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Aprendizagem

Angélica – Nº 03
Ariane – Nº 04
Fabiano – N º11
Qual a importância da aprendizagem?

■ A maioria das pessoas associa a noção de aprendizagem à aquisição de uma


nova conduta ou resposta, como por exemplo: Aprender a ler, Aprender a andar
de bicicleta, ou aprender uma língua estrangeira, etc…
■ Contudo, aprender não é apenas adquirir, é também abandonar condutas
consideradas impróprias como, não dizer palavrões ou não roer as unhas por
exemplo.
O que é a aprendizagem?

Mudança relativamente estável e duradoura do comportamento ou das


capacidades do indivíduo, adquirida como resultado da observação prática,
estudo ou experiência e que se traduz num aumento do seu repertório de
competências e saberes.
■ não se reduz a conhecimentos factuais.
■ não é sempre correta.
■ não é necessariamente intencional e deliberada.
■ não é diretamente observável.
Aprendizagem

■ A aprendizagem implica sempre a


existência de mudanças
relativamente permanentes no
comportamento ou nos processos
mentais.
■ Estas mudanças terão de ser
estáveis e de afetar o comportamento
ou os processos mentais.
Aprendizagem

– De forma simples, PODEMOS distinguir ENTRE APRENDIZAGEM COMPORTAMENTAL E


APRENDIZAGEM COGNITIVA.

APRENDIZAGEM
APRENDIZAGEM COGNITIVA
COMPORTAMENTAL

Condicionamento Condicionamento Latente, através de Por observação e


Insight
clássico operante mapas cognitivos imitação

Exemplo: cães de Exemplo: gatos de Exemplo: chimpanzés Exemplo: ratos de Exemplo: boneco
Pavlov Thorndike de Köhler Tolman Bobo de Bandura
IVAN PAVLOV
(1849-1936)

■ Fisiologista russo, nascido em 1849, em Ryazan na Rússia e falecido em 1936 em


Leninegrado, atual São Petersburgo.
■ Foi diretor do departamento de fisiologia do instituto de Medicina Experimental.
■ O seu nome é associado sobretudo à teoria do reflexo condicionado. Realizou várias
experiências com animais, sobretudo cães.
Condicionamento clássico
• Alguns dos pressupostos do condicionamento clássico resultam da
aplicação prática das experiências laboratoriais de Ivan Pavlov com cães.
• Pavlov apresentou aos cães estímulos distintos (por exemplo, o som de
uma campainha) seguidos de imediato de alimento ou de um ácido que os
fazia salivar.
• Constatou que, depois de repetir sucessivamente a associação entre
estímulos, os cães começavam a salivar diretamente em consequência do
som, sem necessidade da apresentação do alimento ou do ácido.
… já que desencadeia Por outro lado, o som da
uma resposta campainha, antes do
O alimento é o estímulo
automática e condicionamento, designa-
incondicionado (EI)…
incondicionada (RI): a se estímulo neutro (EN)
salivação do cão. …

O adjetivo condicionado
À salivação em função do …e, após o
indica que o EC provoca
som da campainha condicionamento,
a RC exclusivamente
chamamos resposta estímulo condicionado
após um processo de
condicionada (RC). (EC).
aprendizagem.

Catarina Pires | Sara Barndão


Condicionamento clássico

E Antes do
condicionamento, o
N estímulo neutro não
provoca qualquer
reação
Condicionamento clássico

E R Depois do
condicionamento, o
C C EC (aprendido)
Provoca, só por si, a
RC (aprendida)
Condicionamento operante

• Edward Lee Thorndike foi um psicólogo norte-

EDWARD THORNDIKE
americano.
• Responsável pela formulação da lei do efeito,
Thorndike defendia que os comportamentos que
produzem um estado de coisas satisfatório são

(1874-1949)
mantidos (reforçados) enquanto aqueles que
geram um estado de coisas incómodo ou nulo são
enfraquecidos ou eliminados.
Condicionamento operante
• Para realizar a sua pesquisa, construiu uma
caixa-problema: uma caixa de madeira
equipada com uma porta que podia ser aberta
a partir de um mecanismo situado no seu
interior.
 E essa é a forma de aprendizagem por
tentativa e erro, que foi nomeada como lei do
efeito que é a primeira formalização que está
por detrás de toda a psicologia
comportamentalista (a conexão entre o
estímulo e a resposta)
… o resultado
A ligação entre a
pode ser
ação e o
satisfatório (como
acontecimento
escapar de uma Os resultados bons
reforça-se.
Quando um jaula). permanecem
animal gravadas; as que não
responde a um trazem qualquer
estímulo,… … o resultado benefício são
A ligação entre a
pode ser rejeitadas.
ação e o
insatisfatório
acontecimento
(como continuar
enfraquece. AAVV. (2012). The
preso na jaula). Psychology Book, p. 63
Londres: DK Publishing.
Condicionamento operante
• Burrhus Skinner foi um psicólogo behaviorista,
inventor e filósofo norte-americano.
• Skinner considerava o livre arbítrio uma ilusão e
a ação humana dependente das consequências
de ações anteriores.
• Assumindo que as consequências de um

BURRHUS SKINNER
comportamento são mais importantes do que
qualquer estímulo que o preceda, Skinner
aprofundou os princípios do condicionamento
operante.

(1904-1990)
• Com base em diversas experiências com ratos
em caixas com alavanca, mostrou a diferença
entre reforço positivo e reforço negativo;
punição positiva e punição negativa.
Condicionamento operante
Experiência feita por Skinner (Caixa de ● Estas caixas de Skinner consistiam em
Skinner) se o rato fizesse um movimento
desejado, receberia recompensas
(reforço positivo).
● Se fizesse um movimento indesejado,
receberia punições (punição positiva).
● O rato foi moldado de acordo com as
consequências de seus movimentos.
Condicionamento operante
■ Reforço positivo: Quando o rato pressiona a alavanca da gaiola e recebe alimento, ele age
sobre o meio e recebe uma recompensa que reforça o seu comportamento. (Essa recompensa
faz com que o rato repita essa ação).
■ Reforço negativo: Quando o rato pressiona a alavanca e suspende um som alto ou
eletrochoques, ele age sobre o meio e elimina um estímulo aversivo. (Faz com que o rato não
repita essa ação).
Condicionamento operante

• Skinner clarificou também os processos associados à punição, distinguindo


entre:
• Punição positiva- envolve apresentar ao sujeito algo indesejado sempre que ele
executa o comportamento indesejável. Como por exemplo, distribuir multa de
velocidade por excesso de velocidade.
• Punição negativa- envolve tirar algo ao sujeito quando executa um
comportamento indesejável. Como por exemplo, tirar o telemóvel ao filho
por ter chegado tarde a casa.
• Ao contrário do reforço, que pretende aumentar a frequência do
comportamento, a punição visa reduzir a sua ocorrência.
• Num caso e no outro, O positivo e o negativo querem dizer adicionar e eliminar,
respetivamente, não tendo nada a ver com bom ou mau, prazeroso ou doloroso.
Aprendizagem por insight
Condicionamento operante

■ Para Köhler a aprendizagem não resultava apenas, como


propunha Thorndike, de um processo de tentativa e erro,
mas também do insight ou compreensão súbita.
■ a compreensão súbita da ligação entre elementos de uma
mesma situação, é um elemento chave, como demonstrou

WOLFGANG
nas experiências que realizou com chimpanzés.

(1887-1967)
KÖHLER
Condicionamento operante

■ Presos em jaulas, os chimpanzés conseguiam ver bananas e


varas (em algumas experiências também caixas) que
tinham que ser percebidas como elementos do mesmo
problema. Só assim conseguiram usar os utensílios à
disposição para chegar às bananas.

WOLFGANG

(1887-1967)
KÖHLER
Aprendizagem por insight

■ Embora inicialmente os chimpanzés não


fizessem associações entre os vários
elementos, através da reestruturação
percetual ligavam-nos subitamente entre si
(por via do insight resultante de várias
tentativas que fornecem a assimilação das
relações entre os elementos) e resolviam o
problema.
REESTRUTURAÇÃO DO CAMPO
PERCETUAL
Aprendizagem latente

Catarina Pires | Sara Barndão 22


Aprendizagem latente

■ Promovida por Edward C. Tolman que foi

EDWARD TOLMAN
um psicólogo norte-americano.
■ Tolman promoveu o conceito conhecido
como aprendizado latente primeiro cunhado

(1886-1959)
por Blodgett.
■ Uma pesquisa publicada em 2002,
classificou Tolman como o 45º psicólogo
mais citado do século
Aprendizagem latente
■ As experiências de Edward Tolman, foram
realizadas em 1930 com ratos de laboratório,
desafiavam a exclusividade da aprendizagem
comportamental e mostravam a relevância
dos processos mentais que estão na base de
muitas mudanças de comportamento.
■ Para Tolman eram claras as evidências de
uma aprendizagem latente, baseada em
mapas cognitivos, como demonstrou através
de um grupo de experiências em labirintos.
Aprendizagem latente
GRUPO 1 GRUPO 2 GRUPOS 3

• Os ratos circulavam pelo • Os ratos circulavam pelo • Os ratos circulavam pelo


labirinto e não recebiam labirinto e recebiam labirinto e não recebiam
recompensa à saída. recompensa à saída. recompensa à saída durante
• Cometiam erros e demoravam • Cometiam poucos erros e parte da experiência.
a sair do labirinto. corriam para o fim do • A partir de um certo momento
labirinto. recebiam recompensa.
• Então, deixaram de cometer
erros e corriam para a saída.

■ Tolman acreditava que os ratos que não recebiam recompensa tinham criado
mentalmente o mapa do labirinto, mas não manifestaram esta aprendizagem
latente até o reforço ser introduzido na experiência.
Aprendizagem por observação
■ Albert Bandura foi um psicólogo canadiano com
interesse nos processos de aprendizagem.
Desenvolveu a teoria da aprendizagem social.

ALBERT BANDURA
■ Realizou várias experiências que o levaram a
concluir que a aprendizagem se processa por
observação e imitação de modelos.
■ Bandura também desenvolveu a teoria do
reforço vicariante.

(1925-2021)
O que é a aprendizagem por observação?

● A aprendizagem observacional é a aprendizagem que ocorre através da observação do


comportamento dos outros.
● Segundo Bandura, a aprendizagem social ocorre pela observação dos comportamentos
daqueles com quem convivemos diariamente (pais, amigos,...).
● Bandura defendia a possibilidade de haver mudança comportamental sem existência de
reforço direto, através do que denominou reforço vicariante (aprende-se a partir da
observação de outras pessoas e das consequências geradas por elas).
➢Aprendizagem por observação
■ Bandura destacou quatro condições necessárias para que uma
pessoa se transforme com sucesso num modelo de comportamento
para alguém:

– Atenção ao modelo;
– Retenção do que se viu ou ouviu;
– Reprodução ou imitação sem erro;
– Motivação para que o comportamento seja integrado no conjunto de
respostas do sujeito, por exemplo, a expectativa de uma recompensa.

● Por exemplo, uma criança observa o irmão a arrumar os brinquedos e percebe que os adultos
ao seu redor o elogiam e premeiam esse comportamento. Os elogios e a recompensa dirigidos
ao irmão (reforço vicariante) funcionam como uma motivação para a criança imitar.

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