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O behaviorismo radical de Skinner

Apesar da estreita relação, Análise do Comportamento e Behaviorismo são


coisas diferentes. Análise do Comportamento é uma abordagem psicológica;
Behaviorismo é um tipo de filosofia da ciência do comportamento. O
Behaviorismo Radical simplesmente fornece o embasamento filosófico da
Análise do Comportamento que essa sim é uma abordagem como psicanalise
ou psicologia cognitiva.

O behaviorismo radical, todavia, adota uma linha diferente. Nao nega a


possibilidade da auto-observacao ou do autoconhecimento ou sua possivel
utilidade, mas questiona a natureza daquilo que e sentido ou observado e,
portanto, conhecido.

Percebemos explicitamente neste trecho que Skinner (ou seu Behaviorismo


Radical) não nega a existência de sentimentos, sensações e idéias. O que o
Behaviorismo Radical questiona é apenas o papel de tais eventos na
determinação da conduta humana.

o Behaviorismo Radical tem esse adjetivo por negar radicalmente a


causalidade especulativa de eventos mentais não-físicos. Nao nega os
eventos mentais, nega apenas que eles existam a parte do
comportamento e que sejam sua causa observavel publicamente.

Reflexo inato
Quando o médico bate o martelo no joelho de um paciente, o músculo de sua
coxa contrai-se (você “dá um chute no ar"); quando a luz incide sobre sua
pupila, ela se contrai; quando você ouve um barulho alto e repentino, seu
coração dispara (taquicardia); quando você entra em uma sala muito quente,
você começa a suar. Esses são apenas alguns exemplos de comportamentos
reflexos inatos. Note que há algo em comum em todos eles: há sempre uma
alteracao no ambiente que produz uma alteracao no organismo (no corpo do
indivíduo).

Os reflexos inatos são muito importantes para nossa sobrevivência. Por


exemplo nós não precisamos ensinar um bebe a mamar. É inato dele sugar o
peito da mãe.

Reflexo estimulo resposta


Reflexos são relações entre estímulos e respostas. Respostas sao
mudancas em nosso organismo produzidas por mudancas no ambiente. A
reiacao entre estimulo e resposta e chamada reflexo.

Dito em termos técnicos, o reflexo e uma relacao entre um estimulo e uma


resposta na qual o estimulo elida a resposta
Intensidade do estimulo e magnitude da resposta
Tanto intensidade como magnitude referem-se ao "quanto de estímulo"
(intensidade) e ao "quanto de resposta",(magnitude) exemplo martelada no
joelho intensidade do estimulo é a força da batida e a magnitude da resposta é
o quanto a perna subiu.

Ou a intensidade de calor sobre uma pessoa em graus celcius. E a magnitude


é a quantidade em mililitros de suor.

Leis (ou propriedades) do reflexo


Lei da intensidade-magnitude - Quanto mais intenso um estímulo, mais intensa
será a resposta eliciada por ele. Quanto maior e a intensidade do estimulo
(calor), maior e a magnitude da resposta (suor).

Lei do limiar
Esta lei estabelece que, para todo reflexo, existe uma intensidade mínima do
estímulo necessária para que a resposta seja eliciada. No choque elétrico por
exemplo Essa faixa de valores, no exemplo, que varia de 5 a 10 volts, é
chamada limiar

Lei da latencia
Latencia é o nome dado a um intervalo entre dois eventos. No caso dos
reflexos, latência é o tempo decorrido entre apresentação do estímulo e a
ocorrência da resposta.

Lei da latência. Quanto mais fraco e o estimulo (menor intensidade), mais


tempo se passara entre a apresentacao do estimulo e a ocorrencia da
resposta, ou seja, maior sera a latencia da resposta.

Efeitos de eliciacoes sucessivas da resposta: habituacao e potenciação


Habituação do reflexo. Quando somos expostos a um determinado estimulo
por um tempo prolongado, a magnitude da resposta tende a diminuir. Na figura
(a), a cada cebola cortada (uma apos a outra), diminui a quantidade de
lacrimejacao. Quando estamos em um local barulhento, (figura b) apos alguns
minutos, temos a impressao de que o barulho diminuiu.

Para alguns reflexos, o efeito de eliciações sucessivas é exatamente oposto da


habituação. À medida que novas eliciações ocorrem, a magnitude da resposta
aumenta por exemplo Voce esta assistindo a uma aula chata e o professor
fala "OK?" o tempo todo. Pouco a pouco os "OKs?" vao ficando mais e
mais irritantes. Isso e um exemplo de potenciação (ou sensibilizacao) do
reflexo.

Os reflexos e o estudo de emoções


Os organismos, de acordo com suas espécies, nascem de alguma forma
preparada para interagir com seu ambiente. Assim como nascemos preparados
para contrair um músculo quando uma superfície pontiaguda é pressionada
contra nosso braço, nascemos também preparados para ter algumas
respostas emocionais quando determinados estímulos surgem em nosso
ambiente. Inicialmente, é necessário saber que emoções não surgem do nada.
As emoções surgem em função de determinadas situações, de determinados
contextos. Não sentimos medo, alegria ou raiva sem motivo; sentimos essas
emoções quando algo acontece.

Outro ponto importante a ser considerado é que boa parte (não tudo) daquilo
que entendemos como emoções diz respeito à fisiologia do organismo.

Condicionamento pavloviano – aprendizagem de novos reflexos

O experimento clássico de Pavlov sobre a aprendizagem de novos reflexos foi


feito utilizando-se um cão como sujeito experimental (sua cobaia), carne e o
som de uma sineta como estímulos, e a resposta observada foi a de salivação
Procedimento para produzir Condicionamento Pavloviano. Para que haja a
aprendizagem de um novo reflexo, ou seja, para que haja condicionamento
pavloviano, um estimulo que não elicia uma determinada resposta (neutro)
deve ser emparelhado a um estimulo que a elicia.

Vocabulário do condicionamento pavloviano

- Estimulo neutro – “sineta” que não elicia


- Estimulo incondicionado – carne que naturalmente faz salivar
- Emparelhamento – emparelhamento do estimulo neutro e do incondicionado.
Após isso temos o sino como um estimulo condicionado

Relação da carne com a resposta incondicionada = reflexo incondicionado

Relação do estimulo condicionado e da resposta condicionada = reflexo


condicionado

Quando falamos sobre comportamentos reflexos (ou comportamentos


respondentes, outro nome dado aos reflexos na psicologia), estamos sempre
nos remetendo a uma relação entre um estímulo e uma resposta.

Condicionamento pavloviano e o estudo de emoções


Se os organismos podem aprender novos reflexos, podem tambem aprender a
sentir emocoes (respostas emocionais) que nao estao presentes em seu
repertorio comportamental quando nascem.

Experiencia do bebe com um rato e o barulho na barra de ferro O bebe reage


com medo do barulho do barulho da barra de ferro. Mas tem comportamento
neutro com um rato. Depois de emparelhar o barulho ao rato. O bebe passa a
ter medo do rato.

Generalizacao respondente

Após um condicionamento, estimulos que se assemelham fisicamente ao


estimulo condicionado podem passar a eliciar a resposta condicionada em
questao. Esse fenômeno é chamado generalização respondente.
Quem foi condicionado a ter medo de gavião provavelmente terá medo de
corujos pardais e outros pássaros.

A variação na magnitude da resposta em função das semelhanças físicas entre


os estímulos é denominada gradiente de generalizacao.

Respostas emocionais condicionadas comuns


São respostas que encontramos em vários indivíduos como por exemplo medo
de altura ou medo de falar em público. Mesmo tendo muitos casos desse tipo
ainda assim a origem deles vem de algum condicionamento e não são inatos
no homem. O emparelhamento da altura com a dor queda da cadeira por
exemplo. Ou a vergonha de ter falado em público e ter sido motivo de chacota.

Extincao respondente e recuperacao espontânea

Essa resposta reflexa condicionada (salivar na presença do som) pode


desaparecer se o estimulo condicionado (som) for apresentado repetidas vezes
sem a presenca do estimulo incondicionado (alimento);

Para que um reflexo condicionado perca sua força, o estímulo condicionado


deve ser apresentado sem novos emparelhamentos com o estímulo
incondicionado. Por exemplo, se um indivíduo passou a ter medo de andar de
carro após um acidente automobilístico, esse medo só irá deixar de ocorrer
se a pessoa se expuser ao estímulo condicionado (carro) sem a presença
dos estímulos incondicionados que estavam presentes no momento do
acidente.

Mas mesmo após a extinção da resposta de medo É possível que ocorra o


fenômeno conhecido como recuperação espontanea, ou seja, o reflexo altura
-*• medo ganha força outra vez, após ter sido extinto. Sua força será menor
nesse momento, ou seja, o medo que a pessoa sente é menor que o medo que
sentiu antes da extinção. Porém, sendo exposta novamente ao CS sem novos
emparelhamentos com o US, o medo tornará a desaparecer, e as chances de
uma nova recuperação espontânea ocorrer diminuem.

Contracondicionamento e dessensibilizacao sistemática

O contracondicionamento, como sugere o próprio nome, consiste em


condicionar uma resposta contrária àquela produzida pelo estímulo
condicionado. Por exemplo, se um determinado CS elicia uma resposta de
ansiedade, o contracondicionamento consistiria em emparelhar esse CS a um
outro estímulo que elicie relaxamento (uma música ou uma massagem, por
exemplo).

Dessensibilização sistemática. A dessensibilizacao sistematica e uma


tecnica: expoe-se o individuo gradativamente
a estimulos que eliciam respostas de menor magnitude ate o estimulo
condicionado original.
Condicionamento pavloviano de ordem superior

No exemplo do cachorro o que aconteceria se emparelhássemos o som da


sineta (CS) ao quadro negro (NS)? Provavelmente aconteceria o que
denominamos condicionamento de ordem superior. Chamamos esse novo
reflexo (quadro-negro -► salivação) de reflexo condicionado de segunda
ordem, e o quadro-negro de estímulo condicionado de segunda ordem. Se o
quadro-negro fosse emparelhado a um outro estímulo neutro e houvesse
condicionamento de um novo reflexo, chamaríamos o novo reflexo de reflexo
condicionado de terceira ordem, e assim por diante.

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