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oRESUMO
oINTRODUÇÃO
oTRÍADE DE MACDONAL
oANÁLISE CEREBRAL DE SERIAL KILLERS.
oMODUS OPERANDI
oASSINATURA
oDISSOCIAÇÃO
oEMPATIA
oA INFÂNCIA
oREPETIÇÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
RESUMO
INTRODUÇÃO
“Eu fiz tudo isso por mim. Puramente egoísta. Adorei a arte e ato da morte
repetidamente. Simples assim. Depois foi tudo confusão sexual, simbolismo,
exaltação do “caído”. Eu estava exaltando a mim mesmo. Odiei a decadência e
a dissecação. Não houve prazer sádico em matar. Eu os assassinei como eu
mesmo gostaria de ser morto, aproveitando a extremidade do próprio ato da
morte. Se eu fizesse isso comigo, experimentaria apenas uma vez. Se eu
fizesse isso com outros, provaria do ato da morte diversas vezes. ”
TRÍADE DE MACDONAL
“Na infância, nenhum aspecto isolado define a criança como um serial killer em
potencial, mas a chamada “terrível tríade” parece estar presente no histórico de
todos os serial killers: enurese em idade avançada, abuso sádico de animais ou
de outras crianças, destruição de propriedade e piromania” (CASOY, 2014 p.
18)
A enurese, ou urinar-se enquanto dorme após os cinco anos de uma criança
pode acabar se tornando um fator degradante, que a mesma pode ocorrer por
um trauma ou abuso ocorrido na infância. De acordo com as descobertas da
Unidade de Ciências Comportamental do FBI, “um total de 60% dos assassinos
sexuais ainda sofriam desses distúrbios quando adolescentes, como o serial
killer Alton Coleman, que urinava tanto nas calças que recebeu o apelido
depreciativo de “Mijão”” (SCHECHTER, 2013)
“No sábado da semana passada, cometi meu primeiro assassinato. A vítima foi
minha querida cachorra Sparkle. Nunca vou esquecer o uivo que ela deu.
Pereceu algo quase humano. Então nós rimos e batemos mais nela”. (diário de
Luke Woodham, 16 anos, acusado pela morte da mãe e por ter matado a tiros
dois colegas no Mississippi).
“Oh, que êxtase atear fogo traz ao meu corpo! Que poder sinto ao pensar no
fogo […] Ah, que prazer, que prazer celestial! Vejo as chamas e o fogo já não é
mais um devaneio. É a realidade do céu na Terra! Amo a empolgação do poder
que o fogo me dá […] A imagem mental é melhor que o sexo!” (Joseph
Kallinger em SCHECHTER, 2013).
Por meio destas constatações, Raine, diz não poder relacionar a deficiência da
massa cinzenta no córtex pré-frontal com os comportamentos agressivos, mas
outros pesquisadores enfatizam veemente que a agressividade está ligada a
amígdala e outras estruturas.
MODUS OPERANDI
ASSINATURA
Ao contrário do modus operandi, que pode variar, a assinatura para um serial
killer é uma maneira única de realizar suas fantasias, sua necessidade de
cometer o crime. A assinatura é o comportamento que o serial killer irá adotar
mediante a vítima, assim que a mesma já estiver submissa ao seu ataque.
Estas podem ser de diversas formas ou rituais diferentes, alguns utilizam da
tortura, agressão sexual em uma ordem definida, um tipo de amarra,
ferimentos, disposição do corpo durante ou após a morte, entre outros.
DISSOCIAÇÃO
O serial killer para que possa viver em sociedade tem que desenvolver uma
máscara para que não seja apanhado, como definido por Carl. G. Jung “uma
Persona” que se origina do teatro grego, dos quais utilizavam uma máscara
para interpretar o seu personagem. Ao contrário dos gregos supracitados,
o serial killer irá desenvolver a sua persona durante a sua vida e somente no
momento de seu crime que irá revelar sua real personalidade. Eles precisam
parecer pessoas normais perante a sociedade, muitas vezes desenvolvem um
âmbito familiar, com esposa e filhos.
Esta persona é tão incrustrada em seu ser, que quando pegos, negam com
vigor qualquer alegação contra eles, mesmo que as provas que os apontem
sejam irrefutáveis.
Um dos serial killers que apresenta um perfil dissociativo enorme é Jerry
Brados, preso na penitenciaria estadual de Salem (EUA), que teve como prova
de seus crimes fotografias com ele presente, testemunhas, peças de motores
dos qual era proprietário amarrado em suas vítimas que foram jogadas no rio
Willamette, negou veemente sua participação nos assassinatos em seu
julgamento e alegou inocência.
“Para parecer uma pessoa normal e misturar-se aos outros seres humanos, o
serial killer desenvolve uma personalidade para contato, ou seja, um fino verniz
de personalidade completamente dissociado do seu comportamento violento e
criminoso.” (CASOY, 2014)
EMPATIA
Em uma análise estatística, Casoy aponta que 75% dos casos conhecidos de
abuso sexual, a criança conhecia seu abusador, em 20% destes casos o
abusador é o próprio pai da criança, em 12% é o padrasto e em 2% é a mãe da
criança.
Estima-se que 96% dos casos de violência física e 64% dos casos de abuso
sexual contra crianças de até seis anos de idade sejam cometidos por pais ou
familiares próximos. Segundo Saffioti (1997), as crianças do sexo feminino
estão mais propensas ao abuso sexual do que as do sexo masculino. Segundo o
estudo intitulado Situação da Infância Brasileira (UNICEF, 2006), acredita-se
que 20% das mulheres e 10% dos homens de todo o mundo tenham sofrido
violência sexual na infância. A estimativa do número de agressores punidos,
entretanto, é bem menor, 6%
Newton (2005, p. 349) traz alguns dados: Quando o FBI questionou sua
amostragem de assassinos reclusos, 42% relataram incidentes de abuso físico
na infância, enquanto 74% possuíam memórias de abusos psicológicos; 43%
daqueles pesquisados relataram incidentes de abuso sexual; e 28% tinham
histórias médicas de ferimento ou doença sexual. Esmagadores 73% relataram
o envolvimento na infância em ‘eventos’ não especificados ‘estressantes
sexualmente’. Nesse contexto, é curioso – talvez instrutivo – observar que é
sabido que pelo menos sete serials killers masculinos foram vestidos como
meninas durante a infância por seus pais ou adultos responsáveis. Dois desses
Henry Lucas e Charles Manson – foram, na verdade, enviados para a escola em
roupas femininas como uma forma bizarra de punição.
REPETIÇÃO
Um dos casos que reflete a insanidade desta fantasia que tende ser repetida e
lembrada na mente do criminoso é o caso de Ed Gein, serial killer notoriamente
famoso do qual foi inspirado o filme Psicose, em sua fazenda foram
encontradas: Uma poltrona feita de pele humana, um cinto feito de mamilos,
uma cabeça humana, quatro narizes, um coração humano, um terno masculino
feito inteiramente de pele humana, uma mesa escorada com ossos de canela
humana, nove máscaras mortuárias feitas com faces de mulheres mortas, que
decoravam seu quarto, pulseiras de pele humana, uma bolsa feita de pele
humana, dez cabeças de mulheres cortadas acima das sobrancelhas, uma
bainha para faca feita de pele humana, um par de calças de pele humana,
quatro cadeiras onde a palha foi substituída por pele entrelaçada, uma caixa de
sapatos contendo nove vulvas salgadas, uma cabeça humana pendurada em
um cabide, uma camisa feminina feita de pele humana, várias cabeças
humanas encolhidas, dois crânios enfeitando os pés da cama, dois lábios
humanos pendurados num barbante, uma coroa de um crânio transformado em
prato de sopa, uma geladeira repleta de órgãos humanos, cúpulas de abajures
feitas de pele humana, cabeças recheadas com jornal e expostas como troféus,
um sutiã̃ feito com o torso de uma mulher.
Esta repetição por mais insana que demonstre ser, é a forma do serial
killer satisfazer-se constantemente podendo vê-las em sua bizarra criação e
reencenar mentalmente o ocorrido, satisfazendo seus impulsos e desejos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRONFENBRENNER, U; CECI, S. J. Nature-nurture reconceptualized in
developmental perspective. A bioecological model. Psychol Rev
1994;101(4):568-86.
CASOY, Llana. Serial Killers: Louco ou Cruel. 2ed. São Paulo: WVC, 2002.
CASOY, Llana. Serial Killer: Made In Brasil. São Paulo: DarkSide, 2014.
COFFEY, Russ. Dennis Nilsen: Conversations with Britain’s most evil serial killer.
2ed. Londres: John Blake Publishing, 2013.
COFFEY, Russ. Dennis Nilsen: Conversations with Britain’s most evil serial killer.
2ed. Londres: John Blake Publishing, 2013.
SCHECHTER, Harold. The Serial Killer Files: The Who, What, Where, How, and
Why of the World’s Most Terrifying Murderers. New York: Ballantine Books,
2003. 432 pgs.