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Operações Motivadoras

Darwin – padrões vão sendo selecionados

Processos de variação e seleção.

O comportamento é produto de três histórias:

Filogênese (constituição fisiológica)

Ontogênese – experiencias pessoais, reforçamentos

Cultura – o ambiente cultural reforça determinados comportamentos.

OPERANTE  S  R  C

A consequência (selecionador) a probabilidade da nossa resposta.

O instanciador – a pessoa já sabe fazer – os estímulos antecedentes

S R C
Instanciador Selecionador
Reforço/punição
Sabe, mas não está fazendo Como faz Não sabe

Selecionador: haverão consequências pelo não saber. Ex. pessoa não sabe dirigir, o ambiente
exerce um papel selecionador.

EX. pessoa já sabe namorar, e está querendo alguém. Neste caso, o ambiente terá então um
papel instanciador. Para namorar alguém, terá que sair de casa. A consequência pode ser
reforçadora ou punitiva. Portanto, o psicólogo deve avaliar a consequência antes de priorizar o
estímulo. Ex. ir a uma micareta pode não trazer a consequência desejada: namorar.

Capítulo 3

Operações motivadoras

Tradicionamente, a experiência é uma experiencia interna, uma força de vontade, um querer,


uma crença. NÃO É ISSO PARA A ANÁLISE DO COMPORTAMENTO!

PARA A ANÁLISE DO COMPORTAMENTO, olha-se o antes e o depois da resposta. Aqui, a


motivação estará relacionada ao ambiente externo.

As operações motivadoras:

- ALTERA A EFETIVIDADE DOS ESTÍMULOS CONSEQUENTES

- MODIFICA A FREQUÊNCIA DA RESPOSTA QUE PRODUZ AS CONSEQUÊNCIAS

EX. A data da prova está chegando (S), começo a estudar muito (frequência do operante
“estudar” - R) para tirar uma boa nota (C ).

As operações motivadoras são duas:

- Estabelecedoras: tudo que aumenta a probabilidade de fazer algo é estabelecedora. Reforço


aumenta a resposta. Diminui a efetividade punidora. São eventos ambientais que tornam as
respostas de uma classe operante mais provável de serem emitidas por aumentar a
efetividade reforçadora ou diminuir a efetividade punidora da consequência. Ex. eu fui mal na
prova, e estudo muito a partir de então para não reprovar.

- Abolidora = Punição. Diminui a probabilidade de fazer algo. Diminui a resposta. São eventos
ambientais que tornam respostas dessa classe operante menos prováveis de ocorrerem, por
diminuírem a efetividade reforçadora ou aumentar a efetividade punidora da consequência.
(DIMINUEM).

Capítulo 4

Episódios emocionais como interações entre operantes e respondentes

Respondentes – estímulos que eliciam uma reposta (é automática a resposta mediante um


estímulo- 100% de ocorrência. É filogenético. A panela quente provoca a retirado do braço). As
emoções são assim. É reflexo. Ver um leão elicia o medo.

O comportamento operante. Algo ocorrerá no ambiente que aumentará a probabilidade de


uma resposta. O que importa é o depois. Os estímulos antecedentes evocam uma resposta. O
operante é afetado pelas consequências. Depende da consequência.

Ler o texto complementar.

Eventos privados. São comportamentos explicados por eventos dentro da pele da pessoa.
Algumas abordagens chamariam de mentais/psíquicas.

Para a análise do comportamento, a emoção não explica o comportamento público, ela é mais
um comportamento, por isso, não deve ser negligenciada.

A emoção (comportamento privado) é compreendida como um fenômeno complexo.

S R C
Pesssoa ANSIOSA (privado)
EVITAR FALAR EM PÚBLICO
(público)
Casal Brigar (público)
Quando estão com Raiva
(privado)
Perdeu o jogo Raiva, briga com outros, Não querer ficar perto das
enrubescer (respondentes e pessoas. Abolidora no
operantes) contato com a família. A
família seria o reforçador.
É estabelecedora para
chutar, bater (aumenta
frequência do
comportamento).

Emoção não se refere a um estado do organismo, mas sim uma ALTERAÇÃO NA


PREDISPOSIÇÃO PARA A AÇÃO.

No exemplo acima, a raiva é respondente e brigar é operante, pois envolve uma ação.

Para o comportamento respondente, EMOÇÃO é sempre reflexo, automático. Você vê um leão


e sente medo. É involuntário.
No operante, o que conta é a consequência, o que vem depois da resposta. É evocador das
respostas. Não será involuntário, será voluntário. Por ex. brigar na rua e ser preso. Diminui a
probabilidade de brigar novamente. O operante é afetado pelas consequências, portanto.

Portanto:

O operante, o que importa é a relação entre resposta e consequência.

No respondente, importa a relação entre estímulo e resposta.

A separação das emoções em operantes e respondentes é apenas para fins didáticos, pois, na
prática, tudo acontece ao mesmo tempo.

O estímulo antecedente terá tríplice função:

1 – Ser ocasião para fazer certas coisas – OPERANTE

2- Eliciar respostas respondentes – ao mesmo vou sentir e fazer coisas operantes

3 – Discriminativa – vai evocar respostas que foram reforçadas na sua presença. Ex. estímulo
antecedente é o professor na sala de aula está falando. Os alunos estão emitindo respostas
respondentes e operantes ao mesmo tempo. Os alunos tendem a emitir respostas que são
reforçadas nesse ambiente: copiar, prestar atenção, ficar em silêncio...são reforçadas porque
são valorizadas por todos. Ou seja, se alguém começa a falar mais alto, é chamado atenção.
Neste período, em que nos comportamos de maneira operante, também estão acontecendo
estímulos respondentes: muitos estão confortáveis, interessados, entediados, com raiva, etc. É
ao mesmo tempo. Ou seja, um mesmo estímulo antecedente vai eliciar emoções e evocar
respostas.

Os episódios emocionais são, muitas vezes, condições corporais iguais, fisiológicas, que estão
presentes em diferentes emoções, e isso torna insuficiente para explicar uma emoção.

Ex. Estresse. É uma reação fisiológica. Ativa o sistema nervoso simpático: coração acelerado,
extremidades suando, boca seca, frio na barriga. Vamos dar nome a essa emoção dependendo
do evento ambiental que a acompanha. Porém, a reação do corpo é a mesma. Dependendo do
contexto, pode ser chamado de ansiedade, ou angústia, ou expectativa. Porém, a reação
corporal é a mesma, o que as diferencia é o evento ambiental. Por isso não pode se apegar a
evento privado. Beijar na boca é operante, o prazer é respondente. O estímulo seria estar
apaixonado. A consequência é estar com alguém. Portanto, não se pode focar apenas na
emoção para explicar o comportamento de alguém.

Portanto, para análise do comportamento, a emoção não se refere a um estado do organismo,


mas sim uma ALTERAÇÃO NA PREDISPOSIÇÃO PRA AÇÃO, mas não é algo que vai causar o
comportamento dela. Eu fico mais predisposto a conhecer alguém no intuito de sentir o prazer
de estar apaixonado.

LIBERDADE

Para Skinner, o conceito de liberdade não tem esse sentido de se livrar das amarras.

Dentro de um contexto de relações positivas, não há esse desejo de se livrar. Vamos supor
uma sociedade utópica, onde houvesse prevalência de reforços positivos. Neste caso, as
pessoas não teriam essa noção de liberdade. Elas iriam se sentir bem.
No entanto, vivemos numa sociedade extremamente coercitiva. Então, essa vontade de se
libertar das amarras decorre de um ambiente de contingências punitivas.

O ambiente terapêutico deve ter um contexto positivo. Evita-se usar a punição. Isso não
contradiz o determinismo. Conseguindo identificar o que pune o cliente, o que é aversivo pra
ele, isso é controle. E isso é determinismo, pois se identifica o que influencia que aquela
pessoa faz. NÃO HÁ, PORTANTO, NENHUMA CONTRADIÇÃO DO DETERMINISMO ENQUANTO
PRESSUPOSTO POR PARTE DO CLÍNICO.

CONTRACONTROLE – AMBIENTE COERCITIVO NO CASAMENTO, O PARCEIRO PASSA A MENTIR.

O TRABALHO DO CLÍNICO é identificar o controle que determina o comportamento da pessoa.


O papel dele é educar as pessoas para a liberdade, ao ponto que o próprio cliente idêntica o
controle que faz com que ele tenha determinado comportamento. Ele tome as rédeas de sua
vida, seja autônomo e independente, não dependendo mais do psicólogo. Lembrando que
liberdade é identificar o controle.

Análise Funcional

É a ferramenta do analista do comportamento.

Não é restrita ao contexto da clínica.

Generalização – levar para fora da psicoterapia

Manutenção - Mudança deve perdurar ao longo da história também.

Pode-se fazer a análise funcional de um indivíduo, de um grupo, de uma cultura, uma


instituição, desde que selecione um PADRÃO DE COMPORTAMENTO.

Não é restrita ao contexto da clínica.

Queixa – problema de comportamento - é um déficit comportamental ou um excesso


comportamental, em relação a um contexto.

Ex. pessoa que interage pouco – déficit de comportamento.

Pessoa muito inconveniente, que interrompe, fala alto – excesso de comportamento.

Isso é olhado do ponto de vista da cultura, do contexto do cliente.

Na prática clínica, a análise funcional permite a elaboração de hipóteses a respeito da


aquisição e manutenção de repertórios comportamentais, possibilita a programação de
intervenções visando ao desenvolvimento de novos repertórios e é fundamental para o
planejamento da manutenção e generalização para o ambiente natural das mudanças
alcançadas. Verifica-se assim que a análise funcional tem papel importante durante todo o
processo terapêutico.

Objetivo – identificar o comportamento a ser analisado

Eficácia – conseguir superar as dificuldades.

Efetividade – generalizar em contextos semelhantes

2 tipos de análise funcional:

1 – Molar=macroanálise=história de vida da pessoa é analisada para avaliar o comportamento.


Ex. pessoa se sente muito deprimido há meses. É um déficit. Depressão não se sente bem,
satisfeita.

Numa análise funcional molar, ia investigar quando iniciou, se já aconteceu em outro


momento. História de vida + desenvolvimento desses padrões.

2 – Molecular=focado nas contingências atuais. Em quais contextos, com que pessoas, ela se
sente assim, o que acontece depois que ela se sente assim. Aqui entra a tríplice contingência:
estímulo, resposta e consequência.

ETAPAS DA ANÁLISE FUNCIONAL

1ª – escolha do comportamento – SELEÇÃO de alguns padrões. Respostas relevantes. Nem


tudo é objeto de análise. Entra tanto evento privado quanto público.

O que traz sofrimento? A pessoa deve verbalizar o que está mais difícil, NÃO SÓ PARA A
PRÓPRIA PESSOA, mas também quem convive com ela – isso é um critério de seleção.

Evitar respostas negativas. Ex. queixa de que o filho é desobediente. Indagar do cliente o que
ele faz, para chegar a respostas como: mando tomar banho e fica vendo tv

Evitar respostas que não estão sob controle operante. A pessoa traz coisas que vc não tem
como mudar, num primeiro momento. Ex. cliente sofreu um acidente de carro. Deve
identificar o efeito.

Ex. traz apenas um sentimento sozinho. Tem que levantar outros comportamentos
relevantes ao caso. Caso diga que está deprimida, o clínico deve procurar respostas, como
dormir muito, não se alimentar, não sair de casa, etc.

Identificar antecedente é identificar EM QUE OCASIÃO a pessoa se comporta de


determinada maneira.

Ex. DEPRESSÃO

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