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CONEXÃO UNIFAMETRO 2019: DIVERSIDADES

TECNOLÓGICAS E SEUS IMPACTOS SUSTENTÁVEIS


XV SEMANA ACADÊMICA
ISSN: 2357-8645

MINDHUNTER: UMA ANÁLISE ACERCA DO PERFIL


CRIMINOLÓGICO DOS ASSASSINOS EM SÉRIE.

Edilene Gomes de Queiroz


Centro Universitário FAMETRO
edilene.queiroz@aluno.unifametro.edu.br
Isabelle Lucena Lavor
Centro Universitário FAMETRO
isabelle.lavor@professor.unifametro.edu.br

Título da Sessão Temática: Políticas Públicas e Direitos Sociais.


Evento: VII Encontro de Iniciação à Pesquisa.

RESUMO

O presente resumo expandido denota-se acerca da série da Netflix, denominada Mindhunter e


como a análise comportamental auxilia ao entendimento da mente criminosa. Para tanto,
refletese a analisar a importância dos perfis criminológicos para que se adequam as tipificações
dos crimes. Ademais, denotam a pesquisar os fatores que desencadeiam para a criação de um
serial killer; entender as diferenças entre psicopatas e sociopatas e compreender como o “modus
operandi” tornam-se características específicas de cada assassino serial. As análises
metodológicas tiveram respaldo em doutrina, artigos científicos, bem como arquivos de mídia
série Mindhunter, tornando-se este último, o propulsor da análise comportamental que as
mudanças do FBI. Constatou-se que o pensamento dos criminosos se torna similares entre si,
buscavam-se fantasias na adolescência, consequentemente criando-se o “modus operandi” das
suas atuações criminosas.
Palavras-chave: Mentes. Serial Killer. Análise Comportamental. Perfil criminológico.

INTRODUÇÃO

A presente pesquisa irá analisar a série “Mindhunter” que está vinculada a


provedora de séries e filmes Netflix, no contexto interdisciplinar das Ciências Criminais.
Diante disso, reflete-se na época que uma unidade do FBI começa a entrevistar
assassinos em séries presos, para que consigam compreender o comportamento criminoso para
buscar a solução de casos em andamento, admitindo o agente Tench e Ford como personagens
principais.
Inicialmente, ao denotar como poderiam ser fascinantes entender as mentes
criminosos, começam a noção do conceito “serial killer” nos quais os pensamentos somente se
desenvolveriam que os criminosos cometeriam seus crimes simplesmente por serem homens
maus que queria externar sua maldade.
Ademais, para iniciar as constatações comportamentais buscam apoio à psicóloga
chamada Dra. Wendy Carr, na qual já tinha uma noção mais abrangente em relação aos estudos
acerca do processo de criminosos violentos, a história começa a interação entre a análise
comportamental versus o crime cometido, como os contextos de vida poderiam influenciar nos
seus comportamentos futuros em relação à sociedade. Pode-se citar a seguinte menção acerca
do conceito de assassino serial:
O assassino serial é, regra geral, um delinquente inteligente e que, aproveitando-se
disso, tenta manipular a ação das pessoas para obter a sua impunidade. É um
psicopata, não tem sentimento de compaixão por ninguém, pois lhe interessam
unicamente os seus objetivos. Para esse assassino, chega a ser um desafio prazeroso
cometer o crime e ludibriar a ação do Estado, com vistas a obter a total impunidade.
(CALHAU apud FREIRE, 2012, Revista Jus Navigandi, ONLINE)

Em primeiro lugar, a temporada inicial, tornou-se à reunião de grandes figuras


emblemáticas em relação aos assassinos seriais, a entrevista que auxiliou nos estudos
comportamentais primordialmente, foi de Edmund Kemper, apelidado como o “matador de
colegiais” no qual traçou-se um perfil de manipulador nato; inteligente e carismático.
Pode-se perceber que a sua história criminosa denota-se inicialmente aos 15 anos
de idade cometendo os homicídios de seus avós sendo internado em uma clínica de reabilitação
por ser algo considerado como problemas mentais, consequentemente, foi a época de
premeditação e fantasias para quando pudesse cometer atos atrozes, sendo assim, culminou suas
fantasias em cinco universitárias, cometendo necrofilia e utilizando seus órgãos como
brinquedos.
Ademais, a segunda entrevista foi com Jerry Brudoos, que tinham características
parecidas emocionalmente com a primeira relatada, manipulador e necrófilo como Kemper,
porém, sua motivação criminosa se denotava ao fetiche sexual (podólatra) por isso apelidado
pela mídia como “Assassino da Luxúria” ou “Assassino do Fetiche em Sapatos”, demonstrando-
se sua marca para à sociedade.
Entretanto, pode-se observar de fato, que a análise comportamental, inicialmente
foi uma forma de conseguir compreender quais as motivações para que ocorressem os
cometimentos dos crimes sendo as entrevistas com assassinos em série presos, somente à partir
de adquirir maturidade nas respectivos estudos que começaram a entrelaçar os estudos para
buscar soluções de crimes em andamento.
Por conseguinte, a segunda temporada torna-se um agente impulsionador a
construção do perfil criminológico na fase investigativa para que possa ser o elemento propulsor
para encontrar o suspeito.
Diante disso, conseguiram um suspeito denominado Wayne Willians, em uma
busca de rotina em estradas nos quais se concentravam suas buscas, porém, ao ser encontrado
não haviam mandados de apreensão para o carro os elementos probatórios foram destruídos
antes que pudessem ser catalogados ao crime, ou seja, só pode ser capturado e condenado pelo
homicídios de jovens adultos, confundindo-se como infanto-juvenis entre 10 à 15 anos de
idades, somente com as formas de análises não poderiam ser consideradas provas, sendo assim,
à injustiça as famílias para uma solução concreta nunca houve.
A maior importância em relevância aos estudos dos FBI em análise comportamental
trouxe-nos aos pensamentos acerca dos respectivos “seriais killers”, ou seja, os assassinos em
séries puderam ser catalogados em relação aos perfis de suas relações sociais nas quais
incidiram como comportamentos violentos criminosos.
Por conseguinte, o presente resumo expandido possui como objetivo geral analisar
a importância dos perfis criminológicos para que se adequam as tipificações dos crimes.
Enquanto, os objetivos específicos como pesquisar os fatores que desencadeiam para a criação
de um serial killer; entender as diferenças entre psicopatas e sociopatas e compreender como o
“modus operandi” tornam-se características específicas de cada assassino serial.

METODOLOGIA

O presente resumo expandido, possui como aspecto metodológico cumpriu-se


através de pesquisa qualitativa com embasamento de doutrinas; artigos científicos; elemento
midiático a Série Mindhunter, foi possível constatar que, a análise comportamental e o perfil
criminológico como elementos propulsores para catalogação dos criminosos.
A busca admitida através da pesquisa no modelo explicativa, é trazer à baila as
consequências de determinado fenômeno. Nesse sentido, pode-se perceber que a mais evidente
delas, é a similitude dos comportamentos fantasiosos de atos de violência na adolescência
incidem nos cometimentos dos crimes do formato imaginário.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O perfil criminológico funciona como um padrão descritivo de como o autor chegou


as respectivas ações, através uma técnica descritiva para o seu conhecimento. Consta-se que a
construção perfilar consiste na forma dedutiva e indutiva, a primeira consiste nas evidências em
relação as cenas criminais ou aos elementos comprobatórios e a última hipótese baseia-se em
no processo comparativo que podem levar as referentes síndromes psicológicos.
O modelo utilizado pelo Mindhunter como marco inicial nessas novas técnicas de
análise comportamental, tornou-se o indutivo nos quais as percepções ocorreram que a maioria
dos assassinos seriais entrevistados vinham de lares desestruturados; com infâncias de abusos
sexuais ou violências familiares; os referentes crescimentos se denotavam ao completo
isolamento específico, consequentemente, as fantasias como formas de premeditação até
chegarem ao ápice dos respectivos homicídios ou as agressões sexuais que foram imaginadas.
Para corroborar com o exposto, o que leciona Rafael Pereira Gabardo Guimarães,
no site Jurisway, no texto “Cabeça De Matador: O Perfil Psicológico dos Serial Killers e a
Investigação Forense”:
Olhando ao passado dos seriais killers geralmente se encontram sinais
comportamentais comuns entre eles, quais sejam: enurese em idade avançada (urinar
na cama), piromania (provocar incêndios) e sadismo precoce (normalmente
torturando animais ou crianças, como se fosse um ensaio para o futuro matador). Isso
não significa que se uma criança fizer alguma dessas condutas certamente será uma
assassina em série no futuro. É impossível fazer uma leitura prognóstica destes sinais
(..) (GUIMARÃES, Rafael Pereira Gabardo, 2016, Jurisway, ONLINE)

Diante disso, o perfil criminológico auxilia para a individualização dos


criminososos em relação aos seus modos operandi; delimita formas de conclusão para que mude
a formação de reincidência e cria-se meios para que a Segurança Pública possa conceber as
diferenças sociais em relação aos presídios versus unidades de hospitais-presídios de fato e não
só apenas para compreensão de teorias.
Ademais, a série Mindhunter traz uma forma de engatinhar os conectivos
conhecidos atuais, para a elaboração do “Criminal Profiling”, do ponto de vista das Ciências
Criminais a entrevista com Edmund Kemper foi algo esclarecedor para que começasse a realizar
os respectivos pensamentos e como as dificuldades da vida podem desencadear crimes,
compilando em perguntas simples e buscando saber como os crimes foram cometidos, por
exemplo: organização ou desorganização dos atos violentos cometidos.
Por conseguinte, é necessário que se saiba as tipificações na área comportamental
sendo estes: psicopatas e sociopatas. Primeiramente, ao analisar os psicopatas cumprem-se as
seguintes características: não tem consciência, são manipuladores natos; possuem uma
capacidade intelectual de liderança; considera-se a forma mais grave de sociopatas, através de
ter um cérebro diferente das outros como consta-se nos exames realizados através de
ressonância magnética, uma pessoa normal irá sentir emoções de desespero perante a violência,
enquanto, os psicopatas possuem reações de calmaria.
Compreende-se que as tendentes profissões buscadas por psicopatas, exercem
cargos de liderança e que conseguem atrair pessoas, de poder para que possam utilizar-se da
manipulação para conquistar objetivos, dentre elas: diretores executivos de grandes empresas
(CEOS); advogados e médicos.
Para corroborar com o exposto, o livro da autora Ilana Casoy, “Serial Killer louco
ou cruel?”, denota-se os perfis psicopáticos para as espécies de assassinos seriais:
[...]
“EMOTIVOS: matam por pura diversão. Dos quatro tipos estabelecidos, é o que
realmente tem prazer de matar e utiliza requintes sádicos e cruéis.
LIBERTINOS: são os assassinos sexuais. Matam por “tesão”. Seu prazer será
diretamente proporcional ao sofrimento da vítima sob tortura e a ação de torturar,
mutilar e matar lhe traz prazer sexual. Canibais e necrófilos fazem parte deste grupo.
(CASOY, Ilana, 2012, pp.16)

Enquanto, os sociopatas são capazes de formar relacionamentos com os outros,


sendo considerados pessoas que conseguem fingir sentimentos para que possam ganhar
confiança não levantando suspeitas em relação ao seu comportamento, dificuldade em sentir
empatia; são considerados manipuladores e mentirosos compulsivos; possuem falsos encantos
à sociedade, impulsivos e extremamente egocêntricos, diante disso, ao cumprirem um crime de
grande repercussão querem ser reconhecidos.
Primordialmente, a série Mindhunter pode abrir espaço para um conhecimento
prévio em relação as análises comportamentais, porque, ao demonstrar as entrevistas com
assassinos em séries de crimes considerados conhecidos mundialmente pelas histórias macabras
e pesadas possam ser novas formas de difundir os ensinamentos e deixar que o senso comum
ao assistir possam iniciar a compreensão de que a criação criminosa advém de diversos fatores
para que se torne um criminoso, podendo-se citar: as famílias displicentes ou a falta de
princípios e regras na sua respectiva criação.
Outrossim, o “modus operandi” é algo marcante do seu ego e prazer, alguns
utilizam estrangulamento o que os provoca prazer sexual; outros enforcamentos com cordas ou
cordões das roupas das vítimas; decapitação para depois praticar necrofilia ou se vestir de
mulheres para cometer os homicídios. Em relação ao método assassino, consiste em exteriorizar
as fantasias que foram imaginadas à partir da adolescência, ficando armazenadas e que
buscavam as referentes satisfações sexuais.
Em contraposição, à sociedade moderna continua na movimentação que a violência
é simplesmente proveniente das pessoas serem boas ou ruins, porém, ao relacionar-se as classes
sociais com o poder de controle social, consequentemente, podem atrair os psicopatas para
conseguirem colocar em prática suas fantasias que saberão que terão holofotes midiáticos dos
programas sensacionalistas para enaltecer seus egos; as redes sociais contemplam perfis falsos
que conseguem externar discursos de ódio ou formas de reunir-se os psicopatas contando suas
respectivas experiências.
Por desinência, as Políticas Públicas da Segurança Pública, deveriam aumentar seus
estudos em contexto nacional, tentando buscar a diminuição da violência ou reincidência,
investimento em hospitais-psiquiátricos para conseguir minimizar os respectivos desvios
psicológicos que desencadeiam as agressões sexuais; estupros e homicídios em série com
modos operandi específicos e a realização de perfis criminológicos específicos para cada tipo
de criminosos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como fora observado, a série Mindhunter é uma catalogação de como iniciou-se as


análises comportamentais do FBI, consequentemente, traçando-se os resquícios dos ideais do
âmbito dos assassinos seriais em âmbito mundial.
Esta situação muito se inter-relaciona com o entendimento que o comportamento
criminoso advém de diversos fatores, como famílias desestruturas; isolamento social
consequentemente para se desconectar do afastamento social, fantasiando as relações sociais
violentas em suas respectivas mentes.
Por conseguinte, constata-se que os series killers abordados podem ser catalogados
como criminosos sexuais, que buscavam de sadismo para satisfação sexual, admitindo-se modus
operandi diferenciados, que buscavam jovens para realizarem suas respectivas fantasias e por
último o ápice do prazer seriam as formas dos homicídios que seriam cometidos.

REFERÊNCIAS
CASOY, Ilana. Serial Killer louco ou cruel? WVC Editora. Disponível em: <
http://lelivros.com/book/baixarlivro-serial-killer-ilana-casoy-em-pdf-epub-e-mobi-ou-ler-online/>. Acesso em
04.set.2019.

EMILIO, Caroline Souza. Psicopatas Homicidas e as Sanções Penais a eles Aplicadas na Atual Justiça
Brasileira. PUC-RS, 16 de janeiro de 2013. Disponível
em:<http://www.pucrs.br/direito/wpcontent/uploads/sites/11/2018/09/caroline_emilio.pdf> Acesso em 04
set.2019.

FREIRE, Renan Arnaldo. PLS nº 140/2010: o tratamento penal ao serial killer. Revista Jus Navigandi, ISSN
1518-4862, Teresina, ano 17, n. 33 66, 1 8 set. 2012. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/22638/pls-n-
1402010-o-tratamento-penal-ao-serial-killer> Acesso em: 04 set. 2019.

GUIMARÃES, Rafael Pereira Gabardo. Cabeça De Matador: O Perfil Psicológico dos Serial Killers e a
Investigação Forense. JurisWay, 26 de junho de 2016. Disponível em:
<https://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=17323 > Acesso em 04 set.2019.

PIMENTEL, Edilia Gama. Perfil criminológico dos assassinos em série e as implicações jurídicopenais. Conteúdo
Jurídico. Disponivel em: <https://conteudojuridico.com.br/consulta/artigos/51135/perfilcriminologico-dos-
assassinos-em-serie-e-as-implicacoes-juridico-penais>. Acesso em: 04 set 2019.

TAFARELO, Saulo. Mindhunter:veja os 10 serial killer reais mostrados na série da Netflix, que estreia na segunda
temporada. UOL. Disponível em:< https://exitoina.uol.com.br/noticias/tv-e-series/mindhunter-os-serial-killer-
daprimeira-e-da-segunda-temporada.phtml> Acesso em:04 set 2019.

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