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Perspectivas do desenvolvimento :
- etiologia
- idade de inicio
- determinantes
- trajetórias
- manifestações comportamentais
- grau de gravidade
- mecanismo de persistência / desistência
Hipóteses
H1- rapazes delinquentes apresentam traços de personalidade de Eysenck mais
evelados e resultados mais baixos na escala mensal de EPQ-J ( medida de
desajabilidade social ) em comparação com rapazes da população geral
H2- rapazes delinquentes tem signi cativamente menor auto-controle e empatia
que rapazes de população geral
H3- Rapazes delinquentes apresentam pior auto-conceito que rapazes de
população geral
H4- rapazes delinquentes apresentam percepções signi cativamente mais
negativas do seu ambiente familiar que rapazes de população geral
H5- traços de personalidade, auto-conceito , competências sócias (empatia e auto-
controlo) e ambiente familiar predizem tendências anti-sociais
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Instrumentos
Questionários sociodemogra co - condição de vida
Características sociodemogra cas
Youth self-report (YSR)- escala “anti-social”
Escala “hiperactividade/problemas de atenção”
Questionário de personalidade - “Psicoticismo” , “extroversão”, “neuroticismo”
De eysenck para jovens (EPQ-J). “Mentira”
Escala de auto-conceito de - Auto-conceito global
Piers-harris para crianças-2 “Aspecto comportamental”, “estudo intelectual e
(PHCSCS-2). Escolar”, “aparência e atributos físicos”,
“Ansiedade”, “popularidade”, “satisfação e
Felicidade”
Social skills questionnaire- “auto-controlo”
Student from (SSQ). “ empatia”
Escala de ambiente familiar - relação ( “coesão” , “expressividade”, “con ito”
(FES). Crescimento pessoal (“independência” , “orientação
Para sucesso”, “orientação intelectual/.
Cultura”, “orientação activa/relativa”,
“Ênfase moral e religiosa”
Manutenção do sistema (“organização”, “controlo”)
Sujeitos
Amostra ocasional de 229 sujeitos :
- 121 rapazes com historia de delinquência , internado s em centros educativos
de Portugal continental ( porto, Lisboa , Caxias , guarda e coimbra)
- 108 rapazes a frequentar 3 escolas na região de coimbra )
Discussão
Diferenças entre grupos
• Características sociodemogra cas :
- nivel socioeconomico
- nivel de escolaridade abaixo do esperado pela idade
• Personalidade
- impulsividade , agressividade , instabilidade emocional , tensão mais elevados na amostra
institucionalizada
- abertura a experiências , sociabilidade , energia mais elevadas na amostra escola
• Competências sociais
- auto-controlo
- empatia
• Auto-conceito
- diferenças estatisticamente signi cativas
- ausência de diferenças nos factores aparência/atribuídos sicos e popularidade
• Ambiente familiar
- aspectos relacionais
- crescimento pessoal
Predatores
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• Personalidade (P e N) - os mais elevados na amostra institucionalizada
• Conformidade com normas sociais ( mentira)
• Auto-conceito comportamental
• Relação familiar
• Crescimento pessoal no seio familiar
Conclusões
- percepções individuais + ambiente familiar
- Diferenças assinaláveis ( especi cidade)
- Percepção adequada do desajustamento comportamental + indiferença
- Impulsividade
Limitações + potencialidades
Limitações
- amostra ocasional
- Dé ces psicológicos / desenvolvimentais ou consumo de álcool / drogas nao
controlados
- Ambiente fechado ( CES)
- Amostra masculina
- Auto-relato
Potencialidades
- signi cancia estatística
- Variância explicada
- Multidimensionalidade
- Pistas prevenção
- Replicaçao em contextos internacionais
Introdução
- a complexidade do comportamento antissocial na adolescência eh amplamente
reconhecida pela psicologia do desenvolvimento
Perspectiva do desenvolvimento :
- etiologia
- idade de início
- determinantes
- trajetórias
- manifestações comportamentais
- graus de gravidade
- mecanismo de persistência/ desistência
Introdução
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• Comportamentos antissociais sao particulamente prevalente durante a
adolescência
• Portanto, parece crucial identi car variáveis que potencialmente in uenciam o
desvio neste momento especi co do desenvolvimento ( adolescência )
Objetivo
Pretende compreender o papel das variáveis individuais , familiares e sociais no
fenómeno antissocial, centra-se no papel da personalidade e do género no
comportamento antissocial do adolescente
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Hipóteses
H1- os meninos apresentam maiores tendências antissociais do que as meninas
H2- existem diferenças signi cativas de personalidade entre meninos e meninas
H3- existem diferenças signi cativas de personalidade entre adolescentes q
manifestam e nao manifestam tendências antissociais
H4- traços de personalidade ( psicotismo , extroversão e neuroticismo) predizem
tendências antissocias
Participantes
Amostras ocasionalmente recolhidas em 3 escalas da região de coimbra
489 indivíduos que justamente cm seus pais concordaram em colaborar
Os participantes foram divididos em 2 grupos de acordo com os escores obtidos
nas medidas YSR e CBCL:
- indivíduos com escores médios e abaixo
- indivíduos que pontuam pelo menos um desvio padrão acima da amostra
Medidas
Adolescentes
• Questionário sociodemogra co
- idade, sexo , Ami letivo
• Auto-relato juvenil ( YSR, achenbach, 1991) versão portuguesa, Fonseca,
1999
- antissocial
. Itens relacionados a crueldade
• Desobediência , brigas e ameaças ,etc
- psicoticismo , extroversão e neuroticismo
. “ mentira”
Pais
• Questionário sociodemogra co
- condição de vida
• Child behavior checklist
- “oposição /imaturidade”
. Itens sobre birra , gritos , discussões , etc
-“ comportamento agressivo”
. Itens sobrev mentir , destruir coisas , agressão ,etc
Conclusão
• Diferenças de género
- como esperado, os meninos manifestaram maior tendência a comportamentos
antissocias quando comparados as meninas
- Os meninos pontuaram mais em psicoticismo e extroversão , mostrando maior
tendência a agressividade , egocentrismo, dureza e impulsividade , juntamente
com maior energia , sociabilidade , busca de estímulos , atividade e assertividade
- As meninas apresentam maiores escores de neuroticismo , maior suscetibilidade
a ansiedade e rápido despertar emocional
• Diferenças d personalidade
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- difereças signi cativas na maioria dos traços de personalidade entre
adolescentes antissociais mais baixos e mais altos
• O psicoticismo pode ser um mediador da relação entre género e
compotamento antissocial na adolescência , no sentido de que as diferenças de
género em relação as tendências antissocias podem estar relacionadas as
diferenças signi cativa da personalidade entre meninos e meninas
• Diferenças signi cativas d genero em relação ao psicoticismo sao
possivelmente a razão pela qual os meninos que apresentaram pontuação
signi cativamente mais alta nesse traço , sao mais propensos a se envolverem
em condutas antissocias , pelo menos no estagio de desenvolvimento
• Para projetor e implementar programas de intervenção que
possam promover comportamentos sociais mais saudáveis na adolescência,
considere :
- genero masculino e impulsividade ( fortemente associados ao traço de
psicoticismo ) como fatores de risco para comportamento antissocial
- meninas maior suscetibilidade a ansiedade e rápido despertar emocional
- a importância do desenvolvimento das relações sociais e das competências sociais
( competências pessoais e sociais )
Limitações + potencialidades
Limitações
- a existência de dé cit psicológicos e de desenvolvimento , bem como consumo
de álcool e drogas nao foram avaliadas
- Amostra nao foi alterada , pois dependia da permissão dos pais para a
participação
Potencialidade
- grande tamanho da amostra
- Combianaçao de auto-relatos e relatos dos pais sobre dimensões
comportamentais
- Resultados signi cativos
- Potencial para replicaçao em contextos internacionais
Próximos passos
• Coleta de dados adicionais , com um intervalo de idade/ano escolar mais amplo
(incluindo asdolescentes mais velhos e adultos emergentes )
• Apresntaçao de resultados sobre altoconceito, habilidades sociais e ambiente
familiar dos adolescentes
• Comparação com uma amostra ( dados já coletados) de adolescentes
delinquentes institucionalizados ( por decisão da lei)
Objetivos
- compreender a relação entre comportamentos antissociais e diversas dimensões
de personalidade , autoconceito , competências sociais , ambiente familiar e
nivel scioeconomico
- Construir um programa de prevenção de comportamentos antissocias com base
em perceçoes individuais e centrado em 3 eixos :
. Indivíduo
. Características socio-demogra cas
. Família
Metodologia
Questionário sociodemogra co - - pais- condição de vida
- lhos- características
Sociodemogra cas
Youth self-report (YSR)- - anti-social ( auto-relato)
Child behaviour checklist- - comportamento agressivo ( reportado pelos pais)
Escala de ambiente familiar (FES)- - coesão , expressividade, con ito,
Independencia , Or.sucesso,
Or.int/cultura, Or.activa/recreativa,
Ênfase moral e religiosa, organização,
Controlo
Conclusões
• Nivel socioeconomico- - condições socioeconomicas mais desfavoráveis
relacionam-se com as percepções parentais mais negativas dos
comportamentos dos lhos
- prevenção através das percepções e expectativas
parentais, sobretudo em famílias de nivel socioeconomico mais baixo
• Género - - maior prevalência /intensidade de comportamentos anti-sociais nos
rapazes em compraçao com as raparigas
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-genero masculino como factor de risco /alvo de intervenção
• Personalidade. - - adolescentes com maior propensão para
Competências sociais Comportamentos anti-sociais apresentam
resultados mais elevados nos 3 traços de personalidade de eysenck ( psicoticismo ,
extroversão e neuroticismo ) e resultados mais baixos na escala mentira ( medida
da conformidade a normas sociais ) ,assim como menor auto-conceito e empatia
quando comparados com seus pares com menor tendências anti-sociais
- importância de disposições individuais e
competências associadas a impulsividade e ao desejo de aprovação social ,
assim como a capacidade de compreender as perspectivas dos outros
• Auto-conceito - - auto-conceito mais negativo ( qnd considerado
globalmente e em dimensões especí cas ) em adolescentes com maior
propensão para comportamentos anti-sociais
- percepções de si próprio sao indissociáveis das
características das interacçoes sociais dos adolescentes
• Ambiente familiar- - ambiente familiar globalmente mais negativo em
adolescentes com tendências anti-sociais mais elevadas : dimensões relacionais
( con ito, coesão e expressividade) , de manutenção do sistema familiar
( organização e controlo ) e envolvimento no crescimento pessoal dos membros
da família (independência , orientação intelectual e cultural , orientação activa-
recreativa , ênfase moral e religiosa)
- envolvimento da família em actividades e intercençao
Eixo de prevenção
• Família- oportunidade de autonomia e assetividade durante a adolescência
para construção da identidade fora do seio familiar
• Impulsividade , agressividade , instabilidade emocional
• Excesso de con ança ( < ansiedade)+ auto-conceito físico
• Envolvimento social/ desejo de conformidade com normas sociais
• Consciência de grau de ajustamento social dos comportamentos
Psicologia positiva
- no passado,os psicólogos interessaram-se mais pelo funcionamento negativo da
personalidade ou pelas emoções negativas dq pelas positivas
- Só recentemente começaram a dar importância ao funcionamento positivo da
personalidade, havendo actualmente muitos estudos sobre as emoções positivas
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- Certamente o bem-estar psicológico dominara as preocupações dos
investigadores no século XXI
- A psicologia positiva eh um momento recente dentro da ciência psicológica que
enfatiza Mais a busca pela felicidade humana que o estudo das doenças mentais
- Por in uencia da psicologia positiva , na prevenção e tratamento de doença
mental eh deixado de parte o objetivo de eliminar as experiências internas que
provocam sofrimento e eh sugerida a adoção de estratégias para alterar a sua
relação com este ( ex- mindfulness, compaixão , clareza de valores , ação com
compromisso)
- Na intervenção e promçao de saude mental exploram-se as emoções positivas ,
os traços positivos e as comunidades positivas que oferecem condições para o
desenvolvimento do bem-estar , do talento humano, da resiliência , da felicidade
e do orescimento ou desenvolvimento do potencial humano
A perspectiva hedónica
- compreender o bem-estar como a obtenção do prazer e a diminuição da dor,
sendo que para a psicologia hedónica o “bem-estar consiste na felicidade
subjectiva e respeita as experiências de prazer e/ou desgosto, no sentido lato,
incluindo todos os julgamentos sobre bonachão e maus elementos da vida”
- Um dos contributos mais importantes na investigação desta perspectiva provem
da conceptualizaçao de bem-estar subjetivos do Ed.Diener
- Foçados nas condições em q as pessoas reagem positivamente as experiências ,
eh um constructo fundado em 3 componentes : - o afecto positivo
- o afecto negativo
- a satisfação com a vida
A perspectiva eudaimonica
- destingue-se por admitir que nem tds os desejos poderiam trazer bem-estar e q
este eh alcançado através da realização do potencial humano
- Entre os principais autores inseridos nesta perspectiva encontramos c.ry , cujos
esforços em integrar as formulações teóricas existentes na área do
desenvolvimento ao longo da vida , funcionamento positivo e saude mental
resultam num modelo multidimensional de bem-estar psicológico constituído
por 6 dimensões de funcionamento psicológico positivo
Felicidade
Em que consiste a felicidade ? Que fazer para ser feliz ?
- normalmente os investigadores consideram a felicidade como dependendo
essencialmente de 3 componentes : 1- emoções positivas
2- ausência de emoções negativas
3- satisfação com a vida
- a própria terminologia usada , para alem de felicidade , e q aponta conceitos
similares ( alegria, contentamento, satisfação e bem-estar ) indica as di culdades
em de nir e controlar a felicidade
- Em 2000 , Diener diz que , coloquialmente, se utiliza o termo felicidade para
designar o bem-estar subjetivo
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- Varias escalas de autoresposta para a avaliaçao de felicidade tem sido
desenvolvidas
Intervenções positivas
A investigação conduzida no âmbito dos paradigmas salutogenicos
e positivo tem vindo a amostra que :
- a saude mental esta para alem da ausencia de doenças , implicando a presença
de estados de bem-estar
- Os estados de bem-estar podem co-ocorrer em contextos d doença,
desempenhando um função protetora e atenuadora
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- Os mecanismos psicológicos característicos dos estados de bem-estar atuam
de forma preventiva e terapêutica sobre o estado mental
Gratidão eh um recuso :
• Cognitivo e meta-cognitivo
- estar atento as coisas agradáveis que acontecem
- aos acontecimentos internos e externos que provocam bem-estar
• Emocional
- promove auto regulação das restantes emoções
• Comportamental
-exprimir gratidão promove alterações de comunicação / interação nas relações
didáticas e no sistema
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Promover o bem-estar: estilos de vida saudáveis
- uma alimentação saudável e equilibrada
- Uma higiene de sono adequada
- Pratica de exercício físico
- Investimento em relações interpessoais a áreas de interesse
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- o mindfulness permite que observemos o pensamento sem sermos
arrastados por ele
- Implica estar em contato com o momento presente, parar e estar alerta ao que
acontece dentro de nós e a nossa volta , com abertura ,receptividade ,
curiosidade
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- Pedido de cuidados
- Prestação de cuidados
- Formação de alianças
- Identi cação de sujeitos atraentes para designação de pertença ao grupo
- Ranking social
Intervenção terapêutica :
Treinar a :
- atenção compassiva
- O raciocínio compassivo
- A evocação de auto-imagem compasssiva
- As sensações compassivas
- A pratica do comportamento compassivo
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- Comprometer-se com seus objetivos
- Cuidar do corpo e da alma
- Escrever sobre emoções e sentimentos : - diário emocional
- diário de gratidão
- poemas “ o que eh ser feliz para
Mim ?”
- explorar programa diário de felicidade
- Explorar exercícios para a construção da própria historia pessoal ( a felicidade ao
longo do ciclo vital …)
- Promover auto-estima
Substituição de vinculação
Sistema de vinculação - - mantém a proximidade com a gura de vinculação
- eh ativado qnd o sujeito esta ansioso, inseguro ,
pouco con ante e procura contacto com guras que lhe deem o conforto e a
tranquilidade necessária
Sistema exploratório - - ativa qnd o sistema de vinvulaçao esta inativo
- leva o sujeito a explorar. Seu meio
Sistema medo-angústia - capacidade de vigilância/controlo do sujeito face a
uma ameaça
Sistema de caregiving- - capacidade da gura de vinculação cuidar ao longo
do tempo
Sistema de sociabilidade - - procura de companhia qnd a criança esta
segura e relaxada
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Padrão de vinculação situação estranha
Vinculaçao segura- cuidador com base a partir de qual se expõe o meio
Vinculação insegura ambivalente- osilaçao entre papel do agressor e
vitima
Vinculação insegura de evitamento- tendência a evitar ou ignorar o
cuidador , distancia/ agressividade
Vinculaçao desorganizada- manifestações atípicas : - evitamento
- resistência
- confusão
- depressao e/ou
Apreensão
- sem consistência
Comportamental
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- crianças privadas de cuidados parentais tendiam a desenvolver os mesmos
sintomas que os jovens delinquentes : vazio de afeto :
- adultos emocionalmente frios
- relacionamentos super ciais
- níveis elevados d hostilidades e
Comportamentos antissociais
(Bowlby, 1961)
Efeitos de hospitalização e consequentemente separação obrigatórias das
guras parentais
- identi cação de uma sequência de comportamentos em resposta a separação :
Fase1- protesto
Fase 2- desespero
Fase3- vinculaçao
Estudos iniciais sobre efeitos da privação de cuidados parentais na
infância ( rutter e ERA Study team, 1998, 1999)
Estudos com crianças romenas aprisionadas e abandonadas em condições
terríveis durante o regime de ceausescu
- após a queda de ceausescu (1989), a maioria foi adota por familiares antes dos 5
anos : - capacidades signi cativas de recuperação em muitas crianças
- danos signi cativos em muitas crianças
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Impacto da duração da experiência institucional
Trajetória de desenvolvimentos
Continuidades e descontinuidades nos padrões de
vinculaçao
Primeiras abordagens … |. Mais recentes …
- Hipótese de continuidade e |. - hipótese de descontinuidade das
Estabilidade dos modelos |. Representações de vincuaçao
Operantes internos da infância |. - apesar da estabilidade dos modelos
A idade adulta |. Operantes internos, há potencial de
- sobretudo qnd nao há alterações |. Mudança face a novas contingências
De vida da pessoa ( positiva ou |. Ambientais
Negativas ).
Continuidade… |. Descontinuidade…
- Padrões inseguros d vinculaçao | - representações constridas na infância
Podem desencadear mecanismos |. Podem ser utilizadas :
Defensivos que conduzem , |. - Revisão de representações passadas + novas
Inadvertidamente, a maior. |. Formas De reanalisar experiências anteriores,
Afastamento/ rejeição e a. |. - Desenvolvimento cognitivo na infância e
Perpetuação dos padrões : |. Adolescência
- Exclusão de info, incapacidade de integrar. |. - “teoria da mente”
Diferentes tps de inf acerca das experiências|. - pensamento formal
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Vinculativas |. - pod haver mudanças nos padrões se houver evidencia
- maior relutância em partilhar|. |. Consistente e continuada que contradiga os modelos
Experiências com os pais, |. Operantes internos desenvolvidos precocemente na
- Menor monitorização |. Infância
- Correspondência entre padrões de |. - ex: eventos negativos na vida pdm alterar padrões seguros para
Vinculaçao adultos e memórias dos |. Inseguros
Cuidados parentais na infância |. - eventos negativos pdm alterar o comportamento do
- a prevalência de vários padrões de. |. Cuidador e, assim, alterar padrões de vinculaçao
Vinculaçao eh semelhante quando se |
Estuda a infância e a idade adulta
Adoção precoce:
- oportunidade de estabelecer 1vinculaçao aos pais adotivos
- Desenvolvimento cognitivo, comportamental , relacional e afetivo semelhante a
lhos biológicos + vinculaçao segura
Adoção tardia :
- rutura na vinculaçao as guras primarias de vinculaçao ou total ausência de um
cuidador estável nos primeiros 12 meses
- Exposição continuada a riscos psicossociais ( maltrato/ negligência ,
institucionalizações repetidas, etc)
- Pertubaçoes emocionais e comportamentais signi cativas, dé ces orgânicos
- Comportamentos contraditórios face aos pais adotivos: - obediência
- dependência
- passividade
- evitamento
- rejeição
- hostilidade
- provocação
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Embora nao haja necessariamente continuidade entre os padrões de
vinculaçao na infância e na idade adulta, há considerável
continuidade entre:
- vinculaçao precoce e saude psicologia
- Vinculaçao adulta e psicopatologia
Vinculaçao e psicolopatologia
As estratégias emocionais e comportamentais associadas aos modelos de
vinculaçao insegura constituem através a adaptação no desenvolvimento da
criança
Modelos operantes internos disfuncionais
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Esquemas desadaptativos / expectativa de desconexão e rejeição
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Maior vulnerabilidade para psicopatologia
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Vinculaçao e psicopatologia da infância para a idade
adulta :
- padrao de vinculaçao desorganizado
- Problemas de comportamento em idade pré-escolar
- Problemas de internalizaçao e sintomas d dissociação no ensino básico e
secundário
- Psicopatologia na entrada para a idade adulta
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- Autoisolamento
- Agressividade para cm os outros face a frustração
- Pouca expressão emocional positiva
- Osilaçao entre : tristeza , ansiedade , medo e irritabilidade
- Sentimento d inadeuquaçao pessoal
- Evitamento e isolamento como respostas protetoras a dor e sofrimento
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2- comportamento verbal ou físico excessivamente familiar ( não compatível com
limites sociais culturalmente aceitos ou apropriados a idade)
3- diminuição ou ausência de retorno ao cuidador adulto depois de aventurar-se,
mesmo em contextos não familiares
4- vontade de sair com um adulto estranho com mínima ou nenhuma hesitação
B- OS comportamentos do critério A nao se limitam a impulsividade,
incluindo comportamento socialmente desinibido
C- a criança sofreu um padrao de extremos de cuidado insu ciente
evidenciado por pelo menos um dos seguintes aspectos :
1- negligencia ou privação social na forma de ausência persistente de
atendimento as suas necessidades emocionais básicas de conforto, estimulação e
afeto por parte dos cuidadores adultos
2- mudanças repetidas de cuidadores, limitando as oportunidades de formar
vínculos estáveis
3- criação em contextos peculiares que limitam gravemente as oportunidades
de formar vínculos seletivos
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Cuidador compulsivo :
- As relações próximas sao estabelecidas , mas sempre no papel de cuidador ,
nunca permitindo ser cuidado. Tendencialmente sao pessoas que tiveram
necessidade de cuidar de outros precocemente , durante a infância (ex- pais ou
irmãos )
Carente compulsivo :
- procura constantemente con rmar a segurança da sua relação de vinculaçao,
com demostraçoes urgentes e frequentes de procura de carinho. Decorre de
experiências precoces em q se duvidou da disponibilidade e responsividade da
gura de vinculaçao
Agressivo desligado:
- a perceçao da inacessibilidade da gura de vvinculaçao leva a ansiedade mas
tambem a raiva. Este per l dirige ansiedade e raiva as suas guras de
vinculaçao, q se traduz em agressividade ou desligamento vingativo
Reatividade emocional :
- diferenças inter e intra individuais na : - duraçao
- utuação
- pontos de ativação
- dinâmicas de aumento ou diminuição da
Intensidade das emoções
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- intensidade e dinâmica das respostas emocionais a uma situação
subjetivamente relevante
Regulação emocional :
- “capacidade de modi car experiência e expressão das emoções” ( Gross e
thompson,2007)
- “ processo de iniciar, evitar, inibir, manter ou modular a ocorrência, forma,
intensidade ou duraçao de estudos de sentimentos internos, siológicos,
relacionados com emoções, processos atenciosas e/ou concomitantes
comportamentais das emoções ao serviço de uma adaptação social ou
biológica relacionadas com o afecto ou atingir objetivos individuais” (Kokknen e
pulkkinen, 1999)
- A regulação emocional promove a adaptação do sujeito ao que o rodeia, através
de iniciação, manutenção ou modulação das emoções positivas e negativas
- Identi cação de emoções e utilização exível de estratégias de coping
adequadas ao contexto situacional
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Reavaliação - reenquadrar o signi cado de uma situaçao de forma a alterar o
julgamento que faz dela- ajudar a sentir-se melhor em situações do dia-a -dia - não melhora a
situaçao , apenas a interpretação pessoal dela
Aceitaçao- reconhecer e validar as emoções negativas para parar de querer
mudá-las - ajudar a sentir-se melhor em situações do dia-a-dia - nao melhora a situaçao , nao
resolve a origem da emoção negativa
Suporte social- partilhar as emoções e pedir conselho aos outros- estar com
outros associa-se a maior bem-estar, pode encontrar-se uma solução para o problema - reacende
problemas e consequências
Distraçao- mudar a atenção do estimulo negativopara algo não relacionado- pode
ajudar a concentrar em outras tarefas - nao se lida com os problemas
Desregulaçao emocional
- incapacidade d modi car emoções incongruentes e ine cazes quando eh
necessário gerir o mal-estar em determinadas situações
- In uencia em processos fundamentais para o funcionamento : - aprendizagem
- tomada de decisão.
- memoria
- saude
-bem estar geral
Regualaçao emocional
- processo regulatório interno que ocorre ao nivel da cognição e Neuropsicologia
- Processo signi cativamente in uenciado por contextos psicossociais
- In uenciado por fatores : - genéticos
- biológicos
- ambientais
- processos de socialização são fundamentais para o desenvolvimento
emocional: - pares
- pais
- professores
- in uencias socais - internet , media , cultura
- rapazes tendem a usar mais o metado d supressao que as mulheres
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- Diferença da infância para a idade adulta nas respostas ao medo e a
recompensa
- As crianças conseguem regular as emoções implicitamente com a ajuda de um
adulto
- Importância da experiência, das interações com os outros
Adolescencia
- transformações múltiplas e profundas
- Tarefas desenvolvimentais - - autonomia
- identidade
- relações entre pares
- representações sociais e do self
- relações interpessoais- - competências sociais
- autopercepçoes e auto cacia
- identidade vc confusão de papeis ( erikson)
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Autonomia emocional :
- sentido de independência crescente em relação as guras parentais
- Novo repertório comportamental
- Nova imagem das guras parentais
- O adolescente nao se passa como crescido de um momento para outro
- Mudança gradual de padrões de interaçao adolescente-pais através de
constantes renegociações
- Os padrões de experiência interpessoal vão sendo assimilados, traduzindo-se
em: - um adolescente que mudou e se vê de forma diferente
- guras parentais que veem o seu lho (e talvez a si próprias) de forma diferente
- uma relação pai- lho mudada, tendência mais igualitária
As perspectivas iniciais:
- independência emocional na adolescência = independência em relação as
guras parentais
- O con ito pais- lhos eh uma manifestação normativa do processo de
distanciamento
- A harmonia pais- lho eh, no extremo, encarnada como imaturidade intrapsiquica
(freud,1958)
Processo reciproco
- o sentido crescente de incpendencia emocional da adolescente afeta, eh afetado
por e manifesta-se nas suas relações com os outros
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3- o processo de individualização eh mais saliente no inicio da adolescência,
enquanto o desenvolvimento da identidade eh mais evidente no nal da
adolescência e inicio da vida adulta
.o papel dos pares eh fundamental a meio da adolescência, para esta transição
4- trasnformaçao priemriramente interpessoal e so mais tarde intrapessoal
.as mudanças intrapessoais so ocorrem com o desenvolvimento do sentido de identidade,
portanto, mais tarde na adolescência
5- existem diferenças individuais consideráveis no que toca ao papel que os outros
assumem no desenvolvimento da independência emocional, com impactos no
ajustamento psicossocial do adolescentes
. - pais calorosos
- pais nao intrusivos
- livre expressão de individualidade
. Controlo psicossocial extremo ( incluindo : - cancelamento afetivo
- indução de culpa )
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- desenvolvimento da identidade
- alteração de humor
- risco aumentado de depressão e ansiedade
- puberdade
- transições escolares
- exigências académicas
- a regulação emocional desenvolve-se substancialmente ao longo da
adolescência : - fraca e cácia de estratégias de regulação interna no inicio da adolescência
- uso mais frequente de estratégias adaptativas e menor frequente de
Estratégias desadaptativas
- maior capacidade cerebral para regular emoções negativas (sobretudo medo)
E gerir tendências impulsivas
Mas:
A adolescência nao eh um estádio de desenvolvimento homogéneo e continuo
Variçoes intraindividuais :
- con ito com os pais : pico no inicio da adolescência, embora as emoções
associadas a estes con itos tenham o seu maior pico no meio da adolescência
- Experiência de emoções negativas : pico no meio da adolescência, associado a
diminuição nas emoções positivas
Variações interindivivuais :
- timing da puberdade
- Contextos sociais e familiares
Formas desadaptativas :
- comparação social negativa
- substancias psicoativas
- comportamentos agressivos
- comportamento autolesivos
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Regulação emocional na adolescência - estratégias :
Regulação emocional adaptativa- “acalmo-me e olho para a situação
novamente” , “concentro-me no que fazer a seguir”
Procura o apoio social- “procuro conforto”, “falo com pessoas”, “peço conselhos”
Passividade- “espero para ver”, “nao acho q valha a pena agir”
Regulaçao de evitamento- “simplesmente vou-me embora”, “faço outra coisa”
Supressão expressiva- “nao mostra como sinto”
Ruminação disfuncional- “nao paro de pensar nisso”
Desregulaçao- “culpo os outros mesmo quando nao são responsáveis”
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- Flexibilidade para avaliar as características da situação
- Monitorização do sucesso ou insucesso das estratégias
- Monitorização da reação do ambiente social, muitas vezes a um nível implícito
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comprometimento na capacidade de utilizar estratégias de regulação emocional
e cazes num periodo critico de desenvolvimento
Enviesamento negativo
+
Falta de enviesamento de positivos
+
Di culdade em controlar emoções
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- maior ativação
- Maior cognições negativas
- Consequências negativas a nível emocional, comportamental, cognitivo e social ( incluindo
sintomatologia psicopatologicos )
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A pobreza como fator de risco no
desenvolvimento humano
Pobreza - de nição
- condição humana caracterizada por privação sustentada ou cronica de:
- recursos
- capacidade
- escolhas
- segurança
E poder necessários para o gozo de um adequado
padrao de vida e outros direitos civis, culturais, económicos, políticos e sociais
- a pobreza envolve mais do que a falta de recursos e de rendimento que
garantem meios de subsistência sustentáveis, limitando a educação e a outros
serviços básicos, a discriminação e a exclusão social, bem como a falta de
participação na tomada de decisões
Exclusão social
Conjunto de desvantagens associadas a pobreza
- desigualdade nas atividades básicas da vida, participação económica da família,
habitação, saude, educação, espaço publico, participação social, assim como na
experiência subjectiva de exclusão social
- Impacto no bem-estar infantil em sentido lato : - saude e segurança
- bem-estar educativo
- relações familiares
- relações entre pares
- comportamento e riscos
- bem-estar subjetivo
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Di culdades crónicas :
- reajustes repetidas de comportamentos
- Incapacidade de responder a obrigações
Di culdades crónicas, mais que eventos isolados, sao responsaveis por sofrimento
psicológico em familia pobres
A pobreza crónica tem uma in uencia maior no ajustamento da criança pelos
efeitos cumulativos de múltiplos stressores
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Mesossistema
- inter relação entre dois ou mais microssistemas, incluindo a pessoa em
desenvolvimento
- Ex- escola - familia
- Envolvimento da familia na escola- desempenho escolar
Pouco envolvimento associado a menores recursos para apoiar em casa, com
impacto no desempenho em contexto de sala de aula
Atitudes da escola face a criança devido ao contexto de pobreza familiar
Efeito pigmaliao
Macrossistemas :
- recursos materiais
- Estruturas de oportunidades
- Estilos e hábitos de vida
- Conhecimento e crenças culturais
Macrossistemas
- panel study of income dynamics (PSID) (Duncan et al, 1984) - estudo com mais
de 5000 famílias após a recessão dos anos 80 nos EUA
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- As características dos pobres persistentes sao muito diferentes das
características da população geral e das características dos pobres num ano
especi co
- Raça : mais de 3/5 dos pobres persistentes eram afro americanos
- Enorme desproporção racial na pobreza
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Outras perspectivas sobre a pobreza no desenvolvimento
- perspetiva da causalidade social
- Perspectiva da seleção social
- Perspetiva interacionista
Pobreza e desenvolvimento
Perspectiva da causalidade social:
- a pobreza e as condições associadas a pobreza levam a variação no crescimento
e desenvolvimento da criança
- Ênfase nas oportunidades sociais
- Papel da sociedade
Perspectiva da seleção social :
- os traços e disposições dos pais levam a variações nas atitudes, disposições e
oportunidades da criança
- Ênfase nas competências e características individuais
- Papel do indivíduo
Perspectiva interacionista :
- a relação entre o nível socioeconomico/ pobreza e o desenvolvimento envolve
processos de seleção social e de causalidade social
- Ênfase na relação entre a sociedade e o indivíduo
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. Qualidade do desempenho parental
- indicadores objetivos de rendimento e recursos económicos , capacidade de
responder a necessidade básica :competências socioafetivas - comida
- alojamento
- contas ,etc
- perceçao de inadequação nanceira dos pais , pais q sentem pressão para
responder a necessidades materiais básicas, mas também alguns “extras” ( ex-
presentes para os lhos) sofrem consequências na saude mental e
comportamentos parentais com impacto no desenvolvimento socioafetivo dos
lhos
- Stress económico :competências socioafetivas :
- reduz a capacidade de interaçao com os lhos de forma calorosa, apoiante e
responsiva
- diminui o nivel d envolviemnto e atenção para com os lhos
- aumenta praticas parentais mais coercivas, inconsistentes e duras
O foco nao eh nas competências parentais das famílias com menos rendimento,
mas na sua incapacidade de por em pratica face às tensões causadas pela
privação económica
Perspetiva interacionista
Modelo que integra processos de causalidade social e seleção social
Causalidade social:
- o NSE dos pais prediz os seus investimentos materiais ( mas nao emocionais)
nos lhos
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- O stress familiar e os investimentos parentais predizem o funcionamento
adaptativo dos lhos
- As pessoas sao condicionadas/ limitadas pelas oportunidades sociais e
institucionais que tem
Seleção social
- características de personalidade precoces predizem comportamentos e
circunstâncias sociais na idade adulta, enquanto pais
- Elevadas amabilidade e conscienciosidade + baixo neuroticismo medidos na
adolescência : - nivel socioeconomico adulto
- nivel de stress familiar (pressão economica, distress psicológico e parental,
con ito conjugal)
- investimento emocional nos lhos
- padrões de vinculaçao segura para com os lhos
- as competências e características pessoais tambem in uenciam a forma como
se aproveitam (ou nao aproveitam) essas oportunidades
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Os desa os extra da pobreza em crianças sem-abrigo
Riscos associados a pobreza
+
Mudanças residenciais
+
Absentismo escolar
+
Adversidade familiar
Saude mental materno-infantil
- maior di culdade em ultrapassar di culdades devido à exposição a stressores
físicos e psicossociais mais extremos
- Violência e discriminação feminina: - ansiedade
- depressao
- baixa auto-estima
- vergonha
- culpa
- maior incidência de depressao materna
- Associada a pior funcionamento e saude infantil
Pratica e investimento parental
- menor envolvimento e sensibilidade nos cuidados parentais
- Menor estimulação cognitiva e socioafetiva em casa
Genotipo:
- constituição genética
Fenotipo:
- características morfológicas, siológicas e comportamentais de um indivíduo
- Resultado da expressão de genes e das ações do meio ambiente
Epigenetica :
- foco na interaçao mutua entre características biológicas herdadas
geneticamente e o ambiente e experiência que somos expostos
Do ponto de vista genético :
- mecanismos de regulação dos genes que nao envolvem mudanças nas
sequências de DNA
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Do ponto de vista biológico/ evolutivo:
- mecanismos hereditários nao baseados em DNA
Do ponto de vista genética populacional :
- exemplos de variações fenotipicas em resposta a condições ambientais
Trajetórias individuais :
- diferenças genéticas e ambientais levam a divergência de trajetórias
- Maior divergência quando a exposição ao risco ocorre em períodos sensíveis/ de
maior plasticidade
Epigenetica e DNA
- a epigenetica diz respeito a modi cações no DNA e na sua “embalagem” (sem
alterar a sequência de DNA), isto altera a acessibilidade e regula/determina que
genes são manifestados/ transcritos mais facilmente que outros
- Há vários fatores epigeneticos em estudo, mas o mais commumente estudado
eh a mestilaçao (DNAm) - adição de um grupo de mestilo a uma cadeia especi ca de DNA
(o que de ne a manifestação/transcrição maior ou menor de determinados genes em detrimento
de outros)
- a mestilaçao (DNAm) está fortemente relacionada com a variação genética sendo
importante considerar o papel de algumas características biológicas inatas neste processo
Sexo:
- especi cidade de comportamentos ou condições psicológicas podem estar associados a
especí cidade de padrões de metilaçao
Etnia
- associação com a metilaçao devido a ancestralidade genética partilhada+ semelhanças culturais
e ambientais
Idade
- a metilaçao sofre alterações com a idade cronológica (ex- gémeos tornam-se progressivamente
mais “diferentes” com a idade, apesar de semelhanças a nascença
Idade epigenetica
- os níveis de metilaçao associam-se a idade cronológica , podendo predizer a
idade cronológica de uma população
- “Relógio epigeneticos”- medida da idade biológica mais do que na cronológica
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Idade biológica : - condições de saudade
- aceleração ou abrandamento do processo de envelhecimento
- stress cumulativo
- trauma
- estilos de parentalidade
- ambientes acolhedores
Herança epigenetica :
- a metilaçao eh herdada de células para célula (dentro da longevidade do
organismo), criando uma memoria que re ete experiências/ exposições
passadas.
Hipótese de herança intrageracional :
- durante a gravidez, os padrões de metilaçao de fato sao alterados em função da
exposição do ambiente uterino (o ambiente uterino eh resultado dos fatores a
que a mae foi exposta durante a sua vida)
- Neste caso, pode veri car-se hereditariamente em duas gerações depois da
exposiçao ( o feto exposto também poderá transmitir tambem ao seu feto)
-
Hipótese de herança transgeracional :
- existe transmissão de marcas epigeneticas de geração em geração na ausencia
de qualquer exposiçao ambiental
- Pressupõe que haja transmissão por via materna em pelo menos 3 gerações, por
apenas a 3 nao ter qualquer exposiçao (direta ou indireta) ao ambiente uterino
inicial
A hipótese de lamarck
- a evolução das espécies ocorre porque as características adquiridas vão sendo
transmitidas de pais para lhos
- Alterações signi cativas na espécie, para sua adaptação no meio :
. Características potenciadoras de sobrevivência sao mais usadas e por isso
transmitidas
- hipótese desacreditada pela ausencia de mecanismos explicativos
- A epigenetica oferece potencial explicação para uma versão “soft” da hipótese
de lamarck
- Impacto dos efeitos ambientais nos marcadores epigeneticos em mais do que
uma geração
- A herança epigenetica eh particularmente vantajosa em ambientes marcados por
eventos traumáticos regulares mais imprevisíveis
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Os resultados fenotipicossao resultado de relações complexas e dinâmicas entre o
genotipo, processos desenvolvimentais e o ambiente.
De certa forma, através da metilaçao, o ambiente ca incorporado no epigenoma,
contribuindo desta forma para o desenvolvimento : “nature is nurture”
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Fatores ambientais : - nutrição
- radiação
- exposiçao a químicos
- praticas parentais precoces
- abuso ou negligencia vividos nos primeiros anos de vida podem levar a diversos
dé ces cognitivos e emocionais, afetando tambem estruturas cerebrais que
facilitam/di cultam os comportamentos de vinculaçao
Epigenetica e doença
- tal como a mudança epigenetica eh basilar para o desenvolvimento normal,
também as disrupçoes na modi cação epigenetica pertubam o desenvolvimento
normal
- Cancer : primeira doença a ser associada a mudanças epigeneticas
Varias outras doenças, incluindo pertubaçoes psicológicas, já foram associadas a
anomalias epigeneticas
Epigenetica e stress
- a resposta psicobiologica de stress Modeia o impacto que os fatores biológicos
e psicossociais tem na saude
Papel da epigenetica :
- as modi cações epigeneticas produzem uma resposta aos stressores
psicossociais que resulta num fenotipo que da feedback a resposta de stress
posteriores , as respostas adaptativas a stress podem in uenciar a saude e o
risco futuro
Strss-> methylation—> gene expression—> phenotype
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Associação entre a metilaçao do DNA e diversos stressores
psicossociais :
- exposiçao pré-natal a : - depressao materna
- ansiedade
- guerrra
- strss
- violência
- abuso sexual/físico
- baixo nivel socioeconomico
- pertubaçoes psicóticas na infância
- depressao
- ptsd
- pertubaçoes de comportamento alimentar
- risco de suicidio na idade adulta
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Os netos de mulheres gravidas durante a fome holandesa dos anos 40 apresentam
marcas epigenetucas associadas a maior risco de saude física e mental
Transmissão transgeracional do trauma e da violência
Adultos que foram vitimas de violência na infância tem maior probabilidade de ser
abusivos para com os lhos e parceiros
Adultos que foram vitimas de violência (sobretudo sexual) na infância tem maior
probabilidade de estar envolvidos em delinquências e criminalidade
As relações violentas estão relacionadas com maior prevalência de gravidezes
indesejadas, que por sua vez se associam a risco aumentado de violência conjugal
Exposição a stress e violência na gravidez :
- complicações
- Parto prematura
- Baixo peso a nascença
- Relações precoces no seio familiar : - ansiedade
- vinculaçao insegura
- estilos parentais
- modelação de comportamentos de risco
- violência já existente
- Atrasos/complicações no desenvolvimento físico e cognitivo
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