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2º ano

DIÁLOGOS
SOCIOEMOCIONAIS
MAPA DE
ATIVIDADES
SUMÁRIO
16
1º CICLO
57
3º CICLO

39
2º CICLO
76
4º CICLO
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS
3
INTRODUÇÃO
Caro(a) professor(a),

DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
Os documentos normativos da legislação brasileira e os currículos locais têm trazido para o
centro do debate educacional o conceito de educação integral. Como fundamento pedagógico,
a educação integral contempla uma visão de integração: do currículo escolar (frente a ainda
tão presente fragmentação), do desenvolvimento humano (compreendendo o desenvolvimento
pleno dos estudantes em diversos âmbitos) e da escola na contemporaneidade.

Nesse cenário se localiza o Diálogos Socioemocionais, uma proposta que tem como objetivo
o desenvolvimento intencional das competências socioemocionais de cada estudante,
competências estas que são fundamentais para que eles possam viver, estudar, conviver e
trabalhar em um mundo cada vez mais complexo, incerto e em constantes e rápidas mudanças,
que são as marcas mais significativas e desafiadoras do século 21.

Este caderno então apresenta uma proposta de itinerário formativo para realizar o Diálogos
Socioemocionais com os(as) estudantes do 2º ano do Ensino Médio. Nele, você encontrará
estratégias e orientações que apoiarão o seu planejamento para o trabalho com componentes
curriculares voltados à reflexão e elaboração de projetos de vida pelos(as) estudantes. As

Este material está em processo de co-construção e validação


atividades propostas compreendem carga horária de aproximadamente 40 horas e podem ser
adaptadas pelo(a) professor(a), conforme seu conhecimento das turmas, sua disponibilidade de
tempo e/ou de recursos.

Portanto, é importante considerar a importância do planejamento no trabalho docente.


A ação de planejar é central, pois é a partir dela que se definem objetivos, expectativas de
aprendizagem e de desenvolvimento, escolhas metodológicas, modos de organização da
turma, processos avaliativos etc. Sem um bom planejamento, perde-se a intencionalidade e a
progressão do processo, bem como as oportunidades de promover a integração com as demais
práticas e propostas que acontecem na escola.
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

A seguir, apresentaremos os princípios e conceitos que são essenciais para o entendimento da


proposta e a realização de um bom trabalho.

Boa leitura!

PARA COMEÇO DE CONVERSA:


O PROJETO DE VIDA NA ESCOLA

4 Quando o currículo escolar abre espaço para que o Projeto de Vida dos(as) estudantes
seja um conteúdo a ser desenvolvido intencionalmente, a escola dá um passo em direção
aos anseios e desejos dos(as) jovens brasileiros(as) por uma educação que contemple
seus interesses e os(as) apoie na aprendizagem de ferramentas para a construção de seus
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

projetos de futuro.

Vale ressaltar que, Projeto de Vida não é sinônimo de projeto profissional. Realizar uma escolha
profissional é apenas uma dimensão de um Projeto de Vida. É preciso considerar a formação de
cada estudante em quatro dimensões indissociáveis: a pessoal, a cidadã e a profissional, incluída
nelas a dimensão do(a) jovem como estudante.

Na dimensão pessoal, os(as) jovens investigam sobre si mesmos(as), seus sonhos, seus interesses
e suas motivações no âmbito individual e na interação com os demais. Autoconhecer-se é uma
busca contínua pela compreensão de si mesmo(a). Envolve aprender a se aceitar, a se valorizar,
a desenvolver a capacidade de confiar em si, de se apoiar nas próprias forças e de crescer em
situações adversas sendo resiliente, estabelecendo objetivos de vida.

Em resumo, a dimensão pessoal envolve:

•• Conhecer-se, compreenden do suas emoções e como lidar com elas;


•• Reconhecer suas forças e apoiar-se nelas;

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•• Ver valor em si mesmo(a);
•• Olhar para o futuro sem medo;
•• Identificar seus interesses e suas necessidades;
•• Estabelecer objetivos e metas e persistir em alcançá-los;
•• Ser aberto(a) às novas culturas, pessoas e ideias;
•• Identificar caminhos e estratégias para superar as dificuldades e alicerçar a busca da
realização de seus sonhos;

•• Vivenciar, refletir e dialogar sobre as maneiras como se relaciona com o outro e com o bem
comum;

•• Estabelecer significado às experiências na escola e fora dela;


•• Conhecer-se como estudante, identificando por que, com quem e como estudar e aprender.

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


Na dimensão cidadã, a busca é por uma compreensão do bem comum, das questões envolvidas
na convivência e na atuação coletiva. Compreender-se como parte de um coletivo e como parte
interdependente de redes locais e virtuais traz à reflexão o status planetário no qual estamos
todos(as) inseridos(as). Perceber-se um(a) cidadão(ã), que integra a construção da vida familiar,
escolar, comunitária e social, é um objetivo essencial nessa dimensão.

Em resumo, a dimensão cidadã envolve:

•• Reconhecer suas forças e apoiar-se nelas; 5

•• Agir com empatia, sendo capaz de assumir a perspectiva dos outros, compreendendo
as necessidades e o os sentimentos alheios, construindo relacionamentos baseados no
compartilhamento e na abertura para o convívio;

DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
•• Refletir e dialogar sobre as maneiras como vivenciam o compromisso com o outro e com o
bem comum;

•• Vivenciar e atribuir significados às experiências cotidianas na escola, em especial àquelas que


dizem respeito ao convívio e à atuação em grupos de trabalho escolares, nos projetos e nas aulas.

A dimensão profissional, por fim, traz uma provocação para que os/as jovens dirijam o
olhar à sua inserção produtiva. O trabalho, elemento que promove a intersecção entre a vida
pessoal e a vida em sociedade, é objeto de profunda reflexão e compreensão, com vistas a um
posicionamento do estudante. O que está em foco é perceber interesses nesse campo, identificar
habilidades e conhecimentos que correspondem às aspirações profissionais, abrindo caminho ao
planejamento de metas e estratégias.

Em resumo, a dimensão profissional envolve:

•• A reflexão e o diálogo sobre seus interesses em relação à inserção no mundo do trabalho,


bem como a ampliação dos conhecimentos sobre os contextos, as características, as
possibilidades e os desafios do trabalho no século 21;

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•• A identificação, a valorização e o fortalecimento dos sonhos, as aspirações, os
conhecimentos, as habilidades e as competências de cada jovem, desenvolvidos ao longo da
sua trajetória escolar, familiar e comunitária;

•• Conhecer-se como estudante, identificando os caminhos de desenvolvimento e


continuidade dos estudos.

Em resumo, durante a proposta de trabalho com itinerário do Diálogos Socioemocionais


no 1º ano do Ensino Médio, abrem-se oportunidades para que cada jovem – considerando
as singularidades e a diversidade das culturas juvenis – assuma o protagonismo ao refletir
sobre si mesmo(a) para aprofundar seu autoconhecimento, ao estabelecer seus objetivos de
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

desenvolvimento pessoal com o apoio do(a) professor(a), participando das atividades com vistas
ao desenvolvimento intencional do conjunto de competências socioemocionais que cada um(a)
escolheu como prioritárias para si mesmo(a).

Ao final de cada ciclo de atividades do itinerário proposto, professores e estudantes


vivenciam a pausa para reflexão, que ocorre com o apoio do instrumento fundamentado
em conceitos de avaliação formativa e baseado em rubricas. A partir do diálogo com o(a)
professor(a) sobre como cada estudante observou o próprio processo de desenvolvimento
(autoavaliação) e do estabelecimento de metas e combinados para o próximo período, é que
o processo de desenvolvimento das competências socioemocionais torna-se intencional,
6 explícito e consciente.

Nas próximas páginas, apresentamos o que é avaliação formativa e como esse tipo de
concepção avaliativa acontece na proposta do Diálogos Socioemocionais.
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

Como nas demais práticas pedagógicas, o registro tem grande importância. Para isso, a Agenda
do Estudante tem como função ser tanto a “memória” do percurso percorrido quanto o material
para valioso instrumento de registro das reflexões e dos combinados.

A AGENDA DO ESTUDANTE

A Agenda do Estudante pode ser um caderno customizado pelos(as) próprios(as)


estudantes, uma espécie de agenda, na qual eles(as) podem fazer novas anotações
sobre seu desenvolvimento e seus objetivos.

Sugere-se que, nessa agenda, os(as) estudantes registrem, primeiramente, seus


objetivos de desenvolvimento em suas próprias palavras. Por exemplo, um(a) estudante
pode estar interessado(a) em aprender a falar em público, ou a conversar com
desconhecidos, ou a mediar conflitos etc.

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Em um segundo momento, recomenda-se que professor(a) e estudante, por meio
do diálogo, possam estabelecer quais competências socioemocionais, dentre aquelas
priorizadas na política da Secretaria de Educação, podem melhor apoiar o(a) estudante
no alcance de seus objetivos.

Para tanto, é necessário que o percurso de desenvolvimento dos(as) estudantes tenha


intencionalidade e oportunidades reais para o desenvolvimento socioemocional e que
o uso do instrumento com as rubricas para a avaliação formativa seja utilizado ao
longo do processo.

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


AFINAL, O QUE SÃO COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS?

Na perspectiva do Instituto Ayrton Senna, a implementação da educação integral nas escolas


deve garantir o desenvolvimento de competências que combinem aspectos cognitivos e
socioemocionais. Isso significa possibilitar aos(às) estudantes a aprendizagem de qualidade em
habilidades que vão desde o letramento até o desenvolvimento de competências socioemocionais,
isto é: proporcionar uma base sólida para que os(as) estudantes mobilizem, articulem e coloquem
em prática conhecimentos, valores, atitudes e habilidades importantes para a relação com os
outros e consigo mesmo(a), para o estabelecimento de objetivos de vida e para o enfrentamento de
desafios, de maneira criativa e construtiva. 7

As competências socioemocionais se manifestam em pensamentos, sentimentos e


comportamentos e, uma vez consolidadas, tendem a afetar diferentes âmbitos da vida do(a)

DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
estudante. O desenvolvimento dessas competências se dá ao longo da vida, com base em
experiências formais, como a escola, e informais, como ocorrências específicas da vida da pessoa.

A escola é um contexto formal de aprendizagem com particular importância para o


desenvolvimento de competências socioemocionais, uma vez que oferece inúmeras
oportunidades de identificar, desenvolver e colocá-las em prática. Na escola, crianças,
adolescentes e jovens passam parte significativa do seu tempo, em contato com os saberes
curriculares, com os(as) colegas e com os(as) professores(as), enfrentando desafios, seja em
relação ao aprendizado, seja em relação ao convívio social.

MACROCOMPETÊNCIAS

Existem diferentes modelos que identificam e organizam as competências socioemocionais.


No caso do Diálogos Socioemocionais, a matriz de fundamentação é baseada em um modelo
científico que delimita cinco macrocompetências, conforme descrição a seguir.

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•• Abertura ao novo – descreve o grau com que uma pessoa se mostra criativa, sensível a
diferentes estéticas, imaginativa e curiosa por ideias e outros modos de vida;

•• Autogestão – descreve o grau com que uma pessoa é centrada, organizada, diligente,
focada, pontual e persistente;

•• Engajamento com os outros – descreve o grau com que uma pessoa tem interesse por se
socializar, fazer amigos(as), ser gregária e experimentar o cotidiano com disposição e
energia;

•• Amabilidade – descreve o grau com que uma pessoa é capaz de se colocar no lugar do outro,
sentir compaixão, acreditar nas boas intensões de outra pessoa e respeitá-la;

•• Resiliência emocional – descreve o grau com que uma pessoa é atravessada por sentimentos
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de ansiedade, raiva e insegurança quando submetida a pressões interpessoais, estresse e


frustrações.

As referidas macrocompetências são compostas por competências mais específicas, as quais


estão apresentadas na imagem a seguir:

Determinação Curiosidade
Tolerância
Organização para aprender
8 Iniciativa Social Empatia ao estresse
Foco Imaginação
Assertividade Respeito Autoconfiança
criativa
Persistência Entusiasmo Confiança Tolerância
Interesse
à frustração
Responsabilidade artístico
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

ENGAJAMENTO RESILIÊNCIA ABERTURA


AUTOGESTÃO AMABILIDADE
COM OS OUTROS EMOCIONAL AO NOVO

O DESENVOLVIMENTO INTENCIONAL
DE COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS EM AULA

Qualquer atividade complexa ou desafiadora envolve, necessariamente, uma ou mais


competências socioemocionais para que sua execução seja efetivada com sucesso. Todavia, nem
sempre que obtemos sucesso em alguma atividade sabemos quais foram os comportamentos e
as habilidades que possibilitaram o êxito. Quando refletimos sobre o processo, nos apropriamos
mais do aprendizado proporcionado pela situação e ampliamos nosso repertório. Dessa forma,
ao nos depararmos novamente com um desafio no futuro, a probabilidade de sabermos lidar com
aquela situação é maior, generalizando o aprendizado da competência.

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Por exemplo, refletir sobre o peso que comportamentos de estudo (ex.: planejamento do que
seria estudado por dia, organização do material, anotar e tirar as dúvidas, dentre outros)
realmente tiveram no aprendizado e nas notas faz com que aumente a probabilidade de esses
comportamentos serem adotados novamente quando surgir uma nova disciplina. Ou seja,
quando desenvolvemos intencionalmente uma competência, conseguimos entender o quanto ela
é importante e necessária para um determinado desfecho positivo e nos atentamos mais para
nosso comportamento futuro.

O(A) professor(a) mediador(a) é essencial para conduzir os(as) estudantes nesse processo de
reflexão e autoconsciência sobre quais competências estão sendo desenvolvidas e mediante

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


quais experiências. As metodologias da educação integral são aliadas do(a) professor(a)
nesse processo. Essas são um conjunto de práticas de ensino que apoiam na promoção do
desenvolvimento pleno dos(as) estudantes. Elas orientam as práticas pedagógicas dos(as)
professores(as) para uma abordagem coesa, estruturada, intencional, compromissada,
colaborativa e problematizadora. Alicerçam a promoção do protagonismo dos(as) estudantes e
do desenvolvimento de competências cognitivas e socioemocionais.

Para a condução do Projeto de Vida dos(as) estudantes, priorizamos algumas delas:

A Presença Pedagógica é o exercício de interação, abertura, confiança e compromisso com o(a)


estudante, fortalecendo o vínculo interpessoal e a mediação de conflitos e da aprendizagem. Ela 9
trata da qualidade das interações e da mediação do(a) professor(a) e envolve:

•• O exercício do acolhimento e da abertura para construir uma relação de confiança com

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os(as) estudantes;

•• A mediação do(a) professor(a) nas situações de conflitos relacionais, buscando envolver


os(as) jovens na reflexão sobre os diferentes aspectos e na resolução do problema, em vez de
agir como o único resolvedor;

•• O compromisso do(a) professor(a) com relação à aprendizagem dos(as) alunos, traduzido na


confiança no potencial de cada um(a), nas expectativas elevadas sobre suas capacidades de
aprender e na persistência e no investimento em ensinar.

A Problematização convida o(a) estudante a “aprender a aprender”. O(A) professor(a) lança


desafios e questões para reflexão, faz boas perguntas e demanda que os(as) jovens elaborem,
de forma própria, o conhecimento. É um meio de provocar a participação, a criticidade, a
curiosidade e a superação do conhecimento simplesmente transferido. Nessa perspectiva:

•• O(A) estudante é o(a) construtor(a) do seu próprio conhecimento, possuindo papel ativo
no processo;

•• Todo conhecimento é construído a partir do que já se conhece, e deve ser ensinado a partir
do conhecimento que o(a) jovem já traz para a aula;

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•• O conhecimento se origina da busca por respostas para problemas bem formulados. O(A)
professor(a) apresenta problematizações consistentes, possibilitando a mobilização de
diversos recursos cognitivos e de uma postura investigativa do(a) aluno(a) diante do objeto
de conhecimento;

•• O(A) professor(a) incentiva os(as) estudantes a pesquisarem e os(as) acompanha e orienta


no percurso de investigação e de construção de argumentos provisórios, que vão sendo
discutidos e apurados, até que se chegue a uma resposta satisfatória e consistente para cada
questão lançada;

•• Em síntese, cabe ao(à) professor(a) instaurar na sala de aula um ambiente investigativo,


mobilizado pelos questionamentos dos(as) alunos(as) – de modo que cada jovem possa
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exercer uma postura de inquietação e curiosidade frente ao conhecimento.

A Aprendizagem Colaborativa trata essencialmente da promoção do trabalho colaborativo


entre os(as) estudantes nas situações de aprendizagem e convívio. Pode ser realizado em duplas,
pequenos times, e em outras situações de ação coletiva. Esse modo de aprender promove a
ampliação da autonomia dos(as) estudantes em relação ao conhecimento e abre caminho a
novos modos de interação com o(a) professor(a) e com os pares, exigindo forte envolvimento e
compromisso de todos(as).

Para um trabalho colaborativo em times:


10

•• Cada membro(a) se preocupa com a própria aprendizagem, com a do(a) colega e com o
desempenho do time;

•• A responsabilidade da liderança é compartilhada por todos(as), em rodízio, e todos(as) os(as)


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estudantes realizam as tarefas;

•• As competências relacionais – liderança, comunicação, confiança, convívio – são alvo do


trabalho do time, pois geram aprendizados importantes;

•• Cada estudante é avaliado(a) pelo próprio desempenho e pelo progresso dos(as) demais. A
partir dessa avaliação, os(as) membros(as) do time devem ser estimulados(as) a motivar e a
apoiar aqueles(as) que demonstrem algum tipo de dificuldade;

•• O(A) professor(a) acompanha o trabalho dos(as) estudantes, circulando pelos times,


orientando-os(as) quando se desviam da tarefa, estimulando para que persistam nos
momentos de frustração, provocando-os(as) a pensar soluções antes de ouvirem sua
opinião, potencializando a aprendizagem.

O mapa de atividades do Projeto de Vida possibilita o desenvolvimento de diversas


competências socioemocionais. Cada atividade possui um quadro inicial com indicação de
quais competências serão promovidas. Independentemente da indicação, há metodologias que
favorecem o desenvolvimento intencional das competências que podem ser utilizadas por você,
professor(a), tanto para fortalecer alguma das competências listadas na introdução quanto
para inserir o trabalho com outras que julgue estratégicas para trabalhar com sua turma em

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um dado momento. A ressalva é de não focar no desenvolvimento de várias competências
concomitantemente, pois a ciência mostra que não é possível desenvolver com qualidade mais
de duas competências ao mesmo tempo.

Para que você esteja mais consciente sobre como está promovendo o desenvolvimento das
competências socioemocionais e tenha mais autonomia para a adaptação das atividades
para suas aulas, é importante conhecer sobre como diferentes abordagens promovem o
desenvolvimento de competências.

Programas mais efetivos no desenvolvimento de competências socioemocionais são aqueles

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bem estruturados, que apresentam as seguintes características[1]:

Possuem sequência Propõem experiências


didática que apoia na práticas variadas para
aprendizagem. O promover a
conhecimento é aprendizagem e se
mobilizado nas baseiam nas
atividades seguintes. metodologias ativas.

11

Possuem pelo menos Deixam claro para o(a)


um componente professor(a) e os(as)
específico para o estudantes o que está
desenvolvimento de sendo trabalhado e os

DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
competências objetivos de
socioemocionais. aprendizagem.

Nas atividades propostas para o itinerário do Projeto de Vida, esses elementos estão presentes
e se manifestam de forma balanceada entre as atividades. Por exemplo: a metodologia proposta
para algumas atividades valoriza o aspecto de explicitação das competências sendo trabalhadas.
Esse é o caso da atividade “O que é ser um(a) estudante protagonista”. Nesse caso, é proposta
uma roda de conversa sobre a conexão entre protagonismo e assertividade com base em um
texto. Os(as) estudantes são convidados(as) a refletir sobre essa conexão e elaborar argumentos.
Essa abordagem ajuda na explicitação das competências sendo promovidas.

A mesma atividade traz, em um segundo momento, uma abordagem mais focada na experiência,
apoiando-se nos aspectos ativos da aprendizagem. Por exemplo, quando ela convida os(as)
estudantes a produzir suas agendas, personalizando um caderno de acordo com sua preferência,

1.  Essa é a conclusão de estudos realizados pelo pesquisador Durlak e sua equipe, que publicou estudos em 2011 e em 2017.

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as competências da autogestão e a imaginação criativa. A intencionalidade no desenvolvimento
das competências não está explícita de antemão, mas as competências precisam ser mobilizadas
pelos(as) estudantes para que eles(as) completem a atividade.

De modo geral, as atividades buscam combinar essas duas abordagens para potencializar
o desenvolvimento das competências socioemocionais, de modo que os(as) estudantes
experienciem a mobilização das competências e estejam cientes sobre quais eles(as) estão
trabalhando mais intensamente em cada atividade.

Professor(a), você pode lançar mão dessas abordagens para propor o desenvolvimento
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intencional das competências já selecionadas para cada atividade, mas também pode
personalizar alguma atividade e propor novas, com base na necessidade da sua turma, escola
ou rede. Não se esqueça de outro elemento das atividades efetivas: o foco. Escolha uma ou duas
competências para explicitar em cada atividade, pois a ciência mostra que mais do que isso
não é adequadamente aprendido pelos(as) estudantes, com a possibilidade de gerar confusão.
Aproveite a sequência didática para trabalhar todas as competências que vocês priorizaram ao
longo do tempo, mas evite trabalhar várias ao mesmo tempo.

As metodologias da educação integral são aliadas nesse processo e, ao serem combinadas com as
abordagens do desenvolvimento intencional das competências socioemocionais, potencializam
12 o alcance dos objetivos a cada atividade e a autonomia do(a) professor(a) e dos(as) estudantes na
construção coletiva do conhecimento.
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

A AVALIAÇÃO FORMATIVA

A avaliação da aprendizagem é tema recorrente nos debates educacionais. Já é um consenso que


a avaliação não pode ser concebida como medida, régua, e sim como orientadora, bússola. Para
tanto, se faz importante que os instrumentos de avaliação sejam diversificados, indo para além
das provas e notas.

No entanto, na perspectiva da educação integral e sua visão de desenvolvimento


pleno dos(as) estudantes, os debates voltam-se para como promover a avaliação das
competências socioemocionais.

O desenvolvimento de competências socioemocionais não pode ser avaliado com vistas a um


ideal de desenvolvimento, pois não existe um padrão ideal, um ponto de chegada. Cada ser
humano é único e irrepetível, e, na dinâmica dos acontecimentos da vida, mobilizamos nossas
competências socioemocionais de modo mais ou menos uniforme.

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Por isso, a proposta que o Diálogos Socioemocionais traz para apoiar o desenvolvimento de
competências socioemocionais é fundamentado em conceitos da avaliação formativa e no uso de
instrumento baseado em rubricas.

A avaliação formativa é uma concepção e prática avaliativa que visa acompanhar o


percurso de aprendizagem e de desenvolvimento de cada estudante que considera que
cada um(a) possui ritmos e modos de aprender distintos. Ela é realizada ao longo do
processo educativo, contando sempre com a devolutiva do(a) professor(a).

Muitos são os instrumentos que permitem a prática da avaliação formativa. Todos

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partem do princípio de planejar atividades abertas, colaborativas, que permitam a
autoavaliação, tais como produções textuais, dinâmicas em grupo, uso de rubricas,
dentre outras.

Esse instrumento foi construído a partir de evidências extraídas de estudos e pesquisas nacionais
e internacionais das 17 competências socioemocionais que compõem o modelo organizativo
apresentado no capítulo anterior, cuja relevância para diversos aspectos da vida foi levantada.

O uso do instrumento do Diálogos Socioemocionais é realizado ao longo de todo o processo


educativo. Em cada momento avaliativo, professores(as) e estudantes dialogam a partir
da autoavaliação do(a) estudante, induzida pelo instrumento, e constroem um plano de 13
desenvolvimento a partir das conclusões a que chegaram. Esse ciclo de autoavaliação/
devolutiva/plano de desenvolvimento possibilita aos(às) estudantes repactuar expectativas e a
tomar consciência acerca do próprio desenvolvimento para se autorregularem.

DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
Para que isso aconteça na prática, orienta-se que, como mediador(a) da aprendizagem, o(a)
professor(a) deixe claro o percurso sugerido; proponha atividades desafiantes, por meio das
quais os(as) estudantes tenham a oportunidade de se desenvolverem; dialogue a partir das
autoavaliações, realizando devolutivas estruturadas ao longo do caminho; e corrija a rota
quantas vezes forem necessárias para a obtenção dos melhores resultados possíveis. Nesse
percurso, os(as) estudantes são convidados(as) a apresentar evidências que justifiquem seus
posicionamentos no diálogo com os(as) professores(as). Essas percepções são analisadas por
ambos(as) e dão base para os combinados de próximos passos.

As principais características da avaliação formativa são:

•• Ser em si mesma um processo educativo que acompanha tanto a aprendizagem e o


desenvolvimento dos(as) estudantes quanto o próprio processo didático;

•• Ser dinâmica, porque fornece devolutivas que tornam possível identificar as evidências do que
se está aprendendo e/ou desenvolvendo ao longo do processo, assim, tanto o(a) professor(a)
quanto o(a) estudante pode reorientar seus caminhos de ensino e de aprendizagem. É

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importante, portanto, que o tempo das devolutivas ocorra enquanto ainda dá tempo de agir
sobre as conclusões e a elaboração do plano de desenvolvimento, e não ao final do processo;

•• Ser transparente, porque a todo o momento os(as) estudantes sabem o que se espera deles(as)
(objetivo, desenvolvimento, critérios claros e combinados). Essa condição é fundamental para
que o(a) estudante seja corresponsável pelo próprio desenvolvimento e por sua aprendizagem.

Em suma, a avaliação formativa ocorre quando: (a) o tempo da interpretação dos resultados da
avaliação permite que ela seja feita de modo a favorecer a aprendizagem ao longo do período
em que ela ocorre e; (b) quando a finalidade do uso da informação é fornecer devolutivas aos(às)
estudantes de modo a contribuir com seu processo de aprendizagem e de desenvolvimento ao
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longo desse mesmo período.

Para saber mais informações sobre avaliação formativa, consulte o Guia do Diálogos e o material
disponível no curso a distância.

SOBRE A RELAÇÃO DO(A) PROFESSOR(A) COM ESTE MATERIAL

O intuito aqui não é dar uma receita pronta do que o(a) professor(a) deve fazer na sala de aula,
muito pelo contrário! Essas atividades são estruturadas para apoiar o(a) professor(a) com
14 estratégias didáticas que conectam o Projeto de Vida, o desenvolvimento de competências
socioemocionais e a avaliação por rubricas.

A temporização das atividades propostas deve ser reconsiderada pelo(a) professor(a), a depender
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

do ritmo de suas turmas.

Há uma indicação das atividades consideradas estruturantes para assegurar uma gama de
aprendizados antes do preenchimento das rubricas. O(A) professor(a) pode e deve eleger outras
atividades que executará com seus(suas) alunos(as).

COMPOSIÇÃO DO ROTEIRO DE ATIVIDADES

As atividades estão organizadas por etapa do Ensino Médio e por ciclos. A cada ciclo, o
conjunto de atividades contém:

•• Resumo breve da atividade;


•• Objetivo a ser alcançado;
•• Competências intencionalmente desenvolvidas em cada atividade;
•• Organização da turma: proposta de organização dos(as) estudantes, em grupos, roda de
conversa, por exemplo;

Este material está em processo de co-construção e validação


•• Duração prevista: número de aulas para desenvolver a atividade, em um cenário ideal;
•• Para fortalecer sua mediação e presença pedagógica: dicas de metodologias
integradoras para o(a) professor(a); ou

•• Desenvolvimento: estratégias e desenvolvimento da atividade (em etapas, conforme o


caso), com sugestões de condução, dicas e orientações para o(a) professor(a).

O PROJETO DE VIDA NO 2° ANO DO ENSINO MÉDIO

Uma vez lançadas as bases do processo – o conhecimento de si mesmo, o caminho do

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


desenvolvimento pessoal passa a abarcar a investigação do contexto, num processo de ampliação
de referências e conhecimentos, para que o(a) jovem possa compreender as perspectivas presentes e
projetar o futuro, fortalecendo a consolidação de seu Projeto de Vida.

A seguir, apresentaremos a organização do itinerário proposto para o componente Projeto de


Vida em cada ciclo. As atividades propostas têm como objetivo promover o fortalecimento das
questões que abarcam a investigação do contexto, em um processo de ampliação de referências e
conhecimentos, para que o(a) jovem possa compreender as perspectivas presentes e os projetos
para o futuro, ampliando e consolidando a perspectiva de criação de seu Projeto de Vida.

As atividades têm uma duração prevista que pode superar o tempo que você tem disponível 15
para sua realização. A orientação, nesses casos, é que você as adeque e reorganize conforme sua
disponibilidade.

DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
De forma geral, recomenda-se a realização das Atividades 1 e 2 antes do preenchimento
do instrumental do Diálogos Socioemocionais, e essas atividades podem ser realizadas em
um tempo menor (menor número de aulas) que o que está sugerido no mapa a seguir. Após
o preenchimento, você pode retomar o preenchimento da Agenda, proposto a seguir, e a
Atividade 3 – Tirando projetos do papel, pois ela é estruturante para a definição dos objetivos do
Projeto de Vida.

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1º CICLO
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

16

MAPA DE ATIVIDADES
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

ATIVIDADE 1
PRA INÍCIO DE CONVERSA!

Integração entre os(as) alunos(as) e o estabelecimento de combinados.

•• 01 AULA

ATIVIDADE 2
NÃO POSSO MAIS VIVER SEM MIM

Reflexão e trabalho sobre a autoestima, que resulta na produção de refrãos


musicais compostos pelos(as) alunos(as).

•• 03 AULAS

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ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS
ATIVIDADE 3
TIRANDO PROJETOS DO PAPEL 17

Inspiração para os(as) jovens pensarem em modos criativos de realizar alguns dos
planos e projetos que ambicionam tirar do papel.

•• 2 AULAS

DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
ATIVIDADE 4
APRENDENDO E ESTUDANDO JUNTOS(AS)

Vivência de estudo conjunto entre os(as) estudantes, incentivando-os(as) a analisar


as possibilidades e os desafios de se aprender com os(as) colegas.

•• 2 AULAS

ATIVIDADE 5
PAUSA PARA REFLEXÃO E DIÁLOGO

Acompanhamento – 1ª Rodada.
*Atividade de referência para todas as aplicações de rubrica

•• 2 AULAS

Este material está em processo de co-construção e validação


ATIVIDADE 1
PRA INÍCIO DE CONVERSA

RESUMO Integração entre os(as) alunos e estabelecimento de combinados.

Ouvir as impressões e expectativas dos(as) estudantes sobre o componente


Projeto de Vida no 2º ano do Ensino Médio. Compreender o que é o
OBJETIVO
desenvolvimento de competências e como isso influencia na vida, dentro e fora
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

do contexto escolar. Estabelecer combinados para as aulas de Projeto de Vida.

COMPETÊNCIAS
Responsabilidade, organização, iniciativa social, assertividade,
INTENCIONALMENTE
entusiasmo e respeito.
DESENVOLVIDAS

ORGANIZAÇÃO DA Ao longo da atividade são propostas diferentes formações, com momentos


TURMA em roda de conversa, envolvendo a turma toda, e de trabalho individual.

18
DURAÇÃO PREVISTA 1 aula
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

DESENVOLVIMENTO

1ª ETAPA

Receba os(as) estudantes, dando-lhes boas-vindas com entusiasmo e com a sala organizada em
roda de conversa.

A roda de conversa é um momento estruturante para reestabelecer um movimento de


diálogo e participação em que todos(as) podem se ver e ouvir. O exercício da fala e da
escuta ativa na roda é algo a ser construído, pois envolve o estabelecimento da relação
de confiança no grupo.

• Aproveite o momento para identificar as expectativas que os(as) estudantes trazem


sobre o componente Projeto de Vida e o desenvolvimento de competências para o
século 21;

Este material está em processo de co-construção e validação


• Procure organizar esse espaço de fala, dando oportunidades para que vários(as) jovens
possam se manifestar. É desejável que você tome nota das expectativas, compondo no
quadro um mapeamento. Acolha e valorize os diversos pontos de vista surgidos, tanto
as falas que trazem aspectos positivos quanto as que trazem os negativos;
• Dialogue com eles(as) sobre a importância de, progressivamente, assumirem as rédeas
da própria aprendizagem, sendo os encontros de Projeto de Vida momentos singulares
para refletir sobre a vivência que estão tendo na escola;
• Lembre-se de que uma relação mais horizontalizada entre professor(a) e alunos(as) é
altamente desejável nesse momento, visto que facilita a participação espontânea e livre de
todos(as), além de fomentar um vínculo no grupo atravessado por sentimentos de confiança.

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


Lembre-se de abordar alguns pontos fundamentais:

•• Dia da semana e os horários das aulas (destaque a importância de não ocorrerem atrasos
para os encontros e a existência da lista de presença);

•• A organização das aulas (momentos/atividades individuais, em duplas e em grupo);


•• Os meios de registro e compartilhamento que serão adotados (a Agenda, que será um
importante suporte para registro, mas você e a turma poderão adotar outros que julgarem
necessários e pertinentes);

•• A proposta, a estrutura e o objetivo do componente durante os três anos do Ensino Médio;


•• A importância da participação e corresponsabilidade de todos(as) durante as aulas. 19

2ª ETAPA

DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
Apresente a proposta do Diálogos Socioemocionais.

A sua rede está propondo uma Proposta Educacional chamada Diálogos


Socioemocionais, que contribui com a implementação da política de educação integral.
Ela envolve uma metodologia de desenvolvimento e uma de acompanhamento das
competências socioemocionais em ambiente escolar.

O objetivo é que por meio do diálogo frequente entre professor(a) e estudante se


estabeleça um plano de trabalho para o desenvolvimento integral do(a) estudante, no
qual ambos(as) estão comprometidos(as) e – com eles(as) – toda a escola, com o apoio
do(a) diretor(a), do(a) coordenador(a) dedagógico(a) (ou escolar) e de representantes
regionais e centrais das secretarias.

O Diálogos é essencialmente um processo formativo. Isso significa que oferecem


insumos para que tanto professor(a) quanto estudante possam acompanhar o
processo de desenvolvimento de competências socioemocionais dos(as) estudantes e

Este material está em processo de co-construção e validação


definir próximos passos que os(as) ajudem a alcançar os objetivos estabelecidos
inicialmente por eles(as) mesmos(as).

A proposta inclui uma proposta estruturante para o desenvolvimento das


competências socioemocionais, mas é possível combiná-la com outras que
sua rede já desenvolva. Portanto, não se preocupe, pois não é necessário
abandonar uma prática que já está funcionando na sua escola. Nesses casos,
a principal contribuição da proposta educacional Diálogos Socioemocionais
será o acompanhamento sistemático e estruturado do desenvolvimento dessas
competências (a ferramenta para isso será apresentada mais adiante).
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

Você pode encontrar formas criativas de contar o que é a proposta com as suas palavras e
falar sobre as competências socioemocionais. Só não se esqueça de reforçar o que é mais
valioso para os(as) estudantes: essa proposta permite que eles(as) reflitam sobre eles(as)
mesmos(as), trabalhando seu autoconhecimento, e possam estabelecer os seus objetivos de
desenvolvimento. Esse processo é todo apoiado e acompanhado pelo(a) professor(a). Eles(as)
verão que o autodesenvolvimento anda junto com o processo deles(as) de planejar o futuro
e preparar-se para trilhar o caminho, de acordo com suas expectativas.

Após a apresentação da proposta, cheque se os(as) estudantes possuem alguma dúvida.


20 Sinalize que, em um próximo momento (que pode ser a atividade seguinte, na mesma aula,
ou na aula seguinte, dependendo do tempo disponível para a realização da atividade),
conhecerão um pouco mais sobre as competências socioemocionais e como elas serão
trabalhadas ao longo do ano.
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

3ª ETAPA

Para finalizar, reforce a importância de estarem presentes na próxima aula, pois a presença
e a colaboração de todos(as) serão fundamentais para que as aulas sejam proveitosas.
Informe o assunto da próxima aula e combine com os(as) estudantes para trazerem o
material necessário para a confecção da Agenda:

•• Um caderno (acabamento em espiral ou brochura, com folhas brancas ou pautadas, de


capa à escolha de cada um(a) e que contenha cerca de 100 páginas);

•• Uma fotografia impressa de um momento significativo na vida (pode ser foto


antiga ou recente).

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ATIVIDADE 2
NÃO POSSO MAIS VIVER SEM MIM

Reflexão e trabalho sobre a autoestima, que resulta na produção de


RESUMO
refrões musicais compostos pelos(as) alunos(as).

A partir de um quiz e da criação de um refrão de música, a atividade visa


OBJETIVO refletir sobre a autoestima como elemento fundamental à construção de
projetos de vida.

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


COMPETÊNCIAS
Curiosidade para aprender, imaginação criativa, interesse artístico, foco,
INTENCIONALMENTE
responsabilidade, autoconfiança, iniciativa social e respeito.
DESENVOLVIDAS

ORGANIZAÇÃO DA Ao longo da atividade são propostas diferentes formações, com momentos


TURMA em roda de conversas, envolvendo a turma toda, e trabalho em duplas.

DURAÇÃO PREVISTA 2 aulas.


21

PARA SUA

DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
PRESENÇA
PEDAGÓGICA

É importante estar atento(a) aos materiais e equipamentos que os encontros


demandam e que estão dispostos no quadro de apresentação de cada atividade.

Em alguns casos, será necessário xerocar ou fazer cópias de anexos, cartelas,


filipetas ou variados formatos impressos. Em outros, materiais como pincéis
atômicos, canetas e papel Kraft serão fundamentais na concretização das
atividades propostas. E, para que elas possam fluir sem que seja necessário, ao
longo do tempo, buscar materiais faltosos, não se esqueça de conferir, no início do
encontro, se eles já estão separados e prontos para uso.

Nessa atividade, por exemplo, a canção “Eu me amo”, da banda Ultraje a Rigor,
será apresentada. Como equipamentos eletrônicos às vezes falham, não deixe

Este material está em processo de co-construção e validação


de conferir, antes do início do encontro, se o equipamento utilizado para tocar a
música (caixa de som, computador, TV etc.) está funcionando normalmente.

Para esta aula, será preciso providenciar cópias do texto “Eu me amo” (Anexo 1.1.,
ao final deste material).

DESENVOLVIMENTO
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

1ª ETAPA

Recepcione os(as) estudantes e peça que eles(as) se organizem em trios. Apresente a


proposta das atividades.

Verifique se os(as) estudantes trouxeram o material para a elaboração das


Agendas. Converse com os(as) alunos(as) sobre a importância do registro para o
acompanhamento de seu desenvolvimento e oriente-os(as) sobre a personalização desse
recurso de aprendizagem.
22

Para o acompanhamento das aprendizagens geradas, é importante que os(as)


estudantes tenham uma forma de registrar suas reflexões sobre si mesmos(as),
sobre sua relação com o mundo e sobre suas expectativas para o futuro. Essa
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

reflexão é um momento crucial do trabalho com o Projeto de Vida. A Agenda será


um instrumento de registro do processo de autoconhecimento e desenvolvimento,
por isso a importância de sua customização pelos(as) próprios(as) jovens. Esse
registro é essencial para que possam acompanhar os desafios enfrentados, os
avanços alcançados e manter a memória do que viveram.

Não se esqueça de motivar os(as) estudantes a utilizá-lo e converse com base nos
registros que os(as) estudantes fazem nele nos momentos das devolutivas.

2ª ETAPA

Após a elaboração das Agendas, apresente à turma as competências socioemocionais


que serão trabalhadas no 2º ano. Descreva como o trabalho será realizado e apresente
o instrumental com as rubricas e como será a avaliação. Para essa ação, siga as
orientações do Manual do Aplicador, que é um material específico de orientação para o
trabalho com as rubricas.

Este material está em processo de co-construção e validação


PARA SUA
PRESENÇA
PEDAGÓGICA

As rubricas são elaboradas a partir de critérios previamente estabelecidos e


ordenados em progressão, facilitando a elaboração ou o acompanhamento de
critérios avaliativos de maneira transparente e clara, rumo aos objetivos de
aprendizagem estabelecidos entre estudante e educador(a) em conjunto.

Duas características principais que caracterizam as rubricas são o uso de

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


critérios claros a serem avaliados (ou seja, que conteúdo ou competência) e
os níveis explícitos de localização dentro do percurso. Pense nos degraus de
uma escada: quanto mais alto o degrau, mais alto você considera seu nível
de habilidade em uma determinada competência. Desse modo, ao explicitar
concretamente o degrau que melhor representa o quanto o(a) estudante
considera que desenvolveu determinada competência e abrir espaço para
o diálogo entre professor(a) e estudante a respeito disso, chegando a um
consenso a respeito de qual é esse degrau, ambos(as) conseguem planejar de
modo também mais concreto de que forma potencializar o desenvolvimento
dessa competência e que benefícios essa aprendizagem pode trazer para a vida
do(a) estudante em diversos âmbitos. 23

DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
Verifique se a turma possui alguma dúvida sobre a autoavaliação. Acolha as dúvidas e
convide os(as) estudantes para a próxima atividade.

3ª ETAPA

Distribua cópias do Anexo 1.1. aos(às) estudantes e promova uma leitura coletiva. Após a
leitura, providencie para que a turma ouça a música “Eu me amo”, da banda Ultraje a Rigor.
Promova um diálogo sobre a música e sobre como os(as) alunos(as) se veem.

Em seguida, peça para que os(as) alunos(as) façam o quiz da Autoconfiança, respondendo a
perguntas relacionadas ao respeito e à confiança que têm em relação à própria maneira de
ser e pensar, às atitudes e aos conhecimentos.

Este material está em processo de co-construção e validação


4ª ETAPA

Após a atividade do quiz e o diálogo sobre as respostas dadas, as duplas transformarão


essas respostas em uma história, mesclando realidade e ficção, para que possam, em
seguida, criar um refrão para uma possível música (conforme orientado no Anexo 1.1.).
Estimule os(as) estudantes a partir das percepções e dos conceitos que têm de si mesmos(as)
para caracterizar os personagens da história da música.

É preciso lembrar que essa etapa da atividade propõe um processo livre de criação
do refrão de uma possível música. Não se trata de um trabalho estruturado de
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

fazer artístico, que considera os aspectos formais da criação de uma obra musical.
É um exercício de improvisação, em que os(as) alunos(as) dão forma musical ao
repertório que têm sobre o tema trabalhado.

Quando oportuno, reflita com eles(as) sobre o grau de conforto ao mobilizar as


competências de interesse artístico e imaginação criativa, as mais demandadas
nessa atividade. Se preferir, pode dar mais peso para as competências da
autogestão, buscando relacionar como foi preciso utilizá-las para completar as
tarefas propostas em cada etapa da atividade.

24
5ª ETAPA

Após a turma compartilhar seus refrões, encerre a aula, estimulando que escrevam
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

livremente na Agenda sobre suas experiências.

Este material está em processo de co-construção e validação


ATIVIDADE 3
TIRANDO PROJETOS DO PAPEL

Inspiração para os(as) jovens pensarem em modos criativos de realizar


RESUMO
alguns dos planos e projetos que ambicionam tirar do papel.

Promover a reflexão e o diálogo acerca dos desafios que a turma esteja


OBJETIVO enfrentando em relação às metas definidas no projeto de vida construído.
Reelaborar as metas dos projetos.

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


COMPETÊNCIAS
Imaginação criativa, foco, organização, determinação, persistência,
INTENCIONALMENTE
autoconfiança, tolerância ao estresse, iniciativa social e assertividade.
DESENVOLVIDAS

Ao longo da atividade são propostas diferentes formações, com momentos


ORGANIZAÇÃO DA
em roda de conversa, envolvendo a turma toda, trabalho em trios e
TURMA
individualmente.

25
DURAÇÃO PREVISTA 2 aulas

DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
PARA SUA
PRESENÇA
PEDAGÓGICA

Vídeos, reportagens, textos literários, jogos – todos esses são elementos que
podem enriquecer as discussões e atividades na sala de aula. Mas é fundamental
notar que, em cada contexto, eles exercerão funções diferentes. Algumas vezes,
serão a própria base da discussão (como nesta atividade); outras, poderão servir de
exemplo, ilustrando a temática abordada na atividade; outras vezes, ainda, podem
ter um uso metafórico, trazendo uma dimensão lúdica para a atividade, sem, no
entanto, responder de maneira direta e exata às demandas da atividade.

Por isso, sempre que vídeos, textos, músicas ou quaisquer outros produtos culturais
forem apresentados em sala de aula, é importante fazer um breve debate com os(as)
alunos(as), destacando qual é a relação do que foi apresentado com a atividade do dia.

Este material está em processo de co-construção e validação


DESENVOLVIMENTO

1ª ETAPA

Receba a turma em roda de conversa e apresente o objetivo da atividade. Para inspirar na


elaboração dos projetos de vídeo, apresente e discuta o vídeo: 5 Dicas sobre Projeto de
Vida. disponível em: <bit.ly/5_dicas_de_projeto_de_vida> Acesso em: 21 mar. 2019.

2ª ETAPA
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

Oriente para que a turma se prepare, pois, após um momento de reflexão individual,
os(as) alunos(as) farão uma atividade compartilhada. Assim, peça para que a turma se
organize em trio para construír a primeira versão escrita de seu Projeto de Vida. Estimule
que se concentrem, trabalhando silenciosamente, pois a tarefa deverá ser realizada
individualmente antes de trocarem os planejamentos entre si. Combine um período
de tempo confortável, para que se dediquem a essa tarefa. Enquanto os(as) estudantes
escrevem seus Projetos de Vida, percorra a sala e atentamente observe-os(as) trabalhando.
Ao finalizar, os trios devem compartilhar suas anotações entre si.

26
PARA SUA
PRESENÇA
PEDAGÓGICA
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

A seguir, descreveremos alguns itens estruturantes para a composição do


planejamento do Projeto de Vida dos(as) jovens. Selecione as questões que
considere pertinentes e adicione aspectos que considere relevantes para o trabalho
com sua turma:

• Suas principais qualidades que vão ajudar a realizar seu projeto de vida são...
• Seus principais desafios que precisa superar para realizar meu projeto de vida
são...
• Seus objetivos como estudante são... O que precisa fazer para alcançá-los?
• Seus objetivos profissionais são... O que precisa fazer para alcançá-los?
• Seus objetivos como pessoa são... O que precisa fazer para conquistá-los?
• Quais são as pessoas que podem auxiliar você a conquistar seu projeto de vida?

Este material está em processo de co-construção e validação


3ª ETAPA

Prossiga a atividade exibindo o vídeo A arte de pedir, da cantora Amanda Palmer.


Disponível em: bit.ly/arte-de-pedir. Acesso em: fev. 2018.

Promova a discussão sobre o vídeo. Peça que os(as) alunos(as) comentem o vídeo a partir
das seguintes perguntas:

•• Como a colaboração pode ajudar quando se deseja atuar fora do mercado tradicional do
trabalho?

•• Qual a relação entre as novas formas de trabalho e a colaboração discutidas

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


anteriormente (coworking, crowdfunding, cocriação) e os pequenos encontros e as trocas
que contribuem para o sucesso de Amanda Palmer?

4ª ETAPA

Para finalizar a atividade, peça para que a turma retome aos Projetos de Vida descritos
e reflita se, ao assistir e debater sobre o vídeo, algum(a) deles(as) vislumbre uma nova
possibilidade de tirar seus projetos do papel. Reforce o quanto é importante ter abertura e
buscar sempre novos conhecimentos para o aprimoramento do Projeto de Vida. 27

Encerre solicitando que façam anotações das novas ideias em suas agendas e coloquem
destaque nelas, para que possam avaliar se elas mudam durante o percurso.

DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
Adiante também que, na próxima atividade, os(as) alunos(as) exercitarão a cocriação – um
trabalho em equipe, com várias cabeças respondendo a uma mesma provocação e buscando
encontrar a melhor saída para um desafio comum.

Este material está em processo de co-construção e validação


ATIVIDADE 4
APRENDENDO E ESTUDANDO JUNTOS

Os(As) jovens se dividem de diferentes formas (duplas, trios e quartetos) e


RESUMO
experimentam formas diversas de estudo colaborativo.

Promover a vivência de estudo conjunto entre os(as) estudantes,


OBJETIVO instigando-os(as) a analisar as possibilidades e os desafios de aprender
com os(as) colegas.
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

COMPETÊNCIAS Competências da autogestão (foco, organização, responsabilidade,


INTENCIONALMENTE persistência e determinação), empatia, iniciativa social, respeito,
DESENVOLVIDAS resiliência, tolerância ao estresse, empatia.

ORGANIZAÇÃO DA Ao longo da atividade são propostas diferentes formações, com duplas,


TURMA trios e quartetos, e momentos em roda de conversas, envolvendo a turma.

28 DURAÇÃO PREVISTA 2 aulas.


DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

DESENVOLVIMENTO

1ª ETAPA

Receba os(as) estudantes na roda de conversa. Dialogue com a turma sobre os objetivos
da aula, ou seja, um debate sobre as vantagens e os desafios de estudarem juntos. Uma
sugestão para começar a conversa com os(as) estudantes é perguntando como cada um(a)
gosta de estudar e de que jeito eles(as) mais aprendem. Questione se possuem o hábito de
estudar sozinhos(as) ou se também costumam estudar com os(as) colegas.

2ª ETAPA

Distribua cópias do Anexo 1.2. “Aprendendo e estudando juntos” disponível ao final


da atividade.

Este material está em processo de co-construção e validação


PARA SUA
PRESENÇA
PEDAGÓGICA

A proposta do encontro é dar aos(às) estudantes a oportunidade de se envolverem


em um exercício fundamental: aprender com o(a) outro(a), compartilhando
conhecimentos, dúvidas, perspectivas etc. O que se pretende, como pano de fundo,
não é criar um momento de estudo, mas possibilitar que os(as) jovens descubram
que estudar com os(as) colegas pode ser uma estratégia importante em seus
processos de aprendizagem.

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


Identificar as vantagens e os desafios de aprender com o(a) outro(a) é um passo
importante para que eles(as) transformem essa estratégia em hábito. A ideia é
orientá-los(las) nesse sentido, trazendo a discussão à tona. Esse também é um
momento importante para que a turma possa refletir, individual ou coletivamente,
sobre as competências socioemocionais que precisam acessar quando estudam
com outras pessoas. É também espaço para que a turma possa nomear essas
competências, relacionando-as com exemplos práticos. As competências da
autogestão, por exemplo, são acionadas quando “precisamos nos organizar para
cumprir tarefas. É a tendência a ser organizado(a), esforçado(a) e responsável, ter
objetivos e saber alcançá-los com ética” (definição na rubrica de autogestão).
29

Proceda com a divisão dos(as) jovens em duplas ou trios para que possam estudar. A divisão

DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
será por disciplina. Para isso, liste todas elas em uma folha de papel ou no quadro e pergunte
quem gostaria de estudar o quê. Eles(as) podem escolher uma disciplina em que estão muito
bem (e, portanto, gostariam de ajudar os(as) colegas que estão demonstrando dificuldades) ou
as que precisam ter os estudos intensificados (recebendo o apoio dos(as) colegas para isso).

É essencial que haja ao menos uma dupla, um trio e um quarteto, para que seja
possível verificar a existência de diferenças, vantagens e desvantagens entre esses
três agrupamentos. Por esse arranjo, pode acontecer de algum(a) estudante ficar
sozinho(a) – nesse caso, seu relato será importante para contrastar com o dos(as)
jovens que experimentaram o estudo colaborativo. Não é necessário haver jovens
estudando todas as disciplinas. Se todos(as) os(as) seus(suas) orientandos(as)
decidirem estudar matemática, tudo bem, desde que estejam organizados(as) em
duplas, trios e quartetos. Durante o tempo em que eles(as) estiverem estudando,
circule para acompanhar se estão conseguindo se organizar adequadamente
(definindo os temas de estudo, trocando conhecimentos, acessando fontes de
estudo, solucionando problemas que surgirem). Apoie-os(as), também, na gestão
do tempo dedicado ao estudo, que é de 50 minutos.

Este material está em processo de co-construção e validação


3ª ETAPA

Depois desse exercício de estudo conjunto, proceda com a significação da experiência, para que
os(as) alunos(as) consigam perceber as possibilidades dessa estratégia de estudo e a adotem em
outros momentos no cotidiano escolar. Sinta-se à vontade para acrescentar outras perguntas
à lista de questões proposta no texto-roteiro da atividade. Aproveite o momento para dialogar
com a turma sobre quais competências foram acionadas durante a atividade. Convide os(as)
estudantes para registrar essas informações em suas Agendas. Sugira que busquem outras
oportunidades de estudarem juntos(as) com outras pessoas, como uma estratégia para o
desenvolvimento intencional das competências que consideram mais desafiadoras.
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

30
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

Este material está em processo de co-construção e validação


ATIVIDADE 5
PAUSA PARA REFLEXÃO E DIÁLOGO

Atividade de aplicação do instrumental do Diálogos Socioemocionais,


RESUMO
devolutiva e definição de objetivos de desenvolvimento.

Autoavaliação do desenvolvimento das competências socioemocionais


OBJETIVO selecionas pelos(as) jovens, diálogo entre professor(a) e turma e definição dos
objetivos de desenvolvimento de competências socioemocionais.

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


COMPETÊNCIAS
Curiosidade para aprender, responsabilidade, iniciativa social,
INTENCIONALMENTE
assertividade e respeito.
DESENVOLVIDAS

ORGANIZAÇÃO DA
Roda de conversa e trabalho individual.
TURMA

DURAÇÃO PREVISTA 2 aulas.


31

PARA SUA

DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
PRESENÇA
PEDAGÓGICA

Ao aplicar as rubricas do Diálogos Socioemocionais referentes às competências


socioemocionais que serão trabalhadas em sua rede de ensino, será possível
observar em que degrau os(as) estudantes enxergam seu desenvolvimento, bem
como acompanhar o progresso do desenvolvimento dessas competências.

O momento de autoavaliação e devolutiva entre professor(a) e estudante, ou


seja, o diálogo, é fundamental para pensar a proposta de desenvolvimento de
competências socioemocionais com a turma e apoiam na identificação de metas e
objetivos para o Projeto de Vida.

É muito importante que a devolutiva fornecida pelo(a) professor(a) aos(às)


estudantes após o uso das rubricas os(as) estimule a continuar progredindo no
desenvolvimento da competência, e, quanto mais pertinente, clara e assertiva for a
devolutiva, melhor pode ser a qualidade do processo de aprendizagem.

Este material está em processo de co-construção e validação


DESENVOLVIMENTO

APLICAÇÃO DO INSTRUMENTAL

1ª etapa

Receba a turma em roda de conversa e verifique se possuem alguma dúvida sobre a proposta
de trabalho do componente Projeto de Vida e da autoavaliação do Diálogos Socioemocionais.
Acolha e responda as dúvidas e possíveis inseguranças, reforçando que a autoavaliação tem como
propósito o autoconhecimento para a potencialização das aprendizagens na escola e na vida.
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

Lembre-se de que a autoavaliação deve estar a serviço do desenvolvimento dos(as)


estudantes, e nunca ser utilizada como dispositivo de punição, moralização ou criação de
estereótipos na turma.

No momento da devolutiva, reforce aos(às) estudantes os caminhos possíveis para que


desenvolvam as competências que, nesse momento, se apresentam como mais frágeis.
Sinalize para a turma a importância da colaboração e da responsabilidade de todos(as)
com a aprendizagem.

32 2ª etapa

Distribua o instrumental das rubricas (ou acesse o link para a avaliação), e peça para que os(as)
estudantes reflitam um pouco sobre si mesmos(as), antes de responder a cada pergunta.
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

Essa autoavaliação é formativa, na medida em que promove o pensamento do(a)


estudante para o próprio desempenho. Para isso, não basta apenas o(a) estudante
declarar que seu desempenho em determinada competência, por exemplo, foi nível 3.
É preciso que ele(a) traga, também, pelo menos uma evidência que diga por que ele(a)
está nesse nível e não em outro.

Em geral, as evidências podem ser explicitadas pelos(as) estudantes quando o(a)


professor(a) os(as) estimula por meio de perguntas que os(as) fazem pensar na
relação entre suas metas e seu desempenho, nas situações concretas que vivenciou
ao participar do componente Projeto de Vida ou em outras situações dentro e fora da
escola em que exercitou a competência em questão.

Uma primeira rodada de perguntas desse tipo é suficiente para que os(as) estudantes
comecem a “pensar com evidências” quando se autoavaliam usando o instrumento.

O maior efeito dessa autoavaliação não é o “efeito retrovisor”, de avaliar o que passou,

Este material está em processo de co-construção e validação


mas o “efeito bússola”, de olhar para a frente, guiando caminhos para continuar se
desenvolvendo. Por isso, a possibilidade de obter informações rápidas e de oferecer
devolutivas contínuas sobre as aprendizagens faz dessa autoavaliação de competências
uma potente ferramenta pedagógica. Aliás, aprender a dar bons feedbacks é uma
estratégia a ser exercitada no dia a dia pelos(as) professores(as). Feedbacks podem ser
mais ou menos eficazes, dependendo do uso que se faz das devolutivas.

A DEVOLUTIVA COLETIVA

1ª etapa

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


Analise a resposta dos(as) estudantes – inclusive observando se algum precisa de um
acompanhamento mais próximo, como uma conversa individual. Atente-se às características
que os(as) jovens tenham demonstrado durante suas aulas, aos momentos em que você os(as)
observou nos trabalhos em time ou no intervalo entre as aulas. Prepare a etapa de devolutiva
com a turma de modo a não expor as questões individuais, mas guiando a conversa pelos
registros que permitem fazer combinados no coletivo (ainda que sejam combinados para
grupos).

Na primeira devolutiva do ano, será a oportunidade para pactuar quais serão os focos de 33
desenvolvimento daquele ano. Nas demais, será a oportunidade para acompanhar como os(as)
estudantes estão se vendo no trabalho de desenvolvimento das competências priorizadas.
Pode ser necessário repactuar caminhos para favorecer o desenvolvimento das competências

DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
priorizadas pela turma. Compartilhe a responsabilidade pelos combinados com a turma, pois
isso apoia o desenvolvimento do protagonismo dos(as) estudantes!

2ª ETAPA

Oriente a turma para que se organize em roda de conversa e explique a atividade. Fique
atento(a) para perceber se há incômodo por parte de algum(a) jovem e reforce o propósito da
devolutiva coletiva, que nada mais é do que uma conversa, é um diálogo entre vocês.

Na primeira conversa, diga à turma que o objetivo é, após a conversa que terão, que os(as)
jovens definiam quais competências serão foco de seu aprendizado ao longo do ano. É
importante que os(as) estudantes tenham clareza de que desenvolverão outras competências,
além das escolhidas, mas que essas serão a centralidade das metas de aprendizagem e de seus
projetos de vida do ano. A Agenda do(da) estudante é uma forte aliada nessa conversa. Peça
que cada um(a) conecte a conversa com o que registrou sobre o seu desenvolvimento ao longo
do período e registre os combinados realizados na conversa desta aula.

Este material está em processo de co-construção e validação


Para as conversas seguintes, lembre-se de que a devolutiva coletiva ajuda a retomar os
principais pontos do projeto, considerando a aprendizagem entre pares e a identidade coletiva.
Ele é excelente para uma retomada de consciência, de realinhamento do processo e para ordenar
os entendimentos. A Agenda segue sendo uma aliada nesta etapa. Peça que os(as) estudantes
mobilizem seus argumentos com base no que escreveram no campo da justificativa do
instrumental e também no que registraram nas Agendas. Desta forma a conversa fica objetiva e
pode render bons frutos para o desenvolvimento dos(as) estudantes.

Por fim, peça que os combinados e outras reflexões também sejam registrados na Agenda de modo
que possa ser retomado para conversas futuras, possa ser completado durante as atividades da
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

disciplina e ser consultado sempre que o(a) estudante quiser refletir sobre o seu próprio processo
de desenvolvimento de competências socioemocionais e seus objetivos de Projeto de Vida.

PARA SUA
PRESENÇA
PEDAGÓGICA

Devolutivas construtivas são aquelas em que o(a) professor(a), tendo esclarecido


previamente com a turma os objetivos da avaliação formativa e seu instrumento, tenta
se colocar no ponto de vista do(a) estudante e entender por que ele(a) falou ou se
34
autoavaliou de determinada maneira, valoriza os pontos de avanço e problematiza os
pontos frágeis como oportunidades de desenvolvimento.

SOBRE DEVOLUTIVAS:
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

Devolutiva não é conselho, exaltação ou avaliação por nota. Devolutiva é informação


sobre como estamos direcionando nossos esforços em direção ao alcance dos objetivos.
Se os(as) estudantes consideram a sala de aula um lugar seguro para errar, eles(as)
estão mais propensos(as) a utilizar a devolutiva para a aprendizagem. Devolutivas
efetivas ocorrem durante a aprendizagem, enquanto ainda há tempo de agir sobre ela.

É importante incentivar que os(as) estudantes deem devolutivas uns(umas) aos(às)


outros(as), desde que observados o vocabulário e o instrumento em que estão sendo
avaliados(as). Estudantes precisam ter clareza sobre seus alvos de aprendizagem – o que é
esperado que eles(as) alcancem – senão a devolutiva se torna somente alguém falando para
eles(as) o que fazer, o que não é efetivo para desenvolver a autorregulação da aprendizagem.

O(A) professor(a) dá a devolutiva a partir do nível em que o(a) estudante se avaliou e


da avaliação que você próprio(a) realizou sobre a turma, levando em consideração o
contexto da atividade, e não baseado(a) em cenários abstratos e genéricos.

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ANEXO – 1º CICLO
ANEXO 1.1.

EU ME AMO!

Na década de 1980, quando você ainda nem era nascido(a), as bandas de rock nacional viraram
uma febre no país. Grupos como Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho, Titãs, Capital Inicial e
muitas outras fizeram centenas de shows, principalmente nas regiões Sul e Sudeste, e gravaram
LPs que batiam recorde de vendas (para quem não sabe, naquela época não existia CD nem MP3!

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


A mídia utilizada era o LP, abreviação para long play, também conhecidos como “bolachão”, por
causa do formato redondo grande). É provável que você conheça algum ou alguns dos sucessos
dessas bandas, pois muitas delas existem até hoje.

Uma das bandas que estouraram naquele tempo chama-se Ultraje a Rigor (acesse <http://www.
ultraje.com/> se quiser conhecer mais sobre a banda). Antes da fama, seus componentes tocavam
cover de rock dos anos 1960, Beatles, punk e new wave. Algum tempo depois, a Ultraje gravou
uma música que virou sucesso: “Eu me amo”, composição do vocalista e guitarrista Roger. Você
já ouviu ou conhece a letra dessa canção? Se tiver um computador ou smartphone conectado à
internet, ouça a música (disponível em: bit.ly/eumeamo. Acesso em: fev. 2017) e confira a letra:
35
Eu Me Amo
Ultraje a Rigor

DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
Há quanto tempo eu vinha me
procurando
Quanto tempo faz, já nem lembro mais
Sempre correndo atrás de mim feito um louco
Tentando sair desse meu sufoco
Eu era tudo que eu podia querer
Era tão simples e eu custei pra aprender
Daqui pra frente nova vida eu terei
Sempre a meu lado bem feliz eu serei

Refrão
Eu me amo, eu me amo
Não posso mais viver sem mim
Como foi bom eu ter aparecido
Nessa minha vida já um tanto sofrida
Já não sabia mais o que fazer
Pra eu gostar de mim, me aceitar assim

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Eu que queria tanto ter alguém
Agora eu sei sem mim eu não sou
ninguém
Longe de mim nada mais faz sentido
Pra toda vida eu quero estar comigo

Refrão
Foi tão difícil pra eu me encontrar
É muito fácil um grande amor acabar,
mas
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

Eu vou lutar por esse amor até o fim


Não vou mais deixar eu fugir de mim
Agora eu tenho uma razão pra viver
Agora eu posso até gostar de você
Completamente eu vou poder me
entregar
É bem melhor você sabendo se amar

QUIZ DA AUTOCONFIANÇA!
36
Agora que você ouviu a música ou leu a letra, forme dupla com um(a) colega para que enfrentem
o quiz da Autoconfiança! Vai funcionar assim:
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

1 Escolha quem da dupla ficará responsável por ler as perguntas.

2 O(A) outro(a) deve controlar o tempo, que é estipulado em 30 segundos, para perguntas
de múltipla escolha, e 1 minuto para perguntas abertas.

3 Ambos(as) responderão a todas as questões.

4 As respostas devem ser registradas nos Álbuns de Cartografia Pessoal.

Entendido? Pronto(a) para começar?

Pensando no trecho da música “Eu me amo”, “Já não sabia mais o que fazer / pra eu
gostar de mim, me aceitar assim”, responda:

1 O que você mais gosta em você?

a. Meu cabelo; a cor dos meus olhos; meu tamanho etc.


b. Os acessórios que uso (óculos, brincos, anéis, piercings etc.).

Este material está em processo de co-construção e validação


c. Meu jeito de ser, como, por exemplo, a forma como interajo e me comunico com os
outros.
d. Nenhuma das opções acima. Gosto mesmo é de...

2 O que você tem mais dificuldade em aceitar em você?

3 Você se respeita? Dê exemplo de uma situação real em que respeitou o próprio jeito de ser
ou foi coerente com sua forma de pensar.

Agora, pense no trecho da música: “Daqui pra frente nova vida eu terei / sempre a meu

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


lado bem feliz eu serei” e responda:

4 O que você acha que se acontecesse na sua vida daria a você mais confiança para caminhar
e buscar realizar sonhos?

a. Passar de ano e aprender muito sobre os conhecimentos da escola.


b. Fazer novas amizades, e, quem sabe, começar um namoro.
c. Estar próximo(a) da família, usufruindo dessa importante relação.
d. Todas as opções acima e mais uma coisa:  

37
ANEXO 1.2.

APRENDENDO E ESTUDANDO JUNTOS

DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
A gente estuda para aprender, aprofundar um conhecimento, fixar informações na memória,
descobrir coisas novas. Estudar junto com outras pessoas pode ser uma experiência
marcante. Primeiro, porque fica mais motivante. É sempre bom saber que não estamos
sozinhos(as), que temos com quem contar! Segundo, porque o que um(a) já sabe é o que
o(a) outro(a) está querendo saber. Essa troca é essencial para quem está aprendendo e para
quem já aprendeu – vocês sabiam que uma das melhores maneiras de fixar conhecimento é
ensinar alguém? Então, o desafio dessa atividade está lançado: estudar junto e entender o
que se aprende com isso.

Como vai ser?

Vocês vão se dividir em quartetos, trios ou duplas. Atenção: é importante que haja pelo
menos um quarteto, um trio e uma dupla, pois, ao final da atividade, vocês vão comparar essas
maneiras de agrupamento para estudar.

As duplas, os trios e os quartetos vão ser organizados por componente curricular. O(A)
professor(a) vai colocar no quadro ou em uma folha de papel os nomes de todos(as) os(as)

Este material está em processo de co-construção e validação


componentes curriculares e cada estudante vai se propor a estudar os conhecimentos que
estão sendo trabalhados em um deles. Ao final, os(sa) componentes que tiverem mais adesões
trabalharão com quartetos, enquanto os(as) que tiverem sido escolhidos(as) por menos jovens
terão duplas ou trios.

Lembrem-se: na hora de escolher, cada um(a) decide se prefere estudar algo que está
com dificuldade (e, por isso, precisa da ajuda dos(as) colegas para aprender mais) ou um
conhecimento que já está entendendo bastante (e, então, está disposto(a) a dar uma força para
os(as) demais).
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

Ah, uma informação importante: vocês terão 50 minutos para experimentar essa maneira de
estudar! Então, não percam tempo!

Algumas dicas...

•• Escolham um tema que todos(as) queiram estudar;


•• Antes de começar, escolham um(a) líder que tenha mais intimidade com o tema;
•• Apoiem-se mutuamente e não desistam quando surgir um problema;
•• Consultem livros e internet; partilhem anotações feitas nos cadernos.
38
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

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2º CICLO

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


39
MAPA DE ATIVIDADES

DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
ATIVIDADE 6
JULGAMENTO DAS NOVAS TECNOLOGIAS

Organizados(as) em times de defesa e acusação, os(as) estudantes debatem e


julgam as novas tecnologias, suas potências e limitações, e como elas conformam
nossa sociabilidade.

•• 06 AULAS

ATIVIDADE 7
IDENTIDADE NA REDE!

Debate regrado sobre os impactos das redes sociais nas identidades e seus usos na
escola.

•• 02 AULAS

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ATIVIDADE 8
MEUS DESAFIOS EM QUADRINHOS

A partir de questões, os(as) alunos(as) devem identificar e justificar um desafio


superado ao longo de seu percurso escolar, transformando suas respostas em
histórias em quadrinhos.

•• 02 AULAS

ATIVIDADE 9
MAIS RESPEITO!
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

Debate envolvendo imagens e a produção de uma minipublicação sobre o respeito


aos direitos humanos no dia a dia.

•• 02 AULAS
A seguir, apresentaremos mais um conjunto de atividades que contribuirá para a organização do
itinerário proposto para o Projeto de Vida com o objetivo promover o fortalecimento das questões que
abarcam a investigação do contexto, em um processo de ampliação de referências e conhecimentos,
para que o(a) jovem possa compreender as perspectivas presentes e os projetos para o futuro,
40 ampliando e consolidando a perspectiva de criação de seu Projeto de Vida.

Mais uma vez, indicamos que é importante adequar às atividades propostas ao tempo
disponibilizado para estas, posto que, a depender do ritmo e da participação da turma, algumas
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

podem levar mais ou menos tempo que o previsto.

De forma geral, recomenda-se a realização da Atividade 8 – Meus desafios em quadrinhos


antes de uma segunda etapa de preenchimento do instrumental do Diálogos Socioemocionais.
As outras atividades devem ser desenvolvidas de acordo com disponibilidade e adequação ao
contexto e às particularidades de cada turma.

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ATIVIDADE 6
JULGAMENTO DAS NOVAS TECNOLOGIAS

Organizados(as) em grupos de defesa e acusação, os(as) estudantes


RESUMO debatem e julgam as novas tecnologias, suas potências e limitações, e
como elas conformam nossa sociabilidade.

Estimular nos(as) alunos(as) um olhar crítico e questionador sobre as


OBJETIVO
tecnologias contemporâneas e seus usos.

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


COMPETÊNCIAS
Iniciativa social, assertividade, respeito, pensamento crítico, tolerância ao
INTENCIONALMENTE
estresse, persistência, confiança.
DESENVOLVIDAS

ORGANIZAÇÃO DA
O trabalho é feito com a turma organizada em times.
TURMA

DURAÇÃO PREVISTA 2 aulas.


41

PARA SUA

DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
PRESENÇA
PEDAGÓGICA

Nesta atividade, os(as) estudantes são convocados(as) para tomar um partido (de
defesa ou acusação das tecnologias) que não necessariamente é o deles(as). Além
disso, em debates como este, é comum que se tenha um posicionamento em que
confluem pontos positivos e negativos. Além da habilidade de argumentação, com
esse tipo de experiência, pretende-se que os(as) jovens percebam competências
importantes, tais como foco, resiliência, tolerância ao estresse, persistência, empatia,
confiança etc. A proposta é que os(as) estudantes sejam estimulados(as) a construir
formulações bem fundamentadas, ainda que alinhadas a uma posição da qual,
eventualmente, eles(as) discordem.

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DESENVOLVIMENTO

1ª ETAPA (PRIMEIRO ENCONTRO)

Receba a turma e apresente a proposta da aula, ou seja, os(as) estudantes estão convidados(as) a
elabor um pensamento crítico e questionador sobre as tecnologias mais presentes em seu dia a
dia, como os celulares e smartphones e as redes sociais.

2ª ETAPA
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

Inicie apresentando o percurso que será trilhado pela turma neste e no próximo encontro.
Detalhe as etapas do julgamento que será realizado e de seus objetivos. Exiba o curta-metragem
Thursday (Quinta-feira), de Matthias Hoegg. Disponível em: <https://goo.gl/oUZSZH>. Acesso
em: 21 mar. 2019.

Trata-se de uma animação ambientada em um futuro não muito distante, em que todas as
atividades são automatizadas e mediadas por máquinas e computadores, contrapondo-se a
modos orgânicos de vida na natureza (representados por alguns pássaros no vídeo). Após a
exibição de Thursday, peça para que os(as) alunos(as) apresentem suas percepções. Abaixo,
42 algumas questões para mediar o diálogo com a turma:

•• Qual o ponto de vista da animação sobre um mundo dominado pelas novas tecnologias?
Vocês compartilham desse ponto de vista?
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

•• Como imaginam que será a relação das pessoas com as tecnologias em um futuro próximo?

3ª ETAPA

Em seguida, explique que a atividade se desenrolará em um julgamento, em que estará


em jogo um debate sobre a importância da tecnologia nos dias de hoje, suas potências e
limitações, e sobre como ela conforma nossa sociabilidade. Explique também que o restante
desse encontro será destinado à preparação para o julgamento, que acontecerá, de fato, no
encontro seguinte.

Para começar, organize a turma, por meio de sorteio, em: juízes (dois[duas] alunos[as]),
acusação (metade dos[as] alunos[as]), defesa (outra metade dos[as] alunos[as]). Em seguida,
cada um desses grupos deve se reunir separadamente. Esse será o momento em que defesa e
acusação poderão elaborar com detalhes seus argumentos para o julgamento, que avaliará se as
tecnologias são culpadas ou inocentes.

Este material está em processo de co-construção e validação


Para isso, oriente os grupos de defesa e acusação a elaborar, pelo menos, um forte
argumento relacionado às três temáticas das tecnologias: internet, redes sociais e
smartphones. Tais argumentos devem ser embasados na própria experiência dos(as)
estudantes: o que eles(as) experimentam de bom e ruim com essas novas tecnologias, o que
acreditam que poderia ser diferente, o que era melhor ou pior antes e depois delas.

Incentive que os grupos anotem seus argumentos, com detalhes, em seus cadernos e
agendas, pois o julgamento ocorrerá no próximo encontro, e será importante que tenham
em mãos as acusações e as defesas planejadas.

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


Durante esse tempo, sugira que os(as) juízes(as) se revezem no acompanhamento de cada um
dos grupos, para avaliar como se passa a discussão (mas eles(as) devem apenas observar!).
Repasse para os(as) juízes(as), também, as funções que eles(as) deverão exercer no próximo
encontro, conforme as orientações do segundo encontro, que se encontram logo a seguir.

Mobilize os(as) estudantes para que registrem as discussões do dia em suas agendas, para
que possam utilizá-las no próximo encontro. Ao final, reforce a importância da presença de
todos(as) no próximo encontro, para o sucesso da atividade.

4ª ETAPA (SEGUNDO ENCONTRO) 43

Inicie pedindo que os grupos de acusação e defesa se reúnam para relembrarem os


argumentos desenvolvidos no encontro anterior.

DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
Em seguida, peça que a turma se organize espacialmente na sala: acusação para a direita,
defesa para a esquerda e juízes(as) ao centro. Os(As) juízes(as) serão responsáveis por abrir o
debate de cada temática, por controlar o tempo de argumentação dos grupos e por organizar
o debate. Para cada tema, serão 5 minutos para a acusação apresentar seus argumentos,5
para a defesa fazer a mesma coisa e outros 5 de debate, em que os grupos poderão rebater as
ideias expostas pelo lado oposto. A divisão segue o apresentado neste quadro:

O QUÊ? TEMPO COMO PROCEDER?

Acusação apresenta em 5 minutos. Defesa apresenta


Temática: internet 15 minutos
em 5 minutos. O tempo restante é de debate.

Acusação apresenta em 5 minutos. Defesa apresenta


Temática: redes sociais 15 minutos
em 5 minutos. O tempo restante é de debate.

Este material está em processo de co-construção e validação


Acusação apresenta em 5 minutos. Defesa apresenta
Temática: smartphones 15 minutos
em 5 minutos. O tempo restante é de debate.

Decisão dos(as) Quinze minutos para a formulação de um breve parecer.


25 minutos
juízes(as) Dez minutos para apresentação do parecer para a turma.

Após as argumentações das três temáticas, é a vez de os(as) juízes(as) tomarem a decisão, que
deve levar em conta os melhores argumentos.
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

Por 15 minutos, os(as) juízes(as) se reunirão para determinar quem ganhou o caso do Julgamento das
Tecnologias, se elas são culpadas ou inocentes. Nesse momento, o(a) professor(a) deve acompanhar
os(a)s juízes(as), instruindo-os(as) a formular um breve parecer, que pode seguir o seguinte modelo:

Após ouvir os argumentos da defesa e da acusação, consideramos as tecnologias culpadas/


inocentes. Levamos em consideração os seguintes argumentos: citar aqui os argumentos que mais
pesaram para a decisão.

44 5ª ETAPA

Finalize a atividade solicitando um feedback dos(as) alunos(as) sobre a experiência de um júri


simulado e sobre as competências socioemocionais acionadas durante a atividade. Abaixo,
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

propostas de questões mobilizadoras para esse debate:

•• Como foi a experiência de participarem de um júri simulado?


•• Quais os principais desafios na participação de um júri simulado?
•• Como é argumentar sobre determinada temática sabendo que todas as falas serão julgadas?
•• Quais competências foram utilizadas durante a atividade? Dê exemplos para ilustrar sua resposta.
•• Há alguma competência que você precisa desenvolver que lhe ajudaria no júri simulado? O
que é possível fazer para aprimorar essa competência dentro e fora da escola?

Acrescente outras questões que você considere pertinentes para o debate sobre o júri simulado.
Convide os(as) estudantes para fazer perguntas uns(umas) aos(às) outros(as). E não se esqueça
lembrá-los(las) de registrar as principias questões do diálogo após a atividade nas Agendas.

•• Como a equipe que não obteve um parecer favorável se comportou? Qual a relação desse
comportamento com a tolerância à frustração?

•• A turma identificou a necessidade de ser tolerante ao estresse? Por exemplo, em situações em


que o argumento do outro lado parecia mais consistente que o seu? Como a equipe reagiu?

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ATIVIDADE 7
IDENTIDADE NA REDE

Debate regrado, sobre os impactos das redes sociais nas identidades e de


RESUMO
seus usos na escola.

Possibilitar que os(as) jovens reflitam sobre a maneira como suas identidades
OBJETIVO são impactadas pelos modos como atuam e interagem nas redes sociais.
Propor ideias para a utilização das redes sociais para o aprendizado escolar.

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


COMPETÊNCIAS
Curiosidade para aprender, foco, responsabilidade, iniciativa social,
INTENCIONALMENTE
assertividade e respeito.
DESENVOLVIDAS

ORGANIZAÇÃO DA Ao longo da atividade são propostas diferentes formações, com momentos


TURMA em roda de conversa, envolvendo a turma toda, e trabalho em trios.

DURAÇÃO PREVISTA 2 aulas.


45

PARA SUA

DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
PRESENÇA
PEDAGÓGICA

Os(As) jovens nascidos(as) entre os anos de 1980 e 1995, conhecidos(as) como


millenials, fazem parte da Geração Y. Essa geração ficou assim conhecida pois, ao
contrário das gerações anteriores (os babies boomers e a Geração X), eles estão
totalmente inseridos no contexto das transformações tecnológicas, participando
ativamente de redes sociais e do ecossistema digital. Para eles, a tecnologia não é algo
que cause estranhamento; pelo contrário, estabelecem com ela relações simbióticas, daí
também serem apontados como “jovens ciborgues”. A Geração Z (nascidos[as] do final
da década de 90 do século 20 até o ano 2000), os(as) nativos(as) digitais, deve acentuar
a conectividade na maneira de estabelecer relações pessoais, virtuais e produtivas de
maneiras inéditas e inovadoras.

No entanto, o que seus(suas) estudantes pensam sobre redes sociais, em particular


o Facebook, e os usos que fazem dela? E o que a escola tem a ver com essas novas
tecnologias? Para trabalhar com essas e outras questões, será realizado um debate

Este material está em processo de co-construção e validação


regrado, um debate de opinião. A modalização didática desse tipo de gênero, segundo
Dolz e Schneuwly, deve envolver mais a construção coletiva de um ponto de vista sobre
determinado assunto do que o jogo de refutação e polemização. A esse respeito ver:
GOMES-SANTOS, Sandoval Nonato. Modos de apropriação do gênero debate regrado
na escola: uma abordagem aplicada. DELTA [on-line]. 2009. Disponível em: <bit.ly/
debateregrado>. Acesso em: jan. de 2018.

DESENVOLVIMENTO
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

1ª ETAPA

A proposta desta atividade é realizar um debate regrado sobre o tema “Identidade on-line” e a
sugestão de aquecimento é a leitura do texto a seguir ou projete-o com o apoio de um projetor
(ou o que estiver disponível na sua escola). Provoque os(as) estudantes a descobrir qual é a
dependência do jovem F.V.

“O período de preparação foi bem fácil e legal. Foi aquele momento em que a gente
46 acha que vai ser muito bom e fácil. Mas quando começou fiquei desnorteado. Admito:
me tornei muito dependente da internet, não consigo mais ficar um dia sem. Eu não
consegui dessa vez, mas vou ver se tento de novo qualquer dia.”
F.V., 17 anos
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

Provavelmente, alguém dirá, logo de cara, que é a internet. Conte que o depoimento faz
parte da experiência a qual um grupo de jovens estudantes cariocas se submeteu: ficar sete
dias sem internet. Mobilize a turma a pensar no que significa ficar sete dias desconectada
e se os(as) alunos(as) conseguiriam, do que mais sentiriam falta etc. Exiba os vídeos com o
registro das expectativas dos(as) participantes antes da experiência. Disponíveis em: <bit.ly/
oqueaconteceria> e <bit.ly/antes7dias>. Acesso em: 22 mar. 1019.

2ª ETAPA

Qual é a relação que seus(suas) estudantes possuem com a internet, particularmente com o
Facebook? Fomente a discussão entre a turma.

Para seu conhecimento e sua reflexão, recomendamos o trecho da entrevista em que


o sociólogo Zygmunt Baumam discute as relações de amizade no Facebook. Disponível
em: <bit.ly/amizadesdefacebook>. Acesso em: 22 mar. 2019.

Este material está em processo de co-construção e validação


A proposta a seguir é assistir ao vídeo: Vítimas do Facebook (Facebook Follies, 53’20”, Canadá,
2011), que, como o nome diz, propõe uma reflexão sobre os perigos que rondam a rede. Aproveite
para esclarecer que o documentário trará alguns temas importantes para alimentar o debate que
farão. Diga que você exibirá apenas um trecho, podendo disponibilizar o endereço na web para que
eles(as) possam assistir ao documentário na íntegra.

Durante a exibição, convide a turma para anotar os conceitos e fatos que acharem mais
significativos.

Sugerimos a exibição do seguinte trecho do documentário: do início até 13’28’’.

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


Disponível em: <bit.ly/vitimasdofacebook>. Acesso em: 22 mar. 2019.

3ª ETAPA

Antes de iniciar o debate sobre o tema, sugerimos a exibição de outro vídeo, que agora
tratará do uso das redes sociais na escola. Peça que os(as) estudantes continuem tomando
nota do que consideram mais significativo, para que o debate ganhe força. Exiba, na íntegra,
o videodocumentário: Uma escola entre redes sociais (22’28’’). Disponível em: <bit.ly/
escolaeredes> Acesso em: 22 mar. 2019.
47
Após assistirem aos vídeos, oriente a turma que se organize em trios para discutir suas opiniões.
As perguntas disparadoras a seguir podem auxiliar no debate:

DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
•• As redes sociais trazem para o âmbito público o que costumava ser particular. Qual é o
limite entre a exposição e a intimidade?

•• Como a escola poderia usar as redes sociais a favor da educação? Deem exemplos do que
poderia ser feito.

4ª ETAPA

Para iniciar o debate regrado, convide a turma para se organizar em roda de conversa e explique
as regras de funcionamento:

•• Todos poderão falar e apresentar seus pontos de vista. Para isso, devem pedir a palavra,
levantando a mão. O(A) professor(a) ficará atento(a), para garantir que as inscrições
sejam cumpridas.

•• O objetivo não é chegar a um consenso, esse não é um exercício para aferir quem tem
razão, quem está certo(a) ou está errado(a), e sim buscar construir juntos(as) um grande
caleidoscópio de pontos de vistas sobre o tema. Para isso, é imprescindível ouvir com

Este material está em processo de co-construção e validação


atenção os(as) colegas e respeitar as diferentes opiniões. Saber ouvir é tão importante
quanto saber falar.

•• Durante a mediação do debate, cuide para que diferentes jovens possam participar, evitando
que o debate seja localizado entre as mesmas pessoas.

•• Durante o debate, eles(as) podem citar trechos dos vídeos a que assistiram ou dar exemplos
que vivenciaram para dar sustentação aos argumentos.

5ª ETAPA
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

O debate deve finalizar com uma rápida avaliação pelos(as) alunos(as) da dinâmica da atividade,
bem como das questões que eles(as) avaliam que seguirão refletindo e conversando em outros
tempos e lugares.

Estimule a turma a refletir sobre quais competências socioemocionais lançaram mão para a
realização da atividade. Em que outros momentos, de sua aula ou de outros(as) professores(as),
a turma tem utilizado essas competências? Eles(as) percebem algum desenvolvimento desde as
atividades realizadas no primeiro ciclo? O que mudou?

Durante as discussões, é importante que você também apresente seu ponto de vista quanto ao
48 desenvolvimento da turma. Convide a turma para registrar os debates do dia em suas Agendas.

Observe as ideias que a turma trouxe para o uso das redes sociais na educação.
Algumas delas, talvez, você consiga colocar em prática, como, por exemplo, a criação de
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

um grupo fechado no Facebook com todos os(as) estudantes da turma. Esse grupo ou
“sala de aula virtual” pode ter usos como: organizar tarefas e fazer lembretes; apoio de
registro pelos(as) jovens das questões de suas aulas; fórum de discussão permanente;
divulgação de filmes, eventos e outros temas de interesse cultural e educativo etc. Avalie
sua disponibilidade para fazer a gestão desse grupo e, se possível, convide colegas e a
própria turma para auxiliar você nesse processo.

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ATIVIDADE 8
MEU DESAFIO EM QUADRINHOS

A partir de questões, os(as) alunos(as) devem identificar e justificar um


RESUMO desafio superado ao longo de seu percurso escolar, transformando suas
respostas em histórias em quadrinhos.

Incentivar a reflexão sobre o percurso escolar dos(as) estudantes,


OBJETIVO
especialmente no que diz respeito às dificuldades superadas no trajeto.

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


COMPETÊNCIAS
Tolerância ao estresse, autoconfiança, tolerância à frustração,
INTENCIONALMENTE
imaginação criativa e competências da autogestão.
DESENVOLVIDAS

ORGANIZAÇÃO DA Ao longo da atividade são propostas diferentes formações, com momentos


TURMA em roda de conversa, envolvendo a turma toda e trabalho individual.

DURAÇÃO PREVISTA 2 aulas.


49

A IMPORTÂNCIA DE COMPARTILHAR

DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
Quando uma atividade é demandada aos(às) estudantes, ela envolve uma série de
expectativas e orientações que contribuem para formular um passo a passo para sua
execução.

As regras funcionam como guias de um percurso, mas não resultam nos mesmos
produtos, que costumam ser bem diversos. Por isso é tão importante compartilhá-
los com os(as) orientandos(as), evidenciando para os(as) alunos(as) diferenças e
semelhanças entre seus trabalhos e a pluralidade de produções que uma mesma
proposta pode gerar.

Ao compartilhar, o(a) aluno(a) também exercita um modo de se portar em público


e de encadear suas ideias, pois precisa escolher bem as palavras com as quais
vai explicar sua produção. Assim, se abre ao olhar do outro, às possíveis dúvidas
e questões colocadas pelos(as) colegas e pelos(as) professores(as), que podem
enriquecer seu trabalho.

Este material está em processo de co-construção e validação


DESENVOLVIMENTO

1ª ETAPA

O percurso escolar da maioria dos(as) estudantes apresenta altos e baixos, seja em relação ao
aprendizado e ao desempenho nas disciplinas, à adequação às regras e às normas que conformam
seu papel de aluno(a), seja à convivência com colegas, professores(as) ou funcionários(as) da
escola. A mesma coisa se aplica à trajetória das pessoas na vida pessoal e profissional.

Os(As) jovens precisam aprender a lidar com os obstáculos de modo confiante. O que se propõe a
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

eles(as) é um olhar retrospectivo sobre o próprio percurso escolar, buscando identificar alguma
situação desafiadora que tenham enfrentado com sucesso e o resultado positivo que alcançaram.
Não se trata de pensar no que deu errado, mas no que deu certo. Para compartilhar a experiência
com os(as) colegas, a sugestão é que cada aluno(a) crie uma narrativa visual, como uma história
em quadrinhos.

2ª ETAPA

Em seguida, peça que os(as) alunos(as) apresentem alguns exemplos de resiliência que eles(as)
50 conheçam, orientando-os(as) a pensar em personagens de desenhos, filmes e novelas, que são
ótimos para ilustrar o conceito (essa orientação é importante quando se trata de discutir resiliência,
pois exemplos de cunho pessoal e familiar podem vir à tona e não seriam apropriados para a
atividade. Ainda assim, quando essas questões aparecerem, não se esqueça de acolher o depoimento
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

do(a) estudante e, eventualmente, marcar outras conversas para aprofundar as discussões).

Exiba depois o vídeo No time for nuts (Sem tempo para nozes). Disponível no link: https://www.
youtube.com/watch?v=bhKJPzGcHhk.

3ª ETAPA

Proponha a reflexão sobre o percurso escolar e a produção da história em quadrinhos, primeiro


solicitando aos(às) alunos(as) que se lembrem de uma situação desafiadora que tenham
enfrentado e superado na vida escolar. Apresente depois a ideia de cada um(a) contar essa
lembrança na forma de uma história em quadrinhos (nesta etapa da atividade, é importante
destacar, novamente, que o desafio deve estar intimamente relacionado às atividades escolares).

As questões propostas abaixo podem ajudar no resgate dessas situações:

•• Por que era um desafio para mim?

Este material está em processo de co-construção e validação


•• Como consegui superá-lo?
•• Qual foi o resultado positivo disso para minha vida?

4ª ETAPA

Em seguida, oriente os(as) alunos(as) a transformar a experiência recordada em uma narrativa


visual, com desenhos e textos, que é a característica básica das histórias em quadrinhos, e
distribua a eles(as) o material necessário, passando estas instruções:

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


• Dividir a folha A4 em quatro quadros, de modo que as ilustrações não fiquem muito
pequenas e possam ser visualizadas por todos(as) na rodada de compartilhamento. As
histórias poderão ter de quatro a 12 quadros;
• Elaborar um breve roteiro antes de iniciarem os desenhos, o que ajuda a organizar as
ideias, a prever quantos quadros serão necessários para contar a história e também a
definir qual será o conteúdo de cada quadro;
• Formular algumas perguntas básicas para estruturar o roteiro e construir uma história
com começo, meio e fim: Quem são os personagens? O que aconteceu? Por quê? Como
a situação se desdobrou? Quando e onde ocorreu?

51
5ª ETAPA

É importante que os(as) estudantes compartilhem suas produções. Nesta etapa, cada aluno(a)

DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
pode pregar sua história na parede com fita-crepe. Depois, a turma poderá circular pela sala por
alguns minutos, lendo todas as histórias produzidas pelos(as) colegas, e depois se organizar em
uma roda para o fechamento da atividade com um debate.

Para fomentar a discussão, questione-os(as) sobre a importância de enfrentar desafios para


atingir a realização escolar e profissional e busque traçar com eles(as) relações com as histórias
em quadrinhos que respondam a essa questão.

Finalize a aula mobilizando a turma para refletir e registrar em suas Agendas sobre as
competências necessárias para o enfrentamento de questões desafiadoras. Auxilie os(as)
estudantes a ter visibilidade sobre como as atividades de Projeto de Vida podem contribuir para
que lancem mão de competências socioemocionais. Quais competências precisaram acionar para
desenvolver essa atividade? Quais dessas competências os(as) estudantes consideram ter mais
desenvolvidas? Quais são as evidências para as respostas dadas? Quais apresentam mais desafios?

Este material está em processo de co-construção e validação


ATIVIDADE 9
MAIS RESPEITO

Debate envolvendo imagens e a produção de uma minipublicação sobre o


RESUMO
respeito aos direitos humanos no dia a dia.

Promover debate e reflexão acerca do respeito aos direitos humanos nas


OBJETIVO
relações cotidianas.
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

COMPETÊNCIAS
Respeito, iniciativa social, imaginação criativa, competências da
INTENCIONALMENTE
autogestão.
DESENVOLVIDAS

ORGANIZAÇÃO DA Ao longo da atividade são propostas diferentes formações, com momentos


TURMA em roda de conversa, envolvendo a turma toda, e de trabalho em trios.

DURAÇÃO PREVISTA 3 aulas.

52

PARA SUA
PRESENÇA
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

PEDAGÓGICA

Esta atividade é composta por uma série de etapas que estão conectadas e que, em boa
medida, são interdependentes. Tudo começa com um exercício de análise de imagens,
seguido por uma conversa e pela produção de uma minipublicação, sendo que a
temática que perpassa tudo isso é a do respeito e da cidadania. São etapas simples, mas
todas devem ser cumpridas para que o objetivo final seja alcançado. Afinal de contas,
o que está em jogo aqui é a produção de um material oriundo de uma rica e complexa
discussão coletiva. Por isso, para que nenhuma etapa seja prejudicada, é importante ter
foco e determinação no trabalho e cumprir os tempos estipulados. Assim, a atividade
pode ser completada sem desfalques da proposta inicial.

Para essa aula, será preciso providenciar cópias do texto Direitos humanos (Anexo 2.1.,
ao final deste material).

Este material está em processo de co-construção e validação


DESENVOLVIMENTO

1ª ETAPA

Organize os(as) alunos(as) em trios, distribua cópias do Anexo 2.1. e convide-os(as) a realizar as
ações do dia de forma autônoma.

•• Circule entre os trios durante a atividade, esclarecendo dúvidas, estimulando o


envolvimento de todos(as) e lançando questões para reflexão e debate.

•• Ajude os(as) alunos(as) a realizar o desafio proposto a eles(as): a criação de uma

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


minipublicação. A ideia é que seja simples, mas fruto de uma reflexão rica e de um esforço
coletivo.

2ª ETAPA

Para finalizar, reúna os(as) estudantes em uma roda de conversas e peça que eles(as) apontem
o que aprenderam na atividade de hoje, quais foram os principais desafios para a construção da
minipublicação e como eles(as) fizeram para superá-los. Faça também uma breve avaliação dos(as)
jovens, apontando as competências que eles(as) mobilizaram para a realização da atividade.
53

DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

Este material está em processo de co-construção e validação


ANEXOS – 2° CICLO
ANEXO 2.1.

DIREITOS HUMANOS

Nosso tema de hoje é o respeito aos direitos humanos. Não vamos explicar o tema a vocês,
alunos(as). Trouxemos apenas algumas imagens para que debatam (estas estão nas próximas
páginas). Para isso, a turma deverá dividir-se em trios. A tarefa de cada trio é indicar, abaixo das
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

imagens, que situações de desrespeito aos direitos estão sendo criticadas. Também pedimos que
vocês produzam, no quadro ao lado de cada imagem, uma outra (pode ser desenho, colagem,
história em quadrinhos ou charge) ou um breve texto que faça uma crítica relacionada à mesma
questão.

Vocês terão 20 minutos para essa atividade.

Depois, é hora de compartilhar a reflexão e os resultados com os outros trios. Para isso, todos
se reunirão numa roda. Um(a) representante de cada trio vai mostrar o que o grupo produziu e
contar como foi a discussão.
54
Esse compartilhamento vai durar 15 minutos.

Em seguida, vocês vão se organizar da forma que julgarem mais adequada para produzir uma
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

pequena revista artesanal, de oito páginas (contando com a capa), sobre o tema: Mais respeito!
Cada página deverá ter o tamanho de meia folha A4. Sugerimos, também, o seguinte conteúdo
por página:

•• Capa;
•• Páginas 2 e 3: texto de dois parágrafos que responda à pergunta “Direitos humanos: E eu
com isso?”;

•• Páginas 4 e 5: imagens sobre o tema. Selecionar entre as que vocês produziram na primeira
parte do encontro de hoje;

•• Páginas 6 e 7: enquete (entre os(as) alunos(as) da turma). Um(a) aluno(a) vai recolher uma
frase de cada colega que responda à pergunta: “Para você, o que é respeito?”;

•• Página 8: nome das pessoas que realizaram essa minipublicação, indicando quem fez o quê.
Vocês terão 35 minutos para criar a revista artesanal. Em seguida, para finalizar, reúnam-se
novamente em roda e discutam o que aprenderam com as atividades desse encontro.

Este material está em processo de co-construção e validação


Meus pais me deram Nela eu cresci.
uma bolha quando
eu era bem pequena. Estudei nos mais
caros colégios e
Eles queriam o cursos.
melhor para mim.
Viagem para
Barcelona, Paris,
Bariloche e Cancún.

O meu mundo é tão


belo e descolado.

De repente, encanro
algo ESTRANHO ao
MEU ambiente.

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


Algo que NÃO
deveria estar aqui.
E me deparo com o
ABISMO.

55
mais mais
amor. empatia.

DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
Por favor.

Por favor.

Por favor.
mais
respeito
mais
tolerância.

Por favor.

Este material está em processo de co-construção e validação


Acorrentei o garoto Depois, acorrentei o
que tentou me policial que deveria
assaltar no Aterro. estar e plantão e ter
evitado o assalto.
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

Daí acorrentei o
político que deveria
cuidar da Segurança
Pública, da Então me
Urbanização e da acorrentei.
Educação.

E pensar que
votamos nele...

56
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

Este material está em processo de co-construção e validação


3º CICLO

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


57
MAPA DE ATIVIDADES

DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
ATIVIDADE 10
SEMANA DA GENTILEZA

Exercício de levantamento de demandas, de planejamento e execução de uma


semana de fomento a atitudes de gentileza na escola.

•• 03 AULA

ATIVIDADE 11
O QUE É TRABALHO?

Discussão sobre o que é o trabalho, apresentando entendimentos e perspectivas


plurais sobre o tema, de modo que os(as) jovens possam relacioná-los aos seus
projetos de vida..

•• 02 AULAS

Este material está em processo de co-construção e validação


ATIVIDADE 12
ENFRENTANDO A LEI DE MURPHY

Dinâmica com as máximas da Lei de Murphy para (as)os jovens pensarem nas
atitudes necessárias ao enfrentamento das adversidades, sem desistir de suas
metas.

•• 03 AULAS
No presente documento, apresentamos mais um conjunto de atividades que contribuirá para a
organização do seu plano de aula para o próximo ciclo.
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

Indicamos que é importante adequar às atividades propostas ao tempo disponibilizado para


estas, posto que, a depender do ritmo e da participação da turma, algumas podem levar mais ou
menos tempo que o previsto.

58
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

Este material está em processo de co-construção e validação


ATIVIDADE 10
SEMANA DA GENTILEZA

Exercício de levantamento de demandas de uma semana de fomento a


RESUMO
atitudes de gentileza na escola.

Detectar demandas e planejar atitudes de gentileza no contexto da escola.


OBJETIVO Com isso, aprofundar a reflexão sobre a importância dos gestos de gentileza
para a dinamização do ambiente da escola.

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


COMPETÊNCIAS
Curiosidade para aprender, imaginação criativa, foco, organização,
INTENCIONALMENTE
iniciativa social, entusiasmo, empatia e respeito.
DESENVOLVIDAS

ORGANIZAÇÃO DA Ao longo da atividade são propostas diferentes formações, com momentos


TURMA em roda de conversa, envolvendo a turma toda, e de trabalho em times.

DURAÇÃO PREVISTA 2 aulas.


59

PARA SUA

DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
PRESENÇA
PEDAGÓGICA

Todas as atividades do projeto de vida estabelecem, em alguma medida, relação com


o cotidiano dos(as) estudantes, exatamente porque lidam com seus anseios, suas
perspectivas e seus desafios. Em algumas dessas atividades, como no caso da Semana
da Gentileza, essas relações ficam ainda mais explícitas. Isso acontece porque o exercício
propõe que os(as) alunos reflitam sobre situações que

acontecem ou poderiam acontecer com qualquer um(a) deles(as), nos diversos espaços
em que frequentam. Não se trata apenas de tornar a atividade mais atrativa para os(as)
alunos(as), mas também de tornar claras as interseções entre o que se aprende e se
vive no interior do ambiente escolar e fora dele.

Este material está em processo de co-construção e validação


DESENVOLVIMENTO

1ª ETAPA

Receba os(as) jovens e peça que se organizem em roda de conversa para que conheçam a
proposta e os objetivos da atividade. Exiba o vídeo Bumerangue da gentileza (tradução livre),
da ONG internacional Life Vest Inside, voltada à difusão da gentileza nas relações humanas. O
vídeo está disponível em: bit.ly/bumeranguegentileza. Acesso em: jun. 2018.

Discuta as impressões da turma sobre o vídeo. Acolha as contribuições. Será importante que
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

todos(as) tragam suas percepções sobre o vídeo.

2ª ETAPA

Convide a turma para pensar na proposta de uma Semana da Gentileza na escola. Para isso, peça
que se organizem em dois grandes times para a planejamento da ação. Apresente aos times o blog
Pense Coletivo, da Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, e peça que cada
time escolha três postagens que considerem interessantes para discutir com o restante da turma.

60 Para acessar o blog, os(as) estudantes precisarão de acesso à internet, seja em computadores da
escola, seja em seus aparelhos telefônicos. Caso esta não seja uma realidade para sua turma,
você pode imprimir algumas postagens e fazer prints de telas do blog para apresentá-lo à turma.
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

Distribua cópias do Anexo 3.1. para os times e, após a leitura das postagens, convide-os(as) a
buscar ideias no conteúdo lido para o preenchimento do quadro do anexo.

A leitura das postagens do Pense Coletivo, da Universidade Federal de Santa Maria, é


uma inspiração para a proposta dos(as) estudantes planejarem uma semana de atitudes
de gentileza na escola.

Não deixe de expor aos(às) jovens, no início da atividade, o objetivo do encontro: eles(as)
deverão idealizar ações para uma Semana da Gentileza na escola. Deixe claro que,
nesse momento, a atividade prevê apenas a imaginação dessa ação, mas que, se os(as)
alunos(as) desejarem, poderão realizá-la.

3ª ETAPA

Em seguida, promova um momento de socialização das discussões dos subgrupos e oriente


os(as) alunos(as) a combinar entre si uma estratégia para que todos(as) eles(as) coloquem em
prática as atitudes imaginadas nos times.

Este material está em processo de co-construção e validação


Os dois times deverão fazer o exercício, fictício, de criação de conteúdo sobre gentileza.
Eles podem se organizar para compartilhar essa produção com toda a comunidade escolar.
Seja pelas redes sociais, seja por meio de cartazes afixados na escola. Eles(as) devem pensar
em um nome para o post e em um texto sobre a importância da disseminação da gentileza
na escola. Devem, por fim, elaborar uma lista de dicas com as dez mais importantes
atitudes de gentileza a serem aplicadas no dia a dia da escola.

4 ª ETAPA

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


Para finalizar, peça que os grupos apresentem seus exercícios. Faça comentários e problematize
as produções. Debata com a turma sobre os aprendizados gerados na atividade. O que pretendem
colocar em prática em suas vidas? Como criar correntes de gentileza dentro e fora da escola?

Se considerar possível, mobilizador e pertinente, sugira que a turma execute uma


semana de fomento a ações de gentileza na escola. Essa ação pode gerar ótimos debates
e impactar nos Projetos de Vida de sua turma. Será fundamental que registrem toda a
experiência em suas Agendas.

61

DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

Este material está em processo de co-construção e validação


ATIVIDADE 11
O QUE É O TRABALHO?

Discussão sobre o que é o trabalho, apresentando entendimentos e


perspectivas plurais sobre o tema, de modo que os(as) jovens possam
RESUMO
relacioná-las aos seus Projetos de Vida e ao percurso desse componente
curricular.

Discutir o que é o trabalho a partir de algumas representações e perspectivas


ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

OBJETIVO sobre o tema. Ao final, os(as) estudantes são incentivados(as) a expor suas
próprias noções sobre o trabalho.

COMPETÊNCIAS
Curiosidade para aprender, foco, organização, iniciativa social e
INTENCIONALMENTE
assertividade.
DESENVOLVIDAS

ORGANIZAÇÃO DA Ao longo da atividade são propostas diferentes formações, com momentos


TURMA em roda de conversa, envolvendo a turma toda, e trabalho em trios.
62

DURAÇÃO PREVISTA 2 aulas.


DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

PARA SUA
PRESENÇA
PEDAGÓGICA

Sabe-se que, para boa parte dos(as) estudantes do Brasil, os sonhos e ideais do
trabalho são confrontados com demandas e necessidades correntes de contribuição no
orçamento familiar. Por isso, é importante que a discussão sobre o trabalho e o sentido
do trabalho possa também abarcar essas ansiedades. Nos materiais utilizados para essa
atividade, pouco se toca nessa questão, mas é provável que ela apareça nos momentos
de debate e conversa propostos. Nesses casos, exercer sua presença pedagógica com
cuidado e delicadeza é fundamental. Por um lado, é importante que essa questão não
seja colocada de escanteio, de modo que os(as) jovens possam elaborar um pensamento
crítico a respeito dela. Por outro, deve-se manter certo distanciamento, caso os relatos
e as opiniões trazidos à tona levem para a roda de conversa, por exemplo, problemas
familiares que não podem ser resolvidos dentro de sala de aula. Busque outros espaços
e tipos de apoio dentro e fora da escola para esses casos.

Este material está em processo de co-construção e validação


Para ampliar o repertório de referências sobre o tema dos encontros, uma sugestão é O
sentido do trabalho, vídeo da Fundação Dom Cabral. Nele, o professor Ricardo Carvalho,
da mesma instituição, participa de uma entrevista em que discute o trabalho como
lugar privilegiado da sociabilidade, no qual confluem dimensões técnicas, artísticas e
humanas. Trata-se de um vídeo institucional e especialmente voltado para os interesses
de executivos(as) e gestores(as) empresariais, sem, no entanto, deixar de abordar as
competências exigidas no

ambiente profissional contemporâneo e de questionar os efeitos do progresso


para um mundo sustentável e de partilha. O vídeo pode ser acessado em: bit.ly/

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


sentidotrabalho. Acesso em: jul. 2018.

DESENVOLVIMENTO

APRESENTAÇÃO

No início do encontro, peça que os(as) jovens se organizem em roda. Distribua cópias do Anexo
3.2. para a turma. Explique a dinâmica da atividade: deve haver um revezamento na leitura do 63
roteiro, que contém o passo a passo do encontro.

Há um tempo sugerido para cada uma dessas etapas, e é importante que todas elas aconteçam.

DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
Deixe isso claro para os(as) jovens e apresente brevemente as quatro etapas, de modo que
eles(as) mesmos(as) possam gerenciar o tempo de cada uma delas.

Confira as etapas da atividade e o teor de cada uma delas:

1ª ETAPA – O QUE É O TRABALHO? (10 MINUTOS)

Abertura, em que é apresentada a etimologia e alguns significados da palavra trabalho.

2 ª ETAPA – TEMPOS MODERNOS (20 MINUTOS)

Apresentação de trecho do filme Tempo modernos (disponível em: bit.ly/cenafabrica. Acesso


em: jul. 2018).

Discuta brevemente o trecho do filme com a turma.

Este material está em processo de co-construção e validação


3 ª ETAPA – TRABALHAR POR QUÊ? (20 MINUTOS)

Leitura de trechos da reportagem “O trabalho perdeu o sentido?”, publicada na revista


Época Negócios (disponível em: <bit.ly/sentidodotrabalho>. Acesso em: jul. 2018).

Faça a discussão sobre o sentido do trabalho. A partir dessa etapa, oriente a turma a se
dividir em trios.

4 ª ETAPA – O TRABALHO PARA NÓS (20 MINUTOS)


ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

Conversa sobre o que é o trabalho para eles(as) e como relacionam essa temática a seus
Projetos de Vida.

Ao fim do encontro, parabenize a turma pela qualidade da discussão e busque fazer uma
breve amarração sobre as principais ideias. Peça aos(às) estudantes que falem sobre seus
Projetos de Vida em relação ao mundo do trabalho. Lembre-se de mobilizar a turma para o
registro das discussões em suas Agendas.

64
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

Este material está em processo de co-construção e validação


ATIVIDADE 12
APLICANDO A LEI DE MURPHY

Dinâmica com as máximas da Lei de Murphy para os(as) jovens pensarem


RESUMO nas atitudes necessárias para o enfrentamento das adversidades, sem
desistir de suas metas.

Discutir, de forma lúdica, quais atitudes são necessárias para buscarmos


OBJETIVO atingir nossas metas de desenvolvimento pessoal, sem desanimar nem

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


desistir diante das adversidades inerentes à vida.

COMPETÊNCIAS
Imaginação criativa, foco, organização, persistência, autoconfiança,
INTENCIONALMENTE
iniciativa social e entusiasmo.
DESENVOLVIDAS

ORGANIZAÇÃO DA Ao longo da atividade são propostas diferentes formações, com momentos


TURMA em roda de conversa, envolvendo a turma toda, e de trabalho em times.

65
DURAÇÃO PREVISTA 2 aulas.

DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
PARA SUA
PRESENÇA
PEDAGÓGICA

Nessa atividade, vence o grupo que mais pontos conseguir acumular a partir da criação
de regras da Lei de Murphy. Está colocada aí uma competição, mas ela é proposta mais
como uma estratégia para estimular a produção e a reflexão dos(as) alunos(as) do que
propriamente como uma disputa. O importante de todo o processo é trazer ainda mais
insumo para a discussão da temática. Por isso, em momentos como esse, é importante
cuidar para que a competição não deixe de ser amigável e tranquila.

Para esta aula, providencie cópias do Anexo 3.3., disponível ao final deste ciclo.

Este material está em processo de co-construção e validação


DESENVOLVIMENTO

1ª ETAPA

Inicie a atividade perguntando aos(às) alunos(as) se conhecem a Lei de Murphy e as suas


“regras”. Quem conhecer deve preencher uma cartela em branco com uma das “pérolas” dessa
divertida forma de dizer que as coisas podem dar errado, sempre, e que devemos encarar isso
com bom humor.

2ª ETAPA
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

Distribua cópias do Anexo 3.3. e indique que os(as) estudantes devem se revezar na tarefa de
ler e colar no quadro as cartelas com a definição da Lei de Murphy, que trazem algumas de suas
máximas mais conhecidas.

3ª ETAPA

Após a leitura coletiva, solicite que os(as) alunos(as) se reúnam em dois pequenos grupos para
66 realizar um jogo.

O jogo consiste em dois desafios:


DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

1 Cada grupo tira em sorteio duas cartelas, cada uma indicando um determinado contexto,
e elabora regras da Lei de Murphy para cada circusntância. Os times terão 20 minutos.
Cada regra vale um ponto. Regras repetidas e muito semelhantes serão consideradas uma
única regra. As cartelas com as regras criadas devem ser coladas no quadro.

2 O segundo desafio é preencher o quadro Enfrentando a Lei de Murphy. O grupo terá 20


minutos. Vence o time que fizer mais pontos.

4ª ETAPA

Para finalizar a atividade, oriente a turma a se organizar em roda para um debate a partir
do seguinte questionamento (ou de outro que você considerar mais pertinente para o
momento): O que esta brincadeira com a Lei de Murphy nos indica como reflexão sobre a
construção do Projeto de Vida?

Este material está em processo de co-construção e validação


Retome as atitudes e ações que os(as) alunos(as) indicaram no segundo desafio do jogo e trabalhe
a importância das competências que precisaram lançar mão em cada um dos desafios. Nesse
momento, é importante que a turma consiga significar os aprendizados gerados partir de uma
atividade lúdica e pensar nas formas como irão expandir esses conhecimentos para outros
momentos na escola, em outras aulas, e em suas relações fora da escola.

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


67

DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

Este material está em processo de co-construção e validação


ANEXOS – 3º CICLO
ANEXO 3.1.

Pensando sobre a gentileza em nossa escola...

DURANTE AS AULAS NA ESCOLA...

Falta gentileza em:


ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

Lista de gestos simples, que podemos praticar e divulgar na próxima semana, para melhorar isso:

DURANTE O RECREIO E MOMENTOS DE LAZER NA ESCOLA...

Falta gentileza em:


68
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

Lista de gestos simples, que podemos praticar e divulgar na próxima semana, para melhorar isso:

NOS RELACIONAMENTOS NA ESCOLA...

Falta gentileza em:

Lista de gestos simples, que podemos praticar e divulgar na próxima semana, para melhorar isso:

Este material está em processo de co-construção e validação


ANEXO 3.2.

O QUE É O TRABALHO?

Essa é uma pergunta difícil de responder. Certamente, não há um conceito ou significado


universal para o trabalho. Apesar disso, podemos buscar nas diferentes noções e representações
desse termo algumas pistas para começar nossa conversa, que acontecerá ao longo de todo o
ano, caminhando em diversas direções. Podemos pensar, por exemplo, nos vários modos de
organização do trabalho, que vão do trabalho informal, passando pela divisão de trabalho na
sociedade industrializada e chegando aos modos mais atuais, como o coworking. Outra chave

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


possível de discussão do trabalho é a partir das profissões: aquelas mais tradicionais, como as
relacionadas à medicina e ao direito; aquelas que já não existem mais; e as novas profissões,
especialmente aquelas relacionadas às tecnologias digitais.

Hoje, para iniciar as discussões do bimestre, a proposta é conversar sobre o trabalho numa
perspectiva ampla, para descobrir o que o trabalho significa para nós e que papel ele ocupa no
Projeto de Vida de cada um. Afinal de contas, trabalhar é bom ou ruim? É uma obrigação, uma
necessidade, um direito ou um prazer? Ou será que ele pode ser tudo isso ao mesmo tempo? O
portal Dicionário Etimológico apresenta a origem da palavra trabalho da seguinte maneira:

A palavra "trabalho" tem sua origem no vocábulo latino "TRIPALIUM": 69


denominação de um instrumento de tortura formado por três (tri) paus
(paliu). Desse modo, originalmente, "trabalhar" significava ser torturado
no tripaliu. Quem eram os torturados? Os escravos e os pobres que não

DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
podiam pagar os impostos. Assim, quem "trabalhava", naquele tempo, eram
as pessoas destituídas de posses. A partir daí, essa ideia de trabalhar como
ser torturado passou a dar entendimento não só ao fato de tortura em si,
mas também, por extensão, às atividades físicas produtivas realizadas pelos
trabalhadores em geral: camponeses, artesãos, agricultores, pedreiros etc. Tal
sentido foi de uso comum na Antiguidade e, com esse significado, atravessou
quase toda a Idade Média. Só no século XIV começou a ter o sentido genérico
que hoje lhe atribuímos, qual seja, o de "aplicação das forças e faculdades
(talentos, habilidades) humanas para alcançar um determinado fim". Com
a especialização das atividades humanas, imposta pela evolução cultural
(especialmente a Revolução Industrial) da humanidade, a palavra “trabalho”
tem hoje uma série de diferentes significados. (Disponível em: www.
dicionarioetimologico.com.br/trabalho. Acesso em: nov. 2014. Adaptado.)

Já o Michaelis – Dicionário de Português On-line – apresenta uma série de definições para


trabalho, entre elas:

Este material está em processo de co-construção e validação


1 Ato ou efeito de trabalhar. 2 Exercício material ou intelectual para fazer ou
conseguir alguma coisa; ocupação em alguma obra ou ministério. 3 Esforço,
labutação, lida, luta. 4 Aplicação da atividade humana a qualquer exercício
de caráter físico ou intelectual. 5 Tipo de ação pelo qual o homem atua, de
acordo com certas normas sociais, sobre uma matéria, a fim de transformá-la. 6
Esmero ou cuidado que se emprega na feitura de uma obra. 7 A composição ou
feitura de uma obra.

Como podemos perceber, a noção de trabalho da Antiguidade é bem diferente da que


temos hoje em dia. Ainda assim, será que conseguimos definir um significado para ela?
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

Ou, nesse ponto da nossa reflexão, deveríamos mudar a pergunta para: qual o sentido do
trabalho para nós?

Essas dúvidas vão nos guiar pelas próximas etapas desta atividade!

TEMPOS MODERNOS

Tempos modernos é um longa-metragem do ator, diretor e humorista inglês Charlie Chaplin,


que viveu de 1889 a 1977. Nesse filme, lançado em 1936, Chaplin encarna o seu famoso
70 personagem O Vagabundo (The Tramp), que vive o dia a dia das fábricas num mundo moderno e
industrializado. Desde que foi lançado, o filme é considerado uma das grandes obras do cinema,
por abordar de uma forma ao mesmo tempo crítica e divertida a sociedade da época.
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

Em uma das cenas do filme, que veremos logo mais, O Vagabundo está em seu posto, na linha de
montagem de uma fábrica, apertando parafusos. Ao seu lado, outros colegas executam funções
semelhantes. O dono da fábrica, que assiste a tudo isso sentado em sua confortável cadeira, pede
que as máquinas sejam aceleradas, de modo que a velocidade da produção também cresça... Até
o momento em que O Vagabundo, já enlouquecido, não consegue mais acompanhar esse ritmo
frenético e é “engolido” pelas máquinas.

Agora, assistiremos à cena acima descrita. Antes, porém, leia as perguntas a seguir e pense
sobre elas durante o filme (se for conveniente, anote suas observações na Agenda). Elas guiarão
a conversa que teremos em seguida, com a mediação do(a) professor(a).

•• Qual noção de trabalho está presente nessa cena de Tempos modernos? Em outras palavras,
se você tivesse que argumentar sobre o que é o trabalho do ponto de vista do filme, o que
você diria?

•• Se você estivesse na mesma posição que O Vagabundo, consegue imaginar qual seria o
sentido do trabalho para você?

Este material está em processo de co-construção e validação


O TRABALHO PARA NÓS

Agora, é a vez de vocês, ainda reunidos em trios, exporem o entendimento que têm acerca
do trabalho. Aqui, as respostas de vocês devem abarcar tanto as discussões levadas a cabo
hoje quanto as experiências e os exemplos que vocês veem entre seus(suas) parentes(as) e
conhecidos(as), na mídia e em outros espaços de interação.

As perguntas a seguir guiarão a discussão de vocês, que será mediada pelo(a) professor(a).
Mas elas são apenas pra início de conversa: caso alguém queira sugerir outra pergunta
ou levantar um ponto específico, pode ficar à vontade. Não se esqueçam de registrar os

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


aspectos mais importantes em suas Agendas!

•• O que é o trabalho para você?


•• Ao longo das aulas que utilizaram as atividades do Projeto de Vida, sua concepção
sobre o trabalho mudou? Como?

•• Qual o sentido do trabalho para o seu Projeto de Vida?


•• Como a escola está colaborando para o seu Projeto de Vida profissional?
E aí, a conversa deu pano pra manga? A discussão de hoje foi só mais uma dentro da
constelação de temáticas que envolvem o mundo do trabalho – e ela pode se desdobrar em
muitas outras, que também serão trabalhadas em Projeto de Vida nos próximos meses. 71

ANEXO 3.3.

DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
CARTELA1 – DEFINIÇÃO DA LEI DE MURPHY

LEI DE MURPHY – O QUE É E COMO SURGIU


“Se alguma coisa tem a mais remota chance de dar errado, certamente dará.” Há várias versões sobre
o surgimento dessa “regra” conhecida como a Lei de Murphy, que se aplica às mais diversas situações
da vida. A versão mais difundida – contada no livro Uma história da Lei de Murphy, de Nick Spark, ainda
inédito no Brasil – é a de que o autor da famosa frase é Edward A. Murphy Jr., major e engenheiro
da Força Aérea americana na década de 1940. A frase teria sido formulada após um acontecimento
típico da futura "lei": em um experimento para testar a tolerância humana à aceleração da gravidade,
um técnico tinha que encaixar 16 medidores de aceleração em uma máquina e, por força de uma "lei"
até então inominada, não acertou a posição de nenhum. Foi então que Murphy disse a tal frase e seu
colega John Stapp, um major com visão de publicitário, decretou a criação da "Lei de Murphy”.

Este material está em processo de co-construção e validação


Se alguma coisa tem a mais remota chance de dar errado, certamente dará.

Se alguma coisa pode dar errado, dará. E mais, dará errado da pior maneira, no pior momento e de
modo que cause o maior dano possível.

Nada é tão ruim que não possa piorar.

Todo corpo mergulhado numa banheira faz tocar o telefone.


ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

A informação mais necessária é sempre a menos disponível.

A fila do lado sempre anda mais rápido.

Se há possibilidade de várias coisas darem errado, todas darão – ou a que causar mais prejuízo.

Se você perceber que uma coisa pode dar errado de quatro maneiras e conseguir driblá-las, uma
quinta surgirá do nada.

72
Se a experiência funcionou na primeira tentativa, tem algo errado.

Você sempre acha algo no último lugar que procura.


DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

Toda partícula que voa sempre encontra um olho.

Se está escrito Tamanho Único, é porque não serve em ninguém.

A probabilidade de o pão cair com o lado da manteiga virado para baixo é proporcional ao valor do
carpete.

Tudo leva mais tempo do que todo o tempo que você tem disponível.

Se você tem alguma coisa há muito tempo, pode jogar fora. Se você jogar fora alguma coisa que tem
há muito tempo, vai precisar dela logo, logo.

Você sempre encontra aquilo que não está procurando.

Este material está em processo de co-construção e validação


Quando te ligam: a) se você tem caneta, não tem papel; b) se tem papel, não tem caneta; c) se tem
ambos, ninguém liga.

Oitenta por cento do exame final que você prestará serão baseados na única aula que você perdeu,
baseada no único livro que você não leu.

CARTELA INDICANDO OS CONTEXTOS

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


Lei de Murphy na Escola e nos Estudos

Lei de Murphy na Paquera

Lei de Murphy na Família

Lei de Murphy nos Relacionamentos em Geral


73

CARTELA PARA AS ATIVIDADES

DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

Este material está em processo de co-construção e validação


ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

74
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

Este material está em processo de co-construção e validação


ENFRENTANDO A LEI DE MURPHY

Atitudes e ações possíveis Exemplos de situações


para prevenir a ocorrência vividas pelos integrantes do
dessa regra ou para grupo, em que foi possível
Regra da Lei de Murphy
superar uma situação em superar uma situação da Lei
que ela aconteça (cada de Murphy (cada exemplo
exemplo vale 2 pontos). vale 5 pontos).

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


75

DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

Este material está em processo de co-construção e validação


4° CICLO
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

76

MAPA DE ATIVIDADES
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

ATIVIDADE 13
PALAVRAS-CHAVE PARA
O DESENVOLVIMENTO PESSOAL

Discussão sobre aspectos importantes para a vida e elaboração de um


glossário de atributos necessários a um projeto de futuro bem-sucedido.

•• 03 AULAS

ATIVIDADE 14
EU VOU CONSEGUIR! EU VOU CONSEGUIR!

Leitura e discussão de artigo sobre o otimismo, visando à construção de um


gráfico que explicitará a importância de conjugar, em uma meta, pensamento
positivo e ação.

•• 02 AULAS

Este material está em processo de co-construção e validação


ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS
ATIVIDADE 15
DE ONDE VIEMOS? PARA ONDE VAMOS?
77

Construção e registro da linha do tempo do Projeto de Vida. Identificação dos


passos dados durante o ano.

•• 2 AULAS

DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
ATIVIDADE 16
COMPARTILHANDO APRENDIZAGENS: PROJETO
DE VIDA EM IMAGENS

Planejamento, execução, apresentação avaliação dos aprendizados construídos


em Projeto de Vida, a partir de uma mostra à comunidade escolar.

•• 4 AULAS
Concluindo o quarto ciclo de Projeto de Vida, esse conjunto de atividades visam apoiar
a construção de seu plano de aula para o desenvolvimento intencional de competências
socioemocionais.

Mais uma vez, indicamos que é importante adequar as atividades propostas ao tempo
disponibilizado para estas em sua escola, posto que, a depender do ritmo e da participação
da turma, algumas podem levar mais ou menos tempo que o previsto.

Este material está em processo de co-construção e validação


ATIVIDADE 13
PALAVRAS-CHAVE PARA O DESENVOLVIMENTO PESSOAL

Discussão sobre aspectos importantes para a vida e elaboração de um


RESUMO
glossário de atributos necessários a um projeto de futuro bem-sucedido.

Identificar e promover uma discussão sobre as habilidades, os valores, as


OBJETIVO atitudes e as ações imprescindíveis ao alcance das metas de desenvolvimento
pessoal.
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

COMPETÊNCIAS
INTENCIONALMENTE Determinação, confiança, tolerância ao estresse.
DESENVOLVIDAS

ORGANIZAÇÃO DA Ao longo da atividade são propostas diferentes formações, com momentos


TURMA em roda de conversa, envolvendo a turma toda, e de trabalho individual.

DURAÇÃO PREVISTA 3 aulas.


78

PARA SUA
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

PRESENÇA
PEDAGÓGICA

Escrever palavras no quadro; fazer um apanhado geral do que os(as) colegas falam;
anotar os passos da aula: em alguns momentos ações como essas se fazem necessárias,
pois são importantes para registrar e organizar o andamento das atividades. Nesses
casos, sempre sugira um revezamento entre os(as) alunos(as),

para que, em cada momento, um(a) possa se responsabilizar pela tarefa. Desse modo,
o produto final será resultante de um esforço coletivo! Em outras atividades, por outro
lado, pode haver demandas mais especializadas, como a de desenhar figuras no quadro.
Nesses casos, aqueles(as) estudantes que se sentirem mais à vontade para levar a cabo
tal tarefa podem se voluntariar, sem que seja necessário que o revezamento abarque
todos(as) os(as) alunos(as).

Este material está em processo de co-construção e validação


DESENVOLVIMENTO

1ª ETAPA

Reúna os(as) alunos(as) em uma roda e peça para lerem, individualmente, a matéria “O segredo
do sucesso”, apresentada no anexo 4.1., ao final deste ciclo. Oriente-os a identificar quais
seriam, segundo a argumentação da autora do texto, os ingredientes da “equação do sucesso”.

2ª ETAPA

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


Peça que os(as) estudantes discutam e apresentem suas percepções sobre o texto. Em seguida,
oriente que cada jovem reproduza e complete a equação abaixo em suas Agendas.

SUCESSO 79

PARA SUA

DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
PRESENÇA
PEDAGÓGICA

Embora o texto apresente exemplos de grandes pessoas públicas e financeiramente


abastadas, é importante dialogar com os(as) estudantes sobre o que significa ser bem-
sucedido. O foco do texto não é o sucesso traduzido por riquezas e dinheiro, mas sim
conseguir realizar os objetivos e Projetos de Vida, à medida que se cria estratégias de
alcance e se dedica na realização desses objetivos.

Ser bem-sucedido(a), nesse sentido, significa se sentir realizado(a) após investir esforços
para a efetivação de seu Projeto de Vida.

Outro aspecto importante que pode ser suscitado pelos(as) jovens e precisa ser
discutido nesse momento é sobre as condições e oportunidades para se alcançar
objetivos. Muitas pessoas, embora tenham se esforçado para a realização de seus
objetivos, não obtiveram condições (que podem ser de cunho social, econômico,
educacional, de saúde etc.) para que seus esforços se traduzissem em realizações.

Este material está em processo de co-construção e validação


Essa discussão é fundamental para que a turma traduza a expressão bem-sucedido(a)
em contexto amplo e não limite sua percepção e compreensão sobre a questão às
pessoas famosas e ricas.

Cada estudante deverá identificar uma pessoa que admira e considera bem-sucedida.

Não vale escolher alguém famoso(a), tem de ser um(a) integrante da família ou do círculo de
convivência do(a) jovem. Escolhida a pessoa, o(a) estudante deve registrar em sua Agenda
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

um parágrafo descrevendo-a e explicando por que a considera bem-sucedida. Por fim,


ele(a) preencherá a equação abaixo com os elementos de sucesso que atribui ao(à) seu(sua)
personagem. O(A) aluno(a) não poderá repetir os mesmos elementos da primeira equação,
elaborada a partir da leitura do texto.

80
SUCESSO
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

3ª ETAPA

Convide os(as) estudantes para apresentarem os(as) personagens que escolheram


individualmente e os elementos da “equação do sucesso” que os(as) acompanha. Peça para
que alguém da turma registre, no quadro ou em um papel, todos os elementos de sucesso
mencionados nos relatos.

Selecione com a turma as 10 palavras-chave mais recorrentes. Com elas, os(as) alunos(as),
coletivamente, comporão o Glossário das Palavras-chave para o Desenvolvimento Pessoal.

Explique aos(às) jovens que o glossário é um instrumento similar ao dicionário, ele lista
termos e seus respectivos significados, contidos em um determinado texto ou obra ou
empregados em determinado contexto.

Para a atividade, o significado de cada palavra será discutido por todos(as), e os(as)
alunos(as) deverão anotar a lista em suas Agendas, de modo que os termos sirvam
de referência para o desenvolvimento pessoal de cada um(a). Estimule os(as) jovens a

Este material está em processo de co-construção e validação


contribuir para a construção do glossário, opinando sobre o significado das palavras
e discutindo sobre os sentidos que elas podem ter na perspectiva de seus Projetos de
Vida e do sucesso.

Finalize o encontro apresentando sua perspectiva sobre o trabalho realizado pelos(as) jovens e
apontando os pontos mais relevantes percebidos por você durante o processo de construção do
glossário. Não se esqueça de incluir nessa conversa a sua perspectiva sobre quais competências
socioemocionais eles(as) mobilizaram e por que elas foram relevantes. Crie um espaço para que
possam dialogar sobre quais competências precisam desenvolver para serem pessoas bem-
sucedidas na escola e na vida. O que eles(as) estão fazendo hoje para que essas competências

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


sejam desenvolvidas? O que eles(as) pretendem começar a fazer? É importante que a turma
registre essas reflexões em suas Agendas e que suas anotações sejam revisadas em outras
atividades, bem como no momento de realização da avaliação formativa socioemocional.

81

DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

Este material está em processo de co-construção e validação


ATIVIDADE 14
EU VOU CONSEGUIR! EU VOU CONSEGUIR!

Leitura e discussão de artigo sobre o otimismo, visando à construção


RESUMO de um gráfico que explicitará a importância de conjugar, em uma meta,
pensamento positivo e ação.

Refletir sobre a relação entre o otimismo, a ação e as conquistas dos(as)


OBJETIVO
jovens a partir da construção de um gráfico genealógico.
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

COMPETÊNCIAS
Foco, determinação, persistência, autoconfiança, iniciativa social e
INTENCIONALMENTE
entusiasmo.
DESENVOLVIDAS

ORGANIZAÇÃO DA Ao longo da atividade são propostas diferentes formações, com momentos em


TURMA roda de conversas, envolvendo a turma toda, e trabalho individual e em trios.

DURAÇÃO PREVISTA 4 aulas.


82

PARA SUA
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

PRESENÇA
PEDAGÓGICA

A linguagem está na base das relações sociais e é só a partir dela que conseguimos nos
expressar e comunicar. Mas não é apenas a linguagem verbal, manifesta em palavras
escritas e faladas, que cumpre essa função. Imagens, gráficos e sons também são
linguagens, e quanto mais dominamos essas linguagens, mais potencializamos nossa
capacidade de comunicação.

Cada uma com sua peculiaridade, as linguagens servem a objetivos diferentes. Nesta
atividade, por exemplo, é trabalhada a expressão por meio de gráficos (uma linguagem
predominantemente visual) e de narrativas (focada na dimensão verbal). Enquanto a
primeira é rica por seu poder de síntese e por convocar o olhar do(a) leitor(a), a segunda
permite um detalhamento maior do que é descrito, além de carregar as marcas pessoais
de quem conta uma história. Para esta aula, será necessário providenciar cópias do texto
“Os segredos do pensamento positivo” disponível no Anexo 4.2., ao final deste ciclo.

Este material está em processo de co-construção e validação


DESENVOLVIMENTO

1ª ETAPA

Inicie a atividade pedindo que a turma se divida em trios para realizar a leitura do artigo “Os
segredos do pensamento positivo” (da neurocientista Suzana Herculano-Houzel), presente
no anexo 4.1. O texto aborda o otimismo por um prisma científico e ressalta que, além do
pensamento positivo, devemos agir sobre o mundo para que nossos sonhos se concretizem.

Sugira que os integrantes do trio se revezem na leitura do texto. Ao final, inicie um

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


debate com a turma, instigando os(as) estudantes a refletir tanto sobre suas crenças
otimistas quanto sobre o modo como buscam correr atrás de seus desejos. Essa
conversa pode ser orientada por perguntas como:

• Vocês se valem de algum tipo de crença, promessa ou otimismo para alcançar seus
sonhos e desejos?
• Acreditam que essas crenças são suficientes para realizar seus objetivos ou concordam
que também é preciso agir no mundo?

2ª ETAPA 83

Continue discussão do texto com o preenchimento do gráfico genealógico (também presente


no Anexo 4.2.). Trata-se de um modelo de gráfico em que cada aluno(a) deve elencar um

DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
acontecimento positivo como ponto central, relacionado ao seu percurso escolar ou a outras
dimensões de sua vida cotidiana. A partir dele, devem ser identificados os passos necessários
para alcançá-lo e seus possíveis desdobramentos na vida profissional e cotidiana. Nessa etapa,
o trabalho é individual, mas os trios podem ser mantidos, para que os(as) jovens se ajudem
mutuamente, esclareçam suas dúvidas e sugiram novas ideias para seus(suas) colegas.

Esta atividade pretende destacar a relação causal e de encadeamento das nossas ações e a
importância do otimismo e da determinação para o sucesso. Instrua os(as) jovens quanto ao
preenchimento. Para isso, estimule-os(as) com questões como:

•• Quais foram os passos necessários para que o acontecimento positivo se concretizasse?


•• Qual foi o papel do pensamento positivo nesse processo? E de sua ação no mundo?
•• Como esse acontecimento se desdobra no presente ou se desdobrará no futuro?

Este material está em processo de co-construção e validação


COMO PREENCHER O GRÁFICO

Partindo do acontecimento central, destacado na imagem, estão delineados três


campos acima e três abaixo. Nos campos de cima, o(a) estudante deve elencar
os passos necessários e importantes para a realização do fato positivo. Nos de
baixo, devem estar escritos seus desdobramentos possíveis e esperados. Além
disso, há campos pontilhados, que devem ser preenchidos com outros elementos
e ações importantes para o acontecimento central e seus desdobramentos. Neles,
passos secundários, estados de ânimo com o processo, o otimismo e os níveis de
empolgação referentes a cada etapa devem ser manifestos.
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

Use sua criatividade, o importante é criar um espaço amistoso e propício para que você
e seus(suas) estudantes reflitam sobre as ações realizadas.

3ª ETAPA

Após o preenchimento, convide a turma para compartilhar seus gráficos. Nesse momento,
sugira que os(as) alunos(as) não apenas citem o conteúdo do gráfico, mas que contem a
história que está por trás de cada uma de suas etapas. Se na etapa de formulação do gráfico
84 a proposta era que os(as) estudantes condensassem longos processos em um modelo
sucinto, a narrativa da apresentação pede que eles(as) contem tal processo com um pouco
mais de detalhes. Se achar pertinente, peça aos(às) seus(suas) estudantes que também
tragam para a exposição competências que eles(as) creem que podem ajudá-los(las) nas
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

etapas dos gráficos. O objetivo dessa associação é apenas uma reflexão sobre como as
competências podem dialogar com os planos de futuro dos(as) estudantes.

4º ETAPA

Finalize o encontro reforçando com os(as) jovens como o gráfico elaborado por eles(as)
demonstra a potência do otimismo e a importância da ação na realização dos sonhos.

Este material está em processo de co-construção e validação


ATIVIDADE 15
DE ONDE VIEMOS? PARA ONDE VAMOS?

Construção e registro da linha do tempo do Projeto de Vida. Identificação


RESUMO
dos passos dados durante o ano.

Construir e registrar a linha do tempo de Projeto de Vida e identificar os passos


OBJETIVO dados no desenvolvimento de competências socioemocionais na busca pela
concretização dos sonhos.

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


COMPETÊNCIAS
Curiosidade para aprender, imaginação criativa, interesse artístico, foco,
INTENCIONALMENTE
organização, autoconfiança, iniciativa social, assertividade e respeito.
DESENVOLVIDAS

ORGANIZAÇÃO DA A atividade se desenvolve com a turma, em roda de conversa, e com


TURMA trabalho individual.

DURAÇÃO PREVISTA 2 aulas.


85

DESENVOLVIMENTO

DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
1ª ETAPA

Receba a turma e apresente o propósito da aula de hoje: construir uma linha do tempo
que registre o desenvolvimento de competências socioemocionais de cada um(a).

A proposta é que a turma use a criatividade. Vocês podem criar a linha do tempo
individual ou coletivamente. O importante é que cada estudante reflita sobre seus
processos de aprendizagem.

2ª ETAPA

Peça para a turma revisitar suas Agendas (o caderno ou material no qual registram
suas reflexões sobre si, sobre sua relação com o mundo e sobre suas expectativas para
o futuro). Apresente algumas questões disparadoras para essa leitura de memórias. A

Este material está em processo de co-construção e validação


seguir, serão apresentadas algumas sugestões. Acrescente perguntas que façam sentido
para seus(suas) estudantes. Dê um tempo para a turma fazer a leitura dos registros da
Agenda e responder às questões.

SUGESTÕES DE QUESTÕES DISPARADORAS


PARA A LEITURA DAS AGENDAS:

1 Como foi criar uma Agenda para registrar seus aprendizados?

2 O que você aprendeu fazendo registro de seus aprendizados na Agenda?

3
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

Qual foi a atividade mais interessante do ano? Por quais razões?

4 Quais competências foram desenvolvidas nessas aulas?

5 Você utilizou essas competências em outras atividades/outras matérias?


Dê exemplos.

6 Você utilizou as competências aprendidas e/ou desenvolvidas fora da escola?


Em quais situações?

3ª ETAPA

86 Distribua o material para a confecção da linha do tempo. Use o material disponível em sua
escola: cartolina, barbante, tinta, linha, material reciclado etc. Para apoiar na construção
da linha do tempo, apresente algumas orientações para orientar o trabalho:
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

a. A linha do tempo deverá relacionar as atividades de Projeto de Vida e as competências


socioemocionais potencializadas e/ou desenvolvidas nas atividades e nos momentos de
preenchimento das rubricas;
b. A linha do tempo deverá apresentar marcos temporais do ano escolar, ou seja, mês e/ou
dia em que o(a) estudante se recorda ter colocando uma competência socioemocional em
prática;
c. A linha do tempo deverá apresentar marcos temporais da vida, ou seja, momentos
em que os(as) estudantes se perceberam lançando mão de alguma competência
socioemocional nas relações fora da escola.
d. A linha do tempo deverá apresentar ações do passado, atividades e aprendizados do
presente e fazer uma projeção de desenvolvimento para o futuro.

Aproveite esta oportunidade e crie com sua turma outras referências necessárias para a
construção da linha do tempo.

Este material está em processo de co-construção e validação


4ª ETAPA

Ao final da elaboração da linha do tempo, peça a turma que se organize em roda de


conversa para que possam apresentar as produções. Aproveite esse momento para trazer
suas considerações sobre o desenvolvimento da turma. Mobilize os(as) estudantes para que
contem sobre a experiência sobre as reflexões intencionais sobre o desenvolvimento de
competências socioemocionais.

Apresente também os registros que você fez durante a experiência como professor(a) de
Projeto de Vida, como se planejou para dar as aulas e qual a importância desse trabalho em

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


sua vida profissional.

Se possível, converse com a equipe gestora de sua escola sobre a possibilidade de uma
exposição com as produções dos(as) alunos(as).

87

DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

Este material está em processo de co-construção e validação


ATIVIDADE 16
COMPARTILHANDO APRENDIZAGENS: PROJETO DE VIDA EM IMAGENS

Planejamento, execução, apresentação avaliação dos aprendizados construídos


RESUMO
em Projeto de Vida, a partir de uma mostra à comunidade escolar.

Propiciar um momento estruturado de avaliação e apropriação de resultado


OBJETIVO
dos aprendizados gerados no ano.
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

COMPETÊNCIAS
Imaginação criativa, interesse artístico, responsabilidade, organização,
INTENCIONALMENTE
autoconfiança, iniciativa social e entusiasmo.
DESENVOLVIDAS

Ao longo da atividade são propostas diferentes formações, com


ORGANIZAÇÃO DA
momentos em roda de conversa, envolvendo a turma toda, e trabalho
TURMA
em trios ou quartetos.

DURAÇÃO PREVISTA 4 aulas.


88

PARA SUA
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

PRESENÇA
PEDAGÓGICA

O principal objetivo de uma ação de Avaliação e Apropriação de Resultados é


possibilitar que os(as) jovens reconheçam e comemorem as conquistas alcançadas
durante o ano, valorizem as contribuições de cada membro(a) do time, pensem em
que a experiência vivenciada poderá inspirá-los(las), na escola e na vida.

SIGNIFICAÇÃO DA VIVÊNCIA NO PROJETO:

A atividade proposta aos(às) alunos(as) pretende ajudá-los(las) a significar a


experiência no componente Projeto de Vida. Vai além da avaliação, pois requer
que eles(a)s reflitam sobre o sentido de tudo o que viveram para suas vidas. Mais
que isso, é hora de provocá-los(las) a pensar na importância dos aprendizados
conquistados para outras oportunidades, na escola e na vida como um todo.

Este material está em processo de co-construção e validação


COMPARTILHAR APRENDIZAGENS E RESULTADOS:

É essencial um momento de culminância, em que as aprendizagens e os resultados


do trabalho desenvolvido sejam conhecidos por toda a comunidade. Por isso, dialogue
com a direção, os(as) demais professores(as), os(as) alunos(as) e os(as) parceiros(as) da
escola para planejar um evento capaz de explicitar toda a riqueza do trabalho realizado
nos últimos meses.

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


DESENVOLVIMENTO

1ª ETAPA

Inicie a aula em roda de conversa e apresente o objetivo da atividade das próximas aulas: os(as)
estudantes serão convidados(as) a preparar uma apresentação por meio de imagens ou recursos
audiovisuais para a comunidade escolar.

O objetivo dessa apresentação é avaliar as aprendizagens desenvolvidas e compartilhar esse


conhecimento com colegas, professores(as), equipe gestora e demais profissionais na escola. 89

Defina com a turma o que será feito. Lembre-se de que a proposta não é criar um grande evento, mas
de compartilhar aprendizados com a comunidade escolar, utilizando os recursos que a escola dispõe.

DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
Os(As) alunos(as) poderão apresentar uma exposição de fotos, a partir da qual narram suas
experiências nas aulas de Projeto de Vida. Podem fazer um vídeo, uma peça de teatro, uma
apresentação musical, um programa da rádio da escola etc. Explore ao máximo a criatividade
e colaboração da turma. O importante é que todos(as) estejam envolvidos(as) e que os
aprendizados das competências sejam apresentados.

Uma dica importante: Mobilize a turma para registrar todas as etapas da atividade com
fotos. Elas serão parte importante da memória desta atividade e podem ser uma ferramenta
interessante na 4ª etapa, quando farão a avaliação de todo o processo.

É IMPORTANTE CUIDAR DOS SEGUINTES PASSOS


PARA A REALIZAÇÃO DESTA ATIVIDADE:

1 Mobilização: Todos estão de acordo e animados para a elaboração desta


apresentação? A forma como você apresentará a atividade para a turma será

Este material está em processo de co-construção e validação


basilar para que os(as) estudantes se mobilizem para sua realização. Caso
algum(a) estudante não se sinta mobilizado(a) inicialmente, convide-o(a) para
participar das atividades, assim terá chance de conhecer melhor a proposta e
tomar decisão com mais segurança.

2 Planejamento: O planejamento é base fundamental para a realização de qualquer


projeto. Pense com a turma o que será feito, como será feito, quanto tempo será
necessário, quais são as condições reais de realização a escola dispõe etc.

Auxilie a turma na criação de um cronograma para a realização da atividade. Oriente-


os(as) a se organizarem em trios ou quartetos para dividirem as responsabilidades.
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

Lembre a turma de pedir autorização para a equipe gestora, caso utilizem espaços e
tempos da escola fora da sala de aula durante toda a atividade.

Todo planejamento deve ser registrado!

3 Execução: Esta é uma atividade a partir da qual a turma lançará mão de todas as
competências socioemocionais desenvolvidas e/ou potencializadas durante o ano.
Lembre-os disso. Seja apenas um mediador da atividade, auxiliando a turma a
atuar com autonomia.
90

2ª ETAPA
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

Chegou a hora de planejar a apresentação dos aprendizados de Projeto de Vida para a


comunidade escolar. Oriente a turma a:

d. Dialogar com a equipe gestora para realizar combinados sobre os espaços escolares
utilizados durante a atividade;
e. Criar uma lista com tudo o que precisa ser providenciado;
f. Fazer uma lista dos materiais necessários para a realização da atividade;
g. Organizar-se em time e definir com clareza quem será responsável pelo quê;
h. Criar um cronograma para toda a atividade. Nele, descreva a atividade, o tempo necessário
para sua execução e os responsáveis por ela. Veja um exemplo no Anexo 4.3.

Dica importante: Todo o planejamento deve ser registrado. Essa costuma ser uma etapa mais
desafiadora para os(as) jovens. Ajude a turma a compreender a importância do registro escrito
em projetos de pequena e grande escala.

Este material está em processo de co-construção e validação


3ª ETAPA

Chegou a hora da execução. Esse costuma ser um momento de muita ansiedade para a
turma. Deixe claro que você estará por perto para apoiá-los(las) no que for necessário.
Apresente o objetivo da atividade para a comunidade escolar. Fale sobre o percurso do
componente Projeto de Vida a explique as razões dessa apresentação. Crie um ambiente de
confiança para os(as) estudantes.

4ª ETAPA

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


Após a apresentação, realize uma roda de conversa com a turma para que possam avaliar a
atividade. A seguir, serão apresentadas algumas questões que podem lhe apoiar nesta mediação:

a. O que vocês mais gostaram na atividade?


b. O que menos gostaram?
c. O que foi mais desafiador?
d. Quais competências socioemocionais vocês mais usaram em cada momento da atividade?
e. O que a turma pretende levar dessa experiência para outras matérias?
f. O que a turma pretende levar dessa experiência para a vida?
91
Após a avaliação, convide a turma para fazer o registro dessa experiência em suas Agendas.

CONVITE ESPECIAL

DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS
Caro(a) professor(a),

Aproveite este momento para fazer sua autoavaliação sobre a experiência em


ministrar um componente que tem, por objetivo, o desenvolvimento intencional de
competências socioemocionais.

Registre suas conquistas e seus desafios no desenvolvimento das atividades e na


realização das rodadas de preenchimento das rubricas.

O que você pretende continuar fazendo, caso seja novamente responsável pelo Projeto
de Vida na escola? O que pretende modificar em sua mediação e presença pedagógica?

Compartilhe seu registro com os(as) profissionais com os(as) quais mantém interface
para o desenvolvimento desta proposta pedagógica.

Boa sorte!

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ANEXOS – 4º CICLO
ANEXO 4.1.

SEGREDO DO SUCESSO [2]

Pela primeira vez, começamos a entender quais são os fatores que levam ao sucesso.
Descubra por que algumas pessoas se dão bem na vida – e veja o que você pode fazer para chegar lá.

A maior de todas as crianças prodígio foi Wolfgang Amadeus Mozart. Aos 3 anos, o austríaco
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

começou a tocar piano; aos 5, já compunha; aos 6, se apresentava para o rei da Bavária de olhos
vendados; aos 12, terminou sua primeira ópera. Há séculos, ele vem sendo citado como prova
absoluta de que talento é uma coisa que vem de nascença para alguns(algumas) escolhidos(as).
Mas parece que não é bem assim. A vocação de Mozart não apareceu do nada. Seu pai era
professor de música e desde cedo dedicou sua vida a educar o filho. Quando criança, Mozart
passava boa parte dos dias na frente do piano.

As primeiras peças que compôs não eram obras-primas – pelo contrário, contêm muitas
repetições e melodias que já existiam. Os críticos de música, aliás, consideram que a primeira
obra realmente genial que o austríaco escreveu foi um concerto de 1777, quando o músico já
92 tinha 21 anos de idade. Ou seja, apesar de ter começado muito cedo, Mozart só compôs algo
digno de gênio depois de 15 anos de treino.

A regra das 10 mil horas


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Quer brilhar muito na vida? Passe 10 mil horas praticando. Pelo menos, foi isso que os grandes
especialistas de todas as áreas fizeram.

Entenda aqui o tamanho da encrenca:

1h
por dia
de 2010 a 2037
27
anos de esforço
Dê uma hora por dia (com fins de semana), por 27 anos.

3h
por dia
de 2010 a 2020
10
anos de esforço
Ou então, 3 horas diárias durante 10 anos.

8h
por dia
de 2010 a 2013
3,5
anos de esforço
Ou então, são 8 horas diárias durante 3 anos e meio.

2.  HUECK, Karin. In: Superinteressante, jul. 2010.Disponível em: <http://bit.ly/seg-sucesso>. Acesso em: jan de
2019 (Adaptado.)

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O mesmo pode ser observado com talentos das mais diversas áreas. Ronaldo, o Fenômeno, tinha
de ser arrancado dos campos de futebol quando criança, porque não queria fazer nada que não
fosse jogar bola. Os técnicos de Michael Jordan se lembram de que o jogador era sempre o primeiro
a chegar aos treinos e o último a ir embora. E mesmo Bill Gates, como bom nerd que era, não fez
sua fortuna do nada: quando adolescente, ele passou boa parte da sua (não muito agitada) vida
programando computadores enfurnado numa sala da Universidade da Califórnia. Ou seja, mesmo
aquelas pessoas bem-sucedidas, que parecem esbanjar talento, ralaram muito antes de chegar lá.

Isso faz todo o sentido, se considerarmos a nova maneira como os cientistas têm enxergado
a influência dos genes na formação de talentos. Aquilo que costumamos chamar de "talento

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natural para liderança" ou "aptidão nata para os esportes" parece não ter nenhuma relação com
nosso DNA. "Não há nenhuma evidência de que exista uma causa genética para o sucesso ou o
talento de alguém", diz Anders Ericsson, professor de psicologia da Universidade da Flórida que
há 20 anos estuda por que algumas pessoas são mais bem-sucedidas do que outras.

99% transpiração

Em 1992, pesquisadores ingleses e alemães resolveram estudar pessoas talentosas para entender o que
as diferenciava dos(as) reles mortais. Para isso, investigaram pianistas profissionais e os compararam
com pessoas que tinham apenas começado a estudar, mas desistido. (Pianistas são excelentes cobaias,
porque seu talento é mensurável: ou eles(as) sabem executar a música ou não sabem). O problema foi 93
que os cientistas não conseguiram achar ninguém com habilidades sobrenaturais entre as 257 pessoas
investigadas – todos eram igualmente dotados. A única diferença encontrada entre os dois grupos é
que os pianistas fracassados tinham passado muito menos tempo estudando do que os bem-sucedidos.

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Quer dizer, não é que tenha faltado talento para os amadores virarem mestres, faltou dedicação.

Tem que lutar, não se abater

Se treino é responsável por boa parte do sucesso das pessoas que chegaram ao ponto mais alto
do pódio, é preciso entender o que as levou a se esforçar tanto. Quem passa 10 mil horas da vida
se dedicando a qualquer coisa que seja tem pelo menos uma característica muito ressaltada: o
autocontrole. É ele que permite que a pessoa não se lembre que seria muito mais legal dormir ou
estar no bar do que trabalhando.

A questão é entender por que algumas pessoas abrem mão do prazer imediato em troca do trabalho
duro, e por que outras preferem sempre sair mais cedo do escritório. O processo mental, na verdade,
é muito simples: para ter autocontrole, é preciso não ficar pensando na tentação e focar naquilo
que é realmente importante no momento – por exemplo, terminar o serviço. É possível que esses
traços tenham uma origem genética, mas é mais provável que a diferença esteja em outro ponto
importante para entender o sucesso: motivação. Quem está motivado para ganhar uma medalha
olímpica ou fazer um bom trabalho também abre mão da soneca da tarde com mais facilidade.

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Dinheiro também não é a solução para todos os problemas. Nem sempre ele funciona como
um bom motivador. (Não deixe seu(sua) chefe ler isso se você estiver querendo um aumento.)
Num estudo da Universidade Clark, nos EUA, que testava a capacidade de voluntários(as) de
resolver problemas de lógica, o dinheiro só atrapalhou. Aqueles(as) que eram recompensados(as)
financeiramente para chegar à solução levavam muito mais tempo para resolver o problema.
Os(As) outros(as), sem a pressão do dinheiro, se deram melhor. Em muitos casos, acreditar
que você está fazendo algo relevante é mais eficiente para motivação do que um salário mais
rechonchudo. Não é à toa, então, que empresas que esperam resultados inovadores têm horários e
cobranças flexíveis – para esses(as) funcionários(as), fazer a diferença e a ilusão de independência
valem mais do que ganhar bem. "O desejo de atribuir significado ao nosso trabalho é uma parte
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inata e inflexível da nossa composição. É pelo fato de sermos animais concentrados no significado
que podemos pensar em nos render a uma carreira ajudando a levar água potável a Malaui rural",
escreve o filósofo pop francês Alain de Botton, em seu livro Os prazeres e desprazeres do trabalho.

Ter habilidade social também é fator determinante para ser bem-sucedido(a). E é esse o elemento
que foge das estatísticas da ciência. Em áreas em que os(as) mais talentosos(as) são sempre
recompensados(a)s, como nos esportes ou na música, a regra das 10 mil horas e a importância
da persistência fazem sempre sentido. Mas, em ambientes onde a competição é velada, como nos
escritórios, o talento pode facilmente ficar em segundo plano – e perder importância para o tête-
à-tête, as famosas afinidades. "A personalidade de uma pessoa afeta não só a escolha do trabalho,
94 mas, mais importante, quão bem-sucedida ela vai ser na carreira", diz Timothy Judge, especialista
em carreira e personalidade da Universidade da Flórida. Timothy revisou três estudos longitudinais
de pesquisadores que acompanharam a carreira de mais de 500 pessoas e chegou a conclusões
interessantes. Pessoas autoconscientes, racionais e que pensam antes de agir costumam ganhar
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mais e subir mais cargos. Já quem é extrovertido(a) e emocionalmente estável, é mais feliz. Para o
pesquisador, depois de anos observando as pesquisas, subir de status pode ser importante, mas o
fator mais determinante para o sucesso ainda é sentir-se realizado(a). "Se a pessoa está infeliz no
trabalho, tem de descobrir o que está atrapalhando. Senão, o sucesso não vem mesmo."

ANEXO 4.2.

“Os segredos do pensamento positivo”, Suzana Herculano-Houzel.

Os segredos do pensamento positivo[3]

Visualizar-se bem, imaginar tudo dando certo, atrair apenas coisas boas... A onda do
pensamento positivo que se propaga há algum tempo na literatura de autoajuda chegou

3.  Suzana Herculano-Houzel, neurocientista, é professora da UFRJ e autora dos livros O cérebro nosso de cada dia
e Sexo, drogas, rock'n'roll & chocolate (ed. Vieira & Lent). Arquivo disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/
equilibrio/eq0507200707.htm Acesso em: 22 mar. 2019.c

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recentemente a um novo ápice: a proposta de que basta pensar no seu objetivo com muita
convicção e você andará sobre a água, enriquecerá rapidamente e até fará com que um colar de
diamantes se materialize em seu pescoço.

O sucesso do filme Quem somos nós, que defende que a realidade física do mundo é criada pelo
pensamento, abriu as portas – e a mente do público – para os(as) escritores(as) que faturam alto
ensinando como alcançar tudo com o pensamento.

Ser otimista e pensar positivamente em nossos objetivos são realmente estratégias altamente eficazes.
O otimismo, que é a interpretação favorável dos resultados da vida e de nossas expectativas, é de fato
um ótimo pontapé inicial para o bem-estar. O otimismo nos leva à sensação antecipada de sucesso

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oferecida pelo sistema de recompensa do cérebro ao se visualizar bem-sucedido(a), uma grande
motivação para agirmos. Por isso, o derrotismo não leva a nada: que motivação seu cérebro pode
encontrar para fazer o que ele espera que dê errado?

No entanto, por mais que se imagine um colar de diamantes ao redor do pescoço, ele não
aparecerá ali sozinho. O cérebro constrói sua representação da realidade do corpo e dos
objetos externos a ele e trabalha com essas representações. Nesse sentido, a realidade mental
é de fato criada, mas de acordo com uma realidade física que resiste impávida ante os nossos
pensamentos. Por isso, os delírios e as alucinações são perigosos: como realidades criadas pelo
cérebro sem nenhum apoio no mundo real, levam o cérebro a agir de maneira desajustada, 95
incompatível com a realidade do mundo e das outras pessoas.

Portanto, por mais que se pense com otimismo em ganhar dinheiro ou colares de diamantes, eles

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não chegarão sozinhos pelo correio apenas pela força do seu pensamento. Não basta pensar: é
preciso agir sobre o mundo e usar o cérebro para mudar a realidade física por meio de nossas ações.

Se o alerta sobre os limites do pensamento positivo soa pessimista, pense de novo. Uma
descoberta importante da neurociência é que receber um prêmio ou dinheiro sem fazer força
pode até ser bom, mas não é nada que se compare ao prazer de conquistá-lo à força do nosso
próprio suor. O cérebro gosta de ter trabalho e de ser recompensado por isso. Segredo mesmo é
fazer para então merecer.

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Gráfico Genealógico
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ANEXO 4.3.

Modelo de Cronograma de Apresentação de Aprendizagens

CRONOGRAMA PARA A APRESENTAÇÃO DE APRENDIZAGENS

Atividade Material necessário Início Fim Responsáveis Status

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ANOTAÇÕES
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