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ESCOLA SECUNDÁRIA PAULO SAMUEL KANKHOMBA

DEDUÇÃO, INDUÇÃO E ANALOGIA

Nome de Estudante:
Flora Francisco

Turma, B, C/N

Lichinga
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Índice

1.0. Introdução...................................................................................................................4

2.0. DEDUÇÃO, INDUÇÃO E ANALOGIA...............................................................5

2.1. A dedução...............................................................................................................5

2.2. A indução................................................................................................................6

2.3. A analogia...............................................................................................................8

3.0. Conclusão..........................................................................................................10

4.0. Bibliografia.......................................................................................................11
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1.0. Introdução

A indução é o raciocínio que, após considerar um número suficiente de casos


particulares, conclui uma verdade geral. A indução, ao contrário da dedução, parte da
experiência sensível, dos dados particulares. Por um lado, na área da Filosofia e da
Lógica, a dedução é uma conclusão ou inferência que se chega graças à prática de um
método de raciocínio que partirá de conceitos gerais ou princípios universais para
chegar a conclusões particulares.
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2.0. DEDUÇÃO, INDUÇÃO E ANALOGIA

2.1. A dedução

A dedução é um método de raciocínio que tem como objectivo comprovar ou


demonstrar uma teoria geral. Na lógica, a dedução serve como comprovação da validade
de argumento.

Assim, todos os casos particulares estarão submetidos a uma regra geral (universal). Na
dedução, a regra ou teoria é hierarquicamente superior aos dados colectados.

Na filosofia, o método dedutivo é encontrado na corrente do racionalismo. Nela, a razão


é o fundamento de todo o conhecimento válido. A partir desse conhecimento que se
inicia na razão, há a interpretação dos dados sensíveis.

Exemplos:

 Um triângulo é um polígono de três lados. Logo, todo e qualquer polígono


de três lados será um triângulo.

 Um médico, ao realizar uma consulta, parte de seus conhecimentos prévios


(universais) e busca interpretar os sintomas do paciente (particulares) e
definir o tratamento mais adequado.

Na dedução temos certeza da conclusão se partimos de premissas verdadeiras.


A certeza da dedução está na sequência de pensamento:

Exemplo:
A é igual a B;
B é igual a C;
Logo, A é igual a C
A conclusão é necessária.

A dedução é uma ferramenta poderosa para tirar conclusões inequivocas.


Essa é a ferramenta utilizada, por exemplo, para gerar provas.

Exemplo:
A impressão digital de Fulano estava na arma.
A arma foi usada no crime.
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Logo, Fulano cometeu o crime.


Percebe que a conclusão é necessária, segundo a lógica clássica. Se temos certeza das
duas primeiras afirmações, a terceira obrigatoriamente é verdade. Bom, na verdade tudo
que podemos afirmar de verdade é que Fulano teve contacto com a arma do crime.

Mas percebesse ainda que essa argumentação dedutiva é mais forte do que dizer:
“Fulano e a vítima sempre discutiam. Houve uma discussão no dia do crime. Portanto,
Fulano deve ter cometido o crime.” Esse indução, embora trace um padrão, tem menos
poder para ligar Fulano ao crime que a dedução.

2.2. A indução

O filósofo inglês Francis Bacon  (1561- 1626) foi responsável pela criação do método
indutivo no século XVII.

Aliado ao conceito de Empirismo, Bacon definiu um método de investigação baseado


na observação dos fenómenos naturais.

Segundo ele, essa metodologia estaria dividida em quatro etapas:

 Colecta de informações a partir da observação rigorosa da natureza;


 Reunião, organização sistemática e racional dos dados recolhidos;
 Formulação de hipóteses segundo a análise dos dados recolhidos;
 Comprovação das hipóteses a partir de experimentações.

A indução é um método de raciocínio que parte de dados particulares para a definição


de uma regra geral. A indução tem como objectivo analisar padrões e definir regras
gerais aplicáveis.

Ao contrário da dedução, na indução, a regra se encontra submetida aos dados. Não há


uma verdade fundamental, e sim, uma certeza parcial comprovada estatisticamente a
partir dos dados colectados.

Na filosofia, o método indutivo é próprio da corrente de pensamento empirista. Segundo


o empirismo, a experiência e os dados sensíveis são o fundamento da realidade, cabe ao
pensamento organizá-los e estabelecer certezas baseadas nesses dados.
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Exemplos:

 Em uma pesquisa de opinião, das 1000 pessoas ouvidas, 800 afirmaram


determinada posição. Isso leva a crer que 80% da população teria o mesmo
posicionamento.

 Em um teste de medicamento, a maioria dos pacientes que receberam o


tratamento apresentou uma considerável melhora. Logo, o medicamento teve
sua eficácia comprovada.

A indução nos permite aprender e expandir nosso conhecimento, porém não nos dá


certeza conclusiva sobre o que foi aprendido.

Podemos dizer, grosso modo, que a indução tem uma forte influência de nossa
percepção e experiência. A conclusão é provável dadas as premissas.

Exemplo:
Todos os cisnes que vi até hoje são brancos.
Logo, todo cisne existente é branco.
O que dizer se me deparo com um cisne negro?
Ora, temos duas opções:
Rejeitar a nova evidência: “Isso não é um cisne!”;

Rever a lei anterior: “os cisnes do hemisfério norte são brancos, enquanto que os do
hemisfério sul apresentam plumagem por vezes colorida, podendo ser negros.”

A indução é um instrumento extremamente útil, pois permite tirar


conclusões generalizando observações passadas. É necessário cuidado para que a
generalização não seja tomada como verdade absoluta.

Exemplo:
Toda criança que conheci é bagunceira.
Portanto, tratarei toda criança que vier a conhecer no futuro como sendo
“bagunceira”.
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2.3. A analogia

A palavra analogia, derivada do grego analogos e que significa “que tem relação com”


ou “proporção”, designa uma igualdade de relação entre quatro elementos quando
tomados dois a dois. Na lógica, o mesmo termo é utilizado para designar um tipo de
raciocínio indutivo e que parte do princípio de que se existem determinadas
semelhanças entre dois elementos ou acontecimentos, então é provável que existam
outras semelhanças.

Assim, e de uma forma geral, um raciocínio por analogia significa em tirar conclusões
sobre semelhanças entre os elementos sobre os quais se raciocina, por muito diferentes
que estes sejam. Os principais requisitos de um argumento assente num raciocínio por
analogia são os seguintes:

1. A comparação tem que se basear num número razoável de semelhanças;


2. As semelhanças apontadas devem ser relevantes;
3. Não devem haver diferenças fundamentais nos aspectos que estão a ser
comparados.

A analogia é o raciocínio que se desenvolve a partir da semelhança entre casos


particulares. Através dele não se chega a uma conclusão geral, mas só a outra
proposição particular. Além disso, assemelha-se à indução, mas considera somente um
caso particular como ponto de partida.

Mas as analogias podem ser fortes ou fracas, de acordo com a semelhança entre os dois
tipos de objectos comparados. Quando a semelhança entre os objectos se manifesta em
áreas relevantes para o argumento, ou seja, que efectivamente contam para aquele caso,
então a analogia tem mais força do que quando os objectos apresentam semelhanças
não-relevantes para a conclusão.

Uma analogia fundamental O raciocínio analógico não oferece certeza. Somente


uma certa dose de probabilidade. Por outro lado, por exigir um salto muito grande, é
onde se abre o espaço para a invenção, tanto artística quanto científica.

Exemplo:
Computadores armazenam informação;
O cérebro humano armazena informação;
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O cérebro humano é análogo ao computador.

O raciocino analógico é precário, não permitindo tirar conclusão definitivas. No


entanto, permite usar explorar possibilidades para testá-las posteriormente.

Exemplo:
Animais comem, respiram e possuem movimento; Animais estão vivos; Animais
possuem instintos;
Humanos comem, respiram e possuem movimento; Humanos estão vivos;
Humanos devem possuir instintos como os animais (por analogia).

A Analogia permite agir em uma situação completamente nova a partir da experiência.


Afinal, Não fosse assim, ficaríamos impossibilitados de nos adaptar a situações
estranhas. Portanto, quando nos vemos frente à algo novo, é por analogia que
aprendemos como agir naquele momento.
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3.0. Conclusão

É importante realçar que O raciocínio dedutivo faz do conhecimento geral um


conhecimento específico, já que ele permite que se aprofunde nos argumentos. Faz uso
das regras da lógica para chegar a uma conclusão. Se as premissas são verdadeiras e as
leis aplicadas estiverem correctas, quer dizer, necessariamente, que a conclusão é
verdadeira.

Já o método indutivo é uma forma de raciocínio que parte da observação. Somente a


partir dessa análise é possível desenvolver uma teoria, na qual serão apresentadas
premissas com o intuito de chegar a conclusões que podem ou não serem verdadeiras.

Diferenciando os dois métodos um que a dedução é um processo de raciocínio lógico


que parte de uma certeza para a interpretação de dados ou fatos (da causa para os
efeitos). Já a indução é o processo inverso, parte-se de dados ou fatos semelhantes para
a definição de uma certeza comum (dos efeitos para as causas).
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4.0. Bibliografia

FILIPE, Marcos. Lógica e Analogia. S/d. Disponível em


https://educacao.uol.com.br/disciplinas/filosofia/logica---analogia-usando-asemelhanca-
como-premissa.htm?cmpid=copiaecola. Acesso em 01 de 04 de 2023.

MARQUES, Mayanna. Método Indutivo E Dedutivo. 2013. Disponível em


https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/filosofia/metodo-indutivo. Acesso em 01 de
04 de 2023.

PATROPI, Marcelo. Diferença entre Indução, Dedução e Analogia. S/d. Disponível em


https://souhumano.com.br/inducao-deducao-analogia/. Acesso em 01 de 04 de 2023.

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