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JUNIOR, Carlos Alberto Heyder.

 Análise de serial killers. Revista Científica


Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 04, Ed. 02, Vol. 02, pp. 05-14.
Fevereiro de 2019. ISSN: 2448-0959

Contents [hide]
oRESUMO
oINTRODUÇÃO
oTRÍADE DE MACDONAL
oANÁLISE CEREBRAL DE SERIAL KILLERS.
oMODUS OPERANDI
oASSINATURA
oDISSOCIAÇÃO
oEMPATIA
oA INFÂNCIA
oREPETIÇÃO
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

RESUMO

Serial Killers, uma expressão norte-americana e adotada pela literatura


estrangeira; remete à uma série de homicídios, sendo seu impulso a satisfação
de fantasias do assassino, muitas vezes com muitos requintes de crueldade e
perversidade. O presente artigo tende a uma análise comportamental de como
os assassinos em series cometem seus mistérios, crueldade, agressividade,
suas fantasias, e seu desvio de caráter, tanto em seus crimes, seu passado e
cotidiano. Não se tem um meio de distinguir uma única causa para que o
indivíduo se torne um serial killer, da qual há uma enorme dificuldade de se
traçar um perfil pois cada um age de determinado modo, mas neste diferente
modo, situações remetem a um padrão dentre eles o modo de agir,
assinaturas, infância, repetições, fatores ambientais, biológicos e psicológicos.

Palavras-Chave: Serial Killers, Psicopatia, Triade de Macdonal, Perfil Criminal.

INTRODUÇÃO

A definição do serial killer, remete a um tipo de criminoso, com perfil


psicopatológico, do qual comete crimes com uma certa frequência, em sua
maioria, seguindo um modo de operação, que pode variar entre abusos
sexuais, torturas, humilhação e dominação, e em algumas vezes deixando sua
assinatura nas vítimas ou cena do crime. Demonstram uma vontade de correr
riscos, novas experiências e sensações, para isto desenvolve uma persona que
parece normal a sociedade que os permite viver em conjunto sem chamar a
atenção das autoridades e de suas vítimas.

Devido a tais fatos, a sociedade tende a rotula-los de monstros, aberrações,


demônios, entre outros. Mas antes de serem definidos assim, tiveram uma vida
semelhante ao normal, mesmo em sua maior parte tendo uma infância violada
e abusiva.

Existem diversos aspectos psicológicos que os serial killers tem em comum,


tanto em seus atos, como em seu passado.

No Brasil, não há estudos aprofundados sobre os serial killers, devido à falta de


preparo das autoridades, diversos crimes que possuem relações são
arquivados, assim não sendo possível estuda-los e nem termos uma base
estatística real do assunto, sendo assim fica explanado que no Brasil há uma
pouca quantidade de serial killers.

“Eu fiz tudo isso por mim. Puramente egoísta. Adorei a arte e ato da morte
repetidamente. Simples assim. Depois foi tudo confusão sexual, simbolismo,
exaltação do “caído”. Eu estava exaltando a mim mesmo. Odiei a decadência e
a dissecação. Não houve prazer sádico em matar. Eu os assassinei como eu
mesmo gostaria de ser morto, aproveitando a extremidade do próprio ato da
morte. Se eu fizesse isso comigo, experimentaria apenas uma vez. Se eu
fizesse isso com outros, provaria do ato da morte diversas vezes. ”

(Dennis Andrew Nilsen em COFFEY, 2013)

TRÍADE DE MACDONAL

Os aspectos gerais psicológicos de um serial killer, tende ao seu passado, sendo


presente nos históricos analisados a Tríade de Macdonal.

“Na infância, nenhum aspecto isolado define a criança como um serial killer em
potencial, mas a chamada “terrível tríade” parece estar presente no histórico de
todos os serial killers: enurese em idade avançada, abuso sádico de animais ou
de outras crianças, destruição de propriedade e piromania” (CASOY, 2014 p.
18)
A enurese, ou urinar-se enquanto dorme após os cinco anos de uma criança
pode acabar se tornando um fator degradante, que a mesma pode ocorrer por
um trauma ou abuso ocorrido na infância. De acordo com as descobertas da
Unidade de Ciências Comportamental do FBI, “um total de 60% dos assassinos
sexuais ainda sofriam desses distúrbios quando adolescentes, como o serial
killer Alton Coleman, que urinava tanto nas calças que recebeu o apelido
depreciativo de “Mijão”” (SCHECHTER, 2013)

Em relação a crueldade em animais, o serial killer tende a primeiramente fazer


as suas vítimas em seres que são dominados mais facilmente, que não podem
falar e nem se defender, o que vai tornando seu instinto cada vez mais
perverso. “Quem machuca animais tem o potencial de fazer o mesmo com
pessoas” (LAFARGE, apud SCHECHTER, 2013)

“No sábado da semana passada, cometi meu primeiro assassinato. A vítima foi
minha querida cachorra Sparkle. Nunca vou esquecer o uivo que ela deu.
Pereceu algo quase humano. Então nós rimos e batemos mais nela”. (diário de
Luke Woodham, 16 anos, acusado pela morte da mãe e por ter matado a tiros
dois colegas no Mississippi).

Devido ao instinto destrutivo, os assassinos em séries tendem além de refletir


sua raiva ou frustrações não somente em animais, como também em
patrimônios públicos ou particulares, depredando ou até mesmo o incendiando
caracterizado por um instinto sexual. “ Não há senão um instinto responsável
por gerar o impulso incendiário. E esse instinto é o sexual, tendo o ato
incendiário claros pontos de ligação com o sexo” (STEKEl, apud SCHECHTER,
2013).

“Oh, que êxtase atear fogo traz ao meu corpo! Que poder sinto ao pensar no
fogo […] Ah, que prazer, que prazer celestial! Vejo as chamas e o fogo já não é
mais um devaneio. É a realidade do céu na Terra! Amo a empolgação do poder
que o fogo me dá […] A imagem mental é melhor que o sexo!” (Joseph
Kallinger  em SCHECHTER, 2013).

ANÁLISE CEREBRAL DE SERIAL KILLERS.


O cérebro ainda continua sendo algo misterioso até os dias de hoje, ainda não
possuímos todas as verdades e funções deles, o qual a cada dia temos
descobertas valorosas sobre o mesmo.

Devido a diversos estudos de Dr. Adrian Raine, Professor de Psicologia da


Universidade do Sul da Califórnia, foi possível ligar o comportamento antissocial
e violento a uma má formação cerebral. “Indivíduos que são antissociais,
impulsivos, sem remorso e que cometem crimes violentos têm, em média, 11%
menos matéria cinzenta no córtex pré-frontal do que o normal” (RAINE apud
CASOY)

Tendo em vista a afirmativa de Dr. Raine, é de suma importância entender a


funcionalidade do córtex pré-frontal e suas ligações.

O córtex pré-frontal além de complexo, é desenvolvido até a idade média de


vinte e cinco anos no ser humano e possui ligações ao sistema límbico
(hipotálamo, amigdala e septo pelúcido). Segundo a psicologia o mesmo
corresponde as formações na fase infantil da Teoria da Mente, Empatia e
Neurônios Espelhos. Assim fazendo o ser humano se colocar no lugar do outro,
e compartilhar de um sentimento gerado.

Estas formações que se fazem de suma importância no desenvolvimento, e que


somente podem ser analisadas mais criteriosamente na infância, sendo assim
não podendo vincula-las na formação de um serial killer, já que nesta fase o
cérebro não está totalmente formado e sendo extremamente plástico.

Por meio destas constatações, Raine, diz não poder relacionar a deficiência da
massa cinzenta no córtex pré-frontal com os comportamentos agressivos, mas
outros pesquisadores enfatizam veemente que a agressividade está ligada a
amígdala e outras estruturas.

“Anatomicamente a agressividade está correlacionada com a amígdala,


principalmente, e com outras estruturas, como a matéria cinzenta
periaquedutal e o hipotálamo, por exemplo” (MACHADO, 2006). “O “carro-
chefe” das emoções, a amígdala, é uma estrutura localizada no polo de cada
lobo temporal, que contempla o sistema límbico, e é responsável pelo
comportamento aversivo e/ou agressivo. Formada por diversos núcleos, essa
estrutura é responsável pela interpretação tosca de possíveis estímulos
aversivos e responde, prontamente, em situações de perigo ou de ameaça”
(CRUZ e LANDEIRA-FERNANDEZ, 2001)”.

Um estudo realizado pela Universidade de Wisconsin-Madison analisou o


cérebro de 20 presos diagnosticados com psicopatia, e outros 20 presos com
crimes semelhantes, mas não com o mesmo diagnostico, assim sendo tiveram
que no primeiro grupo menos conexões entre o córtex pré-frontal ventromedial
(vmPFC) e a amígdala; Além desta constatação foram realizados dois tipos de
imagens cerebrais, uma com o tensor de difusão e outra por ressonância
magnética, das quais foi possível concluir uma redução da integridade
estrutural das fibras de substancia branca que fazem a ligação do vmPFC e a
amigdala, e também uma menor atividade coordenada entre os dois.

Um outro estudo realizado por Newman e Koenings ressalta que a tomada de


decisão de um psicopata é semelhante a de pacientes que tiveram seu córtex
pré-frontal ventromedial danificado.

MODUS OPERANDI

Modus operandi, ou modo de operação, no cotidiano é a maneira que


determinada pessoa utiliza para trabalhar ou agir, estas características visam
as rotinas e os processos de avaliação. Em um serial killer não é diferente, este
modo está relacionado ao tipo de vítima, o local escolhido para ser realizado o
crime e também a arma que é escolhida para o mesmo.

O modus operantes se faz maleável conforme o serial killer vai evoluindo em


seus crimes, este tende a modificar seu modo tendo em vista algo que
relacionou como um erro em um crime passado.

“O modus operandi assegura o sucesso do criminoso em sua empreitada,


protege a sua identidade e garante a fuga. Mas encontrar o mesmo modus
operandi em diversos crimes não é suficiente para conectá-los” (CASOY, 2014)
Por meio deste que é traçado a escolha da vítima, o local que a mesma será
abordada, e destinada ao seu local de tortura e execução.

ASSINATURA
Ao contrário do modus operandi, que pode variar, a assinatura para um serial
killer é uma maneira única de realizar suas fantasias, sua necessidade de
cometer o crime. A assinatura é o comportamento que o serial killer irá adotar
mediante a vítima, assim que a mesma já estiver submissa ao seu ataque.
Estas podem ser de diversas formas ou rituais diferentes, alguns utilizam da
tortura, agressão sexual em uma ordem definida, um tipo de amarra,
ferimentos, disposição do corpo durante ou após a morte, entre outros.

Alguns destes não se satisfazem somente em seu ritual, como sentem a


necessidade de ter um troféu a que se possa ser recordado posteriormente,
este troféu pode ser em algumas vezes uma peça de roupa, um pedaço do
corpo da vítima, como no caso de Ed Gein, que em sua propriedade foram
encontrados partes de quinze corpos humanos que este usava para decoração.

Somente quando o serial killer não manifesta a assinatura que o leva ao seu


prazer, pode ser subentendido que algo acabou dando errado, como por
exemplo um barulho na rua, alguma viatura passando pelo local, ou
comportamento inesperado ou indesejado da vítima.

“Simplesmente matar não satisfaz a necessidade do transgressor, e ele fica


compelido a proceder a um ritual completamente individual. ” (CASOY, 2014)

DISSOCIAÇÃO

O serial killer para que possa viver em sociedade tem que desenvolver uma
máscara para que não seja apanhado, como definido por Carl. G. Jung “uma
Persona” que se origina do teatro grego, dos quais utilizavam uma máscara
para interpretar o seu personagem. Ao contrário dos gregos supracitados,
o serial killer irá desenvolver a sua persona durante a sua vida e somente no
momento de seu crime que irá revelar sua real personalidade. Eles precisam
parecer pessoas normais perante a sociedade, muitas vezes desenvolvem um
âmbito familiar, com esposa e filhos.

Esta persona é tão incrustrada em seu ser, que quando pegos, negam com
vigor qualquer alegação contra eles, mesmo que as provas que os apontem
sejam irrefutáveis.
Um dos serial killers que apresenta um perfil dissociativo enorme é Jerry
Brados, preso na penitenciaria estadual de Salem (EUA), que teve como prova
de seus crimes fotografias com ele presente, testemunhas, peças de motores
dos qual era proprietário amarrado em suas vítimas que foram jogadas no rio
Willamette, negou veemente sua participação nos assassinatos em seu
julgamento e alegou inocência.

“Para parecer uma pessoa normal e misturar-se aos outros seres humanos, o
serial killer desenvolve uma personalidade para contato, ou seja, um fino verniz
de personalidade completamente dissociado do seu comportamento violento e
criminoso.” (CASOY, 2014)

EMPATIA

A empatia de um serial killer é um assunto bastante discutido entre


pesquisadores, psiquiatras e psicólogos. Esta capacidade de poder se colocar no
lugar do outro, buscando agir ou pensar como uma outra pessoa se
comportaria em determinada situação.

“Os psicopatas são descritos frequentemente como indivíduos deficientes de


empatia” (ESLINGER). “Esta é uma evidência irrefutável de que o criminoso
tem uma clara compreensão das consequências de seu comportamento e ação
para a vítima; entender que ela está humilhada e sofrendo é, em parte, o
porquê de ele estar se comportando dessa maneira” (Turvey apud Casoy, 2014,
p. 22). Assim pode ser definido que o serial killer é egocêntrico na sua busca de
prazer, mas não que seja isento de empatia, pois suas vítimas, locais de
crimes, armas utilizadas é de sã consciência de como o outro irá reagir.

Todo ritual de um serial killer é baseado em sua trama empática, de como


conquistar e levar a vítima ao seu local de desejo, as formas de como irá
torturar, humilhar, violentar e assassina-la.

“De todas as criaturas já feitas, o homem é a mais detestável. De toda a


criação, ele é o único, o único que possui malícia. São os mais básicos de todos
os instintos, paixões e vícios – os mais detestáveis. Ela é a única criatura que
causa dor por esporte, com consciência de que isso é dor.” – Mark Twain
A INFÂNCIA

A infância é o período mais delicado da formação do ser humano, todas partes


cognitivas estão sendo elaboradas, criadas e desenvolvidas, um ambiente
familiar agradável ajuda no desenvolvimento da criança, de seu Q.I. e
personalidade.

“A interação da criança com o adulto ou com outras crianças é um dos


principais elementos para uma adequada estimulação no espaço familiar. Os
processos proximais são mecanismos constituintes dessa interação,
contribuindo para que a criança desenvolva sua percepção, dirija e controle seu
comportamento. Além disso, permite adquirir conhecimentos e habilidades,
estabelecendo relações e construindo seu próprio ambiente físico e social. ”

Uma das características encontradas na maioria dos serial killers é a falta, ou a


inexistência de uma boa relação familiar. A característica em comum entre
muitos é o abuso na infância, tanto o abuso físico, quanto o emocional e sexual.

Os abusos sexuais infantis se dividem em crianças que são espancadas e


sofrem ferimentos em suas áreas genitais; Crianças que tiveram contato genital
com adulto ou tentativa de intercurso; e as que tiveram contato com a
sexualidade adulta.

Em uma análise estatística, Casoy aponta que 75% dos casos conhecidos de
abuso sexual, a criança conhecia seu abusador, em 20% destes casos o
abusador é o próprio pai da criança, em 12% é o padrasto e em 2% é a mãe da
criança.

Estima-se que 96% dos casos de violência física e 64% dos casos de abuso
sexual contra crianças de até seis anos de idade sejam cometidos por pais ou
familiares próximos. Segundo Saffioti (1997), as crianças do sexo feminino
estão mais propensas ao abuso sexual do que as do sexo masculino. Segundo o
estudo intitulado Situação da Infância Brasileira (UNICEF, 2006), acredita-se
que 20% das mulheres e 10% dos homens de todo o mundo tenham sofrido
violência sexual na infância. A estimativa do número de agressores punidos,
entretanto, é bem menor, 6%
Newton (2005, p. 349) traz alguns dados: Quando o FBI questionou sua
amostragem de assassinos reclusos, 42% relataram incidentes de abuso físico
na infância, enquanto 74% possuíam memórias de abusos psicológicos; 43%
daqueles pesquisados relataram incidentes de abuso sexual; e 28% tinham
histórias médicas de ferimento ou doença sexual. Esmagadores 73% relataram
o envolvimento na infância em ‘eventos’ não especificados ‘estressantes
sexualmente’. Nesse contexto, é curioso – talvez instrutivo – observar que é
sabido que pelo menos sete serials killers masculinos foram vestidos como
meninas durante a infância por seus pais ou adultos responsáveis. Dois desses
Henry Lucas e Charles Manson – foram, na verdade, enviados para a escola em
roupas femininas como uma forma bizarra de punição.

A partir destes dados, é possível se explanar sobre a formação de um serial


killer, do qual além de sua formação cerebral em alguns casos serem distintas,
o ambiente familiar violento e abusivo é extremamente relevante por seu
surgimento.

REPETIÇÃO

Para que seja definido como um serial killer, o assassino de perfil


psicopatológico deve cometer uma série de dois ou mais assassinatos, o motivo
de tais atos se repetirem é a necessidade da obtenção do prazer gerado para
alimentar a sua fantasia.

Assim que realizado o assassinato, o serial killer fica repetindo em sua mente


diversas vezes o acontecido, como um exercício mental, é comum entre eles
guardarem um pertence da vítima, filmar o acontecido ou guardar partes dos
corpos das mesmas.

Um dos casos que reflete a insanidade desta fantasia que tende ser repetida e
lembrada na mente do criminoso é o caso de Ed Gein, serial killer notoriamente
famoso do qual foi inspirado o filme Psicose, em sua fazenda foram
encontradas: Uma poltrona feita de pele humana, um cinto feito de mamilos,
uma cabeça humana, quatro narizes, um coração humano, um terno masculino
feito inteiramente de pele humana, uma mesa escorada com ossos de canela
humana, nove máscaras mortuárias feitas com faces de mulheres mortas, que
decoravam seu quarto, pulseiras de pele humana, uma bolsa feita de pele
humana, dez cabeças de mulheres cortadas acima das sobrancelhas, uma
bainha para faca feita de pele humana, um par de calças de pele humana,
quatro cadeiras onde a palha foi substituída por pele entrelaçada, uma caixa de
sapatos contendo nove vulvas salgadas, uma cabeça humana pendurada em
um cabide, uma camisa feminina feita de pele humana, várias cabeças
humanas encolhidas, dois crânios enfeitando os pés da cama, dois lábios
humanos pendurados num barbante, uma coroa de um crânio transformado em
prato de sopa, uma geladeira repleta de órgãos humanos, cúpulas de abajures
feitas de pele humana, cabeças recheadas com jornal e expostas como troféus,
um sutiã̃ feito com o torso de uma mulher.

Esta repetição por mais insana que demonstre ser, é a forma do serial
killer satisfazer-se constantemente podendo vê-las em sua bizarra criação e
reencenar mentalmente o ocorrido, satisfazendo seus impulsos e desejos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRONFENBRENNER, U; CECI, S. J. Nature-nurture reconceptualized in
developmental perspective. A bioecological model. Psychol Rev
1994;101(4):568-86.

CASOY, Llana. Serial Killers: Louco ou Cruel. 2ed. São Paulo: WVC, 2002.

CASOY, Llana. Serial Killer: Made In Brasil. São Paulo: DarkSide, 2014.

COFFEY, Russ. Dennis Nilsen: Conversations with Britain’s most evil serial killer.
2ed. Londres: John Blake Publishing, 2013.

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2ed. Londres: John Blake Publishing, 2013.

ESLINGER, Paul J. Neurological and neuropsychological bases of


empathy. European neurology, v. 39, n. 4, p. 193-199, 1998.

MACHADO A. B. M. Neuroanatomia funcional. 2ª ed. São Paulo: Atheneu; 2006.

NEWTON, Michael. A enciclopédia de Serial Killers. São Paulo: Mandras, 2005.


SAFFIOTI, H.I.B. No Fio da Navalha: Violência Contra Crianças e Adolescentes
no Brasil Atual. Em F.R. MADEIRA (Org.), Quem Mandou Nascer Mulher. São
Paulo: Editora Rosa dos Tempos. 1997, P. 134-211.

SCHECHTER, Harold. The Serial Killer Files: The Who, What, Where, How, and
Why of the World’s Most Terrifying Murderers. New York: Ballantine Books,
2003. 432 pgs.

UNICEF. Situação da Infância Brasileira 2006. Disponível em:


<https://www.unicef.org/brazil/pt/resources_10167.htm> Acesso em:
15/04/2017.

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