aqui firme no meu propósito e pronta para os desafios que surgirão, sempre
agradecendo a Deus, meus pais, minha irmã, Thereza Manuela, por tornar muitos momentos da
minha vida encantadora só por sua existência, meu tio/padrinho, Antônio, que sonha, aconselha
e torce por minhas vitórias e me presenteia com belos livros, e meus amigos por tudo que tenho
e sou. Que Deus me surpreenda com uma vida cheia de sucesso, longevidade, saúde e
felicidades.