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9º ano

1º bimestre

PROJETO DE VIDA

Linha do Tempo

Introdução p. 2
Sumário

Por que trabalhar o componente Projeto de Vida? p. 3

Sugestões para o desenvolvimento p. 6

Mapa de atividades p. 10
Introdução

Os adolescentes carregam consigo um sem número de sonhos relacionados a quem


desejam ser no futuro. Com o passar do tempo, questões como “O que eu desejo me
tornar?” ganham importância e, com a aproximação da vida adulta, podem mesmo ser
recobertas de certa urgência, especialmente para aqueles que conciliam trabalho e
estudo e contribuem com a renda familiar.
O que chamamos aqui de projeto de vida é a configuração de um conjunto de intenções,
planos e escolhas que cada um desses adolescentes faz dentre as possibilidades que
avistam para suas vidas no presente e, especialmente, no futuro. É um caminho a
seguir, uma orientação, no intuito de transformar em realidade seus interesses, desejos
e expectativas nas dimensões pessoal, social e de preparação para uma futura atuação
profissional.
Por que, então, um componente no currículo chamado Projeto de Vida mostra-se
relevante para estudantes do 9º ano, se a vida adulta parece ainda um pouco distante?
Essa questão será trabalhada em maior profundidade, adiante. Mas uma das respostas
a ela é que os estudantes encerram, esse ano, o ciclo do Ensino Fundamental e,
portanto, será valioso atribuir sentido a tudo o que vivenciaram e aprenderam,
preparando-se para os novos desafios que o Ensino Médio trará. Eles serão estimulados
a agir com cada vez mais responsabilidade, autonomia e a “correr atrás” daquilo que
consideram relevante para suas vidas.
Este componente espera apoiar os adolescentes nesse momento de finalização de um
ciclo e de transição para a próxima etapa da Educação Básica. Não se trata, todavia, de
provocá-los a tomar decisões e escolher caminhos definitivos. O primeiro módulo,
chamado de Linha do Tempo, propõe que se apropriem dos conhecimentos construídos
ao longo do percurso escolar, valorizem as aprendizagens e competências que
desenvolveram, assim como as relações que estabeleceram nesses anos. É o
momento, também, de reconhecer quem são, valorizar as próprias características,
ideias, atitudes, qualidades e saber identificar aqueles aspectos que gostariam de
aprimorar, transformar, rever em si mesmos. O objetivo, portanto, é apoiar os estudantes
a construir uma base sólida para que possam dar continuidade aos estudos,
reconhecendo as possibilidades e significados dessa escolha, para além de ser uma
obrigação ou necessidade.
As atividades do módulo Linha do Tempo foram concebidas com esse foco. Parte delas
tematiza, mais diretamente, as identidades dos estudantes, seja em seu aspecto mais
individual – trabalhando as dimensões do autoconceito e da autoestima – a partir de
uma abordagem que engloba o coletivo, em que os estudantes se veem como
adolescentes que compartilham um tempo e um contexto comuns.
O outro foco recai sobre a transição para o Ensino Médio. Os estudantes serão
convidados a avaliar o percurso de estudo que fizeram até aqui, reconhecer suas forças
e desafios, e a empreender ações diversas para compreender melhor que tipo de
mudanças vão acontecer nessa transição. Entre essas ações estão incluídas visitas a
escolas de Ensino Médio e conversas com alunos e profissionais que atuam nesse nível
de ensino.
Realizar a mediação dos encontros durante o semestre certamente será um trabalho
desaf iador. Compreender e compartilhar as intencionalidades por trás de cada etapa

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desse percurso – do planejamento das aulas até o último momento avaliativo – é muito
importante para que os adolescentes construam sentido para as ações que vivenciarão.
Para isso, é fundamental que sua mediação seja sempre propositiva, embasada na sua
presença pedagógica e planejada a partir das orientações deste material, que se oferece
como uma referência importante para que Projeto de Vida seja um componente com
potencial transformador para você e suas turmas.

Caro(a) professor(a),

Queremos contar com sua participação na construção dessa proposta! A sua prática com as
OPAs trará elementos fundamentais para a co-construção e validação dos materiais. Para tanto,
convidamos você, após finalizar o trabalho do bimestre, a trazer sua opinião e sugestões,
acessando o seguinte link: http://bit.ly/opavalidacao1 ou use o QR Code para acessar.

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Diálogos com a BNCC

A BNCC elenca dez competências gerais que permeiam todos os componentes


curriculares e que devem embasar os processos de aprendizagem, construção de
conhecimentos e formação de atitudes e valores dos estudantes. Destacamos quatro
delas, a partir das quais foi construída a espinha dorsal do módulo Linha do Tempo
do componente curricular Projeto de Vida:

“6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de


conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do
mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu
projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.

8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional,


compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos
outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.

9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-


se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com
acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus
saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer
natureza.

10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade,


resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos,
democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.”

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF,


2017. pp. 9-10. Disponível em: <https://bit.ly/2IvwFrs>. Acesso em: 20 nov. 2018.

Por que trabalhar o componente Projeto de Vida?


Porque é preciso conectar a escola aos estudantes. Esse componente se integra à
proposta curricular para o Ensino Fundamental Anos Finais como possibilidade para
formar e potencializar a ação de adolescentes protagonistas, para que estes se sintam
corresponsáveis pela própria educação e se conectem às suas identidades, às seus
colegas e professores, à proposta da escola, às suas famílias e ao tempo em que vivem.

Para isso, Projeto de Vida situa os adolescentes no centro do processo educativo,


reconhecendo-os em suas identidades (tendo em vista especificidades as mais
variadas, como raça, gênero, orientação sexual, contexto cultural e socioeconômico
etc.), singularidades e potencialidades, como sujeitos sociais e de direitos, capazes de
estabelecer laços sociais e relações com atores diversos e de participar de ações em
contexto de aprendizagem com autonomia crescente.
Desses aspectos derivam alguns grandes objetivos buscados por este componente:
o Proporcionar vivências e aprendizagens repletas de intencionalidade que
enderecem, de maneira positiva, as transformações, os valores e as relações que
os adolescentes estabelecem no cotidiano da escola e de outros âmbitos da vida.
o Estabelecer canais de escuta e mediação entre o professor orientador e os
estudantes, em uma relação de confiança e acolhimento que empodere os

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adolescentes para agir, de maneira cada vez mais autônoma e refletida, nas mais
diferentes situações, tanto dentro quanto fora da escola.
o Oferecer espaço para que os adolescentes reflitam sobre suas experiências em
suas trajetórias como estudantes e na relação com os demais, identificando
aprendizados pessoais, relacionais, cognitivos e produtivos, de modo a atribuírem
valor e significado a si mesmos, ao outro e ao conhecimento.
o Oferecer ferramentas para que professores e gestores possam apoiar o processo
de construção da identidade pelos adolescentes, exercendo as premissas da
presença pedagógica nas aulas de Projeto de Vida.

O que É Projeto de Vida


o Conjunto de encontros destinados à criação de situações educativas
orientadas e ricas em intencionalidades, que contribuam para a formação
de adolescentes autônomos e protagonistas.
o Momento de estímulo à reflexão dos adolescentes sobre a trajetória
O que é e o que não é Projeto de Vida?

escolar e sobre a conexão da experiência estudantil com seus valores,


suas famílias, seu território.
o Espaço curricular que propicia a ação, o trabalho colaborativo e a
reflexão, tematizando as relações estabelecidas pelos estudantes com
outros adolescentes, com os adultos que os cercam, com o conhecimento
e as práticas vivenciadas na escola e fora dela.
o Exercício de desenvolvimento de um conjunto de competências
fundamentais para viver no século 21, como: autoconhecimento,
colaboração, abertura para o novo, responsabilidade, comunicação,
pensamento crítico, resolução de problemas e criatividade.
o Espaço para instigar os adolescentes a mapear e problematizar as
questões sociais, políticas e culturais do mundo contemporâneo e o modo
como elas se relacionam aos seus sonhos e contextos de vida.
O que NÃO é Projeto de Vida
o Espaço destinado a conversas descompromissadas e desorganizadas
sobre a vida dos adolescentes.
o Componente desvinculado dos demais componentes do currículo, da
rotina de estudos dos adolescentes e das questões do mundo
contemporâneo.
o Espaço para a resolução de todos os desafios e problemas vivenciados
pelos estudantes em outros componentes.
o Momento para realizar um mergulho psicológico no universo interior de
cada adolescente, de suas angústias e problemas.

As atividades do componente Projeto de Vida atendem a três dimensões: pessoal, social


e profissional, sendo que, nesta última, ganha relevo não o mundo do trabalho, mas a
dimensão do adolescente como estudante que se prepara para adentrar o Ensino Médio
e fazer ali suas escolhas. Por seu caráter complementar na formação dos estudantes,
tais dimensões devem ser trabalhadas constante e simultaneamente. Assim, na
dimensão pessoal, as atividades convidam os adolescentes a se aproveitar de suas
experiências na escola, na família e no tempo livre para que se conheçam melhor,
reconheçam suas forças e se apoiem nelas, olhem para o futuro sem medo, identifiquem
seus interesses e necessidades, estabeleçam significado às vivências na escola e fora
dela, e exercitem a autodeterminação para ir em busca de seus sonhos e metas. Esse

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trabalho perpassa, essencialmente, o Ciclo de Desenvolvimento Pessoal demonstrado
no esquema a seguir:

A dimensão social se constrói como um desafio lançado aos estudantes, também por
meio de atividades intencionais, para que eles conheçam e compreendam seus direitos
e deveres, e, principalmente, reflitam e dialoguem sobre as maneiras com as quais
vivenciam o compromisso com o outro e com o bem comum. As experiências cotidianas
na escola, em especial aquelas que dizem respeito ao convívio e à atuação em times
de trabalho nos projetos e nas aulas, serão focos de significação pelos adolescentes.
Já a dimensão profissional provoca que os estudantes reflitam e dialoguem sobre
seus interesses em relação ao fim do Ensino Fundamental e início dos Ensino Médio,
tendo como ponto de partida os conhecimentos, as habilidades e as competências
desenvolvidas ao longo de sua trajetória escolar, familiar e comunitária, assim como
seus sonhos e aspirações. Trata-se, também, de possibilitar que os adolescentes
avaliem e signifiquem as experiências que tiveram na escola, para que possam projetar
os próximos passos de formação.

Sugestões para o desenvolvimento

Metodologias e gestão dos encontros

Para a formação de adolescentes participativos, é fundamental que as práticas de


ensino teçam uma abordagem colaborativa, problematizadora e conectada com a vida
dos estudantes, de modo a desenvolver, de forma estruturada e intencional, as
competências importantes para viver, aprender e estudar no século 21.

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Para isso, é essencial que os professores pratiquem, nos encontros do Projeto de Vida,
metodologias como a presença pedagógica, a problematização e a aprendizagem
colaborativa:

Presença pedagógica

Diz respeito à qualidade da mediação, baseando-se na interação e na colaboração


entre professores e estudantes. Práticas que contemplam o acolhimento, o
desenvolvimento intencional das competências cognitivas e socioemocionais e o
estabelecimento de altas expectativas de aprendizagem, revelam o compromisso do
professor para com cada estudante. Durante a ação educativa, o professor envolve
os estudantes em situações de aprendizagem que exijam responsabilidade e
compromisso, ajudando-os a se corresponsabilizarem por suas aprendizagens e
incentivando-os a crescer. Ao mesmo tempo, reconhece as singularidades identitárias
e os potenciais de cada adolescente, estimulando a participação de todos e
promovendo a escuta atenta e a comunicação clara e respeitosa.

Problematização

Trata-se de investir numa postura mediadora que busque despertar e convocar o


estudante para participar ativamente da construção do conhecimento, criando
desafios e questões que os leve a refletir, a analisar e relacionar repertórios e a buscar
novas referências, em vez de oferecer respostas prontas; aprofundar os
conhecimentos a partir do diálogo; lançar os estudantes na estimulante vivência de
criar, investigar e resolver problemas.

Aprendizagem colaborativa

Estimular a aprendizagem em times (estudantes agrupados em duplas, trios,


quartetos etc.), o diálogo constante, potencializando nos adolescentes a
corresponsabilidade para aprenderem juntos, apoiando-se naqueles desafios
grandes demais para resolverem sozinhos e desenvolvendo autonomia crescente em
relação ao professor.

Essas metodologias norteiam a gestão dos encontros do Projeto de Vida. Elas se


desdobram em várias outras atitudes importantes para balizar a sua mediação junto ao
grupo de orientandos, trazendo à tona o seu jeito de trabalhar, mas dialogando com o
material de referência de maneira bem próxima, potencializando a proposta. Para isso,
é preciso um bom planejamento e alguns procedimentos podem ser de grande valor:

• Preparação das aulas com foco na aprendizagem


Ao planejar a aula, esteja atento a uma série de cuidados e detalhes que são
decisivos à criação de um ambiente favorável ao desenvolvimento das atividades e
de competências, tais como: foco, empatia, resolução de problemas, comunicação,
autonomia e colaboração.

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Como são estruturadas as atividades?

Cada atividade apresenta proposta de passo a passo para seu desenvolvimento,


com indicações detalhadas para fomentar a sua mediação durante os encontros.
Elas se iniciam com um quadro que apresenta um resumo, seus objetivos, o
modo como a turma se organiza, os recursos e providências necessários e sua
duração prevista.

Além disso, há outros elementos que compõem a OPA e merecem destaque:

• Quadros com dicas metodológicas

Permeando o passo a passo, há quadros que detalham e esclarecem as


intencionalidades de cada parte da atividade, apontam para suas especificidades
metodológicas, indicam referências bibliográficas e propõem alternativas para
possíveis desafios que possam aparecer durante o planejamento e a realização
das atividades. Essas orientações são importantes para o seu planejamento!

• Quadro “De olho na turma!”

Localizado ao final de cada atividade, apresenta questões para estimular a sua


avaliação do desenvolvimento da atividade, tanto no que se refere à atuação dos
adolescentes quanto à sua própria mediação.

• Organização do espaço da sala para traduzir as intenções educativas


O diálogo, o debate e o trabalho colaborativo são marcas dos encontros de Projeto
de Vida, e é importante que a organização da sala de aula (ou do espaço em que
serão realizados os encontros) reflita essas escolhas metodológicas. Por isso, uma
dica é preparar a sala junto com os estudantes, reorganizando o mobiliário e os
materiais necessários às atividades do dia. Lembre-se de que um ambiente
organizado é elemento facilitador para o desenvolvimento de competências como
foco e concentração. Já o contrário – um espaço “bagunçado” – é um convite à
dispersão. Dentro das possibilidades da escola, indica-se que as atividades
aconteçam não apenas em salas de aula, podendo ser realizadas na biblioteca,
espaço de convivência, quadra de esporte etc.

Para a maioria das atividades recomendamos que, na conversa inicial e no


“aquecimento” do encontro, a turma se organize em roda. Dessa forma, todos
podem se enxergar e a interação é estimulada. Para as outras etapas das
atividades, a turma se organiza conforme as indicações.

• Acolhida dos encontros e combinados com a turma


Os primeiros minutos de cada encontro são decisivos para “aquecer” ou “esfriar” os
estudantes para as atividades propostas. Acolher bem e propor um momento de
diálogo faz toda a diferença. E esse diálogo, aqui, vem carregado de
intencionalidades educativas: é o momento de reforçar os combinados da turma,
dialogar sobre os objetivos de cada atividade e explicitar que atuação se espera.
Aqui vão algumas dicas:

Avaliação em processo: logo no início do encontro, convide os estudantes a falar


de sua vivência na escola, de como está a frequência e a pontualidade nas
atividades, bem como a participação e o aproveitamento nelas. À medida que as

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experiências e dificuldades são relatadas, sugira reflexões (individuais e coletivas),
destaque conquistas e desafios e encoraje também as contribuições dos colegas.
O essencial, nesse momento de abertura dos encontros, é sempre discutir com os
estudantes as escolhas que têm feito, pois é por meio de uma reflexão própria que
eles conquistam progressiva autonomia para gerir seus estudos, ações e atitudes.

Apresentação da proposta de trabalho do dia: exponha de forma clara os objetivos


do dia. Isso é essencial para que compreendam o sentido do que irão realizar e se
envolvam com o que está sendo proposto. Dialogar sobre as intenções de cada
atividade é um aspecto central a ser observado a cada encontro.

• Acompanhamento da participação dos adolescentes e da sua mediação


A atenção individualizada ao processo educativo de cada estudante é o fundamento
da orientação do Projeto de Vida. Portanto, a participação de cada adolescente nos
encontros é de suma importância. Tal participação deve ser acompanhada a cada
aula e alguns instrumentos podem auxiliar nessa tarefa. Para um monitoramento
qualitativo, recomenda-se realizar anotações com pontos de atenção relacionados
tanto aos adolescentes individualmente quanto à turma, seus aprendizados e
desenvolvimento. Outro instrumento de uso habitual e bastante relevante é a lista
de presença que sistematiza informações sobre a frequência dos estudantes ao
longo do tempo. Com esses dados em mãos, você terá uma fonte segura para
refletir sobre o andamento dos encontros, os principais desafios apresentados pelo
seu grupo de orientandos e também sobre o seu próprio trabalho de mediação.
Para estimular esse exercício constante de monitoramento, ao final de cada
atividade proposta há um quadro intitulado “De olho na turma!”. Nele são
apresentadas algumas perguntas que contribuirão para a avaliação dos encontros,
tais como: Os principais objetivos das atividades foram alcançados? A turma se
envolveu no desenvolvimento das ações? Há evidências de que os estudantes
conquistaram aprendizagens importantes para sua formação? Você atuou com
presença pedagógica e com uma postura problematizadora?

• Gestão cuidadosa do tempo e da atenção


Cada encontro tem um objetivo claro e um conjunto de ações essenciais à
consecução de tal objetivo. Por isso, é importante que, a cada atividade, seja
efetivamente implementado o ciclo de trabalho proposto. Para que isso se torne
possível, é necessário que o tempo seja bem utilizado e que se evite a dispersão
da atenção. Busque criar, com os estudantes, uma cultura de respeito aos horários
de início e fim das atividades e cuidar para que os tempos previstos para cada uma
delas sejam respeitados.
Para isso, é preciso: explicar de forma clara o itinerário a ser percorrido no encontro,
destacando os pontos que mereçam mais atenção do grupo; informar o tempo
previsto para cada atividade e propor um combinado em relação a como será feita
a gestão desse tempo (se vai ficar a seu cargo ou de algum estudante, em que
momentos e como serão feitos os avisos de que o tempo de cada atividade está se
esgotando etc.); e detectar os momentos de dispersão, chamando a atenção para
o foco da atividade.

• Contextualização das atividades


É relevante para os estudantes perceberem que as atividades que vivenciam na
escola têm sentido em sua vida, compreenderem que há intensa conexão entre os
conhecimentos trabalhados na escola, a realidade social e sua vida prática.

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Você tem o papel importantíssimo no processo de apoiá-los na construção dessa
conexão. Nesse sentido, busque explicar, despertar a curiosidade, problematizar
cada experiência relatada ou vivenciada no Projeto de Vida, relacionando-a com
inquietações, anseios e elementos cotidianos da vida dos adolescentes. Por isso, é
importante um cuidado permanente em dar significado às experiências vivenciadas
nos encontros, relacionando-as todo o tempo com os interesses e o cotidiano dos
estudantes.

Dicas para o planejamento das atividades

• Realizar a leitura completa deste material e estruturar, junto com


Planejando o os outros professores que trabalham com este componente, o
bimestre percurso formativo do bimestre, a partir das sequências
propostas no Mapa de Atividades.
• Articular com a equipe de gestão da escola e outros professores
os recursos necessários, tais como: agendar o uso do laboratório
de informática, reservar equipamentos de som e projeção e
encaminhar o planejamento necessário para a realização do
momento de culminância ao final do semestre.
• Planejar os encontros com antecedência, com atenção à
Antes dos qualidade da mediação, aos materiais e equipamentos que serão
encontros utilizados a cada atividade.
• Nas atividades de duração mais estendida, avaliar ajustes
necessários na gestão do tempo e na sua mediação.
• Cuidar da gestão do tempo e, nas atividades em que os
Durante os estudantes trabalham em times e têm que gerir o próprio tempo,
encontros orientar quanto a esse cuidado.
• Estar sempre aberto para responder dúvidas em relação às
atividades, problematizar aspectos das discussões propostas e
mediar conflitos relacionais.
• Evidenciar que o trabalho tem foco no desenvolvimento
articulado de competências cognitivas e socioemocionais.
• Garantir os momentos finais das rodas de conversa, que têm
uma função avaliativa do processo.
• Construir um registro do encontro, que indique questões dos
estudantes e da sua mediação.
• Realizar um momento de reflexão e autoavaliação sobre a sua
Depois dos orientação no componente (usar para isso o quadro “De olho na
encontros turma!”).

Competências Socioemocionais
As atividades do 9o ano visam trabalhar intencionalmente com o projeto de vida dos
estudantes. No primeiro bimestre (Linha do Tempo), as atividades propostas têm foco
no desenvolvimento da identidade e na transição do Ensino Fundamental para o Ensino
Médio. Neste sentido, os estudantes são convidados a refletir sobre si e a fazer uma
revisão do percurso escolar realizado até então (autoavaliação de aprendizagens) e das
expectativas para a próxima etapa.
É importante destacar que nesta série de atividades, os estudantes assumem um papel
central, no qual uma postura de protagonismo, autonomia e responsabilidade é
esperada. Por exemplo, nas atividades “Papo Reto” e “Daqui para Frente...”, os

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estudantes organizam eventos em que convidam pessoas para conversar a respeito de
temas releventes para eles (adolescência, experiências no Ensino Médio, etc.). A
organização de um evento inclui ser capaz de planejar e implementar ações e de
assumir combinados. Assim, as competências de Autogestão, responsabilidade,
organização, foco, persistência e determinação, são centrais nestas atividades. Ao
mesmo tempo, como em outras atividades, os estudantes trabalham em times,
participam de rodas de conversa, discussões e têm a oportunidade de desenvolver
competências relacionadas ao seu Engajamento com o Outro, tais como iniciativa
social, assertividade e entusiasmo e à Amabilidade, sendo o respeito uma
competência central para as relações interpessoais construtivas. Estas competências
também têm espaço de desenvolvimento quando os estudantes interagem com os
convidados para os eventos da turma. O entusiasmo pode ser fortalecido também
porque o exercício do protaginismo e da autonomia é um importante disparador de
interesse, motivação e entusiasmo.
Claramente, a curiosidade para aprender trespassa todas as atividades do bimestre.
Afinal, a autorreflexão a respeito de quem se é e das vivências passadas e expectativas
futuras demanda a postura curiosa e a vontade de explorar e de querer saber mais dos
estudantes. As atividades que incluem a avaliação da própria aprendizagem permitem
o engajamento dos estudantes em uma reflexão sobre como é o seu estilo de aprender,
sobre o que já aprenderam e as estratégias que usaram, sobre que temas lhes
interessaram mais. Isso pode facilitar o desenvolvimento do senso de
responsabilidade pelo próprio aprendizado e pelas próprias atitudes. Ao passar pelo
processo de autoavaliação os alunos podem ter a autoconfiança fortalecida,
percebendo que têm qualidades ao mesmo tempo que compreendem mais a respeito
de si próprios.
O trabalho com a criação dos Diários de Viagem oportuniza o desenvolvimento de
interesse artístico. Ao final do bimestre, os estudantes terão realizado uma parte da
significativa do seu projeto de vida, tendo refletido sobre sua identidade, fortalecido
vínculos, revisto seu percurso e explorado intensamente o que lhes espera na próxima
etapa do percurso escolar.
A proposta de avaliação para o desenvolvimento de competências socioemocionais é
formativa. De modo geral, a avaliação formativa tem o objetivo de monitorar
continuamente a aprendizagem dos alunos para que seja possível dar a eles devolutivas
sobre o que podem melhorar em seu aprendizado. Este processo de feedback contínuo
ajuda os estudantes a identificarem seus pontos fortes e fracos para que possam então
direcionar esforços às áreas que precisam ser aprimoradas.
Para as atividades do 1º bimestre do Projeto de Vida (Linha do Tempo), propõe-se duas
paradas para avaliação formativa:
1ª parada: durante a 2ª aula da Atividade 4
2ª parada: durante a 3ª aula da Atividade 6

Rubricas sugeridas: Organização, Foco, Responsabilidade (Autogestão), Entusiasmo,


Assertividade, Iniciativa Social (Engajamento com o Outro), Respeito (Amabilidade)
As instruções para a aplicação das rubricas assim como uma cópia de cada uma estão
disponíveis a partir da página 54.

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Mapa de atividades

Nome Objetivos Duração Página


prevista
O itinerário formativo do módulo Linha
do Tempo é apresentado aos
estudantes e é feita a divisão dos
Apresentação times de trabalho. No segundo
Atividade 2 aulas p.12
1
– viagem no momento, os adolescentes constroem
tempo seus Diários de Viagem – material de
registro das vivências do
componente, que será utilizado ao
longo de todo o ano.
Os estudantes participam de um
exercício de autoconhecimento em
que são convocados a identificar
características importantes – e
positivas – de si mesmos. Esse
exercício é ampliado a partir de uma
dinâmica realizada pelos times de
trabalho, em que os integrantes
Que time é
Atividade apresentam uns aos outros a partir de
2 esse? 2 aulas p.18
traços identitários e breves relatos de
suas vivências. Em um segundo
momento, os times participam de um
jogo de adivinhação, que se configura
como pontapé para uma discussão
sobre valores, competências e
atitudes importantes para o trabalho
em times.

Com o intuito de se apropriar das


aprendizagens realizadas durante os
anos finais do Ensino Fundamental,
os estudantes rememoram,
coletivamente, conteúdos marcantes
trabalhados nas diversas áreas de
conhecimento e como eles se
relacionam com suas vidas –
exercício que dá origem a um mapa
Atividade 4 aulas p. 21
Retrovisor mental que será compartilhado com a
3
turma do 6º ano. Posteriormente, os
adolescentes se engajam em um
processo de cunho individual, em que
mapeiam as próprias aprendizagens e
o desempenho nos vários
componentes curriculares – processo
de avaliação que culmina na
formação de times de estudo
colaborativo.

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Os estudantes se engajam para
realizar a primeira edição do ciclo de
diálogos com convidados, chamado
“Papo Reto”. No primeiro momento,
discutem sobre os temas e questões
que estarão em pauta e escolhem
Atividade
Papo Reto duas pessoas para conversar com a 5 aulas p.29
4
turma. No segundo momento, fazem
o planejamento e a produção do
evento, cuidando de todos os
detalhes para que o evento cumpra
com seus objetivos. A atividade
culmina na realização do primeiro
“Papo Reto”.

Os estudantes realizam uma reflexão


individual sobre suas identidades:
quem são, como é seu “estar no
mundo” e como se transformaram nos
últimos anos. A isso se segue um
exercício de compartilhamento e
Nossas generalização, em que conhecem um
Atividade
identidades na pouco mais sobre seus colegas e 3 aulas p.37
5
Linha do buscam identificar as semelhanças e
Tempo? diferenças que marcam suas
identidades. A atividade culmina na
produção de linhas do tempo
temáticas, construídas a partir do
trabalho colaborativo e tematizando
aspectos identitários dos
adolescentes.

Os estudantes promovem um
encontro com pessoas que trilharam
diferentes percursos na área da
educação (estudantes, pessoas já
formadas na educação básica,
professores e gestores) para um bate-
Atividade Daqui para a 4 aulas p. 43
6
papo sobre a transição do Ensino
frente...
Fundamental Anos Finais para o
Ensino Médio. Ao final, fazem uma
avaliação da atividade e das
aprendizagens construídas ao longo
do bimestre.

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Atividade 1
Apresentação – viagem no tempo
O itinerário formativo do módulo Linha do Tempo é apresentado aos
Resumo
estudantes e é feita a divisão dos times de trabalho. No segundo
momento, os adolescentes constroem seus Diários de Viagem –
material de registro das vivências do componente, que será utilizado
ao longo de todo o ano.
Familiarizar os estudantes com o componente curricular Projeto de
Objetivos
Vida, estabelecer os times de trabalho do semestre e construir os
Diários de Viagem.
Competências socioemocionais que podem ser intencionalmente
Competências
desenvolvidas: Iniciativa Social, Assertividade (Engajamento com o
Socioemocionais
Outro), Foco, Organização (Autogestão), Interesse Artístico e
Imaginação Criativa (Abertura ao Novo)
Roda de conversa e trabalho em times.
Organização da
turma
Ação prévia:
Recursos e
- Selecionar referências inspiradoras para a construção dos Diários
providências
de Viagens dos estudantes (ou reservar o laboratório de informática
para que eles possam pesquisar por elas).

Materiais de trabalho:
- Materiais de papelaria (canetas, papéis, post-its, tesoura, cola
etc.).
- Revistas e jornais.
2 aulas.
Duração Prevista

Desenvolvimento

AULA 1

1. Acolhimento e levantamento de expectativas

Receba a turma com entusiasmo para o primeiro encontro de Projeto de Vida, módulo
Linha do Tempo. Escreva no quadro o nome do componente enquanto os estudantes
se organizam em uma roda de conversa. Apresente-se, fale brevemente sobre Projeto
de Vida e peça que os estudantes explicitem suas expectativas, contando o que
imaginam que seja esse componente do currículo, quais são seus objetivos e como
serão os encontros.

Busque criar um ambiente acolhedor, em que todos se sintam à vontade para participar.
Nesse momento, registre no quadro as falas mais recorrentes – mais adiante, ao
apresentar de modo mais detalhado o itinerário formativo do semestre, será feita uma
comparação entre as expectativas e os objetivos concretos do módulo Linha do Tempo.

Professor(a), se este for um ano com muitos estudantes novos na turma – ou se você
ainda não os conhece bem –, este é um bom momento para promover a rodada de
apresentações. Peça, então, que, junto das expectativas para Projeto de Vida, cada

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um conte seu nome, idade, há quanto tempo está na escola e outras informações que
você considere importantes.

Em seguida, apresente mais detidamente o módulo Linha do Tempo. Com base na parte
introdutória deste material, explique quais sãos seus objetivos e como serão os
encontros ao longo do semestre (para esse momento, pode ser oportuno construir uma
apresentação de slides para apoiar a sua mediação). Durante sua fala, busque
estabelecer pontes entre as expectativas apresentadas pelos estudantes,
demonstrando o que corresponde a elas e destacando aspectos que não foram
previstos por eles.

Durante a sua exposição, crie espaços de fala para que os estudantes expressem suas
dúvidas e comentários a respeito do itinerário do semestre. Acolha as questões, busque
solucionar as dúvidas e registre aquelas que não puder esclarecer de pronto, para
oferecer uma devolutiva no encontro seguinte.

2. Organizando os times de trabalho

Explique à turma que a maioria das atividades do semestre será realizada em times, em
uma composição que será definida hoje e continuará ao longo de todo o semestre. Para
isso, inicie uma conversa que paute a noção de colaboração e converse com a turma
sobre a competência socioemocional “engajamento com os outros” – que diz respeito
ao entusiasmo e à motivação que os estudantes empenham nas atividades que
desenvolvem coletivamente.

Proponha algumas questões, como:

• Para vocês, o que é colaboração?


• O que é mais interessante na realização de atividades que demandam interação
com outros colegas?
• Vocês têm o hábito de trabalhar em times nas atividades aqui da escola?
o Se sim, o que consideram mais importante para que todo o time se
empenhe no trabalho realizado? Quais tipos de atitudes e
posicionamentos atrapalham o trabalho em times? É possível aprender
mais quando trabalhamos em times?
o Se não, que tipo de atitudes vocês imaginam que sejam necessárias para
um bom trabalho em time?

Colocar em box:

Comente as respostas dos estudantes, buscando construir um entendimento comum a


respeito da colaboração, que está relacionada à capacidade de ser responsável pelo
próprio bom desempenho e pelo dos colegas e de atuar em sinergia com eles,
compartilhando as responsabilidades do trabalho, respeitando as diferenças de opinião
e visão de mundo, buscando construir consensos para a tomada de decisões, cultivando
laços relacionais positivos, aprendendo com os colegas e participando da aprendizagem
deles.

Se considerar relevante, construa, junto com eles, um quadro que explicite a diferença
entre um trabalho que acontece com colaboração efetiva, em time, e o trabalho que
acontece sem colaboração. A seguir é apresentado um quadro com diferenças
importantes relacionadas ao trabalho com e sem colaboração – você pode iniciar a

15
construção do quadro partindo das contribuições dos estudantes e depois
complementá-las com os pontos que você compreende que são relevantes.

TRABALHO EM TIMES SEM TRABALHO EM TIMES COM


COLABORAÇÃO COLABORAÇÃO
Os membros, muitas vezes, agem de Todos se preocupam com a própria
modo individualista, preocupados em aprendizagem, com a do colega e com
fazer a sua parte, sem pensar no grupo o desempenho coletivo do time.
e no trabalho como um todo.
Não se discutem questões relacionadas Competências como a liderança, a
a como o grupo dialoga, negocia comunicação, a confiança, a
vontades, divide tarefas e lida com os colaboração, o engajamento com os
próprios conflitos. Discordâncias podem outros etc. são exercitadas e
fazer com que alguns estudantes se desenvolvidas a todo instante. Cabe ao
afastem da realização do trabalho. time cuidar da boa convivência, o que
potencializa os resultados das
aprendizagens e é fundamental para
que todos se mantenham engajados.
A preocupação centrada apenas em Dialogar, expressando pontos de vista
realizar e entregar o trabalho final não e acolhendo os dos colegas, é
deixa espaço para o diálogo e a abertura fundamental. Diferenças e
a diferentes pontos de vista e opiniões discordâncias são pensadas como
sobre os rumos e especificidades do possibilidade de promover
trabalho. aprendizagens importantes, desde que
tratadas com respeito e atenção.

Para organizar os times, a sugestão inicial é que seja definido um número fixo de
integrantes, entre seis e oito (avalie o número ideal de times que serão formados, de tal
forma que a quantidade não prejudique um acompanhamento mais próximo desses
agrupamentos).

O processo de organização demandará iniciativa e tomada de decisão por parte dos


adolescentes. Isso porque, embora as formações ocorram a partir da livre escolha, há
alguns critérios a ser considerados (amplie a lista, caso sinta necessidade):

• É importante que o agrupamento tenha colegas com quem não têm o


costume de trabalhar.
Assim, começa-se a construir relações de trabalho que superam as
“panelinhas”, abrindo a possibilidade de conhecer diferentes formas de pensar,
ampliar repertórios para aprender a aprender, conviver, construir, colaborar e se
relacionar com pessoas distintas.

• Os times devem ter um número equivalente (ou próximo) de


meninas/meninos.
Com mais diversidade, os estudantes aprendem a conviver, dialogar com seus
pares e a respeitar as diferenças que fazem parte de todo grupo social.

• É relevante buscar garantir diversidade em relação aos bairros ou regiões


em que os integrantes moram.
A diferenciação espacial pode modular aspectos importantes das vivências dos
estudantes, que se tornam mais evidentes nas discussões e atividades
relacionadas às identidades. Caso a maior parte dos estudantes resida em um
mesmo bairro/região, estabeleça um novo critério, que ajude a trazer

16
diversidade para os times, como: disciplinas favoritas, estilos de música que
mais gostam etc.

Explique à turma quais sãos os critérios propostos por você, verifique se eles gostariam
de propor outros critérios e estabeleça um tempo para que se agrupem. Acompanhe o
processo garantindo que os critérios sejam levados em conta durante as escolhas dos
estudantes. É possível que não seja possível considerar plenamente todos os critérios
em todos os times – nesses casos, proponha os ajustes necessários, sempre
privilegiando o diálogo.

Professor(a),

Trabalhar em times é uma forma de estimular que os adolescentes desenvolvam as


competências e atitudes relacionadas à capacidade de colaborar. Para você, esse
modo de organização é uma oportunidade para promover a avaliação dos estudantes,
tanto de seus posicionamentos e aprendizagens individuais quanto de suas atitudes
nos momentos de ação e decisão coletivas. Isso porque, ao longo do semestre,
diferentes estratégias podem ser utilizadas para acompanhar mais de perto suas
práticas. Por exemplo: é possível escolher, a cada atividade, um ou dois times que
serão acompanhados mais de perto.

Durante esse acompanhamento mais próximo, busque refletir sobre sua mediação
como orientador(a) de Projeto de Vida, a partir de perguntas como:

• Os estudantes trabalham bem em time? Estão motivados, engajados na


atividade e colaborando uns com os outros?
• Algum dos estudantes parece precisar de apoio para se enturmar melhor ou
desenvolver uma maior noção de pertencimento aos times? Como posso
ajuda-ló? E como posso incentivar que seus colegas de time também
contribuam?
• As atividades propostas são engajadoras para os estudantes, conectando-se
com suas realidades, identidades e com o contexto que vivem? Se não, quais
aspectos da minha mediação podem ajudar a construir pontes entre os
estudantes e as atividades? Que ajustes posso propor para que as atividades
se aproximem dos contextos de vida dos adolescentes?
• Algum dos estudantes apresenta demandas ou necessidades específicas?
Como posso, a partir de uma mediação mais próxima, responder a elas?

Essas são algumas questões que podem ajudar a balizar a sua prática docente,
concretizando-se no dia a dia do trabalho.

“Integrante espião”

Para tornar a formação dos times mais dinâmicas ao longo do semestre e permitir
vivências de colaboração diferenciadas para os estudantes, sugerimos que a turma
adote o jogo do “Integrante espião”. Ele funciona assim:

• Em algumas atividades, o time escolhe um de seus integrantes para deixar o


próprio time e participar junto com os membros de outro time – esse estudante
será o “espião”.
• Cada time, portanto, receberá um novo componente, que participará das
atividades como todos os outros integrantes naquele dia – trabalhando de
forma colaborativa, engajada e entusiasmada para realizar as ações
propostas.

17
• Ao final da atividade, cada “espião” se reúne novamente com seu time de
origem e conta como foi sua vivência: como foi a colaboração entre os
integrantes, os diálogos e negociações, as tomadas de decisão, se houve ou
não conflitos, quais aprendizagens desenvolveu, que atitudes os membros do
outro time têm que podem ser incorporadas pelo time original etc.

Esse jogo demandará bastante organização da turma, mas pode proporcionar


aprendizagens valiosas para os estudantes. Avalie a pertinência dele ser realizado ao
longo do semestre e, caso a decisão seja por sua implementação, explique à turma
qual é a sua dinâmica. Lembrem-se sempre: ao final de cada atividade em que for
adotado o jogo do integrante espião, reserve um tempo para que os “espiões” se
reúnam com seus times para relatar suas vivências!

3. Finalização

Para encerrar a aula, conte que na aula seguinte, eles construirão seus Diários de
Viagem – material de registro das vivências e aprendizagens realizadas em Projeto de
Vida. Para isso, cada estudante deve trazer, pelo menos, dois elementos para compor
seus Diários. Podem ser fotos, desenhos, recortes, imagens e textos em geral que
sejam importantes para eles, que representem seus gostos, suas identidades, suas
histórias (e, claro, que possam ser recortados e/ou colados no Diário).

Os Diários podem ser construídos em Cadernos ou mesmo blocos de papel. Avalie a


possibilidade de a escola providenciar esses recursos. Caso não seja possível,
solicite que os estudantes tragam na próxima aula (esse material pode ser comprado,
mas também construído a partir de folhas de rascunho, por exemplo).

AULA 2

1. Acolhimento e diálogo sobre os Diários

Com a turma em uma roda de conversa, conte que o encontro será destinado à
construção dos Diários de Viagem. Pergunte a eles se, em algum momento da vida
escolar, já fizeram diários ou cadernos de registro para alguma disciplina. A partir das
respostas, promova um diálogo que explicite e justifique os objetivos dessa ação, a partir
dos pontos a seguir:

• O componente Projeto de Vida, tanto neste como no próximo semestre, promove


“viagens no tempo”, pois as atividades os convidarão a refletir e agir sobre o
passado, o presente e o futuro. No módulo Linha do Tempo, por exemplo, vão,
com frequência, mapear as aprendizagens, vivências e conquistas que
realizaram ao longo do Ensino Fundamental. Irão, também, dialogar sobre quem
são hoje, suas identidades e relações. E terão, ainda, oportunidades para
explorar aspectos da vida futura, especialmente no que diz respeito ao Ensino
Médio.

• Diários e cadernos de registro são instrumentos muito utilizados no contexto


escolar (eles podem receber outros nomes, como “álbum” e “diário de bordo”).
Neles, os estudantes podem escrever e refletir sobre as vivências,
aprendizagens e competências desenvolvidas em sala de aula; descrever
momentos que consideram importantes; relatar conquistas e objetivos
alcançados; indicar dúvidas, dificuldades e desafios que pretendem superar;
escrever lembretes e recados para si mesmos, caso queira retomá-los em
momentos posteriores.

18
• Esses instrumentos de registro também são uma maneira de construir memórias
sobre os processos vivenciados. Tais lembranças podem ser resgatadas sempre
que quiserem rememorar o que viveram, ou mesmo nos momentos de avaliação
e autoavaliação, em que são chamados a refletir sobre as aulas de Projeto de
Vida.

• Ao longo do semestre, haverá momentos em que os estudantes serão orientados


a realizar registros em seus Diários – mas isso pode – e deve! – ser feito,
também, de maneira autônoma, sempre que considerarem necessário.

• Os registros podem ser diversificados: texto escrito diretamente nas folhas do


diário, desenhos, imagens recortadas de revista, post-its com informações
importantes, produções realizadas nas atividades etc.

Explique que cada Diário de Viagem terá “a cara” de seu dono ou dona, afinal de contas,
o percurso de cada um tem suas particularidades e é importante que esses instrumentos
de registro reflitam as identidades e gostos de quem os utiliza. Por isso, os próximos
minutos serão destinados à personalização dos Diários.

Para isso, sugerimos que você selecione previamente alguns tutoriais, vídeos e textos
na internet que possam servir de inspiração para os estudantes. Outra possibilidade,
caso seja possível reservar o laboratório de informática, é que os próprios estudantes
pesquisem por essas referências.

Os exemplos não precisam estar relacionados ao contexto escolar – podem ser Diários
de Viagens ou mesmo os Bullet Journals, diários de tarefas que viraram febre ao redor
do mundo nos últimos anos. Redes sociais como o Pinterest e a Behance, muito
utilizadas por artistas e designers, são ideais para pesquisar por projetos criativos que
podem inspirar os estudantes a personalizar seus diários. Há também outros exemplos,
como os que apresentamos a seguir:

• Como adotar o método do bullet jornal. Revista Galileu.


Disponível em: bit.ly/diario-viagem-1.

• Como Fazer um Diário de Viagem. WikiHow,


Disponível em: bit.ly/diario-viagem-2.

• Como fazer um diário de viagem ou travel jornal. A. Craft.


Disponível em: bit.ly/diario-viagem-3.

Acessos em: jan. 2019.

2. Construindo os Diários

Após a exploração dos exemplos, peça que os estudantes se organizem em times. A


construção dos Diários é individual, mas, em times, poderão trocar ideias, sugestões e
compartilhar os materiais de papelaria.

Distribua entre os times os materiais de papelaria (canetas, papéis, post-its, tesoura,


cola etc.), revistas e jornais. Peça, também, que tenham em mãos as fotos ou recortes
que trouxeram de casa, pois eles deverão compor os diários de seus donos.

19
Indique, também, as orientações para a capa e para o primeiro registro que cada
estudante deve realizar:

Capa/primeira página

Título: Diário de Viagem


Autor(a): Nome do(a) estudante

Primeira anotação

Cada estudante conta quais são suas expectativas para o ano no componente
curricular Projeto de Vida.

3. Finalização

Ao fim do tempo destinado à construção dos Diários, para encerrar a atividade, peça
que a turma se reúna novamente em roda. Nesse momento, peça que alguns
estudantes compartilhem com a turma seus Diários e o que escreveram na primeira
anotação. Comente os exemplos, apresente suas observações sobre o trabalho dos
estudantes e despeça-se, reforçando a importância da presença de todos nos encontros
de Projeto de Vida.

De olho na turma!

1. Os estudantes compreenderam bem o que é o componente Projeto de Vida e


quais seus objetivos? Mostraram-se entusiasmados com o itinerário formativo
apresentado?

2. Os estudantes demonstraram compreender a importância do trabalho


colaborativo? Durante a formação dos times, conseguiram dialogar e chegar a
consensos, levando em conta os critérios da divisão? Houve algum tipo de conflito
nesse momento? Se sim, foi possível resolvê-lo a partir de um diálogo tranquilo,
enfocando os objetivos propostos pela atividade?

3. Quais são as suas expectativas para a turma? Consegue antever desafios para
sua mediação ao longo do semestre?

20
Atividade 2
Que time é esse?
Os estudantes participam de um exercício de autoconhecimento em
Resumo
que são convocados a identificar características importantes – e
positivas – de si mesmos. Esse exercício é ampliado a partir de uma
dinâmica realizada pelos times de trabalho, em que os integrantes
apresentam uns aos outros a partir de traços identitários e breves
relatos de suas vivências. Em um segundo momento, os times
participam de um jogo de adivinhação, que se configura como
pontapé para uma discussão sobre valores, competências e atitudes
importantes para o trabalho em times.
Trabalhar aspectos importantes das identidades dos estudantes,
Objetivos
como o autoconceito e a autoestima, e promover maior
entrosamento entre os integrantes dos times, a partir do
reconhecimento de suas qualidades e das possibilidades de
colaboração.
Competências socioemocionais que podem ser intencionalmente
Competências
desenvolvidas: Entusiasmo, Iniciativa Social, Assertividade
Socioemocionais
(Engajamento com o Outro), Autoconfianca (Resiliência Emocional),
Foco, Organização (Autogestão), Respeito e Empatia (Amabilidade)
Trabalho individual, em times e roda de conversa.
Organização da
turma
Ação prévia:
Recursos e
- Preparação do jogo “Testa”, que demandará, para cada time, um
providências
recipiente que contenha as tiras de papel com os valores,
competências e atitudes impressas.
2 aulas.
Duração Prevista

Desenvolvimento

AULA 1

1. Acolhimento e levantamento de expectativas


Toda a atividade será realizada com os estudantes organizados em seus times de
trabalho. Após o acolhimento, peça que se reúnam e explique que o objetivo central das
próximas aulas é promover uma aproximação entre os integrantes dos times, para que
conheçam melhor suas forças e características.

Para começar, peça que cada um preencha, individualmente, a Ficha 1 - Caderno do


Estudante. Ela apresenta questões relacionadas ao autoconceito (como a pessoa se
percebe, quais elementos acredita constituir sua individualidade) e à autoestima (que
diz respeito à valorização desses elementos), aspectos fundamentais da identidade de
cada um.
Estimule os estudantes a preencherem o quadro com seriedade e comprometimento,
sempre tendo em vista aspectos positivos de si mesmos. Ficha 1 - Caderno do
Estudante será retomada mais adiante na atividade.

Professor(a),

21
Projeto de Vida é um componente que trabalha, de forma intencional, aspectos da
identidade dos estudantes, assim como temas e interesses recorrentes para os
adolescentes. Para entender um pouco melhor a fase da vida em que se encontram,
sugerimos a leitura do material sobre “Adolescentes”, do “Projeto faz Sentido –
Fundamental, Anos Finais”. Ele apresenta um compilado importante de informações,
além de indicar outras referências para pesquisa e leitura. Se desejar uma reflexão
mais focada no assunto das identidades, sugerimos, sobretudo, a leitura do capítulo
3.

Adolescentes – Projeto Faz Sentido


Disponível em: <bit.ly/faz-sentido-adolescentes>. Acesso em: 12 jan. 2019.

2. Hora de apresentar: fortalecendo as parcerias


Após o tempo destinado ao preenchimento do quadro, explique que os times farão uma
rodada de apresentação de seus integrantes, mas que ela será um pouco diferente da
dinâmica tradicional: em vez de cada um se apresentar, os colegas de time serão
responsáveis por elucidar as características uns dos outros.
Para isso, devem comentar, sobre um integrante de cada vez:

• A primeira memória que têm dessa pessoa.


• Como a conheceram e porque se aproximaram ou não dela.
• Quais características mais admiram nela.
• Uma breve história ou caso que vivenciaram com ela e que ilustre tais
características.
• Como acreditam que ela poderá contribuir para o time.
Ressalte que o importante dessa atividade é valorizar a identidade de cada um e
promover um fortalecimento da parceria entre os integrantes do time, já que trabalharão
juntos por todo o semestre. Indique, também, que esse momento não permite espaço
para críticas, piadas ou ofensas entre os estudantes e que pode ser um momento fértil
para acolher as diferenças de cada um.
3. Finalização
Para finalizar, em um momento avaliativo, peça que os estudantes compartilhem com
seus times as respostas que deram no “Quadro do autoconhecimento”, dialoguem sobre
o que aprenderam e sobre a expectativa do trabalho em times. Indique também que
registrem suas observações no Diário de Viagem. Algumas questões podem estimular
essa conversa, como:

• Quais são as semelhanças entre a visão que tenho de mim mesmo e a que meus
colegas têm de mim?
• E quais são as diferenças?
• O que eles disseram sobre mim faz sentido?
• Como vocês avaliam o conjunto de competências e características dos
integrantes do time?
• O time está engajado e afinado, pronto para os desafios do semestre? Se não,
o que podemos fazer para nos unirmos mais?

AULA 2

22
1. Apresentando a proposta da aula
Conte à turma que neste encontro eles darão continuidade à tarefa de se conhecer um
pouco melhor e refletir sobre aspectos importantes do trabalho em times.

Explique que a dinâmica do encontro será orientada por uma adaptação do famoso jogo
“Testa”. As orientações para o jogo estão na Ficha 2 - Caderno do Estudante. Distribua
aos times os recipientes com as tiras de papel, fundamentais para o jogo, peça que
leiam as orientações e comecem a jogar.

Professor(a),

prepare com antecedência, para cada time, um recipiente que contenha as tiras de
papel com os valores, competências e atitudes que serão adivinhadas pelos
estudantes. A seguir sugerimos dez palavras. Não deixe de complementar esse
número com outros aspectos importantes para um bom trabalho em times.

• Respeito
• Iniciativa
• Entusiasmo
• Motivação
• Empatia
• Diálogo
• Parceria
• Cumplicidade
• Pertencimento
• Responsabilidade

2. Finalização
Para encerrar a atividade, reúna a turma em uma roda de conversa para o momento
avaliativo. Proponha algumas questões para discussão, como as indicadas a seguir, e
estimule que os estudantes registrem em seus Diários de Viagem os aspectos que
considerarem mais relevantes:

• A atividade permitiu a vocês conhecer um pouco mais sobre si mesmos e sobre


os colegas? Como?
• É importante reconhecer as próprias qualidades, assim como os aspectos em
que se pode melhorar? Isso é importante para o trabalho colaborativo? Por quê?
• Qual a expectativa de vocês para trabalhar em times ao longo do semestre?
• Que competências e valores esperam desenvolver em colaboração com os
colegas?

De olho na turma!

1. Como você avalia o exercício de autoconhecimento dos estudantes? Eles


conseguiram reconhecer e descrever as próprias características, valorizando suas
qualidades? Se não, como você poderá trabalhar o desenvolvimento de aspectos
como a autoestima e o autoconceito na sua mediação ao longo do semestre?

2. Nos momentos de diálogo sobre as características dos colegas, os estudantes


demonstraram respeito ao falar sobre seus pares? Souberam reconhecer seus pontos
fortes e a relevância dos colegas para o trabalho em times?

23
3. Os estudantes se mostraram engajados ao longo da atividade? Reconheceram a
importância de refletir sobre o trabalho em times e de conhecer bem os componentes
do agrupamento?

Atividade 3
Retrovisor
Com o intuito de se apropriar das aprendizagens realizadas durante
Resumo
os anos finais do Ensino Fundamental, os estudantes rememoram,
coletivamente, conteúdos marcantes trabalhados nas diversas
áreas de conhecimento e como eles se relacionam com suas vidas
– exercício que dá origem a um mapa mental que será
compartilhado com a turma do 6º ano. Posteriormente, os
adolescentes se engajam em um processo de cunho individual, em
que mapeiam as próprias aprendizagens e o desempenho nos
vários componentes curriculares – processo de avaliação que
culmina na formação de times de estudo colaborativo.
Reconhecer e valorizar as aprendizagens que os estudantes
Objetivos
desenvolveram, individual e coletivamente, ao longo dos anos finais
do Ensino Fundamental, como forma de promover uma apropriação
desses conhecimentos e entender como eles podem ser relevantes
para quem são hoje e quem serão no futuro.
Competências socioemocionais que podem ser intencionalmente
Competências
desenvolvidas: Iniciativa social, Assertividade, Entusiasmo
Socioemocionais
(Engajamento com o Outro), Curiosidade para Aprender, Interesse
Artístico, Imaginação Criativa (Abertura ao Novo), Organização,
Foco, Responsabilidade, Determinação, Persistência (Autogestão),
Autoconfiança (Resiliência Emocional), e Respeito (Amabilidade).
Roda de conversa, trabalho individual e trabalho em times.
Organização da
turma
Materiais de trabalho:
Recursos e
- Cartolina e/ou papel kraft.
providências
- Materiais de papelaria (canetas, papéis, post-its, tesoura, cola
etc.), revistas, jornais e outros impressos para recorte para a
construção do painel.
4 aulas
Duração Prevista

Desenvolvimento

AULA 1

1. Acolhimento e rememorando aprendizagens


Receba os estudantes em uma roda de conversas. Introduza a atividade chamada
“Retrovisor” e explique que, nos próximos encontros, a turma irá relembrar as principais
aprendizagens e competências desenvolvidas nos anos finais do Ensino Fundamental,
refletir sobre como se apropriaram delas e como elas são importantes para eles no
presente e serão essenciais para os próximos passos de suas vidas como estudantes.

24
A primeira etapa consiste em uma rememoração coletiva das aprendizagens dos
componentes curriculares que foram trabalhados nos últimos anos. Será o momento de
retomar os conteúdos que foram mais marcantes e refletir sobre a importância deles
para os estudantes.

Para isso, explique que a dinâmica será realizara de acordo com a organização dos
componentes curriculares em áreas de conhecimento.

Para cada área, os adolescentes serão chamados a:

• Relembrar, para cada uma das áreas, os conteúdos e aprendizagens que


mais marcaram suas vivências como estudantes.
• Relacionar essas aprendizagens a aspectos mais amplos de suas vidas.
• Identificar quais competências desenvolveram durante esse período e
como elas contribuíram para a formação de suas identidades enquanto
estudantes.

Nos quadros a seguir, estão dispostas as áreas de conhecimento conforme delimitadas


pela Base Nacional Comum Curricular (caso na escola existam outros componentes
curriculares, inclua-os no quadro) e as competências que estarão em foco nessa
atividade. Apresente-as aos estudantes, dedicando especial atenção às competências,
no intuito de criar um entendimento comum sobre o que elas significam e como se
relacionam com as aprendizagens e vivências dos estudantes. É importante, ao longo
da apresentação, utilizar termos e trazer exemplos que favoreçam a compreensão de
cada competência, além de abrir espaço para que tirem dúvidas.

Áreas de conhecimento
Linguagens Língua Portuguesa, Arte, Educação Física, Língua Inglesa
Matemática Matemática
Ciências da Natureza Ciências
Ciências Humanas Geografia, História

Competências em foco
Abertura ao novo Ser aberto para o novo é ter curiosidade para aprender e
imaginação criativa, mostrando disposição para novas
experiências estéticas, culturais e intelectuais. É ter uma
atitude questionadora em relação à vida e às relações que
estabelecemos com o mundo – inclusive por meio dos
conteúdos trabalhados nos componentes curriculares. É
mostrar interesse na exploração de novos conhecimentos e
o desejo de aprender, vendo o conhecimento como um
canal de interação com o mundo.

Uma atitude de abertura ao novo estimula a capacidade de


identificar e propor inovações, de enfrentar as situações de
ambiguidade, os riscos e as incertezas com maior domínio
de si. As tomadas de decisão e a capacidade de resolver
problemas também se beneficiam de uma atitude curiosa,
aberta e flexível.
Pensamento crítico Essa competência diz respeito à relação que cada um
estabelece com o conhecimento científico e à capacidade
de analisar ideias e fatos em profundidade, investigando os
elementos que os constituem e as conexões entre eles,
utilizando conhecimentos prévios e formulando sínteses.

25
Em um contexto como o do século 21, com uma enorme
quantidade de dados e informações disponíveis, é
necessária uma atitude ativa para seleção, interpretação,
avaliação e aprendizagem. Inclui também a capacidade de
realizar pesquisas e investigações científicas de maneira
rigorosa, de estabelecer conexões entre ideias e teorias,
além de construir conhecimentos a partir da interação com
diferentes modos de pensar e visões de mundo, num
movimento de autonomia intelectual que envolve a autoria.
Resolução de É a capacidade de identificar problemas, desenvolver e
problemas lançar mão de conhecimentos e estratégias diversas para
resolvê-los, bem como de aprender com o processo,
aplicando as soluções em outros contextos. No século 21,
saber resolver problemas exige modos de pensar comple-
xos, que vão além do convencional, articulando criticidade,
inovação, criatividade, abertura e colaboração com outras
pessoas. Isso envolve a capacidade de identificar, explorar
e configurar um problema a partir de diferentes pontos de
vista, a fim de construir uma representação compartilhada.
Também abarca a capacidade de acessar, extrair e
organizar conhecimentos dispersos, incorporando
informações de múltiplas fontes de conhecimento,
perspectivas e experiências, agregando ideias e diferentes
olhares de colegas para compor a solução. A dimensão da
prática é parte constituinte da capacidade de resolver
problemas, planejando e realizando ações organizadas
para serem validadas pelo crivo da experiência, da
realidade. Além disso, resolver problemas envolve a
capacidade de analisar os resultados obtidos e de gerenciar
processos.

2.Mão na Massa: as aprendizagens do Ensino Fundamental


Inicie, então, o exercício de rememoração das aprendizagens realizadas durante o
Ensino Fundamental. Escreva no quadro o nome de uma das áreas de conhecimento e,
a partir de perguntas como as indicadas abaixo, estimule a fala e o diálogo entre os
estudantes, criando um ambiente acolhedor em que todos se sintam à vontade para se
pronunciar.

• Nos últimos quatro anos, vocês aprenderam muitos conteúdos nessa área de
conhecimento, certo? Quais foram os mais marcantes e importantes para vocês?
Por quê?

• Pensando em tudo o que vocês viveram e aprenderam nessa área de


conhecimento, vocês consideram que foram estimulados a desenvolver as
competências Abertura para o novo, Pensamento crítico e Resolução de
problemas?

• Vocês consideram que essas aprendizagens serão importantes na continuidade


de estudos, no Ensino Médio e no mundo do trabalho, futuramente? Como?

Durante a discussão, registre no quadro os pontos mais relevantes e recorrentes nas


falas dos estudantes – para isso, você pode contar com o apoio de um ou dois
estudantes voluntários. Peça também que cada um registre, em seu Diário de Viagem,
aqueles aspectos da discussão com os quais mais se identificam, ou seja, que melhor
dizem respeito a suas vivências enquanto estudantes.

26
Repita a dinâmica para todas as áreas de conhecimento.

3. Finalização
Encerre o encontro informando aos estudantes que, no próximo encontro, eles se
dedicarão a construir um painel que resuma as aprendizagens e discussões feitas hoje,
que será apresentado aos estudantes do 6º ano.

AULA 2

1. Rememorando a chegada ao Ensino Fundamental


Para iniciar o encontro, com a turma em uma roda de conversa, pergunte se os
estudantes se lembram de como foi a entrada deles nos anos finais do Ensino
Fundamental (6º ano), quais expectativas tinham, se a perspectiva de adentrar essa
nova fase da vida pessoal (adolescência) e escolar tinha algum significado para eles e
assim por diante.

Acolha as falas e, a partir de seus comentários, introduza a reflexão de que a entrada


nos anos finais do Ensino Fundamental, para muitos estudantes, marca um período de
novidades e desafios, tanto pessoais quanto em relação à vida escolar. Em relação ao
contexto educativo, pode haver, por exemplo, a mudança do modo como os
componentes curriculares se organizam, assim como alterações em relação aos
professores e professoras – nos anos finais, cada componente curricular passa a ter um
docente especialista.

O trabalho da turma, portanto, será construir um painel de aprendizagens, de acordo


com o que foi discutido no momento anterior. A expectativa é que o painel contemple
tanto os conteúdos aprendidos quanto as competências e apropriações feitas pela
turma, e que seja apresentado a uma turma de 6º ano, para que os mais novos possam
conhecer um pouco mais da trajetória que irão vivenciar nos próximos anos.

Professor(a),
articule com os(as) outros(as) orientadores(as) de Projeto de Vida e a coordenação
da escola como serão as dinâmicas de apresentação para as turmas de 6º ano. O
objetivo é garantir que todas as turmas de 6° ano possam assistir e dialogar com
representantes do 9º ano.

2. Mão na Massa: elaborando mapas mentais


Explique à turma que cada time de trabalho fará uma proposta de painel em tamanho
reduzido (folha A4). As propostas serão apresentadas à turma e uma delas (que pode
ser aprimorada com boas ideias presentes nas demais propostas) será escolhida para
ser transformada em painel, no tamanho definitivo (uma cartolina ou papel kraft). A
sugestão é que os esboços sejam desenvolvidos no modelo de mapas mentais – uma
forma de registrar graficamente, e de forma resumida, um conjunto de informações.

Estipule um tempo para que os times de trabalho elaborem suas propostas, reforçando
que elas devem ser bastante criativas, no intuito chamar a atenção dos estudantes do
6º ano e oferecer a eles informações interessantes e relevantes para sua formação.
Distribua aos times os materiais de papelaria que poderão ser utilizados no processo.

Caso a turma não tenha familiaridade com a construção de mapas mentais, faça uma
breve apresentação sobre esse gênero textual e exiba a eles alguns exemplos,
estimulando que identifiquem as principais características de um mapa mental.

27
Lobo abaixo, um texto adaptado esclarece o que é um mapa mental. Em seguida, há
indicações de alguns sites com exemplos e dicas de como construí-los. Caso os
estudantes tenham smartphones conectados à internet, pode ser interessante sugerir
que eles façam uma busca de mapas mentais, para ampliar o universo de referências
sobre esse gênero.

“Mapa mental, ou mapa da mente, é o nome dado para um tipo de diagrama,


sistematizado pelo psicólogo inglês Tony Buzan, voltado a diversos objetivos, entre
eles: a gestão de informações, de conhecimento e de capital intelectual; a
compreensão e solução de problemas; a memorização e aprendizado de conteúdos
diversos; a criação de manuais, livros e palestras.

Os mapas mentais procuram representar o relacionamento conceitual existente entre


informações que normalmente estão fragmentadas e difusas. Trata-se de uma
ferramenta para ilustrar ideias e conceitos, dar-lhes forma e contexto, traçar os
relacionamentos de causa, efeito, simetria e/ou similaridade que existem entre elas e
torná-las mais palpáveis e mensuráveis, sobre os quais se possa planejar ações e
estratégias para alcançar objetivos específicos. (...)

Os desenhos feitos em um mapa mental partem de um único centro, a partir do qual


são irradiadas as informações relacionadas. Podem ser elaborados por meio de
canetas coloridas sobre folhas de papel ou um programa de computador dedicado.

No contexto educacional, mapas mentais são úteis não apenas para "decorar
matéria", mas para registrar de forma inteligente, e que permita revisões rápidas, os
assuntos compreendidos em forma de resumos, que sintetizam o entendimento das
matérias.

Buzan sugere as seguintes diretrizes para a criação de mapas mentais (são boas
dicas, mas não precisam ser todas seguidas à risca!):

• Iniciar no centro com uma imagem do assunto, usando pelo menos três cores.
• Use imagens, símbolos, códigos e dimensões em todo o seu mapa mental.
• Selecione as palavras-chave e as escreva usando letras minúsculas ou
maiúsculas.
• Coloque cada palavra/imagem sozinha e em sua própria linha.
• As linhas devem estar conectadas a partir da imagem central. As linhas
centrais são mais grossas, orgânicas e afinam-se à medida que irradiam para
fora do centro.
• Faça as linhas do mesmo comprimento que a palavra/imagem que suportam.
• Use várias cores em todo o mapa mental, para a estimulação visual e também
para codificar ou agrupar.
• Desenvolva seu próprio estilo pessoal de mapeamento da mente.
• Use ênfases e mostre associações no seu mapa mental.
• Mantenha o mapa mental claro, usando hierarquia radial, ordem numérica ou
contornos para agrupar ramos.

Esta lista é em si mais concisa do que a versão em prosa da mesma informação e o


mapa mental destas orientações tem em si a intenção de ser mais memorável e mais
rápido para entender do que qualquer um na prosa ou lista”.

Mapa mental (adaptado). Disponível em: <bit.ly/mapa-mental-1>. Acesso em: 12 jan. 2019.

28
• Como fazer um MAPA MENTAL Passo a Passo | Seja Um Estudante Melhor.
(Exibir os cinco primeiros minutos)-até o minuto 5).
Disponível em: <bit.ly/mapa-mental-2>. Acesso em: 12 jan. 2019.

• VEST – Mapa Mental (site que disponibiliza vários mapas mentais


relacionados a conteúdos educativos).
Disponível em: <bit.ly/mapa-mental-3>. Acesso em: 12 jan. 2019.

3. Apresentação do mapa mental para turma


Ao fim do tempo determinado para a elaboração das propostas, peça que um estudante
de cada time apresente à turma o trabalho construído em colaboração. Ao fim das
apresentações, a turma deve chegar a um consenso sobre qual das propostas é a
melhor opção para se tornar a versão definitiva do trabalho da turma.

Durante o diálogo destinado a essa escolha, reforce o entendimento de que a seleção


deve ser feita com base em critérios claros, relacionados aos objetivos da atividade,
qual seja, oferecer aos estudantes do 6º ano informações interessantes e relevantes
para sua formação, organizados de uma forma visualmente criativa e interessante.
Dessa forma, os argumentos apresentados devem estar relacionados a esses objetivos.
Essa é uma forma de trabalhar a comunicação e o diálogo respeitoso entre os
estudantes, assim como a criação de consensos.

Explique que, escolhida a proposta, a versão definitiva será construída por um time de
voluntários em horário extraclasse. Esse time deverá ser composto por, pelo menos, um
estudante de cada time de trabalho. O mesmo vale para o momento de apresentação
para o 6º ano – uma apresentação com todos os adolescentes do 9º ano poderia ficar
confusa, por isso, a sugestão é que seja formado um time que se prepare para a
apresentação do painel no dia combinado com o 6º ano.

Encabece o diálogo sobre a escolha e estipule um tempo para que a turma chegue a
um consenso sobre quais serão os times de produção e apresentação do painel. Mostre-
se disponível para apoiá-los nos próximos passos desse processo e acompanhe-os até
o fechamento de todas as tarefas.

Observação: problematize junto aos/às alunos/as se eles gostariam de sugerir que


alguma informação presente nos demais mapas mentais seja incorporada àquele que
será adotado nas apresentações. Esse é um modo de valorizar as demais produções e,
ao mesmo tempo, promover aprimoramentos no trabalho de um time a partir da
colaboração com os demais estudantes.

4. Finalização
Encerre a atividade informando aos estudantes que, no próximo encontro, esse esforço
coletivo de rememoração e apropriação será transformado em um Quadro de
Aprendizagens individual.

AULA 3

1. Mão na Massa: construindo o processo de avaliação


Neste encontro, os estudantes construirão, individualmente, processos de avaliação da
própria aprendizagem. Para isso, o Quadro de Aprendizagens, disponível na Ficha 3 -
Caderno do Estudante, propõe uma continuidade do momento anterior. Se lá o objetivo
era rememorar coletivamente conteúdos importantes das áreas de conhecimento e o
desenvolvimento de competências, agora é proposta uma abordagem mais

29
individualizada, recorrendo, para isso, a dois caminhos: a) a construção de um Quadro
de Aprendizagens, para avaliar o engajamento e o desempenho dos estudantes nos
vários componentes curriculares; e b) a identificação de como algumas aprendizagens
podem ser significativas para a vida presente e futura de cada um.

Ainda que trabalho seja individual, eles estarão organizados nos times de trabalho:
dessa forma, poderão dialogar sobre as questões, trocar informações que considerem
relevantes, conversar a respeito de aspectos sobre os quais não têm muita certeza da
resposta que darão etc.

Peça então que se formem os times de trabalho, distribua a Ficha 3 - Caderno do


Estudante, delimite um tempo e oriente que os estudantes completem as tarefas
propostas.

2. Roda de conversas: compartilhando as respostas


Com suas fichas completas, convide a turma a se organizar em uma roda de conversas
para o compartilhamento de suas respostas. Comece pelo quadro “Minhas
aprendizagens e meu futuro”, pedindo aos estudantes que contem aos colegas suas
reflexões sobre as aprendizagens e vivências dos anos finais do Ensino Fundamental.

Durante a conversa, estimule que dialoguem, buscando reconhecer experiências dos


colegas que também são relevantes para si, ou mesmo indicando diferenças sobre
como se apropriaram das aprendizagens e conhecimentos.
Em seguida, coloque o Quadro de Aprendizagens na pauta da conversa, a partir de
questões como:

• Olhando para os resultados do Quadro, como vocês avaliam seu papel como
estudante?
• O que o preenchimento do Quadro mostrou sobre vocês que ainda não sabiam?
• O resultado do quadro é um chamado para algum tipo de mudança em relação
a alguns dos componentes? Por quê?

Durante a conversa e tendo em consideração os argumentos dos estudantes, construa


o entendimento de que avaliar periodicamente as próprias aprendizagens é importante.
Conhecer os próprios desafios, assim como as próprias conquistas, é um passo para
estabelecer metas de aprendizagem, definir novos focos na rotina de estudo, engajar-
se em atividades com objetivos bem delimitados e assim por diante.

3. Organizando os times de trabalho

Conte, então, que o próximo momento da atividade será destinado a uma rodada de
estudo colaborativo. O objetivo é que os estudantes possam somar forças e ajudar uns
aos outros a aprender mais e melhor, definindo, para isso, o foco a partir do
autoconhecimento proporcionado pelo Quadro de Aprendizagens.

A proposta é que os estudantes se agrupem em times de 6 estudantes, de acordo com


seus componentes curriculares de interesse. Para que os estudantes possam se
organizar, apresente algumas questões que os ajudarão a definir qual o melhor modo
de se agrupar:

• Quais são seus componentes curriculares de maior interesse?

30
• A partir da avaliação do seu Quadro de Aprendizagens, em qual deles é
importante focar para aprender cada vez mais? Por quê?

Com os times de estudo formados, peça que eles se reúnam brevemente para definir
qual será o tema de estudo da próxima aula, de modo que todos possam se preparar
para ele. Pode ser um conteúdo mais recente trabalhado no componente curricular,
como também um abordado nos anos anteriores, caso os adolescentes julguem
relevante.

Indique algumas estratégias para que se preparem:

• Fazer leituras prévias do livro didático.


• Buscar na internet por materiais diversos que pautem o tema a ser estudado
(notícias, vídeo-aulas, infográficos etc.).
• Preparar resumos, quadros comparativos e mapas mentais.

AULA 4

1. Acolhimento e momento do estudo colaborativo


Acolha os estudantes e destine a maior parte do encontro para que possam colocar em
prática o estudo colaborativo.

2. Roda de conversas: avaliando a tarefa


Ao final do período estipulado, reúna a turma em uma roda de conversas para uma
avaliação da tarefa que acabaram de realizar:

• Como vocês avaliam o momento de estudo colaborativo? Conseguiram


construir, de forma coletiva, novos conhecimentos, e reforçar aqueles já
construídos anteriormente?
• Há diferenças entre o estudo individual e o colaborativo? Quais? Qual deles
funciona melhor para cada um de vocês?
• Para os que consideram o estudo colaborativo uma boa forma de aprender,
como podem inserir essa prática em seu cotidiano e torná-la rotineira? (não se
trata de defender que o estudo seja sempre com os colegas, mas de incorporar
a colaboração entre as práticas cotidianas de ampliação de conhecimentos).

3. Finalização
Para finalizar, promova uma avaliação de toda a atividade, convidando os estudantes a
registrarem em seus Diários de Viagem aqueles pontos que considerarem mais
importantes. Para isso, recorra a questões como:

• Vocês já haviam realizado o exercício de rememorar as aprendizagens mais


significativas realizadas no Ensino Fundamental? O que consideram mais
interessante e importante nesse processo?
• Para os times de elaboração e apresentação do painel de aprendizagem: como
foi a elaboração do material? Como foi a recepção dos estudantes do 6º ano?
• Foi importante olhar criticamente para os modos como vocês estudam? O que
dessa atividade levam de mais relevante para sua vida de estudante, nos
próximos anos?

31
De olho na turma!

1. Como você avalia a recepção dos estudantes à proposta de se apropriarem das


aprendizagens construídas ao longo do Ensino Fundamental? Eles atribuíram valor
ao processo vivenciado? Demonstraram engajamento durante a atividade?

2. As propostas de construção dos mapas mentais eram criativas e representavam


bem a discussão da turma? Durante a escolha da proposta que se transformou no
painel definitivo, os estudantes fizeram uma avaliação de acordo com os critérios
estabelecidos e conseguiram dialogar de forma respeitosa?

3. Durante a construção dos Quadros de Aprendizagem, os estudantes


demonstraram autoconhecimento e um olhar crítico para o próprio percurso de
aprendizagem?

4. Como você avalia o momento de estudo colaborativo? Os estudantes conseguiram


focar em seus objetivos? Acredita que esse tenha sido um momento proveitoso para
eles? Por quê?

32
Atividade 4
Papo Reto
Os estudantes se engajam para realizar a primeira edição do ciclo
Resumo
de diálogos com convidados, chamado “Papo Reto”. No primeiro
momento, discutem sobre os temas e questões que estarão em
pauta e escolhem duas pessoas para conversar com a turma. No
segundo momento, fazem o planejamento e a produção do evento,
cuidando de todos os detalhes para que o evento cumpra com seus
objetivos. A atividade culmina na realização do primeiro “Papo
Reto”.
Engajar os estudantes para que tomem as rédeas da idealização,
Objetivos
do planejamento e da produção de um evento educativo, que
permita a construção e o aprofundamento de conhecimentos
relacionados à vivência adolescente.
Competências socioemocionais que podem ser intencionalmente
Competências
desenvolvidas: Organização, Foco, Responsabilidade (Autogestão),
Socioemocionais
Iniciativa Social, Entusiasmo, Assertividade (Engajamento com o
Outro), Curiosidade para Aprender (Abertura ao Novo), e Respeito
(Amabilidade)
Roda de conversa e trabalho em times.
Organização da
turma
Ação prévia:
Recursos e
- Reservar o Laboratório de informática para os momentos de busca
providências
de informações. Caso isso não seja possível, peça que os
estudantes utilizem seus smartphones.

Materiais de trabalho:
- Papel.
- Lápis/caneta.
5 aulas.
Duração Prevista

Desenvolvimento

Professor(a),

o Papo Reto tem uma particularidade em relação às demais atividades do


componente curricular Projeto de Vida: ela é seriada, e está proposto para acontecer
uma vez a cada bimestre, ao longo do 9º ano. Sua configuração é a de um ciclo de
diálogos e tem como foco temáticas relacionadas ao universo adolescente,
configurando-se, assim, como espaço privilegiado para o debate em profundidade a
respeito de temas caros aos estudantes. Durante os encontros, os adolescentes
atuarão como produtores – ou seja, não caberá a eles apenas escolher o assunto de
discussão e os convidados. Será papel deles trabalhar em outras frentes de produção:
realizar o convite, elaborar perguntas e pautas de discussão, preparar o espaço,
apresentar a pessoa convidada, gerir o tempo e os recursos necessários para que
tudo ocorra conforme o planejamento da turma.

Por ser uma atividade com maior grau de complexidade, em que os estudantes são
estimulados a atuar com autonomia para a solução dos desafios propostos, cabe, de

33
partida, evidenciar competências e saberes que estarão em foco com
intencionalidade nas próximas aulas. Durante sua mediação, não deixe de provocar
os estudantes para o reconhecimento de como estão trabalhando para o
desenvolvimento da própria autonomia:

Colaboração: será necessário trabalho colaborativo, organização e esforço coletivo


para tirar o “Papo Reto” do papel e transformá-lo em um evento significativo para a
turma. É importante que todos se engajem e compartilhem a responsabilidade de
construir o ciclo de debates da melhor forma possível.

Comunicação: essa competência é central numa atividade pautada pelo diálogo e


pelo debate. No “Papo Reto”, a comunicação é trabalhada quando os estudantes
expressam pontos de vista, consideram opiniões divergentes, constroem
argumentações bem fundamentadas e se engajam para ouvir e falar em público de
modo seguro e preparado.

Abertura para o novo: o “Papo Reto” é uma oportunidade de aprofundar


conhecimentos em assuntos de interesse dos próprios estudantes. Será papel da
turma se mostrar disposta a dialogar com os convidados, construir novos
conhecimentos, explorar as novas experiências estéticas, culturais e intelectuais com
as quais estarão em contato.

Pensamento crítico: o “Papo Reto” proporciona momentos em que a competência


do pensamento crítico se mostra fundamental, especialmente no que diz respeito à
análise das ideias e fatos que estarão em pauta durante o debate. Seja durante o
diálogo com os convidados, seja na preparação prévia para este momento, os
estudantes serão demandados a estabelecer pontes entre seus conhecimentos
prévios e os novos, que serão construídos, formular sínteses e avaliar o processo
vivenciado.

É importante que você acompanhe o passo a passo dos times ao longo dos próximos
encontros, orientando-os e apoiando-os na resolução de problemas e dúvidas. Incentive-
os a achar soluções para os problemas que surgirem – mas sem oferecer respostas e
soluções prontas! Em casos extremos, como um convidado cancelando sua participação
em cima da hora ou imprevistos semelhantes, busque tranquilizar os estudantes e
mobilizar a atenção deles para o bate-papo que acontecerá em algum outro momento,
pois, em atividades como essas, alguns combinados podem fugir ao controle, mesmo com
todos os cuidados.

AULA 1
1. Engajando os estudantes: explicando as etapas e os objetivos

Receba os estudantes em uma roda de conversa e apresente um panorama do que


acontecerá ao longo dos próximos cinco encontros, explicando quais são os três
momentos dessa atividade:

• 1º Momento: dedicado à concepção da primeira rodada do ciclo de diálogo


“Papo Reto”.
• 2º momento: dedicado ao planejamento da ação.
• 3º Momento: dedicado à realização da conversa com os(as) convidados(as) e à
avaliação de toda a ação.

34
Deixe clara a proposta de que eles atuarão em seus times de trabalho e que serão
responsáveis por todas as etapas dos encontros: a escolha dos convidados e o contato
com eles, o planejamento das visitas, a dinâmica das conversas e a avaliação final do
processo.

Explique que, ao longo do ano, será realizada uma rodada do “Papo Reto” por bimestre,
e todas serão pautadas por temas escolhidos pela turma. O passo inicial, portanto, é
escolher o assunto que orientará essa primeira edição.

2. Hora de escolher o tema!


Desafie cada time de estudantes a indicar, pelo menos, 3 temas gerais que os
interessam, que estejam intimamente ligados a suas vidas e sobre os quais
gostariam de conversar com outras pessoas que possam agregar novos
conhecimentos e vivências para eles. Explique que esse é um levantamento inicial,
por isso devem ser sugeridas temáticas amplas – mais adiante, terão a oportunidade
de destrinchar esses assuntos e especificar melhor qual será o eixo de discussão
do primeiro “Papo Reto”.

Caso seja necessário, apresente alguns temas gerais para acionar a participação dos
estudantes, como:

• Ser adolescente
• Tecnologias e vida digital
• Escola
• Cultura e artes
• Violência
• Meio ambiente
• Criatividade

Promova uma breve apresentação dos temas que os membros de cada time
identificaram, ao restante da turma. Verifiquem se há duplicidade de temas ou
proximidade entre eles. Registrem, no quadro ou outro suporte, o conjunto de temas
mencionados.

O próximo passo é, dentre a constelação de temas sugeridos, escolher quatro deles,


uma para cara rodada do “Papo Reto” ao longo do ano. Isso poderá ser feito a partir do
diálogo entre os estudantes – peça que se posicionem sobre quais mais os interessam
e que justifiquem suas escolhas. Ao final desse processo, espera-se que eles cheguem
a um consenso e a turma consiga formular, conjuntamente, uma resposta para a
questão:

• Por que esses temas são importantes para a nossa turma?

Antes de prosseguir, a turma elenca a ordem em que esses temas serão trabalhados.
O primeiro deles será o eixo em torno do qual irá acontecer a primeira edição.

Oriente, então, que cada time de trabalho eleja um líder para a continuidade desta
atividade. Ele será responsável por reportar a você e à turma as decisões do
agrupamento, cuidar do tempo e da mediação das discussões do time e dialogar com
os outros líderes ao longo de toda a atividade.

35
O próximo passo é que cada time elenque, dentro do tema geral, duas questões
específicas que gostariam de debater durante o “Papo Reto”. Para ajudá-los nessa
construção, ajude-os a compreender que um tema geral é composto por uma série de
subtemas, ou seja, abre um universo de possibilidades de aspectos a serem explorados.
Proponha algumas perguntas, como:

• Se fôssemos desmembrar esse tema geral, quais seriam os “subtemas” que ele
tem? Que subtemas mais interessa ao time? Por quê?
• O que vocês gostariam de saber que não necessariamente pode ser encontrado
na internet?
• Como um bate-papo presencial pode favorecer o diálogo em torno dessas
questões?

A expectativa é que, ao fim desse processo, cada time escolha e justifique quais são
suas questões, conforme o exemplo a seguir, formulado para o tema geral hipotético
“tecnologias e vida digital”:

• Como é ser um youtuber, hoje?


• Justificativa:

Tecnologias e vida digital • Como as redes sociais


transformam as relações entre as
pessoas?
• Justificativa:

3. Apresentação dos temas

Requisite que os líderes apresentem as escolhas e justificativas de cada time. A partir


daí, promova mais um momento de diálogo até que a turma chegue ao consenso de
quais serão as questões centrais que orientarão a escolha das duas pessoas
convidadas para o “Papo Reto” do bimestre atual.

Nesse momento, uma especificidade relacionada aos horários de Projeto de Vida se


impõe à decisão dos times.

Será uma aula ou poderão dedicar duas aulas à realização do diálogo com
convidados? Caso compreendam que o ideal seja dedicar duas aulas para possibilitar
maior aprofundamento do tema e as aulas sejam em dias diferentes, a turma pode
optar por pautar cada uma delas por uma questão específica, de tal modo que o
convidado do primeiro dia discuta uma delas e o convidado do segundo dia, a outra.
Por exemplo:

Dia 1: Como é ser um youtuber, hoje?

Dia 2: Como as redes sociais transformam as relações entre as pessoas?

Caso as aulas sejam no mesmo dia, em horários seguidos, a turma pode optar, por
exemplo, por: a) convidar duas pessoas para falarem a respeito do mesmo tema, ou
b) organizar o “Papo Reto” em dois momentos.

36
Essa decisão pode acarretar ajustes na forma de mediação da atividade. Daqui para
a frente, o passo a passo foi formulado tendo em conta que serão dois convidados/as
versando sobre questões centrais distintas. Se a escolha da turma for por um diálogo
a partir de uma única questão inicial, promova os ajustes necessários.

4. Hora de definir os/as convidados


Definidas as pautas do primeiro “Papo Reto”, chegou a hora de estabelecer quem serão
os/as convidados/as para dialogar com a turma. Mais uma vez, os times se reunirão
para indicar uma pessoa para cada uma das pautas.

Para isso, os estudantes podem recorrer a seus conhecimentos prévios, perguntar a


outros colegas, conhecidos e familiares por sugestões e também pesquisar na internet
por outros nomes que sejam relevantes para a atividade.

Ressalte aos times que a pessoa convidada:

• Deve conhecer bem o tema central do diálogo, seja por ser estudiosa dessas
questões, seja por vivenciá-la em seu dia a dia.
• Pode ser da própria comunidade escolar (outros estudantes, professores, equipe
de gestão, funcionários, familiares dos estudantes), do entorno (representantes
de instituições locais, como ONGs, empresas, coletivos e movimentos sociais),
ou mesmo pessoas externas ao contexto escolar.
• Deve ser da própria cidade, para que possa comparecer à escola.

Exemplo: caso a pauta seja “Como é ser um youtuber, hoje?”, a turma pode convidar
uma pessoa que estude formalmente o fenômeno dos youtubers (professores,
estudantes de graduação, pesquisadores independentes), ou mesmo youtubers locais,
que podem contar um pouco sobre seu dia a dia para a turma.

É esperado que os times consolidem suas indicações seguindo o modelo a seguir.

• Nome:
Convidado/a 1
• Justificativa:

• Nome:
Convidado/a 2
• Justificativa:

Mais uma vez, como nas tomadas de decisão anteriores, os líderes apresentam as
sugestões de seus times e a turma discute para chegar a um consenso sobre quais
serão os dois participantes convidados do “Papo Reto”. Aconselhe também que a turma
elenque dois nomes como “plano b”, caso algum dos/as escolhidos/as não possa
comparecer à escola para a atividade.

AULAS 2 e 3

1. Acolhendo a turma e calibrando expectativas

37
Com o “Papo Reto” já idealizado, este momento será destinado ao planejamento e aos
preparativos para o ciclo de diálogos. Acolha os estudantes, peça que se reúnam nos
times de trabalho e promova um bate-papo informal, perguntando por suas expectativas
para a ação que se desenrolará nas próximas aulas.

Os adolescentes encabeçarão todo o planejamento e a execução dos encontros com


os convidados. É importante que eles tenham iniciativa e que tomem as rédeas do
processo em que estão engajados. Mas também é importante que você, professor(a),
esteja atento(a) ao passo a passo dos times, orientando o trabalho, apontando
possíveis lacunas e equívocos no planejamento e na execução da atividade. Por isso,
peça que eles reportem a você, por meio da mediação dos líderes, todas as dúvidas
e planos que formularem. Caso seja necessária a aprovação das visitas dos
convidados pela direção da escola, medeie a conversa entre essa instância e os
estudantes.

2. Preparando o “Papo Reto”


Agora é o momento de os times colocarem a mão na massa para preparar o “Papo
Reto”. Oriente que os times se organizem de acordo com as funções necessárias para
fazer o evento acontecer. Promova, para isso, um momento de divisão de tarefas.
Apresente as demandas essenciais para o bom funcionamento, aqui divididas da
seguinte forma:

• Contato e convite (um time responsável por cada convidado/a).


• Planejamento (dois ou três times trabalhando em conjunto).
• Debate (todos os times).
Além desses três eixos de ação, estimule que os adolescentes pensem em outras
funções importantes, como, por exemplo, o registro em fotos e vídeos do “Papo Reto”.

Contato e convite:
Definição dos times que farão contato com os/as convidados/as escolhidos/as,
chamando-os para a visita à escola, sanando suas dúvidas, confirmando sua
presença no dia anterior ao evento. Esses times serão responsáveis por
receber e acompanhar o visitante no dia em que ele for à escola, além de fazer
a apresentação do/a convidado/a no dia do bate-papo (para isso, será preciso
pedir que os/as convidados/as enviem, com antecedência, um currículo
resumido). Oriente que os times tentem uma primeira abordagem para o
convite por telefone ou e-mail ainda durante a aula, de modo que possam ter
uma resposta prévia.

Planejamento:
São os times responsáveis por planejar em conjunto os aspectos logísticos do
“Papo Reto”. O encontro ocorrerá na sala de aula, no auditório ou outro espaço
da escola? Serão apresentações separadas ou uma roda de conversa?
Acontecerão no mesmo dia? Definiremos um tempo para cada convidado/a
falar ou deixaremos a conversa fluir? Qual será o tempo de apresentação dos

38
convidados/as e qual será o tempo de debate com as questões dos
estudantes? Serão necessários equipamento de áudio e de projeção de
imagens? Como os times podem providenciá-los?
Para tomar essas decisões, sugira aos times que pesquisem por exemplos de
debates, seminários e ciclos de diálogos na internet. Assim, poderão formular
e planejar boas estratégias para que o bate-papo seja bastante proveitoso
para a turma.
Importante: É imprescindível que você, professor(a), acompanhe de perto
esse planejamento e seja responsável pelo aval final, juntamente com a
equipe de gestão da escola. Não deixe de lembrar aos times que, para as
aulas com visita dos convidados, devem estar reservados de 10 a 15 minutos
para avaliação do encontro, ao final.

Debate:
Todos os times deverão elaborar, previamente, perguntas para os/as
convidados/as e pesquisar sobre o assunto em pauta. Assim, poderão
fomentar o debate no dia da visita. Não deixe de acompanhar, junto aos
estudantes, a construção das perguntas.

Esse planejamento vai demandar comprometimento e organização dos times.


Ao final do encontro, todos esses passos já devem estar encaminhados e os
convites, feitos.
É possível que os convidados demorem algum tempo para dar a resposta
definitiva se poderão ou não comparecer ao evento. Lembre aos adolescentes
de recorrerem ao “plano B” caso os convidados iniciais não possam
comparecer. Esses arranjos deverão ser feitos pelos líderes de cada time
responsáveis pelo contato ao longo da semana. Uma mudança de
convidado/a pode acarretar mudanças também para o planejamento e para o
debate.
Durante o tempo que separa os encontros de planejamento (2º momento) e
execução (3º momento) da atividade, peça que os times estejam atentos aos
combinados, pois podem ser necessários pequenos trabalhos fora do horário
dos encontros de Projeto de Vida (para trocar e-mails e conversar ao telefone
com os convidados, por exemplo).

AULAS 4 E 5
1. Mão na Massa: colocando em prática o “Papo Reto”
Os dois últimos encontros serão dedicados à realização do “Papo Reto”. Sigam o
planejamento conforme definido pelos times responsáveis na aula anterior. Deixe a
condução do encontro na mão dos estudantes, que se prepararam para esse momento,
apoiando-os sempre. Quando considerar necessário intervir (no caso, por exemplo, da
turma precisar retomar o foco no diálogo após uma breve dispersão), faça de maneira
a demonstrar as intencionalidades que balizam sua fala.

39
Incentive os estudantes a registrarem o bate-papo com fotos, vídeos e também
anotações em seus Diários de Viagem! É um modo de construir a memória de todo esse
processo, além de ser útil caso alguém queira remontar ao conteúdo da conversa
posteriormente.
Ao final do encontro, agradeça a presença dos/as convidados/as, ressaltando a
importância dessa experiência para os estudantes e para suas vivências no contexto de
Projeto de Vida.
2. Finalização
Para finalizar as aulas dedicadas ao “Papo Reto”, peça que a turma se organize em
roda para uma conversa avaliativa sobre o processo e o resultado final. Algumas
sugestões de perguntas para fomentar o debate:

• O que vocês mais gostaram durante essa atividade?


• O resultado final saiu conforme o esperado? Alguma expectativa foi
frustrada?
• Quais foram os principais aprendizados que vocês construíram a partir
do diálogo com os convidados?
• Quais as maiores dificuldades com as quais vocês se depararam no
processo de idealização e planejamento do “Papo Reto”? Vocês
conseguiram contornar as situações desafiadoras? Como?
• Há algo que fariam de diferente nas próximas edições do ciclo de
diálogo? O quê?
• Acreditam ter desenvolvido competências importantes como
colaboração, comunicação, abertura para o novo e pensamento crítico?
Por quê?

A roda de conversa final é um momento em que uma série de competências


socioemocionais pode vir à tona. É provável que a realização do bate-papo
tenha estimulado o desenvolvimento de uma série delas, uma levando à outra,
no encadeamento de uma experiência potencialmente muito rica para o
desenvolvimento dos adolescentes.
Podemos supor que o compromisso com os/as convidados/as e com a
realização do bate-papo demandou responsabilidade com os prazos, os
acordos, os contatos e o planejamento. Para que tudo isso saísse conforme o
combinado, vários obstáculos devem ter sido transpostos, exercitando a
capacidade da resolução de problemas com resiliência e persistência. É
provável que a abertura e a curiosidade tenham sido trabalhadas nos
momentos de elencar os convidados, elaborar perguntas e dialogar com eles.
Tudo isso demandou motivação e determinação para que o desafio
colaborativo fosse realizado com entusiasmo, comprometimento e vigor,
certo?

Parabenize os adolescentes pela experiência e faça um balanço geral de todo o


processo, apontando pontos positivos e aspectos a serem aprimorados.

40
De olho na turma!

1. Que tipo de mediação você fez no planejamento e execução de toda a atividade?


Foi necessário balizar muitas das escolhas dos times ou eles tomaram decisões
responsáveis e em consonância com as possibilidades estabelecidas pelas suas
orientações?

2. Os adolescentes se saíram bem na organização e na logística dos encontros?


Que tipo de auxílio você teve que prestar a eles?

3. Durante o bate-papo, a turma se mostrou interessada e participativa? Como foi a


sua mediação nesses momentos?

4. Durante o momento avaliativo, acredita que os adolescentes conseguiram lançar


um olhar crítico para todo o processo levado a cabo nas últimas aulas?

Atividade 5
Nossas identidades na Linha do Tempo
Os estudantes realizam uma reflexão individual sobre suas
Resumo
identidades: quem são, como é seu “estar no mundo” e como ele se
transformou nos últimos anos. A isso se segue um exercício de
compartilhamento e generalização, em que conhecem um pouco
mais sobre seus colegas e buscam identificar as semelhanças e
diferenças que marcam suas identidades. A atividade culmina na
produção de linhas do tempo temáticas, construídas a partir do
trabalho colaborativo e tematizando aspectos identitários dos
adolescentes.
Competências socioemocionais que podem ser intencionalmente
Competências
desenvolvidas: Foco, Organização (Autogestão), Interesse Artístico,
Socioemocionais
Imaginacao Criativa (Abertura ao Novo), Iniciativa Social
(Engajamento com o Outro), Respeito (Amabilidade), Autoconfiança
(Resiliência Emocional).
Promover uma reflexão orientada sobre identidade, pautada no
Objetivos
autoconhecimento e no estímulo para que os estudantes situem a
construção de suas identidades em um cenário mais amplo, de
relação com outras pessoas e com o contexto e o tempo em que
vivem.
Roda de conversa e trabalho em times.
Organização da
turma
Materiais de trabalho:
Recursos e
- Cartolinas.
providências
- Materiais de papelaria (canetas, papéis, post-its, tesoura, cola
etc.).
- Revistas, jornais e outros impressos para recorte.
3 aulas
Duração Prevista

41
Desenvolvimento

AULA 1

1. Momento de acolhimento
Receba os estudantes e peça que se organizem em uma roda de conversas. Explique
que a atividade que se inicia gira em torno da noção de identidade, e será uma
oportunidade para refletir sobre quem eles são, como se transformaram nos últimos
anos, como suas identidades se relacionam com as dos colegas e com o contexto em
que vivem.

2. O que é identidade?
Estabeleça uma conversa disparada pela pergunta: “para vocês, o que é identidade?”.
A partir de suas falas, costure um entendimento comum que contemple aspectos
diversos sobre essa noção, como:

• Identidade diz respeito aos fatores que constituem o “estar no mundo” dos
estudantes, ou seja, às relações que cada um estabelece com seus familiares,
com os colegas, com as pessoas da sociedade; aos valores que carrega consigo
e àqueles que mudam com o passar do tempo; aos seus gostos culturais e
estéticos (relacionados às músicas, vídeos, livros e demais produtos culturais
que aprecia ou não).

• Identidade diz respeito, também, ao modo como cada estudante se vê, entende
seu passado, presente e futuro. Como eu era? Quem eu sou, hoje? Quem eu
quero ser? Perguntas como essas, que versam sobre o conhecimento que cada
um tem e constrói sobre si mesmo, são fundamentais para a construção da
identidade.

• A identidade pode ser entendida, também, de modo mais amplo e coletivo. É


possível se referir à identidade de cada um como estudante – ou seja, ao modo
como cada mobilizam seus valores, posicionamentos, falas, relações e atitudes
no contexto educativo – e como adolescentes – que “modos de estar no mundo”
as pessoas dessa faixa etária compartilham, quais diferenças há entre eles e
assim por diante.

Apresente um resumo da atividade, destacando que ela é organizada em três eixos. No


primeiro, cada um irá refletir sobre si mesmo e sobre como se transformou ao longo dos
últimos anos. Em seguida, em âmbito coletivo, compartilharão suas reflexões, em busca
de entender o que há de comum e de diferença entre o modo como eles se veem. Por
fim, de forma colaborativa, construirão infográficos que contem sobre as experiências
que vivenciam enquanto adolescentes.

3. Mão na Massa: respondendo exercícios do Caderno do Estudante


Peça, então, que leiam e preencham, individualmente, a Ficha 4 - Caderno do
Estudante. A ficha apresenta uma tabela em que os adolescentes são convocados a
refletir se e como alguns aspectos de suas identidades se transformaram ao longo dos
últimos anos. Estabeleça um tempo para esse exercício e circule pela sala enquanto
executam a tarefa, oferecendo apoio para que todos completem o preenchimento. Caso

42
seja necessário mais espaço, o Diário de Viagem pode ser utilizado para a reprodução
da tabela.

Ainda em uma roda de conversas, os estudantes apresentam suas respostas. Categoria


por categoria, peça que compartilhem o que escreveram e procurem encontrar pontos
que permitam um diálogo entre os diferentes aspectos das identidades dos estudantes.
O objetivo é descobrir e entender quais são os aspectos mais comuns aos adolescentes,
compartilhados por vários deles, e aqueles que são de âmbito mais particular e
individual.

As respostas não precisam ser objetivas. Caso alguns estudantes sintam-se à vontade
para contar breves histórias que ilustrem suas respostas, ou se quiserem explorar mais
detidamente argumentos que justifiquem suas respostas, crie um espaço de escuta e
acolhimento para que façam isso. Algumas perguntas podem contribuir nesse momento:

• O que há de comum entre a sua resposta e a de seus colegas?


• E o que há de diferente?
• Vocês consideram que essas mudanças têm a ver com a mudança de idade?
Por quê?
• Essas mudanças estão relacionadas, de alguma forma, a alterações no contexto
em que vivem (desenvolvimento de novas tecnologias, novas formas de se
relacionar com as pessoas, acontecimentos do Brasil e do mundo etc.)? Por
quê?
Conforme as pontes entre as falas forem estabelecidas, registre no quadro aqueles
aspectos mais comuns e recorrentes. Peça também que os estudantes as registrem em
seus Diários.
4. Momento avaliativo
Siga, a partir desse momento, para um breve momento avaliativo. A partir de questões
como as indicadas a seguir, peça que os estudantes comentem e registrem em suas
Diários:

• O que aprendi sobre mim mesmo, ou quais característica reconheci a meu


respeito, que antes não prestava muita atenção?
• O que de mais interessante aprendi sobre as identidades de meus colegas?
• O que as semelhanças e diferenças entre nossas identidades significa para
mim?

Para encerrar esse momento, peça que se organizem nos times. Explique que, nos
próximos encontros, cada time irá trabalhar a partir de uma das categorias trabalhadas
na atividade: Eu mesmo(a), Família, Cultura, Cidade, Brasil e Mundo. O objetivo é que
façam uma busca de materiais sobre a categoria escolhida e construam Linhas do
Tempo, mostrando como as mudanças que ocorrem no contexto contribuem para
configurar as identidades dos adolescentes de hoje.

Para isso, indique que todas as categorias devem ser contempladas, e que só poderá
haver repetição de temática, caso exista um número maior de times que de temas. Peça,
então, que os times discutam e indiquem duas alternativas de tema para trabalhar, por
ordem de interesse, conforme o quadro a seguir:

Alternativa 1

43
Tema:

Justificativa:

Alternativa 2
Tema:

Justificativa:

Um representante de cada time apresenta as alternativas escolhidas. Caso nem todas


sejam contempladas, peça que dialoguem, levando em conta as segundas opções que
elegeram, cheguem a um acordo, até que todas as categorias sejam contempladas.

5. Finalização
Antes de encerrar, sugira aos times que iniciem, em casa, um levantamento de
informações sobre a temática escolhida. Na próxima aula, terão a oportunidade de
aprofundar seus conhecimentos no assunto e começar a elaboração de suas Linhas do
Tempo.

AULAS 2 e 3

1. Acolhimento e roda de conversas sobre a Linha do Tempo


Receba os estudantes em uma roda de conversas. Explique que será dada continuidade
à atividade que começaram na aula anterior. Conte com o apoio deles para fazer uma
breve retomada do que aconteceu e, então, siga com os próximos passos da atividade.
Pergunte à turma se eles sabem o que é uma linha do tempo, para que elas são usadas
e se podem indicar alguns exemplos.

Registre no quadro as noções apresentadas que mais se aproximam do que é uma linha
do tempo: uma representação gráfica, em geral cronológica, que indica uma sucessão
de eventos e aspectos relacionados a um tema central. As linhas do tempo são recursos
muito comuns, por exemplo, em materiais relacionados à disciplina de História e em
conteúdos jornalísticos e informativos, que buscam realizar o resgate histórico de algum
assunto ou acontecimento.

Comente com a turma que a representação mais comum da linha do tempo é a de uma
“barra longa com a legenda de datas junto da barra do uso de tempo que (normalmente)
indica os eventos junto dos pontos onde eles aconteceram” (Disponível em: <bit.ly/wikipedia-
lt>. Acesso em: jan. 2019). Mas há várias outras maneiras de se construir linhas do tempo,
de acordo com os conteúdos que se pretende veicular, o público a que essa informação se
destina e os recursos disponíveis para a sua produção.

Para demonstrar essa diversidade, exponha à turma alguns exemplos de linha do tempo
e promova uma breve análise de cada uma delas. A seguir são apresentadas algumas
sugestões, mas sinta-se à vontade para escolher outras disponibilizadas na internet ou
em veículos impressos.

44
• “5.400 anos de história da humanidade”. Uol. Disponível em: <bit.ly/linha-
tempo-1> . Acesso em: 12 jan. 2019

Trata-se de uma linha do tempo que apresenta um recorte daqueles que são
considerados os principais fatos e personagens da história da humanidade. O
gráfico pode ser visto, a princípio, como um exemplo de linha do tempo
tradicional. Ele conta, todavia, com recursos que o meio digital possibilita
explorar, como a barra horizontal, que permite a mudança da linha de um
século para outro, e o ícone destinado a informações adicionais. É possível
inferir que o conteúdo tem como público alvo internautas com interesse em
conhecer uma história da humanidade contada de forma breve.

• ‘Guerra Infinita’: a linha do tempo dos heróis até o novo filme dos Vingadores.
Nexo. Disponível em: <bit.ly/linha-tempo-2> . Acesso em: 23 jan. 2019

Linha do tempo desenvolvida para indicar em quais filmes os personagens da


Marvel aparecem, desde “Homem de Ferro”, de 2008. Ao que tudo indica, essa
é uma linha do tempo destinada ao público leitor do jornal Nexo que se
interessa por quadrinhos, cinema e filmes de super-heróis.

• Vespa. Behance – Ayrton Yamaguchi. Disponível em: <bit.ly/linha-tempo-3> .


Acesso em: 23 jan. 2019

O dono do perfil em que a linha do tempo foi postada conta que desenvolveu
esse projeto para uma agência de publicidade, no contexto de um concurso
da Vespa, motocicleta clássica. É possível perceber como o material relaciona
a Vespa a aspectos centrais da cultura, do comportamento e do contexto
mundial nas décadas de 1950, 1970 e 1990. Interessante observar como as
imagens, as cores e os elementos visuais dialogam com a época que
representam.

• Infográfico trajetória Pessoal – Camila Pasinato. Disponível em: <bit.ly/linha-


tempo-4> . Acesso em: 12 jan. 2019

Conforme a própria autora indica, a linha do tempo, no formato de infográfico,


explora a trajetória pessoal a partir das habilidades artísticas e ilustrativas,
expressando sua personalidade por meio dos aspectos visuais. O material
apresenta alguns fatos marcantes na vida da autora, que são
complementados pelas ilustrações, bastante descoladas e com o traço próprio
da autora.

Detalhe para a turma que cada time ficará responsável pela construção de uma linha do
tempo relacionada à temática escolhida na aula anterior. Explique que a linha deve
representar, de modo criativo, mudanças identitárias vivenciadas pelos estudantes nos
últimos quatro anos (o infográfico de Camila Pasinato é um bom exemplo para ilustrar
como podem se apropriar de informações pessoais e/ou coletivas para a construção de
uma linha do tempo).

2. Estruturando os times de trabalho


Peça, então, que se reúnam em times. Explique que terão o restante deste encontro e
parte do próximo para construir suas produções. Elas serão feitas em cartolina e ficarão
expostas por um tempo na escola, em local a ser definido. Distribua os materiais de
papelaria e os impressos que serão utilizados para a confecção das produções.

45
3. Planejando o roteiro
Explique aos times, também, que, antes de colocarem a mão na massa, é importante
fazer um planejamento e um roteiro. A Ficha 5 - Caderno do Estudante traz o passo
a passo para que possam fazer isso. Justifique que planejar e roteirizar uma
produção é um modo de antever como será o resultado final, garantir que todo o
conteúdo que se deseja veicular será contemplado e evitar erros e a perda de foco
no trabalho. Além disso, pode ser que os times desejem coletar novas informações
para completar suas linhas do tempo. O próprio planejamento prevê essa tarefa,
indicando formas diversas de buscar informações (buscas na internet, levantamento
de informações no time, conversa com outros colegas etc.).

4. Roda de conversas: apresentando as Linhas do Tempo para a turma


Ao fim do tempo destinado às produções, peça que a turma se reúna em uma roda
de conversas. Será o momento em que os dois representantes de cada time irão
apresentar para os demais colegas as produções. Durante a rodada expositiva,
estimule que os estudantes teçam comentários a partir de uma análise das linhas
do tempo. Algumas questões podem instigar esse processo, como:

• A linha do tempo representa bem e de forma criativa as informações que o time


pretendia passar?
• A produção dialoga com o debate sobre as identidades que a turma realizou no
primeiro encontro? Como?
• Vocês enxergam traços de suas identidades e de seu “estar no mundo” no
trabalho dos outros times? Como?
• O que há de mais interessante na produção?
• Há algum detalhe que poderia ser modificado? Por quê?

Se considerar relevante, destine um tempo para que os times possam fazer alterações
em suas linhas do tempo, antes de serem expostas.

5. Finalização
Defina com a turma um espaço da escola para afixar as produções. Em seguida, para
encerrar a atividade, promova uma rodada de avaliação do processo vivenciado por eles
a partir das questões a seguir. Indique que registrem, em seus Diários, suas respostas
pessoais para cada uma das perguntas:

• Como avaliam o resultado final das linhas do tempo? Consideram que elas
dialogam com a discussão sobre as identidades? Conseguem “se enxergar”
nelas?
• Como foi o trabalho em time? Todos contribuíram com entusiasmo e se
engajaram na construção da linha do tempo?
• O que pode ser melhorado em relação à colaboração dos integrantes para as
próximas atividades?

46
De olho na turma!

1. Os estudantes conseguiram se apropriar da noção de identidade e de como ela


se relaciona a diversos aspectos de suas vidas?

2. Segundo sua avaliação e observação dos times enquanto trabalhavam, eles


conseguiram lançar um olhar crítico para o próprio trabalho? Identificaram os pontos
positivos e a serem melhorados em relação à colaboração?

3. Houve estudantes que não acompanharam a atividade com o engajamento que


se esperava, seja por não se entusiasmarem pela temática, seja por não terem se
apropriado da noção de identidade ou do processo de construção da linha do tempo?
O que em sua mediação pode ser feito para que, em situações futuras, todos se
envolvam na atividade?

Atividade 6
Daqui para a frente...
Os estudantes promovem um encontro com pessoas que trilharam
Resumo
diferentes percursos na área da educação (estudantes, pessoas já
formadas na educação básica, professores e gestores) para um
bate-papo sobre a transição do Ensino Fundamental para o Ensino
Médio. Ao final, fazem uma avaliação da atividade e das
aprendizagens construídas ao longo do bimestre.
Discutir sobre as especificidades e mudanças do Ensino Médio em
Objetivos
relação ao Ensino Fundamental, para que os estudantes
reconheçam os desafios que levam consigo para esse novo ciclo.
Competências socioemocionais que podem ser intencionalmente
Competências
desenvolvidas: Organização, Responsabilidade, Foco (Autogestão),
Socioemocionais
Entusiasmo, Iniciativa Social, Assertividade (Engajamento com o
Outro), Curiosidade para Aprender (Abertura ao Novo)
Roda de conversa e trabalho em duplas.
Organização da
turma
Ação prévia:
Recursos e
- Preparar com antecedência um conjunto de observações
providências
avaliativas sobre cada time de trabalho.
4 aulas.
Duração Prevista

Desenvolvimento

AULA 1

1. Acolhimento e preparação para o Ensino Médio


Receba a turma em uma roda de conversas e, como forma de iniciar um diálogo sobre
a transição para o Ensino Médio, proponha algumas questões, como:

• Para vocês, qual é a importância de cursar o Ensino Médio?


• O que vocês pensam que muda do Ensino Fundamental para o Ensino Médio?

47
• Vocês acreditam que há alguma diferença em relação ao papel de estudante
que exercerão nesse novo ciclo (por exemplo, aumento dos compromissos e
responsabilidades)?
• O que já ouviram falar sobre o dia a dia no Ensino Médio? O que acham que é
verdade e o que acham que é mito?

Durante a conversa, busque manter um ambiente acolhedor e aberto à fala dos


adolescentes, mesmo àquelas que pareçam calcadas em concepções estereotipadas.
Ao longo da atividade, eles terão oportunidade de aprofundar a discussão, rever
posicionamentos e confirmar ou refutar algumas dessas visões.

Registre no quadro os principais pontos levantados pelos estudantes. Sugira que façam
o mesmo em seus Diários de Viagem.

Professor(a),

É muito recorrente que os estudantes do 9º ano criem expectativas variadas sobre as


vivências que terão no Ensino Médio. Elas são permeadas tanto pelos relatos de
amigos e familiares que já vivenciaram essa fase, quanto por discursos diversos que
circulam, dentro e fora da escola, sobre esse ciclo.

É comum que os adolescentes combinem sentimentos de ansiedade e de entusiasmo


em relação à entrada no Ensino Médio, muitas vezes por não terem clareza das
especificidades que ele guarda em relação ao Ensino Fundamental. Devido ao
aumento da carga horária e do número de disciplinas e professores, há a noção de
que terão compromissos e responsabilidades excessivamente complexas, o que
demandará mais tempo de estudo e maior comprometimento nas disciplinas.
Também é compartilhada a ideia de que haverá uma pressão constante para que
realizem suas escolhas profissionais (incluído aí cursar o Ensino Superior). No âmbito
relacional, há expectativas sobre a escola em que irão estudar e o receio da ruptura
dos laços de convivência que construíram com os colegas e os discentes da escola
atual.

Em contrapartida, a perspectiva de ganhar mais autonomia e independência em


relação aos pais e aos adultos em geral, e de poder tomas as rédeas de seus projetos
de vida, aparece como um aspecto positivo dessa mudança.

Sabe-se que o 1º ano do Ensino Médio é, historicamente, o maior gargalo de


alunos/as, sendo o ano em que mais estudantes abandonam os estudos e em que a
taxa de insucesso escolar é mais elevada (para mais informações, ver as indicações
apresentadas a seguir, especialmente as pesquisas do movimento “Todos pela
Educação”). Contribuem para isso aspectos diversos, como a necessidade de
trabalhar para contribuir com a renda familiar e a falta de sentido que a escola tem
para alguns jovens. É de fundamental importância que a escola apoie os estudantes
nessa transição, ajudando-os a configurar sentidos relevantes para a educação e
mostrando que eles têm e podem desenvolver os conhecimentos e as competências
necessárias para se adaptar às mudanças que se avizinham.

A seguir, indicamos uma seleção de materiais que versam sobre esses temas a partir
de dados e/ou discussões com especialistas, estudantes e seus familiares.
Recomendamos a leitura de todos eles para uma melhor mediação da atividade.

48
• Programa Papo de Mãe - A transição entre o ensino fundamental e o ensino
médio (TV Brasil).
Disponível em: <bit.ly/transicao-1> .

• Inep divulga dados inéditos sobre fluxo escolar na educação básica (Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira).
Disponível em: <bit.ly/2-transicao>.

• Anuário Brasileiro da Educação Básica – 2018 (Todos pela Educação /


Moderna).
Disponível em: <bit.ly/transicao-3> .

• De Olho nas 5 Metas (Todos pela Educação).


Disponível em: <bit.ly/transicao-4> .

• Monitoramento da meta 4 - Todo jovem de 19 anos com ensino médio


concluído (Todos pela Educação).
Disponível em: <bit.ly/transicao-5> .

Acessos em: 12 jan. 2019.

2. Apresentando as etapas e os objetivos da atividade


Em seguida, apresente à turma os objetivos e um breve resumo da atividade. Nos
próximos encontros, eles convidarão algumas pessoas à escola para conversar sobre a
transição para o Ensino Médio e entender um pouco melhor esse ciclo da vida escolar
que se avizinha. Destaque que a dinâmica terá alguns pontos em comum com o “Papo
Reto”, especialmente no que diz respeito ao formato do planejamento e da produção
dos encontros com convidados – portanto, poderão se valer das estratégias e
aprendizagens daquela atividade para a realização desta. Exponha quais serão seus
três momentos:

• 1º momento (1 aula): escolha dos convidados e levantamento de questões e


tópicos que gostariam de discutir com eles.
• 2º momento (2 aulas): realização do bate-papo.
• 3º momento (1 aula): avaliação da atividade e do bimestre.

Explique que cada time escolherá uma pessoa para vir a escola participar do bate-papo.
Podem ser estudantes que já vivenciaram a transição, professores e gestores que
trabalham em escolas de Ensino Médio ou mesmo pessoas que finalizaram o percurso
da educação básica e entraram no mundo do trabalho ou seguiram para o Ensino
Superior. O objetivo é ter diversidade no debate, com pelo menos um representante de
cada uma das três categorias a seguir. Seguindo esse preceito, sugerimos que a
diversidade balize, também, as escolhas pautadas por uma mesma categoria. Por
exemplo: se o time A escolher um estudante do 1º ano, seria mais interessante que o
convidado do time B fosse do 2º ou 3º ano e de uma outra escola.

49
Categorias

Estudantes
• De diferentes séries
• Da própria escola (caso a instituição ofereça o ciclo do Ensino Médio).
• De outras escolas.

Professores/as e gestores/as
• Da própria escola (caso a instituição também abarque o Ensino Médio).
• De outras escolas.
• De diferentes disciplinas.

Formados
• Que tenham cursado ou estejam cursando o Ensino Superior.
• Que tenham optado por seguir uma profissão sem realizar o Ensino Superior.

Oriente, então, que os times de trabalho se reúnam e completem o quadro da Ficha 6 -


Caderno do Estudante. Lá, cada time vai escolher uma categoria de convidado e
elencar dois nomes que gostaria de trazer à escola. A segunda opção é para o caso de
a primeira não aceitar o convite ou não poder comparecer na data do bate-papo.

Oriente os estudantes a pensarem em convidados a quem possam acessar com


facilidade, como familiares, amigos, conhecidos e pessoas do bairro que conheçam e
que considerem boas referências para dialogar com a turma. No caso da indicação
de professores/as e gestores/as de outras escolas, essa escolha pode ser feita de
acordo com a instituição de interesse dos estudantes (isso demandará que o time
contate a instituição e converse diretamente com a pessoa responsável. Se for esse
o caso, faça uma mediação inicial da conversa com a instituição, explicando o porquê
do contato e quais são os objetivos da atividade).

Quanto às questões e tópicos para discussão com a pessoa convidada, explique que
esse levantamento servirá como pauta do bate-papo. Para desenvolvê-las, sugira aos
estudantes que retomem as anotações feitas a partir da discussão inicial – é provável
que nela tenham aparecido diversos assuntos relevantes, que merecem
aprofundamento.

3. Roda de conversas: apresentando as escolhas dos times


Retome a roda de conversas e peça que os líderes apresentem as escolhas de seus
times. Avaliem conjuntamente as proposições, garantindo que a diversidade
pressuposta nos critérios seja respeitada. Caso necessário, proponha alterações entre
os convidados.

4. Finalização
Para encerrar o encontro, faça alguns combinados com os estudantes.

Organização dos encontros


Mais uma vez, ficará a cargo da turma decidir se serão feitas duas rodadas de bate-
papo (com metade dos/as convidados/as participando do primeiro encontro, e a outra
metade do segundo) ou apenas uma, de mais longa duração, com todos eles juntos.
Avalie com os estudantes os prós e os contras de cada opção.

Contato e convite

50
Ficará a cargo de um representante de cada time contatar o/a convidado/a, apresentar
a proposta do bate-papo e confirmar sua presença no local, dia e horário combinados.
É importante que esse contato seja feito o mais breve possível. Lembre-os que, caso o
primeiro/a convidado/a não possa comparecer, o time poderá convocar a segunda
opção.

Papéis no dia do bate papo

Esses combinados dizem respeito a funções que alguns estudantes podem exercer
durante a conversa. Apresente quais funções são essas e pergunte quais estudantes
gostariam de se voluntariar para elas:

• Apresentação dos/as convidados/as: um representante de cada time fará uma


breve apresentação da pessoa que convidaram, contando quem é ela e porque
ela foi escolhida para estar ali.

• Mediação do bate-papo: dois estudantes ficarão responsáveis pela mediação da


conversa. Isso inclui: a) cuidar do tempo (estabelecer um tempo médio para as
perguntas e respostas, de forma a garantir a participação de todos) e b)
organizar a lista de inscrição para intervenções dos estudantes, tanto para
realizar perguntas quanto para tecer comentários.

AULAS 2 e 3

1. O estudante como mediador


Nos encontros dedicados ao bate-papo, como no “Papo Reto”, na medida do possível,
é recomendável que os estudantes tomem as rédeas da mediação, conforme o
planejamento e a divisão de papéis feita na aula anterior. Caso seja necessário
participar mais ativamente do bate-papo, busque expor as intencionalidades de sua fala
e reforçar um ambiente de abertura para o diálogo.

Além disso, considere intervir se aspectos importantes da discussão sobre a transição


para o Ensino Médio ficarem de fora das questões e proposições dos estudantes. O
primeiro box desta atividade traz algumas referências importantes que podem embasar
a sua participação.
Por fim, incentive os estudantes a registrarem o bate-papo com fotos, vídeos e também
anotações em seus Diários de Viagem. É um modo de construir a memória de todo esse
processo, além de ser útil caso alguém queira remontar ao conteúdo da conversa
posteriormente.
2. Finalização
Ao final do encontro, agradeça a presença dos convidados, ressaltando a importância
dessa experiência para os estudantes e para suas vivências no contexto de Projeto de
Vida.

AULA 4
1. Roda de conversas: avaliando a atividade e o bimestre
Receba a turma em uma roda de conversas. O encontro se inicia com uma avaliação
da atividade “Daqui para a frente”. Para tal, apresente algumas questões, como:

51
• O que aprenderam de novo sobre a transição para o Ensino Médio?
• Em relação às concepções que possuíam antes da realização da atividade, quais
permanecem e quais não parecem mais fazer sentido? Por quê?
• Como avaliam o bate-papo com os convidados? Os encontros foram proveitosos
e bem organizados?
• Se pudessem fazer algo de diferente durante o encontro, o que seria?

Em seguida, promova um momento avaliativo sobre o bimestre em Projeto de Vida. Será


uma oportunidade para os estudantes se apropriarem das aprendizagens construídas,
além de pontuarem, a partir de suas perspectivas, o que funcionou melhor no
componente e também os aspectos que merecem atenção. Algumas questões podem
ser balizadoras dessa conversa, como:

• Se pudessem apontar os três principais aprendizados construídos em Projeto de


Vida, até aqui, quais seriam? Por quê?
• Quais as principais competências que vocês desenvolveram ao longo do
bimestre? Ilustrem a resposta a partir de exemplos que expliquem como tais
competências foram trabalhadas nas atividades.
• Em relação ao trabalho em times, como avaliam a colaboração que teceram com
os demais integrantes? Conseguiram desenvolver um trabalho baseado no
engajamento e na corresponsabilidade?
• Para vocês, quais foram os momentos mais entusiasmantes e engajadores do
bimestre? Por quê?
• Em quais atividades consideram que poderia haver modificações na dinâmica
proposta? Por quê?

2. Finalização
Para finalizar o encontro, busque oferecer uma devolutiva sobre a participação da turma
ao longo do bimestre. Uma boa estratégia para isso é formular previamente comentários
acerca dos processos vivenciados pelos estudantes, com base nas avaliações feitas a
partir dos quadros “De olho na turma!” e do acompanhamento dos times.

É possível apresentar suas observações para toda a turma, em conjunto. Outra


possibilidade é formular suas observações time a time, em conversas de 5 a 10 minutos,
contemplando, assim, as especificidades de cada agrupamento. Em sua devolutiva, é
interessante levar em conta aspectos relativos aos seguintes tópicos (tanto positivos,
quanto aqueles que podem ser aperfeiçoados):

• O trabalho em times e a colaboração.


• O engajamento nas ações realizadas.
• As aprendizagens e competências desenvolvidas.

De olho na turma!

1. Como você avalia o engajamento dos estudantes na atividade? O tema da


transição para o Ensino Médio foi mobilizador?

52
2. Você acredita que o bate-papo foi produtivo, no sentido de permitir que os
estudantes entendam um pouco mais sobre o que muda do Ensino Fundamental
para o Médio, desconstruindo alguns estereótipos?

3. Durante o bate-papo com convidados/as, os estudantes se mostram interessados


e cumpriram com os papéis previamente definidos?

4. Como os estudantes receberam a sua devolutiva? Valorizaram os aspectos


positivos e consideraram as eventuais críticas como algo construtivo?

53
Anexo

Aplicação das Rubricas e Feedback:


Acompanhamento do Desenvolvimento do
Competências Socioemocionais
Avaliação formativa de competências socioemocionais com
Resumo
aplicação das rubricas e feedback do professor.
Autoavaliação do desenvolvimento de competências
Objetivos
socioemocionais desenvolvidas nas atividades do bimestre.
Competências socioemocionais que podem ser intencionalmente
Competências desenvolvidas: Curiosidade para Aprender (Abertura ao Novo), Foco
Socioemocionais (Autogestão), Iniciativa Social, Assertividade (Engajamento com o
Outro), Respeito (Amabilidade)
Organização da Roda de conversa e agrupamentos de três alunos.
turma
Ação prévia e materiais de trabalho:
Recursos e
- Preparação, com antecedência, dos recursos e materiais
providências
necessários para a realização da atividade.
Duração Prevista 5 paradas (indicação das aulas está no material)

Ao aplicar as rubricas para avaliação formativa das competências socioemocionais, será possível
observar em que degrau os estudantes enxergam que está o seu desenvolvimento assim como em
que degrau você percebe o nível de desenvolvimento do(a) estudante nas competências
trabalhadas ao longo do bimestre. Por esta razão, a proposta é que você também preencha o
instrumento que será disponibilizado por sua rede de ensino e o utilize como uma das referências
para o planejamento da devolutiva à sua turma.
É muito importante que a devolutiva fornecida pelo(a) professor(a) aos estudantes após o uso das
rubricas os estimule a continuarem progredindo no desenvolvimento da competência e quanto mais
pertinente, clara e assertiva for a devolutiva, melhor poderá ser a qualidade do processo de
aprendizagem.

Desenvolvimento
1ª etapa
Acompanhamento: Aplicação do Instrumental

Antes de iniciar a aplicação das rubricas, explique que agora os estudantes receberão o material
para fazerem uma autoavaliação das competências socioemocionais que vêm sendo trabalhadas
no bimestre. Reforçe que a autoavaliação tem como propósito o autoconhecimento para a
potencialização das aprendizagens na escola e na vida.

Lembre-se que a avaliação deve estar a serviço do desenvolvimento dos estudantes, e nunca ser
utilizada como dispositivo de punição, moralização ou criação de estereótipos na turma.
No momento da devolutiva, reforce aos estudantes os caminhos possíveis para que desenvolvam as
competências que, nesse momento, se apresentam como mais frágeis. Sinalize para a turma a
importância da colaboração e responsabilidade de todos com a aprendizagem.
2 ª etapa

54
Distribua o instrumental das rubricas (ou acesse o link para a avaliação), e peça para que os
estudantes reflitam um pouco sobre si mesmos, antes de responder a cada pergunta.

Essa autoavaliação é formativa na medida em que promove o pensamento do estudante para


o próprio desempenho. Para isso, não basta apenas o estudante declarar que seu
desempenho em determinada competência, por exemplo, foi nível 3. É preciso que ele(a)
traga também, pelo menos uma evidência que diga porque razão ele(a) acha que está nesse
nível e não em outro.
Em geral, as evidências podem ser explicitadas pelos estudantes quando o professor os
estimula por meio de perguntas que os fazem pensar na relação entre suas metas e seu
desempenho, nas situações concretas que vivenciaram ao participar das atividades propostas
ou em outras situações dentro e fora da escola em que exercitaram a competência em
questão. Uma primeira rodada de perguntas desse tipo é suficiente para que os estudantes
comecem a “pensar com evidências” quando se autoavaliam usando o instrumento.
O maior efeito dessa autoavaliação não é o “efeito retrovisor”, de avaliar o que passou, mas
o “efeito bússola”, de olhar para a frente norteando caminhos para continuar se
desenvolvendo. Por isso, a possibilidade de obter informações rápidas e de oferecer
feedbacks contínuos sobre as aprendizagens faz dessa autoavaliação de competências uma
potente ferramenta pedagógica. Aliás, aprender a dar bons feedbacks é uma estratégia a ser
exercitada no dia a dia pelos professores. Feedbacks podem ser mais ou menos eficazes,
dependendo do uso que se faz das devolutivas.

Acompanhamento: A Devolutiva Coletiva

1ª etapa

Responda você também o instrumental sobre cada aluno. Atente-se às características que os
jovens tenham demonstrado durante suas aulas, aos momentos em que você os observou nos
trabalhos em time ou no intervalo entre as aulas. Resgatar memórias de exemplos práticos sobre
cada estudante será fundamental para que você faça a heteroavaliação, aquela feita pelo(a)
professor(a), de forma criteriosa.

2ª etapa

Oriente a turma para que se organizem em roda de conversa e explique a atividade. Fique atento
para perceber se há incômodo por parte de algum jovem e reforce o propósito da devolutiva
coletiva, que nada mais é do que uma conversa, o diálogo, entre vocês. Realize então a
devolutiva.

Para fortalecer a sua mediação


Feedbacks construtivos são aqueles em que o professor, tendo esclarecido previamente com a
turma os objetivos da avaliação formativa e seu instrumento, tenta se colocar no ponto de vista do
estudante e entender porque ele falou ou se autoavaliou de determinada maneira, valoriza os
pontos de avanço e problematiza os pontos frágeis como oportunidades de desenvolvimento.
Sobre Devolutivas:
A técnica utilizada para as devolutivas, oriunda do Feedback, na língua Inglesa, não é sobre dar
conselho, exaltação ou avaliação por nota. Feedback é informação sobre como estamos
direcionando nossos esforços em direção ao alcance dos objetivos. Se os estudantes consideram a
sala de aula um lugar seguro para errar, eles estão mais propensos a utilizar o feedback para a

55
aprendizagem. Efetivos feedbacks ocorrem durante a aprendizagem, enquanto ainda há tempo de
agir sobre ela.
É importante incentivar que os estudantes deem feedbacks uns aos outros, desde que observados
o vocabulário e o instrumento em que estão sendo avaliados. Estudantes precisam ter clareza sobre
seus alvos de aprendizagem – o que é esperado que eles alcancem – senão o feedback se torna
somente alguém falando para eles o que fazer, o que não é efetivo para desenvolver a
autorregulação da aprendizagem.
O professor dá a devolutiva a partir do nível em que o estudante se avaliou e da avaliação que ele
próprio realizou sobre a turma, levando em consideração o contexto das atividades realizadas, e não
baseado em cenários abstratos e genéricos.

56
Rubricas para acompanhamento do desenvolvimento intencional das competências socioemocionais

Para as atividades do 1º bimestre do Projeto de Vida (Linha do Tempo), propõe-se duas paradas para avaliação formativa:
1ª parada: durante a 2ª aula da Atividade 4
2ª parada: durante a 3ª aula da Atividade 6

Rubricas sugeridas: Organização, Foco, Responsabilidade (Autogestão), Entusiasmo, Assertividade, Iniciativa Social (Engajamento com o Outro),
Respeito (Amabilidade)

57
Organização é ser ordeiro, eficiente, apresentável e pontual. A organização aplica-se aos nossos pertences pessoais e os da escola, bem como ao planejamento de nossos
horários, atividades e objetivos futuros. Coordenar nossa vida e planos de forma organizada e mantê-los assim requer o uso cuidadoso de tempo, atenção e estrutura.

1. Por que isso é importante? Organização é uma habilidade importante porque nos ajuda em nossas atividades diárias, a fazer um plano e segui-lo para atingir nossos objetivos.
Sem ela nossas vidas rapidamente tornam-se confusas e caóticas, podemos nos perder trabalhando em uma atividade ou levar muito tempo procurando por toda parte coisas
que precisamos! Quando somos organizados, é muito fácil fazer um plano e trabalhar com eficiência em diferentes atividades!

2. Rubrica: De uma forma geral, como você autoavalia sua Organização? Leia a seguir as descrições de cada degrau de desenvolvimento desta habilidade:

Acho muito difícil me Algumas vezes, tenho Consigo organizar e Sou bom em planejar e
organizar e planejar o que dificuldades de organizar organizar o que tenho que
planejar o que tenho fazer. Dedico tempo para ter
tenho que fazer. Algumas o que tenho que fazer.
Entre os degraus Entre os degraus que fazer. Em geral, Entre os degraus certeza de que minhas coisas
vezes, esqueço coisas. Começo a me organizar,
consigo manter minhas estão em ordem em casa e na
Preciso da ajuda dos outros 1e2 mas rapidamente fica 2e3 3e4 escola. Faço as coisas com
tudo bagunçado coisas em ordem em
para arrumá-las. cuidado, prestando atenção
novamente. casa e na escola. aos detalhes.

Degrau 1 Degrau 1-2 Degrau 2 Degrau 2-3 Degrau 3 Degrau 3-4 Degrau 4

2. Agora, assinale abaixo a opção de degrau que melhor te representa preenchendo completamente o espaço compreendido pelo círculo correspondente à sua resposta. Ela deve ser preenchida
na caixa “Aplicação 1” caso seja a primeira vez que você responde, na “Aplicação 2” caso seja a segunda vez e assim sucessivamente.

OPCIONAL

APLICAÇÃO ❶ APLICAÇÃO ❷
APLICAÇÃO ❸ APLICAÇÃO ❹
(Primeira vez que preenche a rubrica) (Segunda vez que preenche a rubrica)

Data da Aplicação: ______/______/__________ Data da Aplicação: ______/______/__________ Data da Aplicação: ______/______/__________ Data da Aplicação: ______/_____/_________
DEGRAU

DEGRAU

DEGRAU

DEGRAU
1 1-2 2 2-3 3 3-4 4 1 1-2 2 2-3 3 3-4 4 1 1-2 2 2-3 3 3-4 4 1 1-2 2 2-3 3 3-4 4

4. Por que você se avaliou neste degrau? 4. Por que você se avaliou neste degrau? 4. Por que você se avaliou neste degrau? 4. Por que você se avaliou neste degrau?
Explique melhor e dê exemplos: Explique melhor e dê exemplos: Explique melhor e dê exemplos: Explique melhor e dê exemplos:
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_______________________________________ _______________________________________ ________________________________________ _______________________________________
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Foco consiste em "atenção seletiva" — isto é, a capacidade de selecionar um objetivo, tarefa ou atividade e então direcionar toda nossa atenção apenas para a tarefa "selecionada"
e nada mais. Quando estamos altamente focados, somos capazes de nos concentrar e evitar distrações. Permanecer focado é especialmente difícil quando a tarefa em que estamos
trabalhando não é muito interessante para nós, ou repetitiva ou desafiadora.

1. Por que isso é importante? Foco é uma habilidade importante porque nos ajuda a prestar atenção e a nos concentrar na tarefa ou atividade programada para agora, e que
precisamos terminar e ignorar todas as outras distrações. Sem foco, podemos perder a noção do que estamos fazendo, esquecer o que as pessoas nos dizem.

2. Rubrica: De uma forma geral, como você autoavalia seu Foco? Leia a seguir as descrições de cada degrau de desenvolvimento desta habilidade:

Acho difícil prestar Consigo me concentrar Consigo evitar Consigo prestar muita atenção
por algum tempo nas e ignorar as distrações. Eu me
atenção e focar nas distrações e manter o mantenho focado nas coisas
coisas que faço. Me Entre os degraus coisas que faço, mas Entre os degraus foco nas coisas que Entre os degraus importantes, mesmo se forem
depois me distraio. Acho 3e4 difíceis. Nada me distrai depois
distraio com muitas 1e2 2e3 faço. Não me distraio
difícil manter o foco. de ter começado.
outras coisas. facilmente.

Degrau 1 Degrau 1-2 Degrau 2 Degrau 2-3 Degrau 3 Degrau 3-4 Degrau 4

2. Agora, assinale abaixo a opção de degrau que melhor te representa preenchendo completamente o espaço compreendido pelo círculo correspondente à sua resposta. Ela deve ser preenchida
na caixa “Aplicação 1” caso seja a primeira vez que você responde, na “Aplicação 2” caso seja a segunda vez e assim sucessivamente.

OPCIONAL

APLICAÇÃO ❶ APLICAÇÃO ❷
APLICAÇÃO ❸ APLICAÇÃO ❹
(Primeira vez que preenche a rubrica) (Segunda vez que preenche a rubrica)

Data da Aplicação: ______/______/__________ Data da Aplicação: ______/______/__________ Data da Aplicação: ______/______/__________ Data da Aplicação: ______/_____/_________
DEGRAU

DEGRAU

DEGRAU

DEGRAU
1 1-2 2 2-3 3 3-4 4 1 1-2 2 2-3 3 3-4 4 1 1-2 2 2-3 3 3-4 4 1 1-2 2 2-3 3 3-4 4

4. Por que você se avaliou neste degrau? 4. Por que você se avaliou neste degrau? 4. Por que você se avaliou neste degrau? 4. Por que você se avaliou neste degrau?
Explique melhor e dê exemplos: Explique melhor e dê exemplos: Explique melhor e dê exemplos: Explique melhor e dê exemplos:
_______________________________________ _______________________________________ ________________________________________ _______________________________________
_______________________________________ _______________________________________ ________________________________________ _______________________________________
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Responsabilidade consiste em gerenciar a nós mesmos a fim de conseguir realizar nossas tarefas, cumprir compromissos e promessas que fizemos, mesmo quando é
difícil ou inconveniente para nós. É agir de forma confiável, consistente e previsível, para que outras pessoas sintam que podem contar conosco e assim confiar em nós no futuro.

1. Por que isso é importante? Responsabilidade é uma habilidade importante porque nos ajuda a cumprir nossas obrigações e compromissos, mesmo que isso não nos agrade
tanto (por exemplo, tarefas que concordamos em fazer). Agindo assim, somos confiáveis com os outros, como nossos professores, familiares e amigos. Sem responsabilidade,
podemos perder a confiança dos outros porque falhamos em manter nossas promessas ou obrigações. Por outro lado, com responsabilidade fazemos outras pessoas se
sentirem bem, porque elas podem contar conosco sempre que precisarem!

2. Rubrica: De uma forma geral, como você autoavalia sua Responsabilidade? Leia a seguir as descrições de cada degrau de desenvolvimento desta habilidade:

Acho difícil cumprir Tento cumprir minhas Trabalho duro para Cumprir minhas obrigações e
obrigações e deveres, mas deveres vem antes de
minhas obrigações e cumprir minhas
algumas vezes acabo qualquer outra coisa.
deveres. Eu me esqueço obrigações e deveres e na
Entre os degraus gastando tempo com as Entre os degraus Entre os degraus Quando prometo algo ou
ou me distraio com coisas que me divertem mais. maioria das vezes,
1e2 2e3 3e4 assumo um compromisso,
Então não sou tão consigo. Geralmente eu faço questão de cumprir com
outras coisas mais responsável quanto gostaria cumpro o que prometi. o combinado.
interessantes. de ser.

Degrau 1 Degrau 1-2 Degrau 2 Degrau 2-3 Degrau 3 Degrau 3-4 Degrau 4

2. Agora, assinale abaixo a opção de degrau que melhor te representa preenchendo completamente o espaço compreendido pelo círculo correspondente à sua resposta. Ela deve ser preenchida
na caixa “Aplicação 1” caso seja a primeira vez que você responde, na “Aplicação 2” caso seja a segunda vez e assim sucessivamente.

OPCIONAL

APLICAÇÃO ❶ APLICAÇÃO ❷
APLICAÇÃO ❸ APLICAÇÃO ❹
(Primeira vez que preenche a rubrica) (Segunda vez que preenche a rubrica)

Data da Aplicação: ______/______/__________ Data da Aplicação: ______/______/__________ Data da Aplicação: ______/______/__________ Data da Aplicação: ______/_____/_________
DEGRAU

DEGRAU

DEGRAU

DEGRAU
1 1-2 2 2-3 3 3-4 4 1 1-2 2 2-3 3 3-4 4 1 1-2 2 2-3 3 3-4 4 1 1-2 2 2-3 3 3-4 4

4. Por que você se avaliou neste degrau? 4. Por que você se avaliou neste degrau? 4. Por que você se avaliou neste degrau? 4. Por que você se avaliou neste degrau?
Explique melhor e dê exemplos: Explique melhor e dê exemplos: Explique melhor e dê exemplos: Explique melhor e dê exemplos:
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Entusiasmo significa envolver-se ativamente com a vida e com outras pessoas de uma forma positiva, alegre e afirmativa — sentir "gosto pela vida." Quando somos
entusiasmados, encaramos nossas tarefas diárias com alegria e interesse, apreciando o que fazemos e mostramos nossa paixão ao outro. Simplificando, entusiasmo é ter uma atitude
positiva: encarar o dia-a-dia com energia e emoção.

1. Por que isso é importante? Entusiasmo é uma habilidade importante porque nos ajuda a participar plenamente das atividades com energia e otimismo! Agindo assim não
vamos nos sentir cansados ou entediados ao fazermos atividades em casa ou na escola. Entusiasmo torna a vida muito mais fácil e mais divertida!

2. Rubrica: De uma forma geral, como você autoavalia seu Entusiasmo? Leia a seguir as descrições de cada degrau de desenvolvimento desta habilidade:

Acho difícil ficar animado(a) Posso demostrar um pouco Faço as coisas com Mesmo em uma situação/dia
ou entusiasmado(a) com de entusiasmo e me animar a difícil, consigo ficar animado(a)
energia e entusiasmo. Na
fazer as coisas, mas depois de e me entusiasmar com as
minhas atividades. Entre os degraus algum tempo, perco minha Entre os degraus maioria do tempo, Entre os degraus atividades. Compartilho minha
Geralmente sou sossegado e atitude positiva inicial. Eu demostro atitude positiva 3e4 atitude positiva e motivo os
1e2 2e3
espero as coisas esgoto minha energia e me dedico às minhas outros com minha energia.
acontecerem. rapidamente. atividades diárias.

Degrau 1 Degrau 1-2 Degrau 2 Degrau 2-3 Degrau 3 Degrau 3-4 Degrau 4

2. Agora, assinale abaixo a opção de degrau que melhor te representa preenchendo completamente o espaço compreendido pelo círculo correspondente à sua resposta. Ela deve ser preenchida
na caixa “Aplicação 1” caso seja a primeira vez que você responde, na “Aplicação 2” caso seja a segunda vez e assim sucessivamente.

OPCIONAL

APLICAÇÃO ❶ APLICAÇÃO ❷
APLICAÇÃO ❸ APLICAÇÃO ❹
(Primeira vez que preenche a rubrica) (Segunda vez que preenche a rubrica)

Data da Aplicação: ______/______/__________ Data da Aplicação: ______/______/__________ Data da Aplicação: ______/______/__________ Data da Aplicação: ______/_____/_________
DEGRAU

DEGRAU

DEGRAU

DEGRAU
1 1-2 2 2-3 3 3-4 4 1 1-2 2 2-3 3 3-4 4 1 1-2 2 2-3 3 3-4 4 1 1-2 2 2-3 3 3-4 4

4. Por que você se avaliou neste degrau? 4. Por que você se avaliou neste degrau? 4. Por que você se avaliou neste degrau? 4. Por que você se avaliou neste degrau?
Explique melhor e dê exemplos: Explique melhor e dê exemplos: Explique melhor e dê exemplos: Explique melhor e dê exemplos:
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Assertividade é sobre demonstrar coragem: quando a situação exige, precisamos ser capazes de fazer-nos ouvir para dar voz aos sentimentos, necessidades, opiniões e de
exercer influência social. A capacidade de afirmar nossas próprias ideias e vontades é muito relevante para a realização de metas importantes para nós mesmos ou para nosso grupo
diante da oposição ou injustiça, tais como tomar uma posição, imprimir liderança, ou mesmo confrontar os outros se necessário.

1. Por que isso é importante? Assertividade é uma habilidade importante porque nos ajuda a expressar nossas opiniões, necessidades e sentimentos para os outros, para que
possam ouvir e respeitá-las. Sem assertividade, podemos sentir medo ou vergonha de dizer o que pensamos ou deixar que tomem as decisões por nós.

2. Rubrica: De uma forma geral, como você autoavalia sua Assertividade? Leia a seguir as descrições de cada degrau de desenvolvimento desta habilidade:

Mesmo quando me pedem, Quando me pedem para Quando me pedem para Eu me sinto confortável ao
expressar minhas opiniões e expressar minhas opiniões expressar minhas opiniões e
raramente digo o que
sentimentos, tento sentimentos quando é
penso. Acho difícil expressar e sentimentos, falo o que importante ou necessário.
Entre os degraus compartilhá-los. Mas não sou Entre os degraus penso. Se os outros Entre os degraus
minhas opiniões e tão bom(boa) nisso e Quando necessário, assumo a
sentimentos, e fazer com 1e2 2e3 discordam de mim, tendo a 3e4 liderança e ajudo o grupo. Se os
geralmente não participo
ficar quieto(a) e a desistir. outros discordam de mim, mas
que os outros me ouçam. quando o grupo está
estão errados, tento convencê-
tomando uma decisão.
los.
Degrau 1 Degrau 1-2 Degrau 2 Degrau 2-3 Degrau 3 Degrau 3-4 Degrau 4
.

2. Agora, assinale abaixo a opção de degrau que melhor te representa preenchendo completamente o espaço compreendido pelo círculo correspondente à sua resposta. Ela deve ser preenchida
na caixa “Aplicação 1” caso seja a primeira vez que você responde, na “Aplicação 2” caso seja a segunda vez e assim sucessivamente.

OPCIONAL

APLICAÇÃO ❶ APLICAÇÃO ❷
APLICAÇÃO ❸ APLICAÇÃO ❹
(Primeira vez que preenche a rubrica) (Segunda vez que preenche a rubrica)

Data da Aplicação: ______/______/__________ Data da Aplicação: ______/______/__________ Data da Aplicação: ______/______/__________ Data da Aplicação: ______/_____/_________
DEGRAU

DEGRAU

DEGRAU

DEGRAU
1 1-2 2 2-3 3 3-4 4 1 1-2 2 2-3 3 3-4 4 1 1-2 2 2-3 3 3-4 4 1 1-2 2 2-3 3 3-4 4

4. Por que você se avaliou neste degrau? 4. Por que você se avaliou neste degrau? 4. Por que você se avaliou neste degrau? 4. Por que você se avaliou neste degrau?
Explique melhor e dê exemplos: Explique melhor e dê exemplos: Explique melhor e dê exemplos: Explique melhor e dê exemplos:
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Iniciativa Social é a habilidade de aproximar-se e relacionar-se com os outros, como os amigos, professores e pessoas novas que podem, eventualmente, tornarem-se
amigas. Especificamente, trata-se de iniciar, manter e apreciar as relações e o contato social. Praticar iniciativa social nos torna mais hábil no trabalho em equipe, na comunicação
expressiva e para falar em público (por exemplo, falar em um grupo de pessoas ou na frente da classe).

1. Por que isso é importante? Porque nos ajuda a permanecer conectados com pessoas que já conhecemos bem (como a família ou amigos) e a estabelecer ligação com pessoas
que estamos começando a conhecer! Também nos ajuda a comunicar livremente com os outros, aproveitar o tempo que passamos com eles e a nos sentirmos confortáveis
em pequenos e grandes grupos. Com iniciativa social, podemos facilmente abordar os outros e conhecer pessoas interessantes que podem nos ajudar a aprender, crescer e
compreender coisas novas e diferentes!

2. Rubrica: De uma forma geral, como você autoavalia sua Iniciativa Social? Leia a seguir as descrições de cada degrau de desenvolvimento desta habilidade:
Tendo a ser quieto(a) e Eu me sinto confortável ao Eu me sinto confortável ao Acho fácil me aproximar das
tímido(a). Não me sinto conversar e consigo me me aproximar e conversar pessoas que não conheço bem e
divertir com amigos e conversar com elas. Sou bom/boa
confortável ao me aproximar e com as pessoas mesmo que
em me divertir com as outras
conversar com pessoas que não Entre os degraus pessoas que conheço bem. Entre os degraus eu ainda não as conheça Entre os degraus pessoas. Facilmente encontro
conheço bem. Geralmente, eu Mas acho mais difícil bem. Me sinto tranquilo(a)
1e2 conhecer pessoas novas e
2e3 3e4 coisas sobre o que conversar ou
não sei sobre o que conversar quando interajo com as faço com que os outros também
compartilhar com elas coisas
em um grupo. pessoas em um grupo. conversem.
sobre mim mesmo.

Degrau 1 Degrau 1-2 Degrau 2 Degrau 2-3 Degrau 3 Degrau 3-4 Degrau 4

3. Agora, assinale abaixo a opção de degrau que melhor te representa preenchendo completamente o espaço compreendido pelo círculo correspondente à sua resposta. Ela deve ser preenchida
na caixa “Aplicação 1” caso seja a primeira vez que você responde, na “Aplicação 2” caso seja a segunda vez e assim sucessivamente.

OPCIONAL

APLICAÇÃO ❶ APLICAÇÃO ❷
APLICAÇÃO ❸ APLICAÇÃO ❹
(Primeira vez que preenche a rubrica) (Segunda vez que preenche a rubrica)

Data da Aplicação: ______/______/__________ Data da Aplicação: ______/______/__________ Data da Aplicação: ______/______/__________ Data da Aplicação: ______/_____/_________
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DEGRAU

DEGRAU

DEGRAU
1 1-2 2 2-3 3 3-4 4 1 1-2 2 2-3 3 3-4 4 1 1-2 2 2-3 3 3-4 4 1 1-2 2 2-3 3 3-4 4

4. Por que você se avaliou neste degrau? 4. Por que você se avaliou neste degrau? 4. Por que você se avaliou neste degrau? 4. Por que você se avaliou neste degrau?
Explique melhor e dê exemplos: Explique melhor e dê exemplos: Explique melhor e dê exemplos: Explique melhor e dê exemplos:
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Respeito é tratar outras pessoas, mais velhas e mais jovens, com bondade, consideração, lealdade e tolerância — ou seja, a forma como gostamos de ser tratados. Significa
mostrar o devido respeito aos sentimentos, desejos, direitos, crenças ou tradições dos outros. Existem muitas maneiras de desrespeitar alguém, como não ouvir, dizer coisas maldosas
e ofensivas, gritar, intimidar ou ferir. Às vezes, o respeito nos obriga a controlar impulsos agressivos ou egoístas, porque não queremos ferir os direitos ou sentimentos de outra pessoa.

1. Por que isso é importante? Respeito é uma habilidade importante porque nos ajuda a conviver com os outros. Se tratamos alguém com respeito, evitamos ferir seus
sentimentos e interferir negativamente em seus objetivos e planos. Ele é uma via de mão dupla: se tratamos os outros com respeito, será mais provável sermos tratados do
mesmo modo também. Respeito mútuo torna muito mais fácil a convivência e nos mantém longe de conflitos e problemas!

2. Rubrica: De uma forma geral, como você autoavalia seu Respeito? Leia a seguir as descrições de cada degrau de desenvolvimento desta habilidade:

Me envolvo facilmente Tento evitar discussões Geralmente, consigo Respeito os outros e trato
e ofender os outros, mas respeitar os outros e tratá- bem as pessoas. Sou
em discussões e posso
algumas vezes é difícil los como eu gostaria de ser educado (a) e respeitoso
acabar desafiando ou Entre os degraus Entre os degraus Entre os degraus
me segurar para não tratado(a). Evito entrar em (a), mesmo quando sou
ofendendo os outros. 1e2 2e3 3e4 desafiado (a) ou quando os
xingá-los. discussões ou ofender os
outros. outros se comportam mal.

Degrau 1 Degrau 1-2 Degrau 2 Degrau 2-3 Degrau 3 Degrau 3-4 Degrau 4

2. Agora, assinale abaixo a opção de degrau que melhor te representa preenchendo completamente o espaço compreendido pelo círculo correspondente à sua resposta. Ela deve ser preenchida
na caixa “Aplicação 1” caso seja a primeira vez que você responde, na “Aplicação 2” caso seja a segunda vez e assim sucessivamente.

OPCIONAL

APLICAÇÃO ❶ APLICAÇÃO ❷
APLICAÇÃO ❸ APLICAÇÃO ❹
(Primeira vez que preenche a rubrica) (Segunda vez que preenche a rubrica)

Data da Aplicação: ______/______/__________ Data da Aplicação: ______/______/__________ Data da Aplicação: ______/______/__________ Data da Aplicação: ______/_____/_________
DEGRAU

DEGRAU

DEGRAU

DEGRAU
1 1-2 2 2-3 3 3-4 4 1 1-2 2 2-3 3 3-4 4 1 1-2 2 2-3 3 3-4 4 1 1-2 2 2-3 3 3-4 4

4. Por que você se avaliou neste degrau? 4. Por que você se avaliou neste degrau? 4. Por que você se avaliou neste degrau? 4. Por que você se avaliou neste degrau?
Explique melhor e dê exemplos: Explique melhor e dê exemplos: Explique melhor e dê exemplos: Explique melhor e dê exemplos:
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