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Visão geral dos transtornos de ansiedade - Transtornos psiquiátricos - Manuais MSD edição para profissionais 18/09/2022 07:40

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Visão geral dos transtornos de ansiedade


Por John W. Barnhill , MD, New York-Presbyterian Hospital
Última modificação do conteúdo abr 2020

Todas as pessoas experimentam periodicamente medo e ansiedade.

O medo é uma resposta emocional, física e comportamental a uma ameaça externa imediatamente reconhecível (p. ex., um
intruso, um carro descontrolado).

Ansiedade é um estado emocional perturbador e desconfortável de nervosismo e preocupação; suas causas são menos
claras. A ansiedade está menos ligada com o momento exato da ameaça; ela pode ser antecipatória, antes da ameaça,
persistir depois que a ameaça cessou, ou ocorrer sem ameaça identificável. A ansiedade é muitas vezes acompanhada por
alterações físicas e comportamentos similares àqueles causados pelo medo.

Algum grau de ansiedade é adaptativo; pode ajudar as pessoas a preparar, praticar e executar algo, de maneira que seu
funcionamento seja melhorado, e ajudá-las a ser apropriadamente cautelosas em situações potencialmente perigosas.
Entretanto, além de certo limite, a ansiedade causa disfunção e perturbação inadequada. Nesse ponto, ela é desadaptativa,
sendo considerada um transtorno.

A ansiedade ocorre em uma grande variedade de transtornos mentais e físicos, mas é o sintoma predominante em alguns
deles. Transtornos de ansiedade são mais comuns que qualquer outra classe de transtornos psiquiátricos. Todavia, muitas
vezes, não são reconhecidos e, por conseguinte, não são tratados. Deixada sem tratamento, a ansiedade crônica e
desadaptativa pode contribuir para alguns distúrbios médicos gerais ou interferir no tratamento deles.

Sofrimento mental que ocorre imediatamente ou logo depois de experimentar ou testemunhar um evento traumático
opressivo não é mais classificado como transtorno de ansiedade. Esses transtornos agora são classificados como transtornos
relacionados a traumas e transtornos relacionados a estressores.

Etiologia dos transtornos de ansiedade


  
As causas dos transtornos de ansiedade não são completamente conhecidas, mas tanto fatores psiquiátricos como médicos
gerais estão envolvidos. Muitas pessoas desenvolvem transtornos de ansiedade sem qualquer antecedente desencadeante
identificável. A ansiedade pode ser uma resposta a estressores ambientais, tais como o término de um relacionamento
importante ou a exposição a um desastre que ameace a vida.

Alguns transtornos médicos gerais podem produzir ansiedade diretamente; eles incluem:

Hipertireoidismo

Feocromocitoma

Insuficiência cardíaca

Arritmias

Asma

DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica)


Vários fármacos podem causar ansiedade. Corticoides, cocaína, anfetaminas e cafeína podem causar diretamente ansiedade,
enquanto a síndrome de abstinência de álcool, de sedativos e de algumas drogas ilícitas também pode causar ansiedade.

Sinais e sintomas dos transtornos de ansiedade


  
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/transtornos-psiquiá…acionados-a-estressores/visão-geral-dos-transtornos-de-ansiedade# Página 1 de 2
Visão geral dos transtornos de ansiedade - Transtornos psiquiátricos - Manuais MSD edição para profissionais 18/09/2022 07:40

A ansiedade pode surgir subitamente, como no pânico, ou gradualmente ao longo de vários minutos, horas ou dias. A
ansiedade pode durar desde poucos segundos até anos, embora a duração prolongada seja mais característica dos
transtornos de ansiedade. A ansiedade varia de crises pouco perceptíveis até o pânico intenso. A capacidade de tolerar certo
nível de ansiedade varia de pessoa para pessoa.

Os transtornos de ansiedade podem ser tão perturbadores e incapacitantes que podem resultar em depressão.
Alternativamente, um transtorno de ansiedade e um transtorno depressivo podem coexistir ou a depressão pode se
desenvolver primeiro, com sinais e sintomas de transtorno de ansiedade ocorrendo posteriormente.

Diagnóstico dos transtornos de ansiedade


  

Exclusão de outras causas

Avaliação da gravidade

Decidir quando a ansiedade é tão dominante ou grave que constitui um transtorno depende de diversas variáveis e os
médicos diferem no ponto em que fazem o diagnóstico. Os médicos devem determinar, em primeiro lugar, por meio de
história, exame físico e exames laboratoriais apropriados, se a ansiedade se deve a um distúrbio médico geral ou a um
fármaco. Devem também determinar se a ansiedade é mais bem explicada por outro transtorno mental.

Há transtorno de ansiedade e merece tratamento se o seguinte se aplicar:

Outras causas não foram identificadas.

A ansiedade é muito perturbadora.

A ansiedade interfere no funcionamento.

A ansiedade não cessou espontaneamente em poucos dias.

O diagnóstico de um transtorno de ansiedade específico baseia-se em seus sinais e sintomas característicos. Os médicos
geralmente utilizam critérios específicos do Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, Fifth Edition, (DSM-5), que
descreve os sintomas específicos e exige a exclusão de outras causas dos sintomas.

História familiar de transtornos de ansiedade ajuda a fazer o diagnóstico, pois alguns pacientes parecem herdar predisposição
para o mesmo transtorno de ansiedade que seus familiares têm, assim como suscetibilidade geral para outros transtornos de
ansiedade. Entretanto, alguns pacientes podem adquirir os mesmos transtornos de ansiedade que seus familiares por meio
de comportamento aprendido.

Tratamento dos transtornos de ansiedade


  

Psicoterapia específica para cada transtorno

Fármacos (benzodiazepinas e/ou ISRSs)

O tratamento varia para os diferentes transtornos de ansiedade, mas, normalmente, envolve uma combinação de psicoterapia
específica para o transtorno e tratamento medicamentoso. As classes de fármacos mais comumente utilizadas são
benzodiazepínicos e inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS) (1, 2).

Referências sobre tratamento


1. Bandelow B, Michaelis S, Wedekind D: Treatment of anxiety disorders. Dialogues Clin Neurosci19(2):93–107, 2017.
2. Craske MG, Stein MB: Anxiety. Lancet 388:3048–3059, 2016. doiI: 10.1016/S0140-6736(16)30381-6.

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