Você está na página 1de 7

RESUMO - ANÁLISE FUNCIONAL DO COMPORTAMENTO

Aula 04
· Compreensão comportamental das emoções

· Função de estímulo

· Ansiedade e supressão condicionada

Emoções e análise do comportamento


A emoção deve ser analisada em termos de relações entre organismo e ambiente e não se restringir às
condições corporais momentâneas.

Em um episódio emocional (ansiedade, raiva) existe a interação entre comportamento operante e


respondente

· Supressão Condicionada

A supressão condicionada é um fenômeno observado na psicologia comportamental, onde a frequência


de um comportamento previamente reforçado diminui quando um estímulo condicionado associado a
um evento aversivo é apresentado. Em outras palavras, a resposta é suprimida devido à associação do
estímulo condicionado com uma consequência negativa.

Um exemplo clássico de supressão condicionada é o experimento de condicionamento aversivo realizado


com ratos. Suponha que um rato seja treinado para pressionar uma alavanca para receber comida. Nesse
caso, pressionar a alavanca é o comportamento que está sendo reforçado. Em seguida, um estímulo
condicionado, como um som, é pareado com um estímulo aversivo, como um leve choque elétrico.

Após algumas apresentações desse emparelhamento, o rato passa a associar o som ao choque elétrico e,
consequentemente, a pressão da alavanca diminui, mesmo que a comida ainda seja fornecida. A
supressão condicionada ocorre porque o rato agora associa o som (estímulo condicionado) com o evento
aversivo (choque elétrico), o que torna a pressão da alavanca menos provável.

Assim, a supressão condicionada demonstra como os eventos aversivos podem influenciar o


comportamento, mesmo quando não estão diretamente presentes, mas são associados a sinais ou
estímulos condicionados.

OBS: Grande parte do que fazemos não é para obter reforços positivos, mas sim para evitar
consequências aversivas.

· Ansiedade

A Ansiedade é um episódio emocional, então existe uma interação entre operante e respondente.
A supressão condicionada é definida como a redução na taxa de resposta operante diante de um
estímulo que foi previamente pareado com um evento aversivo inevitável e independente do
comportamento do sujeito.

Explicação do conceito sublinhado: Vamos analisar a definição fornecida:

1. *Redução na taxa de resposta operante*: Isso significa que a frequência de um comportamento


específico diminui. No contexto da supressão condicionada, esse comportamento é aquele que foi
previamente reforçado.

2. *Estímulo previamente pareado com um evento aversivo*: Isso se refere a um estímulo condicionado
que foi associado a um evento aversivo através do condicionamento clássico. Ou seja, esse estímulo se
tornou um sinal de que algo ruim está prestes a acontecer.

3. *Evento aversivo inevitável e independente do comportamento do sujeito*: Isso indica que o evento
aversivo ocorre independentemente das ações do sujeito. Não importa o que o sujeito faça, o evento
aversivo ocorrerá de qualquer maneira.

Portanto, em resumo, a definição está descrevendo como a supressão condicionada ocorre quando um
comportamento previamente reforçado é reduzido devido à associação de um estímulo com um evento
aversivo que acontece independentemente das ações do sujeito.

AINDA SOBRE ANSIEDADE:

· Respostas respondentes de taquicardia, sudorese, alteração da pressão sanguínea - Eliciadas por


estímulos condicionais;

("Estímulos condicionais" são estímulos que adquirem a capacidade de evocar uma resposta específica
de um organismo como resultado do condicionamento clássico. No condicionamento clássico, um
estímulo neutro (que inicialmente não evoca uma resposta particular) é emparelhado repetidamente
com um estímulo incondicionado (que naturalmente evoca uma resposta). Com o tempo, o estímulo
neutro se torna um "estímulo condicionado", capaz de evocar a mesma resposta que o estímulo
incondicionado.

Por exemplo, se um cão aprende a associar o som de um sino com a chegada da comida, eventualmente
o sino se tornará um estímulo condicionado que fará o cão salivar, mesmo na ausência da comida,
apenas ao ouvir o sino.

Os estímulos condicionados desempenham um papel importante em muitos aspectos do


comportamento humano e animal, e a compreensão de como eles funcionam ajuda os psicólogos a
entenderem como aprendemos e respondemos ao nosso ambiente.)

· Operantes de fuga e esquiva de estímulos aversivos condicionados e incondicionados;

· Alteração do valor reforçador (OM) de outras respostas operantes;


DESSENSIBILIZAÇÃO SISTEMÁTICA

· Técnica utilizada com base da generalização respondente

· Procedimento de extinção dividido em pequenos passos

SUPRESSÃO CONDICIONADA

· O sujeito para de responder assim que o som começa (se pressionasse teria alimento)

· Agacha tensamente, tremendo, defecando, urinando, como o pelo eriçado (os mesmos sinais de
uma ansiedade paralisante) - supressão condicionada.

· Após o choque, o sujeito volta a trabalhar até o próximo sinal.

· Fora do lab:

· O chefe ordena para em 5 minutos comparecer em sua sala para explicar por que as vendas
caíram. Paramos o trabalho produtivo, sentimos enjôo de estomago.

· Descobrir que temos uma doença fatal, ou que alguém em breve vai morrer;

· Agachar no abrigo frente a tempestade;

· Monte Santa Helena entrou em erupção e as pessoas ficaram em casa;

EXEMPLO

Uma pessoa perdeu um jogo em função de um erro do juiz. Ela dirá que "está com raiva" e quer ficar
sozinha para não machucar ninguém.

Do ponto de vista do analista do comportamento, isso significa que:

- Respostas que produzem dano ao outro, como xingar, reclamar, gritar e socar terão sua probabilidade
aumentada;

- Respostas reflexas, como aumento dos batimentos cardíacos, enrubescimento, o ofegar serão eliciadas
pela condição da penda do jogo;

- A efetividade reforçadora de outros estímulos, como a presença da família, poderá diminuir, e a pessoa
poderá relatar que "precisa ficar sozinha"

AULA 03
· Operações motivadoras e suas funções

· Tipos de operações motivadoras


Relembrando

Estímulos que ocorrem antes da resposta - Antecedentes

Estímulos que ocorrem após a resposta - Consequentes

Papéis dos estímulos

Os estímulos mudam o repertório do indivído, tornando-o diferente.

Os estímulos evocam respostas que os indivíduos já aprenderam em sua história.

As operações motivadoras poderão exercer esses dois papéis, a depender da ocasião.

CONTEXTO HISTÓRICO

"O que faz com que alguém se comporte de uma determinada maneira?"

A explicação sobre o porquê das pessoas se comportarem de determinadas maneiras encontra-se nas
histórias de interação daquele indivíduo com seu ambiente.

· DEFINIÇÕES DE OPERAÇÕES MOTIVADORAS

Todo e qualquer evento ambiental que afeta o operante aumentando ou diminuindo a efetividade do
estímulo (reforçador ou punidor) e, modificando a frequência da classe de respostas que produzem
essas consequências.

· OM - OPERAÇÕES MOTIVADORAS

Um reforçador nem sempre é um reforçador

A efetividade muda de indivíduo para indivíduo e ao longo da vida de um indivíduo.

- Assistir jogos do corinthians pode ser reforçador para uma pessoa, mas pode não ser para outra.

· OE - OPERAÇÕES ESTABELECEDORAS

Eventos ambientais que AUMENTAM a efetividade reforçadora ou punidora da consequência.

· AO - OPERAÇÕES ABOLIDORAS

Eventos ambientais que DIMINUEM a efetividade reforçadora ou punidora da consequência.

DEFINIÇÕES DE OPERAÇÕES MOTIVADORAS

· INCONDICIONADAS: atribuído à natureza de alguns eventos, como apetitivos ou aversivos, para


os quais os organismos já nascem sensíveis (privação de água)

· CONDICIONADAS: eventos que nos tornamos sensíveis na nossa história ontogenética (dinheiro)
· ESTABELECEDORAS: aumenta o valor reforçados do estímulo (aumenta a frequência da classe
operante relacionada a esse estímulo) ou aumenta o valor punidor do estímulo (Diminui a
frequência da classe operante relacionada a esse estímulo)

· ABOLIDORAS: diminui o valor reforçador do estímulo (diminui a frequência da classe operante


relacionada a esse estímulo) ou diminui o valor punidor do estímulo (aumenta a frequência da
classe operante relacionada a esse estímulo)

· EXEMPLO DE OPERAÇÃO MOTIVADORA

Exemplo: andando no shopping, uma moça avista uma vitrine com várias roupas interessantes, mas com
valores bastante altos. A partir desse episódio, essa moça começou a trabalhar mais, fazendo horas
extras e acumulando outras atividades. Dessa maneira, ela acumulou dinheiro suficiente para adquirir
as roupas da vitrine. Neste exemplo, se analisarmos as respostas da moça de trabalhar mais, podemos
inferir que o dinheiro conseguido como consequência dessa resposta é Reforçador (para a resposta de
trabalhar). No entanto, o valor reforçador do dinheiro, nessa, situação, foi estabelecido pelo episódio
de ela ter avistado objetos que, para serem adquiridos, precisariam de dinheiro. Nessa relação,
chamamos de operação motivadora condicional essa condição de avistar tal vitrine.

Qual a importância da privação nas terapias ABA?

Nas terapias são praticadas, muitas vezes, habilidades que exigem um alto custo de resposta dos
pacientes. Desta forma, é importante que os estímulos selecionados como reforçadores estejam com
alto valor. Ou seja, a restrição de acesso da criança ao item permite que ela esteja mais motivada
(“disposta”) a realizar e permanecer nas demandas que exigem mais dela. Por outro lado, quando a
criança tem acesso livre a tais itens, permitimos que ela fique saciada, ou seja, menos motivada para se
comportar de modo a ter acesso aos itens, apresentando um desempenho pouco efetivo

Como exemplos de operações estabelecedoras,podemos analisar a resposta de uma, criança de pedir


colo para sua mãe. Em uma situação em que a mãe fica longe da criança durante muitas horas, devido
ao seu trabalho,esse tempo tem o efeito de aumentar o valor reforçador da presença da mãe e
aumentará a frequência de toda uma classe de respostas que produz a aproximação com a mãe, como o
pedir colo.

O cliente chega com uma queixa de “transtorno do pânico”, diagnóstico que recebeu do psiquiatra. Ele
relata ao clínico que os “ataques de pânico” ocorrem a qualquer momento, em qualquer lugar. Por esse
motivo, deixou de frequentar muitos lugares,permanecendo boa parte do seu dia em casa, lugar onde se
diz seguro. Ao identificar tal relação, o clínico pode optar por algumas estratégias que visem
altera-la.Uma delas poderia ser levar o cliente a identificar outras situações nas quais ele sinta os
mesmos eventos privados, com o objetivo de diminuir o valor desses eventos. Caso o cliente consiga
concluir que esses mesmos eventos privados (taquicardia, sudorese) Ocorrem em muitas outras
situações,de sua vida que não são necessariamente,“perigosos” e que se tratam apenas de sensações
corporais que foram emparelhadas,com um episódio aversivo, é possível que ele consiga não mais emitir
respostas de fuga e/ou esquiva dessas situações.
Nesse caso, o clínico optou por tentar alterar, a função da operação estabelecedora, no caso
mencionado, os eventos privados,fazendo assim com que o valor aversivo de ficar na situação diminua e
possibilite, ao cliente enfrentá-la.

AULA 5
· Liberdade e as alternativos ao uso da coerção

A explicação sobre o porquê das pessoas se comportarem de determinadas maneiras encontra-se nas
histórias de interação daquele indivíduo com seu ambiente

ANTECEDENTE: Situações onde existe a necessidade de escolher ou fazer algo, ou até mesmo mudar
uma situação.

RESPOSTA: Decidir (é fazer algo e produz consequência)

CONSEQUÊNCIA: Resolução da situação.

· O COMPORTAMENTO HUMANO É LIVRE?

Pressupor a determinação do comportamento é benéfico para uma ciência do comportamento que


busca investigar quais variáveis que o determinam, assim podendo intervir sobre as relações.

Ao olharmos para o comportamento como um fenômeno determinado por sua relação com o ambiente,
estamos mais perto de encontrarmos meios de mudá-los.

- Se decidir é comportar-se, porém, o fato de que decidimos também deve ser casualmente explicado.

- Ninguém nasce sabendo como decidir, e presumivelmente algumas pessoas decidem melhor, ou com
mais frequência, do que outras. Isso quer dizer que o comportamento de decidir também deve ser
aprendido, no sentido de ser selecionado por suas consequências.

DECIDIR-SE, OU TOMAR DECISÕES, TAMB[EM É UM COMPORTAMENTO, QUE PODE SER CASUALMENTE


EXPLICADO.

- Pressupor que o comportamento humano é ordenado (determinado) IMPULSIONA a pesquisa e


ENCORAJA a busca da causa.

- Identificar variáveis relevante para previsão e influência do comportamento.

- Intervir na relação entre organismo e ambiente para verificar efeitos no repertório comportamental
(sentir, pensar, agir)

SIGNIFICADOS DE LIBERDADE

SENTIMENTO - Autonhecimento/Autocontrole - Diminuição ou eliminação de coerção.


LIBERDADE COMO SENTIMENTO: O reforçamento positivo favorece o relato de certos sentimentos:
amor, felicidade. O sentimento de liberdade também pode ser relatado nesse contexto. Quando nosso
comportamento é positivamente reforçado, sentimos que fazemos o que queremos, gostamos ou
escolhemos. Não coerção, obrigatoriedade.

· Quando nosso comportamento é positivamente reforçado, sentimos que fazemos o que


queremos, gostamos ou escolhemos. Não há sentimento de coerção ou obrigatoriedade - há
sentimento que denominamos como liberadade

FAVORECER RELAÇÕES COMPORTAMENTAIS DE REFORÇAMENTO POSITIVO: Reforçadores naturais -


Nomeação do que é liberdade - É compátivel com o determinismo da filosofia Behaviorista Radical.

· LIBERDADE COMO DIMINUIÇÃO OU ELIMINAÇÃO DA COERÇÃO

Quando pessoas são proibidas de emitir certos comportamentos ou obrigadas (e até coagidas) a emitir
outros, surge a possibilidade de que se revoltem contra esse tipo coercitivo de controle

- Pessoas tendem a identificar a ausência de coerção com LIBERDADE ABSOLUTA, ignorando o tipo mais
poderoso de controle - Aquele pelo reforçamento positivo.

- Uma educação para a liberdade estímula a formação de cidadãos críticos, bem informados, e pode
cumprir um papel importante para o futuro de nossas culturas"

LIBERDADE COMO DIMINUIÇÃO OU ELIMINAÇÃO DA COERÇÃO: Quando pessoas são proibidas de


emitir certos comportamentos ou obrigadas a emitir outros, surge a possibilidade de que se revoltem
contra esse tipo coercitivo de controle. Ausência de coerção interpretada como liberdade. Controle por
reforçamento positivo

LIBERDADE COMO AUTOCONTROLE: Ensinar o próprio cliente a analisar seu próprio comportamento e
as variáveis que o controlam. Também está sujeito à determinação ambiental. As pessoas são mais
autônomas, independentes e livres.

- Pessoas que exercem um alto grau de autocontrole são mais autônomas, independentes e livres do que
as que não o fazem. O clínico análitico comportamental busca ensinar a promover a liberdade.

O AMBIENTE DETERMINA O INDIVIDUO MESMO QUANDO ELE ALTERA O AMBIENTE

· Ensinar os clientes a analisar seu próprio comportamento e as variáveis que o controlam

· Oportunidade de identificar e controlar algumas das variáveis que controlam seu próprio
comportamento.

· Pessoas que exercem alto grau de autocontrole são mais autônomas, independentes e livres do
que as que não fazem

Você também pode gostar