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Texto 3 (Pág.188)
Características da Ciência
Objetividade;
Verificabilidade;
Racionalidade;
Revisibilidade;
Autonomia.
Empíricas
Em esquema:
Observação
Contexto de Descoberta
Formulação de Hipótese
Experimentação
Contexto de Justificação
Generalização
Valor do Indutivíssimo
“O Sol não a de se levantar amanhã não é menos inteligível do que a preposição O Sol
vai se levantar amanhã”
David Hume
Comentário:
Apesar de até agora o Sol ter se levantado sempre de manhã, não quer dizer
que possa haver um dia em que ele não se levante.
Nestas preposições, nos fazemos um raciocínio do que observamos até agora, e
fazemos uma generalização.
Aqui cometemos uma Falácia da Generalização Precipitada.
Ou seja, eu tiver verificado em vários casos, não me permite de
forma lógica e necessária passar para uma Universal Afirmativa
Exemplo de Popper:
Por exemplo: Para conhecer uma molécula, não poem aprender através dos
sentidos comuns, e algo que só podemos aprender com um instrumento
(Microscópio).
A observação nas ciências mais elaborados ou mais avançadas, como a Física
Quântica, Biologia Molecular, que quando estamos a observar isto já é
resultado, por exemplo, de uma teoria que levou a possibilidade de haver um
instrumento que possibilite a observação disso que se está a fazer nesta ciência.
Partícula Subatómica, só pode ter acesso a elas a partir de um instrumento que
foi o resultado de uma conceção teórica (Ex: Acelerador de Partículas).
E isto levou aos filósofos, acharem que a observação não pode vir em 1ª do
objeto científico.
A Teoria vem primeiro que a observação (1ª Crítica).
“ O que vemos depende do que sabemos e as palavras que escolhemos para
descrever o que pressupõem sempre uma teoria obre a natureza do que teóricos
e até por fatores académicos de cada um.
Objetivo da ciência é o senso comum entre todos os cientistas.
Para Popper a ciência parte de problemas, e é o problema que leva o
observador a olhar para a realidade e não o contrário.
Texto da Pág. 199
A prata dilata, o estanho dilata, o ouro dilata, entre outros… a uma determinada
temperatura.
Então podemos fazer um enunciado geral que todos os metais a uma determinada
temperatura dilatam.
Popper vai dizer que isto não tem legitimidade logica, mesmo que a amostra
seja a maior e tenha essas características, ela não é de facto suficiente,
porque a mostra é sempre finita (limitada no espaço e no tempo), é difícil
que haja uma fundamentação lógica, esta passagem de um enunciado
Particular par um enunciado Geral.
“Facto Problema”
3-Experimentação:
-Aqui o investigador irá validar ou não a hipótese.
-Se for validada estamos presentes a uma Teoria Corroborada.
-Se não for validada, temos de abandonar ou de a reformular, e assim estamos presentes a
uma Teoria Refutada.
Teoria Corroborada
- É uma Teoria que é aceite provisoriamente pela comunidade científica, pois não há
nenhum dado diferente, mas não quer dizer que haja no futuro.
– Problema:
– O ponto de partida para a ciência, ao contrário do que pensavam os indutivistas não
pode ser a observação pura e imparcial dos factos, mas sim um problema levantado por
uma observação que entra em confronto com as teorias e expetativas de que já
dispomos.
– Conjetura:
– Depois da formulação do problema compete ao cientista encontrar uma hipótese que
seja uma possível resposta a esse problema.
– Essa hipótese pode ser uma suposição arrojada, imaginativa, mas
devidamente fundamentada, concebida para tentar explicar os factos.
– Popper chama conjeturas a este tipo de hipóteses.
– Refutação:
– Esta etapa corresponde à fase em que o cientista testa a hipótese.
– Testar a hipótese consiste em confrontá-la coma experiência.
– Basta encontrar na experiência um elemento que contrarie a hipótese para
que esta seja afastada (refutada pela experiência).
– Este teste refutador deve ser conclusivo.
Ex:
1-Amanhã a Terra tremerá ou não temerá? (Verdadeira, pois pode tremer ou não e não é
um enunciado cientifico).
4- Deus existe! (Não falsificável, e é uma proposição metafisica, pois não podemos
confirmar que Deus existe ou não existe).
5-No cimo da montanha é mais fácil cozer um ovo do que ao nível do mar (Enunciado
cientifico).
6-Todas as panteras são negras! (Pode ser falsificável e é um enunciado cientifico) (Não
exclui a exceção que no futuro possa existir de outras cores).
Quanto maior for o risco de um enunciado ser refutado maior informação ele terá.
Inversamente quanto menor for o risco de um enunciado ser refutado, menor conteúdo
empírico, ele evidenciará.
Ex: Todos os cisnes são brancos, ou se eu disser alguns cisnes são brancos.
-A 1ª (“Todos os cisnes são brancos”), Porque basta haver um cisne de outra cor para ser
refutada.
- Isso quer dizer que os enunciados com mais informação ou conteúdo empírico, correm
mais riscos de ser refutado e inversamente quanto menos risco de ser refutado menos é o
conteúdo empírico, ou seja se eu disser que alguns cisnes são brancos, têm menor conteúdo
empírico mas tem menos hipótese de ser refutada.
Popper e Darwin:
Verosimilhança
Kunh
Kunh
Em suma um incide no seu método (Popper) outro incide sobre a história da ciência
(Kunh).
-Para Kunh o que Popper afirma não é realista, pois considera um pouco
infantil, por segundo Kunh a ciência é uma instituição social, logo o
cientista dilui-se nessa instituição social e que a ciência faz-se em uma
comunidade científica.
Paradigma=Padrão ou modelo
Kunh
Paradigma Cientifico:
O Paradigma idêntica o que investigar e como investigar, pelo que a sua aceitação
consensual fundamenta a prática cientifica como uma experiencia comunitária.
O Paradigma une os cientistas, em torno dos mesmos objetivos valores e
metodologias.
Ciência normal:
A Ciência normal corresponde aquilo que por norma o cientista faz, ou seja,
investiga dentro do Paradigma vigente, procura selecionar os problemas ou
dificuldades em que este insere recorrendo aos instrumentos conceptuais técnicos
por ele disponibilizados e aceitos conceitualmente por toda a comunidade
científica.
Ao contrário do que Popper defendia que a prática habitual da ciência, não é de
questionamento mas sim de confirmação do Paradigma vigente, mostrando cada
vez mais o seu poder
Anomalia:
É um problema que não encontra solução a luz do Paradigma vigente.
Quando o investigador não consegue encontrar a solução ou quando os resultados a
que chega são diferentes do que estavam previstas pelo Paradigma.
Mas a atitude do cientista não é considerar que o Paradigma esta errado, até porque
um Paradigma é dominante a vários anos ou até vários séculos.
O que o cientista/ investigador faz é questionar-se a si próprio, assim põem em
causa a sua própria capacidade.
Deve ter havido algum erro experimental ou não seguimos os passos todos.
Esta é a 1ª atitude pois em Popper se uma teoria fosse refutada ou não passa-se nos
testes de falsicabilidade, era uma razão para a gente a abandonar.
Na Cosmologia Aristotélica /Física de Aristóteles tinham uma visão de que aquilo
que era observado, aquilo que existe para além da Lua dividia-se em 2 tipos de
corpos, os corpos supralunares e corpos infra lunares.
Aqueles que eram os supralunares estavam além da lua, eram imutáveis, não eram
regidos pelas mesmas leis do movimento do que os infra lunares.
Ideia de Conversão:
-Os que não convertem-se, não vão ser bem-sucedidos e fica excluído da
comunidade científica.
Conceito de comensulariade:
Então como a gente pode dizer que um Paradigma é melhor que o outro?
Pois utilizam Linguagem/Teorias diferentes um do outro, modos de ver os mundos
diferentes/visões como compará-las?
-Kuhn aqui apresenta uma parte “crua” da ciência, porque nós ficamos quase sem
critérios objetivos para julgar se estamos mais próximos ou não da verdade,
enquanto Popper é ao contrário.
Documento
da professora
Paradigma e ciência normal:
Uma ciência madura é dominada apenas por um paradigma, que estabelece o que
é ou não legítimo investigar dentro de uma ciência e coordena e dirige a
investigação nessa ciência.
Aquilo que, segundo Kuhn, distingue ciências de não-ciências não é, como pensam
os indutivistas, o facto de as teorias científicas poderem ser verificadas, ou, como
pensa Popper, o facto de poderem ser falsificadas, mas o de existir ou não num
determinado campo de investigação um paradigma aceite pela generalidade dos
seus praticantes. Diferentes áreas de investigação atingiram a maturidade, isto é,
tornaram-se ciências, em diferentes ocasiões. A Matemática e a Astronomia na
Antiguidade, a Óptica no século XVII, a Química no século XVIII e a Biologia no
século XIX, por exemplo. Por outro lado, muitas das ciências humanas atuais,
porque não têm um paradigma dominante, não constituem ciências.
A ciência normal não visa descobrir novos tipos de fenómenos ou novas teorias,
mas apenas aumentar o sucesso do paradigma aceite, articulando-o de modo a
melhorar a sua correspondência com a natureza. Por isso, a investigação feita na
ciência normal tem em vista a resolução de puzzles ou enigmas. Os puzzles são
problemas sugeridos aos cientistas pelo paradigma aceite. Para resolver estes
puzzles, os cientistas usam as regras do paradigma, esperando, desse modo, que
as soluções dos problemas novos sejam
semelhantes às dos problemas previamente examinados na sua disciplina. Eram
puzzles para o paradigma newtoniano, por exemplo, conceber técnicas
matemáticas para aplicar as leis de Newton ao movimento dos fluidos ou a
melhoria da exatidão das observações astronómicas. Ao fazerem ciência
normal, os cientistas assumem que o paradigma fornece os
meios necessários para a solução dos puzzles que coloca. Uma solução de um
puzzle que viole uma regra do paradigma, por exemplo, uma lei da natureza, não
é, em princípio, aceitável. Por outro lado, o fracasso na solução de um puzzle é
visto como um fracasso do cientista e não como uma deficiência do paradigma.
O papel da anomalia
Quando numa dada ciência surge uma anomalia grave, essa ciência entra em
crise e passa da ciência normal para aquilo a que Kuhn chama ciência
extraordinária. Uma anomalia é considerada grave se:
• Põe em causa componentes fundamentais do paradigma vigente;
• Persistentemente resiste a uma solução por intermédio dos recursos que esse
paradigma põe à disposição dos cientistas.
A anomalia é resolvida por uma nova teoria que é cada vez mais aceite até se
formar um consenso entre os membros da comunidade científica em torno desta
teoria.
Esta possibilidade é aquilo a que Kuhn chama revolução científica e, no
essencial, consiste na substituição de um paradigma por um outro
paradigma.
A incomensurabilidade de paradigmas
Para Kuhn o antigo e novo paradigma não são comparáveis e nada possuem em
comum. Correspondem mesmo a diferentes visões e concepções do mundo.
Exemplo: