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BRASIL
Serial Killers Criminal Profiling and its application in Brazil
1
Nicholas Custódio Boreto Francatti
2
Leonardo Tesser Penha
SUMÁRIO
Introdução. 1 Assassinos em série: características, definições e diferenciações. 1.1 Conceito
de Serial Killer. 1.2 Classificação de Serial Killers por Brent Turvey. 1.3 Classificação de
Mass Murderer e Spree Killer. 2 Perfil Criminológico: Conceitos, Classificações, Importância
e Aplicação. 2.1 Definição e crescimento midiático. 2.2 Validade científica do método e
pressupostos de limite. 2.3 Utilização da técnica nos tipos de crimes. 2.4 Eficácia do método.
3. Análise dos Assassinos em Série no Sistema Penitenciário e Punitivo Brasileiro com
estudo de casos nacionais. 3.1 Legislação Brasileira: Criminal Profiling e Assassinos em
Série. 3.2 Casos de serial killers brasileiros. Conclusão. Referências Bibliográficas.
RESUMO
Pretende-se com o artigo em uma dimensão mais ampla analisar a utilização do perfil
criminológico com foco nos casos de assassinos em série, com identificação e descrição da
técnica do perfil criminológico, a distinção dos termos psicopata e psicótico, comparação e
diferenciação entre os termos serial killers, mass murderers e spree killers, a abordagem dos
serial killers no Brasil com casos explicitados a fim de levantar um fomento no debate no
âmbito acadêmico sobre o tema através da apresentação desses termos, definições,
diferenciações comparações e citações.
Palavras-chave: Assassinos em série. Perfil criminológico. Homicídio. Ciências criminais.
ABSTRACT
The purpose of the article in a broader database is to use the criminal profile with emphasis
on cases of serial murders, with identification and description of the criminal profile
technique, the distinction between the terms psychopathic and psychotic, difference and
understanding between the terms Serial Killers, Mass Murderers and Spree Killers, n order to
1
Sugiro que insira um breve resumo sobre seu currículo aqui. Não é obrigatório, mas em caso de publicação do
artigo, é interessante que os leitores te conheçam e possam entrar em contato, se quiser. Por exemplo:
Graduando em Direito pela Faculdade X. Associado ao Instituto Brasileiro de Ciências Criminais do IBCCrim –
2018. E-mail: X
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Orientador. Mestrando em Direito Penal e Criminologia pela Faculdade de Direito da USP. Especialização em
Direito Penal e Criminologia, em curso, pelo Instituto de Criminologia e Política Criminal (ICPC/UNINTER).
Coordenador Regional do Laboratório de Ciências Criminais do IBCCrim em São Bernardo do Campo. E-mail:
leonardo.tesser@hotmail.com
raise a stimulus in the academic debate on the subject by presenting these terms, definitions,
differentiations, comparisons and quotations.
Key-words: Serial killers. Criminal profiling. Murder. Criminal sciences.
INTRODUÇÃO
A constância dos crimes que tem como objeto jurídico a vida das vítimas e pela
incompreensão das motivações que levam o indivíduo a cometer tais atos é um fato que tem
assustado a população desde sempre, gerando uma atenção cada vez maior para o tema,
causando uma massa de produção jurídica sobre a análise dos perfis desses indivíduos.
Desse modo, o artigo possui o objetivo de analisar os serial killers, assassinos em
série que, por mais que venham sendo cada vez mais objeto de produção de conteúdo
reprodutivo midiático nos programas televisivos, séries, filmes e livros, não são um problema
recente mas são há pouco tempo estudados. Devido a dificuldade de se levantar uma única
motivação para a realização de tais atos deferidos pelos assassinos em série têm-se uma
dificuldade proporcional para se traçar um perfil criminal. Entretanto, com o advento da
ciência forense e seu desenvolvimento cada vez mais expressivo, unindo-se áreas como
psicologia, psiquiatria, direito e entre outras, é possível elaborar um perfil criminal que será
utilizado junto ao trabalho da polícia sendo de grande importância para a solução de crimes -
uma vez que a porcentagem de solução de homicídios dolosos gira em torno dos 6% no país
sendo um índice vergonhoso se comparado com outros países - e evitar que mais ocorram.
Sendo assim, o estudo tem a intenção de trazer classificações, definições, diferenciar
os assassinos em série de outros tipos como os “mass murderers” e os “spree killers”,
características dos serial killers somado a importância da utilização do perfil criminológico
para investigar tais crimes devido a essa deficiência constatada no país em solucionar os
casos nessas situações, por meio da análise de características psíquicas, comportamentais e
criminais, almejando a criação de perfis criminais envolvendo elementos psíquicos e até o
modo como os agentes executam seus crimes, por meio do estudo dos padrões e rastros
deixados.
Por fim, o propósito e a intenção da produção deste artigo é gerar uma discussão
envolvendo os temas da psicopatia e os serial killers, adotando-se a técnica do perfil criminal
para analisá-los e classificá-los. O debate prossegue com a abordagem da distinção entre os
conceitos e da relação psicopatia com o serial killer, que gera confusões até mesmo entre
profissionais da área. Será posto em pauta também a questão de senso comum de que o sexo
feminino não se encaixa no cometimento de tal crime e a relação do serial killer com o
sistema penitenciário brasileiro e sua punibilidade.
O termo serial killers, traduzido para o português como assassinos em série, foi
introduzido por volta dos anos 70, por Robert Ressler, ex-agente do FBI que trabalhava na
área de perfis psicológicos de criminosos juntamente a outros órgãos. O termo foi adotado
mundialmente e tem o objetivo de trazer uma nomenclatura mais precisa para esse grupo de
indivíduos.
Inseridos na categoria de agressores em série existem os homicidas em série, tipo
que é conceituado no Manual de Classificação de Crimes feito pelo FBI (Federal Bureau of
Investigation) como sendo “um indivíduo que realiza os homicídios em três ou mais eventos
separados em três ou mais locais distintos com um período de calmaria”. (FBI, 1992 apud
Schechter, 2013, p. 16)
Entretanto essa definição traz muita confusão, podendo se inserir juntamente no
grupo assassinos de aluguel e assassinos em série , além do fato de que os crimes ocorridos
nem sempre se dão em locais diferentes. A partir desse conceito que falha quanto a noção da
natureza específica dos crimes há de se adotar um conceito mais rico e completo trazido pelo
NIJ (National Institute of Justice).
Uma série de dois ou mais assassinatos cometidos como eventos separados, geralmente, mas
nem sempre, por um criminoso atuando sozinho. Os crimes podem
ocorrer durante um período de tempo que varia de horas a anos.
Muitas vezes o motivo é o psicológico e o comportamento do
criminoso e as provas materiais observadas nas cenas dos crimes
refletem nuanças sádicas e sexuais. (NIJ apud Schechter, 2013, p. 18)
Em razão de ser uma técnica relativamente recente e não muito explorada há uma
certa dúvida quanto a sua validade científica. Até o presente momento da produção deste
artigo não há uma pesquisa ou estudo científico que possa medir a real eficácia da técnica e
nem as suas classificações. Alguns autores afirmam que os perfis são únicos e não devem ser
separados de seus autores, entretanto, outros afirmam que a ligação e comparação com outros
perfis pode auxiliar na realização de outros perfis e descoberta de autores.
A fim de executar a técnica de perfil criminológico deve-se atentar a alguns limites
que regulam o seu uso. Inicialmente, a técnica tem o objetivo de estabelecer um perfil
psicossocial de um agressor que ainda não foi identificado pelas autoridades policiais a partir
das informações dadas ao profissional tanto na cena do crime como fora, podendo deduzir
algumas características da personalidade do agente baseando-se nas informações dadas e
estudadas. Como já citado anteriormente, o Profiling costuma ser usado em crimes com
maior gravidade, especialmente aqueles que a polícia não tem muitas pistas e não consegue
limitar os suspeitos para identificar o agente do crime ou quando já se utilizaram outros
métodos e não foram efetivos.
A aplicação tanto do pensamento crítico quanto do raciocínio dedutivo e indutivo
são essenciais para a técnica de Profiling Criminal. O primeiro sendo útil para distinguir uma
afirmação sempre verdadeira, de uma às vezes verdadeira, de uma parcialmente verdadeira e
de uma falsa nesse âmbito. O segundo une os dois raciocínios para resultar em dois métodos
de profiling que se complementam: os indutivos ou nomotéticos que tratam das previsões
realizadas baseadas nas informações de outros casos aplicadas a um caso em específico e os
dedutivos ou ideográficos que se resumem aos padrões comportamentais que são
apresentados nas investigações sendo analisados para gerar opiniões e teorias sobre o caso.
A técnica do Profiling Criminal tem sido utilizada com foco maior em crimes
específicos de agressão sexual, homicídio, sequestro e terrorismo, em especial quando esses
crimes ocorrem em série. Os autores Ronald M. Holmes e Stephen T. Holmes realizaram em
1996 uma lista de crimes que são alvos da técnica do Profiling.
Homicídio sexual
Fogo posto
Violação
Assaltos
Destaca-se que diversos casos que ocorreram em solo nacional tiveram sua solução
sem a menor noção e aplicação do termo assassinos em série, além de uma gama imensa de
casos que se encontram sem solução em razão do despreparo das forças policiais e que
poderiam ser resolvidos com o uso da técnica. Há nitidamente uma “cegueira de ligação” que
paira sobre as autoridade policiais do país que tem severa dificuldade de sequer tomar como
possibilidade a ligação de um crime com o outro, caracterizando o crime em série,
prejudicando muitas vezes o desenrolar da investigação.
Os poucos órgãos que tratam especificamente de Ciências Forenses em nosso
território poderiam receber mais apoio do Estado para serem utilizados com mais eficiência
não só para a solução dos crimes como forma também de evitá-los.
Ainda nessa década, no ano de 2007 foi realizado pelo FBI no Paraná um curso que
tratava das técnicas de investigação em especial o modo de analisar a cena do crime e a
elaboração do perfil criminal, abrindo diversas possibilidade para a polícia do Estado como a
criação de um banco de dados integrado com perfis criminais para que as autoridades
pudessem trocar dados e atuar em conjunto nos casos. Sendo realizada uma pesquisa nos anos
seguintes no mesmo Estado, constatando a possibilidade de grande parte dos presidiários do
Paraná serem serial killers em potencial.
Por conseguinte, deve-se observar as iniciativas realizadas no Estado citado como
um sucesso que deve ser espalhado para os outros Estados da Federação, a fim de que as
autoridades policiais do país possam tratar com competência de crimes em série com o uso
das informações dadas e dos perfis e bancos de dados criados, mesmo nos encontrando em
um local no qual não há tanta incidência desses tipos criminais como em outros.
Para o desempenho de sua função, podem o perito e os assistentes técnicos utilizar-se de todos os
meios necessários, ouvindo testemunhas, obtendo informações, solicitando
documentos que estejam em poder de parte ou em repartições públicas, bem
como instruir o laudo com plantas, desenhos, fotografias e outras quaisquer
peças.
É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou
retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento.
Portanto, temos a aplicação semelhante ao sistema visto nos Estados Unidos, já que
aqui também não se valida a tese dos réus mentalmente insanos, uma vez que segundo Ilana
Casoy (2014) afirma que apenas 5% dos serial killers realmente estavam com doenças
mentais no momento de execução dos seus crimes.
Cita-se aqui como forma de exemplificar casos em que serial killers brasileiros
tiveram seus diagnósticos como imputáveis pela justiça e atualmente cumprem penas de
centenas de anos, Thiago Henrique Gomes da Rocha e Pedro Rodrigues Filho. A exceção se
dá pela inocência e internação de Febrônio Índio do Brasil, "O Filho da Luz”, assassino em
série brasileiro considerado o primeiro a ser julgado como louco, colocado em um manicômio
judiciário no Rio de Janeiro em 1929.
Em virtude do artigo 75 do Código Penal, é proibido cumprimento de pena maior
que 30 anos, sendo recalculado caso seja condenado por crime posterior ao início de
cumprimento da pena declarada. Por consequência, podemos ver o caso do conhecido
assassino em série "Pedrinho Matador" que teve cerca de 71 vítimas confirmadas, condenado
a mais de 400 anos preso mas cumprindo apenas cerca de 34 anos pelos crimes cometidos.
Outro fator que é analisado é a pena de morte, forma de punição não usada desde o
século XIX em nosso país, sendo o Brasil membro do Protocolo da Convenção Americana de
Direitos Humanos para a Abolição da Pena de Morte, também expressamente proibida pela
Constituição Federal de 1988, aplicável apenas para crimes militares citando-se a traição,
assassinato, genocídio, crimes contra a humanidade, crimes de guerra e terrorismo se
ocorrido durante a guerra. Deste modo, a única forma permitida por lei para execução desta
pena é a morte por pelotão de fuzilamento e em casos extremos, podendo o Presidente
conceder anistia ou indulto como diz o Código Penal Militar Brasileiro.
Baseando-se na divisão cronológica realizada por Ilana Casoy (2017) na qual ela
divide os assassinos em série por décadas podemos analisar os casos dos principais serial
killers referidos em nosso território.
Iniciando-se com a década de 1920 em que tivemos o considerado primeiro serial
killer brasileiro da história, José “Preto Amaral”, que começou sua carreira de crimes por
volta de 1920 com crimes de menor potencial como vagabundagem e furto e foi avançando
até chegar nos crimes realizados no ano de 1926 cometidos contra crianças carentes nos
arredores de onde se instalava. O assassino não possuía vínculos afetivos estáveis, muito
menos objetivos de vida ou metas, vivendo apenas para cumprir aquilo que promovia seus
desejos que nem ele mesmo compreendia. Identificado por vários nomes distintos que
serviam para se camuflar dentro da sociedade, José foi preso em 1927 e faleceu sem antes
mesmo ser julgado por problema pulmonar, morte muito comum na época.
Inserido na mesma década, Febrônio “O Filho da Luz” já citado no referido artigo
como sendo o primeiro caso a receber o tratamento diferenciado por ser considerado
inimputável por diagnóstico médico-legal que o considerava esquizofrênico. Os crimes que
cometeu se resumiam ao tipo penal de crimes hediondos mas em específico contra crianças
carentes. Tendo o mesmo a história contada por seu irmão Agenor que trata de forma mais
objetiva a escalada criminal do agente e o histórico de violências que ele sofria dentro da
família, e a história contada por ele mesmo, sendo ambas confusas quanto a genealogia vez
que Febrônio foi identificado como filho de pais diferentes do que atestava ser. Se intitulava
como médico e cirurgião-dentista e possuía uma crença com mistura de diversas outras
acrescidas à sua própria, que levava ao seus crimes em sua cabeça um sentido para a morte
daquelas crianças.
Agora na década de 1950, fala-se de Benedito “Monstro de Guaianases”, assim
como os outros citados, teve histórico de violência na família, possuía diversas identidades,
mas se usava de vários endereços. A motivação deste se dava como dito pelas próprias
palavras: “arrepio que não passava”, seguia sempre o mesmo rito em suas 29 vítimas e foi
considerado inimputável também por diagnóstico médico-legal.
Na década de 1960, Francisco “Chico Picadinho”, iniciou com o crime ocorrido em
1966, tendo como primeira vítima Margareth Suida, bailarina austríaca, a qual estrangulou e
dissecou posteriormente o corpo no banheiro de sua residência que dividia com seu amigo
Caio, ao qual confessou o crime, sendo denunciado pelo mesmo, preso e condenado a 18 anos
de prisão, mas liberto na metade da pena em razão de bom comportamento. Anos depois
realizou outra retaliação agora contra a prostituta Ângela da Silva Souza, denunciado
novamente por companheiro de apartamento, condenado desta vez a 22 anos de cadeia mas
ainda preso na Casa de Custódia de Taubaté por ser considerado psicopata e precisar de
tratamento psiquiátrico.
Em 1970 houve José “Monstro do Morumbi”, confessou os crimes de
estrangulamento de 7 mulheres as quais teve relacionamento durante a década de 60 e 70, o
autor despia as vítimas, amarrava os pés e as mãos com pedaços de roupas, tampava boca
nariz e ouvidos com jornais e papéis e levava dinheiro, jóias, roupas das vítimas. Denunciado
por sua esposa na época, o criminoso fugiu para o Pará e realizou mais 3 assassinatos de
mulheres, foi capturado, preso e cumpriu pena de 1971 a 2001.
Por fim, em 1990, conhecido como “O Vampiro de Niterói”, Marcelo, sofreu abusos
psicológicos e físicos de seu pai, quando criança via fantasmas durante a noite, tinha
sangramentos sem motivo aparente no nariz, cicatrizes decorrentes das violências praticadas
pelo pai, iniciou na sequência de crimes em 1991, tendo como alvo crianças de até 13 anos
que eram oferecidas com doces em troca de serviços, atuando em Niterói, teve 13 vítimas e
recebeu o apelido pelo fato de beber o sangue das vítimas por segundo ele as crianças
possuírem um sangue puro e que o deixaria mais bonito.diagnosticado com esquizofrenia e
psicopatia, absolvido pela justiça e enviado ao Hospital de Custódia e Tratamento
Psiquiátrico Heitor Carrilho de onde escapou mas foi encontrado e retornado ao local.
CONCLUSÃO
O artigo pretendeu apresentar os dois mundos que tem sido alvo recorrente de livros,
série de TV, filme e afins, o dos serial killers e do perfil criminológico. Ambos os temas
foram abordados separadamente e conjuntamente, a fim de se analisar cada aspecto e detalhes
apresentados pelos assuntos de grande complexidade, devido a falta de material acadêmico
para estudo como artigos, pesquisas, livros e afins, fato que dificulta visivelmente o
crescimento dos conhecimentos dos dois pontos colocados.
A imensa gama de classificações e denominações para os serial killers constata que
há muito ainda o que pesquisar sobre, entretanto, mais especificamente no Brasil há uma falta
tanto de incentivo governamental quanto de profissionalização na área, que resulta na busca
por materiais em línguas estrangeiras e cursos, especializações em outros países.
Quanto ao Criminal Profiling, foi inserida a técnica no artigo a fim de expor para
que se alcance novos estudantes interessados em realizar pesquisas na área, já que é outro
assunto que sofre com a falta de conteúdo para pesquisa. Concluiu-se que justamente por ser
uma técnica relativamente nova a sua validade ainda é questionada por muitos, porém foram
explicitados diversos estudos que possuíam o objetivo de medir a eficácia do profiling em
vários anos diversificados, devendo-se atentar ao fato de que se usada por profissionais
competentes ela serve como uma ferramenta excelente para solução e prevenção de crimes,
atestado pelas forças policiais que dizem que a técnica ajuda a compreender o
comportamento criminal e prevê as características dos criminosos.
Passando a análise feita sobre os assassinos em série dentro do sistema brasileiro,
verificou-se que há necessidade do Poder Público investir e incentivar a área em território
nacional a fim de gerar mais conhecimento e pesquisas na área com mais palestras,
congressos, seminários sobre o tema para propagá-lo.
Notou-se também, resultado da carência e do não desenvolvimento da técnica e
estrutura de investigação dados deploráveis decorrentes da falta de preparo em especial dos
policiais e dos investigadores que provou-se uma cegueira de ligação coletiva dos mesmos.
A partir da análise feita da legislação brasileira referente aos dois temas foram
encontrados alguns artigos quanto aos crimes de homicídio em série mas só 1 artigo atual que
trata da profissão de perito exercida pelos atuantes da área de Criminal Profiling, sendo
encontradas algumas semelhanças e outras diferenças quando comparadas as execuções,
penas e outros aspectos dos serial killers nos Estados Unidos.
Por fim, com a apresentação minimalista de alguns serial killers conhecidos
divididos em décadas pode-se perceber uma relação de causa e efeito, com os abusos físicos,
psicológicos e sexuais recorrentes na infância dos criminosos, lares problemáticos, problemas
de socialização e entre outros fatores que coincidem quando vistos em conjunto. Entretanto,
não pode-se falar em exatidão nesse tema, essa relação nem sempre acontece e gera um
homicida em potencial, por esta razão há uma dúvida eterna sobre os motivos das pessoas se
tornarem criminosas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CASOY, Ilana. Serial Killer louco ou cruel?. São Paulo (SP), WVC Editora, 2004. [Internet]
Disponível em:
<http://lelivros.com/book/baixar-livro-serial-killer-ilana-casoy-em-pdf-epub-e-mobi-ou-ler-o
nline/http://lelivros.com/book/baixar-livro-serial-killer-ilana-casoy-em-pdf-epub-e-mobi-ou-l
er-online/ >. Acesso em: 05/09/2018.