Você está na página 1de 55

INSTITUTO MACAPAENSE DO MELHOR ENSINO SUPERIOR- IMMES

CURSO DE BACHARELADO EM PSICOLOGIA

LARISSA DE FATIMA PEREIRA DE MORAES

JEFFREY DAHMER: ANALISE DAS CONTINGENCIAS QUE INFLUENCIARAM NO


SEU COMPORTAMENTO DE ASSASSINAR E CANIBALIZAR

Macapá- AP

2018
INSTITUTO MACAPAENSE DO MELHOR ENSINO SUPERIOR- IMMES

CURSO DE BACHARELADO EM PSICOLOGIA

LARISSA DE FATIMA PEREIRA DE MORAES

JEFFREY DAHMER: ANALISE DAS CONTINGENCIAS QUE INFLUENCIARAM NO


SEU COMPORTAMENTO DE ASSASSINAR E CANIBALIZAR.

Monografia apresentada no 10º semestre do curso de


psicologia do Instituto Macapaense do Melhor Ensino
Superior, como requisito básico para Conclusão de Curso
Bacharelado em Psicologia.

Orientador: Ednaldo Façanha Gonçalves

Macapá- AP

2018
APROVAÇÃO
“O mundo não se divide em pessoas boas e más.
Todos temos Luz e Trevas dentro de nós. O que
importa é o lado o qual decidimos agir. Isso é o que
realmente somos.”
(ROWLING, 2015)
Aos meus pais, Marinalva e Junior, com todo amor e gratidão.
RESUMO 

Algumas características do comportamento antissocial ou psicopatia, podem ser


identificadas já na infância, foi o que ocorreu com o serial killer Jeffrey Dahmer, que
por negligência de seus pais os sinais passaram despercebidos e não foram
tratados. A presente pesquisa tem como objetivo identificar e analisar os elementos
históricos apresentados por Jeffrey Dahmer que contribuíram no comportamento de
se tornar um assassino e canibal, tendo como objetivo também identificar o modus
operandis de Jeffrey. A pesquisa se deu através das analise dos filmes” meu amigo
Dahmer (2017) e Dahmer (2002), além como base o livro “meu amigo Dahmer” da
editora Darkside. Os resultados concluíram que os aspectos encontrados no seu
histórico, como as brigas constantes de seus pais, a falta de amigos, e o abuso de
álcool, não justificam os seus crimes cometidos, mais influenciaram no seu
comportamento e poderiam ter sido evitados.

Palavras chaves: Serial Killer; antissocial, Psicopatia, Jeffrey Dahmer.


ABSTRACT
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..............................................................................................................8

REFERENCIAL TEÓRICO.........................................................................................11

CAPITULO 1 PSICOPATIA........................................................................................11

1.1 CONTEXTO HISTÓRICO.................................................................................11

1.2. CAUSAS E CARACTERÍSTICAS.....................................................................12

1.3. CARACTERÍSTICAS NA INFÂNCIA.................................................................14

1.4. DIAGNÓSTICO.................................................................................................16

2. SERIAL KILLER...................................................................................................19

2.1 DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS................................................................19

2.2. MODUS OPERANDI, ASSINATURA, RITUAL.................................................22

2.3. JEFFREY DAHMER..........................................................................................24

3. BEHAVIORISMO RADICAL................................................................................27

2 METODOLOGIA...................................................................................................32

3 ANALISE E DISCUSSÕES..................................................................................35

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................48

BIBLIOGRAFIA..........................................................................................................50
INTRODUÇÃO

A presente pesquisa se constitui em analisar aspectos históricos de um serial


killer, segundo a autora Casoy (2009), serial killer ou assassino em série, é o sujeito
que comete vários homicídios durante um período de tempo, com um lapso temporal
entre cada um deles, podendo ser de dias, meses e até mesmo anos. São agentes
que possuem um perfil psicopatológico, cometem esses crimes com certa
frequência, seguindo um modo de operação, ou seja, um “modus operandi”, tendo o
mesmo modo de executá-los. Geralmente deixam sua marca na cena do crime,
como uma assinatura, para uma possível identificação.
Conforme Barbosa (2008) ninguém vira psicopata da noite para o dia: eles
nascem assim e permanecem assim durante toda a sua existência. Os psicopatas
apresentam em sua história de vida alterações comportamentais sérias, desde a
mais tenra infância até os seus últimos dias, relevando que antes de tudo, a
psicopatia se traduz numa maneira de ser, existir e perceber o mundo.
Autora ainda descreve que desde muito cedo já se é possível identificar
algumas manifestações de atitudes que os indivíduos demostram, pouco ou nenhum
sentimento como maus tratos a coleguinhas ou animais. Sendo geralmente do sexo
masculino.

Segundo o psicólogo experimental Skinner (1904) o comportamento de uma


pessoa se desenvolve através dos resultados de suas vivencias e das
consequências desses comportamentos e do aprendizado que se poderia tirar disso,
ou seja, algumas contingências podem influenciar no desenvolvimento do
comportamento de um assassino.

Segundo Davoglio e Argimon (2010, p. 111) os traços e os comportamentos


dos antissociais, também conhecidos como psicopatas, são um grande desafio para
a psicologia e psiquiatria forense, a quais se mobilizam na busca por evidencias de
validade para diferentes procedimentos de avaliação o leva a concluir que o tema é
de extrema importância, pois:

“Constatou-se que, cada vez mais, a utilização de recursos projetivos


associados a instrumentos psicométricos padronizados está sendo
sugerida na avaliação forense destas personalidades, demandando por
medidas e técnicas de investigação distintas da clínica. Assim, entende-
se que a Psicologia Forense, estuda os aspectos ambientais e pretéritos
do assassino em série, que pratica crimes bárbaros de difícil elucidação.
Deve-se levar em consideração a infância, família e vivência do sujeito,
não levando em conta apenas uma “parte” dele. Sendo está uma
justificativa social, pois entender o funcionamento do sujeito com TPAS
pode levar a sociedade à observar sobre como as crianças podem se
desenvolver de formas diferenciadas, obtendo conhecimento sobre as
mesmas.

A prática do assassinato em série deixa uma parcela de pessoas fazendo


seus questionamentos sobre pensar na ideia de que uma pessoa mata outras sem
motivo aparente, acaba não sendo aceitável e provoca sentimentos de terror e
horror. E surge duvidas de porquê? Como? Quando? Onde? Motivo? E a educação?
Teve? Foi abusado? E os pais? (TAGLIARI; 2010)

Diante destas colocações, foi possível observar que não existe apenas um
fator gerador de um assassino em série, mas sim um conjunto de fatores que
determinarão o comportamento humano, os fatores biológico, psicológico e o social.
O fator biológico é a predisposição genética, o indivíduo nasce com uma
predisposição para a psicopatia. O fator psicológico está diretamente ligado a
traumas adquiridos na infância, pois muitos desses indivíduos sofreram algum tipo
de abuso sexual, físico, emocional, mental ou até mesmo relacionado a negligência
ou abandono em sua infância. O último e não menos importante é o social, que são
as experiências ao longo da vida do indivíduo, haja vista que contribuem
demasiadamente para a formação da conduta de um ser humano (CORDEIRO,
MURIBECA, 2017)

Skinner (1953) em sua teoria, descreve que comportamento pode ser


explicado como fruto de processos de variação e seleção nos níveis filogenético,
ontogenético e cultural (para a espécie humana). Ou seja, características biológicas
e comportamentais são modeladas por processos seletivos. Assim, o
comportamento humano é interpretado como o produto da interação entre três níveis
de variação e seleção: a filogênese (história evolutiva da espécie – nível I), a
ontogênese (história do 2 indivíduo – nível II) e a cultura (nível III).

Nesse sentido, após a análise de artigos e livros, séries, filmes, reportagens e


documentários referentes ao tema psicopatia e serial killer, houve a motivação para
realizar um estudo sobre Jeffrey Dahmer, um serial killer bastante conhecido por
suas características e comportamentos, já apresentando desde a sua infância e
adolescência, comportamentos característicos da psicopatia, tornando-se um
assassino canibal conhecido mundialmente.
O tema foi escolhido por ser um assunto que desperta grande interesse a
maioria das pessoas, e em nós mesmo como pesquisadores, por ser um tema
polêmico e de grande complexidade acerca dos perfis psicológicos e da
criminalidade.

A pesquisa pretende contribuir para a formação acadêmica e proporcionar a


oportunidade de ampliar a visão sobre psicopatia, aumentando os conhecimentos na
área, a fim de embasar as ações do profissional da Psicologia. A pesquisa almeja
ser importante para a ciência, na produção de informações científicas, e para a
sociedade sendo apresentado o tema de forma explanatória para a população local.

Baseado nesta exposição, eis que surgiu o problema de pesquisa: quais os


elementos históricos apresentados por Jeffrey Dahmer que contribuíram no
comportamento de se tornar um assassino e canibal. Tendo como principal
objetivo identificar os elementos históricos e contextuais apresentados por
Jeffrey Dahmer que contribuíram para a instalação e manutenção do
comportamento de assassinar e canibalizar, especificadamente analisando quais
os aspectos históricos que influenciaram o comportamento de Dahmer, além
de identificar o seu modus operandi.

Partindo dessa ideia, é possível que as variáveis presentes no contexto


familiar possam ter contribuído no comportamento de Jeffrey Dahmer de se
tornar assassino e canibal, sendo o seu modus operandi caracterizado por
seguir um padrão específico.

Para tanto, o estudo foi organizado da seguinte forma: no Capitulo 1,


apresento o referencial teórico que embasa o estudo. No Capitulo 2, são
expostos os caminhos metodológicos percorridos. No Capitulo 3, encontram-
se os resultados e discussões seguidas do Capitulo 4 com as considerações
finais sobre a pesquisa.
CAPITULO 1 PSICOPATIA

1.1 CONTEXTO HISTÓRICO

O transtorno de psicopatia já era presente na sociedade mesmo antes da sua


identificação, contudo somente a partir do século XIX é que se começou a ter uma
atenção destinada a pessoas que possivelmente eram portadoras desse transtorno.
Atualmente tal patologia é conhecida como transtorno de personalidade antissocial.
No inicio da descoberta desse transtorno as suas definições e causas eram
desconhecidas, sendo assim, somente depois de estudos de especialistas que se
chegou a uma conclusão.
O termo psicopatia vem da fusão de psico + pat + ia e vem do grego psico
(psyké = alma, borboleta) + pat (pascho = que sofre) + ia significando mente doente,
estado mental patológico caracterizado por desvios que acarretam comportamentos
anti-sociais (ARAÚJO, 2007).
No século XIX a expressão “psicopatia” era utilizada em seu sentido amplo na
literatura médica para nomear doentes mentais de modo geral, não havendo ainda
uma ligação entre psicopatia e personalidade antissocial (HENRIQUES, 2009).
A princípio o estudo da psicopatia era relacionado à pacientes de
manicômios, judiciários e prisioneiros, depois de estudos finalmente se estabeleceu
que as caraterísticas da psicopatia não se encontravam somente nessas populações
prisionais e forenses (WILKOWSKI; ROBINSON, 2008). O termo psicopatia tem uma
história longa e variada que remonta a centenas de anos e até já foi relacionado à
psicopatologia geral ou doença mental (CURRAN; MALLINSON, 1944).
Existe um grande questionamento em relação a diferença entre psicopatia e
Transtorno da Personalidade Antissocial (TPA), uma das diferenças entre as duas
segundo Bodhot, Richards e Gacono (2000), tanto o DSM-5 quanto a CID-10 não
consideram a psicopatia uma condição medica. Após alguns debates a hipótese
mais relevante nos dias hoje é de que ela se trata de um transtorno grave de
personalidade antissocial. Segundo Millon (1998) a psicopatia foi o primeiro
transtorno de personalidade a ser reconhecido. Atualmente é utilizada para
diagnosticar de forma clinica o transtorno da personalidade antissocial, suas
características são predominantes em sujeitos que se comportam de forma
irresponsável até mesmo que cometem alguns atos criminais (HEMPHILL; HART,
2003).
Os psicopatas possuem consciência sob suas práticas, entendendo
perfeitamente o que fazem ou que deixam de fazer, e assim se entra em um grande
questionamento em relação à psicopatia não ser uma condição medico, pois se trata
pelo fato que o psicopata é o sujeito que não está em sofrimento com seu
transtornou, ou seja, ser um psicopata não lhe “faz mal”.

1.2. CAUSAS E CARACTERÍSTICAS

Comumente a figura do psicopata é construída no imaginário popular a partir


do que é visto em filmes, séries e reportagens televisivas, sendo assim o psicopata é
percebido como o sujeito que não demostra sentimentos, na maioria das vezes uma
pessoa fria e manipuladora. É difícil definir um conceito concreto do que seja a
psicopatia, contudo na comunidade cientifica a sua definição se dá a partir dos
critérios estabelecidos pelo DSM-IV para realizar o seu diagnóstico.
Segundo o autor Sabbatini (1998) os psicopatas podem apresentar este tipo
de personalidade, por diversos fatores, como por ter sido removido de seus cérebros
lesões patológicas, tais como tumores ou por apresentarem um metabolismo neural
reduzido, ou por terem sido submetidos a algum trauma psíquico, abandono, abuso
físico ou sexual, abandono e pobreza quando eram crianças, ou ainda por
possuírem um distúrbio neurológico específico como: epilepsia, retardamento
mental, esquizofrenia, depressão, alcoolismo, paralisia cerebral, distúrbios
dissociativos e outros. Também apresentam imaturidade emocionalmente alterada,
impulsividade e quando descobrem que seus comportamentos não são tolerados,
reagem escondendo-os, mas nunca os suprimindo e disfarçando de forma
inteligente as suas características de personalidade. eles são capazes de raciocinar
bem, mas não sentem emoções sociais.
Diferente dos psicopatas encarcerados, segundo Here (1993/2013), existe os
psicopatas de sucesso ou também conhecidos como colarinho branco, que são mais
educados, com melhores condições financeiras, são inteligentes e tendem a ser
aquele seu vizinho ou aquele político de sucesso entre outras pessoas com um perfil
“comum”. Na psicopatia os indivíduos não são descritos como psicóticos, ou doentes
mentais, por não apresentarem alguns sintomas, tais como alucinações, delírios ou
psicoses.
Nas suas relações, esses indivíduos são determinados, grandiosos,
manipuladores, egocêntricos, dominadores e frios em seus atos. não sentem
sentimentos de remorso ou culpa, muito menos sentem empatia, por suas relações e
emoções serem superficiais acabam não conseguindo estabelecer um vínculo com
outro indivíduo. Estes indivíduos possuem comportamentos impulsivos,
normalmente violam as regras da sociedade (HARE, 2004).
Sobre a compreensão das emoções, de acordo com Steuerwald; Kosson
(2000) os psicopatas apenas experimentam uma quase emoção, uma demonstração
sobre sua resposta emocional ou afetiva pode ser encontrada como por exemplo na
música, eles compreendem a letra, mas não conseguem sentir o ritmo. Os
psicopatas também podem conhecer as definições de palavras do dicionário como
medo, ansiedade, desespero, excitação, mas lhes carece de experiência com essas
emoções que possibilitariam entendê-las verdadeiramente.
Em relação ao perfil do psicopata, nos estudos do autor Cleckley (1941) foi
identificado 16 características diferentes que definem ou compõem o perfil clínico do
psicopata. As características são:

CARACTERÍSTICAS
charme superficial e boa inteligência,
ausência de delírios e outros sinais de pensamento irracional,
ausência de nervosismo,
não confiável,
falsidade e falta de sinceridade,
ausência de remorso ou vergonha,
comportamento antissocial inadequadamente motivado,
julgamento deficitário e falha em aprender com a experiência,
egocentrismo patológico e incapacidade de amar,
deficiência geral nas reações afetivas principais,
perda específica de insight,
falta de resposta nas relações interpessoais gerais,
comportamento fantástico e desagradável com bebida e, às vezes, sem,
suicídio raramente concretizado,
vida sexual e interpessoal trivial e deficitariamente integrada
fracasso em seguir um plano de vida.
1.3. CARACTERÍSTICAS NA INFÂNCIA

Alguns casos se seriais killers famosos, tiveram suas primeiras manifestações


logo na sua infância, e assim vale ressaltar que desde a infância já se é possível
observar algumas características psicopáticas, como a mania de destruição,
agressividade com os colegas ou com animais. Certamente a criança que
apresentar esses sintomas não está sujeita a e tornar um assassino em serial killer
na sua vida adulta. Os fatores externos como seu ambiente familiar não evitam a
psicopatia, mas pode inibir uma manifestação grave futura.
Segundo Freud (1996) na sua teoria psicanalítica algumas das razões de
distúrbios comportamentais podem ser explicadas identificando suas causas nas
experiencias na infância, porém não se é possível através de analises de
experiencias de uma criança descrever exatamente como ela se comportará na vida
adulta. Here (2013) admite que alguns psicopatas tendem a mostrar algumas
características já na infância, como problemas de comportamento que se propagam
na vida adulta e refletem num leque de infrações, como roubo, incêndios criminosos,
violência, mentiras persistentes e outro.
Conforme Barbosa (2008), ninguém vira psicopata da noite para o dia: eles
nascem assim e permanecem assim durante toda a sua existência. Os psicopatas
apresentam em sua história de vida alterações comportamentais sérias, desde a
mais tenra infância até os seus últimos dias, relevando que antes de tudo, a
psicopatia se traduz numa maneira de ser, existir e perceber o mundo.
Autora ainda descreve que desde muito cedo já se é possível identificar
algumas manifestações de atitudes que os indivíduos demostram, pouco ou nenhum
sentimento como maus tratos a coleguinhas ou animais. Sendo geralmente do sexo
masculino. Segundo Harold (2013) para eles, torturar animais não é apenas uma
fase. É um ensaio. Outras características encontradas na infância como capacidade
de manipulação, ausência de sentimento de culpa e de empatia, megalomania
(SABBATINI, 1998).
Maffit (1993) descreve que a infância e adolescência é uma fase de
desenvolvimento e cheio de mudanças na personalidade, em função disso existe um
debate em relação adequação do rótulo da psicopatia nas crianças. Devido esses
fatores algumas características da criança como a impulsividade e
irresponsabilidade provavelmente vão mudar e podem até ser incentivados nas
crianças (EDENS et al, 2001). Podendo até ser prejudicial o tratamento na escola de
uma criança diagnosticada com psicopatia.
Loeber e Dishion (1983) mencionaram como preditores de comportamento
antissocial história de criminalidade na família, disciplina severa, baixo nível de
coesão intrafamiliar e baixa afetividade.
De acordo com Patterson e cols, (1992) a efetividade do comportamento
antissocial está relacionada principalmente às características da interação familiar, à
medida que os membros da família treinam diretamente esse padrão
comportamental na criança.
Segundo Dumas e Wahler (1985) os pais, em geral, não são contingentes no
uso de reforçadores positivos para iniciativas pró-sociais e fracassam no uso efetivo
de técnicas disciplinares para enfraquecer os comportamentos desviantes
(DEBARYSHECOLS, 1993).
Casais que discutem relacionamentos na frente dos filhos, ou os que tem
vários vícios, já ele o álcool, as drogas, o adultério e tantos outros, juntamente com
violência doméstica, tanto agressões físicas ou psíquicas, tendem a alimentar em
seus filhos a desesperança e a agressividade, que se tornara numa válvula de
escape como grito de socorro deles (TORRES, ALFREDO, 2007,p.01).
O autor Brandão (2004) propõe que um tipo de relacionamento familiar ideal
seria aquele baseado nas premissas do diálogo, na negociação e argumentação.
Adolescência é uma fase de muitas dúvidas, essas devem ser ouvidas, debatidas e
elucidadas com liberdade e sem preconceitos. Caso contrário, poderão gerar
ansiedades, angústias e frustrações, colaborando, dessa forma, para que a
população adolescente se torne um dos grupos mais vulneráveis aos riscos atuais
(TAKIUTI, 1997). Segundo Takiuti (1997), os adolescentes necessitam dialogar,
conversar, ouvir e expor suas dúvidas, opiniões, críticas e ideias num ambiente
marcado por compreensão, afeto e respeito.
1.4. DIAGNÓSTICO

Por não ser apenas uma fase de alterações do comportamento


momentâneas, a psicopatia não tem cura, por se tratar de um transtorno da
personalidade que possui algumas formas de se manifestar, e só se apresenta
barreiras de convivência aqueles com um grau maiores. Segundo o DSM-IV, a
psicopatia tem um curso crônico, no entanto pode tornar-se menos evidente à
medida de que o indivíduo envelhece.
Para a DSM-IV o diagnóstico de transtorno de personalidade antissocial se da
através de alguns critérios como:
Um padrão global de desrespeito e violação dos direitos alheios, que ocorre
desde os 15 anos, indicado por, no mínimo, três (ou mais) dos seguintes critérios:
Incapacidade de se adequar as normas sociais com relação a comportamentos
lícitos, indicada pela execução repetida de atos que constituem motivo de
detenção;
Propensão para enganar, indicada por mentir repetidamente, usar nomes falsos
ou ludibriar os outros para obter vantagens pessoais ou prazer;
Impulsividade ou fracasso em fazer planos para o futuro;
Irritabilidade e agressividade, indicadas por repetidas lutas corporais ou agressões
físicas;
Desrespeito irresponsável pela segurança própria ou alheia;

Irresponsabilidade consistente, indicada por um constante fracasso em manter um


comportamento laboral consistente ou em honrar obrigações financeiras; e
Ausência de remorso, indicada pela indiferença ou racionalização por ter ferido,
maltratado ou roubado alguém.

Em relação ao possível tratamento dos psicopatas esse assunto na maioria


dos casos era visto de forma pessimistas pelos psicólogos, como Cleckey (1941)
que acreditava que devido suas características eles não teriam a capacidade de
formar vínculos emocionais com o terapeuta, não sendo possível desenvolver uma
terapia efetiva, sendo assim não se beneficiariam dela.
Até a década de 1980 a falta de um método padrão para avaliar a psicopatia
era uma dificuldade encontrada no estudo de psicopatia (Hare e Neumann; 2006).
Com o surgimento do PCL-R (Psychopathy Checklist-Revised) surgiu uma
oportunidade de descrever e avaliar a psicopatia, mesmo não sendo a única forma
de avaliar, pelo seu histórico acabou se tornando o método padrão (HUSS;
LANGHINRICHSEN-ROHLING, 2000).
PCL-R é instrumento com 20 itens que podem ser divididos em dois grupos
ou fatores derivados estatisticamente, que requer o julgamento clinico de um
especialista para pontua-los. Cada termo é avaliado em uma escala de 3 pontos
variados de 0 a 2. Um escore de 0 indica ausência de sintoma, 1 possível presença
de um item e 2 é pontuado se o sintoma for definitivamente exibido pelo
examinando. O PCL-R é normalmente pontuado por meio do exame de informações
colaterais e de uma entrevista semiestruturada (HUSS; 2009).
A maioria dos itens no PCL-R está agrupada em duas categorias relacionado
a psicopatia, mas separados um do outro. Esses dois fatores servem como uma
distinção importante para a nossa compreensão atual da psicopatia. O fator 1
consiste em 8 itens, frequentemente rotulado como o fator interpessoal/afetivo
porque é composto de itens, em grande parte relacionam ao comportamento
interpessoal e a expressão emocional. O fator 2 é frequentemente rotulado como
fator do estilo de vida socialmente desviante/antissocial e consiste de itens
baseados no comportamento.

Itens que se sobrepõem


1. Lábia/charme superficial - Fator 1
2. Senso grandioso de auto estima - Fator 1
3. Mentira patológica - Fator 1
4. Ausência de remorso ou culpa - Fator 1
5. Afeto superficial - Fator 1
6. Crueldade/falta de empatia - Fator 1
7. Comportamento sexual promiscuo
8. Falta de objetivos realistas de longo prazo -Fator 2
9. Impulsividade - Fator 2
10. Irresponsabilidade - Fator 2
11. Falha em aceitar responsabilidade pelas próprias ações - Fator 1
12. Versatilidade criminal
Itens que não se sobrepõem
13. Necessidade de estimulação - Fator 2
14. Ludibriador/manipulador - Fator 1
15. Estilo de vida parasita - Fator 2
16. Controle deficiente de comportamento - Fator 2
17. Problemas comportamentais precoces - Fator 2
18. Muitas relações conjugais de curta duração
19. Delinquência juvenil - Fator 2
20. Revogação da liberação condicional - Fator 2
Um dos requisitos exigidos para se fazer o diagnóstico do transtorno da
personalidade antissocial, é que o indivíduo tenha no mínimo 18 anos de idade, é
necessário que ele apresente evidências de transtornos da conduta com surgimento
anterior aos 15 anos de idade (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2014).
Ao aplicar o campo da psicopatia, gera um grande problema estendendo-se
às crianças e adolescentes, é o mesmo que causou problemas ao campo para a
medida antes da década de 1980. A medida utilizada da psicopatia em adultos com
maior frequência, o PCL-R, não é aplicável aos jovens. As tratativas mentais são
diferentes, o amadurecimento mental não é exatamente igual, pois divergem quando
se aplica os métodos. Por exemplo, itens como relações conjugais de curta duração
e versatilidade criminal adulta não serão aplicados aos jovens. Como resultado, os
estudos iniciais que focaram os jovens usaram uma versão modificada do PCL-R
que se tornou conhecida como Psychopathy Psychopathy Checklist: Youth Version
(PCL:YV). Vários itens do PCL:YV foram substituídos e alterados para serem
aplicáveis aos jovens e ele tem especificamente a intenção de uso com jovens entre
13 e 18 anos. É notório a compactação para adequação dos estudos aos jovens,
esses aspectos se fizeram necessário para disponibilizar uma versão especifica e
compatível com faixa etária (FORTH; KOSSON; HARE, 2003)
O PCL-R não é uma ferramenta para verificar a possibilidade de uma criança
se torna um psicopata futuramente, mas para diagnosticar a psicopatia (HART,
1998). Existem muitas informações referentes a como e o por que os psicopatas
tendem a ter um determinado comportamento. Algumas dessas informações são
similares à conceitualização original de Cleckley, mas boa parte delas explica alguns
dos seus comportamentos potencialmente contrastantes que anteriormente eram
simplesmente um mistério.
Também se utiliza para avaliação o teste de Rorschach que se caracteriza
como um instrumento projetivo que se baseia nas interpretações realizadas por meio
das respostas do indivíduo em dez pranchas com manchas de tintas simétricas.
Apesar de não ter sido desenvolvido especificamente para avaliar o funcionamento
patológico da personalidade, estudos apontam para a eficiência desse instrumento
em avaliar esses transtornos mentais (Mihura, Meyer, Bel-Bahar & Gunderson,
2003).
Concluímos que não devemos considerar um sujeito psicopata, por
apresentar algumas características superficiais, para o diagnóstico completo é
necessário fazer avaliação e posteriormente algum dos testes disponíveis, torna-se
necessário que o profissional avalie com cautela, para não se equivoca-se em falhar
no diagnostico, e assim prejudicar o sujeito.

1.5 SERIAL KILLER

1.5.1 DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS

Cada serial killer contem características diferentes, agem de formas e por


motivos diferentes um dos outros, mas eles te algo em comum: o assassinato.
Veremos que os seriais killers podem ser divididos em alguns tipos de acordo com a
forma e o motivo que impulsionaram a cometer o assassinato.

Na década de 70, Robert k. Ressler agente aposentado do FBI (Federal


Bureau of Investigation) foi o criador do termo” serial killer (assassino em série) que
se aprofundou no estudo do assunto. Ele pertencia a uma unidade do FBI chamada
Behavioral Sciences Unit – BSU (Unidade de Ciência Comportamental) (CASOY,
2009).
Segundo o projeto de Lei do Senado nº 140/2010, os Serial Killers são
considerados agentes que praticam no mínimo três homicídios, sendo eles dolosos,
em determinado lapso temporal. Trata-se de um indivíduo com problemas psíquicos
cuja conduta social e a personalidade do agente, as circunstâncias do crime e
principalmente o perfil das vítimas indicam que o modo operacional de efetuar o
crime sempre obedece a um procedimento criminoso padrão. (BRASIL, 2010).
Segundo autora Casoy (2009), o assassino em série trata-se do sujeito que
comete vários homicídios durante um período de tempo, com um lapso temporal
entre cada um deles, podendo ser de dias, meses e até mesmo anos. São agentes
que possuem um perfil psicopatológico, cometem esses crimes com certa
frequência, seguindo um modo de operação, ou seja, um “modus operandi”, tendo o
mesmo modo de executá-los. Geralmente deixam sua marca na cena do crime,
como uma assinatura, para uma possível identificação.

A autora ainda divide os seriais killers em quatro tipos: Visionário, Missionário,


Emotivo e o Sádico. Os seriais killers também podem ser divididos em quatro tipos
de acordo com a maneira em que encontram suas vítimas: Caçador, Fugitivo,
Oportunista e Ardiloso. a explicação de cada tipo pode ser acompanhada no
apêndice NA PÁGINA X (INNES, 2009).

Os seriais killers também podem ser classificados como assassinos


organizados que segundo Casoy (2009) é aquele que exibe um grande grau de
inteligência e planeja os seus crimes com cuidado, sempre atento aos detalhes,
também possui um ótimo relacionamento com a sociedade, conseguem se adequar
a ela, e com isso apresentam uma vantagem, conseguindo assim, seduzir a sua
vítima com confiança e segurança. Esse indivíduo ainda possui um breve
conhecimento na área da ciência forense e por isso consegue não deixar rastros na
cena do ato delituoso, dificultando a investigação do crime. Muitas vezes ele se
orgulha do ato que praticou, como se não passasse de um projeto feito por ele, e
ainda acompanha os delitos que cometeu pela mídia, de uma maneira cuidadosa
(CASOY, 2009).

Os desorganizados são impulsivos, reclusos, introvertidos, se reprimem de


qualquer tentativa de contato com as outras pessoas, são de pouca inteligência e
movidos pela emoção e pela ansiedade. Podem apresentar um histórico de
problemas mentais e com hábitos e personalidade assustadores e excêntricos,
costumam ter poucos amigos. Ele não planeja seu crime e nem se preocupa em
encobrir os rastros dele, muitas vezes até costuma deixar a arma do crime e a vítima
no local do delito. Adota ritos para a configuração de seus atos, como a necrofilia,
que é o contato sexual com cadáveres, abuso sexual, mutilações e canibalismo,
sempre procura sua vítima quando surge uma oportunidade, a escolhendo
aleatoriamente, não seguindo um padrão para selecioná-la. O assassino tem pouca
consciência do crime que cometeu, pode até chegar a bloquear da memória os
assassinatos (CASOY; 2009).

Os serial killer podem apresentar traços de psicopatia e sadismo. Porém, isso


não significa que, todo sádico ou psicopata seja, um serial killer. Mas, há uma maior
probabilidade de o serial killer ser um psicopata ou sádico. portanto torna-se
importante um atendimento criterioso do serial killer, pois os assassinatos cometidos
por eles e seu comportamento quando são presos demonstram traços de sua
personalidade que precisam ser devidamente considerados quando de seu
diagnóstico e tratamento. MORANA; STONE; ABDALLA; FILHO, 2006)

Os seriais killers são confundidos com os assassinos em massa ou “mass


murderer” ‟, é a expressão usada para qualificar aquele indivíduo que mata de
quatro a mais vítimas, em um mesmo local e que são relacionadas com um único
episódio criminoso. Agem geralmente em público, tentando fazer o maior número de
vítimas possível. Diferentemente dos assassinos em série, ataca muitas vezes
membros da própria família ou grupo de pessoas totalmente desvinculadas de seus
problemas. Esses tipos de assassinos são em grande número nos Estados Unidos;
pessoas que perdem o emprego e se vingam dos ex colegas, pessoas que
executam toda uma família, logo depois de matarem, entregam-se a polícia ou se
matam (BONFIM, 2010).

Segundo o mesmo eles possuem característica em comum como a


perturbação mental, o que em geral, é decorrente da infância traumática que
tiveram, o que ocasiona diversas consequências ruins em sua vida adulta. São
indivíduos de mente fraca, todavia, alguns com inteligência excepcional, só que
utilizada para a prática de crimes, geralmente cruéis. (BONFIM, 2010)

O uso abusivo do álcool também se encontra em uma das características dos


seriais killers, para Eça (2010) o uso abusivo de álcool faz pensar em
personalidades anormais, principalmente, do tipo psicopático, apontando alguns
tipos:

1.Depressivo: utiliza da droga como “fonte de felicidade” que não encontra


dentro de si;
2.Distímico: que tem na droga a saída para a sensação desagradável dos
sintomas depressivos persistentes que lhe atormentam;
3.O inseguro de si mesmo, para qual a droga fornece credibilidade que não
encontra dentro de si, dando-lhe força para poder tomar atitudes que de
outra maneira não tomaria;
4.Abúlico (apático), que usa o tóxico como “gasolina da vida”, já que lhe
falta vontade e energia, emprestadas então pelo tóxico.

Para Cordeiro (2011), uso do álcool pode trazer um alívio rápido para sua
tensão interior, pode negar as angústias e anestesiar o sujeito dos estresses da vida
e do autoerotismo (prazer intenso no corpo).

Em muitos casos de seriais killers famosos, é exibido que grande parte fazem
o uso de alguma substância química, principalmente o álcool, também é observado
características em comum como problemas familiares durante a sua infância, que se
tornaram reforçadores para o comportamento de cometer assassinatos.

2.2. MODUS OPERANDI, ASSINATURA, RITUAL

Além de identificar os tipo de serial killer, se faz necessário analisar a forma


que ele cometeu os crimes, ou seja o seu modus operandis, o modus operandis de
um assassino é a chave principal para assim conseguir identificar os possíveis
suspeitos, cada assassino em série possui uma forma exclusiva de agir.
Autora Casoy (2009), descreve que existem mais três características que
descrevem os seriais killers: modus operandi, ritual e assinatura.
O modus operandis é uma maneira de agir, operar ou executar o ato delituoso
seguindo sempre os mesmos procedimentos, podendo mudar e/ou se aperfeiçoar
com o tempo (GENOVÉS; LUCIO, 2009).
Modus operandi segundo Douglas (ano), é um comportamento adquirido. É o
que o criminoso faz para cometer um crime é algo dinâmico, pois pode ser mudado,
ou seja aperfeiçoado.
Silva (2017) certifica que o modus operandi assegura o sucesso do
delinquente em sua empreitada, protege sua identidade e garante que a fuga tenha
sucesso, porém, encontrar o mesmo modus operandi em diversos delitos não ajuda
no ligamento de um crime ao outro. Conforme o sujeito passa a praticar esses atos
criminais, as técnicas de execução das mortes de suas vítimas passam a ser
modeladas e melhoradas, fazendo com que a execução dessas mortes sejam quase
que perfeitas
De acordo com vallasques (2008), define-se o modus operandi observando e
estudando a arma, a vítima e o local dos crimes. Os principais itens analisados
durante o levantamento do MO costumam ser: características, classe de propriedade
atacada e aspectos geográficos, o local escolhido e entrada, forma de entrada,
objetos utilizados, armas escolhidas, tempo, estilo, transporte utilizado, Troféu,
assinatura (essa, invariável por ser diretamente relacionada com as fantasias e
necessidades psicológicas.) (vallasques; 2008).
O ritual é um comportamento que vai além de simplesmente matar. É algo
que está diretamente ligado às fantasias da infância do assassino. São
comportamentos provenientes do desenvolvimento psicossexual do indivíduo e de
grande relevância para satisfação emocional dele (GENOVÉS; LUCIO, 2009).
Segundo Casoy (2009) o ritual é o comportamento que excede o necessário para a
execução do crime e é baseado nas necessidades psicossexuais do criminoso,
imprescindível para sua satisfação emocional. Rituais são enraizados na fantasia,
além de cativeiro, escravidão, posicionamento do corpo entre outros, podendo ser
constante ou não.
Já a assinatura é uma combinação de comportamentos, identificada pelo
modus operandi e pelo ritual. Não se trata apenas de formas de agir inusitadas. A
assinatura é uma forma particular que o serial killer tem para marca suas vítimas, é
única, como uma digital e também é estática, ou seja, nunca muda, pode ser um
corte diferenciado, uma amarração inusitada ou mesmo uma forma particular de
expor o corpo da vítima. Esses três elementos conectam o crime para facilitar na
investigação policial (GENOVÉS; LUCIO, 2009).
Na maioria das vezes a vítima representa um objeto de fantasia no qual o
criminoso exercita seu poder e seu domínio. Também alguns seriais killers cometem
seus crimes motivados por ódio às mulheres, desejo de controle, dominação. e
vinganças reais ou algumas vezes imaginárias. (CASOY, 2009).
De acordo com Wanderley (2004) alguns serial killers não hesitam em torturar
suas vítimas quando estão ao seu domínio, em alguns casos eles chegam a fazer
com que as vítimas desmaiem e logo em seguida voltam a reanimá-las, para que
possam prosseguir com seu jogo de massacre, assim prosseguem até que
finalmente matem suas presas definitivamente, ao matar, humilha a vítima, para
reafirmar seu poder e reafirmar sua autoestima, para que haja prazer é realizado um
circuito energético interno do psiquismo, da libido.

Segundo CASOY (2009) as razoes psicológicas para esse comportamento


não são difíceis de entender, pois a grande maioria dos seriais killers foi submetida a
formas extremas de abuso psicológico na infância. Eles eram levados a sentir
completamente impotentes e humilhados. Como resultado, cresceram com uma
necessidade perversa de causar o mesmo tipo de sofrimento aos outros. A única
maneira de superar seus profundos sentimento de impotência é ter o total controle
sobre outro ser humano

Bonfim (2010) descreve que os seriais killers em sua vida sexual muitos são
homossexuais e a grande maioria deles impotente, mostrando, relacionamentos mal
sucedidos, também faz parte da característica desses sujeitos o fato de eles
repetirem e reencenarem os atos violentos para alimentar a sua fantasia e satisfazer
o seu prazer sexual, sendo um exercício mental o criminoso relembrar o crime que
cometeu. O desejo de controle e poder sobre a vítima vêm, em grande parte,
explicado pela violência e pelos abusos que a maioria desses indivíduos sofreu em
sua infância. São egoístas, desleais, tem personalidade autocentrada.
O autor ainda enfatiza que o matador em série busca o prazer sexual antes
ou depois da morte da vítima, impondo-lhe a prática sádica de algumas perversões,
a par de praticar vários homicídios em série (BONFIM; 2010).
Necrofilia e canibalismo são características presentes em alguns seriais
killers, no canibalismo se evidencia uma vez que atende ao critério de
insensibilidade, ausência de empatia, remorso, desprezam o sofrimento alheio além
de estar relacionado à agressividade. O canibalismo costuma estar ligado ainda a
perversão de natureza sádica (NAHLAH; SAIMEH ,2007).

De acordo com os estudos de Rosman e Resnick (1989) feito através de


aspectos físicos, biológicos e psíquicos, a atração e a excitação sexual por
cadáveres. As definições variam entre os diversos autores, mas é possível distinguir,
de forma geral, três tipos de necrofilia: a necrofilia dita verdadeira, na qual são
mantidas relações sexuais com mortos; a necrofilia homicida, em que há
assassinato com objetivos sexuais premeditados; e a necrofilia fantasiada, que diz
respeito a fantasias sobre atos sexuais com mortos sem a realização destas

A partir das informações apresentadas sobre serial killer apresenta-se uma


curta bibliografia do objeto de estudo desta pesquisa, sendo ele o serial killer canibal
Jeffrey Dahmer, que é um dos seriais killers mais famoso por toda crueldade
cometida. No capitulo de resultados e discursões será possível aprofundar, a partir
do universo de pesquisa sobre a vida e o comportamento de Dahmer.

2.3. JEFFREY DAHMER

Jeffrey Lionel Dahmer, foi um serial killer canibal, também conhecido como
“canibal de Milwaukee”, que assassinou 17 homens. nasceu na cidade Milwaukee
em 1960, mas foi criado em Bath, Ohio, uma confortável comunidade de classe
média. Seu pai, Lionel era químico, e sua mãe, Joyce, instrutora de maquinas de
teletipo, e também dona de casa. Seus pais se odiavam e estavam em constantes
brigas, suas brigas intermináveis deixavam pouco tempo para o filho mais velho.
Sem amigos e negligenciado, Dahmer se isolava cada vez mais no seu mundo de
fantasia.
No livro “meu amigo Dahmer” é possível observar as constantes brigas entre
seus pais, e no documentário os próprios pais confirmam, porém dizem que as
brigas nunca chegaram ao ponto de violência física. Dahmer, retrata que as brigas
eram estressantes, deprimentes e faziam ele sentir raiva, fazendo com que ele
adotasse um comportamento de fuga para a floresta e chegando lá, batia várias
vezes com taco na arvore.
Dahmer é deixado de lado e sendo negligenciado pelos pais, e se mostra um
jovem onde não se tem demonstração de afeto dos pais, ou simplesmente um
diálogo relevante, no seu documentário ele mesmo conta que eram apenas
conversas superficiais, ele estava em mundo dele, com suas fantasias, e ao longo
do tempo esses pensamentos se tornam algo que não se pode ser compartilhado,
se tornando cada vez mais fechado em seu mundo.
Dahmer começou a fazer experimentos com animais mortos aos 10 anos;
tinha fascínio por animais mortos e o recolhia das estradas depois de atropelados,
para assim fazer cruéis experimentos com animais, decapitando roedores,
branqueando ossos de galinhas com ácido, empalando cabeças de cachorro e
espalhando-as como espantalhos na floresta, produtos que conseguia com seu pai
que era um químico. Com o intuito de dar um fim nesses experimentos, seu pai
decide destruir a cabana que Dahmer fazia seus experimentos.
No livro retrata Dahmer como um jovem solitário sem amigos (pag. 33),
também não era notado na escola, mas isso mudou quando entrou no ensino médio,
quando carente de atenção, ele apelou para atos desesperados, fingia ter ataques
epiléticos nos corredores da escola, (pag. 44) e assim começou a ter atenção dos
colegas. Anos depois foi descoberto que sua mãe Joyce que tinha os ataques que
Jeffrey reproduzia.
No documentário Jeffrey disse aos seus examinadores que começou a se
masturbar aos 14 anos, valendo-se de fantasias homossexuais convencionais de
sexo com homens jovens e robustos. Alguns anos mais tarde, no entanto, ele tinha
orgasmos ao imaginar que deixava seus parceiros inconscientes e expunha suas
vísceras.

Algum tempo antes da sua formatura do ensino médio, o casamento de seus


pais chega ao fim, e seu pai sai de casa e vai morar em um hotel, enquanto brigam
na justiça pela guarda de seu irmão mais novo. Sua mãe decide fugir para outra
cidade com seu irmão mais novo, e Dahmer é deixado sozinho em casa, com pouco
dinheiro.

Algumas semanas depois de ser deixado sozinho, em uma estrada Dahmer


avistou um garoto pedindo carona, convidou para sua casa para bater um papo e
beber um pouco. Ao se despedir Dahmer acerta com um taco na cabeça do garoto,
e assim se fez sua primeira vítima (SCHECHTER, 2013).

Após o termino das aulas, Dahmer entrou para faculdade, o que durou
apenas dois semestres. O pai de Dahmer o fez entrar no Exército, lugar em que
pôde aprender sobre a anatomia humana e se interessar mais a fundo, deveria
servir por seis anos, mas foi dispensado após dois anos, devido ao seu alcoolismo.
Quando o Exército dispensou Dahmer em 1981, deram-lhe uma passagem de avião
para qualquer lugar no país. Dahmer revelou mais tarde à polícia que não
conseguiria ver seu pai, então foi para Miami Beach, Florida porque estava "cansado
do frio".

Em 1982 Dahmer mudou-se para casa da sua avó, em West Allis, Wisconsin,
onde morou durante seis anos. Em agosto deste ano, foi detido por expor a si
mesmo numa feira estatal. Em setembro de 1986 foi novamente preso por exposição
pública (atentado ao pudor), depois de dois rapazes o terem acusado de se
masturbar em público. Foi condenado a um ano de prisão, no entanto só cumpriu 10
meses.
No Verão de 1988 a sua avó pediu-lhe que saísse de casa, devido as suas
noitadas, estranha personalidade e os maus cheiros provenientes do porão. Dahmer
mudou-se para um apartamento em Milwaukee's West side, onde deu continuidade
a pratica de seus crimes.
Em 25 de Setembro de 1988, foi detido por molestar um rapaz de 13 anos.
Foi novamente condenado a um ano, tendo cumprido 10 meses. Dahmer convenceu
o juiz que precisava de terapia e foi liberto. Pouco depois começou uma onda de
crimes, matando quase uma pessoa por semana, que só terminou em 1991 (INNES,
2009).

Jeffrey Dahmer, em 22 de julho 1991, um homem negro com algemas no


punho esquerdo correu em direção a dois agentes de polícia e disse ter escapado
de um “cara estranho” que tinha tentado mata-lo. Ele os levou de volta para o
apartamento e esse foi o fim da vida criminosa de Dahmer.
Os policiais encontraram fotos instantâneas de órgãos e crânios
desmembrados e um esqueleto pendurado no chuveiro. Ficaram aterrorizados ao
descobrir quatro cabeças humanas dentro do freezer. Após sua detenção, Dahmer
confessou o assassinato de 17 homens. O esqueleto era de sua oitava vítima.
Em seu julgamento, Dahmer entrou com pedido de “culpado, mas insano”.
enquanto a defesa alegava que só um louco poderia ter cometido crimes hediondos
da natureza daqueles descritos ali, a acusação demostrava a frieza da premeditação
e a complexidade do planejamento ali envolvidas (CASOY, 2017, p. 168).

O advogado de defesa apresentou 45 testemunhas que atestaram o


comportamento estranho de Dahmer e suas desordens mentais e sexuais que o e
impedia de entender a natureza de seus crimes. A acusação demonstrou que ele era
perfeitamente capaz de controlar suas vontades, uma vez que não havia matado
nenhum soldado no temo em que servira o exército ou colegas quando frequentava
a escola.
Em seus julgamentos, foi considerado culpado de 15 homicídios e
condenado a 15 prisões perpetuas consecutivas mais 150 anos devido a sua
criminalidade habitual. Foi assassinado três anos mais tarde por outro detento em
novembro de 1994.

3. BEHAVIORISMO RADICAL

Criada pelo Burrhus Frédéric Skinner, o Behaviorismo Radical é uma filosofia


da ciência do comportamento, ou seja, seria uma abordagem psicológica, ela
fornece embasamento filosófico da análise do comportamento (SKINNER; 1974).
Para Skinner (1974), a pesquisa psicológica deveria ser feita com base em
comportamentos passiveis de observações e não a partir de pensamentos
impossíveis de serem observados, sendo assim, os processos da mente estavam
fora de sua aérea de interesse e análise. Apesar de não negar a existência dos
processos mentas, achava que a psicologia deveria se interessar apenas pelo
estudo das respostas físicas e condições e situações existentes.
De acordo com De-Farias (2009) o termo Radical vem de Raiz que serve para
se diferenciar de outros modelos behavioristas que não consideravam os eventos
privados como objeto de estudo para a psicologia.
Skinner (1974) tinha sobre o condicionamento uma interpretação diferente dos
primeiros Behavioristas como o Ivan Pavlov, sobre seu princípio do
“condicionamento clássico”. Skinner não discordava que se podia estimular uma
resposta condicionada com treinamento repetitivo, mas considerava esse um caso
especifico, que incluía a introdução artificial e deliberada de um estimulo
condicionado.
Para o autor, as consequências de uma ação eram mais importantes para a
formação do comportamento do que qualquer estimulo que precedesse o que com
ela coincidisse. Com base em experimentos Skinner (1974), concluiu que o
comportamento é aprendido primeiramente a partir dos resultados das ações.
Segundo Hermeto, Martins (2012), enquanto trabalhava como pesquisador em
Harvard, Skinner conduziu uma serie de experimentos com ratos, utilizando uma
intervenção que ficou conhecida como “caixa de Skinner”. O experimento funcionava
com um rato que era colocado dentro de uma dessas caixas, que tinham seu interior
uma alavanca, o animal recebia uma porção de comida. A frequência com que o
acionava a alavanca era automaticamente registrada, no início apertava por acidente
ou por mera curiosidade, e consequentemente recebia o alimento, fazendo com que
ele aprendesse que a comida surgiria sempre que a alavanca fosse acionada e
passava então a pressiona-la de proposito, para ganhar o alimento.
Skinner (1974) comparou os resultados dos testes com ratos que recebiam
“reforço positivo” da comida em resposta ao ato de acionar a alavanca aos
resultados dos testes com ratos que recebiam comida, ou recebiam de maneira
esporádica, ficou evidente que, quando a comida surgia como respostas das ações
do rato, o fato tinha grande influência sobre o comportamento futuro do animal.
Sendo assim concluiu que os animais são condicionados pelas respostas que
recebem por suas ações e do ambiente. Um “organismo” atua sobre o ambiente e
recebe um estimulo, o que reforça seu comportamento operante. Ao longo de suas
experiencias começou a ter problemas com o suprimento das raçoes, o que obrigou
a reorganizar a frequência com que distribuía as porções para os ratos. alguns
animais só recebiam comida quando pressionavam a alavanca um certo número de
vezes em sequência, em intervalos fixos ou aleatório (SKINNER;1974).
As consequências dessa variação reforçaram as conclusões iniciais do
Skinner, e o levaram também a uma nova descoberta: enquanto um estimulo
reforçador aumentava a probabilidade de ocorrência de um comportamento, se esse
estimulo reforçador fosse suspenso em seguida, haveria uma redução na
probabilidade de ocorrência desse comportamento, cujo padrão era determinado
pelo padrão de redução na quantidade de alimento (HERMETO, MARTINS 2012)
As consequências dos nossos comportamentos vão influenciar suas
ocorrências futuras. Portanto dizer que as consequências dos comportamentos
chegam a afeta-los é o mesmo que dizer que as consequências determinarão, em
algum grau, se os comportamentos que as produziram ocorrerão ou não outra vez,
ou se ocorrerão com maior ou menor frequência (SKINNER, 1974).
Segundo Moreira e Medeiros (2007) chamamos de reforço a toda
consequência que, seguindo uma resposta, altera a probabilidade de futura de
ocorrência dessa resposta. O reforço pode ser positivo, que seria todo evento que
aumenta a probabilidade de futura resposta que o produz, ou reforço negativo que
seria todo evento que aumenta a probabilidade de futura resposta que o remove ou
atenua. O reforçamento positivo oferece alguma coisa ao organismo, o negativo
permite a retirada de algo indesejável. No reforçamento negativo, dois processos
importantes merecem destaques: a esquiva e a fuga.
A esquiva é um processo no qual os estímulos aversivos condicionados e
incondicionados estão separados por um intervalo de tempo apreciável, permitindo
que o indivíduo execute um comportamento que previna a ocorrência ou reduza a
magnitude do segundo estímulo (MOREIRA; MEDEIROS, 2007).
Segundo os mesmos, as ocorrências passadas de reforçadores negativos
condicionados são responsáveis pela probabilidade da resposta de esquiva. No
processo de esquiva, após o estímulo condicionado, o indivíduo apresenta um
comportamento que é reforçado pela necessidade de reduzir ou evitar o segundo
estímulo, que também é aversivo.
A fuga é o comportamento reforçado é aquele que termina com um estímulo
aversivo já em andamento. No caso da esquiva, há um estímulo condicionado que
antecede o estímulo incondicionado e me possibilita a emissão do comportamento
de esquiva. Uma esquiva bem-sucedida impede a ocorrência do estímulo
incondicionado. No caso da fuga, só há um estímulo aversivo incondicionado que,
quando apresentado, será evitado pelo comportamento de fuga (MOREIRA;
MEDEIROS, 2007).
Outros processos são a extinção, no qual uma resposta deixa de repente de
ser reforçada. Como consequência, a resposta diminuirá de frequência e até mesmo
poderá deixar de ser emitida. O tempo necessário para que a resposta deixe de ser
emitida dependerá da história e do valor do reforço envolvido.
A punição é outro procedimento importante que envolve as consequências de
uma resposta quando há apresentação de um estímulo aversivo ou remoção de um
reforçador positivo presente. Punir ações leva à supressão temporária da resposta
sem, contudo, alterar a motivação (MOREIRA; MEDEIROS; 2007).
O psicólogo faz analise funcional, que nada mais é o que a identificação das
reações entre o indivíduo e seu mundo, ou seja, é observar um comportamento e
saber que tipo de consequência ele produz (reforço positivo, negativo, punição, etc.),
(MOREIRA; MEDEIROS, 2007).
De acordo com Moreira, Medeiros (2007) a analise funcional nada mais é do
que a busca dos determinantes da ocorrência do comportamento. Sob uma
perspectiva behaviorismo radical, esses determinantes estão na interação do
organismo com o meio, Skinner defende a existência de três níveis de causalidade
do comportamento, que, em maior ou menor medida, estarão sempre atuando em
confluências na ocorrência ou não de uma resposta de um comportamento.
Skinner (1974) negou com veemência a atribuição de causas do
comportamento aos eventos mentais hipotéticos, como traço de personalidade,
emoções, vontade, desejo, impulso, e etc. Portanto se quisermos explicar, predizer
e controlar o comportamento, precisamos analisa-lo funcionalmente, buscando no
ambiente externo e interno os seus determinantes.
Analise funcional busca relações funcionais entre o comportamento e o
ambiente, buscando as funções do comportamento. A interação funcional do
comportamento com o seu ambiente será descrita em conformidade com os
paradigmas respondente e operante. São eles: S -> R
Onde o S simboliza o estimulo, o R, a resposta, e a seta significa relação de
aliciação entre o estimulo e a resposta. Em outras palavras, o estimulo S elicia a
resposta R. podemos exemplificar esse paradigma com o cisco no olho sendo o
estimulo S que elicia a resposta R de lacrimeja. (MOREIRA; MEDEIROS; 2007).
Compreender os comportamentos respondentes, e saber identifica-los, é
fundamental para o psicólogo entender como funcionam as emoções e os
sentimentos. O segundo paradigma comportamental e o principal que deve ser
considerado em uma análise comportamental é o paradigma operante, cujo principal
ponto refere-se ao papel que as consequências desempenham na aprendizagem e
na manutenção desses comportamentos.
Para os autores Moreira e Medeiros (2007) a tarefa em uma análise funcional
consiste basicamente em encaixar o comportamento em um dos paradigmas e
encontrar os seus determinantes. Uma vez encontrados os determinantes do
comportamento, podemos predize-lo e controla-lo. Esse é o objetivo da psicologia
encarada como ciência do comportamento ou mesmo analise do comportamento

4. METODOLOGIA

Define-se como método, o modelo de processo que será estabelecido para


alcançar os determinados objetivos, e para que haja uma real eficácia nesse
processo, é necessário que seja seguido uma a ordem específica de etapas. O foco
da pesquisa influenciará diretamente no método a ser utilizado (CERVO et al, 2007).

TIPOLOGIA E DELINEAMENTO

A presente pesquisa é de natureza qualitativa e busca compreender os


aspectos da formação da personalidade de Jeffrey, Pesquisas de cunho qualitativo,
são investigações que têm como foco aspectos que não podem ser quantificados,
tem como objetivo a produção de informações aprofundadas sobre um determinado
assunto. A pesquisa qualitativa caracteriza-se na objetivação de determinados
fenômenos, a fim de descrever, compreender e explicar o objeto da pesquisa
(ENGEL; TOLFO, 2009).
Quanto aos objetivos, a pesquisa foi de caráter descritivo, que segundo GIL
(2002), pretendeu especificar as propriedades, características e perfil do
sujeito/personagem de pesquisa. Quanto ao delineamento, a pesquisa se
caracterizou como estudo documental, sendo que a fonte de coleta de dados desta
pesquisa foram a partir de dados secundários, sendo estes acessados através de
filmes e literatura especializada que abarcam a história de Jeffrey Dahmer.

UNIVERSO

O universo da pesquisa foi composto por filmes, documentários e livro, sendo


os filmes com as seguintes especificações: Dahmer (2002), dirigido por David
Jacobson e My Friend Dahmer (2018) (Meu amigo Dahmer- em português) dirigido
pelo Marc Meyers. O livro utilizado foi “Meu amigo Dahmer” da editora Darkside, e o
documentário “confissões de um serial killer- Jeffrey Dahmer”. Também foi utilizado
alguns artigos e documentários referentes ao caso. A escolha do universo de
pesquisa se deu a partir das buscas no mecanismo de pesquisa google com as
palavras-chaves “Jeffrey Dahmer” e “Canibal de milwaukee” a partir dos resultados
encontrados foi composto o universo da pesquisa.

CRITÉRIOS DE INCLUSÃO

 Filmes estreados dos anos 2000 a 2018;


 Que relatassem sobre a história de Jeffrey Dahmer;
 Documentários sobre o mesmo;
 Livros que descrevesse sobre a história ou estudo sobre Jeffrey Dahmer.

CRITÉRIOS D E EXCLUSÃO

 Filmes que apenas mencionavam sobre Dahmer;


 Filmes e documentários em que não fosse possível ter acesso, devido à falta
de legenda e não terem sido encontrados disponíveis;
 Livros que apenas citassem Jeffrey Dahmer.

ANALISE E INTERPRETAÇÃO

O método que foi utilizado para interpretação dos dados coletados foi o
indutivo que, ao contrário do método dedutivo, como afirma Gil (2008), Marconi e
Lakatos (2009), seu raciocínio não parte da generalização, mas baseia-se na
constatação a partir da observação de casos que são concretos, dessa maneira,
confirmando a realidade pesquisada.
Por observação dos fatos e fenômenos cujas causas se deseja conhecer, em
seguida, a fim de encontrar relações entre os dados, os mesmos são comparados e,
finalmente, ocorrerá a generalização, baseada na correspondência averiguada entre
os fatos ou fenômenos (GIL, 2008).
A coleta de dados foi realizada por meio de um protocolo de registro de dados
coletados a partir dos filmes, literatura bibliográfica e documental. Baseado nas
colocações, a pesquisa utilizou os filmes “meu amigo Dahmer” (2017),” Dahmer
(2002) e o documentários referente ao mesmo, “confissões de um serial killer-
Jeffrey Dahmer” também foi utilizado o livro Meu amigo Dahmer, da editora
Darkside, e livros e artigos referentes a história de Jeffrey Dahmer como suporte.
Para o processamento dos dados foi assistido aos filmes três vezes, fazendo pausas
e anotando comportamentos para possível análise. Após assistir a primeira vez cada
filme e documentário, com foco na construção desta pesquisa, algumas cenas se
destacaram por permitirem observar os objetivos da pesquisa os modos operandis, a
sua adolescência, as brigas constantes de seus pais. tais cenas podem ser
acompanhadas nos resultados desta pesquisa.
No filme meu amigo Dahmer as cenas utilizadas foram aquelas que propiciavam
informações sobre a adolescência de Dahmer, assim como o livro do mesmo.
O filme Dahmer, utilizou-se as cenas obteriam informações sobre o modus
operandi de Jeffrey Dahmer, juntamente com o documentário “confissões de um
serial killer- Jeffrey Dahmer. Em seguida, as cenas selecionadas serão analisadas e
discutidas através de ideias dos autores e observações relacionada aos aspectos
obtidos.
5. ANALISE E DISCUSSÕES

4.1 ASPECTOS HISTÓRICOS

O material utilizado para a construção do aspecto histórico foram o filme “meu


amigo Dahmer (2017) e o livro “Meu amigo Dahmer”, e artigos e reportagens que
retratam a adolescência de Jeffrey Dahmer, e fatos expostos em documentários.

FILME MEU AMIGO DAHMER - CENA: OS PAIS BRIGANDO

No filme é perceptível o clima de tensão entre seus pais, em diversos


momentos eles aparecem brigando e “encrencando” um com o outro. Na cena
(0.12.24.min) Os pais de Dahmer estão discutindo, e ele e seu irmão andam pela
casa e ele pergunta “eles vão se bater?” e Dahmer responde que não.

Os discursões também chegam acontecer na frente de um amigo dele, como


na cena (0.37.24.min), o colega de Dahmer vai a sua casa, e os pais de Dahmer
começam a discutir, desconfortável ele diz para seu colega, “não é nada eles
sempre fazem isso”. Posteriormente seu colega inventa uma desculpa que precisa ir
embora como fuga para o acontecimento.
No documentário “confissões de um serial killer - Jeffrey Dahmer”, ele relata
que não culpa os pais, ou as brigas frequentes, por ter influenciado em cometer
assassinatos, diz que apesar de tudo teve uma infância normal, mas a forma que
eles o criaram com disciplina, não deixavam ele correr solto, e ele se sentia sob
autoridade deles, enquanto Dahmer queria poder sentir controle sobre a sua própria
vida. Também relata que em alguns momentos de discursões ele fugia para a
floresta, e atacava uma arvore com um taco, como forma de “extravasar” tudo que
estava sentindo.

Antecedentes Históricos Comportamento Consequência

Seus pais começavam a Fugia para a floresta Expressava sua raiva em


discutir arvores

Conforme apresentado no capitulo 2 pelos autores Torres, e Alfredo (2007)


casais que discutem relacionamentos na frente dos filhos, ou os que tem vários
vícios, já ele o álcool, as drogas, o adultério e tantos outros, juntamente com
violência doméstica, tanto agressões físicas ou psíquicas, tendem a alimentar em
seus filhos a desesperança e a agressividade, que se tornara numa válvula de
escape como grito de socorro deles.

De acordo com as ideias de Loeber e Dishion (1983) história de criminalidade


na família, disciplina severa, baixo nível de coesão intrafamiliar e baixa afetividade
são preditores de comportamento antissocial.

As brigas constantes de seus pais, acabaram tornando o ambiente familiar um


estimulo aversivo para Dahmer, na tentativa de tentar fugir do possível estimulo, se
retirava de sua casa. De acordo com os autores vistos, em relação as
consequências de brigas constantes dentro de casa, esse estimulo aversivo pode
ser auxiliador na construção de seu comportamento assassino.

FILME MEU AMIGO DAHMER – CENA: TORTURANDO ANIMAIS


Dahmer captura um gato morto que havia avistado na rua enquanto voltava
da sua escola, andando pela estrada avista dois garotos de bicicleta e questionam,
perguntando o que ele levava dentro do saco, Dahmer mostra o saco e explica que
vai dissolver o animal com ácido, que consegue através de seu pai que é químico.
Os dois garotos não acreditam em Dahmer, então ele convida para acompanharem
ele até uma cabana onde fazia os seus experimentos, um dos garotos pergunta o
porquê ele está fazendo isso, e ele responde “por que gosto de ossos, me interessa
o que tem dentro”.
Confirmando que Dahmer realmente fazia experimentos com os animais, os
garotos exclamam! “Dahmer, você é bizarro” e vão embora apavorados. Ele fica
aparentemente entristecido com a situação. (cena 0.04.37.min)

Esse comportamento de experimentar, era reforçado pelo seu pai, por ser
químico, e assim Dahmer obtinha os materiais químicos que precisava. porém, seu
pai tentou fazer com que esse comportamento entrasse em extinção, visto na (cena
0.15.08 ), o pai de Dahmer fala para a mãe “precisamos conversar sobre o Jeff”, em
seguida ele vai ate a cabana de Dahmer e diz,” já chega Jeff” e começa a jogar fora
todos os vidros que continham os experimentos de Dahmer. E justifica que seria por
ele está passando tempo demais lá na cabana.
Mas os desejos continuaram com Dahmer, e encontrou novos estímulos para
continuar a experimentar, na (cena 0.20.48.min) Dahmer faz armadilhas na floresta
para a captura de alguns animais, para continuar a fazer os experimentos. Em certo
momento, Dahmer sai para pescar com seus colegas, a intenção era devolver o
peixe de volta ao lago quando fosse pescado, ele consegue pescar um, porém com
uma faca ele abre o peixe, e um dos seus colegas o questiona “porque fez isso?” e
ele responde “eu só queria ver como ele era por dentro”.

Antecedentes históricos comportamento consequência


Seu pai era químico e lhe Fazia experimentos com Aperfeiçoou sua
oferecia produtos animais curiosidade de fazer
experimentos

Autora Barbosa (2008) descreve que desde muito cedo já se é possível


identificar algumas manifestações de atitudes que os indivíduos demostram, pouco
ou nenhum sentimento como maus tratos a outras crianças ou animais. Segundo
Harold (2013) torturar animais não é apenas uma fase, é um ensaio.
Dahmer possivelmente sempre apresentou essas características, e que em
alguns momentos ele foi reforçado pelo seu pai quando lhe oferecia produtos
químico. Devido seus pais passarem mais tempo brigando do que prestando
atenção no comportamento de seu filho, essas características passaram
despercebidas. Seus pais no documentário revelam que nunca haviam percebido
essas possíveis características, e se tivessem percebido teriam intervindos.

FILME MEU AMIGO DAHMER – CENA: NEGLIGENCIADO

Além de não prestarem atenção nas características que Dahmer vinha


apresentando, ele também não era reforçado para estabelecer relações afetiva,
mesmo quando tentava. Na (cena, 0.07.09.min), na mesa de jantar, Dahmer
pergunta ao seu pai como havia sido o trabalho, e ele responde curtamente “foi o de
sempre”. Jeffrey é interrompido pelo seu irmão mais novo, e sua mãe ainda afirma
“deixa ele falar”.
Dahmer tentar pegar a cocha do frango, mas sua mãe o questiona dizendo
para deixar a cocha para seu irmão. Seu pai pergunta como foi o tênis, e Dahmer
ressalta que o tênis acabou havia uma semana.
É perceptível como Dahmer ainda tentava estabelecer uma comunicação com
seus pais, e seus pais não “prestavam atenção no que ocorria no cotidiano de seu
filho. Sendo assim, no vivencia de Dahmer, não havia reforços positivos, ou
acréscimos de algo no ambiente, como por exemplo atenção dos pais.

Antecedentes históricos comportamento consequência


Seus pais não lhe davam Era negligenciado Não era reforçado para
atenção estabelecer relações
afetivas

Um tipo de relacionamento familiar ideal visto de acordo com de acordo com


Brandão (2004), seria aquele baseado nas premissas do diálogo, na negociação e
argumentação. Adolescência é uma fase de muitas dúvidas, essas devem ser
ouvidas, debatidas e elucidadas com liberdade e sem preconceitos. Caso contrário,
poderão gerar ansiedades, angústias e frustrações, colaborando, dessa forma, para
que a população adolescente se torne um dos grupos mais vulneráveis aos riscos
atuais (TAKIUTI, 1997).
Dahmer em forma de esquivar desses eventos que era negligenciado,
começou adquirir o comportamento de se isolar e reduzir, até se obter a extinção
das tentativas de estabelecer relações afetivas dentro de casa.

FILME MEU AMIGO DAHMER – CENA: FINGINDO ATAQUES

Em sala de aula, o seu professor começa a fazer perguntas para a turma e


para Dahmer, e ele começa a responder que não sabe, visivelmente irritado
responde “eu não sei” fingindo um ataque, os colegas de sala começam a rir,
professor pergunta para outro aluno, e assim Dahmer observa a sala e ali encontra
uma oportunidade de chamar atenção das pessoas ( 0.22.12.min).

No corredor da escola, Dahmer reproduz novamente o fingimento do ataque,


e os colegas que estavam presentes nos corredores começam a rir novamente de
Dahmer. Cena (0.23.30.min) Dahmer almoçava sozinho como de costume, e após o
começo dos ataques, ele foi convidado por um dos colegas a se sentar na mesa
junto com eles. Cena (0.25.32.min) ao sentar na mesa, os colegas que estavam lá
demostram gostar dos ataques que Dahmer realizava e fizeram um “fã clube do
Dahmer”.

Por se um adolescente com características introvertido, quase não tinha


amigos, fazendo com que ele se isolasse ainda mais. Porém essa seria a visão que
os pais tinham de Dahmer, no documentário “confissões de um serial killer-Jeffrey
Dahmer”, ele relata que “Tinha tanta tensão na casa por várias vezes que não tinha
como eu me sentir feliz”. Confirmando que sua casa se tornou um estimulo aversivo.

Antecedente histórico Comportamento Consequência

Não tinha amigos Fingir ataques epiléticos Começou a obter atenção


das pessoas

Os ataques aconteceram em muitos outros momentos, nos corredores, na sala


de aula, biblioteca e etc. Seus colegas começaram a gostar e rir, fazendo assim com
que o seu comportamento de chamar atenção fosse realizado mais vezes, como foi
visto no referencial as consequências dos nossos comportamentos que
influenciaram nas suas ocorrências futuras, ou seja elas determinarão, em algum
grau se os comportamentos ocorrerão ou não outra ou se ocorrerão com maior ou
menor frequência (SKINNER (1974)

LIVRO MEU AMIGO DAHMER – CENA: SOBRE SUA SEXUALIDADE 0.18.24

Dahmer percebe que sente atração por um corredor que sempre caminha
pelo seu bairro. Na (cena 0.39.03.min) Dahmer está escondido entre arvores
esperando o corredor passar, e quando se estabelece, ele observa todos os seus
detalhes do corredor.
Dahmer precisa ir ao médico, e faz exames de rotina, e aparenta sentir
atração pelo seu médico quando descobre que ele era o corredor que sempre
observa, na cena (1.01.37.min) o médico pede para que Dahmer abaixe as cuecas
para analisar seus órgãos genitais, Dahmer se veste, em sua casa ele se masturba
decorrente ao que aconteceu.
Sobre a sua sexualidade Dahmer, manteve escondida, pois ser homossexual
para alguns adolescentes dos anos 1970, era uma descoberta dolorosa PAG 53
ainda mais para um garoto de uma cidade pequena, era um despertar sexual cheio
de dúvidas, recusa e violência. Mas, para Dahmer foi pior, ele manteve sua
sexualidade escondida, e tinha um outro segredo, nas suas fantasias seus amantes
estavam mortos, eram cadáveres (cena 1.10.12min.)

Antecedentes históricos comportamento consequência


Era negligenciado pelos não conversava com Não sabia expressar suas
seus pais ninguém emoções

Conforme vão atingido a puberdade, suas fantasias vão se tornando cada vez
mais sexuais e assustadoramente aberrantes. Fantasias adolescentes normais de
sexo selvagem com parceiro entusiasmado são substituídos na mente do psicopata,
por pensamentos sádicos de dominação e degradação, perversão e dor. CASOY
254

Por falta de reforçadores da parte de seus pais, e ausência de amigos,


Dahmer não conseguia falar expressar suas emoções, por medo de punições
futuras, já que sabia que suas fantasias seriam vistas como doentias. Dahmer conta
que acredita que mesmo se tivesse conversado com seus pais sobre isso, não teria
impedido de fazer o que fez. E como foi visto as conversas com seus pais eram
apenas superficiais, não reforçando sua relação e o seu comportamento verbal
vocal.

LIVRO MEU AMIGO DAHMER – CENA: USO DO ALCOOL

Dahmer pega uma bebida, e foge para a floresta para beber, e assim se inicia
o seu abuso com álcool. Cena (0.40.26min) Dahmer chega na sala de aula atrasado,
se senta e seu colega percebe que ele está fedendo a álcool. No carro com seus
colegas, um deles exclama “nunca te vi bebendo assim”.
A separação de seus pais foi um estimulo que fez com agravou ainda mais o
seu uso de álcool, bebia praticamente todos os dias, com o intuito de se “desligar”.
Dahmer sabia que suas fantasias sexuais eram doentias e perturbadas, mas não
havia a quem pedir ajuda, e essa sua ansiedade só conseguia abafar com o uso do
álcool PAG 82. Se ao menos um adulto tivesse percebido que Dahmer precisava de
ajuda PAG 87. um adolescente que chega de manhã na escola alcoolizado, com
certeza está fazendo um pedido de socorro.

Antecedente histórico comportamento Consequência

Conflitos e ansiedade Começa a beber Conseguia se “desligar”

O uso do álcool segundo Cordeiro (2011), pode trazer um alívio rápido para
sua tensão interior, pode negar as angústias e anestesiar o sujeito dos estresses da
vida e do autoerotismo (prazer intenso no corpo). Álcool se tornou para Dahmer um
elemento de fuga para as situações que estava acontecendo ao seu redor.

LIVRO E FILME MEU AMIGO DAHMER – CENA: SEPARAÇAO DOS PAIS

Seu pai conta para Dahmer como está difícil conviver com sua mãe, e decide
que vai se separar de sua mãe, saiu de casa e está morando em um hotel. Dahmer
aparenta está abalado com o acontecimento de seu pai saindo de casa. Cena
(0.57.35.min)
Após a separação, seus pais brigam no tribunal pela guarda do seu irmão
mais novo (PAG 101). No momento determinante, quando Jeff mais precisava deles,
os pais estavam consumidos pela separação e a batalha cruel, deixou cicatrizes
emocionais profundas no Dahmer, seu mundo estava ruindo junto com sua
sanidade. Segundo o relato do livro PAG 128, as noites deviam ser piores, quando o
efeito atordoante do álcool passava. Imagine sem amigos, sem vínculo algum com
outros, incapaz de ter uma conversa normal
Antecedente histórico comportamento consequência
Seus pais se separam Começa a beber mais O vício em álcool se
agrava

Na cena (1.17.59.min) Sua mãe diz que vai fugir com o irmão mais novo de
Dahmer para não perder a guarda da criança, e Dahmer é deixado sozinho na casa
e sem dinheiro e com uma geladeira quebrada, Dahmer se deita no chão da sala e
chora. Imaginasse o que ele sentiu naquele momento, o pai havia se mudado, os
amigos o tinham lhe excluído, o colégio onde ele pelo menos ficava cercado de
gente, estava no fim e agora sua própria mãe ia abandona-lo, seu isolamento se
completou fazendo assim que utilizasse ainda mais o álcool. PAG 165

LIVRO E FILME MEU AMIGO DAHMER – CENA: PRIMEIRO ASSASINATO

Jeffrey ficou sozinho na casa de cinco a seis semanas. O egoísmo de Joyce


foi bastante visível quando deixou ele sozinho, estava claramente mais preocupada
consigo mesma e fugir do Lionel do que com seu filho. PAG 224. Algumas semanas
depois de ser deixado sozinho, foi quando Dahmer cometeu seu primeiro
assassinato, o que será tratado futuramente no seu modus oprerandis. Se deixado
sozinho foi uma contingência reforçadora para seu primeiro crime, o que
possivelmente se não tivesse sozinho, não teria cometido. 392 CASOY

Antecedentes histórico comportamento consequência


Sua mãe lhe deixa Sai para dá uma volta Comete seu primeiro
sozinho assassinato
No filme e livro “meu amigo Dahmer” foi observado os seguintes aspectos que
se tornam relevantes para responder os objetivos e problemas desta pesquisa, como
à falta de reforçadores e as brigas constantes de seus pais, Dahmer teve um
ambiente familiar aversivo no seu aspecto histórico, a falta de atenção e as
discursões de seus pais reforçaram a se ‘isolar” mais, possivelmente um ambiente
facilitador estabeleceria um forma diferente de se comunicar e expressar suas
emoções com os outros.

Fazia experimentos com animais como forma de ensaio, e esse


comportamento não foi extinto, devido as negligencias que sofria. Se nos dias de
hoje com bastante estudos as pessoas se têm pouco conhecimento sobre a
psicopatia, é de ser deduzir que seus pais não imaginavam que experimentos com
animais era uma das características de psicopatia. A tentativa de fazer o seu
comportamento entrar em extinção, foi justificado por ele “está passando tempo
demais naquilo, e não por seus pais acharem aquilo errado.

Também foi observado que não apresentava ter amigos, como seu ambiente
familiar não era reforçador a se expressar e começou a se “isolar”, sentia dificuldade
em fazer amigos, começou a fingir ataques epiléticos como forma de chamar
atenção, as consequências desse comportamento reforçaram a se realizar mais
vezes e assim conseguir alguns amigos

Começou a fazer o uso de bebidas alcoólicas como comportamento de fuga


do seu ambiente aversivo, além de fugir ou esquivar de suas fantasias sexuais
assustadoras, que por falta de reforçadores de diálogo em seu ambiente, e a
consequência de não conseguir se expressar, não conseguia relatar alguém sobre a
sua homossexualidade.

Cometeu seu primeiro assassinato depois de ter sido deixado sozinho, ou


seja ser abandonado por sua mãe que fugiu e a separação de seus pais, foi o último
ponto que reforçou Dahmer a cometer seu primeiro assassinato, se ele não tivesse
sido abandonado, talvez não teria cometido o assassinado, possivelmente
adiantando ou encerrando o seus pensamentos de assassinar.
MODUS OPERANDI E CARACTERÍSTICAS DE ASSASSINAR

O modus operandi de Jeffrey Dahmer foi estabelecido através do filme


Dahmer (2002), dirigido pelo diretor David Jacobson, juntamente com o
documentário “confissões de um serial killer- Jeffrey Dahmer”.
As consequências do seu primeiro assassinato de ter sido bem “sucedido”
determinaram as ocorrências futuras de outros crimes, agora um pouco mais
organizadas, ou seja, através de um modus operandi, que segundo Douglas (ano), é
um comportamento adquirido. É o que o criminoso faz para cometer um crime é algo
dinâmico, pois pode ser mudado, ou seja aperfeiçoado. Após seu primeiro
assassinato Dahmer passou aproximadamente dez anos sem cometer crimes, e
assim aperfeiçoou seu modus operandis. De acordo com o referencial, Jeffrey se
enquadra em um assassino organizado e com alguns aspectos desorganizado como
ser introvertidos, e ter poucos amigos.

Após ser deixado sozinho em casa, Dahmer se sentindo sozinho e


abandonado saiu para dar uma volta, foi quando avistou a sua primeira vítima, um
garoto chamado Steve Hicks, em beira de estrada pedindo carona, (livro pag. 173)
assim, ele convenceu ele a ir para a sua casa tomar uma bebida, ao se despedir,
Dahmer bateu no garoto com uma barra de ferro, estrangulou-o, desmembrou seu
corpo e enterrou as partes, assim se fez sua primeira vítima.
No documentário “confissões de um serial killer”, Jeffrey descreve a seguinte
frase “Quando aconteceu a primeira vez eu senti que eu tinha controle total da
minha vida”
De acordo os estudos de Casoy (2009) A fantasia promove no serial killer a
sua necessidade de controle da situação em homicídios em série, o assassinato
aumenta a sensação de controle do assassino sobre a sua vítima. No documentário
Dahmer descreve que o assassinato era a parte em que ele menos gostava.
Como foi visto nos aspectos históricos, Dahmer foi negligenciado pelos seus
pais, como exemplo as brigas constantes e a falta de reforçadores para estabelecer
relações. Dahmer não tinha um controle sobre sua vida na sua infância e
adolescência. E quando assassinava ele estabeleceu um comportamento que tem a
intenção de demostrar, de que está no controle sobre sua vítima, além de sentir o
desejo de dominar, de rebaixar a vítima a um estado de completa submissão.
Segundo Casoy (2017) as razoes psicológicas para esse comportamento não são
difíceis de entender, pois a grande maioria dos seriais killers foi submetida a formas
extremas de abuso psicológico na infância. Eles eram levados a sentir
completamente impotentes e humilhados. Como resultado, cresceram com uma
necessidade perversa de causar o mesmo tipo de sofrimento aos outros. A única
maneira de superar seus profundos sentimento de impotência é ter o total controle
sobre outro ser humano.

No começo do filme Dahmer 2002 na (cena 06:00) é possível visualizar ele


caçando sua vítima em uma loja de sapato, de acordo com e os tipos de seriais
killers, visto na literatura, Dahmer se encontra com características Ardiloso, ou seja
fica numa posição, exerce uma profissão ou cria uma situação que que lhe permite
encontrar as vítimas dentro de um local sob seu controle. Para satisfazer a sua
lascívia homossexual, Dahmer caçava suas vítimas em bares e saunas gays, atrai
os homens para seu apartamento oferecendo dinheiro para que posassem para
fotos ou apenas convidando-os para tomar uma cerveja e assistir a um vídeo, em
seguida drogavas suas vítimas.
De acordo com Wanderley (2004) alguns serial killers não hesitam em torturar
suas vítimas quando estão ao seu domínio, em alguns casos eles chegam a fazer
com que as vítimas desmaiem e logo em seguida voltam a reanimá-las, para que
possam prosseguir com seu jogo de massacre, assim prosseguem até que
finalmente matem suas presas definitivamente, ao matar, humilha a vítima, para
reafirmar seu poder e reafirmar sua autoestima, para que haja prazer é realizado um
circuito energético interno do psiquismo, da libido. No caso de Dahmer, em seu
documentário, descreve que algumas das suas foram lobotomizadas, recebendo
injeção de ácido muriático ou água quente no cérebro na tentativa que o servissem
sexualmente, torná-la uma “escrava sexual zumbi”, apesar da experiencia nunca ter
dado certo.
Dahmer gostava de matar com suas próprias mãos, podendo ser observado
no filme Dahmer cena 16:45, estrangulando os jovens, algumas vezes usava cinto
de couro, em seguida fotografava suas vítimas para sentir prazer ao rever fotos, e
algumas vezes se masturbava-se em cima delas e, logo depois, praticava sexos
anal ou oral com o defunto. Logo após, “guardava” o corpo para, quando sentisse
vontade, voltar a copular. Quando o cadáver se tornava “intragável”, abria o tórax e
ficava deslumbrado com a visão anatômica do corpo humano. Disse que seu
fascínio era tão grande que mantinha “relações sexuais com os órgãos”. segundo os
tipos de serial killer de Casoy (ano), Dahmer se encaixa no tipo sádico que são
assassinos sexuais. Mata por desejo. Seu prazer será proporcional ao sofrimento da
vítima sobre tortura. A ação de torturar, mutilar, matar lhe traz prazer sexual,
canibais e necrófilos fazem parte desse grupo.
Após essa fase, passava, então, a esquartejar o corpo. Separava as partes
que considerava “úteis” das “inúteis. Em algumas vítimas o seu prazer de satisfação
foi além, começou a sentir prazer em comer alguns órgãos das vítimas, como o
coração e as tripas. No documentário “confissões de um serial killer- Jeffrey
Dahmer”, ele expressa que um de seus pratos preferidos era o croquete de carne
humana. Relatou que tinha ereções durante suas refeições. Acreditava que,
comendo-as, as vítimas poderiam ter sobrevida dentro de seu corpo.
Segundo Saimeh (2007) Os casos de canibalismo costumam estar ligados a
transtornos graves da personalidade, entre eles o transtorno de personalidade
antissocial, uma vez que atende ao critério de insensibilidade, ausência de empatia,
remorso, desprezam o sofrimento alheio além de estar relacionado à agressividade.
De acordo com o autor, o canibalismo costuma estar ligado ainda a perversão de
natureza sádica, podendo ocorrer também durante a fase aguda de surto de uma
pessoa com esquizofrenia.
Dahmer matou no total de 17 homens, maioria negros e com idade de 13 a 32
anos, com isso, é possível identificar Dahmer como um assassino em série, pois
reincide nos atos do seu modus operandi em diferentes momentos e maneiras,
sendo a maioria das vezes caçando as vítimas da mesma maneira (em bares e
saunas, oferecendo dinheiro) e juntamente matando da mesma forma (drogando e
em seguida estrangulando) e na forma que se aprimorou durante o passar dos anos
(comendo alguns órgãos das vítimas) De acordo com Casoy (2009), não é apenas o
modus operandi que classifica um assassino em série, mas também outros dois
pontos: o ritual e a assinatura.
Já visto os conceitos dos mesmos na literatura, Jeffrey não tinha assinatura,
não tinha nenhum interesse em chamar atenção para seus crimes, queria ser
deixado em paz para cometer suas atrocidades em segredo, já seu ritual que é o
comportamento que excede o necessário da execução do crime [...], imprescindível
para sua satisfação emocional” (CASOY, 2009, p. 24), se caracteriza na
masturbação e no sexo oral e anal que realizava com a sua vítima já morta.
Os troféus são como lembranças mantidas pelos seriais killers, Dahmer foi a
provavelmente o colecionador mais obsessivo de troféus bizarros, segundo Brian
innes 2009 os policiais que revistaram seu apartamento de milwaukee ficaram
horrorizados ao descobrir fotos Polaroid de vítimas mutiladas, cabeças na geladeira,
pacotes congelados de vísceras humanas, genitais masculinas em uma panela de
lagosta, crânios pintados em uma prateleira e muito mais.

A partir do padrão estabelecido percebeu-se que as vitimas sempre foram


homens, não necessariamente contendo um padrão de característica. Dahmer
caçava sus vítimas em bares e salnas, convidando para a sua casa, para beber um
drink ou oferecendo algo em troca, como por exemplo na (cena), convida o rapaz
para bater umas fotos. Suas vitimas eram drogas e em seguida estranguladas com
suas próprias mãos, em algumas vezes utilizou um cinto de couro. Após mortas, ele
tirava fotos de suas vítimas como forma de troféu para relembrar depois, se
masturbava em cima dos cadáveres, além de fazer sexo oral e anal com eles.
Esquartejava suas vitimas e assim separava as partes uteis e inúteis para ele,
separava os crânios também como troféu, e no canibalismo, comia os corações e as
tripas.

Forma de caça Bares e Salnas

Vitimas Homens

Captura Convidava para sua casa

Forma de matar Estrangulamento

Arma do crime Drogas, mãos ou cintos de couro

Ritual Tirava fotos e se masturbava em cima


do cadáver, depois fazia sexo oral e
anal com o mesmo e depois
esquartejava o corpo, separava as
partes que considerava uteis e inúteis

Canibalismo coração e as tripas.

Troféu Fotos e alguns crânios


6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Segundo as discussões feitas, podemos concluir que existem diversos fatores


que influenciaram e serão responsáveis por determinado comportamento de todos
os seres humanos, visto que não será um único fator isolado que determinará esse
indivíduo. Alguns aspectos em comum na vida de seriais killers foram apresentados
na vida de Jeffrey Dahmer, como problemas familiares, mania de destruição,
violência praticada contra animais, dificuldade de se relacionar com outras pessoas,
entre outros.

Jeffrey Dahmer se caracteriza-se como um assassino em série devido execução


de seus crimes, sempre utiliza um MO, ou seja, caça suas vítimas sempre em bares
ou saunas, convida para seu apartamento e logo em seguida drogando. E assim
estrangula suas vítimas, fotografava para sentir prazer ao rever fotos, e algumas
vezes se masturbava-se em cima delas e, logo depois, praticava sexos anal ou oral
com o defunto. “guardava” o corpo para quando sentisse vontade, e em alguns
casos esquartejava e praticava o canibalismo. Essa e outras individualidades tornam
os assassinos em série o mais intrigante e complexo tipo de assassino existente.

É possível concluir que o assassino em série pode ser um psicopata, movido por
sua frieza e crueldade, ou um psicótico, movido por suas alucinações e delírios, que
comete dois ou mais crimes com um intervalo de resfriamento entre eles, com
motivo de cunho psicológico, que, na maioria das vezes, advém de traumas de sua
infância.

A crueldade, o prazer em matar e a necessidade de obter o controle sobre sua


vítima, acompanham e o fortalecem. Superar a si mesmo, desafiar as autoridades
constituídas, subjugar suas vítimas parece ser o alimento de sua alma.

Os aspectos históricos identificados de Jeffrey Dahmer não justificam as


crueldades e friezas cometidos por ele, mas poderiam ser evitados se seus pais
tivessem percebidos os sinais, e se o seu âmbito familiar fosse facilitador. Mesmo
Dahmer relatando que não tem certeza que não teria cometido os assassinatos se
tivesse tido ajuda, credito na minha futura profissão e principalmente na mudança do
ser humano, valendo ressaltar que a ideia deste trabalho não é afirmar que os pais
de Dahmer “criaram um monstro”.

Espero que a pesquisa possa facilitar para o entendimento da população em


geral, que um serial killer não é apenas um serial killer, mas existem fatores que
podem ter influenciado no seu comportamento, mesmo não justiçando seus atos.
Pretendo também que a pesquisa possa ser um suporte para os futuros
pesquisadores da área, que auxilie como um modelo de análise e identificação de
comportamentos de um serial killer, e assim ajudar a psicologia forense em geral
que deve considerar um todo, a infância, a família e as variais históricas, não
somente por “parte”.

Fica evidente o papel de psicologia, pois ele será de compreender como os


transtornos de personalidade afetam as áreas de influência para desenvolvimento do
sujeito, assim como a forma que este ver e percebe o mudo ao seu redor.
BIBLIOGRAFIA

Vermeiren R. Psychopathology and delinquency in adolescents: a descriptive and


developmental perspective. Clin Psychol Rev 2003 Mar;23(2):277-318.

Patterson GR. Continuities - A search for causal mechanisms: Comment on the


special section. Developmental Psychology 1998 Nov;34(6):1263-8.

6 - American Psychiatric Association. DSM-IV-TR. Manual Diagnóstico e Estatítico


de Transtornos Mentais.3 ed. Porto Alegre : Artmed; 2002.

14 - Saimeh N. Canibalismo: da cultura a perversão. Mente e cérebro. 2007.


Disponível em: . Acesso em: 07 set. 2014.

15 Saéz OC. Alimento Humano: O Canibalismo e o Conceito de Humanidade. 2007.


Antropologia em primeira mão. Universidade Federal de Santa Catarina. Disponível
em:

ROWLING, Joanne K. Harry Potter e a ordem da fênix. Pottermore, 2015.

Portal do Espírito, (2007). Vocabulário. Disponível em: www.espirito.org.br. Acesso


em

ARAÚJO, Marília Viveiros. O psicopata e o senso moral. 2007.

BONFIM, Edilson Mougenot. O julgamento de um serial killerI. São Paulo: Malheiros,


2004.

GIL, Antonio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6. ed. São Paulo:
Atlas, 2008. 200 p.

Ana Beatriz Barbosa Silva, Mentes Perigosas - O Psicopata Mora ao Lado.

CASOY, Ilana. Arquivos Serial Killers: louco ou cruel? e Made in Brasil. Rio de Janeiro: DarkSide Books, 2017.
SKINNER, Burrhus Frederic. Sobre o behaviorismo. Presses Université Laval, 1974.

DAVOGLIO, Tárcia Rita; ARGIMON, Irani Iracema de Lima. Avaliação de


Comportamentos Anti-Sociais e Traços Psicopatas em Psicologia Forense.
Avaliação Psicológica, Porto Alegre, vol. 9, n. 1, p. 111-118. 2010. Disponível em: <
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-
04712010000100012>. Acesso em: 09 jun. 2013.

TAGLIARI, Priscila de Azambuja. Assassinos seriais: uma abordagem psicossocial.


Revista Jurídica da Universidade do Sul de Santa Catarina, Florianópolis, vol. 1, n. 1,
p. 45-53. 2010. Disponível em: . Acesso em: 18 mar. 2013.

SKINNER, Burrhus Frederic. Science and human behavior. Simon and Schuster, 1953.

SILVA, A. B. B. Mentes perigosas: o psicopata mora ao lado. Rio de Janeiro:


Fontanar, 2008.

BRASIL, Decreto-Lei n. 3.689, de 3 de outubro de 1941. Código de Processo Penal.


Diário Oficial da União, Rio de Janeiro, 3 de out. 1941. Disponível em: . Acesso em:
2 set. 2014.

BRASIL, Decreto-Lei n. 24.559, de 3 de julho de 1934. Dispõe sôbre a profilaxia


mental, a assistência e proteção á pessôa e aos bens dos psicopatas, a fiscalização
dos serviços psiquiátricos e dá outras providências. Diário Oficial da União, Rio de
Janeiro, 3 jul. 1934. Disponível em: . Acesso em: 6 set. 2014.

Morana H. Escala Hare PCL-R: critérios para pontuação de psicopatia revisados.


Versão brasileira. São Paulo: Casa do Psicólogo; 2004.

Hare RH. Without conscience: the disturbing world of psychopaths among us. New
York: Pocket Books; 1993

CORDEIRO, Carolayne Haline Carneiro; MURIBECA, Maria das Mercês Maia.


Assassinos em Série: Da necessidade de uma política criminal para os psicopatas.
11º. Vol., Nº 2, Pág. 92- 110. São Paulo, Revista Direito Mackenzie, 2017.
Disponível em . Acesso: 16 de jul. 2018
INNES, Brian. Perfil de uma mente criminosa: como o perfil psicológico ajuda a resolver crimes da
vida. São Paulo: Editora Escala, 2009.
APÊNDICES
Visionário: É um indivíduo completamente insano, psicótico, ouve vozes
dentro cabeça e lhe obedece. pode também sofrer alucinações
ou ter visões.

Missionário: Socialmente não demostra ser um psicótico, mas em seu interior


tem a necessidade de “livrar” o mundo que o julga imoral ou
indigno. Escolhe certo tipo de grupo para matar, como
prostitutas, homossexuais, mulheres ou crianças.

Emotivo:
Mata por pura diversão. Dos quatros tipos estabelecidos, é o
que realmente tem prazer em matar e últimas requintes sádicos
e cruéis, obtendo prazer no próprio processo do planejamento
do crime.

Sádico: É o assassino sexual. Mata por desejo. Seu prazer será


proporcional ao sofrimento da vítima sobre tortura. A ação de
torturar, mutilar, matar lhe traz prazer sexual, canibais e
necrófilos fazem parte desse grupo.

caçador Realiza especificamente a busca de uma vítima baseado no


seu local de residência
fugitivo Também faz uma busca da vítima, mas a partir do local de
uma atividade diferente de seu local de residência ou viaja
para outro lugar da caçada.

oportunista Encontra a vítima enquanto realiza outras atividades.

ardisioso Fica numa posição, exerce uma profissão ou cria uma


situação que que lhe permite encontrar as vítimas dentro de
um local sob seu controle.

Você também pode gostar