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O Reforço:
O comportamento produz consequências e é controlado por elas (em termos de
probabilidade de ocorrência) – Esta relação tem o nome de relação reforçadora. A
consequência neste caso é considerada um reforço. O organismo emite resposta, está
produz alterações no ambiente. É reforço. Ou seja, "se" resposta, "então"
consequência. Esta relação de dependência se-então, tem o nome de contingência
de reforço. Se a criança faz birra, então o pai dá um brinquedo. É uma contingência
de reforço. Se você atende o telefone, então você conversa com quem te ligou. É uma
contingência de reforço. O que define um estímulo como reforçador? Pois é bem
possível que brinquedo não seja reforçador para todas as pessoas, bem como
conversar ao telefone ou quaisquer outros exemplos de consequência citados
anteriormente ou que possamos imaginar. Assim, como na maioria dos conceitos de
análise do comportamento, as coisas se definem através da relação que mantém com
o organismo ou o ambiente. Um estímulo é reforçador pelo seu efeito sobre o
comportamento. Sua relação com o comportamento. Não é definido por suas
características físicas, julgamentos, aceitabilidade social, etc. Provavelmente um
brinquedo poderá ser reforçador para o comportamento de uma criança, mas não de
um adulto. Já um ingresso para um show de rock poderá ser reforçador para alguns
adultos mas para outros não. Isto depende da história de vida ou de aprendizagem
destas pessoas.
Reforçadores Naturais versos Reforçadores Arbitrários
Quando se fala em reforçamento é importante diferenciar reforço natural de reforço
arbitrário. Em geral quando se fazem críticas à análise do comportamento por ser
favorável ao uso do reforço, em geral tais críticas estão focadas no uso do
reforçamento arbitrário que realmente pode produzir alguns problemas. No
reforçamento natural em geral as consequências são produzidas “naturalmente”, ou
seja, são as que normalmente se seguem ao comportamento.
Ex:
Estudar - aprender
Tocar música - ouvir música
Saber matemática - resolver problemas com números
Já no reforçamento arbitrário produto indiretos são usados como consequência:
ex:
Tocar instrumento – receber dinheiro
Estudar - tirar nota na prova
Saber matemática - ganhar presente dos pais
Assim, nem sempre reforçar quer dizer, comprar, chantagear, recompensar ou trocar.
O problema aqui são as consequências a longo prazo, dispersas, etc. Como que uma
criança vai se "conscientizar" que deve estudar para que quando adulto possa
trabalhar e sobreviver? Assim, reforçadores arbitrários podem ser utilizados
inicialmente pois aumentam a chance de que a pessoa entre em contato com
reforçadores naturais no futuro. Uma criança que é reforçada com boas notas, com
presentes e atenção quando estuda, tem maiores chances de que no futuro possa
estar sensível ao aprendizado por si só. Outros efeitos do reforço: Diminuição da
freqüência de outros comportamentos. Um outro efeito conhecido do reforço é a
diminuição da frequência de outros comportamentos e a diminuição da variabilidade
na topografia (forma) da resposta reforçada, pois o responder ocorre com maior
precisão. Imagine um jogador de futebol treinando cobrança de faltas. Conforme suas
respostas são reforçadas (bola indo em direção ao gol) cada vez mais ele vai executar
o chute de maneira mais similar e não vai tentar inovações para cobrar a falta.
Extinção Operante:
Quando ocorre a suspensão do reforço ocorre a diminuição da frequência de
ocorrência do comportamento, ou seja, os efeitos do reforço são temporários. Se a
consequência deixa de ocorrer a resposta que anteriormente produzia a consequência
também deixa de ocorrer com o tempo. Para estudar isso a análise do comportamento
faz uma prova usando a metodologia A – B – A (nível operante, reforço, extinção) .
Inicialmente observa o comportamento não condicionado, passa a reforçar este
comportamento e depois deixa de reforça-lo. O processo não ocorre imediatamente,
existe a resistência à extinção: o número de respostas ou tempo até que o organismo
pare de responder. Fatores de influência da resistência à extinção: número de reforços
anteriores, o custo de resposta, esquemas de reforçamento. Aqui está outra questão
que diz respeito a explicação mentalista do senso comum, ao invés de rotular (como
explicação) a pessoa como perseverante, insistente, empenhado, teimoso ou mesmo
fraco, desistente etc, nós observamos a relação entre resposta e consequência na
história de reforçamento. Assim uma pessoa rotulada de insistente, provavelmente
passou por uma história de reforço diferente de outra considerada facilmente
desistente.
Outros efeitos da extinção:
Efeito principal: retorno da freqüência de resposta aos níveis prévios (nível operante)
Aumento da frequência da resposta no início do processo de extinção. Aumento da
variabilidade da topografia (forma) da resposta. Eliciação de respostas emocionais
durante o processo (raiva, ansiedade, irritação, frustração etc.)
Modelagem: aquisição de comportamento
Sabemos que os comportamentos existentes são selecionados (mantidos ou extintos)
pelas consequências. Mas como um novo comportamento passa a fazer parte do
repertório comportamental de um organismo? Como iniciar o processo de
aprendizagem? Novos comportamentos sempre surgem a partir de comportamentos
que já existem em nosso repertório comportamental. O processo de modelagem
ocorre por: reforçamento diferencial de aproximações sucessivas a um
comportamento alvo. Reforçar algumas respostas e outras não (baseado em critérios)
sendo a característica fundamental a imediaticidade do reforço. No laboratório temos
um exemplo muito claro do processo, na modelagem da resposta de pressão à barra.
Inicialmente o aluno reforça o comportamento de se aproximar à barra. Quando este
comportamento já está estabelecido, passa agora a reforçar apenas o olhar para a
barra. Depois o levantar em frente a barra e depois pressionar a barra. Quando se
passa de uma etapa para a outra para o rato é como se o comportamento anterior
estivesse em processo de extinção, então ele vai começar a responder com maior
frequência e variabilidade. É provável que neste processo ele, por acaso, responda
com a resposta requerida para o próximo passo que é reforçada e assim se inicia o
processo novamente.
Saiba mais em:
Bibliografia básica:
MOREIRA, M. B; MEDEIROS, C. A. Princípios básicos de análise do comportamento.
Porto Alegre: Artmed, 2007. Cap. 3
Formato do relatório
Folha A4
Letra Arial 14 nos títulos e 11 nos textos
Espaçamento duplo
Margens: superior, inferior e direita 2,5 cm. Esquerda 4 cm (para possibilitar
encadernamento)
Todas as páginas menos a capa devem ser numeradas
Subtítulos devem ser centralizados e em negrito
Estrutura:
Capa:
Instituição
Curso
Disciplina
Título do Relatório
Autores
Cidade e data
Resumo:
É feito por último, deve informar o leitor sobre todo o trabalho e deve ter entre 15 e 20
linhas. Utiliza uma página exclusiva para ele. Deve conter palavras chave.
Sumário:
É o índice do trabalho, em uma página exclusiva e deve conter os seguintes itens com
as suas respectivas páginas. Resumo, Sumário, Introdução, Método, Resultados,
Discussão, Anexos.
Introdução:
Descrita abaixo neste módulo
Método:
a. Sujeito
b. Ambiente, materiais e instrumentos
c. procedimento
Resultados:
Descritos no módulo 8
Discussão:
Descritos no módulo 8
Referências Bibliográficas:
Descritos no módulo 8
Anexos:
Descritos no módulo 8
Introdução:
3- Objetivos do trabalho: devem ser descritos os objetivos do relatório que tem relação
direta com o aprendizado do aluno com a replicação de experimentos consagrados e
a construção de habilidades e competências envolvidas na construção do
conhecimento e compreensão da ciência do comportamento
É fundamental que na introdução nada se escreva sobre como foi feito o experimento
e quais foram os resultados!
Também atenção deve ser dada para a redação do texto, na qual os parágrafos e as
idéias se conectam de forma lógica e cadenciada. As citações podem ser diretas ou
indiretas e devem seguir as normas da ABNT. Deve ser utilizado o sujeito
indeterminado. Nos textos científicos é utilizado sujeito indeterminado para que o texto
fique impessoal. Ex: Foi feito, diz-se que, Dá-se nome.. Nunca utilize a 1a pessoa (eu
fiz, nós fizemos).
Métodos
1- Sujeitos (termo para não humanos) ou participantes (para humanos): Quais são as
características dos sujeitos que são relevantes para o trabalho.
2- Ambiente, materiais e instrumentos: informa ao leitor quais foram os recursos
utilizados para se realizar a pesquisa. As descrições devem ser claras e precisas.
Devem ser feitas referência as folhas de registro que serão colocadas em anexo.
3- Procedimento: são descritos os exercícios realizados no laboratório. Deve se utilizar
o tempo verbal passado, pois com a conclusão do relatório tudo que foi descrito já
aconteceu. Deve se descrever os procedimentos na ordem que ocorreram e em
detalhes suficientes para que o leitor possa reproduzir todos os exercícios realizados.