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"Infelizmente, tem de ser assim, preciso ir embora.

"
(bilhete deixado sobre a mesa, junto a um jornal, no dia em que Francisco Pereira
fugiu, após ver seu retrato-falado na imprensa)

Francisco de Assis Pereira em


2012
Entrevista Rede Record

"Eu fui vítima de um mal, e elas foram vítimas de um mal que estava sobre
mim... Diria para a sociedade que se cuide..."

https://revisedireito.blogspot.com/2015/06/estudo-de-caso-o-maniaco-do-parque.html

A psicopatia é definida pela psicologia como um distúrbio de personalidade em que as principais características são: a falta de
incapacidade de lealdade com outros indivíduos, falta de valores sociais e de grupo, ausência de sentimentos genuínos como
gratidão, frieza e total insensibilidade com sentimentos alheios. Pessoas definidas como psicopatas apresentam essas característica
a uma personalidade muito forte, são impulsivos, irresponsáveis, egocêntricos, incapazes de sentirem culpados além de ap
extrema facilidade para mentir. , de acordo com pesquisadores colombianos, em seus estudos, relacionaram diversos fatores qu
causar o transtorno, tais como, os ambientes e as experiências de vida.

No caso dos psicopatas pode-se verificar que tais indivíduos sofrem de um déficit emocional, falta de afetividade e ausência de
Esses sentimentos são crucias para a formação do chamado “julgamento moral”, que utiliza a razão e a emoção para discernir o
errado. Na figura do psicopata então, faltaria o entendimento, ainda que parcial, do caráter criminoso da ação, já que para ele a
licito e do ilícito estaria, de forma patológica, distorcida. Enquadra-se, portanto nos critérios da semi-imputabilidade.

No entanto, a psicopatia no Brasil o psicopata é tido como semi-imputável, isso quando o réu é reconhecidamente
portador de tal moléstia, porque se acredita que ele é capaz de entender o caratê ilícito de sua conduta, mas não é
capaz de ver mal em um ato manifestamente criminoso.

Lado outro, se o psicopata patológico é incapaz de perceber o caráter destrutivo de sua conduta por critérios
emocionais, ele poderia, em tese, perceber sua ilicitude pelo critério racional e assim ser totalmente imputável. Mas
não é o que pensam os tribunais que já decidira

Por sua vez, Nelson Hungria dispôs, que “a responsabilidade penal do psicopata, embora com atenuação facultativa de pen
somente uma ilação da 24 moderna psiquiatria, mas uma necessidade de defesa social”

Nos casos em que o indivíduo é considerado semi-imputável, diagnosticado como portador de psicopatia, é evidente o risco
diminuição de pena, de forma que, para essas situações, o recomendável no âmbito penal, é a aplicação de medida de segurança/in
(HARE, 2013)
O artigo terceiro, no inciso segundo dispõe que aqueles que por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o n
discernimento para a prática dos atos da vida civil, são considerados incapazes absolutamente. Diante disso, podemos afirma
psicopatas, são pessoas absolutamente incapazes, apesar de saberem da ilicitude de sua conduta, mas que por motivos de
mental, não conseguem discernir, de forma contrária, sobre a prática de seus atos, agindo de forma que aterroriza a sociedade.

seguindo o entendimento de que deverá haver uma legislação específica e punitiva nos casos dos portadores de
psicopatia, para que o problema não seja encarado apenas como questão de saúde mental, pois a medicina já provou
que existem psicopatas que possuem consciência de seus atos, mas ignoram a lei, não devendo estes, serem tratados
apenas como doentes mentais, ou como, pessoas que possuem perturbação mental e a importância do
acompanhamento do condenado após o cumprimento da pena ou medida de segurança que lhe foi imposta, a fim de
prevenir que o mesmo não volte a delinquir.

A Criminologia não se confunde com o Direito Penal, visto que, sua finalidade é visualizar o porquê de o crime ter ocorrido, o que
indivíduo a cometê-lo, enquanto que, o Direito Penal tem por finalidade o tipo penal e suas sanções. A preocupação do Direito Pe
reprimir o delito, já na Criminologia, a intenção é de prevenir o deli Por esse motivo, a Criminologia é uma ciência muito importante,
analisa o comportamento biopisicossocial do criminoso, onde é possível determinar as causas e origem do ato criminoso, através do e
perfil do indivíduo que cometeu o delito e analisa a sua conduta, podendo identificar as causas que impulsionam a realização daq
criminoso, proporcionando meios para prevenção do crime e buscando a ressocialização do criminoso por meio de tratamentos,
possam readequar o delinquente ao meio social. to.[4]

A psicóloga Marisa Lobo, autora do livro Psicopatas da Fé, classifica os psicopatas como indivíduos que, para
convencer as pessoas de que são bons, se convertem e manipulam todos ao redor, fazendo com que acreditem que ele
mudou, ou seja, que é uma nova pessoa. Em suas especificações, ela acredita que: “A mente de um psicopata, pode
manipular por anos pessoas em uma prisão, pois seu cérebro aceita, se conforma temporariamente, mas, quando sai
encontra a liberdade e pode Lobo alerta que “o psicopata é reincidente" e vê "com restrição e cuidado esse tipo de
pessoa, que pode estar apenas sendo movido pelas circunstâncias.” [24]

Diante de tais ponderações, entendemos que a psicopatia é um transtorno mental e possui sua classificação para
cada caso em concreto.

voltar a cometer seus crimes”.

No que tange ao Direito Penal, a medida a ser atribuída é a medida de segurança, ao invés das penas restritivas de direito ou p
de liberdade, sendo atestada quando verificada a insanidade mental, e o grau de periculosidade do agente.

O que torna a intervenção mais difícil, é a dificuldade dos psicopatas aprenderem com a experiência, sendo que a intervenção ter
na maioria das vezes, não alcança os valores éticos e morais comprometidos. Para alguns autores, pessoas que atendem aos critério
para psicopatia não são tratáveis por qualquer tipo de terapia; porém, após os 40 anos, a tendência é diminuir a probabilidade de rei
criminal. Existe medicação que busca minimizar a excitabilidade do comportamento (FIORELLI, 2018).

Lembrar o artigo: Art. 152 (CPP). Se se verificar que a doença mental sobreveio à infração o
processo continuará suspenso até que o acusado se restabeleça, observado o § 2o do art. 149.
§ 1o O juiz poderá, nesse caso, ordenar a internação do acusado em manicômio judiciário ou em outro estabelecimento
adequado
ALEGAÇÕES FINAIS

HARLEY IRÁ INICIAR A PERSUAÇÃO INICIANDO COM OS ARGUMENTOS:


 Pimenta Neves não possui antecedentes criminais.
 Possui boa relação com ex-mulher (Carol Neves) e com suas filhas, provando que se desenvolveu
insanidade mental em Marcos durante as turbulências de seu relacionamento com Sandra.
 Apesar de ser orientado, Pimenta Neves optou por permanecer no país, mesmo tendo visto
permanente nos EUA.
 Lembrar o artigo: Art. 152 (CPP). Se se verificar que a doença mental sobreveio à infração o
processo continuará suspenso até que o acusado se restabeleça, observado o § 2o do art. 149.
§ 1o O juiz poderá, nesse caso, ordenar a internação do acusado em manicômio judiciário ou em outro
estabelecimento
adequado.
GABRIELA BUENO COMPLETARÁ:
 4ª Prova: Devido sua confusão mental (e o surgimento do TRANSTORNO OBSESSIVO), o
jornalista aceita comparecer a sessões de análise.
 5ª Prova: Mesmo comparecendo a dez sessões psicológicas, o paciente (Pimenta Neves) não
apresentou melhora.
 6ª Prova: Ao saber que Sandra estava em um novo relacionamento, Pimenta tenta reatar com a
vítima, porém ao não conseguir com que voltassem, Pimenta surta e atira em Sangra, após isso ele
se droga com setenta e dois comprimidos de Lexotan e Frontal.
 7ª Prova: O acusado proibiu os advogados de alegar qualquer coisa sobre a vítima, sendo prova de
que ele não agiu por vingança.
 A exemplificação do caso Dorinha Durval, atriz que aos 51 anos matou o então marido, 16 mais
novo que ela, com cinco tiros, em outubro de 1980. Dorinha foi condenada a seis anos em regime
semiaberto.
AARON IRÁ FINALIZAR:
 Clovis Sahione é autoridade quando o assunto é gente que mata por amor. "Matar por amor não é
crime. O princípio do ser humano é o sentimento, e quando essa emoção é traída, aviltada, ele
pratica então esses atos chamados criminosos. Para essas pessoas, o amor tem de ser
neurótico para poder existir, é um precisar do outro de tal forma que não consegue viver sem
ele. Geralmente, um é mais forte que o outro na relação. O que mata é sempre o mais fraco".
 Ou seja, Marcos Pimenta Neves não matou a vitima porque quis e sim devido a sua condição
mental, provando que o acusado deve cumprir pena em um hospital psiquiátrico, como previsto no
Art. 152, § 1º do Código de Processo Penal.
 Com isso, o pedido de defesa é o requerer o cumprimento da pena em hospital judicial psiquiátrico
(ou tratamento na casa do réu), com fundamento do Art. 152, I, do Código de Processo Penal, em
virtude do estado de insanidade mental. Caso não for aceito, que seja aplicado o , Art 121, § 1º, do
Código penal

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