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Neurofisiologia
Curso de Psicologia
(2017/1)
Biathriz Ramalho1
Daniela Pizoni1
Fernanda Freitas Camilo1
Samuel de Oliveira1
Introdução
Para Filho et al. (2012) ainda há uma questão sobre a psicopatia ser
entendida como uma categoria distinta que separa psicopatas dos demais
Segundo Barbosa Silva, (2008, p. 36) “Psicopatas têm total ciência dos seus
atos (a parte cognitiva ou racional é perfeita), ou seja, sabem perfeitamente que
estão infringindo regras sociais e por que estão agindo dessa maneira.” São
rigorosamente ardilosos, acreditam serem superiores, por isso sentem a
necessidade de manipular os outros, usam da inteligência para alcançar seus
objetivos por meio de outras pessoas.
Ainda para Davoglio et al., (2012 apud Farington, 2005), a psicopatia pode ser
definida sobre três dimensões importantes, além dos comportamentos antissociais
em si, são elas:
[...] desprezo das obrigações sociais, falta de empatia para com os outros.
Há um desvio considerável entre o comportamento e as normas sociais
estabelecidas. O comportamento não é facilmente modificado pelas
experiências adversas, inclusive pelas punições. Existe uma baixa
tolerância à frustração e um baixo limiar de descarga da agressividade,
inclusive da violência. Existe uma tendência a culpar os outros ou a fornecer
racionalizações plausíveis para explicar um comportamento que leva o
sujeito a entrar em conflito com a sociedade (CLASSIFICAÇÃO
INTERNACIONAL DE DOENÇAS E PROBLEMAS RELACIONADOS À
SAÚDE, 2008).
HORMÔNIOS E PSICOPATIA
níveis serem muito maiores em homens que em mulheres, podendo responder pela
maior prevalência do transtorno de personalidade antissocial no sexo masculino.
Mehta e Beer (2009) explicam que altos níveis de testosterona relacionam-se
com comportamento agressivo. Isso é explicado por uma menor atividade do córtex
órbito frontal provocada pelo excesso desse hormônio. Ambar e Chiavegatto (2009,
apud Narvaes, 2013, p.6) afirmam ainda que “um dos possíveis mecanismos pelos
quais a testosterona pode levar a uma redução da atividade do OFC é através da
regulação da serotonina, uma vez que já foi provado que andrógenos podem
diminuir os níveis de mRNA de receptores de serotonina e causar uma inversão dos
níveis serotoninérgicos no pFC medial”.
Altos níveis de testosterona causam impulsividade e maior tendência à
atitudes precipitadas. Indivíduos com taxas elevadas do hormônio também têm mais
parceiros sexuais, instabilidade conjugal e são mais propensos a se envolver em
crimes violentos. Os psicopatas evidenciam menores respostas ao teste de
sobressalto potencializado pelo medo. Altos níveis de testosterona foram
observados em meninas e meninos com transtornos de conduta, delinquentes
juvenis e mulheres criminosas. Adicionalmente, a testosterona foi associada com
dificuldades no trabalho, descumprimento da lei, o uso de drogas e abuso de álcool.
Uma ligação direta entre a testosterona e os traços psicopatas ainda não foi
estabelecida, porém as evidências sugerem que esse hormônio interage com outros,
predispondo à psicopatia (BARROS et al., 2015).
De acordo com Narvaes (2013) psicopatas costumam mostrar maiores níveis
de testosterona e menores níveis de cortisol do que indivíduos saudáveis. A relação
entre esses hormônios e a forma em que eles regulam o comportamento agressivo
gerou evidências que apoiavam a hipótese, onde uma alta relação
testosterona/cortisol levaria a níveis mais altos de agressividade, enquanto uma
baixa relação testosterona/cortisol levaria a uma tendência maior de fugir do
confronto.
NEUROTRANSMISSORES E PSICOPATIA
PSICOPATIA NA INFÂNCIA
¹ Acadêmicos da 4ª fase de Psicologia do Centro Universitário Barriga Verde - UNIBAVE
Artigo apresentado às disciplinas de Pesquisa em Psicologia e
Neurofisiologia
Curso de Psicologia
(2017/1)
Metodologia
Resultados
Conclusão
Referências
<http://www.abp.org.br/portal/revista-debates-em-psiquiatria-ano-6-%E2%80%A2-n1-
%E2%80%A2-janfev-2016-%E2%80%A2-pag-8-16/> Acesso em : 30/05/2017.
HARE, R.D. Sem Consciência: O Mundo Perturbador Dos Psicopatas Que Vivem
Entre Nos. Tradução: Denise Regina da Sales. Revisão técnica: José G.V. Taborda.
Porto Alegre: Artmed, 2013.
MOSQUERA CAM, Valencia JG, Acosta CAP, Rico OAC, Restrepo CG, Arango-
Viana, JC. Aspectos neurobiológicos de lá psicopatia. Latreia. 2004; 17(4);
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SILVA, A.B.B. Mentes Perigosas: o psicopata mora ao lado. 1. ed. Rio de Janeiro:
Editora Objetiva Ltda, 2008.