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ARTIGOS SUGERIDOS
● Davoglio, Tárcia Rita; et al. (2011). Medida Interpessoal de
Psicopatia (IM-P): estudo preliminar no contexto brasileiro.
O objetivo deste artigo é apresentar resultados preliminares de uma investigação sobre
comportamentos interpessoais e aspectos não verbais da psicopatia por meio da utilização da
Medida Interpessoal de Psicopatia (IM-P). O estudo abrange o processo de tradução e
adaptação do instrumento, o treinamento dos pesquisadores, a realização de um teste piloto e
a avaliação da confiabilidade entre os avaliadores.
O artigo descreve os passos realizados para adaptar a IM-P para a língua e cultura
específica do contexto do estudo. Isso envolveu a tradução do instrumento original, seguida
por revisões e ajustes para garantir a equivalência conceitual e linguística.
Além disso, detalha-se o treinamento dos pesquisadores que seriam responsáveis pela
aplicação da IM-P. Esse treinamento teve como objetivo garantir uma compreensão clara dos
itens da escala, dos critérios de pontuação e das diretrizes para a observação e registro dos
comportamentos interpessoais durante as entrevistas.
Após o treinamento, foi realizado um teste piloto para verificar a adequação do
instrumento e a compreensão dos pesquisadores. Essa etapa permitiu identificar possíveis
dificuldades e realizar ajustes necessários antes da aplicação em escala completa.
Por fim, o estudo abordou a confiabilidade interavaliadores da IM-P. Três juízes
independentes pontuaram as entrevistas realizadas com os participantes, e os resultados foram
analisados estatisticamente para avaliar o grau de concordância entre os avaliadores.
Esses são os resultados preliminares apresentados neste artigo, fornecendo uma visão
geral dos processos envolvidos na investigação dos comportamentos interpessoais e aspectos
não 6verbais da psicopatia usando a IM-P.
Itens avaliados na Medida Interpessoal de Psicopatia (IM-P), versão em português
brasileiro:
1. Interrupções
2. Recusa em tolerar interrupções
3. Desrespeita limites profissionais
4. Desrespeita limites pessoais
5. Testa o entrevistador
6. Faz comentários pessoais
7. Faz solicitações ao entrevistador
8. Tende a ser tangencial
9. Evita lacunas
10. Tranquilidade ou descontração atípica
11. Frustração diante do não confrontamento
12. Perseveração
13. Superioridade ética
14. Narcisismo explícito
15. Alusão ao entrevistador em histórias pessoais
16. Busca por aliança
17. Comportamento dramático
18. Irritação
19. Respostas impulsivas
20. Valentia expressa
21. Contato intenso do olhar
A AVALIAÇÃO DO RORSCHACH
O teste demanda um curso específico para sua aplicação. Hoje, existem muitas escolas
de estudo a respeito do teste, e, os cursos de aplicação ficam em torno de R$1.000,00 a R$
6.000,00 no mercado, variando de acordo com o aplicador, instituição, carga horária e
métodos de ensino. Após a pandemia, a possibilidade de realizar esse curso online foi aberta,
favorecendo a baixa no valor do curso.
Em um geral, a avaliação e interpretação do teste está voltada a complexa
decodificação das respostas do indivíduo frente a cada prancha. Avaliando as percepções, o
determinante (o que chamou mais atenção) e o conteúdo das interpretações apresentadas.
Cabe também ao aplicador observar a relação estabelecida entre a resposta e o analisado,
sendo algo comum para o mesmo, ou atípico, medindo a afetividade do mesmo. Ademais, a
inteligência, ou avaliação intelectual, é apresentada junto a gama de informações
interpretativas apresentadas pelo analisado, sendo indicada através dos detalhes da descrição e
da criatividade do indivíduo no momento da resposta.
Assim como qualquer teste, o teste de Rorschach, JAMAIS deve ser a única
ferramenta para avaliar o indivíduo, sendo um, ou, o melhor teste complementar no momento
da avaliação psicológica, principalmente em relação a personalidade. Frente a validação e as
frequentes pesquisas envolvendo o teste de Rorschach, o mesmo é considerado por muitos
autores uma ferramenta indispensável para determinados tipos de laudos.
● Rorschach Clínico
● Rorschach Sistema Compreensivo (Manual do método)
Escala Hare PCL Screening Version – PCL:SL. Autores: Christian da Silva Costa,
David N. Cox, Robert D. Hare e Stephen D. Hart.
Data plenária: 22/09/2017
Deixou de ser favorável em 31/12/2022, pois os estudos de normatização venceram.
Diagnóstico diferencial
Tanto fatores genéticos como ambientais (p. ex., abuso durante a infância) contribuem
para o desenvolvimento do transtorno de personalidade antissocial. Um mecanismo possível é
agressividade impulsiva, relacionada com o funcionamento anormal do transportador de
serotonina. Desprezo pela dor dos outros durante a primeira infância foi associada ao
comportamento antissocial durante a adolescência tardia.
O transtorno de personalidade antissocial é mais comum em parentes de 1º grau de
pacientes com o transtorno do que na população em geral. O risco de desenvolver esse
transtorno aumenta tanto em filhos adotivos como biológicos dos pais com o transtorno.
I - comprovar efetivo exercício profissional, nos termos dos arts. 7º (Das Documentações
Comprobatórias do Exercício Profissional) a 9º (Das Categorias de Registro de Psicóloga(o)
Especialista) desta Resolução;
EXIGÊNCIAS LEGAIS
De acordo com a Resolução CFP nº 9/2018, em vigência, na realização da Avaliação
Psicológica, a(o) psicóloga(o) deve basear sua decisão, obrigatoriamente, em métodos e/ou
técnicas e/ou instrumentos psicológicos reconhecidos cientificamente para uso na prática
profissional da(o) psicóloga(o) (fontes fundamentais de informação), podendo, a depender do
contexto, recorrer a procedimentos e recursos auxiliares (fontes complementares de
informação).
CURIOSIDADES
A seguir, são apresentados quatro mitos acerca da psicopatia que foram popularizados
pelas telinhas entre o público leigo. O primeiro é que os psicopatas são sempre inteligentes,
mas estudos mostram uma correlação fraca entre psicopatia e inteligência, muitos confundem
habilidades sociais com inteligência, interpretando o charme superficial dos psicopatas como
inteligência . O segundo é que todos os psicopatas são assassinos em série, mas a maioria não
está envolvida nesses crimes, a maioria dos casos de assassinos está relacionado com a
psicopatia do individuo mas não que a maioria dos psicopatas sejam assassinos. O terceiro
mito é que os psicopatas são ambiciosos e organizados, quando na verdade eles tendem a ser
impulsivos e têm dificuldades de planejamento. Por fim, há uma confusão entre psicopatia e
psicose, sendo que psicopatas não são "psicóticos". É importante buscar conhecimento
científico sobre psicopatia em vez de confiar apenas em representações na mídia. Os
psicopatas não perdem o contato com a realidade e são plenamente conscientes das diferenças
entre comportamentos lícitos e ilícitos.
CASOS REAIS
ESPECIFICIDADES
A especificidade desta avaliação, que é distinta da clínica, exige uma adaptação das
informações aos quesitos jurídicos formulados, valorizando as estratégias para a obtenção dos
dados, de forma a se ter uma maior confiabilidade dos mesmos.
Ferramentas de avaliação: os profissionais precisam utilizar instrumentos de avaliação
validados para diagnosticar a psicopatia, como a Escala de Avaliação da Psicopatia de Hare
(PCL-R), o Inventário de Personalidade Psicopática (PPI) e a Escala de Psicopatia de
Triarchic (TriPM).
Conhecimento teórico: os profissionais devem estar familiarizados com as teorias
psicológicas que explicam a psicopatia, incluindo a teoria da disfunção do cérebro emocional,
a teoria da falha de condicionamento social e a teoria da dessensibilização.
Entrevista clínica: uma entrevista clínica estruturada é uma parte importante da
avaliação de psicopatia, permitindo que o profissional observe e avalie as habilidades sociais,
empatia e comportamentos impulsivos do paciente.
Considerações éticas: avaliar a psicopatia pode ser complicado eticamente, pois os
pacientes podem ter dificuldade em entender o propósito do processo de avaliação ou podem
tentar manipular o avaliador.
Diagnóstico diferencial: é importante que os profissionais diferenciem a psicopatia de
outros transtornos mentais, como o transtorno de personalidade borderline, transtornos do
humor e transtornos de ansiedade.
Os profissionais de saúde mental devem estar bem informados e atualizados sobre as
melhores práticas de avaliação em psicopatia, incluindo a utilização de instrumentos de
avaliação padronizados e a condução de entrevistas clínicas estruturadas. Eles também devem
estar cientes das considerações éticas envolvidas na avaliação de pacientes com traços
psicopáticos e garantir que o diagnóstico diferencial seja realizado de forma adequada.
ENTREVISTA
Referências
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proteger. 2° edição. Editora: Leya.
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