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MÓDULO 2 - A ELABORAÇÃO DO

PROJETO DE PESQUISA: O QUE


PESQUISAR E COMO PLANEJAR A
PESQUISA
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO
Talvez você nunca tenha elaborado um projeto de pesquisa
científica. Este módulo vai ajudá-lo a enfrentar esse desafio
discutindo detalhadamente cada um dos elementos que
constituem um projeto de pesquisa científica, e indicando
exemplos recolhidos na docência da disciplina metodologia da
pesquisa científica.

OBJETIVOS DO MÓDULO
Ao final do estudo deste módulo, você será capaz de:

 Compreender a lógica do projeto de pesquisa científica;


 Escolher um tema de pesquisa pertinente à sua área de
atuação profissional;
 Formular o problema de pesquisa;
 Discutir teoricamente seu objeto – problema de pesquisa;
 Formular hipóteses;
 Explicitar o modelo de análise;
 Definir os objetivos da pesquisa;
 Elaborar a justificação da pesquisa;
 Escolher os procedimentos metodológicos adequados a
seus objetivos de pesquisa; e
 Elaborar o cronograma da pesquisa.

ESTRUTURA DO MÓDULO
Este módulo é formado por 6 aulas:

 Aula 1 – O projeto de pesquisa, o tema e o problema de


pesquisa.
 Aula 2 – A discussão teórica do problema de pesquisa.
 Aula 3 – A formulação da hipótese e o modelo de análise.
 Aula 4 – As variáveis e a operacionalização das variáveis.
 Aula 5 – Os objetivos e a justificativa da pesquisa.
 Aula 6 – O cronograma da pesquisa.

AULA 1 – O PROJETO DE
PESQUISA, O TEMA E O
PROBLEMA DE PESQUISA
Nesta aula você estudará o que é o projeto de pesquisa, a
diferença entre tema e problema de pesquisa e as
resistências que você terá que superar para ter sucesso na
formulação de seu problema de pesquisa.

1.1 O QUE É UM PROJETO DE PESQUISA?


O projeto de pesquisa constitui-se em uma ferramenta
indispensável à atividade de investigação, devendo servir para
orientar seu estudo e poder comunicar às outras pessoas
(orientador, membros de uma banca, membros de outras
instituições, entre outros) o que você pretende fazer.

A realização da pesquisa subsidia a elaboração da monografia.

O que é monografia?

Monografia é um estudo sobre um tema específico ou


particular com suficiente valor representativo e que obedece
à rigorosa metodologia. Investiga determinado assunto não
só em profundidade, mas também em todos seus ângulos e
aspectos, dependendo dos fins a que se destina (LAKATOS e
MARCONI, 1991, p.235).

Se você deseja pesquisar, seu primeiro passo é elaborar o


projeto de pesquisa, isto é, planejar seu estudo.

Para elaborar esse projeto você precisa de esforço intelectual


considerável.

Você deve responder às seguintes questões:


 Qual tema tenho interesse em pesquisar?
 Qual problema de pesquisa pretendo resolver?
 Quais abordagens teóricas e conceituais deverão ser
utilizadas para construir cientificamente meu problema?
 Quais são os autores que discutem meu problema? Qual é
a minha hipótese?
 Quais objetivos minha pesquisa tem?
 Quais procedimentos metodológicos devo escolher para
alcançar esses objetivos?
 Quanto tempo tenho para desenvolver minha pesquisa?

1.2 O PRIMEIRO DESAFIO: A DIFERENÇA


ENTRE O TEMA E O PROBLEMA DE
PESQUISA
A elaboração do projeto de pesquisa inicia-se com o primeiro
desafio: a escolha do tema e do problema de pesquisa. Para
enfrentar esse desafio é importante que você conheça a
diferença entre eles.

1.2.1 O tema da pesquisa


É comum você pensar primeiro no tema da pesquisa, isto é, em
assuntos que podem ser pesquisados. Os temas de pesquisa
podem surgir das observações do seu ambiente de trabalho, da
conversa com colegas, da leitura dos jornais e de artigos
científicos de sua área de atuação profissional, disponíveis nas
bases e bibliotecas virtuais, entre outros.

Desafio...

Desafio você a pensar em alguns temas de seu interesse, que


considere relevantes para sua instituição e para a segurança pública,
e a registrá-los.

Veja alguns dos temas de monografia que um grupo de alunos de


um curso de Especialização em Segurança Pública e Cidadania e
Gestão da Segurança Pública escolheram nos últimos anos:
 Homicídios;
 Gestão e trabalho nas prisões;
 Policiamento comunitário;
 Reintegração social do detento;
 Medidas socioeducativas;
 Abordagem policial;
 Programas comunitários da subsecretaria de segurança
cidadã do DF;
 Violência institucional e profissionais da segurança pública;
 O crescimento do encarceramento no DF;
 A saúde mental dos policiais; e
 A construção do suspeito na identificação criminal, entre
muitos outros.

Observe que a característica dos temas apontados é


a abrangência.

Escolhido o tema, o passo seguinte é a delimitação do tema de


pesquisa escolhendo uma das tantas possibilidades de recorte.
Isto é, a formulação de seu problema de pesquisa.

1.2.2 O problema de pesquisa


Um problema de pesquisa é “um problema que se pode resolver
com conhecimentos e dados já disponíveis ou com aqueles
factíveis de serem produzidos” (LAVILLE e DIONNE, 1999, p.87).

Observe os seguintes exemplos de formulação de perguntas-


problemas sobre o tema homicídios.

a. O consumo de drogas ilícitas e de álcool está vinculado à


ocorrência de homicídios no Brasil, na última década?
b. Pode-se reduzir a taxa de homicídios legalizando o
consumo de drogas no Brasil?

Essas duas perguntas constituem-se em problemas de pesquisa


que podem ser redigidos da seguinte forma, quando seu
orientador olhar para você e perguntar: Qual é seu problema de
pesquisa?
 Meu problema de pesquisa é analisar a relação entre os
homicídios e o consumo de drogas ilícitas e de álcool no
Brasil.
 Meu problema de pesquisa é analisar em que medida a
legalização do consumo das drogas ilícitas pode contribuir
para reduzir a taxa de homicídios no Brasil.

Você percebeu que um tema pode permitir formular


vários problemas de pesquisa.

Veja, a seguir, alguns conselhos para conseguir formular seu


problema de pesquisa de forma adequada. Mas considere
que não existe uma receita para se chegar lá.

AÇÕES ATIVIDADES
Realize uma imersão sistemática no tema de seu interesse. Procure
artigos em periódicos científicos publicados nos últimos cinco anos
AMPLIE SUAS
sobre o tema inicialmente escolhido, e observe quais são os
LEITURAS
problemas levantados pelos pesquisadores em torno do tema que
lhe interessa.

Converse com seu orientador para descobrir seu problema de


DIALOGUE COM SEU
pesquisa, pois ele acumula experiência concreta no campo de
ORIENTADOR
estudo. Informe seu orientador sobre suas motivações e interesses.

Por último, se não conseguir delimitar claramente seu problema,


PLANEJE UM realize um trabalho de campo preliminar flexível, assistemático,
TRABALHO DE anotando em um caderno de campo suas principais observações,
CAMPO conversando informalmente com os possíveis sujeitos de sua
EXPLORATÓRIO pesquisa, coletando todas as informações e dados que achar
pertinente.

Quadro 2: Conselhos úteis para formular o problema de


pesquisa.
Fonte: Elaborado pela professora Dra. Analía Soria Batista
(UNB).

Para ter sucesso na formulação de seu problema de pesquisa,


você também tem que considerar as seguintes questões:

Você precisa superar suas resistências: Uma pesquisa


realizada em um contexto acadêmico deve ater-se à
compreensão científica do mundo social. O conhecimento
sociológico, por exemplo, permite ir além das aparências da
realidade, aprofundando a compreensão dos diversos aspectos
da sociedade em que você vive. É possível, inicialmente, que
você resista à compreensão científica do social, em função de
seus conhecimentos de senso comum, como foi discutido na Aula
1, do Módulo 1.

A escolha de seu problema de pesquisa pode ser bastante lenta


e complexa, pois lhe exigirá capacidade de proceder a rupturas
com seu próprio mundo profissional, suas preferências políticas,
seus valores, suas crenças e seus interesses.

Você precisa avaliar questões práticas: A escolha de um


problema de pesquisa lhe exigirá considerar elementos de ordem
prática, tais como o tempo que tem disponível para realizar o
estudo, os recursos intelectuais que possui para levar a cabo a
empreitada, os recursos financeiros, entre outros.

Você precisa saber que não vai ser possível pesquisar todo:
A escolha de um problema de pesquisa lhe exigirá delimitar o
tema de pesquisa, isto é, focar em algum aspecto desse tema.

Na próxima aula você estudará sobre a necessidade de


aprofundar a discussão teórica de seu problema de
pesquisa, a formulação da hipótese do estudo e a
explicitação do modelo analítico que utilizará na sua
pesquisa. Até a próxima aula!

AULA 2 – A DISCUSSÃO TEÓRICA


DO PROBLEMA DE PESQUISA
Nesta aula, você estudará a importância de discutir
teoricamente seu problema de pesquisa, a formulação da
hipótese e do modelo de análise de sua pesquisa.

2.1 A IMPORTÂNCIA DA DISCUSSÃO


TEÓRICA DO OBJETO
Na Aula 1 deste Módulo você aprendeu a formular um problema
de pesquisa. Neste tópico, você vai compreender a importância
de discutir teoricamente esse problema e algumas estratégias
para ter sucesso no empreendimento.

Os conceitos desenvolvidos pela teoria do processo de trabalho


capitalista (controle e disciplina fabril, divisão capitalista do
trabalho, expropriação, entre outros) permitiram observar novos e
mais complexos aspectos da realidade social do trabalho que
aconteciam, impossíveis de serem percebidos sem esses
“óculos” teóricos.

O que é conceito?

Conceitos são declarações generalizadas sobre classes inteiras de


fenômenos (BECKER, 20071, p.45).

Você compreendeu a necessidade de discutir teoricamente o


que pretende estudar, em outras palavras, de discutir seu
objeto - problema de pesquisa - utilizando teorias e conceitos
característicos da área científica, que possibilitam a sua
interpretação.

Veja, a seguir, mais um desafio.

2.2 O DESAFIO DE TEORIZAR SOBRE SEU


OBJETO-PROBLEMA DE PESQUISA
Para enfrentar esse desafio, você tem que identificar e analisar
as abordagens teóricas pertinentes ao seu problema de
pesquisa, analisar pesquisas sobre seu problema, escolher uma
das abordagens teóricas e escrever um texto que discuta as
abordagens, as pesquisas já realizadas e seus resultados e que
explicite as razões de sua escolha.

2.2.1 Identificar as abordagens teóricas e as pesquisas


realizadas pertinentes a seu problema
Se seu problema de pesquisa é analisar a relação entre os
homicídios e o consumo de drogas ilícitas e de álcool no Brasil
(tema indicado na aula 1, deste Módulo) por exemplo, você deve
identificar quais são as abordagens teóricas sobre esse
problema de pesquisa, as pesquisas existentes e seus principais
autores.
Orientação

Pode ser que você tenha cursado uma disciplina que abordou, seguindo o
exemplo anterior, a relação entre o consumo de drogas ilícitas e de
álcool e os homicídios. Nesse caso, seu problema está resolvido. Caso
contrário, você tem dois caminhos para descobrir essas abordagens:

 Consulte o seu orientador sobre os autores-chave. Supõe-


se que ele sabe.
 Faça uma revisão bibliográfica (artigos, comunicações,
dissertações, teses, entrevistas, entre outros) e utilize
buscadores acadêmicos na internet, diretórios, bases de
dados, sites de expertos no problema, consulte pesquisas
sobre seu problema e observe as abordagens teóricas, as
pesquisas e seus autores.

Seu problema de pesquisa deve ser uma decorrência lógica da


discussão teórica que apresenta. Todas as obras importantes
sobre seu problema de pesquisa devem ser consultadas, mas, é
possível que a revisão seja exaustiva.

2.2.2 Dicas simples para revisar a bibliografia


Para revisar rapidamente a bibliografia e selecionar a que lhe
interessa, proceda da seguinte forma:

Livro: revise o índice e o índice analítico para obter um panorama


dos temas abordados no livro.

Artigos Científicos: revise primeiro o resumo para saber se é de


seu interesse.

Importante!

Na revisão da bibliografia, você pode encontrar diversas situações


com relação à teoria existente sobre seu problema de pesquisa. As
situações mais comuns são as seguintes:

a. Há uma teoria bem consolidada, que possui evidências


empíricas abundantes e que você considera adequada para
abordar seu problema de pesquisa;
b. Há várias teorias para abordar seu problema de pesquisa e
você deve escolher alguma delas;
c. Não há teoria para abordar seu problema de pesquisa.

ESCOLHER UMA DAS ABORDAGENS E


ESCREVER UM TEXTO
Você revisou a bibliografia sobre seu problema e agora enfrenta o
desafio de escolher uma entre as abordagens teóricas que
existem, isto é, enfrenta o desafio de construir sua Problemática.
A construção da Problemática diz respeito às escolhas teóricas
e conceituais do pesquisador.

Escolha a abordagem teórica que mais se ajusta à natureza de


seu problema de pesquisa e, se achar necessário, também utilize
elementos de outras teorias.

Você vai escrever um texto que articule as ideias principais dos


autores encontrados na revisão bibliográfica, no exemplo
explicitado anteriormente, sobre a relação entre o consumo de
drogas ilícitas e de álcool e a ocorrência dos homicídios no Brasil.

2.4. COMO SISTEMATIZAR O MARCO


TEÓRICO OU DE REFERÊNCIA?
O próximo passo é você sistematizar as abordagens teóricas
escrevendo um texto. Mais um desafio que exigirá de
você, resumir, citar textualmente, comentar, criticar, e ter
muita paciência, pois precisa de leitura rigorosa.

Veja, a seguir, alguns conselhos para ter sucesso na


identificação da discussão teórica de seu problema de
pesquisa.

AÇÕES ATIVIDADES
O seu orientador sobre quais são as obras mais importantes a respeito do tema
para facilitar sua pesquisa bibliográfica. Também quais são os principais centros
CONSULT
de documentação que deve pesquisar, e as principais obras, artigos, entre
E
outros, bem como pesquisadores, autoridades e outros agentes que você talvez
precise entrevistar.

ORGANIZE Sua discussão teórica focando nas principais ideias dos autores consultados


sobre seu problema de pesquisa. Articule bem essas ideias. Prepare-se para
mergulhar na leitura e na reflexão.

APOIE as ideias apresentadas nas referências consultadas.

Quadro 3: Conselhos úteis na hora de discutir teoricamente o


objeto-problema de pesquisa.
Fonte: Elaborado pela professora Dra. Analía Soria Batista.

Na próxima aula você vai estudar a hipótese da pesquisa e a


explicitação do modelo de análise de seu estudo, até lá!

AULA 3 - A FORMULAÇÃO DE
HIPÓTESES E O MODELO DE
ANÁLISE
Nesta aula você vai estudar o que é hipótese e sobre a
explicitação do modelo de análise da pesquisa.

3.1 O QUE É UMA HIPÓTESE? COMO


FORMULÁ-LA?
Veja, a seguir, as definições sobre hipótese:

Enunciado geral de relações entre variáveis (fatos, fenômenos).


Formulado como solução provisória para um determinado
problema, apresentando caráter preditivo ou explicativo;
compatível com o conhecimento científico (coerência externa) e
revelando consistência lógica (coerência interna); sendo passível
de verificação empírica em suas consequências (LAKATOS e
MARCONI , 1999, p. 126).

Em termos simples, uma hipótese é uma resposta possível de ser


testada e fundamentada para uma pergunta feita relativa ao
fenômeno escolhido (RICHARDSON, 2011, p.27).

A hipótese, que constitui uma resposta antecipada de seu


problema de pesquisa, é uma conjetura afirmativa, plausível de
ser verdadeira.
Você deve formular uma hipótese que possa ser testada, isto é,
que possa ser contrastada com os dados da realidade. A validade
da hipótese depende de sua congruência com os fatos ou
fenômenos da realidade. As hipóteses se fundamentam no
conhecimento prévio e a sua verificação ou refutação permite
novos e aprofundados conhecimentos (KERLINGER, 1996).

Quiuy e Camenhoudt (1995, p. 149 apud Gerhardt 2009, p. 54)


indicam duas formas de construção das hipóteses pelos
pesquisadores: por meio do raciocínio indutivo ou por meio
do raciocínio dedutivo.

No método hipotético indutivo, isto é, o método de


construção da hipótese por meio do raciocínio indutivo, a
construção da hipótese se baseia na observação direta da
realidade que se pretende estudar, e a partir dessas
observações, o pesquisador constrói novos conceitos, novas
hipóteses e o modelo que será posteriormente submetido à prova
dos fatos.

No método hipotético dedutivo, isto é, o método de


construção da hipótese por meio do raciocínio dedutivo, o
pesquisador parte de um postulado ou conceito que serve como
modelo de interpretação da realidade que pretende analisar. Por
meio de um trabalho lógico, o pesquisador deriva desse modelo
as hipóteses e as variáveis (ou aspectos) da realidade que quer
observar.

Método hipotético indutivo Método hipotético dedutivo


A construção parte de um postulado ou conceito
A construção parte da observação. O
como modelo de interpretação do objeto estudado.
indicador é de natureza empírica. A
Esse modelo gera, através de um trabalho lógico, as
partir dele, constroem-se novos
hipóteses, os conceitos e os indicadores para os
conceitos, novas hipóteses e o modelo
quais será necessário buscar correspondentes no
que será submetido à prova dos fatos.
real.

Quadro 4: Métodos hipotético indutivo e hipotético dedutivo.


Fonte: QUIVY & CAMPENHOUDT, 1995.

Contudo, esses dois métodos de construção das hipóteses da


pesquisa são articulados no trabalho científico:
Quando iniciamos uma pesquisa pela primeira vez, a abordagem
hipotético indutiva normalmente prevalece, ou seja, construímos
nossas hipóteses e indicadores a partir da observação do campo
empírico, derivando daí novos conceitos e novas hipóteses que
serão submetidas à comprovação pelo modelo estabelecido. Na
sequência, quando se possuem algumas ideias conceituais a
respeito do tema trabalhado que possam explicar o objeto de
estudo, a abordagem hipotético dedutiva passa a ter mais
importância. Isso quer dizer que a construção das hipóteses parte
de um postulado ou conceito como modelo de interpretação do
objeto estudado. Na realidade, essas duas abordagens se
articulam, pois todos os modelos elaborados por uma pesquisa
científica comportam dedução e indução (GERHARDT, 2009, p.
54).

3.2 O MODELO DE ANÁLISE


A construção do modelo de análise da sua pesquisa implica na
explicitação da hipótese ou dos interrogantes que você formulou
para orientar a pesquisa, e dos conceitos derivados
da problemática ou abordagem teórica que você escolheu para
referenciá-la.

Caso tenha preferido formular perguntas de pesquisa em vez da


hipótese, precisa identificar os conceitos principais de sua
abordagem teórica e definir os aspectos da realidade que você
vai observar, a partir das interrogantes que formulou.

Importante!

Nem sempre os pesquisadores elaboram uma hipótese para orientar


a realização da pesquisa. Podem formular apenas perguntas de
pesquisa, que servem também para orientar a realização do estudo.

O modelo de análise é composto pela hipótese e as variáveis e


suas definições operacionais, ou pelas perguntas da pesquisa, e
os conceitos operacionalizados, isto é, definidos de forma a
possibilitar sua observação na realidade social.

Na próxima aula você vai estudar o papel das variáveis na


pesquisa científica.
AULA 4 – AS VARIÁVEIS E A
OPERACIONALIZAÇÃO DAS
VARIÁVEIS
Nesta aula você vai conhecer, de forma introdutória, o papel
das variáveis na construção do conhecimento científico.

4.1 DEFINIÇÕES DE CONCEITOS E


VARIÁVEIS
As definições dos conceitos utilizados na pesquisa científica são
gerais, ou seja, amplas, enquanto que as definições
operacionais desses conceitos são restritas, voltadas para
aspectos específicos do objeto de estudo, permitindo a
observação e/ou mensuração das variáveis envolvidas no
fenômeno que você pretende analisar.

Richardson (2011, p. 117) aponta que o conceito


de variável representa classes de objetos, como: sexo,
escolaridade, renda mensal, participação política, violência
psicológica etc.

A variável “sexo” é fácil de operacionalizar, já que apresenta duas


categorias: feminino e masculino. Mas, existem outras variáveis
que são bem mais complexas, como participação política e
violência psicológica, pois suas definições não são simples.

4.1.1 Quais são as características das variáveis?


As variáveis constituem-se de aspectos observáveis e
mensuráveis de um fenômeno, que podem apresentar diferentes
valores (variável quantitativa) ou ser agrupados em categorias
(variável qualitativa).

A variável idade tem diversos valores: 20 anos, 25 anos, 30


anos, etc. A variável estado civil pode ser agrupada nas
seguintes categorias: solteiro, casado, viúvo, desquitado e
divorciado.
As variáveis devem apresentar variações ou diferenças em
relação ao mesmo ou a outros fenômenos.

Um exemplo bem simples pode contribuir para esclarecer essa


questão.

Observe a tabela:

ESTADO
FREQUÊNCIA
CIVIL

Solteiros 140

Casados 60

Viúvos 20

Desquitados 40

Divorciados 20

Total 280

Tabela 1: Distribuição de Policiais Militares, segundo o estado


civil.

Neste caso, você pode analisar a tabela comparando as


categorias, pois as variações internas da variável estado civil são
significativas (RICHARDSON, 2011, p.118).

Segundo Davis (1976 apud RICHARDSON, 2011, p. 120), no que


diz respeito à importância das variações internas de uma variável,
você pode considerar as seguintes regras:

 Disponha de grande número de casos que difiram em sua


classificação;
 Se uma das categorias for exageradamente maior em
frequência que as demais, use-a sozinha. Isto é,
transforme-a em uma variável;
 Se tiver um grande número de categorias com pequenas
frequências, comece a agrupar em pares até obter
categorias significativas;
 Evite alternativas que concentrem mais de 70% dos casos,
pois elas prejudicam a análise.
Resta assinalar que existem casos em que as categorias não
podem ser reagrupadas, ou a variável não pode ser reformulada.
Nesses casos você precisa eliminar a variável, já que não serve
como medida de avaliação (RICHARDSON, 2011, p. 120).

4.2 TIPOS DE RELAÇÕES ENTRE


VARIÁVEIS/FENÔMENOS
A variável é o aspecto observável de determinado fenômeno,
ligado a outras variáveis numa situação determinada. Observe no
quadro a seguir os tipos de relações entre variáveis, segundo
Richardson (2011, p. 121):

Relação de As variáveis mudam conjuntamente. Exemplo: relação entre o peso e


covariação a estatura.

As variáveis podem mudar conjuntamente, mas, as mudanças em uma,


Relação de não necessariamente produzem mudanças na outra.
associação Exemplo: desempenho escolar em matemática e desempenho escolar em
biologia.

Relação de Uma variável depende da outra. Exemplo: a variável posição


dependência social depende da variável renda pessoal.

Relação de Mudanças em uma variável produzem mudanças na outra. Exemplo: entre


causalidade o preço do produto e a procura por esse produto.

Quadro 5: Tipos de relações entre variáveis.


Fonte: Richardson (2011, p. 121).

4.3 PRINCÍPIOS PARA DEFINIR VARIÁVEIS


Segundo Richardson (2011, p. 121) dois princípios devem ser
considerados na definição de todas as variáveis.

Importante!

A não observância desses princípios leva a perda de informação ou a


inutilidade da medição realizada pelo pesquisador.

O primeiro princípio que você precisa considerar na definição


operacional das variáveis é o que estabelece que os valores de
uma variável devem ser mutuamente excludentes. Veja a seguir
o exemplo indicado pelo citado autor:

Variável: Religião

Categorias da variável Religião:

 Católica;
 Protestante; e
 Anglicana.

Você já percebeu qual é o problema com essa


categorização?

O problema é que um sujeito anglicano é também protestante.


Isso significa que as categorias não são mutuamente
excludentes. O correto seria:

Variável: Religião

Categorias da variável Religião:

1. Católica; e
2. Protestante.

Resta esclarecer ainda que as categorias devem estar


adequadas à realidade local ou regional do estudo que você
pretende fazer.

O segundo princípio que você precisa considerar na definição


operacional das variáveis é o que estabelece que as categorias
devem ser exaustivas. Isto é, todos os elementos da amostra
devem ser classificados em algumas das categorias elaboradas
pelo pesquisador. Seria inútil na categorização da variável
Religião de um estudo no Brasil incluir a categoria muçulmana,
por exemplo (RICHARDSON, 2011, p.123).

4.4 TIPOS DE VARIÁVEIS, SEGUNDO NÍVEIS


DE MEDIÇÃO
São considerados quatro tipos de variáveis segundo seus níveis
de medição:
Variável nominal ou categórica: A variável é classificada em
categorias distintas, como no exemplo já explicitado sobre a
variável estado civil dos policiais militares (solteiro, casado, viúvo,
desquitado, divorciado). Observe que não há nenhuma hierarquia
entre as categorias da variável estado civil (RICHARDSON, 2011,
p.126).

Variável ordinal: A variável ordinal resulta da operação de


ordenar por postos. Além de classificar os elementos de um
conjunto, como no caso anterior da variável nominal ou
categórica, estabelece uma ordem hierárquica entre as
categorias. A ordem resulta da distinção dos elementos de
acordo com o maior ou menor grau que determinada
característica possui. Por exemplo, a variável nível
socioeconômico pode ser hierarquizada como segue
(RICHARDSON, 2011, p.26):

Exemplo:

 nível alto
 nível médio
 nível baixo

Tem-se, assim, uma variável ordinal que implica numa ordem


quantitativa numérica, só em termos de maior ou menor. Observe
que não se estabelece quantos pontos mais alto ou mais baixo é
o nível socioeconômico de uma ou outra categoria
(RICHARDSON, 2011, p. 127).

Variáveis de razão: Estas variáveis reúnem todas as


propriedades dos números naturais: classificação, ordem,
distância e origem. Supõem um zero absoluto, mesmo quando o
referido valor não se dá, em nenhum caso, em certas variáveis.
Por exemplo: número de habitantes de uma cidade: podem existir
cidades sem habitantes, mas, é muito difícil.

Variáveis intervalares: Estas variáveis possuem as


características das escalas anteriores: nominal e ordinal. Além
disso, as variáveis intervalares apresentam distâncias iguais
entre os intervalos que se estabelecem sobre a propriedade
medida. Isto é, requerem o estabelecimento de algum tipo de
unidade física de medição que sirva como norma e que, portanto,
possa aplicar-se sucessivamente com os mesmos resultados.

4.5 CLASSIFICAÇÃO DAS VARIÁVEIS,


SEGUNDO A POSIÇÃO NA RELAÇÃO
ENTRE DUAS OU MAIS VARIÁVEIS
Segundo Richardson (2011, p. 129), é possível classificar as
variáveis de acordo com a relação temporal que existe entre elas.

Variáveis independentes: Afetam outras variáveis, mas, não


precisam estar relacionadas com elas. Por exemplo, idade e sexo
podem influir nos desejos dos policiais de abandonar a
Corporação. Mas, a idade não depende do sexo, nem o sexo da
idade. São variáveis independentes entre si, mas que afetam
uma variável dependente específica. Nesse caso, o desejo de
abandonar a Corporação.

Variáveis dependentes: São aquelas variáveis afetadas ou


explicadas pelas variáveis independentes. Variam de acordo com
as mudanças nas variáveis independentes. No exemplo anterior,
podemos supor que à medida que a idade aumenta, é menos
provável o desejo dos profissionais de abandonar a Corporação.
Assim, o desejo de abandonar a Corporação depende da idade.
O desejo de abandonar a Corporação é a variável dependente, a
idade, a variável independente. Resta esclarecer que devido à
interação que existe entre as variáveis sociais, não se pode
determinar, em termos absolutos, quais são as independentes e
as dependentes (RICHARDSON, 2011, p. 129,130).

Variáveis intervenientes: Estas variáveis estão entre as


independentes e as dependentes. Elas intervêm nessa relação.

Exemplificando...

Para você compreender melhor a influência das variáveis


intervenientes, observe o exemplo a seguir, segundo Richardson (2011,
p. 131):

Variável independente: sexo

Variável dependente: aproveitamento escolar


Nesse caso, o pesquisador supõe que existe relação entre o sexo
feminino e o melhor aproveitamento escolar. Mas o pesquisador também
supõe que o aproveitamento escolar é influenciado pelas habilidades do
aluno e pelas suas expectativas profissionais, isto é, por duas variáveis
intervenientes.

De acordo com Richardson (2011, p. 131), os efeitos das variáveis


intervenientes podem ser os seguintes:

 Não existe efeito. A relação original entre o sexo e o


aproveitamento escolar se mantém invariável.
 As variáveis têm efeito significativo. A relação original
desaparece. Também pode ser que apenas uma das
variáveis intervenientes tenha efeito significativo.
 As variáveis têm efeitos significativos, mas a relação
original não desaparece, apenas enfraquece.

4.6 VARIÁVEIS SEGUNDO AS


CARACTERÍSTICAS DE CONTINUIDADE
Segundo a característica de continuidade, as variáveis
podem ser discretas e contínuas:

Variáveis discretas ou nominais: São as variáveis constituídas


de categorias separadas ou distintas.

Variáveis contínuas ou ordinais, intervalares e de razão: São


as variáveis que podem assumir um conjunto ordenado de
valores dentro de determinados limites. Os valores de uma
variável contínua pelo menos refletem uma ordem hierárquica
(alto, médio, baixo). Além disso, os valores variam dentro de
determinados limites e cada elemento recebe um escore entre
esses limites. A variável aproveitamento escolar, essencialmente,
varia entre zero e dez pontos (RICHARDSON, 2011, p. 133).

Agora que já compreende bem o que são variáveis, na


próxima aula, você vai estudar como elaborar os objetivos de
seu projeto de pesquisa e a justificativa do estudo.
AULA 5 - OS OBJETIVOS E A
JUSTIFICATIVA DA PESQUISA
Nesta aula você vai estudar como redigir os objetivos e a
justificativa de sua pesquisa.

5.1 FORMULAÇÃO DOS OBJETIVOS DA


PESQUISA
Você fez progressos importantes, superou os desafios de
elaborar seu problema de pesquisa, de discutir teoricamente seu
objeto – problema de pesquisa – formulou a hipótese do seu
estudo e explicitou seu modelo de análise.

Seu desafio agora é redigir os objetivos da pesquisa. Para


isso, deve responder à seguinte pergunta: O que pretende com
sua pesquisa?

5.1.1 Os objetivos gerais e os objetivos específicos


Os objetivos estão relacionados ao seu problema de pesquisa e a
sua hipótese. Um projeto de pesquisa deve conter objetivos
GERAIS e ESPECÍFICOS.

Os objetivos gerais expressam os resultados mais abrangentes


que se pretendem alcançar com a pesquisa.

Os objetivos específicos expressam os passos necessários


para se alcançar o objetivo geral, em outras palavras, constituem-
se da desagregação, em ações, do objetivo geral.

Os objetivos precisam ser factíveis e, durante sua pesquisa, você


deve alcançá-los. Sua pesquisa é avaliada nesse sentido e, além
do mais, você deve explicar em que medida e como conseguiu
alcançar os objetivos explicitados.

Veja, a seguir, alguns conselhos que o auxiliarão na


elaboração dos objetivos.

Lembre que os objetivos devem produzir conhecimentos para resolver seu problema de
pesquisa.

Elabor um objetivo geral e o desagregue em, no mínimo, três e, no máximo, seis objetivos
e específicos.

a redação dos objetivos com um verbo: identificar, analisar, observar, relacionar,


Inicie
entre outros.

Elabor os objetivos específicos, pensando nos procedimentos metodológicos para alcançá-


e los.

Quadro 6: Conselhos para elaborar os objetivos da pesquisa.


Fonte: Elaborado pela professora Dra. Analía Soria Batista
(UNB).

Exemplificando...

Redação dos objetivos da pesquisa.

Observe como foram redigidos os objetivos com este exemplo bem


simples de proposta de pesquisa:

Problema de Pesquisa: Como as mulheres presas percebem as


atividades destinadas à reintegração social no presídio feminino do DF?

Objetivo Geral:

Compreender as percepções das mulheres presas sobre as atividades de


ensino e trabalho no presídio.

Objetivos específicos:

 Analisar o perfil sociodemográfico das mulheres


encarceradas no presídio feminino do DF.
 Descrever as atividades de ensino e trabalho das mulheres
encarceradas no presídio feminino do DF.
 Identificar o papel da educação e do trabalho no presídio
da perspectiva das mulheres presas.

Fonte: Elaboração da professora Dra. Analía Soria Batista (UNB).

Redigiu os objetivos do seu projeto?


Se você já os redigiu, vai para o próximo desafio.
5.2 JUSTIFICATIVA DA PESQUISA
Você tem que justificar sua pesquisa, isto é, explicitar por que
acha importante realizar seu estudo, por que você deseja fazer
essa pesquisa.

Observe a seguir alguns dos aspectos envolvidos na justificação


da relevância de um projeto de pesquisa e inspire-se neles para
justificar seu estudo.

Justificativa pelas
Justificativa Teórica e Metodológica
Consequências Sociais

A relevância de seu projeto pode se A relevância de seu projeto


justificar teórica e metodologicamente. Você propõe pode se justificar devido
estudar um problema já abordado no campo científico, às consequências sociais do
mas, adotando enfoques teórico-metodológicos novos. problema que propõe.

Justificativa pelos
Justificativa em função das lacunas objetivos e interesses
institucionais.
A relevância de seu projeto
A relevância de seu projeto pode se justificar em função
pode se justificar em função
das lacunas identificadas no conhecimento que está
dos objetivos e interesses de
disponível sobre seu problema de pesquisa.
sua instituição de origem.

Quadro 7: Conselhos para identificar a relevância de seu projeto.


Fonte: Elaborado pela professora Dra. Analía Soria Batista
(UNB).

AULA 6 - O CRONOGRAMA DA
PESQUISA
Nesta aula, você vai aprender como elaborar o cronograma
de sua pesquisa, identificando as atividades e o tempo
necessário à sua execução.

O cronograma da pesquisa é o planejamento das atividades que


permitem o desenvolvimento do projeto de pesquisa em um
tempo preestabelecido. O cronograma da pesquisa responde a
perguntas, tais como: Quê? Quando?

Para elaborar o cronograma de sua pesquisa você precisa


considerar o tempo total de que dispõe para realizar seu estudo
em meses, e todas as atividades envolvidas nessa empreitada,
calculando para cada uma delas, o tempo necessário de sua
execução.

Você pode começar definindo as atividades que permitem


desenvolver seu projeto de pesquisa, de forma sequencial. As
atividades correspondem a ações e são definidas por um verbo
(revisar, elaborar, sistematizar, analisar etc.).

Uma vez definidas sequencialmente as atividades necessárias ao


desenvolvimento do projeto de pesquisa, incluindo aí a versão
final da monografia e sua defesa pública, você deve planejar um
determinado tempo de realização de cada uma das atividades
elencadas.

Importante!

O orientador de sua monografia pode aqui ajudar e muito! Se você


não tiver experiência em pesquisa, discuta com seu orientador o
tempo necessário a cada uma das atividades de pesquisa elencadas
em seu cronograma.

Considere que, a depender das características do trabalho de


campo, este pode ser demorado. Por exemplo, entrevistas
individuais e grupais podem eventualmente ser desmarcadas
pelos sujeitos, gerando atrasos no cronograma. Visitas a
instituições podem atrasar em função das dificuldades para
conseguir autorização. Acesso a dados e informações
secundárias pode não ser fácil, exigir autorizações especiais etc.

Vale ressaltar que é comum a pesquisa iniciar com atividades de


aprofundamento bibliográfico. Ela pode exigir também o
levantamento de documentos oficiais, por exemplo. Os
preparativos para o trabalho de campo merecem bastante
atenção. Estes podem implicar em conseguir dados sobre
determinado grupo social que se quer estudar, para aplicar
técnicas de amostragem ou, ainda, podem exigir autorização para
ingressar em determinados espaços institucionais e pesquisar
junto às pessoas que trabalham no lugar.

É necessário também construir os instrumentos da pesquisa,


sejam estes questionários ou entrevistas individuais ou grupais
etc. Os instrumentos precisam passar por pré-testes e
reelaborações antes de sua aplicação definitiva. Há um tempo
para realizar a coleta dos dados e um tempo para sistematizar
esses dados e proceder a sua análise.

Ainda, será necessário escrever uma versão preliminar da


monografia, considerar um espaço de tempo para submetê-la ao
veredicto do orientador e um espaço de tempo para realizar as
correções do texto recomendadas e apresentar a versão
definitiva do trabalho. Por último, deverá ser marcada a defesa
pública do trabalho realizado.

Na Prática

Um discente tem 12 meses para realizar a pesquisa e apresentar sua


monografiaNESTE MÓDULO, VOCÊ ESTUDOU
QUE:
O projeto de pesquisa constitui-se em uma ferramenta indispensável à
atividade de investigação, devendo servir para orientar seu estudo e poder
comunicar às outras pessoas (orientador, membros de uma banca, membros
de outras instituições, entre outros) o que você pretende fazer.

REALIZE A ATIVIDADE
Agora que você concluiu o estudo do módulo, é importante fixar
seus conhecimentos, para isso disponibilizamos a seguir um
questionário com assuntos relacionados ao conteúdo estudado.

Para acessá-lo, clique no botão abaixo:


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