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Identidade
Caderno do estudante
2º semestre
1º ano/2º semestre
Caderno do Estudante
Uma parceria entre a
SEEDUC/RJ e o Instituto
Ayrton Senna
Projeto de Vida
Sonhos e identidade na construção de um projeto de vida
Introdução
Caro jovem,
Bom trabalho!
Alunas e alunos,
A cada dia que passa, vocês compreendem melhor o percurso que estão vivendo na
escola. Trata-se de uma trajetória que pede muito empenho e compromisso, de vocês
e dos professores, pois o que se espera alcançar não é mesmo simples. Mas todo
esse esforço é essencial para que vocês aprendam muito e criem as oportunidades
que desejam no presente e no futuro.
Vocês estão experimentando um novo jeito de serem alunos. Já devem ter percebido
que ser aluno nesta escola é:
O que mais vocês colocariam nessa lista que conta o que é ser aluno numa escola
como esta?
Bem, indo direto ao ponto: a ideia desta ficha é ajudar vocês a fazerem um
monitoramento bem detalhado daquilo que estão vivenciando em duas disciplinas da
escola – uma de que gostam muito e cujos conteúdos trabalhados vocês têm mais
facilidade em aprender; e outra de que gostam menos, não se identificam tanto, e
cujos conteúdos vocês consideram mais difíceis de aprender.
Mas, afinal, em que esse monitoramento pode ser importante para vocês? Resposta
simples e direta: para que tomem consciência daquilo que estão vivendo, identificando
o que contribui para que aprendam mais e o que não ajuda, não os favorece na
compreensão do que estudam. Ao fazer isso, com certeza, vocês descobrirão
maneiras de melhorar a aprendizagem nessas disciplinas e nas demais.
É bom vocês saberem: a ficha pede informações detalhadas. Tudo o que acontecer
nessas duas disciplinas, no 3º bimestre, deve ser registrado. Cada aula, atividade em
times, prova, exercício, texto lido etc. precisa ser mencionado na ficha. Só assim
Disciplina:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
Disciplina:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
Vamos usar um pouco desse formato dos perfis que estão nas revistas – mas sem as
futilidades! – para levantar um pouquinho das suas características? A ideia é que
vocês se entrevistem, em duplas. A entrevista será do tipo pingue-pongue, com
perguntas diretas e respostas curtas. O entrevistador anota as respostas e depois cria
uma página com o perfil do seu entrevistado. A página deve ter as perguntas e
respostas e imagens (fotos ou desenhos) que tenham a ver com as características do
perfilado (palavra estranha, não é? Significa “aquele que teve o seu perfil traçado”).
Todos vocês vão entrevistar e ser entrevistados. Portanto, na dupla, assim que acabar
a elaboração do primeiro perfil, vocês devem trocar de papel, ok?
Importante! O jeito de fazer é leve e queremos que seja divertido, mas o objetivo da
nossa atividade é bem sério: identificarmos, em nós e nos colegas, a percepção da
vida na escola, com os amigos, na família e na comunidade. Isso é fundamental para
pensarmos como aprimorar nossos relacionamentos e atitudes, projetarmos nossos
sonhos e traçarmos estratégias para alcançá-los (esses serão os próximos passos
dos encontros de Projeto de Vida).
Nome:
Idade:
Nasceu em:
O que considera o maior defeito que uma pessoa pode ter (explique a sua resposta):
Motivo de orgulho:
Motivo de arrependimento:
Sonho de consumo:
Uma música:
Um livro:
Um site:
Use duas frases para definir cada uma das expressões abaixo:
Família...
Participação política...
Vida de estudante...
Realização profissional...
DE SONHO A REALIDADE
Você nem era nascido quando, em 1992, a Mocidade Independente de Padre Miguel
encantou o público da Marquês de Sapucaí com o samba-enredo “Sonhar não custa
nada! Ou quase nada...”. Os primeiros versos dizem: “Sonhar não custa nada/ o meu
sonho é tão real”, fazendo rima com outros tantos versos: “Deixe a sua mente vagar/
não custa nada sonhar/ viajar nos braços do infinito/ onde tudo é mais bonito/ nesse
mundo de ilusão/ transformar o sonho em realidade...”.
Transformar o sonho em realidade, como propõem os compositores do samba-enredo,
requer, antes de tudo, que as pessoas conheçam seus sonhos. A agitação e as
infinitas tarefas do cotidiano, somadas às desilusões que muitas vezes sofremos ao
longo da vida, podem dificultar esse necessário exercício ao ser humano: sonhar!
Vamos sonhar acordados por alguns minutos? Para isso, abaixo, eis um jogo de
completar frases:
Mas tenho, também, outros sonhos mais imediatos. São eles: ...
E aí, o exercício foi moleza ou difícil? Afinal, você acha que seus sonhos são possíveis
de serem realizados? Calma, não responda. Isso você só vai saber, com certeza, ao
longo do semestre. Como?
Você fará uma aposta. Sim, apostar que um dos seus sonhos pode tornar-se
realidade, ainda nesse ano. Qual deles? Claro que não pode ser o sonho de
casar, comprar uma casa e ter dois filhos. É que não vai dar tempo de isso
tudo acontecer em poucos meses. Mas existem sonhos que podem, sim, se
realizar. Conseguir aprender em todas as disciplinas, para passar de ano, é
um exemplo que tem a ver com a sua relação com a escola. Criar um novo
hábito de alimentação, mais saudável, seria outro bom exemplo. Que tal
pensar em exemplos de sonhos que podem virar realidade até o último dia do
ano? Levante três possibilidades e anote em sua agenda.
Depois de conversar com os colegas, é hora de tomar uma decisão. Qual dos
sonhos você gostaria de tentar realizar ainda esse ano? Qual deles parece
mais urgente ou importante? Qual o motiva a lutar, se esforçar, superar
limites? Anote em sua agenda.
É hora de pensar, com muito foco, em como alcançar esse sonho, identificar os
degraus que você precisará vencer para chegar lá. Ou seja, dar objetividade a algo
que, aparentemente, é inatingível e distante (afinal, se fosse simples, esse sonho já
teria se realizado, né?).
Para começar, preencha o quadro a seguir. Se preferir, reproduza o quadro no seu
Álbum de Cartografia Pessoal, inserindo quantas linhas quiser.
Parceiros Prazos
Degraus
(com quem (quando cada degrau vai
(como vou chegar lá?)
posso acontecer?)
contar?)
Agora é iniciar a escalada dos degraus. Afixe o quadro em um local visível para
você. Pode ser na agenda, na cabeceira da sua cama, ao lado do espelho do
banheiro, ou, até, ao lado da televisão... O importante é você estar sempre
atento ao degrau da vez. E, se tropeçar em algum, não desanime. É só
redobrar a energia, ganhar coragem e tentar novamente!
Na prática, vocês devem saber bem o que é isso. Já devem ter vivido alguma situação
difícil em que precisaram tirar força lá de dentro, bem no fundo, para seguir a vida. E,
provavelmente, aprenderam alguma coisa com essa circunstância.
Mas e na escola, é preciso ser resiliente? É bem possível que vocês tenham
respondido que sim. Afinal, a essa altura da vida, vocês já viveram um longo percurso
na escola. E, durante esse tempo, devem ter enfrentado algum tipo de dificuldade. E
se estão aí, firmes e fortes, é porque foram resilientes.
Se lhe perguntassem quais foram os momentos da sua vida escolar em que você
precisou superar seus limites, o que responderia? Em que séries esses momentos
ocorreram? O que dessas circunstâncias você levou para a sua vida como um todo?
façam os desenhos;
São Paulo é uma cidade sem crianças. É uma cidade onde não se pode olhar para os
lados senão pelo reflexo das janelas ou dos óculos escuros; onde não é permitido
obter ou prestar atenção. São Paulo é uma cidade sem muito amor nem muito ódio,
onde os que choram no ônibus são ignorados, os que pedem informações ganham
um olhar desconfiado e os que cantam – pobres dos que cantam – são advertidos por
um funcionário de cinza, com o estatuto interno do Metrô. Na rampa da estação
Santana, é proibido brincar de escorregador.
São Paulo é uma cidade em que ninguém tem o direito de surpreender, a não ser os
loucos, as crianças e os velhos. Todas as terças e quintas de manhã, dezenas de
velhinhos dançam bolero, tango e rumba no Sesc Ipiranga. Enquanto isso, um outro
senhor opta pela corrida de resistência: Tuplet Vasconcelos, um magro cidadão de 85
anos, já participou de 114 maratonas nos últimos quinze anos, tendo completado a
Corrida Internacional paulista de 1999 em cinco horas e quarenta e cinco minutos.
Deixou pra trás centenas de competidores. Há velhinhos que jogam dominó; outros
tomam aulas especiais de saúde na Universidade Federal de São Paulo. A maioria
anda devagar pelas ruas, em total contradição com o ritmo da cidade.
Há, ainda, os que vagam pelos metrôs a esmo, como um certo senhor sentado no
banco cinza, a quem uma mulher perguntou: “Este trem vai pro Jabaquara?”, e ele
suspirou: “não sei”. A réplica não demorou: “mas para onde é que ele está indo?”;
novamente um suspiro e a resposta: “Olha… não sei”.
Nas ruas de São Paulo, todos sabem para onde vão; programam-se para caminhar
em linha reta, rumo ao horizonte, e vão atropelando hidrantes, cachorros quietos e
criancinhas perdidas. Próximo à entrada dos fundos da USP, junto à Marginal
Pinheiros, uma mulher sem-teto gritava, de longe, para o filho de uns 9 anos: “Onde é
que tá o Caio?” – e o menino dava de ombros, fazendo um “sei lá” engraçado com o
corpo todo. Tinha um olhar meio sapeca, e escondia atrás dele uma caixa enorme de
papelão (que se limitava a ficar de pé, impassível). A moça já estava virando as
costas, conformada, quando a caixa caiu no chão de repente, em meio a um barulho
Caminhando pelo asfalto, as pessoas veem guris saindo de dentro de grandes caixas,
a engatinhar, e não dão a mínima. Nada atinge os que passam na rua; nem mesmo
um martelo, que certo dia escapou, lenta e inexplicavelmente da mochila de um
rapaz, e foi aterrissar na calçada da Avenida Paulista, causando quase nada de
transtorno aos que por ali andavam. Apenas deram a volta, sem oferecer ajuda ou
achar minimamente estranho. Que tivesse um martelo dentro da mochila, oras. Não é
da minha conta.
Há mães que também não acham ser da sua alçada um certo garoto que cutucava a
saia e a paciência dos passageiros do metrô, tentando convencer a referida
progenitora a correr com ele para fora do vagão. Queria porque queria sair de lá e
entrar no trem oposto, que ia para o Jabaquara e estava vazio; só para depois sair
correndo de novo quando a porta abrisse e tomar, mais uma vez, o metrô para o
Tucuruvi. Movido por nenhum motivo coerente, é claro. Apenas porque parecia algo
bacana à beça – para a criança, não para os demais paulistanos irritados ou para sua
mãe, que suspirava fundo e pedia para que ele falasse mais baixo, por favor, os
moços ali estão reparando.
Em São Paulo, as pessoas morrem no meio do caminho, atravessam a rua nas horas
que não deveriam e os prédios desabam, atrapalhando o tráfego. Na opinião dos
taxistas, a esquina da Alameda Campinas com a Paulista é o lugar mais fácil para se
atropelar transeuntes. Já no cruzamento entre as Ruas Humberto I e Conselheiro
Rodrigues Alves, na Vila Mariana, os carros têm 3 minutos para circular – e as
pessoas, pouco mais do que 2 segundos.
A cada ano, cerca de 180 mil pessoas tiram a carteira de habilitação do Detran
(Departamento de Trânsito). Quinhentos mil novos automóveis entram em circulação
na cidade. Toda esta multidão, atordoada, decide dispor de seu direito de ir e vir
geralmente ao mesmo tempo, provocando congestionamentos que já chegaram a
somar 240 quilômetros, em um feriado de 1996. A distância, para se ter uma idéia,
equivaleria a 3 milhões de potinhos de Yakult, empilhados um a um, embora a
comparação não faça qualquer sentido. No ano 2000 houve, em São Paulo, um
acidente a cada 2,9 minutos; um atropelamento a cada 44,4 minutos; um morto a
cada 5,9 horas. Todos devidamente contabilizados, etiquetados e despachados – em
São Paulo é uma cidade em que ninguém tem o direito de se surpreender, a não ser
os loucos, as crianças e os velhos. Mesmo que haja tanto a ser descoberto. Mesmo
que existam tantas cidades nas sombras da São Paulo que sai nos jornais.
Identidades da Cidade
No texto, a autora Vanessa Bárbara escreve sobre a cidade de São Paulo a partir de
uma perspectiva um tanto interessante: ela fala sobre as coisas despercebidas, não
sobre seus personagens e cartões postais mais óbvios e conhecidos.
Essa é uma maneira, dentre outras, de observar uma cidade, de buscar nela traços de
sua identidade. E vocês, se tivessem que descrever sua cidade, apontar seus
personagens, os lugares que a representam, suas relações cotidianas, falariam sobre
o quê?
Para ajudar a responder essa pergunta, o trio deverá refletir a partir do conjunto de
frases elaboradas na etapa anterior dessa atividades. Juntos, vocês formularam um
conjunto de passagens iniciadas com “Identidade é...”. Agora, vocês deverão pensar
na identidade de sua cidade a partir dessas frases, buscando identificar seus traços
identitários. Durante a discussão do trio, busquem relembrar lugares ou instituições
que sejam importantes na vida de quem mora nesse lugar, ou seja, que façam parte
da experiência coletiva e dos modos de vida de seus moradores. Ao mesmo tempo,
busquem se lembrar de lugares que sejam únicos – que não existam da mesma forma
em outro lugar.
Aliás! Não é necessário ser um lugar, pode ser um modo de relação das pessoas com
a cidade típica de seus moradores: como eles transitam pela avenida principal; os
personagens recorrentes no dia a dia da cidade; aquelas pessoas mais antigas, cheias
de história para contar; praças, prédios ou monumentos que tenham história ... deixem
a imaginação correr solta.
Para realizar esta etapa, elejam um líder, que deverá cuidar do tempo da discussão,
anotar as principais sugestões do trios e, na próxima etapa, apresentá-las para o
restante da turma. Para guiar a discussão, utilizem a seguinte fórmula:
Busquem abranger todas as frases criadas pela turma sobre identidade, mas vocês
também podem criar novas formulações. Não se esqueçam também de explicar o
motivo da relação entre cidade e identidade estabelecida por vocês em cada exemplo.
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_____________________________________________________________________.
Porquê:
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_____________________________________________________________________.
O que sonho para minha vida como um todo? O que posso fazer para que esse
sonho se transforme em realidade?
O que desejo para minha família? O que está a meu alcance de ser feito para
que esse desejo aconteça?
Fiquem atentos a esses planos, para que não existam apenas no papel. Mas, claro,
estejam livres para alterá-los, pois a vida mostra a necessidade de mudanças de
rumo!
O poeta inglês William Shakespeare disse que “nós somos do mesmo tecido de que
são feitos os sonhos”. É próprio do ser humano sonhar, projetar-se no futuro e
planejar-se para alcançar suas metas. Sem sonhos e aspirações, não encontramos
um sentido real para nossas vidas. Por isso, a pergunta é: Vocês sonham com o que
para suas vidas?
O líder comanda a discussão no trio, a partir das questões a seguir. O líder lê cada
questão e cada um anota suas respostas em seus Álbuns de Cartografia Pessoal.
Esse registro é muito importante para o próximo encontro de Projeto de Vida.
Quais são os sonhos que tenho para minha vida? Discutam sobre todos os sonhos
que possuem, mesmo aqueles que pareçam impossíveis ou até bobos...
Quais são os meus sonhos em relação à família? Vocês têm vontade de formar
uma família? Como gostariam que ela fosse? O que acham que é preciso fazer
para formar uma família? E sobre a família da qual fazem parte: o que gostariam
de fazer por ela e o que gostariam que ela fizesse por vocês?
Quais são os meus sonhos em relação ao uso do meu tempo livre? Quais são as
atividades de lazer e os hobbies que querem praticar ou continuar praticando em
suas vidas?
O que pretendo fazer, pensando no bem comum? Quais são os sonhos que
possuem para sua comunidade/bairro, para sua cidade e para o país? Algum
desses sonhos poderia ser transformado em uma profissão, por exemplo?
Depois que todos terminarem de registrar por escrito suas respostas, o líder promove
uma rodada de conversa no trio, para compartilhar os desejos, sonhos e interesses
que cada um possui. E nada de tirar onda dos sonhos alheios! O primeiro passo para
construir um projeto de vida é simplesmente... reconhecer os próprios sonhos!
Fonte: bit.ly/dreamlennon
Então, construir um projeto de vida significa colocar degraus para alcançar os sonhos?
É isso mesmo! Nenhum sonho se realiza ao acaso... Toda conquista é feita de
persistência, de metas a seguir e de muita, mas muita troca de experiências com
outras pessoas.
Nessa jornada de construção do projeto de vida de cada um de vocês, não vale ficar
sozinho(a), isolado(a) do mundo, remoendo ideias e desejos e se sentindo sem força
para começar. Por isso, vocês estarão trabalhando juntos, com o apoio do(a)
professor(a) de Projeto de Vida e de outras pessoas que aparecerão no meio do
caminho...
Cerque-se de
pessoas que
o
Compartilhe impulsionem! Coragem e
inspirações, força para
palavras e correr atrás
experiências! dos sonhos!
Para
transformar
sonhos em
projeto de
Busque vida... Cair e
quebrar levantar! Se é
limites! importante,
não vale
Dá medo desistir!
mesmo! O
frio na
barriga faz
parte!
Agora é com vocês! Cada um se concentra e reflete seriamente sobre o que quer para
sua vida. A tabela a seguir os ajudará a traçar metas e colocar degraus para os seus
sonhos. E lembrem-se: nos próximos anos, nas aulas de Projeto de Vida, vocês
continuarão a aperfeiçoar seus projetos pessoais.
Minhas principais qualidades que vão me ajudar a realizar meu projeto de vida são...
Meus principais desafios que preciso superar para realizar meu projeto de vida são...
Meus objetivos como O que preciso fazer para conquistar esses objetivos?
estudante são... (Escreva aqui os passos que precisa fazer para alcançá-los).
Meus objetivos como O que preciso fazer para conquistar esses objetivos?
pessoa são... (Escreva aqui os passos que precisa fazer para alcançá-los).
Antes de compartilhar seus projetos de vida com o(a) professor(a), que tal avaliarem
uns aos outros? O “Jogo do espelho” ajudará vocês a encontrarem mais respostas
acerca de si mesmos!
Para começar, escolham um líder para conduzir o jogo, de modo que todos participem.
Leia cada questão abaixo e abra espaço para que cada um possa ser o “colega
espelho” e dizer o que pensa. Então, cada jovem preenche em sua tabela a avaliação
que recebeu! Bom jogo!
Qual é a maior qualidade que eu vejo em meus colegas? (Cada um diz qual é a
maior qualidade que vê em cada colega do trio e por quê).
No que acho que meus colegas podem melhorar? (Cada um diz qual é o maior
desafio que vê em cada colega do trio e por quê).
Eu acredito que meus colegas realizarão seus projetos de vida porque... (Cada
um diz por que confia na realização de cada colega).
Do início do ano até agora, eu acho que meus colegas cresceram com relação
a... (Cada um diz o que notou de crescimento em cada colega).
Meu nome: Qual é a maior No que meus Meus colegas Do início do ano
qualidade que colegas acham acreditam que eu até agora, meus
meus colegas que eu posso realizarei meus colegas acham
veem em mim? melhorar? projetos de vida que eu cresci com
porque... relação a...
Colega
“espelho”:
Colega
“espelho”:
Colega
“espelho”:
Colega
“espelho”:
Desafio! Resiliência
Daqui para frente, tenham em mente o Você é uma pessoa resiliente? Sabe
projeto de vida que estruturaram. Façam aqueles momentos da vida em que é
cópia dele em seus Álbuns de Cartografia necessário não se deixar abater frente
Pessoal e pesquisem na internet mais aos obstáculos e assumir uma postura de
sobre cada objetivo que possuem. Dessa força e luta? É isso! Como diz aquele
forma, vocês aprimorarão os degraus samba: “Levanta, sacode a poeira e dá a
necessários para alcançá-los! volta por cima”. Procure aprender com as
adversidades!
Família é bom, família é tudo, família atrapalha, família não ajuda em nada... Se vocês
perguntarem para vários jovens, ouvirão as mais diferentes respostas sobre a
importância da família na vida.
E para vocês? Qual é a importância da família e o que elas ensinam para vocês?
Que tal pensarem nos valores de suas famílias (ou aqueles que vocês consideram
suas famílias, mesmo que não sejam “sangue do seu sangue”) e fazer um raio-x do
que consideram de mais valioso que elas ensinaram para vocês?
Minha família!
Quem são as
pessoas de
minha família
que mais me
apoiam:
Quais são os
valores que
aprendi com
minha família:
O que aprendi
com minha
família que
quero ensinar à
minha futura
família:
Vocês já começaram a planejar seus projetos de vida, certo? Mas, o que será que
suas famílias pensam a respeito deles? Vocês já tiveram a oportunidade de conversar
com elas a respeito?
Por isso, o desafio agora é: cada um se reúne com sua família (ou com a pessoa que
considera mais importante em sua vida) para conversar sobre o futuro, o seu futuro!
Vocês já realizaram o “Jogo do espelho” entre vocês e puderam descobrir como seus
colegas o(a) veem. Que tal fazer agora o jogo com seus familiares? Escolham quem
são as pessoas que querem ouvir (podem ser quantas quiserem), façam as perguntas
abaixo e preencham a tabela. Ah! Vocês também darão suas respostas para as
pessoas que escolherem conversar, combinado? Afinal, o jogo é um espelho!
Qual é a maior qualidade que você vê em mim? (Seu familiar diz qual é a
maior qualidade que vê em você e vice-versa).
Qual é o maior valor que você procura transmitir para mim? (Seu familiar diz
qual é o maior valor que busca transmitir e vice-versa).
Você acredita que eu conseguirei realizar meus projetos de vida porque...
(Cada familiar diz por que confia na sua realização).
Eu sou importante para você porque... (Cada familiar diz por que você é
importante na vida dele e vice-versa).
Meu nome: Qual é a maior Qual é o maior Meu familiar Meu familiar diz
qualidade que valor que meu acredita que eu que eu sou
meu familiar vê familiar procura realizarei meus importante para
em mim? transmitir para projetos de vida ele porque...
mim? porque...
Familiar
“espelho”:
Familiar
“espelho”:
Familiar
“espelho”:
Depois de realizado o jogo (tomara que tenha sido muito legal!), apresente aos seus
familiares (ou pessoa mais importante) o projeto de vida que começou a desenvolver.
Conte um pouco sobre o que você está aprendendo nas aulas de Projeto de Vida
desde o começo do ano, sobre o seu(sua) professor(a), sobre seus colegas, como
trabalham juntos e tudo o mais que julgar importante de compartilhar. Conte o que
você acha que já mudou, cresceu e aprendeu!
Então, fale que o objetivo dessas aulas é fortalecer você como estudante, como
pessoa e como futuro profissional. É maneiro se você contar também que está
aprendendo uma série de competências que farão a diferença no mundo do trabalho,
como a colaboração, a comunicação, a resolução de problemas, a fazer projetos,
a liderança... Essas competências são importantes para qualquer profissão!
Fale de seus planos de futuro, mostre o que você planejou durante a atividade “O meu
projeto de vida!” e converse a respeito. Diga o quanto você precisa do apoio de seus
familiares para perseguir esses objetivos! Fale também que, ao longo dos próximos
anos do Ensino Médio, você aprenderá como fazer um projeto e sobre o mundo do
trabalho do século 21. E que estará sempre desenvolvendo competências e
aperfeiçoando o seu projeto de vida!
Lembre-se!
Se você não conseguir o voto de confiança de seus familiares logo de cara, não
desista! Diga que você está amadurecendo seus ideais e que respeita as opiniões
deles, procurando ouvir o que eles têm a dizer, pois você ainda tem um caminho de
aprimoramento pela frente e sua família pode ajudá-lo em suas conquistas !
O que os jovens da atualidade precisam saber? Quem tentar responder essa pergunta
vai fazer uma lista gigante de conhecimentos importantes, não é? É que para
conhecer, compreender e agir no mundo, é mesmo necessário um conjunto de
conhecimentos. A parte boa da história é que vocês estão tendo a oportunidade de
acessar, analisar, selecionar e processar muuuuuitos conhecimentos, a cada dia, na
escola.
Mas ter conhecimentos é suficiente para que jovens como vocês alcancem seus
sonhos? Basta saber muito bem Matemática, Língua Portuguesa, História, Biologia e
tudo o que estão aprendendo nas demais disciplinas da escola para, por exemplo,
conquistarem boas oportunidades de trabalho, construírem relações respeitosas na
família e com os amigos, lidarem com os desafios e obstáculos do cotidiano e
tornarem-se alguém que aprende ao longo da vida? O que é necessário, então?
É importante unir os conhecimentos que vocês aprendem na escola e fora dela com
um conjunto de competências que fazem toda a diferença!
Saber fazer escolhas e tomar decisões importantes para a própria vida e para
o coletivo.
Trabalhar de maneira colaborativa, respeitando diferenças e compartilhando
decisões.
Ser curioso diante das coisas, explorando, aprendendo e reaprendendo sobre
si, o outro e o mundo.
Enfrentar os problemas com coragem, utilizando os conhecimentos que tem e
adotando estratégias capazes de solucionar esses problemas.
Compreender as mensagens que existem no mundo e conseguir comunicar
suas ideias, conhecimentos, pontos de vista.
Liderar colegas na direção de seus objetivos e metas e ser liderado por eles.
E muitas outras...
Vocês devem estar se perguntando: “Por que é preciso tudo isso?”. É que o mundo se
complexificou nas últimas décadas. Os interesses e expectativas das sociedades
mudaram. As relações entre as pessoas e delas com o trabalho sofreram diversas
alterações. Os avanços tecnológicos interferem cada vez mais nas formas de ser,
pensar e agir das pessoas. Novas possibilidades surgiram, mas, com elas, a
necessidade de pessoas e profissionais mais bem preparados.
Por isso, fiquem ligados! Vocês estão vivendo diversas oportunidades, na escola, que
contribuem para que aprendam os conhecimentos e desenvolvam essas competências
que fazem a diferença! E a proposta desta atividade é descobrir quais competências
vocês estão desenvolvendo, no componente curricular Projeto de Vida.
AUTOCONHE-
RESPONSABILIDADE
Capacidade de CIMENTO
Capacidade de fazer novas compreender e fazer-se
conexões a partir de compreender
conhecimentos prévios; de em situações diversas,
buscar soluções novas, respeitando os valores e
gerenciando variáveis atitudes dos envolvidos nas
aparentemente desconexas; interações. Capacidade de
de dar saltos conceituais. utilizar criticamente as
habilidades de leitura e de
produção textual.
ABERTURA PARA
O NOVO COLABORAÇÃO
Capacidade de
Capacidade de usar identificar problemas,
o conhecimento de si, a desenvolver e lançar mão
estabilidade emocional e a de conhecimentos e
habilidade de interagir nas estratégias diversas para
tomadas de decisão, resolvê-los, bem como de
especialmente em aprender com o processo,
situações de estresse, aplicando as soluções em
críticas ou provocações. outros contextos.
RESOLUÇÃO DE
PROBLEMAS COMUNICAÇÃO
Capacidade de analisar
Capacidade de agir de
ideias e fatos em
forma organizada,
profundidade, investigando
perseverante e eficiente
os elementos que os
na busca de objetivos,
constituem e as conexões
mesmo em situações
entre eles, utilizando
adversas.
conhecimentos prévios e
formulando sínteses.
PENSAMENTO
Disposição para novas CRIATIVIDADE
Capacidade de atuar CRÍTICO
experiências estéticas, em sinergia e
culturais e intelectuais; responsabilidade
atitude curiosa, inventiva compartilhada, respeitando
e questionadora em diferenças
relação à vida. e decisões comuns,
adaptando-se a situações
sociais variadas.
Nome: Atividade 1:
Atividade 2:
Nome: Atividade 1:
Atividade 2:
Nome: Atividade 1:
Atividade 2:
Nome: Atividade 1:
Atividade 2:
Colaboração
Abertura para o
novo
Responsabilidade
Comunicação
Pensamento
Crítico
Resolução de
problemas
Criatividade
Chegou a hora de contar aos demais colegas da turma o que vocês concluíram sobre
o desenvolvimento de competências. Organizem as cadeiras da sala em um
semicírculo, viradas para uma parede que tenha espaço para que vocês possam
construir um quadro.
Cada um de vocês receberá do(a) Escreva o seu
professor(a) algumas filipetas. O número Meu nome nome nas
filipetas, bem
de filipetas a serem recebidas variará de
grande, ocupando
acordo com o número de competências todo o espaço.
que cada um avalia ter desenvolvido.
ATENÇÂO
LÁ EM CASA...
Você sabe dizer o que fazem os membros da sua família em termos profissionais?
Como escolheram essas profissões? Quantos anos eles tinham quando iniciaram
nessa profissão? Sempre trabalharam nisso ou mudaram ao longo do tempo? O que
eles pensam sobre o que fazem? Eles se sentem realizados com a profissão? Por
quê? Se pudessem, mudariam de profissão? Por quê?
Ufa, quanta pergunta! Mas é perguntando que vamos compreendendo melhor as
coisas... Nessa vibe de perguntar e responder, segure esta ideia:
CIDADANIA?
Cidadania é uma dessas palavras que, de tanto serem repetidas sem reflexão, viram
“lugar-comum”. Todo mundo fala nela, mas pouca gente para pra pensar sobre ela e –
o mais importante – para tentar exercê-la de verdade. Nosso convite a vocês, alunos,
é o seguinte: vamos mudar isso aqui na escola!
É por isso que Dalmo Dallari, conhecido estudioso desse tema, afirma que “os direitos
não caem do céu, como se fossem presente dos deuses, a construção da cidadania
exige esforços de todos que dela prescindem, pois são muitos os obstáculos a serem
superados. Daí decorre a necessidade de conscientização, de organização e
participação dos indivíduos”5.
36.
Cidadãos ou consumidores?
Vivemos em um momento em que podemos perceber a tentativa de mercantilizar
todas as instâncias da vida. A mídia e a cultura capitalista formam consumidores no
lugar de cidadãos. Incentiva-se o consumo de coisas supérfluas de tal forma que
essas coisas passam a parecer imprescindíveis.
Construiu-se a ideia de que só é possível ser feliz na medida em que você consome
certos produtos. Esses desejos produzidos pela publicidade são valores que não
correspondem aos reais desejos das pessoas.
Contra os shoppings
O shopping hoje é como um templo do consumo, com atmosfera controlada, onde
aparentemente não existe pobreza ou tristeza. As vitrines das lojas se tornam lugares
de adoração. Pais que levam seus filhos aos shoppings em vez de levá-los aos
parques estão produzindo futuros consumistas, pois desde cedo as crianças já
desenvolvem a ideia de que comprar é uma diversão.
Contra a cultura do consumo e as praças de alimentação. Os shoppings fortalecem a
cultura do medo, afastam as pessoas da esfera pública. Esvaziam as ruas e reduzem
os momentos de sociabilidade a momentos de consumismo. Ar condicionado,
ambientes condicionados, pessoas condicionadas? A experiência do tempo
desconectada do ambiente natural. Agora é de dia ou de noite? Você está em Belo
Horizonte, São Paulo, Miami ou Bombaim?