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Faculdade da Amazônia
Curso de Direito

Curso:
Modulo 01: Nivelamento

Prof. Dr. Wando Dias Miranda


RESERVADO wandomiranda@outlook.com
Objetivo do Curso

Trabalhar os elementos teóricos e conceituais relacionados a psicopatia do


tipo Serial Killer, destacando os principais estudos sobre a temática.

O curso é composto de 8h presenciais e mais 8h remotas com atividades


complementares com curso desenvolvidas na plataforma do Google Forms,
onde será feita uma avaliação, a qual no final será concedida certificação com
Carga Horária de 16h.

O curso é destinado aos alunos da Faculdade da Amazônia, sendo de


natureza interdisciplinar, sobre a responsabilidade do professor ministrante e
anuência do coordenador do curso de Direito da Instituição

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O que significa Criminal Profiling ?

Apesar de pouco conhecimento no Brasil, o Criminal Profiling dedica-se a


estudar o comportamento e a personalidade de autor de um crime com o foco
na fase investigativa e tem como objetivo identificar o perfil criminal desse
indivíduo

Área de atuação multidisciplinar envolvendo conhecimentos do direito,


psicologia, psiquiatria, sociologia, antropologia, história, geografia,
matemática, ciência da computação entre outras mais especificas de acordo
com a natureza do crime

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Foco do curso: Serial Killer

Quem é o Serial Killer?

Termo relativamente novo nos estudos de criminologia, sendo empregado pela


primeira vez nos anos de 1970 por Robert Ressler, do Behavioral Sciences
Unit – BSU do FBI.

Serial Killer são indivíduos que comentem uma série de homicídios durante
algum período de tempo, com pelo manos alguns dias de intervalo entre eles,
com modus operandi padrão.

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Quem é o Serial Killer?

O serial killer é um dos tipos de psicopata. Ele é de um grau mais grave e


severo dentre tantos outros tipos de psicopatia que não necessariamente
levará o sujeito a ser um criminoso, ainda mais um matador em série com
modus operandi delimitado. Estimasse-se que cerca de 4% da população
mundial seja algum tipo de psicopata e menos de 2% corresponde ao serial
killer.

A psicopatia é um transtorno de personalidade caracterizado por alterações no


comportamento como falta de empatia, afeto e/ou remorso e gerenciamento
inadequado da raiva, por exemplo. A pessoa psicopata tende a ser bastante
manipuladora e centralizadora, apresentando, assim, comportamentos
extremamente narcisistas e não se responsabilizando por nenhuma de suas
atitudes.
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A identificação da psicopatia?

A psicopatia pode ocorrer devido a alterações cerebrais, fatores genéticos e


traumas na infância (como abusos emocionais). O diagnóstico da psicopatia é
feito por um psiquiatra baseado no Teste de avaliação de psicopatia de Hare
ou PCL-R, em que são avaliadas as características do comportamento da
pessoa.

O teste de psicopatia de Robert Hare, ou PCL-R, é um instrumento de


referência internacional. É utilizado, sobretudo, para avaliar a população
carcerária, mas também é útil no âmbito clínico e no forense.

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Teste de avaliação de psicopatia de Hare ou PCL-R

O teste de psicopatia de Robert Hare é composto por 20 itens. Na realidade, é


uma escala de avaliação. Ou seja, é aplicado por meio de uma entrevista
semiestruturada na qual o profissional deve avaliar cada pergunta formulada
com uma pontuação entre 0 e 2.

Cabe destacar que o resultado dessa avaliação não decorre apenas da


entrevista. Também é preciso levar em conta o histórico criminal da pessoa, os
relatórios periciais, histórico profissional e familiar, atas de julgamentos,
avaliações de iguais, etc.

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Quais são as dimensões avaliadas nesse teste de psicopatia

1. Loquacidade / Encanto superficial. 13. Falta de metas realistas a longo


2. Egocentrismo prazo.
14. Impulsividade.
3. Necessidade de estimulação
15. Irresponsabilidade.
4. Mentira patológica.
16. Incapacidade de aceitar a
5. Direção / Manipulação
responsabilidade das próprias ações.
6. Falta de remorso e culpabilidade.
17. Várias relações conjugais breves.
7. Baixa profundidade dos afetos.
18. Delinquência juvenil.
8. Insensibilidade / Falta de empatia.
19. Revogação da liberdade
9. Estilo de vida parasita.
condicional.
10. Falta de controle comportamental.
20. Versatilidade criminal.

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Confiabilidade e validade do teste de psicopatia de Robert Hare

Robert Hare destaca que, com esse teste, também podemos ver diante de
qual tipo de psicopata estamos. Lembremos que nem todos os psicopatas
matam nem cometem atos violentos. Uma boa parte deles se define apenas
por uma personalidade manipulativa e narcisista, o que dificulta tanto a
convivência quanto a sua identificação.

Psicopatas sociais; Sociopatas; Políticos; Portadores de poder...

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Qual a diferença entre psicopata e sociopata?

Psicopatas e sociopatas sofrem de Transtorno de Personalidade Antissocial


(TPAS) e a principal diferença entre os dois está no modo como eles
desenvolveram a doença.

“A realidade da personalidade antissocial é um pesadelo da pessoa normal; a


realidade da pessoa normal é um pesadelo do psicopata” (SIMON. 2009, p 39)

A psicopatia é considerada uma condição inata do indivíduo, ou seja, a pessoa


já nasce psicopata. Por outro lado, a sociopatia é desenvolvida durante a vida,
por meio da educação, relações sociais ou traumas.

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Dexter Morgan
da série Dexter e
seu passageiro
sombrio e Alex
do cultuado filme
Laranja
Mecânica são
exemplos dessas
personalidades.

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Os serial killers são divididos em quatro tipos:

1 - VISIONÁRIO: é um indivíduo completamente insano, psicótico. Ouve vozes dentro


de sua cabeça e as obedece. Pode também sofrer alucinações ou ter visões.

2 - MISSIONÁRIO: socialmente não demonstra ser um psicótico, mas internamente


tem a necessidade de “livrar” o mundo do que julga imoral ou indigno. Este tipo escolhe
um certo grupo para matar, como prostitutas, homossexuais, etc.

3 - EMOTIVOS: matam por pura diversão. Dos quatro tipos estabelecidos, é o que
realmente tem prazer de matar e utiliza requintes sádicos e cruéis.

4 – LIBERTINOS ou SÁDICOS: são os assassinos sexuais. Matam por “tesão”. Seu


prazer será diretamente proporcional ao sofrimento da vítima sob tortura e a ação de
torturar, mutilar e matar lhe traz prazer sexual. Canibais e necrófilos fazem parte deste
grupo.
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Serial killers são
divididos pelas
categorias de: a)
“organizados” e b)
“desorganizados”

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Os Serial killers
podem ser de
duas categorias
de acordo com o
padrão de seus
assassinatos: a)
geograficamente
estáveis ou b)
não estáveis.

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Segundo o psicólogo Dr. Joel Norris, existem seis fases do ciclo do serial killer:

1. FASE ÁUREA: onde o assassino começa a perder a compreensão da


realidade;

2. FASE DA PESCA: quando o assassino procura a sua vítima ideal;

3. FASE GALANTEADORA: quando o assassino seduz ou engana sua vítima;

4. FASE DA CAPTURA: quando a vítima cai na armadilha;

5. FASE DO ASSASSINATO OU TOTEM: auge da emoção para o assassino;

6. FASE DA DEPRESSÃO: que ocorre depois do assassinato.

OBS: Em alguns casos o Serial Killer guarda uma recordação do crime para revivê-la na mente,
chegando em alguns casos a revisitar o local do crime.
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Quem é a Vítima?

As vítimas do serial killer são escolhidas ao acaso ou por algum estereótipo


que tenha significado simbólico para ele.

Diferente de outros homicídios, a ação da vítima não precipita a ação do


assassino. Eles são sádicos por natureza e procuram prazeres perversos ao
torturar suas presas, chegando até a “ressuscitá-las” para “brincar” um pouco
mais. Têm necessidade de dominar, controlar e possuir a pessoa.
Quando a vítima morre, eles são novamente abandonados à sua misteriosa
fúria e ódio por si mesmos. Este círculo vicioso continua em andamento até
que seja capturado ou morto.

São consideradas objetos de suas fantasias.

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Quem é a Vítima?

São consideradas objetos de suas fantasias;

Práticas de torturas e humilhação são utilizadas para obtenção de satisfação;

Dominador;

No caso do ato sexual, pesquisas do BSU/FBI apontam que o prazer sexual


está ligado diretamente com a resistência da vítima;

Não existe uma prevenção de fato, uma vez que o perfil das vítimas está
ligado com a motivação do agressor.

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Aspectos Gerais e Psicológicos dos Serial Killer

Para Hare (2013) não existe nenhum aspecto isolado na infância que define tal
comportamento no futuro, mas em diversos casos analisados a “terrível tríade”
parece estar presente no histórico de todos os serial killers: enurese em idade
avançada, abuso sádico de animais ou de outras crianças, destruição de
propriedade;

Piromania e desrespeito a autoridade também são outras características


marcantes;

Para os serial killers a fantasia é compulsiva e complexa. Acaba se


transformando no centro de seu comportamento, em vez de ser uma distração
mental. O crime é a própria fantasia.

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Aspectos Gerais e Psicológicos dos Serial Killer

O Papel da Fantasia

Para os serial killers a fantasia é compulsiva e complexa. Acaba se


transformando no centro de seu comportamento, em vez de ser uma distração
mental. O crime é a própria fantasia.

A escalada da fantasia, ao exigir constante reforço e, para tanto, sucessão de


vítimas, acaba se tornando o motivo do crime e estabelecendo a “assinatura”
do criminoso.

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Aspectos Gerais e Psicológicos dos Serial Killer

O Controle

Para o serial killer, a fantasia provê sua necessidade de controle da situação.

O assassinato aumenta a sensação de controle do criminoso sobre sua vítima.

Constata-se a procura de controle por parte do serial killer a partir da observação


do local onde ele vai realizar sua fantasia, do roteiro ao qual ele submete a vítima,
das armas que ele eventualmente usa ou traz consigo e do tipo de mutilação que
ele inflige à vítima. O agressor faz aquilo que acredita que o manterá no controle,
alimentando e reforçando sua fantasia.

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Aspectos Gerais e Psicológicos dos Serial Killer

A Dissociação

Para parecer uma pessoa normal e misturar-se aos outros seres humanos, o
serial killer desenvolve uma personalidade para contato, ou seja, um fino verniz
de personalidade completamente dissociado do seu comportamento
violento e criminoso.

São Camaleões sociais.

Seu verniz é tão perfeito que as pessoas na prisão confiam nele e em seu
comportamento, sem entender como aquela pessoa tão educada e solícita, calma
e comportada, possa ter cometido crimes tão numerosos e violentos.

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Aspectos Gerais e Psicológicos dos Serial Killer

A Empatia

Empatia é a capacidade de considerar e respeitar os sentimentos alheios. É a


habilidade de se colocar no lugar do outro, ou seja, vivenciar o que a outra
pessoa sentiria caso estivéssemos na situação e circunstância experimentadas
por ela. Somente pela definição do que é empatia, já fica claro que esse não é um
sentimento capaz de ser experimentado por um psicopata. Para os psicopatas,
as outras pessoas são meros objetos ou coisas, que devem ser usados
sempre que necessários para a satisfação do seu bel-prazer. (SILVA. 2014, p
69)

A falta de empatia apresentada pelos psicopatas é geral.

são incapazes de amar e nutrir o sentimento de compaixão e reciprocidade.


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Aspectos Gerais e Psicológicos dos Serial Killer

A Intimidade

Para o serial killer, a intimidade está em “dividir” com a vítima seus mais secretos
desejos e sentimentos pessoais.

O agressor não é parceiro da vítima, ela é apenas o objeto de sua fantasia.

O ritual a que submete a vítima acaba sendo para ele o máximo da intimidade;
sob seu controle, desnuda-a em todas as suas fantasias.

A intimidade com uma outra pessoa funciona apenas como uma estória cobertura
para suas verdadeiras motivações, são egoístas e manipuladores em sua
essência.
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Aspectos Gerais e Psicológicos dos Serial Killer

Repetição ou Reencenações

A repetição e reencenação servem para alimentar a fantasia, reforçando a


escalada de comportamento violento.

Lembranças ou souvenirs de suas vítimas, como objetos ou partes do corpo.

Outros ainda matam sempre no mesmo local, embaralhando na sua cabeça o


momento passado com o atual

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Abuso na Infância e outras Características

Segundo dados do BSU/FBI grande maioria dos serial killers (cerca de 82%)
sofreu abusos na infância. Esses abusos podem ser de diversas naturezas,
podemos destacar as sexuais, físicos, emocionais ou relacionados à negligência
e/ou abandono.

Não é fácil identificar um abusador de crianças, pois estão presentes em todos os


segmentos sociais, etnias, religiões, profissões, classes sociais, etc. Em sua
maioria, são homens, entre a adolescência e a meia-idade.

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Abuso na Infância e outras Características

Características mais comuns constatadas segundo o BSU/FBI:

01 - Um terço dos abusadores é viciado em alguma substância entorpecente;

02 - A proporção constatada é de oito homens abusadores para apenas uma


mulher;

03 – Os casos mais frequentes são intrafamiliares;

04 - Meninas têm maior chance de ser molestadas por membros da família do


que meninos;

05 - Criminosos que abusam de meninos mostram um maior risco de reincidir


do que aqueles que abusam de meninas.
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Quem são os abusadores sexuais

os abusos sexuais infantis em três categorias:

a) crianças espancadas que sofrem ferimentos principalmente na área


genital;

b) crianças que tiveram contato genital não apropriado com adulto ou


sofreram tentativa de intercurso sexual e

c) crianças que tiveram contato com a sexualidade adulta, possivelmente


via pornografia.

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Quem são os abusadores sexuais

Os abusadores sexuais são classificados em três tipos:

a) pedófilos (seduzem crianças com atenção e presentes);

b) odiadores de crianças e

c) aproveitadores de pornografia ou prostituição infantil.

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Entre os serial killers estudados pelo BSU/FBI, podemos destacar outra
característica encontrada com facilidade em sua personalidade:

Tenso e difícil, às vezes até inexistente, relacionamento familiar;

Crueldade com animais ou comportamento sádico

Evolução das fantasias com o tempo;

Ausência de compaixão

São excelentes atores social com uma alta capacidade para dissimulação,
manipulação e mentira.

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Entre os serial killers estudados pelo BSU/FBI, podemos destacar outra
característica encontrada com facilidade em sua personalidade:

Tenso e difícil, às vezes até inexistente, relacionamento familiar;

Crueldade com animais ou comportamento sádico

Evolução das fantasias com o tempo;

Ausência de compaixão

São excelentes atores social com uma alta capacidade para dissimulação,
manipulação e mentira.

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Serial killers: Mitos e Crenças

Existem Serial Killers no Brasil?

Todos os Serial Killers são homens?

Serial Killers são loucos?

Serial Killers têm aparência estranha?

Serial Killers possuem a mesma motivação?

As mídias sociais impulsionam o aparecimentos de novos Serial Killers?

Os perfis criminais são infalíveis?


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A análise da cena do crime feita pelo FBI envolve seis passos -
Recomendações.

01 – Análise criteriosa do local do crime;

02 - Processo de Decisão Modelo;

03 - Avaliação do Crime;

04 – Desenvolvimento do Perfil Criminal;

05 – Investigação;

06 – Prisão;

07 – Investigação forense por prisão.


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A Relevância do tema para o Direito, psicologia, educação e demais áreas
do conhecimento

01 – Ampliação da segurança pessoal quanto a novos relacionamentos,


principalmente em ambientes sociais e virtuais;

02 – A ampliação de conhecimentos sobre patologias com potencial ofensivo letal


para pessoas não preparadas devido o rápido envolvimento emocional
desenvolvido por esses indivíduos;

03 – Sociedade digital baseada em aparências;

04 – O aumento das complexidades sociais.

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Sugestão de Filmes e Séries:

Psicose (1960)
O Silêncio dos Inocentes (1991)
Seven – Os sete pecados capitais (1995)
Psicopata Americano (2000)
Zodíaco – (2007)
Precisamos Falar Sobre o Kevin (2011)
Garota exemplar (2014)
Ted Bundy: A Irresistível Face do Mal (2019)

Dexter (2006-2013) e (2021 - ...)


Lie to Me - Engane-me se Puder (2009-2011)
Dupla Identidade (2014)
Hannibal (2013-2015)

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Sugestão de livros:

CASOY, Ilana. Serial Killer: Louco ou cruel? 8º Ed. São Paulo: Ediouro. 2008.
CASOY, Ilana. Serial Killers made in Brasil. Rio de Janeiro: Ediouro. 2009.
DOUGLAS, John. OLSHAKER, Mark. Mundhunter: O primeiro caçador de serial killers americano. Rio
de Janeiro: Intrinseca. 2017.
DOUGLAS, John. OLSHAKER, Mark. De frente com o Serial Killer. Rio de Janeiro: Harper Collins.
2019.
DOUGLAS, John. OLSHAKER, Mark. À sombra do Serial Killer. Rio de Janeiro: Harper Collins. 2021.
HARE, Robert D. Sem Consciência: O mundo perturbador dos psicopatas que vivem entre nós. Porto
Alegre: Artmed. 2013.
RAINE, Adrian. A Anatomia da violência: as raízes biológicas da criminalidade. Porto Alegre: Artmed.
2015.
SILVA, Ana Beatriz Barbosa. Mentes perigosas: O psicopata mora ao lado. São Paulo: Globo. 2014.
SIMON, Robert L. Homens maus fazem o que homens bons sonham. Porto Alegre: Artmed. 2009.
TENDLARZ, Silvia Elena; GARCIA, Carlos Dante. A quem o assassino mata? O Serial Killer à luz da
criminologia e da psicanálise. São Paulo: Arteneu. 2013.
SAPOLSKY, Robert M. Comporte-se: A biologia humana em nosso melhor e pior. São Paulo:
Companhia das letras. 2021.
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“Não importa a teoria, serial killers não se enquadram em
nenhuma linha de pensamento específica. Na verdade, são um
capítulo à parte no estudo do crime.”

Ilana Casoy

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OBRIGADO

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