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1º ano

DIÁLOGOS
SOCIOEMOCIONAIS
MAPA DE
ATIVIDADES
SUMÁRIO
16
1º CICLO
65
3º CICLO

45
2º CICLO
77
4º CICLO
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS
3
INTRODUÇÃO
Caro(a) professor(a),

DIÁLOGOS SOCIOEMOcIONAIS
Os documentos normativos da legislação brasileira e os currículos locais têm trazido para o
centro do debate educacional o conceito de educação integral. Como fundamento pedagógico,
a educação integral contempla uma visão de integração: do currículo escolar (frente a ainda
tão presente fragmentação), do desenvolvimento humano (compreendendo o desenvolvimento
pleno dos(das) estudantes em diversos âmbitos) e da escola na contemporaneidade.

Nesse cenário, localiza-se o Diálogos Socioemocionais, uma proposta que tem como objetivo
o desenvolvimento intencional das competências socioemocionais de cada estudante,
competências estas que são fundamentais para que eles possam viver, estudar, conviver e
trabalhar em um mundo cada vez mais complexo, incerto e em constantes e rápidas mudanças,
que são as marcas mais significativas e desafiadoras do século 21.

Este caderno então apresenta uma proposta de itinerário formativo para realizar o Diálogos
Socioemocionais com os(as) estudantes do 1º ano do Ensino Médio. Nele, você encontrará
estratégias e orientações que apoiarão seu planejamento para o trabalho com componentes
curriculares voltados à reflexão e à elaboração de projetos de vida pelos(as) estudantes. As

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SUMÁRIO
atividades propostas compreendem carga horária de aproximadamente 40 horas e podem ser
adaptadas pelo(a) professor(a), conforme seu conhecimento das turmas, sua disponibilidade de
tempo e/ou de recursos.

Portanto, é importante considerar a importância do planejamento no trabalho docente.


A ação de planejar é central, pois é a partir dela que se definem objetivos, expectativas de
aprendizagem e de desenvolvimento, escolhas metodológicas, modos de organização da
turma, processos avaliativos etc. Sem um bom planejamento, perde-se a intencionalidade e a
progressão do processo, bem como as oportunidades de promover a integração com as demais
práticas e propostas que acontecem na escola.
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

A seguir, apresentaremos os princípios e conceitos que são essenciais para o entendimento da


proposta e a realização de um bom trabalho.

Boa leitura!

PARA COMEÇO DE CONVERSA:


O PROJETO DE VIDA NA ESCOLA

4 Quando o currículo escolar abre espaço para que o Projeto de Vida dos(as) estudantes
seja um conteúdo a ser desenvolvido intencionalmente, a escola dá um passo em direção
aos anseios e desejos dos(as) jovens brasileiros(as) por uma educação que contemple
seus interesses e os(as) apoie na aprendizagem de ferramentas para a construção de seus
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

projetos de futuro.

Vale ressaltar que, Projeto de Vida não é sinônimo de projeto profissional. Realizar uma escolha
profissional é apenas uma dimensão de um Projeto de Vida. É preciso considerar a formação de
cada estudante em quatro dimensões indissociáveis: a pessoal, a cidadã e a profissional, incluída
nelas a dimensão do(a) jovem como estudante.

Na dimensão pessoal, os(as) jovens investigam sobre si mesmos(as), seus sonhos, seus
interesses e suas motivações no âmbito individual e na interação com os demais. Autoconhecer-
se é uma busca contínua pela compreensão de si mesmo(a). Envolve aprender a se aceitar, a
se valorizar, a desenvolver a capacidade de confiar em si, de se apoiar nas próprias forças e de
crescer em situações adversas sendo resiliente, estabelecendo objetivos de vida.

Em resumo, a dimensão pessoal envolve:

•• Conhecer-se, compreendendo suas emoções e como lidar com elas;


•• Reconhecer suas forças e apoiar-se nelas;

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SUMÁRIO
•• Ver valor em si mesmo(a);
•• Olhar para o futuro sem medo;
•• Identificar seus interesses e suas necessidades;
•• Estabelecer objetivos e metas e persistir em alcançá-los;
•• Ser aberto(a) às novas culturas, pessoas e ideias;
•• Identificar caminhos e estratégias para superar as dificuldades e alicerçar a busca da
realização de seus sonhos;

•• Vivenciar, refletir e dialogar sobre as maneiras como se relaciona com o outro e com o
bem comum;

•• Estabelecer significado às experiências na escola e fora dela;


•• Conhecer-se como estudante, identificando por que, com quem e como estudar e aprender.

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


Na dimensão cidadã, a busca é por uma compreensão do bem comum, das questões envolvidas
na convivência e na atuação coletiva. Compreender-se como parte de um coletivo e como parte
interdependente de redes locais e virtuais traz à reflexão o status planetário no qual estamos
todos(as) inseridos(as). Perceber-se um(a) cidadão(ã), que integra a construção da vida familiar,
escolar, comunitária e social, é um objetivo essencial nessa dimensão.

Em resumo, a dimensão cidadã envolve:

•• Reconhecer suas forças e apoiar-se nelas; 5

•• Agir com empatia, sendo capaz de assumir a perspectiva dos outros, compreendendo
as necessidades e os sentimentos alheios, construindo relacionamentos baseados no
compartilhamento e na abertura para o convívio;

DIÁLOGOS SOCIOEMOcIONAIS
•• Refletir e dialogar sobre as maneiras como vivenciam o compromisso com o outro e com o
bem comum;

•• Vivenciar e atribuir significados às experiências cotidianas na escola, em especial àquelas que


dizem respeito ao convívio e à atuação em grupos de trabalho escolares, nos projetos e nas aulas.

A dimensão profissional, por fim, traz uma provocação para que os/as jovens dirijam o
olhar à sua inserção produtiva. O trabalho, elemento que promove a intersecção entre a vida
pessoal e a vida em sociedade, é objeto de profunda reflexão e compreensão, com vistas a
um posicionamento do(a) estudante. O que está em foco é perceber interesses nesse campo,
identificar habilidades e conhecimentos que correspondem às aspirações profissionais, abrindo
caminho para o planejamento de metas e estratégias.

Em resumo, a dimensão profissional envolve:

•• A reflexão e o diálogo sobre seus interesses em relação à inserção no mundo do trabalho,


bem como a ampliação dos conhecimentos sobre os contextos, as características, as
possibilidades e os desafios do trabalho no século 21;

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•• A identificação, a valorização e o fortalecimento dos sonhos, as aspirações, os
conhecimentos, as habilidades e as competências de cada jovem, desenvolvidos ao longo da
sua trajetória escolar, familiar e comunitária;

•• Conhecer-se como estudante, identificando os caminhos de desenvolvimento e


continuidade dos estudos.

Em resumo, durante a proposta de trabalho com itinerário do Diálogos Socioemocionais


no 1º ano do Ensino Médio, abrem-se oportunidades para que cada jovem – considerando
as singularidades e a diversidade das culturas juvenis – assuma o protagonismo ao refletir
sobre si mesmo(a) para aprofundar seu autoconhecimento, ao estabelecer seus objetivos de
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desenvolvimento pessoal com o apoio do(a) professor(a), participando das atividades com vistas
ao desenvolvimento intencional do conjunto de competências socioemocionais que cada um(a)
escolheu como prioritárias para si mesmo(a).

Ao final de cada ciclo de atividades do itinerário proposto, professores(as) e estudantes


vivenciam a pausa para reflexão, que ocorre com o apoio do instrumento fundamentado
em conceitos de avaliação formativa e baseado em rubricas. A partir do diálogo com o(a)
professor(a) sobre como cada estudante observou o próprio processo de desenvolvimento
(autoavaliação) e do estabelecimento de metas e combinados para o próximo período, é que
o processo de desenvolvimento das competências socioemocionais torna-se intencional,
6 explícito e consciente.

Nas próximas páginas, apresentamos o que é avaliação formativa e como esse tipo de
concepção avaliativa acontece na proposta do Diálogos Socioemocionais.
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Como nas demais práticas pedagógicas, o registro tem grande importância. Para isso, a Agenda
do(a) Estudante tem como função ser tanto a “memória” do percurso percorrido quanto o
material para valioso instrumento de registro das reflexões e dos combinados.

A AGENDA DO(A) ESTUDANTE

A Agenda do(a) Estudante pode ser um caderno customizado pelos(as) próprios(as)


estudantes, uma espécie de agenda, na qual eles(as) podem fazer novas anotações
sobre seu desenvolvimento e seus objetivos.

Sugere-se que, nessa agenda, os(as) estudantes registrem, primeiramente, seus


objetivos de desenvolvimento em suas próprias palavras. Por exemplo, um(a)
estudante pode estar interessado(a) em aprender a falar em público, ou a conversar
com desconhecidos, ou a mediar conflitos etc.

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SUMÁRIO
Em um segundo momento, recomenda-se que professor(a) e estudante, por meio do
diálogo, possam estabelecer quais competências socioemocionais, dentre aquelas
priorizadas na política da Secretaria de Educação, podem melhor apoiar o(a) estudante
no alcance de seus objetivos.

Para tanto, é necessário que o percurso de desenvolvimento dos(as) estudantes tenha


intencionalidade e oportunidades reais para o desenvolvimento socioemocional e que
o uso do instrumento com as rubricas para a avaliação formativa seja utilizado ao
longo do processo.

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


AFINAL, O QUE SÃO COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS?

Na perspectiva do Instituto Ayrton Senna, a implementação da educação integral nas escolas


deve garantir o desenvolvimento de competências que combinem aspectos cognitivos e
socioemocionais. Isso significa possibilitar aos(às) estudantes a aprendizagem de qualidade
em habilidades que vão desde o letramento até o desenvolvimento de competências
socioemocionais, isto é: proporcionar uma base sólida para que os(as) estudantes mobilizem,
articulem e coloquem em prática conhecimentos, valores, atitudes e habilidades importantes
para a relação com os outros e consigo mesmo(a), para o estabelecimento de objetivos de vida e
para o enfrentamento de desafios, de maneira criativa e construtiva. 7

As competências socioemocionais se manifestam em pensamentos, sentimentos e


comportamentos e, uma vez consolidadas, tendem a afetar diferentes âmbitos da vida do(a)

DIÁLOGOS SOCIOEMOcIONAIS
estudante. O desenvolvimento dessas competências se dá ao longo da vida, com base em
experiências formais, como a escola, e informais, como ocorrências específicas da vida da pessoa.

A escola é um contexto formal de aprendizagem com particular importância para o


desenvolvimento de competências socioemocionais, uma vez que oferece inúmeras
oportunidades de identificar, desenvolver e colocá-las em prática. Na escola, crianças,
adolescentes e jovens passam parte significativa de seu tempo em contato com os saberes
curriculares, com os(as) colegas e com os(as) professores(as), enfrentando desafios, seja em
relação ao aprendizado, seja em relação ao convívio social.

MACROCOMPETÊNCIAS

Existem diferentes modelos que identificam e organizam as competências socioemocionais.


No caso do Diálogos Socioemocionais, a matriz de fundamentação é baseada em um modelo
científico que delimita cinco macrocompetências, conforme descrição a seguir.

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SUMÁRIO
•• Abertura ao novo – descreve o grau com que uma pessoa se mostra criativa, sensível a
diferentes estéticas, imaginativa e curiosa por ideias e outros modos de vida;

•• Autogestão – descreve o grau com que uma pessoa é centrada, organizada, diligente,
focada, pontual e persistente;

•• Engajamento com os outros – descreve o grau com que uma pessoa tem interesse por se
socializar, fazer amigos(as), ser gregária e experimentar o cotidiano com disposição e energia;

•• Amabilidade – descreve o grau com que uma pessoa é capaz de se colocar no lugar do outro,
sentir compaixão, acreditar nas boas intensões de outra pessoa e respeitá-la;

•• Resiliência emocional – descreve o grau com que uma pessoa é atravessada por
sentimentos de ansiedade, raiva e insegurança quando submetida a pressões
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interpessoais, estresse e frustrações.

As referidas macrocompetências são compostas por competências mais específicas, as quais


estão apresentadas na imagem a seguir:

Determinação Curiosidade
Tolerância
Organização para aprender
8 Iniciativa Social Empatia ao estresse
Foco Imaginação
Assertividade Respeito Autoconfiança
criativa
Persistência Entusiasmo Confiança Tolerância
Interesse
à frustração
Responsabilidade artístico
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ENGAJAMENTO RESILIÊNCIA ABERTURA


AUTOGESTÃO AMABILIDADE
COM OS OUTROS EMOCIONAL AO NOVO

O DESENVOLVIMENTO INTENCIONAL
DE COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS EM AULA

Qualquer atividade complexa ou desafiadora envolve, necessariamente, uma ou mais


competências socioemocionais para que sua execução seja efetivada com sucesso. Todavia, nem
sempre que obtemos sucesso em alguma atividade sabemos quais foram os comportamentos e
as habilidades que possibilitaram o êxito. Quando refletimos sobre o processo, nos apropriamos
mais do aprendizado proporcionado pela situação e ampliamos nosso repertório. Dessa forma,
ao nos depararmos novamente com um desafio no futuro, a probabilidade de sabermos lidar com
aquela situação é maior, generalizando o aprendizado da competência.

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SUMÁRIO
Por exemplo, refletir sobre o peso que comportamentos de estudo (ex.: planejamento do que
seria estudado por dia, organização do material, anotar e tirar as dúvidas, dentre outros)
realmente tiveram no aprendizado e nas notas faz com que aumente a probabilidade de esses
comportamentos serem adotados novamente quando surgir uma nova disciplina. Ou seja,
quando desenvolvemos intencionalmente uma competência, conseguimos entender o quanto ela
é importante e necessária para um determinado desfecho positivo e nos atentamos mais para
nosso comportamento futuro.

O(A) professor(a) mediador(a) é essencial para conduzir os(as) estudantes nesse processo de
reflexão e autoconsciência sobre quais competências estão sendo desenvolvidas e mediante

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quais experiências. As metodologias da educação integral são aliadas do(a) professor(a)
nesse processo. Essas são um conjunto de práticas de ensino que apoiam na promoção do
desenvolvimento pleno dos(as) estudantes. Elas orientam as práticas pedagógicas dos(as)
professores(as) para uma abordagem coesa, estruturada, intencional, compromissada,
colaborativa e problematizadora. Alicerçam a promoção do protagonismo dos(as) estudantes e
do desenvolvimento de competências cognitivas e socioemocionais.

Para a condução do Projeto de Vida dos(as) estudantes, priorizamos algumas delas:

A Presença Pedagógica é o exercício de interação, abertura, confiança e compromisso com o(a)


estudante, fortalecendo o vínculo interpessoal e a mediação de conflitos e da aprendizagem. Ela 9
trata da qualidade das interações e da mediação do(a) professor(a) e envolve:

•• O exercício do acolhimento e da abertura para construir uma relação de confiança com

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os(as) estudantes;

•• A mediação do(a) professor(a) nas situações de conflitos relacionais, buscando envolver


os(as) jovens na reflexão sobre os diferentes aspectos e na resolução do problema, em vez de
agir como o único resolvedor;

•• O compromisso do(a) professor(a) com relação à aprendizagem dos(as) alunos(as), traduzido


na confiança no potencial de cada um(a), nas expectativas elevadas sobre suas capacidades
de aprender e na persistência e no investimento em ensinar.

A Problematização convida o(a) estudante a “aprender a aprender”. O(A) professor(a) lança


desafios e questões para reflexão, faz boas perguntas e demanda que os(as) jovens elaborem,
de forma própria, o conhecimento. É um meio de provocar a participação, a criticidade, a
curiosidade e a superação do conhecimento simplesmente transferido. Nessa perspectiva:

•• O(A) estudante é o(a) construtor(a) do seu próprio conhecimento, possuindo papel ativo
no processo;

•• Todo conhecimento é construído a partir do que já se conhece e deve ser ensinado a partir
do conhecimento que o(a) jovem já traz para a aula;

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•• O conhecimento se origina da busca por respostas para problemas bem formulados. O(A)
professor(a) apresenta problematizações consistentes, possibilitando a mobilização de
diversos recursos cognitivos e de uma postura investigativa do(a) aluno(a) diante do objeto
de conhecimento;

•• O(A) professor(a) incentiva os(as) estudantes a pesquisar e os(as) acompanha e orienta


no percurso de investigação e de construção de argumentos provisórios, que vão sendo
discutidos e apurados, até que se chegue a uma resposta satisfatória e consistente para cada
questão lançada;

•• Em síntese, cabe ao(à) professor(a) instaurar na sala de aula um ambiente investigativo,


mobilizado pelos questionamentos dos(as) alunos(as) – de modo que cada jovem possa
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exercer uma postura de inquietação e curiosidade frente ao conhecimento.

A Aprendizagem Colaborativa trata essencialmente da promoção do trabalho colaborativo


entre os(as) estudantes nas situações de aprendizagem e convívio. Pode ser realizado em
duplas, pequenos times e em outras situações de ação coletiva. Esse modo de aprender promove
a ampliação da autonomia dos(as) estudantes em relação ao conhecimento e abre caminho a
novos modos de interação com o(a) professor(a) e com os pares, exigindo forte envolvimento e
compromisso de todos(as).

Para um trabalho colaborativo em times:


10

•• Cada membro(a) se preocupa com a própria aprendizagem, com a do(a) colega e com o
desempenho do time;

•• A responsabilidade da liderança é compartilhada por todos(as), em rodízio, e todos(as) os(as)


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estudantes realizam as tarefas;

•• As competências relacionais – liderança, comunicação, confiança, convívio – são alvo do


trabalho do time, pois geram aprendizados importantes;

•• Cada estudante é avaliado(a) pelo próprio desempenho e pelo progresso dos(as) demais. A
partir dessa avaliação os(as) membros(as) do time devem ser estimulados(as) a motivar e a
apoiar aqueles(as) que demonstrem algum tipo de dificuldade;

•• O(A) professor(a) acompanha o trabalho dos(as) estudantes circulando pelos times,


orientando-os(as) quando se desviam da tarefa, estimulando para que persistam nos
momentos de frustração, provocando-os(as) a pensar soluções antes de ouvirem sua
opinião, potencializando a aprendizagem.

O mapa de atividades do Projeto de Vida possibilita o desenvolvimento de diversas


competências socioemocionais. Cada atividade possui um quadro inicial com indicação de
quais competências serão promovidas. Independentemente da indicação, há metodologias que
favorecem o desenvolvimento intencional das competências que podem ser utilizadas por você,
professor(a), tanto para fortalecer alguma das competências listadas na introdução quanto
para inserir o trabalho com outras que julgue estratégicas para trabalhar com sua turma em

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um dado momento. A ressalva é de não focar no desenvolvimento de várias competências
concomitantemente, pois a ciência mostra que não é possível desenvolver com qualidade mais
de duas competências ao mesmo tempo.

Para que você esteja mais consciente sobre como está promovendo o desenvolvimento das
competências socioemocionais e tenha mais autonomia para a adaptação das atividades
para suas aulas, é importante conhecer sobre como diferentes abordagens promovem o
desenvolvimento de competências.

Programas mais efetivos no desenvolvimento de competências socioemocionais são aqueles bem

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estruturados, que apresentam as seguintes características[1]:

Possuem sequência Propõem experiências


didática que apoia na práticas variadas para
aprendizagem. O promover a
conhecimento é aprendizagem e se
mobilizado nas baseiam nas
atividades seguintes. metodologias ativas.

11

Possuem pelo menos Deixam claro para o(a)


um componente professor(a) e os(as)
específico para o estudantes o que está
desenvolvimento de sendo trabalhado e os

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competências objetivos de
socioemocionais. aprendizagem.

Nas atividades propostas para o itinerário do Projeto de Vida, esses elementos estão presentes
e se manifestam de forma balanceada entre as atividades. Por exemplo: a metodologia proposta
para algumas atividades valoriza o aspecto de explicitação das competências sendo trabalhadas.
Esse é o caso da atividade “O que é ser um(a) estudante protagonista”. Nesse caso, é proposta
uma roda de conversa sobre a conexão entre protagonismo e assertividade com base em um
texto. Os(As) estudantes são convidados(as) a refletir sobre essa conexão e elaborar argumentos.
Essa abordagem ajuda na explicitação das competências sendo promovidas.

A mesma atividade traz, em um segundo momento, uma abordagem mais focada na experiência,
apoiando-se nos aspectos ativos da aprendizagem. Por exemplo, quando ela convida os(as)
estudantes a produzir suas agendas, personalizando um caderno de acordo com sua preferência,

1.  Essa é a conclusão de estudos realizados pelo pesquisador Durlak e sua equipe, que publicou estudos em 2011 e em 2017.

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as competências da autogestão e a imaginação criativa. A intencionalidade no desenvolvimento
das competências não está explícita de antemão, mas as competências precisam ser mobilizadas
pelos(as) estudantes para que eles(as) completem a atividade.

De modo geral, as atividades buscam combinar essas duas abordagens para potencializar
o desenvolvimento das competências socioemocionais, de modo que os(as) estudantes
experienciem a mobilização das competências e estejam cientes sobre quais eles(as) estão
trabalhando mais intensamente em cada atividade.

Professor(a), você pode lançar mão dessas abordagens para propor o desenvolvimento
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intencional das competências já selecionadas para cada atividade, mas também pode
personalizar alguma atividade e propor novas, com base na necessidade da sua turma, escola
ou rede. Não se esqueça de outro elemento das atividades efetivas: o foco. Escolha uma ou duas
competências para explicitar em cada atividade, pois a ciência mostra que mais do que isso
não é adequadamente aprendido pelos(as) estudantes, com a possibilidade de gerar confusão.
Aproveite a sequência didática para trabalhar todas as competências que vocês priorizaram ao
longo do tempo, mas evite trabalhar várias ao mesmo tempo.

As metodologias da educação integral são aliadas nesse processo, e, ao serem combinadas


com as abordagens do desenvolvimento intencional das competências socioemocionais,
12 potencializam o alcance dos objetivos a cada atividade e a autonomia do(a) professor(a) e dos(as)
estudantes na construção coletiva do conhecimento.
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

A AVALIAÇÃO FORMATIVA

A avaliação da aprendizagem é tema recorrente nos debates educacionais. Já é um consenso que


a avaliação não pode ser concebida como medida, régua, e sim como orientadora, bússola. Para
tanto, se faz importante que os instrumentos de avaliação sejam diversificados, indo para além
das provas e notas.

No entanto, na perspectiva da educação integral e sua visão de desenvolvimento


pleno dos(as) estudantes, os debates voltam-se para como promover a avaliação das
competências socioemocionais.

O desenvolvimento de competências socioemocionais não pode ser avaliado com vistas a um


ideal de desenvolvimento, pois não existe um padrão ideal, um ponto de chegada. Cada ser
humano é único e irrepetível, e, na dinâmica dos acontecimentos da vida, mobilizamos nossas
competências socioemocionais de modo mais ou menos uniforme.

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Por isso, a proposta que o Diálogos Socioemocionais traz para apoiar o desenvolvimento de
competências socioemocionais é fundamentado em conceitos da avaliação formativa e no uso de
instrumento baseado em rubricas.

A avaliação formativa é uma concepção e prática avaliativa que visa acompanhar o


percurso de aprendizagem e de desenvolvimento de cada estudante que considera que
cada um(a) possui ritmos e modos de aprender distintos. Ela é realizada ao longo do
processo educativo, contando sempre com a devolutiva do(a) professor(a).

Muitos são os instrumentos que permitem a prática da avaliação formativa. Todos

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partem do princípio de planejar atividades abertas, colaborativas, que permitam a
autoavaliação, tais como produções textuais, dinâmicas em grupo, uso de rubricas,
dentre outras.

Esse instrumento foi construído a partir de evidências extraídas de estudos e pesquisas nacionais
e internacionais das 17 competências socioemocionais que compõem o modelo organizativo
apresentado no capítulo anterior, cuja relevância para diversos aspectos da vida foi levantada.

O uso do instrumento do Diálogos Socioemocionais é realizado ao longo de todo o processo


educativo. Em cada momento avaliativo, professores(as) e estudantes dialogam a partir
da autoavaliação do(a) estudante, induzida pelo instrumento, e constroem um plano de 13
desenvolvimento a partir das conclusões a que chegaram. Esse ciclo de autoavaliação/
devolutiva/plano de desenvolvimento possibilita aos(às) estudantes repactuar expectativas e
tomar consciência acerca do próprio desenvolvimento para se autorregularem.

DIÁLOGOS SOCIOEMOcIONAIS
Para que isso aconteça na prática, orienta-se que, como mediador(a) da aprendizagem, o(a)
professor(a) deixe claro o percurso sugerido; proponha atividades desafiantes, por meio das
quais os(a) estudantes tenham a oportunidade de se desenvolverem; dialogue a partir das
autoavaliações, realizando devolutivas estruturadas ao longo do caminho; e corrija a rota
quantas vezes forem necessárias para a obtenção dos melhores resultados possíveis. Nesse
percurso, os(as) estudantes são convidados(as) a apresentar evidências que justifiquem seus
posicionamentos no diálogo com os(as) professores(as). Essas percepções são analisadas por
ambos(as) e dão base para os combinados de próximos passos.

As principais características da avaliação formativa são:

•• Ser em si mesma um processo educativo que acompanha tanto a aprendizagem e o


desenvolvimento dos(as) estudantes quanto o próprio processo didático;

•• Ser dinâmica, porque fornece devolutivas que tornam possível identificar as evidências do que
se está aprendendo e/ou desenvolvendo ao longo do processo, assim, tanto o(a) professor(a)
quanto o(a) estudante pode reorientar seus caminhos de ensino e de aprendizagem. É

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importante, portanto, que o tempo das devolutivas ocorra enquanto ainda dá tempo de agir
sobre as conclusões e a elaboração do plano de desenvolvimento, e não ao final do processo;

•• Ser transparente, porque a todo o momento os(as) estudantes sabem o que se espera deles(as)
(objetivo, desenvolvimento, critérios claros e combinados). Essa condição é fundamental para
que o(a) estudante seja corresponsável pelo próprio desenvolvimento e por sua aprendizagem.

Em suma, a avaliação formativa ocorre quando: (a) o tempo da interpretação dos resultados da
avaliação permite que ela seja feita de modo a favorecer a aprendizagem ao longo do período
em que ela ocorre e; (b) quando a finalidade do uso da informação é fornecer devolutivas aos(às)
estudantes, de modo a contribuir com seu processo de aprendizagem e de desenvolvimento ao
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longo desse mesmo período.

Para saber mais informações sobre avaliação formativa, consulte o Guia do Diálogos e o material
disponível no curso a distância.

SOBRE A RELAÇÃO DO(A) PROFESSOR(A) COM ESTE MATERIAL

O intuito aqui não é dar uma receita pronta do que o(a) professor(a) deve fazer na sala de aula,
muito pelo contrário! Essas atividades são estruturadas para apoiar o(a) professor(a) com
14 estratégias didáticas que conectam o Projeto de Vida, o desenvolvimento de competências
socioemocionais e a avaliação por rubricas.

A temporização das atividades propostas deve ser reconsiderada pelo(a) professor(a), a depender
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

do ritmo de suas turmas.

Há uma indicação das atividades consideradas estruturantes para assegurar uma gama de
aprendizados antes do preenchimento das rubricas. O(A) professor(a) pode e deve eleger outras
atividades que executará com seus(suas) alunos(as).

COMPOSIÇÃO DO ROTEIRO DE ATIVIDADES

As atividades estão organizadas por etapa do Ensino Médio e por ciclos. A cada ciclo, o
conjunto de atividades contém:

•• Resumo breve da atividade;


•• Objetivo a ser alcançado;
•• Competências intencionalmente desenvolvidas em cada atividade;
•• Organização da turma: proposta de organização dos(as) estudantes, em grupos, roda de
conversa, por exemplo;

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•• Duração prevista: número de aulas para desenvolver a atividade, em um cenário ideal;
•• Para fortalecer sua mediação e presença pedagógica: dicas de metodologias
integradoras para o(a) professor(a); ou

•• Desenvolvimento: estratégias e desenvolvimento da atividade (em etapas, conforme o


caso), com sugestões de condução, dicas e orientações para o(a) professor(a).

O PROJETO DE VIDA NO 1° ANO DO ENSINO MÉDIO

Os(As) estudantes vivenciam um processo de construção de identidade em uma proposta que

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trabalha competências-chaves para o desenvolvimento pessoal, tais como o autoconhecimento,
a autoconfiança e a visão confiante do futuro, por exemplo, possibilitando que os(as) alunos(as)
conheçam e explorem as próprias motivações, potencialidades e desafios na construção de seus
Projetos de Vida.

A seguir, apresentaremos a organização do itinerário proposto para o componente Projeto de


Vida para o 1o Ciclo. As atividades propostas têm como objetivo promover o fortalecimento das
questões de identidades juvenis na construção de um Projeto de Vida, o pertencimento escolar e
o desenvolvimento de competências socioemocionais.

As atividades têm uma duração prevista que pode superar o tempo que você tem disponível 15
para sua realização. A orientação, nesses casos, é que você as adeque e reorganize conforme sua
disponibilidade.

DIÁLOGOS SOCIOEMOcIONAIS
De forma geral, recomenda-se a realização das Atividades 1 e 2 antes do preenchimento do
instrumental do Diálogos Socioemocionais, e essas atividades podem ser realizadas em um
tempo menor (menor número de aulas) que o que está sugerido no mapa a seguir. Após o
preenchimento do instrumental, você pode retomar o preenchimento da Agenda, proposto em
seguida, e a Atividade 5 – Nossos sonhos, pois ela é estruturante para a definição dos objetivos
do Projeto de Vida.

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SUMÁRIO
1º CICLO
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16

MAPA DE ATIVIDADES
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

ATIVIDADE 1
PRA INÍCIO DE CONVERSA!

Integração entre os(as) alunos(as) e o estabelecimento de combinados.

•• 01 AULA

ATIVIDADE 2
O QUE É SER UM(A) ESTUDANTE PROTAGONISTA?

Reflexão sobre o que é ser um(a) estudante protagonista. Apresentação das


competências para o século 21. Construção da Agenda.

•• 02 AULAS

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SUMÁRIO
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS
17

DIÁLOGOS SOCIOEMOcIONAIS
ATIVIDADE 3
QUEM SOU EU?

Discussão a respeito das múltiplas identidades dos(as) jovens.

•• 02 AULAS

ATIVIDADE 4
MARCAS QUE RECEBO E DEIXO

Identificação de acontecimentos marcantes da vida dos jovens seguida de uma


discussão sobre as marcas que cada um tem deixado no mundo. Criação individual
de uma marca gráfica representativa do(a) aluno(a), elaborada a partir de uma
reflexão quanto a valores, atributos e identidade.

•• 02 AULAS

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
ATIVIDADE 5
NOSSOS SONHOS!

Compartilhamento dos sonhos que os(as) jovens possuem para sua vida. Planejar,
executar e avaliar uma ação protagonista na escola.

•• 04 AULAS

ATIVIDADE 6
PAUSA PARA REFLEXÃO E DIÁLOGO
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

Acompanhamento – 1ª Rodada.
*Atividade de referência para todas as aplicações de rubrica

•• 02 AULAS

18
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
ATIVIDADE 1
PRA INÍCIO DE CONVERSA

RESUMO Integração entre os(as) alunos(as) e o estabelecimento de combinados.

Ouvir as impressões e expectativas dos(as) estudantes sobre o componente


Projeto de Vida. Compreender o que é o desenvolvimento de competências
OBJETIVOS e como isso influencia na vida, dentro e fora do contexto escolar, e o papel
do Diálogos Socioemocionais nesse processo. Estabelecer combinados para

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


as atividades de Projeto de Vida.

COMPETÊNCIAS
INTENCIONALMENTE Responsabilidade, organização, iniciativa social, assertividade e entusiasmo.
DESENVOLVIDAS

ORGANIZAÇÃO DA Ao longo da atividade, são propostas diferentes formações, com momentos


TURMA em roda de conversa, envolvendo a turma toda, e de trabalho individual.

19
DURAÇÃO PREVISTA 1 aula

DIÁLOGOS SOCIOEMOcIONAIS
DESENVOLVIMENTO

1ª ETAPA

Receba os(as) estudantes, dando-lhes boas-vindas com entusiasmo e com a sala organizada em
roda de conversa.

A roda de conversa é um momento estruturante para reestabelecer um movimento de


diálogo e participação em que todos(as) podem se ver e ouvir. O exercício da fala e da
escuta ativa na roda é algo a ser construído, pois envolve o estabelecimento da relação
de confiança no grupo.

• Aproveite o momento para identificar as expectativas que os(as) estudantes trazem


sobre o componente Projeto de Vida e o desenvolvimento de competências para o
século 21;
• Procure organizar esse espaço de fala, dando oportunidades para que vários(as) jovens
possam se manifestar sobre suas dúvidas e expectativas. É desejável que você tome

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
nota das expectativas, compondo no quadro um mapeamento. Acolha e valorize os
diversos pontos de vista surgidos, tanto as falas que trazem os aspectos positivos
quanto as que trazem os negativos;
• Dialogue com eles(as) sobre a importância de, progressivamente, assumirem as
rédeas da própria aprendizagem, sendo os encontros de Projeto de Vida momentos
singulares para refletir sobre a vivência que estão tendo na escola;
• Lembre-se de que uma relação mais horizontalizada entre professor(a) e alunos(as)
é altamente desejável nesse momento, visto que pode facilitar a participação
espontânea e livre de todos(as), além de fomentar um vínculo no grupo atravessado
por sentimentos de confiança.
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

Lembre-se de abordar alguns pontos fundamentais:

•• Dia da semana e os horários das aulas (destaque a importância de não ocorrerem atrasos
para os encontros e a existência da lista de presença);

•• A organização das aulas (momentos/atividades individuais, em duplas e em grupo);


•• Os meios de registro e compartilhamento que serão adotados (a Agenda, que será um
importante suporte para registro, mas você e a turma poderão adotar outros que julgarem
necessários e pertinentes);

•• A proposta, a estrutura e o objetivo do componente durante os três anos do Ensino Médio;


20 •• A importância da participação e corresponsabilidade de todos durante as aulas.

2ª ETAPA
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

Apresente a proposta do Diálogos Socioemocionais.

A sua rede está propondo uma Proposta Educacional chamada Diálogos


Socioemocionais, que contribui com a implementação da política de educação integral.
Ela envolve uma metodologia de desenvolvimento e uma de acompanhamento das
competências socioemocionais em ambiente escolar.

O objetivo é que por meio do diálogo frequente entre professor(a) e estudante se estabeleça
um plano de trabalho para o desenvolvimento integral do(a) estudante, no qual ambos(as)
estão comprometidos(as) e – com eles(as) – toda a escola, com o apoio do(a) diretor(a), do(a)
coordenador(a) pedagógico(a) e de representantes regionais e centrais das secretarias.

O Diálogos são essencialmente um processo formativo. Isso significa que o Diálogos


oferecem insumos para que tanto professor(a) quanto estudante possam acompanhar,
durante um período pré-definido, e definir próximos passos que os(as) ajudem a
alcançar os objetivos estabelecidos inicialmente por eles(as) mesmos(as).

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
A proposta inclui uma proposta estruturante para o desenvolvimento das competências
socioemocionais, mas é possível combiná-la com outras que sua rede já desenvolva.
Portanto, não se preocupe, pois não é necessário abandonar uma prática que já está
funcionando na sua escola. Nesses casos, a principal contribuição da proposta educacional
Diálogos Socioemocionais será para acompanhar de maneira sistemática e estruturada o
desenvolvimento dessas competências (a ferramenta para isso será apresentada mais adiante).

Veja se há outro elemento dos mencionados na introdução deste caderno que gostaria de
compartilhar com os(as) seus(suas) estudantes.

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


Você pode encontrar formas criativas de contar o que é a proposta com as suas palavras e falar sobre
as competências socioemocionais. Só não se esqueça de reforçar o que é mais valioso para os(as)
estudantes: essa proposta permite que eles(as) reflitam sobre eles(as) mesmos(as), trabalhando o seu
autoconhecimento, e possam estabelecer os seus objetivos de desenvolvimento. Esse processo é todo
apoiado e acompanhado pelo(a) professor(a). Eles(as) verão que o autodesenvolvimento anda junto
com o processo deles(as) de planejar o futuro e preparar-se para trilhar o caminho, de acordo com as
suas expectativas.

Após a apresentação da proposta, cheque se os(as) estudantes possuem alguma dúvida. Sinalize que,
em um próximo momento (que pode ser a atividade seguinte, na mesma aula, ou na aula seguinte,
dependendo do tempo disponível para a realização da atividade), conhecerão um pouco mais sobre as 21
competências socioemocionais e como elas serão trabalhadas ao longo do ano.

DIÁLOGOS SOCIOEMOcIONAIS
3ª ETAPA

Para finalizar, reforce a importância de estarem presentes na próxima aula, pois a presença e a colaboração
de todos será fundamental para que as aulas sejam proveitosas. Informe o assunto da próxima aula e
combine com os(as) estudantes para trazerem o material necessário para a confecção da Agenda:

•• Um caderno (acabamento em espiral ou brochura, com folhas brancas ou pautadas, de capa à


escolha de cada um(a) e que contenha cerca de 100 páginas);

•• Uma fotografia impressa de um momento significativo na vida (pode ser foto antiga ou recente).
Combine com a turma para que tenha a iniciativa de já se organizar em roda de conversa antes de sua
chegada, no próximo encontro.

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
ATIVIDADE 2
O QUE É SER UM(A) ESTUDANTE PROTAGONISTA?

Reflexão sobre o que é ser um(a) estudante protagonista. Apresentação das


RESUMO
competências para o século 21. Construção da Agenda.

Iniciar o movimento de ressignificação da escola e do conhecimento


para uma formação protagonista pelos jovens. Compreensão sobre a
OBJETIVOS
importância do desenvolvimento de competências socioemocionais para se
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

fazer boas escolhas dentro e fora da escola. Construção da Agenda.

COMPETÊNCIAS
Curiosidade para aprender, imaginação criativa, foco, responsabilidade,
INTENCIONALMENTE
organização, iniciativa social, assertividade e respeito.
DESENVOLVIDAS

ORGANIZAÇÃO DA Ao longo da atividade são propostas diferentes formações, com momentos


TURMA em roda de conversa, envolvendo a turma toda, e trabalho em quartetos.

22
DURAÇÃO PREVISTA 2 aulas.
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

PARA SUA
PRESENÇA
PEDAGÓGICA

Como fica explícito no texto trabalhado nesta atividade, o protagonismo juvenil demanda uma
postura ativa dos(as) estudantes para que eles tomem as rédeas das próprias ações. Mas é
importante destacar também a importância da parceria da escola e dos(as) professores(as)
nesse processo, que devem sempre instigar ações autônomas e determinadas dos(as)
estudantes. Para isso, atitudes bem simples podem ser tomadas dentro de sala de aula e nos
encontros de Projeto de Vida, como estimular os(as) estudantes a participar das aulas com
perguntas e argumentos que fomentem as discussões; apoiar e incentivar os(as) jovens a
prosseguir com as atividades nos momentos em que eles(as) se mostrarem desestimulados(as);
celebrar as conquistas oriundas dos trabalhos e das ações feitas por eles(as); e ajudá-los(las)
a entender os erros como oportunidades de aprendizado. Assim, certamente o caminho em
direção ao protagonismo juvenil será mais rico e prazeroso! Para esta aula, será preciso
providenciar cópias do texto “O que é ser um(a) estudante protagonista?” (Anexo 1.1.).

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
DESENVOLVIMENTO

1ª ETAPA

Recepcione os(as) estudantes e peça para que se organizem em trios. Apresente a proposta das atividades.

Verifique se os(as) estudantes trouxeram o material para a elaboração das Agendas. Converse com
os(as) alunos(as) sobre a importância do registro para o acompanhamento de seu desenvolvimento e
oriente-os(as) sobre a personalização desse recurso de aprendizagem.

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


Para o acompanhamento das aprendizagens geradas, é importante que os(as) estudantes tenham
uma forma de registrar suas reflexões sobre si mesmos(as), sobre sua relação com o mundo
e sobre suas expectativas para o futuro. Essa reflexão é um momento crucial do trabalho com
Projeto de Vida. A Agenda será um instrumento de registro do processo de autoconhecimento e
desenvolvimento, por isso a importância de sua customização pelos(as) próprios(as) jovens. Esse
registro é essencial para que possam acompanhar os desafios enfrentados, os avanços alcançados
e manter a memória do que viveram.

2ª ETAPA
23
Após a elaboração das Agendas, apresente para a turma as competências socioemocionais que serão
trabalhadas neste ano. Você pode ser criativo(a) e utilizar diferentes abordagens para apresentar um
pouco das competências socioemocionais para os(as) estudantes.

DIÁLOGOS SOCIOEMOcIONAIS
3ª ETAPA

Organize a turma em uma roda de conversa e, caso os(as) estudantes já tenham se organizado dessa
maneira, reconheça e parabenize a iniciativa. Pergunte se alguém gostaria de falar sobre “O que é
protagonismo juvenil?”. Acolha todas as contribuições.

4ª ETAPA

Reproduza o desenho a seguir no quadro e oriente os(as) estudantes para que se organizem em
quartetos. Distribua cópias do texto “O que é ser um(a) estudante protagonista” (Anexo 1.1) aos
times e peça que, após a leitura, discutam e façam o registro de suas ideias. Oriente que os quartetos
definam um(a) líder para ser o responsável pela mediação da leitura e do registro. Todos devem
participar da leitura e também apresentar seu ponto de vista sobre o texto.

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
SITUAÇÃO 1: SITUAÇÃO 2: COMO SUPERAR A
ESTUDANTE ESTUDANTE SITUAÇÃO 1 A ATINGIR
COADJUVANTE PROTAGONISTA A SITUAÇÃO 2?
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

Procure circular entre os times formados, observando como os(as) alunos(as) estão
24 trabalhando, incentivando a colaboração e a participação, fomentando o debate.
Lembre-se de indicar quanto tempo os times terão para a discussão e orientá-los a
fazer a gestão do tempo para esta etapa da atividade.
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

5ª ETAPA

Oriente a turma para que se organize novamente em círculo e peça para que os(as) líderes dos
grupos registrem no quadro o entendimento do grupo. Acolha e comente as contribuições de
todos e retorne ao grupo, perguntando o que acharam do processo.

6ª ETAPA

Indique que no Diálogos Socioemocionais reflexões como as que acabaram de ter serão
recorrentes e que haverá um instrumento para apoiar seu registro para além da Agenda
produzida na aula anterior. Descreva como o trabalho será realizado, apresente o instrumental
de rubricas e como será a avaliação. Para esta ação, siga as orientações do Manual do Aplicador,
que é um material específico de orientação para o trabalho com as rubricas.

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
PARA SUA
PRESENÇA
PEDAGÓGICA

As rubricas são elaboradas a partir de critérios previamente estabelecidos e ordenados


em progressão, facilitando a elaboração ou o acompanhamento de critérios avaliativos
de maneira transparente e clara, rumo aos objetivos de aprendizagem estabelecidos
entre estudante e educador(a) em conjunto.

Duas características principais que caracterizam as rubricas são o uso de critérios

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


claros a serem avaliados (ou seja, que conteúdo ou competência) e os níveis explícitos
de localização dentro do percurso. Pense nos degraus de uma escada: quanto mais
alto o degrau, mais alto você considera seu nível de habilidade em uma determinada
competência. Desse modo, ao explicitar concretamente o degrau que melhor representa
o quanto o(a) estudante considera que desenvolveu determinada competência e abrir
espaço para o diálogo entre professor(a) e estudante a respeito disso, chegando a
um consenso a respeito de qual é esse degrau, ambos(as) conseguem planejar de
modo também mais concreto de que forma potencializar o desenvolvimento dessa
competência e que benefícios essa aprendizagem pode trazer para a vida do(a)
estudante em diversos âmbitos.
25

Verifique se a turma possui alguma dúvida sobre a autoavaliação. Acolha as dúvidas e convide

DIÁLOGOS SOCIOEMOcIONAIS
os(as) estudantes para a próxima atividade.

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
ATIVIDADE 3
QUEM SOU EU?

Discussão, reflexão e registro a respeito das múltiplas identidades


RESUMO
dos(as) jovens.

Possibilitar que os(as) estudantes reflitam sobre elementos que


OBJETIVOS constituem suas identidades, especialmente os relacionados à vida
escolar, familiar e comunitária.
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

COMPETÊNCIAS
Curiosidade para aprender, autoconfiança, iniciativa social, assertividade,
INTENCIONALMENTE
empatia, respeito e confiança.
DESENVOLVIDAS

Ao longo da atividade são propostas diferentes formações, com


ORGANIZAÇÃO DA
momentos em rodas de conversa, envolvendo a turma toda, e trabalho
TURMA
individual e em duplas.

26
DURAÇÃO PREVISTA 2 aulas.
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

PARA SUA
PRESENÇA
PEDAGÓGICA

A pergunta “Quem sou eu?” pode suscitar as mais diversas reações nos(as) estudantes,
posto que a questão aborda diretamente os desejos, os medos, as vontades e as relações
que os(as) jovens estabelecem ao longo da vida. Como explicita o texto introdutório deste
material, o exercício da identidade no Projeto de Vida deve resultar de um processo de
reflexão e de experimentação intencional e orientada sobre as relações estabelecidas
pelos(as) jovens com seus pares, os adultos que os cercam, o conhecimento e as práticas
vivenciadas na escola e fora dela.

Nessa atividade, por exemplo, as perguntas elaboradas em cada uma das etapas traçam
um caminho possível para se delinear a identidade dos(as) estudantes e alguns(algumas)
deles(as) podem apresentar a necessidade de falar de aspectos da sua vida. Se isso
acontecer, lembre-se de acolher as angustias do(a) estudante com empatia e respeito. É
legal lembrar aos(às) demais estudantes de terem a mesma postura.

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
Para que a aula não fiquei muito tempo mergulhada nas reflexões de um(a) único(a)
estudante, uma possibilidade – após acolher os comentários iniciais deste(a) estudante
– é oferecer um outro horário para continuar a conversa. A escuta atenda é muito
importante nesse momento!

DESENVOLVIMENTO

1ª ETAPA

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


Convide os(as) estudantes para dizerem como responderiam à frase: “Quem sou eu?”. Acolha todas as
contribuições e, em seguida, apresente como será o agrupamento da turma. Não se esqueça de dizer que
o propósito da atividade é que os(as) estudantes sejam investigadores(as) de si mesmos(as). E que,
para isso, a atividade será organizada em quatro momentos, cada um com um foco diferente. A saber:

•• 1º momento – Eu e eu mesmo(a);
•• 2º momento – Eu e minha família;
•• 3º momento – Eu e minha vida escolar;
•• 4º momento – Eu e meu bairro, minha cidade, meu país e o mundo.
27
Proponha que se organizem em quartetos e selecionem um(a) líder para ser responsável pelo
tempo e pela mediação da atividade. Apresentamos a seguir algumas sugestões norteadoras para
cada uma das etapas da atividade. Se achar que as perguntas sugeridas, especialmente para os 1º

DIÁLOGOS SOCIOEMOcIONAIS
e 2º momentos, podem surtir questões delicadas para os(as) estudantes, você pode propor outra
estratégia, por exemplo, que abarque só a apresentação de cada um(a). Use sua criatividade para a
apresentação (ou elaboração) das perguntas à turma de forma atrativa e mobilizadora.

1º Apresente-se, dizendo o modo como gosta de ser chamado(a), ressaltando


MOMENTO características de que gosta em si mesmo(a), e conte um pouco de sua história de vida.

2º Conte um pouco sobre sua família e os valores que ela mais aprecia. Você também
MOMENTO pode ressaltar as coisas que você mais admira nela.

3º Fale um pouco de sua relação com a escola. Lembre-se de dizer sobre o modo
MOMENTO como prefere aprender, como participa da aula e como soluciona suas dúvidas.

4º Conte como você se sente em relação ao bairro/comunidade onde mora.


MOMENTO Qual é a sua relação com sua cidade e seu país?

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
2ª ETAPA

Organize a turma em roda de conversa para a socialização dos registros sobre a atividade. Faça
a mediação das contribuições e, em seguida, proponha a avaliação da atividade, tendo em vista
discutir sobre: (a) a participação de cada um durante o trabalho em quartetos; (b) a atuação
dos(as) líderes na tarefa e (c) o que descobriram de mais interessante em seus colegas.

Esta última questão deve gerar um movimento de “espelhamento” positivo, quando os(as)
estudantes falam sobre seus(suas) colegas e ouvem o que dizem sobre eles(as).
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

3ª ETAPA

Finalize a discussão com uma reflexão sobre: “Quais competências a turma está aprendendo
neste ano na escola que são importantes para viver e trabalhar no século 21?”.

FAÇA UMA BOA MEDIAÇÃO NA


RODA DE CONVERSA, DE MODO QUE:

28 • Seja instaurado um clima acolhedor às ideias, fazendo com que todos se sintam à
vontade de compartilhar o que pensam e sentem;
• Quando houver divergências de opiniões, valorize todas, propondo uma atitude de
respeito do grupo em relação à diversidade;
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

• Os(As) mais tímidos(as) sejam incentivados a se expressar e a compartilhar momentos


de fala com os(as) colegas;
• Os(As) jovens não “personalizem” a participação em alguém, como, por exemplo,
nos(as) líderes dos quartetos, pois esse momento é de caráter coletivo;
• A importância do registro seja apontada, orientando os(as) alunos(as) a anotarem o que
de mais importante for discutido.

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
ATIVIDADE 4
MARCAS QUE RECEBO E DEIXO

Identificação de acontecimentos marcantes da vida dos(as) jovens seguida


de uma discussão sobre as marcas que cada um(a) tem deixado no mundo.
RESUMO
Criação individual de uma marca gráfica representativa do(a) aluno(a),
elaborada a partir de uma reflexão quanto a valores, atributos e identidade.

Possibilitar que os(as) alunos(as) identifiquem e reflitam sobre as marcas

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


OBJETIVOS
que recebem e deixam no mundo.

COMPETÊNCIAS
Determinação, persistência, tolerância ao estresse, interesse artístico,
INTENCIONALMENTE
tolerância à frustração e imaginação criativa.
DESENVOLVIDAS

ORGANIZAÇÃO DA Ao longo da atividade são propostas diferentes formações, com momentos


TURMA em roda de conversa, envolvendo a turma toda, e de trabalho individual.

29
DURAÇÃO PREVISTA 2 aulas.

DIÁLOGOS SOCIOEMOcIONAIS
PARA SUA
PRESENÇA
PEDAGÓGICA

Pensar sobre o que fez, refletir sobre as próprias ações, saber antecipar as
consequências dos próprios atos... Esses são alguns modos de avaliar nossas próprias
atitudes, de pensar sobre elas e, principalmente, produzir significado para nossas
experiências. Avaliar, nesse sentido, é compreender o que aconteceu, estabelecer
relações causais a partir das ações e escolhas que fazemos.

Esta atividade, por exemplo, termina com um exercício avaliativo em que os(as)
alunos(as) devem refletir, em conjunto com o time, sobre os elementos que compõem
as marcas que criaram e sobre como foi o processo criativo. Por que tal aluno(a) utilizou
a cor azul e não a amarela? O(A) jovem pode argumentar que a escolha se deveu
apenas a um gosto pessoal, mas pode também, após refletir sobre as próprias escolhas,
identificar que o azul remete a lugares, sensações, pessoas, momentos e objetos de que

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
ele gosta, e assim atribuir sentido a tal escolha. Do mesmo modo, outro(a) aluno(a)
pode perceber que determinada dificuldade que teve ao longo do processo foi recorrente
em outros momentos de sua vida, e assim buscar meios para superar essa dificuldade.

Esses são exemplos fictícios, mas possíveis! Eles mostram que avaliar processos e produtos
é muito importante – e que essa reflexão sobre as ações e escolhas dos(as) jovens deve ser
sempre incentivada! Para esta atividade, providencie cópias do Anexo 1.2.
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

1ª ETAPA

Receba a turma e oriente que se organizem em times. Dialogue com os(as) alunos(as) sobre a
proposta da atividade. Distribua cópias do Anexo 1.2, disponível ao final da atividade, e peça
aos(às) estudantes que procedam à leitura, coletiva e dialogada, do texto “Marcas que recebo e
deixo”. Os(As) alunos(as) devem se revezar na leitura, cada um(a) lendo um parágrafo.

Durante a leitura, busque instigá-los(las) a relatar, brevemente, acontecimentos que


marcaram suas vidas. Importante lembrar que, ao longo do texto introdutório, são
30 sugeridos aos(às) alunos(as) breves jogos de imaginação e memória: crie uma dinâmica
em que todos(as) participem ao mesmo tempo e ajude-os(as) na contagem do tempo.
Esse pode ser um momento descontraído e divertido, além de instigante.
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

Ao longo da leitura e dos jogos, ajude-os(as) a diferenciar os acontecimentos que trazem


marcas superficiais e profundas. Estimule, na conversa, a reflexão sobre as marcas
deixadas no mundo ao redor.

2ª ETAPA

No momento de criação da marca, instigue-os(as) a conversar sobre marcas que já conhecem e a fazer
pesquisas na internet, tanto das marcas existentes quanto sobre os variados processos que envolvem
a criação de marcas. Não se trata de um conhecimento essencial para a realização da atividade, mas
muitos(as) alunos(as) têm curiosidade sobre esse tema e podem realizar descobertas interessantes.

Esteja atento(a) ao processo de cada aluno(a), auxiliando-os(as) na compreensão da


proposta, ajudando-os(as) a focar na atividade, dialogando sobre as questões que
surgirem, valorizando suas ideias e compartilhando conhecimentos.

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
3ª ETAPA

Após a criação, proponha que as marcas sejam afixadas na parede para que todos(as) possam
apreciá-las. Faça comentários, traga perguntas, provoque-os(as) a expressar seus sentimentos. E
ajude-os(as) a proceder com a avaliação que lhes foi proposta no último item do roteiro.

Reserve um momento do final da aula promovendo um diálogo em times ou em roda de


conversa, para que a turma possa dialogar sobre suas percepções acerca do desenvolvimento
de competências socioemocionais promovido por esta atividade. Além das competências
determinação, persistência, tolerância ao estresse, interesse artístico, tolerância à frustração e

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


imaginação criativa, a turma consegue perceber outras competências que foram acionadas?
Quais competências consideram mais desafiadores de desenvolver? Há alguma que seja senso
comum da maioria da turma? Que tal se organizarem para criar estratégias de desenvolvimento
dessa competência dentro e fora da sala de aula?

É importante que os(as) estudantes registrem seus processos em suas Agendas e, desta forma, se
tornem cada vez mais autônomos e conscientes quanto a seus processos de aprendizagem.

31

DIÁLOGOS SOCIOEMOcIONAIS

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
ATIVIDADE 5
NOSSOS SONHOS!

Promover a reflexão, a discussão e o compartilhamento acerca dos sonhos


RESUMO que os(as) jovens possuem para suas vidas. Planejar, executar e avaliar
uma ação protagonista dos(as) jovens na escola.

Proporcionar que os(as) jovens verbalizem os sonhos que possuem para


OBJETIVOS o futuro, que possam conhecer os sonhos de seus(suas) colegas e que
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

tomem consciência do processo de planejamento de um Projeto de Vida.

COMPETÊNCIAS Curiosidade para aprender, imaginação criativa, interesse artístico,


INTENCIONALMENTE foco, responsabilidade, organização, autoconfiança, iniciativa social,
DESENVOLVIDAS assertividade, entusiasmo e respeito.

ORGANIZAÇÃO DA Ao longo da atividade são propostas diferentes formações, com momentos


TURMA em roda de conversa, envolvendo a turma toda, e de trabalho em trio.

32
DURAÇÃO PREVISTA 4 aulas.
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

PARA SUA
PRESENÇA
PEDAGÓGICA

O Projeto de Vida pode ser apresentado de uma maneira mais didática, como a
linha que une o “ser” ao “querer ser”. Obviamente, o Projeto de Vida não é uma
escolha estática e imutável; ao contrário, no decorrer da vida, aperfeiçoamos nossas
escolhas mudando rotas e encontrando alternativas em situações de adversidade e
experimentando possibilidades.

Segundo o professor Juarez Dayrell, “o Projeto de Vida pode ser entendido como a
ação do indivíduo de escolher um, dentre os futuros possíveis, capaz de transformar
os desejos e as fantasias que lhe dão substância em objetivos passíveis de serem
perseguidos, representando, assim, uma orientação, um rumo de vida. Os projetos
podem ser individuais ou coletivos; podem ser mais amplos ou restritos; e com
elaborações a curto ou médio prazo, segundo o campo de possibilidades. (...) O projeto

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
possui uma dinâmica própria, transformando-se na medida do amadurecimento dos
próprios jovens ou das mudanças no campo de possibilidades”. (Por uma pedagogia da
juventude. Disponível em: <bit.ly/juventudepedagogia>. Acesso em: 20 mar. 2019.)

Para esta aula, será preciso providenciar cópias do texto Sonhar para começar (Anexo 1.3).

DESENVOLVIMENTO

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


1ª ETAPA

Reproduza a imagem a seguir e apresente a atividade e seus objetivos.

33

2ª ETAPA

DIÁLOGOS SOCIOEMOcIONAIS
Oriente os(as) estudantes para que, primeiramente, pensem individualmente sobre seus sonhos
e façam o registro de suas ideias na Agenda. Deixe claro que, neste momento, vale expor todos
os sonhos, mesmo aqueles que pareçam inalcançáveis.

Apresentamos algumas sugestões de questões para auxiliar a reflexão dos(as) estudantes nesta
primeira etapa da atividade:

•• O que gostaria de alcançar no que se refere aos relacionamentos pessoais?


•• O que posso fazer para que isso aconteça?
•• O que espero conquistar, em termos de aprendizagem na escola?
•• O que posso fazer para que isso aconteça?
•• O que sonho para minha vida como um todo?
•• O que posso fazer para que esse sonho se transforme em realidade?
•• O que desejo para minha família?
•• O que está ao meu alcance de ser feito para que esse desejo aconteça?
•• O que pretendo fazer pensando no bem comum?

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
3ª ETAPA

Oriente a turma para que se organize em trios. Peça aos trios que definam um(a) líder para
mediar a próxima etapa da atividade. Entregue uma cópia do Anexo 1.3. a cada líder. O(A) líder
deverá ler cada pergunta, discutir com seus(suas) colegas e realizar o registro das respostas.

Lance mão de sua presença pedagógica e circule pela sala enquanto os trios discutem
as questões e fazem suas orientações. Ofereça o suporte necessário aos trios. Faça
perguntas, caso algum(a) líder apresente desafios na mediação do debate. Cuide para
que as discussões não sejam conduzidas na perspectiva de atribuição de valor aos
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

sonhos compartilhados.

4ª ETAPA

Em seguida, promova uma roda de conversa para compartilhar o que já realizaram de seus
planos para este ano e as aspirações e os sonhos que possuem para sua vida.

Se ficar evidente que algum(a) dos(as) jovens não caminhou na concretização de seus
planos para este ano, agende um momento particular com ele(a), buscando entender
34 os motivos e incentivá-lo(la) a dar passos na direção do planejado nos próximos
meses.

Busque traçar com ele(a) tarefas simples, viáveis de serem realizadas e observadas
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

em pouco tempo. Oriente-o(a), também, em relação ao apoio que ele(a) pode receber
dos(as) colegas, dos(as) professores(as) e da equipe de gestão da escola. Assim, aos
poucos, ele(a) poderá retomar planos maiores com mais vigor.

Já com relação aos sonhos para o futuro, caso você identifique estudantes
que precisem de seu apoio, chame-os(as) para uma conversa, pois o olhar e a
experiência do adulto ensinam os(as) jovens a valorizar suas experiências e a
olhar o futuro por outras perspectivas. A capacidade de ter resiliência frente às
adversidades e aos desafios do dia a dia e a de encontrar um sentido para a vida
deverão ser objeto de discussão com a turma.

Sobre o tema “educação”, a pesquisa “O sonho brasileiro” (que você pode encontrar
aqui <https://bit.ly/2nwwxyP>) identificou que, entre os 79% dos(as) jovens que não
estão ou não passaram por um curso superior, 77% têm a intenção de cursá-lo, desejo
esse presente em jovens de todas as camadas sociais.

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
Coloque ênfase nesse aspecto, ouvindo as aspirações de sua turma a respeito da
continuidade dos estudos e do que imaginam que isso trará para suas vidas. A
mesma pesquisa ainda apresenta outras informações interessantes, que podem ser
compartilhadas com a turma. Segundo o estudo, os maiores sonhos dos(as) jovens de
18 a 24 anos são:

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


Mobilize-os(as) para contar sobre a experiência de pensar, compartilhar e registrar seus sonhos.
35

5ª ETAPA

DIÁLOGOS SOCIOEMOcIONAIS
A próxima etapa da atividade é a promoção de uma miniação de intervenção na escola
organizada pelos(as) jovens. O desafio é criar uma árvore dos sonhos.

PARA FORTALECER A MEDIAÇÃO E A PRESENÇA


PEDAGÓGICA PARA A AÇÃO PROTAGONISTA

Esta atividade é inspirada na instalação Árvore dos desejos, da compositora e artista


plástica Yoko Ono. Nela, as pessoas são convidadas a escrever e pendurar seus desejos.
Acesse o link <bit.ly/Arvore_dos_deseos_Yoko> e conheça mais sobre a obra.

A proposta é que os(as) estudantes façam uma árvore que fique exposta em local de
boa visibilidade para a comunidade escolar. A turma pode pendurar os seus sonhos
na árvore, em filipetas coloridas, de modo que a instalação desperte curiosidade e
seja convidativa para que outras pessoas também registrem seus sonhos. A turma
poderá, ainda, criar formas de mobilização para que a comunidade escolar interaja
com sua intervenção. E, para que a atividade tenha sentido e promova aprendizagens
significativas, oriente a turma para essa ação protagonista considerando:

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SUMÁRIO
Tempo disponível, material necessário, pedido de
ANTES
autorização à equipe de gestão escolar, divisão das tarefas
(PLANEJAMENTO)
entre todos(as) da turma etc.

Montagem da instalação, divulgação da atividade na


DURANTE
comunidade escolar, mobilização da comunidade para que
(EXECUÇÃO)
registrem seus sonhos.

Como foi participar desta ação protagonista? O que a turma


ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

aprendeu com a atividade? O que fariam de outra forma?


Quais foram as principais conquistas? Quais foram os
DEPOIS
maiores desafios? Eles(as) se perceberam utilizando suas
(AVALIAÇÃO)
competências socioemocionais na atividade? O que pensam
a respeito? Alguma poderia ser mais utilizada em algum
momento da atividade?

Lembre-se: mais importante que a produção artística são os aprendizados que as


ações protagonistas promovem aos(às) estudantes. Nessa perspectiva, é fundamental
36
que todos(as) estejam envolvidos(as) com a ação e que, ao final, reflitam sobre o que
aprenderam e os aspectos que pretendem aprimorar no futuro. Antes de iniciar a
execução da ação, converse com a turma a respeito de todo o processo. Criem uma
miniação que tenha a “cara” de vocês!
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

Finalize a atividade parabenizando a ação realizada e com a avaliação do processo.


Lembre aos(às) alunos(as) que, na próxima aula, será a 1a Rodada do acompanhamento do
desenvolvimento de competências socioemocionais.

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SUMÁRIO
ATIVIDADE 6
PAUSA PARA REFLEXÃO E DIÁLOGO

Atividade de aplicação do instrumental do Diálogos Socioemocionais,


RESUMO
devolutiva e definição de objetivos de desenvolvimento.

Autoavaliação do desenvolvimento das competências socioemocionais


OBJETIVOS selecionas pelos(as) jovens, diálogo entre professor(a) e turma e definição
dos objetivos de desenvolvimento de competências socioemocionais.

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


COMPETÊNCIAS
Curiosidade para aprender, responsabilidade, iniciativa social,
INTENCIONALMENTE
assertividade e respeito.
DESENVOLVIDAS

ORGANIZAÇÃO DA
Roda de conversa e trabalho individual.
TURMA

DURAÇÃO PREVISTA 2 aulas.


37

PARA SUA

DIÁLOGOS SOCIOEMOcIONAIS
PRESENÇA
PEDAGÓGICA

Ao aplicar as rubricas do Diálogos Socioemocionais referentes às competências


socioemocionais que serão trabalhadas em sua rede de ensino, será possível observar
em que degrau os(as) estudantes enxergam seu desenvolvimento, bem como
acompanhar o progresso do desenvolvimento dessas competências.

O momento de autoavaliação e devolutiva entre professor(a) e estudante, ou seja, o diálogo,


é fundamental para pensar a proposta de desenvolvimento de competências socioemocionais
com a turma e apoiam na identificação de metas e objetivos para o Projeto de Vida.

É muito importante que a devolutiva fornecida pelo(a) professor(a) aos(às) estudantes


após o uso das rubricas os(as) estimule a continuar progredindo no desenvolvimento da
competência, e, quanto mais pertinente, clara e assertiva for a devolutiva, melhor pode
ser a qualidade do processo de aprendizagem.

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SUMÁRIO
DESENVOLVIMENTO

APLICAÇÃO DO INSTRUMENTAL

1ª etapa

Receba a turma em roda de conversa e verifique se os(as) alunos(as) possuem alguma dúvida
sobre a proposta de trabalho do componente Projeto de Vida e da autoavaliação do Diálogos
Socioemocionais. Acolha e responda as dúvidas e possíveis inseguranças, reforçando que
a autoavaliação tem, como propósito, o autoconhecimento para a potencialização das
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

aprendizagens na escola e na vida.

Lembre-se de que a avaliação deve estar a serviço do desenvolvimento dos(as)


estudantes, e nunca ser utilizada como dispositivo de punição, moralização ou criação de
estereótipos na turma.

No momento da devolutiva, reforce aos(às) estudantes os caminhos possíveis para que


desenvolvam as competências que, nesse momento, se apresentam como mais frágeis.
Sinalize para a turma a importância da colaboração e responsabilidade de todos(as) com
a aprendizagem.
38
2 ª etapa

Distribua o instrumental das rubricas (ou acesse o link para a avaliação), e peça para que os(as)
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

estudantes reflitam um pouco sobre si mesmos(as), antes de responder a cada pergunta.

Essa autoavaliação é formativa, na medida em que promove o pensamento do(a)


estudante para o próprio desempenho. Para isso, não basta apenas o(a) estudante
declarar que seu desempenho em determinada competência, por exemplo, foi nível 3.
É preciso que ele(a) traga, também, pelo menos uma evidência que diga por que ele(a)
está nesse nível e não em outro.

Em geral, as evidências podem ser explicitadas pelos(as) estudantes quando o(a)


professor(a) os(as) estimula por meio de perguntas que os(as) fazem pensar na
relação entre suas metas e seu desempenho, nas situações concretas que vivenciou
ao participar do componente Projeto de Vida ou em outras situações dentro e fora da
escola em que exercitou a competência em questão.

Uma primeira rodada de perguntas desse tipo é suficiente para que os(as)
estudantes comecem a “pensar com evidências” quando se autoavaliam usando o
instrumento.

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SUMÁRIO
O maior efeito dessa autoavaliação não é o “efeito retrovisor”, de avaliar o que passou,
mas o “efeito bússola”, de olhar para a frente, guiando caminhos para continuar se
desenvolvendo. Por isso, a possibilidade de obter informações rápidas e de oferecer
devolutivas contínuas sobre as aprendizagens faz dessa autoavaliação de competências
uma potente ferramenta pedagógica. Aliás, aprender a dar bons feedbacks é uma
estratégia a ser exercitada no dia a dia pelos(as) professores(as). Feedbacks podem ser
mais ou menos eficazes, dependendo do uso que se faz das devolutivas.

A DEVOLUTIVA COLETIVA

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


1ª etapa

Analise a resposta dos(as) estudantes – inclusive observando se algum precisa de um


acompanhamento mais próximo, como uma conversa individual. Atente-se às características
que os(as) jovens tenham demonstrado durante suas aulas, aos momentos em que você os(as)
observou nos trabalhos em time ou no intervalo entre as aulas. Prepare a etapa de devolutiva
com a turma de modo a não expor as questões individuais, mas guiando a conversa pelos
registros que permitem fazer combinados no coletivo (ainda que sejam combinados para grupos).

Na primeira devolutiva do ano, será a oportunidade para pactuar quais serão os focos de 39
desenvolvimento daquele ano. Nas demais, será a oportunidade para acompanhar como os(as)
estudantes estão se vendo no trabalho de desenvolvimento das competências priorizadas.
Pode ser necessário repactuar caminhos para favorecer o desenvolvimento das competências

DIÁLOGOS SOCIOEMOcIONAIS
priorizadas pela turma. Compartilhe a responsabilidade pelos combinados com a turma, pois
isso apoia o desenvolvimento do protagonismo dos(as) estudantes!

2ª etapa

Oriente a turma para que se organize em roda de conversa e explique a atividade. Fique
atento(a) para perceber se há incômodo por parte de algum(a) jovem e reforce o propósito da
devolutiva coletiva, que nada mais é do que uma conversa, é um diálogo entre vocês.

Na primeira conversa, diga à turma que o objetivo é, após a conversa que terão, que os(as) jovens
definiam quais competências serão foco de seu aprendizado ao longo do ano. É importante
que os(as) estudantes tenham clareza de que desenvolverão outras competências, além das
escolhidas, mas que essas serão a centralidade das metas de aprendizagem e de seus projetos
de vida do ano. A Agenda do(da) estudante é uma forte aliada nessa conversa. Peça que cada
um(a) conecte a conversa com o que registrou sobre o seu desenvolvimento ao longo do período
e registre os combinados realizados na conversa desta aula.

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SUMÁRIO
Para as conversas seguintes, lembre-se de que a devolutiva coletiva ajuda a retomar os
principais pontos do projeto, considerando a aprendizagem entre pares e a identidade coletiva.
Ele é excelente para uma retomada de consciência, de realinhamento do processo e para ordenar
os entendimentos. A Agenda segue sendo uma aliada nesta etapa. Peça que os(as) estudantes
mobilizem seus argumentos com base no que escreveram no campo da justificativa do
instrumental e também no que registraram nas Agendas. Desta forma a conversa fica objetiva e
pode render bons frutos para o desenvolvimento dos(as) estudantes.

Por fim, peça que os combinados e outras reflexões também sejam registrados na Agenda
de modo que possa ser retomado para conversas futuras, possa ser completado durante as
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

atividades da disciplina e ser consultado sempre que o(a) estudante quiser refletir sobre o seu
próprio processo de desenvolvimento de competências socioemocionais e seus objetivos de
Projeto de Vida.

PARA FORTALECER SUA MEDIAÇÃO

Devolutivas construtivas são aquelas em que o(a) professor(a), tendo esclarecido


previamente com a turma os objetivos da avaliação formativa e seu instrumento, tenta
se colocar no ponto de vista do(a) estudante e entender por que ele(a) falou ou se
40 autoavaliou de determinada maneira, valoriza os pontos de avanço e problematiza os
pontos frágeis como oportunidades de desenvolvimento.

Sobre devolutivas:
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

A técnica utilizada para as devolutivas, oriunda do feedback (na língua Inglesa), não é
sobre dar conselho, exaltação ou avaliação por nota. feedback é a informação sobre
como estamos apontando nossos esforços em direção ao alcance dos objetivos. Se
os(as) estudantes consideram a sala de aula um lugar seguro para errar, eles(as) estão
mais propensos a utilizar o feedback para a aprendizagem. Efetivos feedbacks ocorrem
durante a aprendizagem, enquanto ainda há tempo de agir sobre ela.

É importante incentivar que os(as) estudantes deem feedbacks uns(umas) aos(às) outros(as),
desde que observados o vocabulário e o instrumento em que estão sendo avaliados(as).
Os(As) estudantes precisam ter clareza sobre seus alvos de aprendizagem – o que é
esperado que eles(as) alcancem –, senão o feedback se torna somente alguém falando para
eles(as) o que fazer, o que não é efetivo para desenvolver a autorregulação da aprendizagem.

O(A) professor(a) dá a devolutiva a partir do nível em que o(a) estudante se avaliou


e da avaliação que você próprio(a) realizou sobre a turma, levando em consideração
o contexto da atividade, e não baseado em cenários abstratos e genéricos.

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SUMÁRIO
ANEXOS – 1º CICLO
ANEXO 1.1.

O QUE É SER UM(A) ESTUDANTE PROTAGONISTA?

Durante toda a sua formação no Ensino Médio, você vai ouvir muitas vezes a expressão
“protagonismo juvenil”. Então, é bom que você compreenda bem o que ela significa, não é?
Este texto é para isto: falar do significado dessa expressão e, é claro, explicar por que ela vai te
acompanhar por todo o Ensino Médio.

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


Uma boa forma de entendermos o conceito de protagonismo juvenil é pensarmos no sentido que
a palavra protagonista tem no teatro: protagonista é o ator ou a atriz principal. Os(As) outros(as)
atores(atrizes) são coadjuvantes, ficam com papéis secundários na trama. À frente da ação que se
desenvolve na peça estão os(as) protagonistas.

A palavra protagonista nasce da fusão de duas palavras gregas: proto, que significa o(a)
primeiro(a), o(a) principal; e agoniste, que significa lutador(a). O(A) protagonista, portanto,
é aquele(a) que está à frente, que “assume as rédeas” de determinada ação. Uma vez
entendido o sentido, vamos tentar responder à pergunta: Por que essa escola quer formar
um(a) jovem protagonista? 41

É porque, para aprender de verdade, cada aluno(a) precisa encontrar um sentido para a escola em sua
vida. Encontrar esse sentido é uma tarefa “pessoal e intransferível” do(a) estudante. Ninguém vai fazer

DIÁLOGOS SOCIOEMOcIONAIS
isso por ele(a). Não adianta os familiares e os(as) professores(as) “buzinarem” no ouvido do(a) jovem
o dia inteiro coisas do tipo: “Estudar é importante para você ter sucesso”, “Estudar é importante para
você ser um(a) bom(a) cidadão(ã)”, “Estudar é importante pra você arranjar um bom emprego” etc.

Mas tem um detalhe: o sentido da escola não está pronto. Ele tem de ser construído. Todos os
dias. Pense bem: você não vai se envolver com uma atividade da escola só porque alguém falou
que é importante, vai? Você precisa entender por que aquilo é importante, não é mesmo? É
essa a missão do(a) estudante protagonista: se colocar a trabalho e descobrir por que cada coisa
da escola lhe interessa; investigar de que forma os conhecimentos têm a ver com sua vida e
“correr atrás” dos conhecimentos. Ser determinado(a) para aprender e também disponível para
ajudar os(as) colegas naquilo que já sabe. Enfim, o(a) jovem tem de se colocar no comando da
construção dos rumos de sua vida de estudante.

É por isso que o termo protagonismo anda de mãos dadas com uma outra palavra: autonomia.
Ser autônomo(a) significa tomar suas próprias decisões, livremente; fazer suas próprias
escolhas, a partir de uma reflexão pessoal. Agir de forma autônoma significa, ainda, ter
responsabilidade em relação às próprias escolhas, atitudes e ações. Vale dizer que, para fazer

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
escolhas de forma estratégica e responsável, é preciso pensar, de forma profunda, em seu
Projeto de Vida (ou seja: o que você quer atingir na vida pessoal, na relação com as pessoas e em
relação ao seu futuro profissional).

A partir de tudo o que afirmamos até este ponto do texto, podemos dizer que, na Educação, formar
estudantes protagonistas significa formar pessoas que assumam, de forma cada vez mais autônoma,
seus caminhos na vida, tornando a travessia para o mundo adulto um momento para aprender a
fazer boas escolhas, a descobrir interesses, formular um Projeto de Vida e planejar o futuro.

Já nas ações regulares da escola, assumir-se como um(a) estudante protagonista significa
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

participar das aulas; envolver-se com a programação de atividades; querer aprender e ir além;
procurar os(as) professores(as) quando se tem dúvida; aprender a fazer boas pesquisas nos livros
e na internet; desenvolver liderança, superar a timidez ou outros entraves que atrapalham
a aprendizagem; colaborar com os(as) colegas e ajudá-los(las); enfim, afastar-se de atitudes
passivas e desenvolver competências para aprender mais e melhor, contando com o apoio dos(as)
professores(as) e da equipe de gestão da escola.

Para terminar este texto, há ainda um ponto muito importante que não pode ficar de fora: é preciso
que a escola faça sua parte. Cada jovem deve se esforçar para ser um(a) estudante protagonista, e
a escola, por sua vez, deve ser parceira do(a) jovem nessa busca. Ela precisa abrir espaço a práticas
42 de ensino participativas, proporcionar oportunidades de aprendizagem colaborativa, incentivar a
postura crítica e possibilitar que os(as) alunos(as) empreendam ações de pesquisa e de aplicação
dos conhecimentos em situações da escola, da comunidade e da vida cotidiana.
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

APLICANDO O CONHECIMENTO...

Com base nos conceitos e nas reflexões propostos pelo texto acima, reúna-se com outros(as)
três ou quatro colegas e identifique, nas histórias de vida de vocês, quatro situações em que
os(as) alunos(as) se colocaram ou foram deixados(as) de lado, sendo apenas “coadjuvantes
passivos(as)” na rotina da escola e dos estudos. Em seguida, identifique quais seriam as situações
de protagonismo estudantil desejadas, no lugar das ações passivas. Por fim, vocês devem pensar
juntos(as) em como a situação de coadjuvante pode ser transformada na de protagonista.

ANEXO 1.2.

MARCAS QUE RECEBO E DEIXO

Antes mesmo de nascer, recebemos e deixamos diversas marcas no mundo. Uma das primeiras, e
que nos acompanham por toda a vida, é o nosso nome. Depois do parto, novas marcas começam

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
a chegar: a certidão de nascimento, a vacina BCG (aquela que dói pra caramba e marca o braço
direito das pessoas para sempre!), as primeiras fotografias... Os anos vão se passando e a coisa
continua: os desenhos que fazemos para nossos pais e irmãos(ãs), a matrícula na escola, a
entrada nas redes sociais!

Somos marcados, também, por outros tipos de coisas: pelas lembranças de lugares e pessoas
importantes para nós (como a casa de uma avó, o primeiro “mergulho” no mar, a amizade com
alguém que se torna especial) ou, ainda, pelos grandes acontecimentos do mundo, como as
guerras, o descobrimento de tratamentos de doenças, os desastres naturais etc.

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


Vamos fazer um teste para ver se tudo isso que foi dito aí anteriormente é verdade? Então,
vamos lá. Você tem até 30 segundos para pensar e responder, em um papel, a cada item abaixo:

•• Duas marcas de produtos que você consome sempre;


•• Dois esportistas que marcaram a sua vida;
•• Dois políticos que fizeram história no Brasil;
•• Dois conteúdos aprendidos na escola que você nunca esqueceu;
•• Duas coisas que seus pais sempre falam antes de você sair de casa.
E aí, como se saiu? Os 30 segundos foram suficientes? Se não, é porque as marcas não foram
muito profundas! Por falar na profundidade daquilo que é importante nas nossas vidas, há 43
mesmo uma diferença entre as coisas que marcam a gente: alguns acontecimentos deixam
marcas em nossas lembranças, outros, no nosso corpo. Mas têm aquelas coisas que marcam a
nossa história, por isso consideramos que são mais profundas.

DIÁLOGOS SOCIOEMOcIONAIS
Novo teste. Desta vez, mais difícil e de maior responsabilidade: Quais são os acontecimentos
pessoais, familiares, comunitários ou da sociedade de maneira mais ampla que mais
marcaram você? Três minutos para pensar...

Vamos dar mais um passo adiante. Outra pergunta, ainda mais desafiadora: Que tipo de marcas
você tem deixado no mundo? Pense sobre elas com cuidado. Tente compreender os vários
aspectos dessas marcas que você deixa no mundo à sua volta.

Depois de tantas perguntas instigantes, chegou a hora do grande desafio: criar, graficamente,
uma marca para você. Já fez isso antes? Se não fez, precisa saber que, em geral, as marcas
representam negócios ou produtos. Nesse universo, a criação de uma marca envolve uma série
de pontos. Alguns deles são:

•• Pesquisa: antes de qualquer coisa, é preciso refletir sobre os valores, a identidade, a


personalidade do negócio ou produto;

•• Conceito: é essencial definir a mensagem, a ideia que se pretende comunicar com aquela marca;

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
•• Legibilidade: a marca precisa ser legível, compreendida pelas pessoas;
•• Uso: é importante que a marca seja facilmente aplicada em suportes (papel, internet etc.) e
produtos variados.

ANEXO 1.3.

SONHAR PARA COMEÇAR

•• Quais são os sonhos que tenho para minha vida? Discutam sobre todos os sonhos que
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

possuem, mesmo aqueles que pareçam impossíveis ou até bobos.

•• Quais são os meus sonhos em relação a cursar um curso superior? Vocês já pensaram em
continuar os estudos, graduando-se em uma universidade? O que gostariam de estudar?
Se nunca pensaram nessa possibilidade, quais são os motivos que os(as) fazem não
considerar essa ideia?

•• Quais são os meus sonhos em relação ao trabalho? Discutam sobre suas aspirações
profissionais: o que vocês gostariam de fazer? Que tipo de profissão lhes interessam?

•• Quais são os meus sonhos em relação à família? Vocês têm vontade de formar uma família?
Como gostariam que ela fosse? O que acham que é preciso fazer para formar uma família? E
sobre a família da qual fazem parte: o que gostariam de fazer por ela e o que gostariam que
44 ela fizesse por vocês?

•• Quais são os meus sonhos em relação ao uso do meu tempo livre? Quais são as atividades de
lazer e os hobbies que querem praticar ou continuar praticando em suas vidas?

•• O que pretendo fazer, pensando no bem comum? Quais são os sonhos que possuem para
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

sua comunidade/bairro, para sua cidade e para o país? Algum desses sonhos poderia ser
transformado em uma profissão, por exemplo?

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
2º CICLO

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


45

MAPA DE ATIVIDADES

DIÁLOGOS SOCIOEMOcIONAIS
ATIVIDADE 7
O MEU PROJETO DE VIDA!

Construção dos primeiros passos do Projeto de Vida de cada jovem. Seleção


das competências a serem desenvolvidas e monitoradas durante o ano.

•• 02 AULAS

ATIVIDADE 8
NOSSO CARTÃO-POSTAL

Identificação e reflexão sobre os “cartões-postais” dos locais em que vivem.


Realização de ação protagonista dos(as) jovens na escola.

•• 02 AULAS

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SUMÁRIO
ATIVIDADE 9
EU, ESTUDANTE: SUPERANDO LIMITES
Construção da radiografia da vida de estudante (o que mais os motiva e o que
menos gera interesses, as atividades com que mais se identificam, as dificuldades
que mais enfrentam etc.); elaboração das “rotas de superação dos limites”.

•• 03 AULAS

ATIVIDADE 10
ONTEM E HOJE: RETRATO FALADO
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

Reflexão sobre os principais acontecimentos que marcaram a vida dos(as)


alunos(as); projeção de interesses e sonhos em relação aos estudos, às relações
familiares e comunitárias e ao trabalho.

•• 02 AULAS
A seguir, apresentaremos mais um conjunto de atividades que contribuirá para a organização do
itinerário proposto para o Projeto de Vida. Nosso objetivo é o de promover o fortalecimento das
questões de identidades juvenis na construção de um projeto de vida, o pertencimento escolar e
o desenvolvimento de competências socioemocionais.

46 Mais uma vez, indicamos que é importante adequar às atividades propostas ao tempo
disponibilizado para estas, posto que, a depender do ritmo e da participação da turma, algumas
podem levar mais ou menos tempo que o previsto.
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

De forma geral, recomenda-se que, pelo menos a atividade 7 seja realizada antes da segunda
etapa de preenchimento do instrumental do Diálogos Socioemocionais. Elas podem ser
realizadas em menos tempo que o que está sugerido no mapa a seguir. A atividade 8 - Nosso
cartão-postal. Esta é uma atividade que mobiliza muito os(as) alunos(as) e tem um papel
estruturante no desenvolvimento de competências.

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
ATIVIDADE 7
O MEU PROJETO DE VIDA!

A partir dos sonhos identificados na atividade anterior, construir os


RESUMO primeiros passos do Projeto de Vida de cada jovem. Fazer a seleção das
competências a serem potencializadas e adquiridas durante o ano.

Planejar alguns aspectos principais de um Projeto de Vida, a partir dos


OBJETIVOS

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


sonhos que foram identificados na atividade anterior.

COMPETÊNCIAS
INTENCIONALMENTE Determinação, organização, foco, persistência e responsabilidade.
DESENVOLVIDAS

Ao longo da atividade são propostas diferentes formações, com momentos


ORGANIZAÇÃO DA
em roda de conversa, envolvendo a turma toda, e de trabalho em
TURMA
quartetos.
47

DURAÇÃO PREVISTA 2 aulas.

DIÁLOGOS SOCIOEMOcIONAIS
PARA SUA
PRESENÇA
PEDAGÓGICA

O planejamento de um Projeto de Vida é importante para a tomada de consciência


dos degraus necessários na realização das aspirações pessoais. Por isso, durante essa
atividade, seus(suas) estudantes farão uma análise inicial, de ordem mais intuitiva, dos
passos que imaginam necessários para alcançar seus sonhos.

Compartilhar as escritas é um passo importante nesse processo. Os(As) alunos(as)


podem realizar essa partilha em roda de conversa ou em pequenos agrupamentos.
Também é importante frisar sobre a qualidade dessa orientação: mais do que avaliar os
limites ou as impossibilidades, ou, então, cair em um discurso motivacional superficial,
o papel do adulto é ajudar o(a) jovem a compreender os caminhos possíveis para que
suas escolhas se realizem. Para isso, momentos de orientação contínua sobre os

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
Projetos de Vida acontecerão até o final do 3o ano do Ensino Médio, pois o conjunto
de experimentações propostas no componente Projeto de Vida contribuirá para o
amadurecimento e a formação da autonomia pessoal dos(as) jovens. Para esta aula,
será preciso providenciar cópias do Jogo do Espelho (Anexo 2.1.)

DESENVOLVIMENTO

1ª ETAPA
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

Receba a turma em roda de conversa e apresente o objetivo da atividade. Para inspirar na


elaboração dos projetos de vida, apresente e discuta o vídeo: 5 dicas sobre Projeto de Vida,
disponível em: <bit.ly/5_dicas_de_projeto_de_vida>. Acesso em: 20 mar. 2019.

2ª ETAPA

Para esta etapa, você pode pedir para que os(as) alunos(as) sentem em trios e escrevam seus
48 projetos individualmente. Se preferir outra gestão de classe, oriente para que a escrita seja
individual e, após essa ação, os(as) estudantes se organizem em trios.

Combine um período de tempo confortável para que se dediquem a essa tarefa. Consideramos
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

que 15 minutos seja um tempo adequado para essa ação. Enquanto os(as) estudantes escrevem
seus projetos de vida, percorra a sala e atentamente observe-os(as) trabalhando. Ao finalizar, os
trios devem compartilhar suas anotações entre si.

PARA AUXILIAR A ESCRITA DOS PROJETOS:

Refletir sobre si antes da escrita do Projeto de Vida fundamental. Para auxiliar a turma
nesse processo, apresentamos sugestões de assuntos disparadores para um momento
de aquecimento com os(as) estudantes. Esta conversa inicial auxiliará a turma a
organizar as ideias e selecionar os pontos que consideram prioritários para seu Projeto
de Vida. Selecione os tópicos que considerar mais pertinente de serem trabalhados com
sua turma. Acrescente outros, caso julgue necessário.

• Suas principais qualidades que vão ajudar você a realizar seu Projeto de Vida são...
• Seus principais desafios que é preciso superar para realizar seu Projeto de Vida são...
• Seus objetivos como estudante são... O que precisa fazer para alcançá-los?

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
• Seus objetivos profissionais são... O que precisa fazer para alcançá-los?
• Seus objetivos como pessoa são... O que precisa fazer para conquistá-los?
• Quais são as pessoas que podem auxiliar você a conquistar seu Projeto de Vida?

3ª ETAPA

Após o compartilhamento das escritas dos Projetos de Vida, distribua cópias das orientações do
Jogo do Espelho (Anexo 2.1.) para os trios e estabeleça mais um tempo para essa atividade.

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


Finalize a atividade compondo uma roda de conversa para que os(as) estudantes possam falar
sobre o que descobriram de mais importante ao iniciar o planejamento de seus Projetos de Vida
e como as devolutivas de seus(suas) “colegas espelho” durante o jogo.

Durante a roda de conversa, não se esqueça de fomentar a discussão sobre as competências


socioemocionais necessárias para que os(as) estudantes alcancem seus objetivos. Peça-lhes que
reflitam sobre os passos que deram no desenvolvimento dessas competências nos últimos meses. O
que mudou desde o preenchimento da 1ª Rodada das rubricas? Dê sua percepção de desenvolvimento
da turma. Convide os(as) estudantes para registrar essas conquistas em suas Agendas.

Caso haja estudantes que não tenham percebido desenvolvimento de competências nesse 49
período, estimule-os(as) a refletir sobre o que é preciso fazer para que as competências sejam
desenvolvidas. O que eles(as) podem fazer sozinhos(as)? Em que eles(as) precisam de apoio?

DIÁLOGOS SOCIOEMOcIONAIS
Elaborar um Projeto de Vida pode ser uma tarefa angustiante em uma sociedade que faz
exigências de consumo e de um tipo de sucesso midiático aos(às) jovens. Quando a escola
se coloca como parceira na construção das autobiografias de seus(suas) estudantes,
ajudando-os(as) a se organizarem e refletirem criticamente sobre seu futuro, ela cumpre
um papel essencial, que é o de proporcionar a construção da autonomia, de aprender a
fazer escolhas a partir de quem se é e do que se quer para sua vida. Portanto, situações
como “sermões para a vida” ou de controle das expectativas juvenis não só afastam a
escola dos(as) jovens como em nada contribuem para a significação de suas próprias
experiências e seus anseios de futuro. Faça valer a relação de confiança que você,
professor(a), tem conquistado dia a dia com seus(suas) estudantes para fortalecer os
vínculos dessa “rede” de influência propositiva e latente de possibilidades de futuros.

PROBLEMATIZAÇÃO EM FOCO:

Na próxima aula, a turma será convidada a refletir e dialogar sobre os marcos identitários
do local em que vivem. Que tal pedir que façam fotos de locais marcantes de sua trajetória
entre sua casa e a escola? Os(As) alunos(as) podem fazer imagens pelo celular.

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
ATIVIDADE 8
NOSSO CARTÃO-POSTAL

Identificação e reflexão sobre os “cartões-postais” dos locais em que vivem.


RESUMO
Realização de ação protagonista dos(as) jovens na escola.

Promover a leitura de mundo por meio do uso da fotografia. Fazer com


OBJETIVOS que os(as) estudantes reflitam sobre a relação que possuem com os
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

espaços em que vivem.

COMPETÊNCIAS
INTENCIONALMENTE Empatia, curiosidade para aprender e imaginação criativa.
DESENVOLVIDAS

ORGANIZAÇÃO DA Ao longo da atividade são propostas diferentes formações, com momentos


TURMA em roda de conversa, envolvendo a turma toda, e de trabalho em quarteto.

50
DURAÇÃO PREVISTA 2 aulas.
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

DESENVOLVIMENTO

1ª ETAPA

Receba a turma e, para iniciar a conversa, pergunte quais são os principais símbolos e as
imagens que vêm à cabeça sobre o Brasil. A seguir, questione sobre as imagens e os símbolos que
conhecem sobre sua cidade, até chegar aos locais em que vivem (comunidades e bairros).

O zoom, passo a passo sobre símbolos e imagens, permitirá compor um campo


simbólico a partir do imaginário e das experiências vividas e promoverá o aquecimento
para a discussão.

Verifique se os(as) estudantes trouxeram a foto pedida na aula anterior. Oriente a turma que se
organize em trios para que possam compartilhar as imagens. Todos(as) os(as) estudantes devem estar
integrados à atividade, mesmo os(as) que não trouxerem imagens. Peça que os trios compartilhem
suas imagens e expliquem as razões de suas escolhas. Introduza o tema cartão-postal, com a
apresentação desse tipo de imagem, tanto da sua cidade quanto de outras cidades do seu estado.

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
Caso a turma não tenha trazido imagens, peça que fale sobre os locais que marcam a
trajetória que fazem de casa à escola. Você também pode promover um momento no entorno
da escola, para que a turma faça registros com seus celulares.

PARA SUA
PRESENÇA
PEDAGÓGICA

Nesse momento, seria muito desejável que você produzisse uma compilação em PowerPoint

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


de algumas imagens de cartões-postais de diferentes municípios e promovesse a leitura
dessas imagens, provocando a apreciação e análise a partir de questões afetivas e sobre a
linguagem fotográfica, como:

• Onde foi tirada a fotografia?


• Para qual finalidade ela foi elaborada?
• O que a imagem desperta?
• As imagens apresentam similaridades? Quais?
• As imagens receberam algum tipo de tratamento?
• Vocês já estiveram nesse local da fotografia? O que acharam?
51
Faça-os(as) notar que, embora comumente as imagens de cartão-postal se refiram a paisagens,
podemos incluir numa imagem de cartão-postal uma cena cotidiana ou até mesmo retratos.

DIÁLOGOS SOCIOEMOcIONAIS
Fique atento(a) a alguns temas que podem ser explorados durante o diálogo:

• O olhar das pessoas “de fora” da comunidade/bairro sobre os bairros/comunidades em


que vivem. Formule boas perguntas, para que os(as) jovens possam elaborar suas opiniões
confrontando suas vivências com o que diz o “olhar estrangeiro”, carregado de senso comum
e geralmente construído a partir de distanciamento e de estereótipos.
• O tratamento que a mídia dá para os locais em que vivem. O que mais aparece nos jornais,
nas revistas, na rádio e na web sobre seus bairros/comunidades? O que eles pensam a
respeito?
• Abra espaço de discussão sobre os espaços de interesse dos(as) jovens na cidade/
comunidade/bairro. Eles(as) atuam junto a algum grupo cultural, religioso, esportivo, político
etc.? O que aprendem nesses espaços?
• O que gostariam que existisse em seus bairros/comunidades que ainda não tem? E o que
tem lá que não tem em outros locais?

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SUMÁRIO
Incentive que os(as) jovens façam uma pesquisa na internet sobre fotógrafos para
conhecer diferentes modos de ver e se inspirarem. Eles(as) podem pesquisar nomes
reconhecidos, como Sebastião Salgado, Carlos Moreira, Miguel Rio Branco, Nair
Benedicto, Cássio Vasconcellos, Sergio Guerra, Walter Firmo etc. Vários sites na internet
possuem um ótimo apanhado de fotógrafos e links para seus trabalhos. Ofereça
repertório e incentive a pesquisa autônoma, para que possam compor suas imagens de
maneira pessoal e criativa.

2ª ETAPA
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

Oriente a turma a trabalhar em quartetos. Diga que o desafio é construir uma exposição de
fotografias com suas imagens. Dê as instruções sobre como organizar as fotografias, lembrando
os(as) estudantes da importância de criarem legendas para as imagens que contenham:

•• Identificação do(a) fotógrafo(a);


•• Identificação do local fotografado;
•• Breve apresentação do local.
Após prévio alinhamento com a equipe de gestão escolar sobre a atividade, defina com a turma o
52 melhor local para montarem a exposição, que deverá permanecer por algum tempo na escola.

Ao final da atividade, avalie com os(as) estudantes o que aprenderam sobre os símbolos e imagens
dos locais que compõem o trajeto entre suas casas e a escola. Finalize parabenizando os(as)
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

jovens pelo trabalho realizado e pelas conquistas alcançadas em todo o processo. Não se esqueça
de fomentar a reflexão sobre as competências socioemocionais acionadas durante a atividade:

•• Quais competências foram mais desafiadoras de serem colocadas em prática? Por quê?
•• O que a turma pretende fazer na escola, para aprimorar o desenvolvimento das
competências trabalhadas durante esta atividade?

•• E fora da escola, como podem lançar mão das competências socioemocionais trabalhadas
nas relações com seus familiares e amigos(as)?

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SUMÁRIO
ATIVIDADE 9
EU, ESTUDANTE: SUPERANDO LIMITES

Construção da radiografia da vida de estudante (o que mais os motiva e o


que menos gera interesses, as atividades com que mais se identificam, as
RESUMO
dificuldades que mais enfrentam etc.); elaboração das Rotas de Superação
de Limites.

Possibilitar aos(às) jovens que analisem sua vida de estudante, definindo

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


OBJETIVOS aquilo com que mais se identificam e aquilo que mais os(as) desafia nesse
contexto, e construam rotas de superação de seus limites.

COMPETÊNCIAS
Autoconsciência, tolerância ao estresse, tolerância à frustração,
INTENCIONALMENTE
autoconfiança, persistência, determinação.
DESENVOLVIDAS

ORGANIZAÇÃO DA Ao longo da atividade são propostas diferentes formações, com momentos


TURMA em roda de conversa, envolvendo a turma toda, e de trabalho em times.
53

DURAÇÃO PREVISTA 3 aulas.

DIÁLOGOS SOCIOEMOcIONAIS
PARA SUA
PRESENÇA
PEDAGÓGICA

Ter motivação e entusiasmo são elementos importantes para viver no século 21. Ser
motivado(a) é saber lidar com a vida com energia e vigor, sentir-se vivo(a) e ativo(a) para
superar as dificuldades. Outra característica muito importante é a determinação, que diz
respeito à persistência e à resiliência, ao trabalho centrado para se atingir determinado

objetivo apesar dos obstáculos. A Rota de Superação de Limites aborda claramente


essas duas competências, mas diversas outras são importantes para que os(as) jovens
suplantem as dificuldades do dia a dia.

Nesse processo, é fundamental trabalhar com os(as) alunos(as) essas competências,


mesmo quando elas não são o foco. Afinal de contas, é comum que, em determinados

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
momentos (sejam eles pontuais ou mais prolongados), alguns(algumas) alunos(as)
se mostrem desestimulados(as) ou que estejam pessimistas devido aos obstáculos
que terão que superar para alcançar determinado objetivo. Por isso, quando
perceber que algum(a) aluno(a) está desmotivado(a), busque conversar com ele(a),
identificando os motivos que o(a) levam a adotar tal postura, e também ajudando a
construir modos de superar a má fase. A Rota de Superação de Limites pode ser um
bom instrumento para trabalhar com os(as) alunos(as) eventualmente, para além do
momento desta atividade.

Para esta atividade, você precisará providenciar cópias do Anexo 2.2.


ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

DESENVOLVIMENTO

1ª ETAPA

Receba a turma e oriente que se organize em dois grandes grupos, que devem se assentar
ao redor de uma mesa. Dialogue sobre a proposta da atividade dos próximos dois encontros,
54 expondo os seus objetivos e o método de trabalho.

Distribua cópias do Anexo 2.2. aos(às) estudantes. Peça que também tenham em mãos suas
Agendas para o registro das atividades do dia. Peça a eles(as) que façam, coletivamente, a leitura
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

do texto de abertura do roteiro.

2ª ETAPA

Em seguida, apoie-os(as) na realização das atividades que seguem o texto de abertura, a saber: a
Radiografia do Estudante, o Laudo do Exame e a Rota de Superação de Limites.

Ao longo do trabalho, acompanhe os(as) estudantes de perto, orientando-os(as) quanto a:

•• compreensão das comandas de cada tarefa;


•• reprodução dos quadros em suas Agendas, já que o espaço do roteiro é insuficiente para
realizarem o trabalho;

•• fazer os registros conforme a indicação do roteiro;


•• encarar com confiança as dificuldades, de modo a reconhecer as forças que têm para superar
os próprios desafios.

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
Aproveite que a atividade proposta está dividida em dois encontros para discutir
com os(as) alunos(as) sobre as temáticas que ela suscita – especialmente sobre a
determinação, o entusiasmo e a motivação. Converse sobre a importância de os(as)
alunos(as) adotarem uma postura mais ativa diante de suas vidas como estudantes,
ressaltando que os desafios podem ser superados com muita dedicação e compromisso
com a própria aprendizagem. É importante também dialogar com a turma o quanto o
desenvolvimento de competências será útil para a superação de desafios.

Sugira que eles(as) procurem os(as) demais professores(as) para conversar sempre que sentirem
que não estão aprendendo de maneira adequada. Dessa forma, os(as) professores(as) poderão

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


dialogar sobre a questão e sugerir outras estratégias que favoreçam a aprendizagem.

Para finalizar, em uma roda de conversa, estimule os(as) jovens a compartilhar o trabalho
feito, trocando ideias e experiências para que possam superar os próprios limites. E dialogando
quando esses processos se relacionam com o desenvolvimento de competências.

55

DIÁLOGOS SOCIOEMOcIONAIS

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
ATIVIDADE 10
ONTEM E HOJE: RETRATO FALADO

Identificação de acontecimentos marcantes da vida dos(as) jovens e


RESUMO
discussão sobre as marcas que cada um(a) tem deixado no mundo.

Possibilitar que os(as) jovens identifiquem os principais acontecimentos


que marcaram suas vidas, realizando um primeiro esforço de projeção
OBJETIVOS
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

de interesses e sonhos em relação aos estudos, às relações familiares e


comunitárias e ao trabalho.

COMPETÊNCIAS
Empatia, respeito, autoconfiança, curiosidade para aprender e
INTENCIONALMENTE
imaginação criativa.
DESENVOLVIDAS

ORGANIZAÇÃO DA Ao longo da atividade são propostas diferentes formações, com momentos


TURMA em roda de conversa, envolvendo a turma toda, e de trabalho em duplas.
56

DURAÇÃO PREVISTA 2 aulas.


DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

PARA SUA
PRESENÇA
PEDAGÓGICA

O autoconhecimento é uma dimensão fundamental para a construção da identidade dos(as)


estudantes e para todo o trabalho realizado ao longo do componente curricular Projeto de
Vida. Quando o assunto é conhecer a si mesmo(a), a primeira questão que vem à mente,
provavelmente, é “Quem sou eu?”. A partir dessa pergunta, várias outras se desdobram e
somos levados a pensar na relação que temos com as pessoas em nossa família, na escola,
na comunidade e no mundo – como já foi trabalhado em atividades anteriores.

Mas é sempre importante aprofundar e exercitar o autoconhecimento, saber perscrutá-


lo e conhecer outros lados de si mesmo(a). Nesta atividade, propõe-se que os(as)
estudantes relembrassem acontecimentos que marcaram a vida de cada um(a) e que
os(as) afetaram de algum modo. Não se trata apenas de buscar na memória esses

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
acontecimentos, mas de saber interpretá-los e entendê-los de tal modo, que seja
possível representá-los por imagens. Essa é uma das diversas maneiras de se
autoconhecer, de identificar os próprios medos, os desejos e as alegrias, e assim
estabelecer significado às vivências na escola e fora dela. Para esta aula, será preciso
providenciar cópias do Anexo 2.3., disponível ao final deste ciclo.

DESENVOLVIMENTO

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


1ª ETAPA

Receba a turma em roda de conversa para apresentar os objetivos da atividade do dia, ou seja,
ajudá-la a identificar acontecimentos importantes que marcaram sua vida no passado e no
presente, e, principalmente, projetar alguns de seus interesses e sonhos.

Para inspirar às discussões apresente e discuta o vídeo “Retrato falado – Aeromoça”,


exibido no Fantástico, programa da Rede Globo, alguns anos atrás. Disponível em: <bit.ly/
retratofaladoMárcia>. Acesso em: 20 mar. 2019.
57

2ª ETAPA

Peça que a turma se organize em duplas. Distribua cópias do Anexo 2.3. e materiais para a

DIÁLOGOS SOCIOEMOcIONAIS
realização da atividade (revistas, jornais, folhas coloridas, pincéis, tinta e o que mais considerar
possível e necessário para a produção dos(as) estudantes).

3ª ETAPA

Para finalizar, promova um momento de apresentação das imagens e do diálogo entre


eles(as), ajudando-os(as) a reconhecer em que esses acontecimentos podem ser importantes
para suas vidas no futuro.

Lembre aos(às) alunos(as) que, na próxima aula, será a 2a Rodada do acompanhamento do


desenvolvimento de competências socioemocionais.

Reflita com a turma sobre o desenvolvimento das competências socioemocionais até o


momento. Peça para que retomem suas anotações da Agenda e reflitam por alguns minutos:
Como eles(as) iniciaram o ano e como estão hoje, em relação ao desenvolvimento das
competências elencadas para o trabalho neste ano.

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
Como a atividade “Ontem e hoje: Retrato falado” contribuiu para o desenvolvimento de
competências? Peça para que os(as) alunos(as) deem exemplos dos momentos em que as
competências socioemocionais foram acionadas durante a atividade. Dê sua devolutiva em
relação ao desenvolvimento dos(as) alunos(as). Seu feedback é fundamental nesse processo.


ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

58
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
ANEXO – 2º CICLO
ANEXO 2.1.

JOGO DO ESPELHO

Antes de compartilhar seus projetos de vida com o(a) professor(a), que tal avaliarem uns(umas)
aos(às) outros(as)? O Jogo do Espelho ajudará vocês a encontrar mais respostas acerca de si
mesmos(as)!

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


Para começar, escolham um(a) líder para conduzir o jogo, de modo que todos(as) participem.
Leia cada questão abaixo e abra espaço para que cada um(a) possa ser o(a) “colega espelho” e
dizer o que pensa. Então, cada jovem preenche em sua tabela a avaliação que recebeu. Bom jogo!

•• Qual é a maior qualidade que eu vejo em meus colegas? (Cada um diz qual é a maior
qualidade que vê em cada colega do trio e por quê).

•• No que acho que meus colegas podem melhorar? (Cada um diz qual é o maior desafio que vê
em cada colega do trio e por quê).

•• Eu acredito que meus colegas realizarão seus projetos de vida porque... (Cada um diz por
que confia na realização de cada colega).

•• Do início do ano até agora, eu acho que meus colegas cresceram com relação a... (Cada um 59
diz o que notou de crescimento em cada colega).

MEUS(MINHAS) DO INÍCIO DO

DIÁLOGOS SOCIOEMOcIONAIS
QUAL É A MAIOR NO QUE COLEGAS ANO ATÉ AGORA,
QUALIDADE QUE MEUS(MINHAS) ACREDITAM QUE MEUS(MINHAS)
MEUS(MINHAS) COLEGAS ACHAM EU REALIZAREI COLEGAS ACHAM
COLEGAS VEEM QUE EU POSSO MEUS PROJETOS QUE EU CRESCI
EM MIM? MELHORAR? DE VIDA COM
PORQUE... RELAÇÃO A...

Colega
espelho

Colega
espelho

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
Colega
espelho

Colega
espelho

DESAFIO!
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

Daqui para frente, tenham em mente o projeto de vida que estruturaram. Façam cópia
dele em suas Agendas e pesquisem na internet mais sobre cada objetivo que possuem.
Dessa forma, vocês aprimorarão os degraus necessários para alcançá-los!

RESILIÊNCIA

Você é uma pessoa resiliente? Sabe aqueles momentos da vida em que é necessário
não se deixar abater frente aos obstáculos e assumir uma postura de força e luta? É
60 isso! Como diz aquele samba: “Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima”. Procure
aprender com as adversidades!

ANEXO 2.2.
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

SUPERANDO LIMITES

O que é uma radiografia? Pergunta tranquila de ser respondida? Sim, é um exame médico que
permite enxergar dentro do nosso organismo, por meio da exposição de uma parte do corpo à
radiação. Não sentimos dor quando nos submetemos a esse exame, que possibilita observar se
temos fratura óssea, pneumonia, cárie nos dentes e até câncer. A radiografia é bastante usada
por médicos e dentistas, pois é uma grande aliada para o diagnóstico de diversas doenças. Mas
o que a radiografia tem a ver com os projetos de vida dos(as) alunos(as) da escola? Vejam: a ideia
é que vocês façam uma radiografia da vida de estudante. Isso mesmo... Ver se está tudo bem, ou
se há algo que precisa ser cuidado de outra maneira! Afinal, estão na reta final do semestre, mas
sempre é tempo de cuidar da saúde como alunos(as).

Vamos lá? Sigam os passos:

1 É hora de expor os pensamentos e sentimentos aos raios X, para que seja possível
enxergar o que está passando na cabeça e no coração de cada um(a)! Respondam,

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
individualmente, às questões apresentadas no quadro a seguir (registrem as
respostas em suas Agendas).

RADIOGRAFIA DO(A) ESTUDANTE

a) De tudo o que está vivendo na escola desde o primeiro dia de aula, o que mais dá prazer
a você? Podem ser várias coisas. Pense naquilo que você fica feliz só de imaginar que vai
acontecer quando estiver na escola. Pode ser uma disciplina que você adora, um conteúdo
específico de alguma delas que despertou interesse em você, uma atividade do núcleo que
foi marcante etc.

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


b) De tudo o que você está vivendo na escola desde o início das aulas, o que mais lhe dá
arrepio? Responda tudo o que quiser. Lembre-se do que acontece na escola e que dá
aquele frio na barriga!

c) Em qual atividade da escola você tem alguma dificuldade, mas consegue ter forças para
se superar sem precisar da ajuda de outras pessoas?

d) E qual é aquela atividade em que você sente dificuldade para aprender e não consegue,
sozinho, superar os seus limites? 61

e) Você gosta de ajudar os(as) colegas que demonstram dificuldade naquilo que você tira de
letra? Como é isso?

DIÁLOGOS SOCIOEMOcIONAIS
f) Você pede ajuda aos(às) colegas quando percebe que está difícil aprender alguma coisa?
Quando eles(as) ajudam, você aprende melhor?

g) Você acha que aprende melhor quando utiliza algum material de apoio, como livros,
dicionário, internet etc.? Qual deles você mais usa quando está estudando?

h) Você acha que tem conseguido organizar bem o seu tempo de estudo, seja na escola,
seja em casa?

i) Você prefere estudar sozinho(a) ou gosta de estudar com um(a) colega ou de fazer parte
de um grupo de estudos?

j) Pensando nas várias áreas de conhecimento e nas disciplinas, quais são aquelas que você
está aprendendo bem e as que você não tem aprendido o tanto que gostaria?

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
2 Tudo anotado na Agenda? Então você já está pronto(a) para redigir o laudo da
radiografia... O que as respostas demonstram? Releia cada uma delas e preencha o
quadro a seguir (você pode reproduzir e preencher o quadro na sua Agenda).

LAUDO DO EXAME

O que torna minha vida de estudante O que torna minha vida de estudante
mais feliz e tranquila? mais difícil?

Escreva, neste espaço, todos os trechos Escreva, neste espaço, todos os trechos
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

das respostas que favorecem a sua vida de das respostas que dificultam a sua vida de
estudante. estudante.

3 Agora, é o seguinte: continue colocando em prática tudo o que favorece a sua vida
de estudante. Em time que está ganhando não se mexe, e você tem aprendido muito
dessa maneira. Em relação àquilo que tem dificultado a sua aprendizagem, não dá
para ficar parado. É preciso agir para superar esses limites. Como? Uma das formas de
encarar essas dificuldades é construir uma Rota de Superação dos Limites. É simples e
dá resultados! Vamos experimentar? Vejam o exemplo adiante, dado por uma aluna do
62
Ensino Médio.

ROTA DE SUPERAÇÃO DOS LIMITES


DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

Que
dificuldade O que posso fazer para Com quem posso
O que espero agora?
tenho no superá-la? contar?
momento?

• Entender melhor o
conteúdo.
• Prestar mais
• Professora de • Compreender se
Não consigo atenção nas aulas e
matemática. ele tem relações com
aprender o perguntar sempre que
• Carolina, que se outros conteúdos da
conteúdo não tiver entendido.
saiu bem na avaliação matemática e de outras
“funções”, • Convidar alguém
de matemática. Vou disciplinas.
em para estudar comigo,
convidá-la para estudar • Conseguir realizar
matemática. fazendo exercícios para
junto comigo. os exercícios, me
ver se aprendi.
preparando melhor
para as avaliações.

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
ROTA DE SUPERAÇÃO DOS LIMITES

• Dar espaço para a


opinião dos(as) colegas.
• Melhorar a
• Não desanimar
convivência com os(as)
se alguém quiser fazer
colegas.
a atividade de uma
Trabalhar • Com todo o time. • Aprender outras
maneira diferente da
em time nos • Com a professora maneiras de realizar as
que eu faria.
projetos. que orienta o time. atividades.
• Contar as minhas
• Ajudar os(as)
ideias para os(as)

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


colegas a aprenderem
colegas, mesmo
junto comigo.
que eles(as) pensem
diferente.

4 Parabéns, vocês chegaram ao final da atividade... Conseguiram fazer uma radiografia da


vida de estudante, elaboraram um laudo desse exame e, principalmente, criaram a Rota
de Superação dos Limites. Ou seja, não vão ficar parados a ver navios. Vão agir para serem
estudantes cada vez melhores!

63

ANEXO 2.3.

DIÁLOGOS SOCIOEMOcIONAIS
Feche os olhos e pense, por 1 minuto, nos três principais acontecimentos da sua vida até
os dias de hoje. Não precisa ser nada mirabolante, excêntrico ou coisa do tipo. Afinal, muitas
vezes, são as experiências mais simples as que mais marcam nossa vida.

Pensou? E então, é algo que dá para contar para os(as) colegas e o(a) orientador(a)? Se der,
compartilhe essas histórias com eles(as)!

Agora, tente, individualmente e em silêncio, analisar esses acontecimentos. Pense:

•• São acontecimentos positivos, que o(a) deixaram feliz? Ou são daqueles que chateiam a
gente e que tentamos esquecer?

•• São fatos que aconteceram com você ou com membros da sua família (pais, irmãos, avós,
primos etc.)? Eles têm a ver com sua vida de estudante? Ou, ainda, são de outra natureza,
diferente das opções anteriores?

•• Que sentimentos esses acontecimentos despertam em você?


•• O que você pode aprender com eles?

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
Agora, pense nos dias atuais:

•• O que de mais importante você está vivendo neste momento? Pode ser qualquer coisa, hein?!
•• Que importância esses acontecimentos têm na sua vida atualmente?
•• Em que os acontecimentos atuais podem ser significativos para a sua vida no futuro?
Bom, essas reflexões serão importantes para realizar a atividade proposta a seguir. Aliás, é
possível que você ache a atividade estranha. Afinal, vive numa época em que, muitas vezes, uma
imagem vale mais que mil palavras... Mas aposte, será legal! Antes de começar, convide um(a)
colega para a atividade, que vai acontecer em duplas.
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

A ideia é que cada um(a) faça um retrato falado de um acontecimento que marcou sua vida no
passado ou que está deixando marcas importantes no presente.

Como assim?

Quem já viu filme policial deve conhecer esta prática: alguém descreve, com palavras, a
fisionomia de uma pessoa. Aí, um desenhista tenta reproduzir o rosto da pessoa. Na nossa
atividade, a ideia tem a ver com essa prática, mas é um tanto diferente. Você vai contar, para o(a)
seu(sua) colega, seu fato marcante, do passado ou do presente. Em seguida, ele(a) vai criar uma
64 imagem que represente o acontecimento. Ela pode ser um desenho, colagem, representações
gráficas etc. O importante é transformar o fato em uma imagem. A descrição, então, tem de ser
bem detalhada, para que o(a) colega tenha elementos para criar a representação. Façam assim:
um(a) estudante conta para outro(a) o seu acontecimento e os(as) dois(duas) anotam tudo no
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

caderno. Depois, ambos criam a imagem ao mesmo tempo. Uma dica: usem meio papel A4 como
base para o tamanho da imagem e abusem da criatividade e dos materiais disponíveis! Outra
dica: não deixem que o(a) colega veja o que está sendo criado. Vai ser legal fazer aquele suspense
depois da imagem pronta!

Chegou a hora de mostrar a imagem para o(a) colega da dupla e para os(as) demais da turma.
Em círculo, apresente ao(à) professor(a) e ao grupo de orientandos o fruto do retrato falado,
contando os elementos representados. Esse momento será especial, pois cada um poderá
compartilhar um pouco de sua história!

Para finalizar, insira em sua Agenda o retrato falado que seu(sua) colega fez do acontecimento
que marcou sua vida.

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
3º CICLO

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


65
MAPA DE ATIVIDADES

DIÁLOGOS SOCIOEMOcIONAIS
ATIVIDADE 11
LEVANTA, SACODE A
POEIRA E DÁ A VOLTA POR CIMA

Debate sobre a resiliência, para que os(as) estudantes avancem na construção


de seus projetos de vida, ancorados(as) em uma visão mais confiante do futuro
e na superação de alguns de seus limites.

•• 03 AULAS

ATIVIDADE 12
PROJETO DE VIDA E SEUS
DEGRAUS: ONDE ESTAMOS?

Compartilhamento dos projetos de vida elaborados e reflexão sobre as metas e


expectativas definidas. Revisão dos Projetos de Vida.

•• 02 AULAS

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
ATIVIDADE 13
MEU PROJETO DE VIDA E MINHA FAMÍLIA

Reflexão sobre as expectativas que as famílias têm com relação ao futuro dos(as)
estudantes. Apresentação dos Projetos de Vida elaborados para as mesmas.

•• 02 AULAS
Neste ciclo, apresentamos mais um conjunto de atividades que contribuirá para a organização
do seu plano de aula.
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

Mais uma vez, indicamos que é importante adequar as atividades propostas ao tempo
disponibilizado para estas, posto que, a depender do ritmo e da participação da turma, algumas
podem levar mais ou menos tempo que o previsto.

66
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
ATIVIDADE 11
LEVANTA, SACODE A POEIRA E DÁ A VOLTA POR CIMA

A partir de leitura e de uma atividade artística, deve-se promover um


debate sobre a resiliência dos(as) estudantes diante dos desafios na escola
RESUMO e na vida, possibilitando que eles(as) deem um passo na construção de
uma visão mais confiante de futuro e de uma atuação focada na superação
de algumas limitações.

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


Trabalhar a resiliência dos(as) estudantes diante dos desafios que
enfrentam na escola e na vida, de forma mais ampla, possibilitando que
OBJETIVOS
eles(as) construam uma visão confiante do futuro e atuem na superação
de seus limites.

COMPETÊNCIAS Curiosidade para aprender, imaginação criativa, interesse artístico,


INTENCIONALMENTE foco, organização, tolerância ao estresse, autoconfiança, tolerância à
DESENVOLVIDAS frustração e iniciativa social.

ORGANIZAÇÃO DA Ao longo da atividade são propostas diferentes formações, com momentos 67

TURMA em roda de conversa, envolvendo a turma toda, e trabalho em duplas.

DURAÇÃO PREVISTA 2 aulas.

DIÁLOGOS SOCIOEMOcIONAIS
PARA SUA
PRESENÇA
PEDAGÓGICA

As atividades propostas em Projetos de Vida constantemente promovem uma articulação


entre a reflexão e o fazer. Ao longo dos três anos do Ensino Médio, são propostas
atividades a partir das quais os(as) jovens se envolvem na produção de cartazes, histórias
em quadrinhos (como no caso dessa atividade), júris simulados, mapas, produções de
áudio e de imagem, além de se engajarem em ações de maior complexidade.

É importante que as produções sejam dispositivos que contribuam para divulgar, na


escola e fora dela, os trabalhos realizados pelos(as) estudantes e permitam que a turma
se aproprie dos resultados por meio dos diferentes olhares dos(as) espectadores(as)-
interlocutores(as), potencializando o reconhecimento das aprendizagens e das diversas

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
competências que estão sendo trabalhadas. Esse campo do fazer é fundamental para
que o protagonismo seja vivenciado e assumido pelos(as) jovens como uma atitude
diante da vida.

Para esta aula, será preciso providenciar cópias do texto “Resiliência, você conhece
esta palavra”

(Anexo 5, disponível ao final deste ciclo).


ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

DESENVOLVIMENTO

1ª ETAPA

Em roda de conversa, dialogue com a turma sobre o sentido da palavra resiliência. O que sabem
sobre essa palavra? Ela faz parte do vocabulário dos(as) estudantes? Eles(as) conhecem pessoas
resilientes? Qual é a importância da resiliência para a vida dentro e fora da escola? Acolha as
contribuições e traga suas considerações sobre a fala da turma.

68
Distribua cópias do Anexo 3.1. e promova uma leitura coletiva, auxiliando a turma na
ampliação do conceito do termo resiliência.
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

2ª ETAPA

Com a turma organizada em duplas, distribua o material necessário e auxilie na proposta de


criação de tirinhas, repassando com eles(as) o que já aprenderam sobre esse gênero nas aulas
de Língua Portuguesa. Se possível, disponibilize um ou dois computadores para as duplas
pesquisarem referências de HQ na internet.

Proponha uma apresentação das tirinhas criadas, dialogando sobre as situações em


que os(as) alunos(as) foram resilientes. Reforce a importância de eles(as) buscarem
lidar de maneira positiva com as dificuldades enfrentadas na escola e na vida. Algumas
perguntas podem auxiliar você nesse momento:

• Quais aspectos das experiências vivenciadas por vocês ganharam destaque na HQ?
• Por que você destacou essas experiências e como elas ajudam a entender o seu
processo de resiliência?
• O que vocês aprenderam com as situações representadas por vocês nas tirinhas?

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
Para finalizar, discuta e defina junto aos(às) alunos(as) um espaço na escola para expor as
tirinhas. Caso tenha outras turmas desenvolvendo Projeto de Vida em sua escola, ou outro(a)
professor(a) estiver trabalhando com a temática e decida realizar esta atividade de forma
integrada, será interessante combinar com os(as) demais professores(as) um local comum,
reunindo os trabalhos de todos os(as) estudantes.

Ao final, mobilize a turma para que registrem os aprendizados do dia em suas Agendas. Uma
sugestão é pedir que eles(as) criem metas para desenvolver a resiliência em sua vida cotidiana
e registrar os passos dados nesse desenvolvimento. Vocês também podem discutir quais das
competências socioemocionais trabalhadas ajudam no desenvolvimento da resiliência e como

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


elas se combinam.

PROBLEMATIZAÇÃO EM FOCO:

Projete a imagem de uma escada para a turma e diga que aquela é uma dica sobre
o assunto do próximo encontro. Peça sugestões sobre o que imaginam ser o tema da
próxima aula. Acolha as contribuições e, caso nenhum(a) jovem se aproxime do tema,
informe que nos próximos encontros o desafio será realizar o monitoramento dos
Projetos de Vida, e, para isso, você os(as) convida a pensar sobre a régua do SER e
AONDE QUEREM CHEGAR. 69

DIÁLOGOS SOCIOEMOcIONAIS

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
ATIVIDADE 12
PROJETO DE VIDA E SEUS DEGRAUS: ONDE ESTAMOS?

A partir do compartilhamento dos Projetos de Vida da classe, promover a


RESUMO reflexão sobre os passos dados para o alcance das metas e expectativas
definidas. Reescrita dos projetos.

Promover a reflexão e o diálogo acerca dos desafios que a turma esteja


OBJETIVOS enfrentando em relação às metas definidas no Projeto de Vida construído.
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

Reelaborar as metas dos projetos, a partir das reflexões realizadas.

COMPETÊNCIAS
Curiosidade para aprender, foco, organização, responsabilidade, tolerância à
INTENCIONALMENTE
frustração, iniciativa social, assertividade, empatia, respeito e confiança.
DESENVOLVIDAS

ORGANIZAÇÃO DA Ao longo da atividade são propostas diferentes formações, com momentos em


TURMA roda de conversa, envolvendo a turma toda, trabalho em trios e individual.

70
DURAÇÃO PREVISTA 2 aulas.
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

DESENVOLVIMENTO

1ª ETAPA

Peça para que a turma se organize em trios e apresente a proposta da atividade. Informe que
este será o momento para uma avaliação e registro acerca dos passos dados em relação ao
planejamento da primeira versão do Projeto de Vida.

O momento de avaliação coletiva entre os trios é fundamental para o desenvolvimento


de competências como empatia, respeito e confiança. Para auxiliar a turma a tornar este
momento mais significativo, sugerimos algumas questões para nortear a mediação da
discussão dos trios:

• Suas qualidades de destaque estão lhe ajudando na realização de seu Projeto de Vida?
• Quais desafios descritos em seu Projeto de Vida você já conseguiu superar?
• Caso não tenha superado nenhum desafio, o que precisa começar a fazer, para
alcançar esse objetivo?

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
• Quais objetivos como estudante você já conseguiu alcançar?
• Caso não tenha conseguido alcançar nenhum objetivo, o que precisa fazer para
alcançá-los?
• O uso de quais competências podem ajudá-lo(la) nesse trajeto?
• Você tem novos objetivos como estudante?
• Quais objetivos tem como pessoa?
• Quais são as principais ações já realizadas para alcançar esses objetivos?
• Você possui novos objetivos como pessoa? Seus objetivos como pessoa são...
• Quais são as pessoas que têm auxiliado você a conquistar seu Projeto de Vida?

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


2ª ETAPA

Após a discussão em trio, peça a turma que se organize em roda de conversa e promova uma
discussão mais ampla sobre os Projetos de Vida. Instigue-os a perceberem:

•• Quais foram as mudanças de seus Projetos de Vida.


•• Quais projetos de vida continuam os mesmos?
•• Quais foram as metas mais fáceis de serem alcançadas?
•• Quais foram os maiores desafios para atingirem os objetivos determinados no Projeto de Vida.
71

3ª ETAPA

DIÁLOGOS SOCIOEMOcIONAIS
Finalize a atividade orientando os(as) estudantes para que organizem seus registros e elaborem
a reescrita dos Projetos de Vida na Agenda.

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
ATIVIDADE 13
MEU PROJETO DE VIDA E MINHA FAMÍLIA

Reflexão sobre os Projetos de Vida que as famílias têm para os(as) jovens e
RESUMO
apresentação dos Projetos de Vida elaborados para elas.

Propiciar a articulação entre os desejos e as aspirações que as famílias


OBJETIVOS
têm para os(as) jovens e o que eles(as) querem para si.
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

COMPETÊNCIAS
Curiosidade para aprender, imaginação criativa, foco, iniciativa social,
INTENCIONALMENTE
assertividade, empatia, respeito e confiança.
DESENVOLVIDAS

ORGANIZAÇÃO DA Ao longo da atividade são propostas diferentes formações, com momentos


TURMA em roda de conversa, envolvendo a turma toda, e trabalho em trios.

72 DURAÇÃO PREVISTA 2 aulas.

DESENVOLVIMENTO
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

1ª ETAPA

Inicie a aula reunindo a turma em trios, esclarecendo que o tema do dia é “Meu Projeto de
Vida e minha família”. Pergunte-lhes se eles(as) já discutiram seus Projetos de Vida com seus
familiares. Questione quem são as pessoas de suas famílias com quem podem mais contar
para realizar seus sonhos. Coloque foco durante essa breve discussão sobre a importância
dos(as) estudantes em compartilharem suas metas e seus objetivos com suas famílias, a fim de
conquistarem/renovarem a confiança delas neles(as) mesmos(as).

Diversas pesquisas sobre o tema Juventude e Família apontam para a idealização e o


papel de destaque que a família tem para os(as) jovens. O artigo “Juventude e família:
Expectativas, ideais e suas repercussões sociais”, apresenta os dados analisados em
uma pesquisa que constatou a centralidade da família para os(as) jovens brasileiros(as):
“Diferentemente do que se constata na realidade europeia, os jovens brasileiros revelam
que, para além da situação de dependência material, a família tem para eles um lugar

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
central enquanto referência no que diz respeito ao apoio, no caso de algum problema,
a seus projetos futuros, aos valores etc.”. Disponível em: <bit.ly/juventudeefamilia>
Acesso em: 21 mar. 2019.

Os(As) jovens entrevistados(as) apontaram para a importância da família, em


especial da mãe, como a instituição que garante o apoio e a tranquilidade nos
momentos em que precisam de ajuda. As instituições públicas pouco foram citadas
ou foram desqualificadas.

Ainda sobre o tema “família”, a pesquisa O Sonho Brasileiro colabora com mais alguns

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


dados para o entendimento daquilo que os(as) jovens pensam sobre “família”.

Utilize esses dados para descobrir o que seus(suas) estudantes pensam a respeito
dos tópicos.

Exemplos de como a geração


se conecta a esse pensamento

Amostra geral

73

DIÁLOGOS SOCIOEMOcIONAIS
Para dialogar sobre essas questões, é fundamental ter abertura para o debate sobre as
diversas configurações de família possíveis. É também importante frisar a respeito do
cuidado que se deve tomar com relação aos(às) jovens que possam ter em seu modelo
familiar uma fonte de preocupação ou de problemas. Nesse caso, observe se algum(a)
jovem se mostra desconfortável e o observe mais atentamente durante a realização da
atividade a seguir.

2ª ETAPA

Apresente à turma questões que mobilizem na reflexão sobre os ensinamentos adquiridos em


família e oriente que registrem suas respostas na Agenda. A seguir, sugerimos algumas questões
disparadoras para esse debate:

•• Quem são as pessoas de sua família que mais lhe apoiam?

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
•• Quais são os valores que você aprendeu com seus familiares?
•• O que você aprendeu com sua família, que pretende carregar para toda a sua vida e deseja
ensinar para a sua futura família, se planejar ter uma?

Caso você observe algum(a) jovem que tenha demonstrado desconforto em falar de
sua família, chame-o(a) para uma conversa individual e oriente-o(a) a falar sobre a(s)
pessoa(s) que é(são) importante(s) em sua vida. Sabemos que alguns(algumas) jovens
vivem situações de desamparo familiar e que encontraram outras alternativas de
suporte emocional, mesmo que essa(s) pessoa(s) não viva(m) com eles(as).
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

Seu papel não é atuar como um(a) psicólogo(a), mas oferecer apoio. No entanto, você
poderá tomar conhecimento de algumas situações que exijam algum tipo de intervenção
de especialistas. Nesses casos, converse com a equipe de gestão a respeito das medidas
possíveis de serem tomadas.

3ª ETAPA

Auxilie a turma a organizar formas de apresentar seu Projeto de Vida à sua família. Sugerimos
que os(as) estudantes criem um jogo do espelho para ser realizado com algum familiar. Retome
74 os aprendizados promovidos com o jogo, as questões que guiaram a atividade e instigue a turma
para utilizar criatividade nesse momento.

Observe que essa parte da atividade tem o objetivo de ajudar os(as) jovens a construir
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

um caminho de diálogo com suas famílias. Para tanto, a proposta é que eles(as) façam
o Jogo do Espelho com seus familiares, uma estratégia afetiva para promover essa
aproximação. A seguir, eles(as) serão orientados(as) a apresentar os Projetos de Vida
que estão construindo, contando sobre o que fazem nas aulas do componente Projeto
de Vida e as aprendizagens que estão tendo.

Aproveite esse momento para tirar dúvidas e conversar com os trios sobre o que eles
acharam do caminho proposto e sobre as expectativas que têm para esse momento.
No caso de haver jovens que tenham uma relação conturbada com suas famílias ou que
não vivam com ela, esclareça que poderão fazer essa atividade com as pessoas de seu
vínculo afetivo que consideram mais importantes.

Combine um dia para a turma trazer suas experiências dessa conversa com os familiares, para
que vocês possam fazer uma roda de discussão a respeito. Pode ser importante que a equipe
gestora da escola seja envolvida, a fim de garantir uma melhor articulação entre o(a) estudante,
a família e a escola.

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
ANEXO – 3º CICLO
ANEXO 3.1.

RESILIÊNCIA. VOCÊ CONHECE ESSA PALAVRA?

Dois brasileiros importantes podem ajudá-lo(la) nesta compreensão. O primeiro é o pedagogo


Antônio Carlos Gomes da Costa, estudioso da Educação, para quem resiliência é:

A qualidade que explica o fato de as pessoas serem capazes de resistir e de,

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


em certos casos, até mesmo crescer na adversidade. (...) A resiliência pode ser
prendida. (...) E, em vez de nos fixarmos nos danos, fixamo-nos naquilo que nos
restou de força, de capacidade de crescimento, de energia para levantar-se da
queda e de disposição para seguir em frente. (Trecho retirado da p. 59 do livro
Encontros e travessias, de autoria de Antônio Carlos Gomes da Costa, publicado
pelo Instituto Ayrton Senna em 2001.)

O segundo, Paulo Vanzolini, foi um zoólogo e compositor brasileiro. Embora a pedagogia

não fosse sua praia, se lhe pedíssemos que explicasse o que é ser resiliente, talvez ele fizesse
menção a um conhecido refrão de “Volta por cima”, uma de suas canções: Reconhece a queda e 75
não desanima / Levanta, sacode a poeira / E dá a volta por cima.

Na prática, vocês devem saber bem o que é isso. Já devem ter vivido alguma situação

DIÁLOGOS SOCIOEMOcIONAIS
difícil em que precisaram tirar força lá de dentro, bem no fundo, para seguir a vida. E,
provavelmente, aprenderam alguma coisa com essa circunstância.

Mas e na escola, é preciso ser resiliente? É bem possível que vocês tenham respondido que
sim. Afinal, a essa altura da vida, vocês já viveram um longo percurso na escola. E, durante
esse tempo, devem ter enfrentado algum tipo de dificuldade. E se estão aí, firmes e fortes, é
porque foram resilientes. Se lhe perguntassem quais foram os momentos da sua vida escolar
em que você precisou superar seus limites, o que responderia? Em que séries esses momentos
ocorreram? O que dessas circunstâncias você levou para sua vida como um todo?

Pensando na sua experiência, convide um(a) colega de orientação para participar com
você do desafio a seguir:

Suas experiências e as do(a) seu(sua) colega podem inspirar outros(as) jovens, e até os(as)
professores(as) da escola. Converse com o(a) seu(sua) colega sobre as situações em que você
precisou ser resiliente na escola (vale qualquer época, incluindo outras escolas).

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
Transformem as experiências de vocês em uma história em quadrinhos (HQ). Pode ser uma
tirinha. Vocês já estudaram sobre esse gênero nas aulas de Língua Portuguesa, não é? Se
puderem, pesquisem um pouco mais sobre ele na internet. Na hora de botar a mão na massa, é
importante que vocês:

•• Criem a história que será contada, elaborando um roteiro;


•• Inventem um ou mais personagens;
•• Pensem na diagramação da tirinha;
•• Façam os desenhos;
•• Insiram as falas ou os pensamentos dos personagens (pode ser em balões ou de outra
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

maneira que acharem mais interessante).

Dica: é possível encontrar, na internet, diversos tutoriais bem simples sobre como fazer uma
HQ, incluindo tirinhas. Eles podem ser bastante úteis para vocês!

Quando a tirinha estiver pronta, mostrem para os(as) colegas e o(a) orientador(a). Se quiserem,
pensem em um lugar da escola para expor as histórias de todos os(as) orientandos(as).

76
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
4º CICLO

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


77

MAPA DE ATIVIDADES

DIÁLOGOS SOCIOEMOcIONAIS
ATIVIDADE 14
LÁ EM CASA

Mapeamento dos trabalhos que pessoas próximas aos(às) alunos(as) realizam.


Os(As) jovens serão convidados(as) a compartilhar as percepções de profissões
dessas pessoas.

•• 02 AULAS

ATIVIDADE 15
CURTI, NÃO CURTI!

Tudo novo na escola. O que os(as) estudantes curtiram? O que não curtiram?
Por quê? Que sugestões têm para melhorias na escola?

•• 02 AULAS

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
ATIVIDADE 16
DE ONDE VIEMOS? PARA ONDE VAMOS?

Construção e registro da linha do tempo do Projeto de Vida. Identificação dos


passos dados durante o ano.

•• 02 AULAS

ATIVIDADE 17
COMPARTILHANDO APRENDIZAGENS:
PROJETO DE VIDA EM IMAGENS
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

Planejamento, execução, apresentação e avaliação dos aprendizados construídos


em Projeto de Vida, a partir de uma mostra à comunidade escolar.

•• 04 AULAS
Concluindo o 4o Ciclo de Projeto de Vida, apresentamos mais um conjunto de atividades
que visam apoiar na construção de seu plano de aula para o desenvolvimento intencional de
competências socioemocionais.

78 Mais uma vez, indicamos que é importante adequar as atividades propostas ao tempo
disponibilizado para estas em sua escola, posto que, a depender do ritmo e da participação da
turma, algumas podem levar mais ou menos tempo que o previsto.
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
ATIVIDADE 14
LÁ EM CASA!

Mapeamento dos trabalhos que pessoas próximas aos(às) alunos(as)


RESUMO realizam. Os(As) jovens serão convidados(as) a compartilhar as percepções
de profissões dessas pessoas.

Mapear os trabalhos dos membros das famílias dos(as) alunos(as),


OBJETIVOS identificando o que os(as) jovens e suas famílias pensam sobre essas

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


atividades e/ou profissões.

COMPETÊNCIAS
Competências da autogestão, iniciativa social, empatia, respeito,
INTENCIONALMENTE
autoconsciência e responsabilidade.
DESENVOLVIDAS

ORGANIZAÇÃO DA A atividade é realizada em uma roda de conversa, envolvendo a turma


TURMA toda.

79
DURAÇÃO PREVISTA 2 aulas.

DIÁLOGOS SOCIOEMOcIONAIS
DESENVOLVIMENTO

1ª ETAPA

Receba a turma e peça aos(às) estudantes que se organizem em roda de conversa. Apresente a
proposta de atividade para o dia e entregue cópias do Anexo 4.1., disponível ao final da atividade.
Promova um momento de leitura, convidando os(as) alunos(as) para se alternarem na leitura
do texto introdutório, possibilitando paradas nos parágrafos para que sejam comentados. É
importante que a turma possa fazer referência às suas experiências e problematizar o conteúdo.

2ª ETAPA

Apoie os(as) estudantes na identificação dos familiares que pretendem convidar para a conversa,
na definição do dia, horário e local e na elaboração de um roteiro de perguntas. Converse com
o grupo em relação à forma de realização do registro e oriente-o a registrar a conversa nas
Agendas. Essas anotações serão importantes para as próximas ações.

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
3ª ETAPA

Reserve um momento da aula após a conversa com os familiares para que os(as) estudantes
possam compartilhar suas experiências. A partir dos relatos de cada um(a), procure evidenciar
as várias dimensões que configuram a vida profissional. Explicite, também, a importância que a
escolha teve nas experiências de familiares relatadas por eles(as).

PARA SUA
PRESENÇA
PEDAGÓGICA
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

A construção de um projeto profissional é um dos grandes desafios da existência humana.


Desde a infância, somos influenciados pelas representações sociais positivas e negativas
das profissões. Começamos a perceber o mundo do trabalho a partir do contato com as
profissões dos pais e familiares – e esse contato vai se ampliando ao longo da vida.

Ou seja: muito antes de exercerem atividades profissionai s, as pessoas já estão


às voltas com a questão do trabalho. Na adolescência e na juventude, essa questão
é, via de regra, fonte de muita angústia. Há uma forte cobrança familiar e social por
80 escolhas nesse campo. Há adolescentes que, em função da situação financeira familiar,
são obrigados(as) a começar muito cedo sua vida profissional. E o fazem, muitas vezes,
pela via do trabalho precarizado – “pegam bicos”, se submetem a trabalhos de duração
indeterminada e informais (e, por isso, sem direitos como jornada de até 8 horas,
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

descanso, férias, 13º, fundo de garantia).

Além disso, assumem atividades com as quais não se identificam, com o objetivo
de gerar recursos para a subsistência familiar ou de atingir determinado padrão de
consumo. É fundamental que a escola seja parceira do(a) jovem no enfrentamento

do desafio da construção de sua identidade profissional, propondo uma reflexão em


que esse(a) jovem se permita elaborar um projeto profissional em que o trabalho seja
uma atividade dotada de sentido. A família deve ser convidada, também, a apoiar essa
construção, dialogando com o(a) jovem sobre as escolhas, em vez de impor a ele(a)
determinados padrões. Afinal, muitas vezes, o trabalho é encarado como uma “peça” na
“engrenagem” da sociedade de consumo. A escola é um espaço privilegiado para uma
reflexão que busque desconstruir essa percepção.

Cabe aos(às) professores(as) provocar o(a) jovem a pensar além, pois a atividade laboral
é um fundamento para o desenvolvimento da identidade e do Projeto de Vida.

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
Enfim, há que se propor, fomentar e valorizar uma reflexão em que haja espaço para
o(a) jovem se fazer perguntas como: Para mim, o que seria um trabalho satisfatório, que
dialogue com meus interesses e em que eu desenvolva e aproveite as minhas habilidades?
Como identificar e batalhar por um trabalho que não apenas supra necessidades financeiras,
mas seja fonte de realização afetiva e uma forma de contribuição para a sociedade?

4ª ETAPA

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


Para finalizar a atividade, convide os(a)s estudantes para refletir sobre os aprendizados
adquiridos com essa atividade. Algumas perguntas podem direcionar essa conversa, tais como:

•• Eles(as) perceberam que aprenderam algo com a atividade? O quê?


•• Houve desafio para a realização de alguma etapa da atividade? Qual? Como resolveram?
•• Essa atividade me fez pensar em meu Projeto de Vida? Alguma coisa mudou? Os Projetos de
Vida continuam os mesmos?

•• Quais competências foram necessárias para planejar e realizar essa atividade?


•• Quais competências eles(a)s consideram que precisam se aprimorar?
•• Como a turma pode, coletivamente, se apoiar para o desenvolvimento das competências que 81
precisam ser fortalecidas?

•• O que pode ser feito, dentro e fora da escola, para aprimorar as competências que precisam
ser fortalecidas?

DIÁLOGOS SOCIOEMOcIONAIS
Use essas perguntas ou elabore outras que façam mais sentido para esse momento com
seus(suas) estudantes. O objetivo é criar um espaço para que a turma possa se conscientizar do
emprego das competências socioemocionais em situações distintas e, a partir daí, se autoavaliar
e criar estratégias de desenvolvimento dessas competências. Após a roda de conversa, mobilize a
turma para registrar as principais reflexões em suas Agendas. Esses registros serão importantes
para aulas futuras e para os momentos de autoavaliação, heteroavaliação e devolutiva.

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
ATIVIDADE 15
CURTI, NÃO CURTI!

Tudo novo na escola. O que os(as) estudantes curtiram? O que não


RESUMO
curtiram? Por quê? Que sugestões têm para melhorias na escola?

Possibilitar que os(as) jovens expressem seus pontos de vista acerca


OBJETIVOS do que viveram na escola, problematizando aspectos dessa vivência e
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

apresentando sugestões para o futuro.

COMPETÊNCIAS
INTENCIONALMENTE Imaginação criativa, iniciativa social, assertividade, entusiasmo e respeito.
DESENVOLVIDAS

ORGANIZAÇÃO DA A atividade se desenvolve com a turma, organizada em uma roda de


TURMA conversa.

82
DURAÇÃO PREVISTA 2 aulas.
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

DESENVOLVIMENTO

1ª ETAPA

Receba os(as) estudantes e convide-os(as) a se sentarem em círculo. Peça para que os(as)
estudantes compartilhem o que significa “curtir” nas redes sociais. Quando eles(as) curtem
algum conteúdo? O que eles(as) normalmente não curtem?
Caso algum(a) estudante não use rede social, peça para que a turma conte o que significa “curtir”.

2ª ETAPA

Apresente a proposta da atividade: inicialmente, eles(as) vão relembrar tudo o que aconteceu
durante as aulas de Projeto de Vida neste ano. Em seguida, serão convidados(as) a se
posicionarem em relação às ações listadas, por meio dos gestos com as mãos que representam o
“curti” (dedo polegar para cima) e o “não curti” (dedo polegar para baixo). Para cada curtida ou
não curtida, eles(as) deverão contar, brevemente, os motivos.

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
PARA SUA
PRESENÇA
PEDAGÓGICA

Esta será uma atividade em que os(as) estudantes serão convidados(as), mais
uma vez, a se colocarem como corresponsáveis por todas as ações relacionadas
a seus processos de aprendizagem. Sua mediação será fundamental. Crie um
clima amistoso, para que os pontos positivos e negativos sejam discutidos e,
principalmente, para que a turma se coloque como solucionadora de problemas,
apresentando propostas para o aprimoramento dos pontos que forem avaliados

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


como “não curti”.

Prepare-se para a aula, construindo você também uma lista com todas as ações
realizadas durante as aulas de Projeto de Vida. Aproveite para realizar uma
autoavaliação de sua mediação: o que você curtiu? O que fará diferente, caso seja
professor(a) de Projeto de Vida no próximo ano? Durante a atividade, dê sua opinião
para a turma.

Você e sua turma podem criar novas regras para o jogo: que tal confeccionarem
pequenos cartazes com os polegares indicando “curtir” e utilizarem para responder
ao jogo? Uma outra dica é criar dois lados da sala, um que indique o “curtir”, outro o 83
“não curtir”, de modo que a turma se movimente para cada um dos lados, conforme as
atividades realizadas no ano forem anunciadas.

DIÁLOGOS SOCIOEMOcIONAIS
Use sua criatividade, o importante é criar um espalho amistoso e propício para que você
e seus(suas) estudantes reflitam sobre as ações realizadas.

3ª ETAPA

Provoque os(as) estudantes para recordar tudo o que viveram nas aulas de Projeto de Vida.
Registre todas as atividades no flip chart, quadro ou em um slide de maneira organizada. À
medida que eles(as) forem lembrando das atividades realizadas ao longo do ano, ajude-os(as) a
ampliar a lista, garantindo que ela fique o mais completa possível.

Depois da lista feita, relembre com a turma o contexto de cada uma daquelas atividades.

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
4º ETAPA

É hora de começar o jogo da “curtição”: leia em voz alta cada um dos itens listados. À medida
que eles(as) fizerem o gesto do “curti” ou do “não curti”, solicite que comentem as razões.
Provoque-os(as) a aprofundar as reflexões, superando posicionamentos superficiais. Possibilite
a convivência de pontos de vista diferentes (inclusive em relação aos seus), mas desafie os(as)
alunos(as) a argumentar com consistência a favor de seus posicionamentos. Faça um registro dos
principais pontos mencionados por eles(as).

5ª ETAPA
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

Para finalizar, peça que os(as) estudantes elaborem, coletivamente, uma lista com cinco
sugestões que, na visão deles(as), se implementadas, fariam com que eles(as) curtissem mais
as aulas de Projeto de Vida. Lembre-os(as) de que se trata de sugestões e que, portanto, serão
analisadas e retomadas no próximo ano.

Caso você tenha outros(as) colegas que ministrem as aulas de Projeto de Vida, compartilhe com
eles(as) as sugestões de sua turma e avaliem a possibilidade de que façam parte de seus planos
de aula no próximo ano.
84
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
ATIVIDADE 16
DE ONDE VIEMOS? PARA ONDE VAMOS?

Construção e registro da linha do tempo dos Projeto de Vida. Identificação


RESUMO
dos passos dados durante o ano.

Construir e registrar a linha do tempo de Projeto de Vida e identificar os


OBJETIVOS passos dados no desenvolvimento de competências socioemocionais na

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


busca pela concretização dos sonhos.

COMPETÊNCIAS
Curiosidade para aprender, imaginação criativa, interesse artístico, foco,
INTENCIONALMENTE
organização, iniciativa social, assertividade e respeito.
DESENVOLVIDAS

ORGANIZAÇÃO DA A atividade se desenvolve com a turma, em roda de conversa, e com


TURMA trabalho individual.

85

DURAÇÃO PREVISTA 3 aulas.

DIÁLOGOS SOCIOEMOcIONAIS
DESENVOLVIMENTO

1ª ETAPA

Receba a turma e apresente o propósito da aula de hoje: construir uma linha do tempo que
registre o desenvolvimento de competências de cada um(a). A proposta é que a turma use a
criatividade. Vocês podem criar a linha do tempo individual ou coletivamente. O importante é
que cada estudante reflita sobre seus processos de aprendizagem.

2ª ETAPA

Peça para a turma revisitar suas Agendas (o caderno no qual registram suas reflexões sobre si,
sobre sua relação com o mundo e sobre suas expectativas para o futuro). Apresente algumas

Este material está em processo de co-construção e validação


SUMÁRIO
questões disparadoras para essa leitura de memórias. Abaixo são apresentadas algumas
sugestões. Acrescente perguntas que façam sentido para seus(suas) estudantes. Dê um tempo
para a turma fazer a leitura dos registros da Agenda e responder às questões.

SUGESTÕES DE QUESTÕES DISPARADORAS


PARA A LEITURA DAS AGENDAS:

1 Como foi criar uma Agenda para registrar seus aprendizados?

2 O que você aprendeu fazendo registro de seus aprendizados na Agenda?

3
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

Qual foi a atividade mais interessante do ano? Por quais razões?

4 Quais competências foram desenvolvidas nessas aulas?

5 Você utilizou essas competências em outras atividades/outras matérias? Dê exemplos.

6 Você utilizou as competências aprendidas e/ou desenvolvidas fora da


escola? Em quais situações?

3ª ETAPA

Distribua o material para a confecção da linha do tempo. Use o material disponível em sua
escola: cartolina, barbante, tinta, linha, material reciclado etc. Para apoiar na construção da
86
linha do tempo, apresente algumas orientações para orientar o trabalho:

a. A linha do tempo deverá relacionar as atividades de Projeto de Vida e as competências


socioemocionais potencializadas e/ou desenvolvidas nas atividades e nos momentos de
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

preenchimento das rubricas.


b. A linha do tempo deverá apresentar marcos temporais do ano escolar, ou seja, mês e/ou dia
em que o(a) estudante se recorda ter colocado uma competência socioemocional em prática.
c. A linha do tempo deverá apresentar marcos temporais da vida, ou seja, momentos em que
os(as) estudantes se perceberam utilizando de alguma competência socioemocional nas
relações fora da escola.
d. A linha do tempo deverá apresentar ações do passado, atividades e aprendizados do
presente e fazer uma projeção de desenvolvimento para o futuro.

Aproveite essa oportunidade e crie com sua turma outras referências necessárias para a
construção da linha do tempo.

4ª ETAPA

Ao final da elaboração da linha do tempo, peça a turma que se organize em roda de conversa
para que possam apresentar as produções. Aproveite esse momento para trazer suas

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SUMÁRIO
considerações sobre o desenvolvimento da turma, trazendo à consciência dos(as) estudantes
as competências socioemocionais que foram intencionalmente trabalhadas. Mobilize os(as)
estudantes para que contem sobre a experiência com as reflexões intencionais sobre o
desenvolvimento de competências socioemocionais.

Apresente você também os registros que você fez durante a experiência como professor(a) de
Projeto de Vida, como se planejou para dar as aulas e qual a importância desse trabalho em sua
vida profissional.

Se possível, converse com a equipe gestora de sua escola sobre a possibilidade de uma exposição

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


com as produções dos(as) alunos(as).

87

DIÁLOGOS SOCIOEMOcIONAIS

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SUMÁRIO
ATIVIDADE 17
COMPARTILHANDO APRENDIZAGENS: PROJETO DE VIDA EM IMAGENS

Planejamento, execução, apresentação da avaliação dos aprendizados


RESUMO construídos com o Projeto de Vida, a partir de uma mostra à
comunidade escolar.

Propiciar um momento estruturado de avaliação e apropriação de


OBJETIVOS
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

resultado dos aprendizados gerados no ano.

COMPETÊNCIAS
Imaginação criativa, interesse artístico, responsabilidade, organização,
INTENCIONALMENTE
iniciativa social e entusiasmo.
DESENVOLVIDAS

Ao longo da atividade são propostas diferentes formações, com


ORGANIZAÇÃO DA
momentos em roda de conversa, envolvendo a turma toda, e trabalho
TURMA
em trios ou quartetos
88

DURAÇÃO PREVISTA 4 aulas.


DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

PARA SUA
PRESENÇA
PEDAGÓGICA

O principal objetivo de uma ação de Avaliação e Apropriação de Resultados é possibilitar


que os(as) jovens reconheçam e comemorem as conquistas alcançadas durante o ano,
valorizem as contribuições de cada membro do time e pensem em que a experiência
vivenciada poderá inspirá-los(las) na escola e na vida.

Significação da vivência no projeto: a atividade proposta aos(às) alunos(as) pretende


ajudá-los(las) a significar a experiência no componente Projeto de Vida. Vai além da
avaliação, pois requer que eles(as) reflitam sobre o sentido de tudo o que viveram
para suas vidas. Mais que isso, é hora de provocá-los(las) a pensar na importância dos
aprendizados conquistados para outras oportunidades, na escola e na vida como um todo.

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SUMÁRIO
Compartilhar aprendizagens e resultados: é essencial um momento de culminância, em
que as aprendizagens e os resultados do trabalho desenvolvido sejam conhecidos por
toda a comunidade. Por isso, dialogue com a direção, os(as) demais professores(as),
os(as) alunos(as) e os(as) parceiros(as) da escola para planejar um evento capaz de
explicitar toda a riqueza do trabalho realizado nos últimos meses.

DESENVOLVIMENTO

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


1ª ETAPA

Inicie a aula em roda de conversa e apresente o objetivo da atividade das próximas aulas: os(as)
estudantes serão convidados a preparar uma apresentação por meio de imagens ou recursos
audiovisuais para a comunidade escolar.

O objetivo dessa apresentação é avaliar as aprendizagens desenvolvidas e compartilhar este


conhecimento com colegas, professores(as) equipe de gestão e demais profissionais na escola.

Defina com a turma o que será feito. Lembre-se de que a proposta não é criar um grande evento, mas 89
sim compartilhar aprendizados com a comunidade escolar, utilizando os recursos que a escola dispõe.

Os(As) alunos(as) poderão apresentar uma exposição de fotos, a partir da qual narram sua

DIÁLOGOS SOCIOEMOcIONAIS
experiência nas aulas de Projeto de Vida. Podem fazer um vídeo, uma peça de teatro, uma
apresentação musical, um programa da rádio da escola etc. Explore ao máximo a criatividade
e colaboração da turma. O importante é que todos(as) estejam envolvidos(as) e que os
aprendizados das competências sejam apresentados.

Uma dica importante: mobilize a turma para registrar todas as etapas da atividade com
fotos. Elas serão parte importante da memória dessa atividade e podem ser uma ferramenta
interessante na quarta etapa, quando farão a avaliação de todo o processo.

É IMPORTANTE CUIDAR DOS SEGUINTES PASSOS


PARA A REALIZAÇÃO DESSA ATIVIDADE:

1 Mobilização: Todos estão de acordo e animados para a elaboração desta


apresentação? A forma como você apresentará a atividade para a turma será
basilar para que os(as) estudantes se mobilizem para sua realização. Caso
algum(a) estudante não se sinta mobilizado(a) inicialmente, convide-o(a) para

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SUMÁRIO
participar das atividades, assim terá chance de conhecer melhor a proposta e
tomar decisão com mais segurança.

2 Planejamento: O planejamento é base fundamental para a realização de qualquer


projeto. Pense com a turma o que será feito, como será feito, quanto tempo será
necessário, quais são as condições reais de realização a escola dispõe etc.

Auxilie a turma na criação de um cronograma para a realização da atividade. Oriente-a


a se organizar em trios ou quartetos para dividir as responsabilidades.

Lembre a turma de pedir autorização para a equipe gestora, caso utilize espaços e
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

tempos da escola fora da sala de aula, durante algum momento da atividade.

Todo planejamento deve ser registrado! Pode ser em uma folha de caderno, em arquivo
digital ou da forma que a turma encontrar mais conveniente.

3 Execução: Esta é uma atividade a partir da qual a turma lançará mão de todas
as competências socioemocionais desenvolvidas e/ou potencializadas durante o
ano. Lembre-os disso. Seja apenas um(a) mediador(a) da atividade, auxiliando a
turma a atuar com autonomia. Lembre-os(as) de retornar sempre ao registro do
planejamento para saber se estão conseguindo alcançar seus objetivos.
90

2ª ETAPA
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

Chegou a hora de planejar a apresentação dos aprendizados de Projeto de Vida para a


comunidade escolar. Oriente a turma a:

a. Dialogar com a equipe gestora para realizar combinados sobre os espaços escolares
utilizados durante a atividade;
b. Criar uma lista com tudo o que precisa ser providenciado;
c. Fazer uma lista dos materiais necessários para a realização da atividade;
d. Organizar-se em time e definir com clareza quem será responsável e por quê;
e. Criar um cronograma para toda a atividade. Nele, descreva a atividade, o tempo
necessário para sua execução, o prazo e os responsáveis por esta. Veja um exemplo no
Anexo 4.2.

Dica importante: Todo planejamento deve ser registrado. Essa costuma ser uma etapa mais
desafiadora para os(as) jovens. Ajude a turma a compreender a importância do registro escrito
em projetos de pequena e grande escala.

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SUMÁRIO
3ª ETAPA

Chegou a hora da execução. Esse costuma ser um momento de muita ansiedade para a turma.
Deixe claro que você estará por perto para apoiá-la no que for necessário. Apresente o objetivo
da atividade para a comunidade escolar. Fale sobre o percurso do componente Projeto de Vida e
explique as razões dessa apresentação. Crie um ambiente de confiança para os(as) estudantes.

4ª ETAPA

ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS


Após a apresentação, realize uma roda de conversa com a turma para que possam avaliar a
atividade. A seguir, serão apresentadas algumas questões que podem lhe apoiar nesta mediação:

a. O que vocês mais gostaram na atividade?


b. O que menos gostaram?
c. O que foi mais desafiador?
d. Quais competências socioemocionais vocês mais usaram em cada momento da atividade?
e. O que a turma pretende levar dessa experiência para outras matérias?
f. O que a turma pretende levar desta experiência para a vida?

Após a avaliação, convide a turma para fazer o registro dessa experiência em suas Agendas. 91

CONVITE ESPECIAL

DIÁLOGOS SOCIOEMOcIONAIS
Caro(a) professor(a),

Aproveite este momento para fazer sua autoavaliação sobre a experiência em ministrar
um componente que tem, por objetivo, o desenvolvimento intencional de competências
socioemocionais.

Registre suas conquistas e seus desafios no desenvolvimento das atividades e na


realização das rodadas de preenchimento das rubricas.

O que você pretende continuar fazendo, caso seja novamente responsável pelo Projeto
de Vida na escola? O que pretende modificar em sua mediação e presença pedagógica?

Compartilhe seu registro com os(as) profissionais com os(as) quais mantém interface
para o desenvolvimento desta proposta pedagógica.

Boa sorte!

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SUMÁRIO
ANEXO – 4º CICLO
ANEXO 4.1.

LÁ EM CASA...

Você sabe o que faz um(a) “agrimensor(a)”? E um(a) “concierge”? Enólogo(a), geólogo(a),
sonoplasta, promotor(a), você tem alguma ideia sobre o que fazem esses(as) profissionais?
Vamos ver, então: médico(a), farmacêutico(a), operador(a) de telemarketing, advogado(a),
professor(a), técnico(a) em enfermagem, marceneiro(a), motorista de táxi, vendedor(a),
ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

corretor(a) de imóveis, jornalista, pintor(a)... Agora ficou moleza, né?

Pois é! Existem centenas de profissões. E, ao longo da história, algumas delas deixam de existir.
O(A) “caneteiro(a)”, por exemplo, não existe mais (pelo menos não é nada fácil encontrar um!). O
que ele fazia? Consertava canetas-tinteiro, que eram muito comuns antigamente. Por outro lado,
novas profissões vão surgindo: a profissão de web designer é um bom exemplo de ocupação surgida
recentemente, pois passou a existir depois que a internet foi inventada. Afinal, essa pessoa
trabalha criando layouts e desenvolvendo interfaces para a web, dentre várias outras atividades.

Mas como as pessoas escolhem uma profissão? Essa escolha pode acontecer de várias
92
maneiras. Vamos dar três exemplos:

•• Para muitas pessoas, essa escolha acontece em um momento de aperto financeiro: pega
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS

logo a primeira oportunidade de trabalho e, aos poucos, vai pensando sobre os rumos
profissionais que deseja seguir;

•• Para outros, chega um momento na vida em que se deparam com uma pergunta importante:
que profissão vou exercer? Tentando responder a essa pergunta, escolhem uma profissão e
buscam formação para exercê-la, ao mesmo tempo em que correm atrás de oportunidades
de inserção no mercado de trabalho;

•• Há também pessoas que são levadas pelo destino: começam ajudando a mãe ou o pai no
trabalho e, quando percebem, seguiram as mesmas profissões deles.

Você sabe dizer o que fazem os(as) membros(as) da sua família em termos profissionais? Como
escolheram essas profissões? Quantos anos eles(as) tinham quando iniciaram nessa profissão?
Sempre trabalharam nisso ou mudaram ao longo do tempo? O que eles(as) pensam sobre o que
fazem? Eles(as) se sentem realizados(as) com a profissão? Por quê? Se pudessem, mudariam
de profissão? Por quê? Ufa, quanta pergunta! Mas é perguntando que vamos compreendendo
melhor as coisas... Nessa vibe de perguntar e responder, segure esta ideia:

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SUMÁRIO
1 Organize uma conversa em família sobe o tema “as profissões do pessoal daqui de casa”.
Você decide se vai envolver todo mundo ou se prefere fazer com uma parte da família;

2 Assuma o papel de mediador(a) da conversa. Faça perguntas, ajude cada um(a) a expressar
os pensamentos e sentimentos, anote tudo o que achar importante. Ao final, fale sobre
seus pensamentos e sentimentos em relação à conversa.

Algumas dicas:

•• Faça uma lista de perguntas para cada um(a). Aquelas perguntas anteriores podem servir de

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inspiração. Mas, claro, pense em outras perguntas que julgar importantes;

•• Pondere sobre o melhor dia, horário e local para essa conversa.


Pode ser, por exemplo, durante uma refeição, um passeio ou outro momento em que as pessoas
puderem. Combine com todo mundo com antecedência e diga o quanto cada um é importante
para que a atividade seja legal para toda a família.

3 No próximo encontro de Projeto de Vida na escola, conte para seus(suas) colegas e o(a)
orientador(a) como foi essa experiência.

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SUMÁRIO
94
DIÁLOGOS SOCIOEMOCIONAIS ORIENTAÇÃO PARA PLANO DE AULAS

ANEXO 4.2.

Modelo de Cronograma de Apresentação de Aprendizagens

CRONOGRAMA PARA A APRESENTAÇÃO DE APRENDIZAGENS

Atividade Material necessário Início Fim Responsáveis Status

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SUMÁRIO
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