Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2. Formulação da hipótese
Por intermédio da comparação e classificação dos casos
observados, o investigador procura aproximar os factos para
descobrir a relação existente entre eles. Assim, recorrendo à
indução, ele parte para a formulação da hipótese, explicação geral
acerca dos fenómenos e das suas relações. Procura-se, assim, inferir
um enunciado geral a partir de enunciados particulares ou
singulares. (generalização)
Exemplo: Existe uma substância nas folhas verdes das plantas que
lhes confere essa cor.
3. Experimentação
A experimentação é o processo de confirmação da hipótese
explicativa enunciada. Esta terá de ser testada e, confirmando-se o
que ela propõe, pode passar a lei científica.
A experimentação é fundamental para que se possa verificar ou
confirmar se as relações estabelecidas são aplicáveis a todo o tipo
de fenómenos semelhantes (isto é, nas mesmas condições e da
mesma natureza), mesmo que não tenham sido observados um por
um. (novas observações para testar e comprovar a teoria)
Exemplo: Procurar observar mais folhas para observar a minha
teoria.
Raciocínio indutivo
O raciocínio presente na descoberta científica é a indução.
A indução (enquanto generalização) encontra-se, assim, presente no
processo de formulação da hipótese (explicação geral para observações
realizadas) e no processo de estabelecimento da lei geral (as hipóteses só
passam a leis após serem verificadas por um conjunto de experiências
particulares).
A utilização do raciocínio indutivo é a chave para o estabelecimento das
teorias e leis universais da ciência, suscetíveis de garantir previsões
rigorosas. O raciocínio indutivo, partindo de observações particulares e
atingindo conclusões gerais, aumenta o nosso conhecimento, tendo um
carácter amplificante que o raciocínio dedutivo não tem.
Importância da indução
• A indução é importante para a ciência, pois é esta que permite as
descobertas científicas, é esta que fornece informação positiva para
se elaborar teorias ou enunciados científicos e para a justificação de
teorias. É mediante a observação de casos particulares que nos
experimentos o cientista vai verificar a verdade das teorias.
Princípios do indutivismo:
• O ponto de partida da ciência é a observação.
• A indução é a única forma de produzir conhecimento acerca do
mundo
• A experimentação tem como papel confirmar ou verificar
hipóteses.
Um princípio fundamental da concessão indutivista é a ideia de que a
ciência começa pela observação, que é considerada imparcial, neutral e
objetiva. Supõe-se que o cientista não é influenciado quando observa, por
experimentos anteriores, teorias, suposições, expectativas, etc.
Basicamente a observação é considerada pura e rigorosa.
A indução é o processo fundamental mediante o qual são estabelecidas as
teorias/ hipóteses. Estas resultam depois do cientista estabelecer relações
com base na comparação e classificação de casos particulares (são
descobertas indutivamente).
A indução como ferramenta fundamental na construção do conhecimento
científico não nos conduz a certezas e a um conhecimento rigoroso da
realidade. As leis científicas/ teorias, não estão devidamente justificadas,
podendo ser refutadas a qualquer momento (com contra-exemplos).
Importância da indução
Críticas ao indutivismo:
1. O ponto de partida da ciência não é a observação
Ainda que o cientista recorra à observação, ela não é totalmente
neutra, imparcial e isenta de pressupostos ou de preconceitos,
ocorrendo sempre num determinado contexto. A observação é
afetada por pressupostos teóricos, teorias, conceitos e pelas
expectativas que o cientista desenvolve face à investigação. Basta
pensar, por exemplo, nos objetos e situações que não podem ser
observados, como as partículas subatómicas ou a origem do
Universo. Frequentemente, o ponto de partida são os problemas
que surgem do confronto ou do conflito entre uma observação e as
expectativas ou teorias já existentes.
Popper
• Karl Popper- falsificabilidade- a teoria pode ser criticada e refutada.
• O raciocínio é dedutivo. O papel da observação e experimentação é
tentar refutar ou falsificar os enunciados científicos.
Exemplo: Todos os cisnes são brancos- hipótese
Basta procurar cisnes de outra cor.- falsificar
Maior grau de falsificabilidade. Mais informação, mais pormenores, sendo
estas as mais interessantes para a ciência.
Para Popper a ciência não começa pela observação, mas sim pela
enunciação de um facto problema. A formulação do problema
facto é extremamente importante
Toda a observação pressupõe um problema-precisamos de saber o que
devemos observar, mas também como vamos observar. Na ciência a
observação é precisa. Popper propõe outra metodologia porque a indução
não tem rigor lógico. Por mais casos particulares que sejam recolhidos,
nunca são uma amostra significativa os enunciados universais não
podem ser verificados e justificados empiricamente por casos
particulares ou singulares. A validade das teorias científicas está posta em
causa na indução porque assenta num critério frágil.
Dedução/ falsificabilidade
A dedução é o processo de raciocínio fundamental na construção do
conhecimento científico e está presente na elaboração das hipóteses
mas também na falsificação. O problema que se coloca é a procura das
respostas que devem ser elaboradas dedutivamente dando ás várias
hipóteses ou suposições e conjeturas para a teoria, com base naquele que
já se conhece ou sabe. Depois disso submete a sua teoria a testes
experimentais rigorosos de falsificação o objetivo é detetar a eliminação de
erros (contra exemplos para refutar a teoria) -se a teoria for parcialmente
errada é necessário reformular, isto é, terá de ser modificada. Há uma
revisão crítica das teorias e surgem novos problemas, quando uma teoria
corroborada ela não é verdadeira, mas parcialmente aceite, tendo um
estatuto provisório e temporal.
Todas as teorias são falsificáveis- uma teoria que não seja refutável será
uma teoria não científica, logo as teorias científicas são aquelas que podem
ser falsificadas ou refutadas.
Uma teoria é falsificada quando se revela parcial ou totalmente errada,
quando a teoria não corresponde aos factos.
Nota:
• Quanto maior a amostra representativa é melhor, mas não é
suficiente.
Hipótese: suposição, teoria ou conjetura que deve ser sujeita a testes
complementares.
Experimentação: observações ou procedimentos sistemáticos que são
realizados em ambiente controlado no sentido de testar uma hipótese.
Verificação: determinação ou confirmação de que uma dada hipótese ou
teoria é verdadeira.
Verificabilidade: o mesmo que princípio da verificação. Critério de
demarcação adotado pelo positivismo lógico que estabelece que uma
hipótese é científica quando é possível recolher indícios apropriados da
observação para confirmar a sua verdade.
Falsificabilidade: O mesmo que princípio de falsificação. Critério de
demarcação proposto por Karl Popper que estabelece que uma hipótese é
científica quando faz asserções que possam colidir com a observações.
• Método empírico/indutivista, pode ser através de experimentos ou
indução (generalizar casos particulares).