Você está na página 1de 3

Apresentação Oral de Português:

O livro que eu escolhi ler tem como ;tulo “O Perfume – A história de um assassino”.
Este romance foi publicado pela primeira vez em 1985 pelo escritor alemão Patrick
Süskind. Este livro é bastante popular, tendo sido vendidos 15 milhões de exemplares
em quarenta línguas. O seu ;tulo original alemão é Das Parfum, die Geschichte eines
Mörders (das parfum di gueshishte aine morderes). A Capa deste livro tem uma imagem
que só quando o lemos é que conseguimos perceber que esta se adequa 100 porcento
a este, nesta está representada uma mulher que é ruiva sendo este o tom de cabelo da
primeira e úl[ma ví[ma das atrocidades come[das pela personagem principal desta
história. A postura e o apeto da mulher remete-nos para a morte, já que esta encontra-
se pálida e parece estar caída num tecido, dando-nos assim a entender o rumo desta
história. A primeira parte do ;tulo está escrita em letras mais apela[vas, dando enfase
a essas palavras, sendo isto um indício de que O PERFUME é uma palavra extremamente
presente nesta obra. O sub;tulo “AS HISTÓRIAS DE UM ASSASSINO” mostra do que este
livro se vai tratar. Esta é a 49º (quadragésima nona) edição do livro e este é da editora
editorial Presença. A lombada é bastante simples tendo presente apenas o ;tulo, o
sub;tulo e a respe[va editora.
Na contracapa está presente um pequeno resumo de livro, o nome da editora e outras
informações. Como pudemos ver a cor que predomina deste livro é o verde escuro, o
verde pode simbolizar a esperança da personagem principal de encontrar a felicidade, e
o facto deste tom ser escuro dá-nos a entender de que o caminho que este percorreu
para a encontrar é um caminho obscuro e sombrio.

Esta história começa em Paris, uma cidade cheia de odores, quando o protagonista deste
livro, Jean-Baptiste Grenouille, é abandonado pela sua mãe à nascença junto a restos
de tripas de peixe num mercado. Este é rejeitado por várias amas e instituições religiosas
por causar uma sensação de desconforto que as pessoas não conseguiam explicar.
Grenouille foi rejeitado pela própria natureza tendo esta lhe negado o direito de libertar
qualquer odor característico dos seres humanos. Assim, apesar de ter crescido num
ambiente de repúdio e rejeição, acaba por descobrir que tem uma enorme sensibilidade
olfativa que faz com que ele consiga detetar qualquer odor e a sua composição a
quilómetros de distância, conseguindo ainda combiná-los entre si e guardá-los na sua
cabeça. Quando o tempo de orfanato acabou, entregaram-no a um cur[dor de peles, de
nome Grimal, que o fez seu aprendiz, até grenouille decidir ser aprendiz de um famoso
perfumista, Baldini. Isto aconteceu porque cheirou pela primeira vez um odor mais puro
e belo do que todos os outros, o odor de uma rapariga. Um odor que para sempre ficaria
gravado na sua maravilhosa e dotada memória, o odor da jovem da Rua des Marais, a
sua primeira ví[ma. Foi no atelier de Baldini que começou a criar os seus primeiros
perfumes, que fizeram com que Baldini enriquecesse. Depois de conhecer tudo o que
[nha para conhecer ali, em termos de processos de des[lação e de extração de perfume,
Grenouille par[u em busca de mais formas de criar perfumes, em especial da odorização
a frio, a quente e a óleo, que Baldini lhe mencionara haver em Grasse.
Prometeu criar o seu próprio odor, o mais belo, o mais perfeito, aquele que faria com
que todos os humanos à face da Terra o amassem, já que este queria ser amado e não
ignorado, pois sabia que era o facto de não ter odor que fazia com que todos os
ignorassem. Para isso este assassinou varias mulheres e extraiu-lhes o sendo odor, tendo
assim conseguido obter o odor perfeito. Por fim este apercebe-se que aquele odor não
fazia com que as pessoas o amassem mas sim que ficassem obcecadas por ele, sendo
assim, este derrama todo o perfume em si mesmo e acaba por ser devorado vivo pela
população que estava à sua volta.

Esta é uma história misteriosa e muito perturbadora, ao desenrolar da ação acabamos


por refle[r como é o autor consegui criar uma ideia tão genial e única, que na minha
opinião ou se ama ou se odeia. Eu, par[cularmente, adorei o livro por várias. Em
primeiro lugar, achei a história muito ca[vante, especialmente devido à personagem
principal, Grenouille. Este é uma personagem muito complexa que nos consegue
comover e despertar pena, devido ao seu passado e à forma como foi ignorado e
rejeitado na infância, mas por outro lado consegue fazer-nos sen[r ódio, repulsa e
desconfiança por todas as suas ações arrepiantes e assustadoras que não nos deixam
gostar desta personagem. Grenouille, que ao longo do livro é muitas vezes comparado a
um animal, é um psicopata que devido ao ser passado acaba por não ter sen[mentos
tornando-se cada vez mais ca[vante à medida que se aproxima de a[ngir o seu obje[vo
- produzir o perfume que faria com que todos o amassem.
Outro aspeto de que fez com que eu me apaixonasse tanto por este livro é a narra[va
de Patrick Süskind, esta é muito detalhada e rica em descrições olfa[vas e visuais, que
além de nos permi[rem entrar na mente de um verdadeiro psicopata, também nos
fazem sen[r os diferentes momentos do livro e sen[r os aromas descritos. Além disso,
os momentos finais são extremamente geniais e completamente inesperados. Nunca me
ocorreu aquele final, mas, depois de acabar de o ler, acho que não podia ser outro e que
se enquadra se enquadra perfeitamente. A história fascinante e o vocabulário simples
tornam a leitura fluida e envolvente.
Este é um livro fantás[co, com uma história única capaz de despertar emoções
contraditórias, já que a sua história nos ca[va e nos repugna ao mesmo tempo, tenho
certeza que Grenouille não vai ser fácil de esquecer, e por tudo isso aconselho vivamente
a sua leitura.

Enquanto estava a ler este livro acabei por ficar com esta dúvida:
“Como será que funciona a mente de um assassino em série?”
Os assassinos em série também conhecidos como serial killers, são indivíduos que
normalmente possuem uma inteligência acima da média, estes são capazes de
iden[ficar as vulnerabilidades das suas ví[mas com intuíto manipula-las. Os serial killers
tem como principal caracterís[ca, a frequência de assassinatos que cometem, sendo que
estes seguem sempre o mesmo modus operandi, ou seja usam sempre uma espécie de
assinatura do seu crime. É muito comum que as pessoas associem os serial killers a
psicopatas, o que não está totalmente errado, mas existem algumas diferenças. Nem
todos os psicopatas são criminosos e nem todos os criminosos são serial killers, mas
quase todos os serial killers tem algum nível de psicopa[a ou psicose, ou seja, desvios
mentais dis[ntos. A psicose é uma doença mental que provoca uma alteração na noção
da realidade, ocorre a formação de um mundo próprio na mente do psicó[co, ou seja,
este vive num mundo de delírios e alucinações, ouve vozes e tem visões bizarras. As
formas mais conhecidas de psicose são a esquizofrenia e a paranoia. Apenas alguns
assassinos em série enquadram-se nas caracterís[cas dos psicó[cos, o que acaba com a
crença popular de que todos os serial killers são loucos.
Já na psicopa[a o indivíduo percebe perfeitamente a realidade e sabe que é proibido
matar, mas as suas perturbações mentais fazem-nos ser frios e sem empa[a.
Basicamente o serial killer psicopata vive uma vida dupla, e muitas vezes é uma pessoa
simpá[ca, racional e que interage com o meio social. Este só mostra a sua verdadeira
iden[dade às suas ví[mas, conseguindo a sua sa[sfação através da tortura, do estupro
e do assassinato. Normalmente estes são solitários, já que se sentem superiores a todas
as outras pessoas, têm um bom comportamento perante a sociedade, e muitas vezes
até têm família e amigos, mas são extremamente perturbados em relação ao seu
universo ín[mo. A sua frieza faz com que as suas ações sejam sempre relacionadas a
atos de crueldade e sadismo. É través da tortura, assassinato ou desmembramento das
suas ví[mas que estes sentem uma sensação de superioridade e prazer. Tanto fatores
ambientais como psicofisiológicos são os principais responsáveis pelo comportamento
destes indivíduos.

Concluo a minha apresentação com a seguinte frase:


Assassinos são homens maus dentro de homens bons.
Javie Donpardon

Você também pode gostar